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MATEMÁTICA

copyright© by Instituto Padrão Militar


Revisão e Diagramação: Samantha Gaspar
Matemática – 2ª Edição: 2023
São Bernardo do Campo: IPMIL, 2022. 170p

Impresso no Brasil
Esta obra é uma publicação do Instituto Padrão Militar CNPJ: 36110775/0001-67
Todos os direitos reservados. Material registrado na Biblioteca Nacional, é proibida a
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sem prévia autorização por escrito.

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“Lute pelos seus


sonhos, busque seus
objetivos, batalhe pelos
seus ideais, e mostre
que você é um
guerreiro.”

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Sumário

Aula 1 .......................................................................................... 6 Função logarítmica ...................................................... 59


Conjuntos, Elemento, Pertinência ............................ 6 Equação logarítmica .................................................... 61
Conjunto dos números naturais ................................ 8 Exercícios ......................................................................... 63
Números primos e fatoração ................................... 11 Aula 6 ....................................................................................... 65
M.D.C. e M.M.C.............................................................. 12 Geometria plana – Conceitos básicos .................. 65
Conjunto dos números inteiros .............................. 14 Polígonos.......................................................................... 68
Conjunto dos números racionais............................ 15 Triângulo .......................................................................... 70
Conjunto dos números reais .................................... 18 Quadriláteros ................................................................. 74
Exercícios ......................................................................... 20 Teorema de Tales ......................................................... 81
Aula 2 ....................................................................................... 22 Teorema de Pitágoras................................................. 84
Razões, Proporções, Grandezas diretamente e Exercícios ......................................................................... 85
inversamente proporcionais .................................... 22 Aula 7 ....................................................................................... 88
Regra de três................................................................... 24
Geometria plana II e espacial................................... 88
Porcentagem .................................................................. 24
Circunferência e círculo............................................. 90
Polinômios ....................................................................... 26
Pirâmides ......................................................................... 92
Exercícios ......................................................................... 32
Prismas ............................................................................. 94
Aula 3 ....................................................................................... 34 Exercícios ....................................................................... 101
Equação do 1º grau ...................................................... 34 Aula 8 ..................................................................................... 103
Equação do 2º grau ...................................................... 36
Trigonometria .............................................................. 103
Sistemas de equação ................................................... 38
Triângulo retângulo ................................................... 103
Exercícios ......................................................................... 40
Triângulo qualquer .................................................... 105
Aula 4 ....................................................................................... 42 Círculo trigonométrico ............................................ 107
Funções ............................................................................. 42 Exercícios ....................................................................... 109
Gráfico da Função Linear ou Afim ......................... 44 Aula 9 ..................................................................................... 111
Função Quadrática....................................................... 46
Estatística ...................................................................... 111
Máximos e mínimos ..................................................... 48
Distribuição de frequência ..................................... 113
Inequação do 1° grau .................................................. 49
Gráficos estatísticos .................................................. 114
Inequação do 2° grau .................................................. 51
Medidas de tendência central ............................... 116
Exercícios ......................................................................... 53
Análise combinatória ................................................ 119
Aula 5 ....................................................................................... 55 Probabilidade ............................................................... 122
Funções II ......................................................................... 55 Intersecção de dois eventos “Regra do E” ........ 126
Equação modular .......................................................... 55 Exercícios ....................................................................... 127
Função exponencial ..................................................... 57

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Aula 10 .................................................................................. 129 Aula 13 .................................................................................. 161


Sequências numéricas e progressões ................ 129 Geometria analítica plana II ................................... 161
Progressão aritmética ............................................. 131 Circunferência ............................................................. 161
Progressão geométrica ........................................... 134 Exercícios ....................................................................... 164
Exercícios ...................................................................... 138 Revisão e prova .................................................................. 166
Aula 11 .................................................................................. 140 Bibliografia........................................................................... 167
Matriz e determinantes .......................................... 140 Referências .......................................................................... 168
Determinantes ............................................................ 145
Créditos ................................................................................ 169
Exercícios ...................................................................... 147
Diretores .............................................................................. 170
Aula 12 .................................................................................. 149
Geometria analítica plana ...................................... 149
Exercícios ...................................................................... 159

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Aula 1 FIQUE ATENTO!!!


Um conjunto pode ser elemento de outro conjunto.

Conjuntos, Elemento, Pertinência Indicamos um conjunto, em geral, com uma letra


maiúscula A, B, C, ... e um elemento com uma letra
Na teoria dos conjuntos três noções são aceitas sem
minúscula a, b, c, d, x, y,...
definição, isto é, são consideradas noções primitivas:
a) Conjunto Relação de pertinência
b) elemento
A relação de pertinência é um conceito muito
c) pertinência entre elemento e conjunto importante na "Teoria dos Conjuntos". Ela indica se o
elemento pertence (∈) ou não pertence (∉) ao
Matematicamente falando conjunto é: um determinado conjunto.
agrupamento, classe, coleção ou um sistema. • Exemplo:
• Exemplos: − Seja A um conjunto e x um elemento. Se x
− Conjunto das vogais; pertence ao conjunto A, escrevemos:
− Conjunto dos números romanos; x∈A
− Conjunto dos planetas do sistema solar;
− Para indicar que x não é elemento do
− Conjunto dos números primos positivos; conjunto A escrevemos:
− Conjunto dos nomes dos meses de 31 dias. x∉A

Teoria dos conjuntos − No caso de usarmos um círculo para


Cada membro ou objeto que entra na formação do representar um conjunto, usaremos os
conjunto é chamado elemento. assim chamado diagrama de Euler-Venn.

• Exemplos:
− a, e, i, o, u;
− I, V, X, L, C, D, M;
− Mercúrio, Venus, Terra, Marte...
− 2, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...
− Janeiro, março, maio, julho, agosto, outubro,
dezembro;
− Um elemento de um conjunto pode ser uma
letra, um número, um nome etc. a∈A
d∉A

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MATEMÁTICA

Conjunto unitário, conjunto vazio e o conjunto União


universo A união de 𝐴 com B é o conjunto formado por todos
Conjunto Unitário: possui um único elemento. os elementos pertencentes a A ou B.
• Exemplo:
Conjunto dos divisores de 1, inteiros e positivos: Notação: A ∪ B
{1}
A ∪ B = {𝓍/𝓍 ∈ A ou 𝓍 ∈ B}
Conjunto das soluções da equação 3x + 1 =
10: {3}
• Exemplo:
Conjunto Vazio: aquele que não possui elemento 1. {a, b} ∪ {c, d} = {a, b, c, d}
algum. Símbolo usual para o conjunto vazio é Ø. 2. {a, b} ∪ {a, b, c, d} = {a, b, c, d}
3. {a, b, c} ∪ Ø = {a, b, c}
Conjunto Universo: possui todos os elementos de
acordo com o que estamos trabalhando, pode ser Intersecção
representado pela letra maiúscula U. A intersecção de A com B é o conjunto formado
pelos elementos comuns a A e 𝐵.
Operações
Existem algumas operações que podem ser
realizadas entre conjuntos, são elas: intersecção, união Notação: A ∩ B
e diferença. Considerando os conjuntos A e B contidos
A ∩ B = {𝓍/𝓍 ∈ A e 𝓍 ∈ B}
num conjunto universo ∪, as operações entre eles
podem ser representadas da seguinte maneira:
• Exemplo:
1. {a, b, c} ∩ {b, c, d, e} = {b, c}
2. {a, b} ∩ {a, b, c, d} = {a, b}
3. {a, b} ∩ {c, d} = Ø

Diferença
A diferença entre A e B é o conjunto formado pelos
elementos que pertencem a A e não pertencem a B.

Notação: A − B
A – B = {𝓍/𝓍 ∈ A e 𝓍 ∉ B}
ou

B – A = {x/x ∉ A e 𝓍 ∈ B}

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• Exemplo: Conjunto dos números naturais


1. {a, b, c} – {b, c, d, e} = {a}
É um conjunto numérico formado por números
2. {a, b} – {c, d, e, f} = {a, b}
positivos {0, 1, 2, 3, 4, 5, …}, dizemos que esse conjunto é
3. {a, b} – {a, b, c, d, e} = Ø
infinito positivamente, pois não há números negativos,
decimais ou fracionários.
Considere os conjuntos abaixo e encontre a União, a Esse conjunto é representado pelo símbolo ℕ
Intersecção e a Diferença de entre os conjuntos A e B:
Utilizamos a seguinte notação para representar
Sendo, o conjunto dos números naturais:
A = {1,2,3,4,5,6,7,8,9} e B = {10,11,12,13,14,15} ℕ = {0,1,2,3,4,5,6,7,8, 9, . . . , +∞}
A ∪ B = {1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15} Podemos afirmar que os conjuntos dos números
A ∩ B = ∅ naturais não nulos, dos números pares e dos números
A– B = {1,2,3,4,5,6,7,8,9} ímpares estão contidos no conjunto dos números
naturais, uma vez que todos os elementos de cada um
B– A = {10,11,12,13,14,15}
desses subconjuntos pertencem a ℕ.
Conjuntos numéricos A ideia de sucessor no conjunto
dos números naturais é formada apenas por números
inteiros e não contém números repetidos, por isso, é
possível escolher, entre dois números naturais distintos,
aquele que é maior e aquele que é menor.
Logo: O sucessor de 7 é o número 8. O sucessor de
20 é o número 21, etc.
Essa característica garante que, independen-
temente do número natural escolhido, e por maior que
ele seja, sempre existirá um número natural uma
unidade maior que ele. Portanto, o conjunto dos
Reta numérica real números naturais é infinito.
A ideia de antecessor, no conjunto dos números
naturais é quando um número natural 𝓍 é menor que um
número natural 𝔂 em uma unidade, dizemos que 𝓍 é
o antecessor de 𝔂.
Olhando a lista de números naturais em ordem
crescente, verificamos que o antecessor de um número
natural 𝓷 é o número à sua esquerda.
Logo: O antecessor de 7 é o número 6. O antecessor
de 20 é o número 19, etc.
O zero não possui antecessor, pois ele é o primeiro
número natural e também porque 0 – 1 = – 1, que não

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é um número natural. Assim sendo, concluímos que o


conjunto dos números naturais é limitado.
Sim, é possível que um conjunto seja limitado e
infinito ao mesmo tempo. O conjunto
dos números naturais é limitado inferiormente pelo
zero, mas ilimitado superiormente e, por isso, é infinito.

Operações fundamentais SUBTRAÇÃO


A subtração é uma operação básica da Matemática,
ADIÇÃO
sendo representada pelo sinal de –.
O resultado obtido da adição de números naturais é
O desenvolvimento da subtração entre números
chamado de SOMA. Para obter a soma, devemos juntar
Naturais é de certa forma bem simples. Segue o mesmo
duas ou mais parcelas. O símbolo que representa a
princípio do valor posicional da Adição, mas a estrutura
adição é (+). Ao obtermos uma soma, estamos
do algoritmo da subtração segue desta maneira:
efetuando a adição de parcelas. A estrutura do
• Exemplo:
algoritmo da adição é dada por:
𝟑 𝟗𝟓𝟎→ Minuendo
− 𝟕𝟎𝟎→ Subtraendo
𝟑 𝟐𝟓𝟎→ Diferença
• Observe que subtraímos:
Ao realizarmos a adição, devemos preocupar-nos
− 0 unidades de 0 unidades que resultou em 0
com o valor posicional do algarismo. Isso porque cada
unidades;
algarismo possui uma ordem decimal, isto é, unidade,
dezena, centena, unidade de milhar, entre outros. − 0 dezenas de 5 dezenas que resultou em 5
dezenas;
• Exemplos:
− 7 centenas de 9 centenas que resultou em 2
Número 28 → Algarismos 2 e 8
centenas;
Valor posicional / Ordem → 8 unidades e 2
− 0 milhares de 3 milhares que resultou em 3
dezenas
milhares.
Para efetuarmos a adição de números naturais,
devemos colocar algarismos de ordens iguais no mesmo MULTIPLICAÇÃO
alinhamento vertical. Observe o exemplo abaixo: Multiplicar significa expressar o aumento de
quantidades, realizamos a multiplicação com a
finalidade de reduzir a operação da adição, sendo assim,
a multiplicação é uma ferramenta matemática que
possibilita a redução de cálculos numéricos da adição.
• Veja como isso pode acontecer:

2+2+2+2=8
2x4=8

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Observe que na adição o número dois foi repetido Para obtermos o produto da multiplicação de
quatro vezes, já na multiplicação, o termo numérico dois termos numéricos, em que a ordem do segundo fator é a
foi multiplicando por quatro, que é a quantidade de unidade, devemos proceder da seguinte forma:
repetições que o número dois teve na soma. É possível
notar que a resposta obtida é a mesma, tanto na C DU
operação de adição quanto na multiplicação.
2 50
Os termos numéricos que compõem uma
multiplicação possuem nome. O primeiro e o segundo x 2
termo numérico da multiplicação são chamados de Realize o produto das
fator, já o resultado da multiplicação recebe o nome 0→ unidades 2 x 0 = 0
unidades
de produto.

2→ Fator 3→ Fator
C DU
x 3→ Fator x 3→ Fator
¹2 5 0
6→ Produto 9→ Produto Multiplique a
unidade do
x 2 segundo fator pela
dezena do

Quando realizamos a multiplicação de números


00→ primeiro fator 2 x
5 = 10 dezenas
naturais, os termos que compõem os fatores podem
possuir ordens e classes distintas. Quando isso Não é possível deixar o número 10 na reposta do
acontece, devemos estruturar o algoritmo da produto, então faça a seguinte conversão numérica: 10
multiplicação considerando o maior número para o dezenas = 100 unidades, 100 unidades = 1 centena.
primeiro fator. Devemos colocar o número 0 no produto da ordem das
dezenas e adicionar 1 centena no algarismo 2 do número
250.
CDU→ Centena (C), Dezena (D) Faça a multiplicação
C DU de 2 centenas x 2
e Unidade (U) centenas = 4
¹2 5 0 centenas e efetue a
250→ O maior número
soma: 4 centenas + 1
da multiplicação
x 2 centena = 5 centenas.
x 2 será o primeiro
fator
Esse número 5 deverá

5 0 0→ ser colocado na
resposta do produto,
na ordem das
centenas.

Obtemos como produto da multiplicação de 250 por


2 o número 500. Lembre-se sempre que: na

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multiplicação de números naturais, o produto gerado Vamos dividir o número 60 por 5, primeiro
sempre será positivo. precisamos “armar” a divisão utilizando o método da
chave:

DIVISÃO
A divisão é uma das quatro operações básicas da 60 5
Matemática, estando presente não só na vida estudantil,
mas também no cotidiano de todos nós.
Um dos métodos que facilitam a compreensão
do algoritmo da divisão é o chamado método da chave.
Vamos primeiro entender as nomenclaturas desse
método. Para isso, suponha que dividiremos um número
N por um número d:
Agora temos que descobrir um número que,

N d multiplicado por 5, seja igual ou chegue


de 60. Assim:
mais o próximo
N→ Dividendo
d→ Divisor

r q 60 5 q→ Quociente
r→ Resto
• Exemplo:
Na divisão de 30 por 4, utilizando o método da
- 60 12
chave, temos:
0
30 4 30 → Dividendo
Chegamos à conclusão de que o resto da divisão é o
4 → Divisor
número zero, ou seja, a divisão foi finalizada e é exata.
2 7 7 → Quociente
2 → Resto
Números primos e fatoração
O método da chave nos diz que, ao dividirmos o
número 30 pelo número 4, não encontramos uma Números primos
divisão exata (veja o resto 2), ou seja, ao dividirmos 30 Um número primo é aquele que é dividido apenas
por 4, temos 7 partes inteiras e mais 2 de resto. Dizemos por um e por ele mesmo.
que uma divisão é exata quando o resto é igual a 0. Um número é classificado como primo se ele é maior
• Na divisão passo a passo: do que um e é divisível apenas por um e por ele mesmo.
Apenas números naturais são classificados como
Para realizar uma divisão de um número N por um
primos.
número d, basta aplicar o algoritmo da divisão. Veja os
exemplos a seguir.
Fatoração
• Exemplo:
Os números naturais podem ser escritos através da
multiplicação de números primos. A decomposição do
número é feita através da divisão dele pela seguinte
sequência de números primos: 2, 3, 5, 7, 11, 13, 17, 19 e
assim por diante.

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Vamos decompor os números 50, 120 em fatores A decomposição simultânea ou fatoração


primos. simultânea consiste em dividir várias vezes os números
50 2 Dividir por 2 50 = 2 x 5 x 5 dados pelo menor fator primo. O MDC é obtido pela
multiplicação dos fatores primos comuns, ou seja, os
25 5 Dividir por 5
fatores que dividem os números dados ao mesmo
5 5 Dividir por 5 tempo.
1

DISPOSITIVO PRÁTICO PARA CALCULAR O MDC


DE DOIS OU MAIS NÚMEROS:
120 2 Dividir por 2 120 = 2 x 2 x 2 x 3 x 5 Alinhamos os três números, 30, 36 e 72, e dividimos
60 2 Dividir por 2 todos os números que podem ser divididos pelo primeiro
primo 2. Na linha de baixo anotamos cada quociente
30 2 Dividir por 2
obtido:
15 3 Dividir por 3
5 5 Dividir por 5 30 36 72 2
1
15 18 36
M.D.C. e M.M.C. Repetimos esse procedimento com o próximo primo
que dividam os três quocientes e, assim,
Máximo Divisor Comum sucessivamente, até que não haja mais primos comuns:
O máximo divisor comum entre dois ou mais
números naturais é o maior de seus divisores. números 30 36 72 2
divisores são aqueles que ocorrem quando o resto da
divisão é igual a zero. Por exemplo, o número 12 é 15 18 36
divisível por 1, 2, 3, 4, 6 e 12. Se dividirmos esses
números pelo 12 obteremos um resultado exato, sem
que haja um resto na divisão.
5 9 12
Para calcular o MDC devemos fazer uma das
seguintes operações: decomposição em fatores primos Agora, multiplicamos todos os fatores primos na
ou decomposição simultânea. coluna da direita, obtendo o m.d.c. procurado:
• Decomposição em fatores primos, devemos MDC 30, 36, 72 = 2 ⦁ 3 = 6
seguir as seguintes regras:
• Decompor os números dados em fatores Exemplo: (VUNESP) Em um colégio de São Paulo, há
primos; 120 alunos na 1.ª série do Ensino Médio, 144 na 2.ª e 60
na 3.ª. Na semana cultural, todos esses alunos serão
• Pegar os fatores primos comuns com seus
organizados em equipes, com o mesmo número de
expoentes menores;
elementos, sem que se misturem alunos de séries
• Fazer os produtos desses fatores. diferentes. O número máximo de alunos que pode haver
em cada equipe é igual a:

12
12
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7 120 144 60 2
10 60 72 30 2
12 30 36 15 3
28 10 12 5
30

O M.D.C. de 120, 144 e 60 = 2 · 2 · 3 = 12


Resolução: Alternativa C. • Exemplos:

𝐌𝐌𝐂 (𝟐, 𝟓, 𝟔) = 𝟑𝟎
Mínimo Divisor Comum
O MMC é uma operação para encontrar o menor
número positivo, excluindo o zero, que é múltiplo
2 5 6 2
comum entre todos os números dados.
O cálculo do MMC, pode ser feito, através da
1 5 3 3
comparação da tabuada desses números. Por exemplo,
vamos descobrir o MMC de 2 e 3. Para isso, vamos 1 5 1 5
comparar a tabuada de 2 e 3:
1 1 30

𝐌𝐌𝐂 (𝟒, 𝟔, 𝟖) = 𝟐³ 𝐱 𝟑 = 𝟐𝟒

4 6 8 2
2 3 3 2
1 3 2 2
Note que o menor múltiplo em comum é o número 6. 1 3 1 3
Portanto, dizemos que o 𝟔 é o mínimo múltiplo comum
(MMC) de 2 e 3. Essa forma de encontrar o MMC é bem
direta, mas quando temos números maiores ou mais de
1 1 1
dois números, não é muito prática. Para essas situações,
o melhor é usar o método da fatoração, ou seja,
decompor os números em fatores primos. Acompanhe,
no exemplo abaixo, como calcular o MMC entre 12 e 45
usando esse método:

13
13
MATEMÁTICA

Conjunto dos números inteiros Operações fundamentais


As operações com números inteiros estão
Os números inteiros são os números positivos e
relacionadas com a soma, subtração, divisão e
negativos. Estes números formam o conjunto dos
multiplicação. Ao realizar alguma das quatro operações
números inteiros, indicado por ℤ.
com esses números, devemos também operar o sinal
O conjunto dos números inteiros é infinito e pode que os acompanha.
ser representado da seguinte maneira:

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
ℤ = {. . . , 3−, −2, −1, 0, 1, 2, 3, . . . }
Adição de números inteiros: Na adição de números
inteiros, somam-se as parcelas:
Os números inteiros negativos são sempre
acompanhados pelo sinal (−), enquanto os números Sinais iguais na soma ou na subtração: some os
inteiros positivos podem vir ou não acompanhados de números e conserve o sinal.
sinal (+). O zero é um número neutro, ou seja, não é um Regra do sinal:
número nem positivo e nem negativo.
(+) + (+) = +
Os números inteiros podem ser representados na reta
numérica. Nesta representação, a distância entre dois (– ) + (– ) =–
números consecutivos é sempre a mesma. Os números
• Exemplo:
que estão a uma mesma distância do zero, são chamados
de opostos ou simétricos. Por exemplo, o −2 é o simétrico +3 + 2 = +5
de 2, pois estão a uma mesma distância do zero. – 3– 2 =– 5

Sinais diferentes: conserve o sinal do maior número


e subtraia.
Regra do sinal:
O conjunto dos números naturais ℕ é um
(+) + (– ) = –
subconjunto dos números inteiros ℤ
• Exemplo:
+3 – 2 = +1– 3 + 2 = – 1
OBS: Caso haja parênteses () envolvendo a operação
deve-se realizar a regra de sinal da Multiplicação e
Divisão a fim de cancelar os parênteses.

MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
Multiplicação e divisão de números inteiros:
Sinais iguais na multiplicação ou na divisão sempre
resultam em sinal positivo.

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Regra do sinal: Operações fundamentais frações


(+) · (+) = + Operação de multiplicação e divisão Os números racionais têm por definição, que um
(– ) · (– ) = + Operação de multiplicação e divisão número é racional quando um número pode ser escrito
𝐚
• Exemplo: da forma onde 𝐛 é diferente de 𝟎. Resumindo, os
𝐛
números racionais são aqueles que podem ser escritos
(+3) · (+2) = (+6) (– 3) · (– 2) = (+6)
em forma de fração. Em algumas definições de números
racionais o termo razão pode aparecer como um termo
Sinais diferentes na multiplicação ou na divisão equivalente a fração.
sempre resultam em sinal negativo. O conceito da divisão associado ao estudo de
Regra do sinal: frações é algo que podemos utilizar par a identificação
(+) · (– ) = – Operação de multiplicação e divisão de certo número racional, quando por exemplo temos:
𝟐
(– ) · (+) = – Operação de multiplicação e divisão , é uma fração cujo o numerador é 2 e o denominador
𝟒

• Exemplo: é 4, ou pode-se dizer que é um número racional


a
cujo valor de é igual 0,5 ; que é o valor da divisão de 2
(+3)· (–2)=(–6) (–5) · (+3) = (–15) b
por 4.

Conjunto dos números racionais


ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
O conjunto dos números racionais é constituído por
A Adição e Subtração de Frações é feita somando-se
números: inteiro (positivo e negativo), decimais, dizima
ou subtraindo-se os numeradores, sendo os
periódica composta/ simples e frações. Os conjuntos
denominadores iguais, mantêm-se os denominadores
dos números naturais e inteiros fazem parte do conjunto
efetuamos a operação com os numeradores.
dos números racionais. Na reta numérica podemos
representar esse conjunto da seguinte forma: • Exemplos:
2 1 2+1 3
+ = =
5 5 5 5
7 5 2
− =
8 8 8
O conjunto dos números racionais é representado
pelo símbolo ℚ. A relação de inclusão é estabelecida • Quando o denominador é diferente, devemos
com os conjuntos dos números naturais (ℕ) e números transformar as frações, em equivalentes de
inteiros (ℤ). Observe o diagrama a seguir: mesmo denominador, utilizando o recurso do
M.M.C entre os denominadores, transformando
os numeradores em equivalentes múltiplos
como o denominador. Ou “Divide-se o
denominador comum por cada denominador e
multiplica-se pelos numeradores
correspondentes (Divide pelo debaixo e
multiplica pelo de cima!!!)”

15
15
MATEMÁTICA

Exemplo: Operações fundamentais números decimais


Os números decimais têm origem nas frações
1
decimais. Por exemplo, a fração é equivalente à fração
2
5
, qué é igual ao número decimal 0,5. Um número
10
decimal é composto pela parte inteira (parte que
1 1 2 · 3 · 5 = 30
antecede a vírgula), o decimal, centésimo e milésimo.
Portanto, todas as partes juntas determinam a forma
5 6 2 como o número deve ser lido. Assim, observe a forma de
leitura dos seguintes números:
5 3 3 • 0,1 – Um décimo
5 1 5 • 0,52 – Cinquenta e dois centésimos
As operações com números decimais dependem das
casas que ele possui. Assim, para que os cálculos sejam
MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO realizados, os números devem estar alinhados de acordo
Seja a, b, c, d números inteiros, com b ≠ 0 e d ≠ 0, com a vírgula.
temos:
a c a∙c ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
∙ =
b d b∙d Na Adição e Subtração é necessário que as vírgulas
• Exemplo: sejam postas uma embaixo da outra e completamos as
1 3 1∙3 3 casas faltantes das parcelas com número 0.
∙ = =
0,050
2 4 2∙4 8

Seja a, b, c, d números inteiros, com b ≠ 0 e d ≠ 0,


temos: 1,256 +1,325
31,750 12,900
1 3 1 4 1∙4 4 2
÷ = ∙ = = =
2 4 2 3 2∙3 6 3
Simplificado ou
33,006 14,275
1 Efetuando assim a operação como nos números
2 =1∙4=4=2 inteiros, mantendo a vírgula que separa as casas.
3 2 3 6 3
4 103,81 1,000
Mantêm a fração do numerador e multiplica pelo
inverso da fração do denominador
- 25,99 - 0,899
77,82 0,101

16
16
MATEMÁTICA

Na subtração a importância do completamento das


casas se torna visível, para se poder realizar a operação.
35 0,7
MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
Na multiplicação a posição da vírgula não precisa ser
35,0 0,7
considerada num primeiro momento. Ou seja, primeiro
se realiza o cálculo e, logo após, a quantidade de casas 350 0,7
são contadas e assim a vírgula é posicionada.
-35 -50
3,67 0,075
00
x 1,5 x 0,001 Note que o resultado é um número inteiro.

1835 0,000075
A segunda forma é quando o dividendo é decimal e o
367+ divisor é inteiro. Como no caso anterior, é preciso fazer
com que o divisor se torne um número decimal. Para

5,505 isso, colocamos uma vírgula depois dele, e quantos zeros


fossem necessários para igualar e depois dividir
Portanto, a quantidade de casas do produto é igual normalmente.
ao total de casas dos fatores da multiplicação. Já em
relação à divisão, o que deve ser observado é quantidade 5,2 2
de casas decimais que o número possui. Dessa forma,
caso o número de casas decimais seja diferente, basta 5,2 2,0
completar a operação com zeros. A divisão, por sua vez,
pode acontecer de três formas. A primeira, quando é
entre números inteiros e decimais. Nesse caso, o
52 20
dividendo também deverá se tornar um decimal,
colocando uma vírgula e um número 0 em seguida, ou
-40 -2,6
quantos forem necessários para deixar ambos com a
mesma quantidade de números após a vírgula. Depois 120
disso, basta desconsiderar a vírgula e dividir
normalmente, conforme imagem abaixo. -120
0

17
17
MATEMÁTICA

Neste caso, no resultado aparece a vírgula “aparece” Operações fundamentais


tornando o resultado em número decimal Os Conjuntos Numéricos admitem todas a
E para realizar a divisão entre números decimais é operações de seus subconjuntos sendo os Racionais e
preciso que eles tenham a mesma quantidade de Irracionais.
números após a vírgula. Acrescentamos, portanto, zeros
após a vírgula para igualar, e depois fazemos a divisão Propriedades da potenciação
normalmente. A Potenciação é a operação matemática que
representa a multiplicação de fatores iguais. Ou seja,
2,5 0,05 usamos a potenciação quando um número é
multiplicado por ele mesmo várias vezes.
2,50 0,05
aⁿ = a· a· a· a· a.... a
250 5
n fatores
-25 50 • Exemplo da Definição:

00 expoente

Note novamente que o resultado é um número


inteiro, que concluímos a importância de se igualar as 5³ = 125 potência
casas antes da operação divisão, e quem nem sempre o
resultado será também um número decimal. base
5³ = 5 · 5 · 5 = 125
Conjunto dos números reais 1ª PROPRIEDADE: “Produto de Potência de
Mesma Base”.
O Conjunto dos números reais é formado pelo
conjunto dos números racionais e irracionais. Mantem a base e soma os expoentes:

am ∙ an = am+n

• Exemplos:

23 ∙ 24 = 23+4 = 27

2ª PROPRIEDADE: “Quociente de Potência de


Mesma Base”.
ℕ = Conjuntos dos Naturais
Mantem a base e subtrai os expoentes
ℤ = Conjuntos dos Inteiros
am
ℚ = Conjunto dos Racionais am ÷ an = am−n ou = am−n
an
ℝ = Conjunto dos Reais

18
18
MATEMÁTICA

• Exemplos: Propriedades da radiciação


34 ÷ 32 = 33−2 = 31 = 3 Considere os números a e b números reais
e n um número racional, definimos a raiz enésima
de a como sendo um número que, quando elevado
3ª PROPRIEDADE: “Potência de Potência”. a n, seja igual ao número a, nesse caso, representado
por b, ou seja:
Mantem a base e multiplica-se os expoentes
n
(am )n = am∙n √a = b ↔ bn = a
• Exemplos:
3
• Exemplos: √36 = 6 ↔ 62 = 36 √8 = 2 ↔ 23 = 8

(62 )3 = 62∙3 = 66
1ª PROPRIEDADE: “Raiz de um Produto é igual ao
Produto de Raiz”
4ª PROPRIEDADE: “Potência de um Produto e de
um Quociente”. n n
√a ∙ b = n√a ∙ √b
Potência de um Produto é igual a um Produto de
• Exemplos:
Potências
Potência de um Quociente é Igual a um Quociente √4 ∙ 9 = √4 ∙ √9 𝑝𝑜𝑟𝑞𝑢𝑒? √4 ∙ 9 = √36 = 6
de Potências
√4 = 2 √9 = 3 ↔ 2 ∙ 3 = 6
(a ∙ b)n = an ∙ bn
a n an 2ª PROPRIEDADE: “Raiz de um Quociente é igual
( ) = n (a ÷ b)n = an ÷ bn
b b ao Quociente de Raízes”
• Exemplos: na √a
n

√ =n
(2 ∙ 3)2 = 22 ∙ 32 Porque? (2 ∙ 3)2 = b √b

(6)2 = 36 𝑒 22 ∙ 32 = 4 ∙ 9 = 36 • Exemplos:

Casos Especiais 4 √4 4 2 √4 2
√ = porque? √ = e =
a0 = 1 (Todo número elevado a zero seu resultado 9 √9 9 3 √9 3
é 1)
a1 = a (Todo número elevado a 1 é ele mesmo)
3ª PROPRIEDADE: “Raiz enésima de um número é
igual a esse número com expoente fracionário”
1 1 1
𝑎−𝑛 = exemplo: 2−3 = = m
𝑎𝑛 23 8 n
√am = a n
m 1
n
a n = √am exemplo: a2 = √a • Exemplos:
2
√a2 = a2 = a1 = a
1
√2 = 22

19
19
MATEMÁTICA

Exercícios
1. Em um depósito há várias caixas, todas de mesmo leem os livros A e C; 40 alunos leem os livros A e B;
tamanho. Se forem feitas pilhas contendo em cada 25 alunos leem os livros B e C. Logo, a quantidade de
uma delas, 6 ou 8 ou 10 caixas, sempre sobrarão 3 alunos que leem os livros A, B e C é:
caixas. O número mínimo de caixas nesse depósito é:
20.
123. 15.
120. 18.
117. 25.
105. 30.
99.
5. Os números naturais eram inicialmente utilizados
2. José comeu 1/5 de uma barra de chocolate, e seu para facilitar a contagem. Identifique a alternativa
filho comeu 3/8 do restante. A fração que que apresenta um número natural.
correspondente à quantidade de chocolate que José
– 4.
e seu filho comeram, juntos, é:
8.
1/3. √−7.
3/8. 8
− .
1/2. 3

5/8. √5.
3/4.
6. O maior número pelo qual se deve dividir 243 e 391
3. Uma pessoa possui vários chaveiros e quer coloca – para obter respectivamente os restos 3 e 7 é x.
los em saquinhos de plásticos, todos com a mesma Pode – se afirmar que o algarismo das dezenas de x
quantidade. A fazer isso, percebe que, em cada é igual a:
saquinho, a quantidade de chaveiros poderia ser 5,6
9.
ou 8, e que não ocorreria nenhuma sobra de
8.
chaveiros. A menor quantidade de chaveiros que
2.
essa pessoa poderia ter é:
6.
120. 4.
130.
140. 7. Foi realizada em uma escola uma pesquisa que gerou
150. as seguintes informações:
160. − 30 alunos leem os livros A, B e C;
− 60 alunos leem os livros A e C;
4. Em uma escola com 180 estudantes, sabe-se que
todos os estudantes leem pelo menos um livro. Foi − 40 alunos leem os livros B e C;
feita uma pesquisa e ficou apurado que: 50 alunos − 40 alunos leem os livros A e B;
leem somente o livro A; 30 alunos leem somente o
− 150 alunos leem o livro A;
livro B; 40 alunos leem somente o livro C; 25 alunos
− 60 alunos leem somente o livro B;

20
20
MATEMÁTICA

− 90 alunos leem o livro C; e pizza de atum e três pedaços da pizza marguerita.


− 120 alunos não leem livro nenhum. Cada pizza estava dividida em 8 partes iguais. Em
relação a uma pizza inteira, que porção Caio
De posse dessas informações, o número total de
comeu?” Yuri sabe responder facilmente essa
alunos que responderam a pesquisa é igual a:
questão, mas como tem dificuldade em digitar uma
310. fração, resolve apresentar a resposta em n úmero
350. decimal, sendo esta:
360.
0,50.
390.
0,12.
420.
2,8.
1,25.
1 1 1
−3(7−2.5) 0,75.
8. O valor de é dado por:
0,125
24
a) GABARITO: Aula 1
35

b) 2 Questões Respostas Questões Respostas


36
c) 1 A 2 C
35
3 A 4 B
7
d) 5 B 6 E
8
9 7 C 8 A
e)
35 9 B 10 E

9. Dentre as alternativas a seguir, a fração que _____________________________________________________________


corresponde a um número decimal compreendido _____________________________________________________________
entre 0,5 e 0,7 é:
_____________________________________________________________
1
3 _____________________________________________________________
4
7 _____________________________________________________________
5
_____________________________________________________________
3
2 _____________________________________________________________
5
_____________________________________________________________
3
4 _____________________________________________________________

10. Yuri está digitando um trabalho de matemática. O _____________________________________________________________


problema proposto é o seguinte: “Um grupo de _____________________________________________________________
garotos foi a uma pizzaria. Caio comeu 3 pedaços da

21
21
MATEMÁTICA

a
Aula 2 Definição de uma Razão de dá pela expressão
b
(a
está para b), e seu quociente expressa a quantidade
comparada.
Razões, Proporções, Grandezas
diretamente e inversamente Razões Especiais que são casos muito usados de
comparação entre Grandezas de espécies diferentes,
proporcionais
como quilômetro e hora, habitantes e quilômetros
RAZÃO: É o quociente ou divisão entre dois quadrados.
números.
2. Um automóvel percorreu 80 km em 1
A NUMERADOR ou ANTECEDENTE hora. Podemos indicar a razão entre a distância
80 km 80 km
B DENOMINADOR ou CONSEQUENTE percorrida e o tempo gasto: ou hora, que
1 hora 1
80km
• Exemplos: lemos 80 km por hora. 80 (velocidade).
1

1. Em um concurso para a EPCAR há 30 vagas e 300 3. Se um município tem 43 habitantes por quilômetro
candidatos. Quantos candidatos há por vaga? E quadrado, indicamos a razão entre os habitantes e a
quantas vagas tem para cada candidato? 43 ℎ𝑎𝑏
área ocupada com ou 43 hab/1 km².
1𝑘𝑚²
Aqui temos duas considerações a fazer. A primeira
quer saber quantos candidatos há por vaga, para se ter Escala
uma ideia unitária da concorrência.
É a razão entre as dimensões do desenho (largura,
comprimento, altura, diâmetro) e as do modelo real
Na ordem montamos a Razão: medidos em uma mesma unidade.
300 candidatos
= 10, • Exemplo
30 vagas
A escala 1:1000 significa que as dimensões reais são
Percebemos que o quociente define 10 candidatos 1000 vezes maiores que as do desenho.
disputando a mesma vaga.
VEJA COMO PODEMOS UTILIZAR O CONCEITO
Pode representar assim: DE ESCALA NA PRÁTICA!

10 candidatos
1 vaga Em uma peça desenhada na escala 1:5, uma medida
de 25 mm no desenho equivale a quantos mm na peça?
Se a escala é 1:5 significa que 1 mm no desenho
A segunda situação quer saber a oferta de vagas
equivale a 5 mm na peça, logo:
para cada candidato e as chances de cada um, na ordem
montamos a razão: Escala =
𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐧𝐨 𝐝𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨
30 vagas 1 vaga 1 𝐂𝐨𝐦𝐩𝐫𝐢𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐫𝐞𝐚𝐥
= ou =
300 candidatos 10 candidatos 10 1 25
= ⇒ 5 x 25 = 125 mm
0,1 % de chance 5 comprimento real

22
22
MATEMÁTICA

Proporção II.
3
=
1
ou 3: 2 = 1: 3 → 3 ∙ 3 = 2 ∙ 1 → 9 = 2
2 3
Proporção: É a igualdade entre duas razões.
• Exemplo: (Lê – se “3 está para 2, assim como 1 está para 3”)
1 2
I. = 0,5 e = 0,5 as duas razões As razões não são proporcionais
2 4
são proporcionais.
3 1 Grandezas diretamente e inversamente
II. = 1,5 e = 0,333 … as duas razões
2 3 proporcionais
não são proporcionais.
Divisão em partes DIRETAMENTE proporcionais –
Quando duas ou mais grandezas aumentam a outra
LEI DA PROPORÇÃO aumenta também ou quando uma grandeza diminui a
outra diminui também na MESMA PROPORÇÃO.
“O produto dos extremos é igual
ao produto dos meios” A
= 𝐊 (𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐨𝐫𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞)
B
A=C
B D Divisão em partes INVERSAMENTE proporcionais
– Quando duas ou mais grandezas aumentam a outra
grandeza diminui na MESMA PROPORÇÃO.
A.D = C.B
A. B = 𝐊 (𝐜𝐨𝐧𝐬𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 𝐝𝐞 𝐩𝐫𝐨𝐩𝐨𝐫𝐜𝐢𝐨𝐧𝐚𝐥𝐢𝐝𝐚𝐝𝐞)
• Exemplos:
I. Dobrando a quantidade de material, também
“O produto dos extremos é igual vai dobrar o número de cabos de faca. Assim,
ao produto dos meios” se a tora tiver 120 cm poderão ser produzidos
32 cabos de faca. Do mesmo modo se
reduzirmos à metade a tora para 30 cm a
produção cai para 8.

Note que, aumentando ou diminuindo uma


grandeza (quantidade da tora de madeira), outra
grandeza (quantidades de cabos de faca), também
a.d = c.b aumenta ou diminui. Este aumento na mesma proporção
nas duas grandezas faz com que as duas sejam
diretamente proporcionais.
• Exemplos:
1 2
I. = 𝑜𝑢 1: 2 = 2: 4 → 1 ∙ 4 = 2 ∙ 2 → 4 = 4
2 4 Já no caso dos operários, se aumentarmos de 2
operários para 4, os dois operários fazem o serviço me
(Lê – se “1 está para 2, assim como 2 está para 4”) 40 dias, mas 4 operários farão na metade do tempo, isto
é, 20 dias.
As razões são proporcionais

23
23
MATEMÁTICA

Note que dobrando a quantidade de operários, Resposta: Percorrerá 280 km com 35 litros de
reduzimos a metade do tempo gasto para a realização do combustível.
serviço. Já se reduzirmos a metade de operários para 1,
dobraremos o tempo, que será de 80 dias. Estas duas
III. Viajando a uma velocidade média de 72 km
grandezas chamamos de inversamente proporcionais. 𝑘𝑚
por hora (72 ), o percurso entre duas

• Mais exemplos:
cidades, pode ser feito em 5 horas. Qual
I. 10 l combustível ↔ 100 km percorridos deveria ser a velocidade média para se fazer o
30 l combustível ↔ 300 km percorridos mesmo percurso em 4 horas?
(diretamente proporcionais)
Velocidade (km/h) horas

𝑘𝑚 𝑘𝑚
72 5
II. 100 ↔ 3h ↔ 1,5h
ℎ ℎ x 4
(inversamente proporcionais)
Resposta: Deverá aumentar para 90 km/h a
velocidade.
Regra de três
É uma forma de resolver problemas empregando os Porcentagem
conhecimentos de proporção;
É a razão ou divisão de um número qualquer por
São problemas que envolvem duas grandezas
100.
diretamente ou inversamente proporcionais a fim de
descobrir um quarto valor. Pode ser representada na forma de fração,
percentual ou decimal.
• EXEMPLO
𝟑𝟓
Se com 20 litros de combustível um automóvel 𝟑𝟓% 𝟎, 𝟑𝟓
𝟏𝟎𝟎
percorreu 160 km, quantos litros percorrerá com 35
25
litros? Assim 25% equivale a , e significam 25 em cada
100
Litros Km percorrido grupo de 100. Se dizemos que 25% dos empregados de
20 160 uma empresa são mulheres, estamos afirmando que, em
cada grupo de 100 empregados, 25 são mulheres.
35 x
Da mesma forma, quando falamos em 35% de
desconto, estamos nos referindo a um desconto de R$
Conforme se aumenta a quantidade de combustível 35,00 a cada R$ 100,00.
também se aumenta a distância percorrida, portanto as
grandezas são diretamente proporcionais. Montamos
Veja os exemplos seguintes que mostram
como uma proporção e aplicamos a multiplicação
as diferentes representações de porcentagens. Lembre-
cruzada.
se, para “transformar” a porcentagem em fração, basta
20 160 dividir o número que acompanha o símbolo % por 100 e
= ↔ 20𝑥 = 35 ∙ 160
35 𝑥 simplificar a fração; para “transformar” a fração em
35 ∙ 160 5600 forma decimal, basta realizar a divisão.
𝑥= ↔ 𝑥= 𝑥 = 280
20 20

24
24
MATEMÁTICA

2 1 50
2% =
100
=
50
= 0,02 ⦁ 600 = 300 ou 0,5 ⦁ 600 = 300 ou
100
50 1
10 1 ⦁ 600 = ⦁ 600 = 300
10% = = = 0,1 100 2
100 10
50 1
50% = = = 0,5
100 2
II. Em uma sala de aula há 30 alunos, dos quais
100 1
100% = = =1 40% são meninas. Quantas meninas têm na
100 1
sala?
210 21
210% = = = 2,1
100 10

40
⦁30 = 12 alunas ou 0,4 ⦁ 30 = 12 alunas
100
Perceba que quando escrevemos a porcentagem
2
100% é o mesmo que considerar um inteiro, ou seja, III. Convertendo a fração em uma fração
5
quando consideramos 100% de algo, estamos levando
centesimal, qual o resultado em
em conta o total daquilo.
porcentagem? (fração equivalente múltipla
com denominador 100)
No caso de 210%, estamos considerando mais que
um inteiro, isto é, consideramos 2,1 vezes o total.
2⦁ 20 40
= = 0,40 = 40%
5 ⦁ 20 100
Para fazer o caminho de volta, ou seja, dado uma
fração ou um número decimal para ser escrito na forma
IV. Rita tem um desconto de R$ 240,00 em seu
percentual, basta multiplicar o número em questão por
salário onde este desconto representa 6% de
100.
seu salário. Qual o valor do Salário de Rita?
• Exemplos: (vamos usar a regra de três como recurso)
0,13 ⦁ 100 = 13% Salário Total %
0,05 ⦁ 100 = 5% x 100

0,8 ⦁ 100 = 80% 240,00 6

4 ⦁ 100 = 400%
Porcentagem é uma proporção diretamente
Como calcular a porcentagem? proporcional.
Para realizar o cálculo da porcentagem de um valor, x 100
basta multiplicar esse valor pela porcentagem em sua = → 6x = 240 ∙ 100 →
240 6
forma decimal ou fracionária. 24000
x=
• Exemplos: 6
I. Calcule 50% de 600. x = 4000
Sabemos que 50% = 0,5, assim, basta fazer a Resposta: O Salário de Rita é de R$ 4000,00 .
substituição e multiplicar os valores. Veja:

25
25
MATEMÁTICA

V. Uma geladeira que custa R$ 1000, 00 obteve Como dito anteriormente, qualquer expressão
um desconto de R$ 70,00. Qual a algébrica formada pela adição de monômios é chamada
porcentagem aplicada neste desconto? (regra de polinômio. Dessa maneira, seguem os exemplos de
de três) polinômios:

Geladeira Total % 4xy + 2x + 7w


1000,00 100 4x⁴ − x² + 30x − 2
70,00 x
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
Sejam:
Porcentagem é uma proporção diretamente
proporcional. A = 3x² − 5x + 7 e B = 2x² + 8x– 10
Então:

1000 100 70 ∙ 100 A + B = (3x² − 5x + 7) + (2x 2 + 8x − 10) =


= →x= →
70 x 1000
7000
x= → x = 7% Eliminando os parênteses temos:
1000
𝐴 + 𝐵 = 3𝑥² − 5𝑥 + 7 + 2𝑥² + 8𝑥– 10 =

Resposta: O desconto é de 7 %.
Reduzindo os termos semelhantes
Polinômios A + B = 5x² + 3x– 3
São expressões algébricas formadas pela adição de
monômios. Ambos são constituídos por números Podemos, ainda, obter a soma 𝐴 + 𝐵, utilizando o
conhecidos e números desconhecidos. consideradas dispositivo prático:
monômios, mas são chamados de frações algébricas.
3x² - 5x + 7
• Exemplos:
2x² + 8x – 10
4x 5x² + 3x – 3
7xy2

Observe:
O número conhecido é chamado de coeficiente, e o
restante do monômio é chamado de parte literal. Caso Colocamos termos semelhantes embaixo de
seja analisado dentro de um polinômio, o monômio termo semelhante.
também é chamado de termo. Um termo geralmente é Na redução de termos semelhantes
reconhecido não por isso, mas por sempre ser separado adicionamos algebricamente os coeficientes e
por somas e subtrações. Quando a parte literal de dois conservamos a parte literal.
ou mais monômios é igual, dizemos que eles
são monômios semelhantes. Na subtração: há uma semelhança na operação, pois
• Exemplos de polinômios: é o mesmo que somarmos pelo oposto do segundo
polinômio.

26
26
MATEMÁTICA

Sejam: • Exemplos:

A = (5x² − 2x + 3) 5x ⦁ 3y = 15 xy
B = (3x² − 7x + 5) −10x²y ⦁ 5x = −50x³y
3 6
2a ⦁ b= ab
Então 5 5
7 2 14
A– B = (5x² − 2x + 3) − (3x² − 7x + 5) = − a³ b² ⦁ a b⁵ = − a⁴ b⁷
5 3 15

Fazendo regra de sinal com o segundo polinômio

A + (−B) = (5x² − 2x + 3) + (−3x² − 7x + 5)

MONÔMIO X POLINÔMIO
Eliminando os parênteses: Multiplicamos o monômio por todos os termos do
A + B = 5x² − 2x + 3– 3x² + 7x − 5 polinômio.
Assim,

Reduzindo os termos semelhantes:


5x ⦁ (2x² + 3x − 4) = 10x³ + 15x² − 20x
A + B = 2x² + 5x– 2

Observe: POLINÔMIO X POLINÔMIO


Quando eliminamos os parênteses precedidos do Multiplicamos cada termo de um polinômio por
sinal −, trocamos todos os sinais de dentro dos todos os termos do outro polinômio: Assim:
parênteses.
Para adicionarmos ou subtrairmos mais de dois
polinômios, procedemos de modo análogo.
(2x– 3)(3x 2 + 4x– 5)
MULTIPLICAÇÃO E DIVISÃO
Para efetuar a multiplicação de polinômios, vamos
considerar os seguintes casos: = 6x 3 + 8x 2 − 10x − 9x² − 12x + 15

MONÔMIO X MONÔMIO Reduzindo os termos semelhantes, temos, 6x³ −


Multiplicamos os coeficientes e adicionamos os x² − 22x + 15
expoentes de mesma base da parte literal.
Podemos partir do mesmo princípio na divisão.
Assim,

3x²y ⦁ 5x³y² = 3 ⦁ 5x ²⁺³ ⦁ y¹⁺² = 15x⁵y³


MONÔMIOS ÷ MONÔMIOS
Dividimos o primeiro coeficiente pelo segundo e
subtraímos os expoentes de mesma base da parte literal.
10x⁵: 2x³ = 10: 2 ⦁ x⁵⁻³ = 5x²

27
27
MATEMÁTICA

POLINÔMIO ÷ MONÔMIO 10x² − 23x + 12 5x – 4


Dividimos todos os termos do polinômio pelo −10x² + 8x 2x
monômio.
−15x + 12

(15x⁴ + 20x³) : (5x²) = 3x² + 4x


4º PASSO:
Dividimos -15x por 5x , obtendo -3 que será o
segundo termo do quociente:
POLINÔMIO ÷ POLINÔMIO 10x² − 23x + 12 5x – 4
Seja: −10x² + 8x 2x − 3

(10x² − 23x + 12) ∶ (5x − 4) −15x + 12

Vamos ver passo a passo a forma de resolução da 5º PASSO:


divisão entre polinômios, preste bastante atenção nesse Multiplicamos 0– 3 pelo divisor 5x − 4 e esse
exemplo detalhado e depois você verá mais alguns
produto com sinal trocado é adicionado a −15x + 12:
exemplos também resolvidos.
10x² − 23x + 12 5x – 4
−10x² + 8x 2x − 3
1º PASSO:
−15x + 12
Colocamos os polinômios, o primeiro dividendo e o
segundo divisor, na chave da divisão: −15x − 12

10x² − 23x + 12 5x – 4 𝟎 (𝐫𝐞𝐬𝐭𝐨)

O grau do resto é sempre menor do que o grau do


2º PASSO:
divisor
Dividimos o primeiro termo do dividendo 10x² pelo
primeiro termo do divisor 5x, obtendo 10x² ∶ 5x = Produtos notáveis
2x, que será o primeiro termo do quociente:
QUADRADO DA SOMA DE DOIS TERMOS
10x² − 23x + 12 5x – 4 Considere:
2x

3º PASSO: (a + b)² = (a + b)⦁(a + b) = a² + ab + ab + b² = a² + 2ab + b²

Multiplicamos o 2x pelo divisor 5x − 4 e esse


produto 10x² − 8x com sinal trocado é adicionado ao
dividendo: “O quadrado da soma de dois termos é o quadrado
do primeiro termo mais duas vezes o primeiro termo

28
28
MATEMÁTICA

vezes o segundo termo mais o quadrado do segundo SOMA PELA DIFERENÇA DE DOIS TERMOS
termo” Considere:
(a + b)² = (a)² + 2 ⦁ (a) ⦁ (b) + (b)²
(a + b) ⦁ (a – b) = a² - ab + ab - b² = a² - b²

1º Termo 2º Termo

“Quadrado do primeiro termo menos o quadrado do


• Exemplos: segundo termo”
(a + b) ⦁ (a – b) = (a)² − (b)² = a² − b²
(x + 2)² = x² + 2 ⦁ x ⦁ 2 + 2² = x² + 4x + 4
(y + 5)² = y² + 2 ⦁ y ⦁ 5 + 5² = y² + 10y + 25 • Exemplos:

(v + 7) ⦁ (v -7) = v² -49
QUADRADO DA DIFERENÇA DE DOIS TERMOS (m + 6) ⦁ (m – 6) = m² -36
Considere:
FATORAÇÃO
Vimos em produtos notáveis que (a + b)(a + b) =
(a − b)² = (a − b) ⦁ (a − b) = a² − ab − ab + b² = a² − 2ab + b² a² + 2ab + b².
Assim, a expressão algébrica a² + 2ab + b² pode
ser escrita em forma de produto (a + b)(a + b).
Fatorar uma expressão algébrica é transformá-la em
“O quadrado da diferença entre dois termos é o
um produto.
quadrado do primeiro termo menos duas vezes o
primeiro vez o segundo mais o quadrado do segundo FATOR COMUM
termo” Seja a expressão ax + ay + az: o fator a aparece em
todos os termos da expressão. Assim, a é o fator comum,
podendo, portanto, ser colocado em “evidência”
(a - b)² = (a)² - 2 ⦁ (a) ⦁ (b) + (b)² = a² - 2ab + b²
(propriedade distributiva): ax + ay + az = a(x + y +
z)

1º Termo 2º Termo • Exemplos:

16x – 4y

• Exemplos: O fator comum é 4.


(w– 3)³ = w² − 2 ⦁ w ⦁ 3 + 3² = w² − 6w + 9 :4
(t– 4)² = t² − 2 ⦁ t ⦁ 4 + 4² = t² − 8t + 16

:4

29
29
MATEMÁTICA

ab⁵ - a²b³ DIFERENÇA DE DOIS QUADRADOS


Estudamos em produtos notáveis que (a +
Colocamos em evidência a e b, com o seu menor b)(a– b) = a² − b². Então, a² − b² terá como forma
expoente: fatorada (a + b)(a– b).
(a e b) Vejamos como se obtém a forma fatorada:
a) x² - y²
√𝑥² = x; √𝑦² = y
x² - y² = (x + y)(x – y)

AGRUPAMENTO b) a² - 4
Seja a expressão ax + ay + bx + by o fator a é
√𝑎² = a; √4 = 2
comum aos dois primeiros termos e o fator b é comum
aos dois últimos termos. a² - 4 = (a + 2)(a – 2)
Então, escrevemos:
ax + ay + bx + by c) 36 x² - 100y⁴
√36𝑥² = 6x; √100𝑦⁴ = 10y²
36x² - 100y⁴ = (6x + 10y²)(6x – 10y²)
a (x + y) + b (x + y)
TRINÔMIO QUADRADO PERFEITO
Sabemos que (a + b)² = a² + 2ab + b².
Assim, fatorando a expressão dada, temos:
Assim, a forma fatorada de a² + 2ab + b² é
ax + ay + bx + by = a(x + y) + b(x + y) (a + b)²
= (x + y)(a + b)

IMPORTANTE!
• Exemplos: Um trinômio é quadrado perfeito quando:
5ab + ac + 5bd + cd = a(5b + c) + d(5b + • Há dois termos quadrados perfeitos (raiz
c) = (5b + c)(a + d) quadrada exata).
5x² − 10xy + 2x − 4y = 5x(x– 2y) + 2(x − • Há um terceiro termo igual ao duplo produto das
2y) = (x − 2y)(5x + 2) raízes quadradas dos outros dois. Se este termo
for positivo, temos o quadrado da soma, e, se ele
for negativo, o quadrado da diferença.

30
30
MATEMÁTICA

• Exemplos: _____________________________________________________________
a) x² + 2x + y² _____________________________________________________________

_____________________________________________________________
√𝑥² = x; √𝑦² = y
_____________________________________________________________

_____________________________________________________________
2⦁x⦁y
_____________________________________________________________
∴ x² + 2xy + y² = (x + y)² _____________________________________________________________
b) x² - 6x + 9
_____________________________________________________________
√𝑥² = x; √9 = 3
_____________________________________________________________
2⦁x⦁3
_____________________________________________________________

∴ x² - 6x + 9 = (x – 3)² _____________________________________________________________

_____________________________________________________________
c) 4x² - 12 xy + 9y²
_____________________________________________________________
√4𝑥² = 2x; √9𝑦² = 3y
_____________________________________________________________
2 ⦁ 2x ⦁ 2y
_____________________________________________________________

∴ 4x² - 12xy + 9y² = (2x – 3y)² _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

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31
MATEMÁTICA

Exercícios
1. Em 30 gramas de requeijão, 7 gramas são de 4. Para fazer um churrasco para 40 funcionários de
gorduras. Para que se obtenham 42 gramas de uma empresa, foram comprados 14 kg de carne,
gordura, é necessário que a porção de requeijão seja considerando-se que todos comeriam a mesma
de: quantidade. Como no dia do churrasco faltaram 6
funcionários, ocorreu uma sobra de carne. Supondo
70 g.
que o consumo de carne por funcionário tenha se
90 g.
mantido, a carne restante representa, em relação ao
120 g.
total que foi comprado, uma porcentagem de:
150 g.
180 g. 23%.
20%.
2. Um determinado jogo de futebol teve dois tempos 18%.
de exatos 45 minutos cada. Durante 40% do 1.º 15%.
tempo, a bola esteve em poder do time A e, em 20% 10%.
do 2.º tempo, em poder do time B. Em relação ao jogo
todo, o tempo em que a bola permaneceu com o time 5. Comprei um eletrodoméstico e ganhei do vendedor
A representa: 5% de desconto sobre o preço da mercadoria. Após
falar com o gerente da loja, ele deu um desconto de
90%.
10% sobre o novo valor que eu pagaria. Paguei,
80%.
então, R$ 1.710,00. Qual era o preço inicial da
70%.
mercadoria?
60%.
50%. R$ 1.900,00.
R$ 1.950,00.
3. Em uma pesquisa de opinião foram apresentados R$ 2.000,00.
aos consumidores 3 tipos diferentes de queijos para R$ 2.100,00.
que experimentassem e dissessem qual deles mais R$ 2.200,00.
agradava. Considerando o total de consumidores
que experimentaram os queijos, 2/3 preferiram o 6. O grau do polinômio (4x − 1) ∙ (x² − x– 3) ∙ (x +
tipo A; 1/4 preferiram o tipo B e o restante, o tipo C. 1) é:
Sabendo-se que participaram dessa pesquisa 600
6.
consumidores e que cada um deles escolheu apenas
5.
um tipo de queijo, então a razão entre o número de
3.
consumidores que preferiram o tipo C e os que
4.
preferiram o tipo B, nessa ordem, é de:
2.
1/2.
1/3. 7. Em uma das OMSE do concurso da ESA, farão a
1/4. prova 550 candidatos. O número de candidatos
1/5. brasileiros natos está para o número de candidatos
1/6. brasileiros naturalizados assim como 19 está para 3.

32
32
MATEMÁTICA

Podemos afirmar que o número de candidatos


naturalizados é igual a: GABARITO: Aula 2
75.
80. Questões Questões Questões Questões
85. 1 E 2 D
90.
3 B 4 D
70.
5 C 6 D

8. Os ângulos internos de um quadrilátero são 7 A 8 B


inversamente proporcionais aos números 2, 3, 4 e 5. 9 B 10 A
O maior ângulo interno desse quadrilátero mede,
_____________________________________________________________
aproximadamente:
_____________________________________________________________
120°
140° _____________________________________________________________
130°
_____________________________________________________________
150°
160° _____________________________________________________________

_____________________________________________________________
9. Uma indústria produz 240 equipamentos em 6 dias,
utilizando as máquinas funcionando 12 horas por _____________________________________________________________
dia. O tempo diário necessário para que essas
mesmas máquinas produzam 360 equipamentos em _____________________________________________________________
8 dias será igual a : _____________________________________________________________
13 h 50 min. _____________________________________________________________
13 h 30 min.
13 h 15 min. _____________________________________________________________
12 h 50 min. _____________________________________________________________
12 h 30 min.
_____________________________________________________________
10. Assinale a alternativa que representa corretamente _____________________________________________________________
a solução do produto notável (x − 3)2.
_____________________________________________________________
x2 − 6x + 9.
x2 − 3x + 9. _____________________________________________________________
x − 6x + 9. _____________________________________________________________
x2 − 6x − 9.
_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

33
33
MATEMÁTICA

Aula 3

Equação do 1º grau

Chama – se equação quando há uma igualdade que


envolve uma ou mais incógnitas.
Quem determina que tipo de grau da equação é seu
expoente.
A equação do 1º grau é do tipo: 𝐚𝐱 + 𝐛 = 𝟎, onde
𝐚 ≠ 𝟎 e 𝐚, 𝐛 ∈ 𝐑.
• Exemplos:
2x + 8 = 0 4x + x = 200g + x
5x − 4 = 6x + 8
3a − b − c = 0 Agora imagine outra situação. Em uma dessas
balanças de pratinho, você tem, de um lado, 5 pesinhos
Termo geral de valor desconhecido e um pesinho de 31 gramas. Do
Imagine que alguém colocou quatro objetos iguais outro, um pesinho de 86 gramas. E os dois lados estão
em um dos pratos da balança e dois pesinhos. Se os em equilíbrio. Quanto pesará, então, cada um dos
pratos ficarem equilibrados, quer dizer que os objetos pesinhos?
de um lado têm a mesma massa das do outro.

4x = 200g

Se for colocado um objeto x de cada lado, a balança 5x + 31 = 86


continua em equilíbrio, já que é a mesma massa que foi
adicionada a cada lado.

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34
MATEMÁTICA

Podemos começar retirando 31 gramas de cada lado Subtraindo b dos dois lados, obtemos:
da balança. De um lado, você terá apenas os pesinhos de
ax + b = 0
massa x gramas. Do outro, 86 - 31 gramas.
ax + b– b = 0 − b
ax = −b
em seguida dividimos os dois lados por a, obtemos:
𝑎𝑥 −𝑏
=
𝑎 𝑎
𝑏
x=-
𝑎

Considere a equação 2x − 8 = 3x − 10, a letra é a


incógnita da equação. A palavra incógnita significa
“desconhecida”.
5x + 31-31 = 86 - 31
Na equação a incógnita é x, tudo que antecede o
sinal s igualdade denomina-se 1º membro, e o que
Como você tem 5 pesinhos, e quer saber quanto
sucede 2º membro.
pesaria um deles sozinho, é só dividir, os dois lados, por
5.
2x– 8 = 3x − 10

1º Membro 2º Membro

Qualquer parcela, do 1º ou do 2º membro, é um


termo da equação.
“Equação do 1º grau na incógnita x é toda equação
que pode ser escrita na forma ax + b = 0, sendo a e b
𝟓𝒙 𝟓𝟓 números racionais, com a diferente de zero”.
= → x = 11
𝟓 𝟓
Raiz da equação
Daí nasce o conceito de equação e seu termo geral Ao resolvermos uma equação do 1º grau obtemos
ax + b = 0, onde a e b são números conhecidos e a ≠ 0, um resultado e esse resultado é um valor numérico que,
se resolve de maneira simples. substituindo a incógnita por ele, chegamos a uma
Ao pensarmos em uma balança para definir igualdade numérica, esse pode ser chamado de raiz da
concretamente o conceito de equação. equação ou conjunto verdade ou conjunto solução da
equação.

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MATEMÁTICA

• Exemplo: Assim, temos:

2x + 6 = x + 18 1) Quando b e c são diferentes de zero, a equação se


diz completa.
2x – x = 18 − 6 → x = 12
• Exemplo:
S = 12
𝟐𝐱² − 𝟑𝐱 + 𝟏 = 𝟎
(Conjunto solução ou raiz da equação), pois

2 ⦁ 12 + 6 = 12 + 18 → 2) Quando, pelo menos, um deles é nulo, a equação


24 + 6 = 30 → se diz incompleta, sendo que, neste caso, a equação é
30 = 30 comumente escrita sem o termo de coeficiente nulo.
• Exemplos:
Equação do 2º grau 5x²-3=0 , em que b=0
Toda equação é um polinômio, no caso da equação
2y²+5y=0 , em que c=0
do segundo grau é um polinômio de grau 2.
7x²=0 , em que b=0 e c=0
Termo geral
Chama-se equação do 2º grau com uma variável Fórmula resolutiva
toda equação da forma polinomial Utiliza – se a FÓRMULA DE BHASKARA:

ax² + bx + c = 0 ∆ = 𝐛𝟐 – 𝟒𝐚𝐜
Em que 𝐱 é a variável e 𝐚, 𝐛, 𝐜 ∈ 𝐑, com 𝐚 ≠ 𝟎. Para se encontrar o “x” utiliza – se:
−𝑩 + √∆ −𝒃 − √∆
Assim, são equações do 2º grau com uma variável: 𝑿= 𝒆
𝟐𝒂 𝟐𝒂
• 2x² − 7x + 5 = 0,
onde a variável é x e a = +2, b = −7, c = +5 Utilizando a Fórmula Resolutiva, observando
• 2
−4x + 2x − 1 = 0, que a resolução das equações completas é feita no
onde a variável é x e a = −4, b = +2, c = −1 conjunto universo dos números reais. Segundo ∆ seja
positivo, nulo ou negativo, temos três casos a estudar:
Os números reais a,b,c são chamados coeficientes
1º caso: ∆ > 0 → o discriminante tem duas raízes
da equação do 2º grau, sendo que:
reais e distintas
• a é sempre o coeficiente de x²
Neste caso, existe em R, o valor ∆.
• b é sempre o coeficiente de x 2° caso: ∆= 0 → o discriminante tem uma única
• c é chamado termos independente ou termo raiz reais ou raízes iguais.
constante. 3° caso: ∆ < 0 → o discriminante não tem raízes
Equações do 2º grau podem ser expressas na forma reais. Neste caso, não existe em R o valor ∆ (não existe
geral completa e incompleta e sabemos que o em R a raiz quadrada de um número negativo), dizemos
coeficiente a é sempre diferente de zero, porém os que a equação não tem raízes reais.
coeficientes b e c podem ser nulos.

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36
MATEMÁTICA

• Exemplos: Resolver a equação: x² − 16 = 0, U = R


1) Resolver a equação: x² − 5x + 6 = 0 x² − 16 = 0
𝑥² − 5𝑥 + 6 = 0 {𝑎 = +1, 𝑏 = −5, 𝑐 = +6} x² = +16
∆= b² − 4ac → ∆ = (−5)² − 4 ⦁ (+1)⦁(+6) x² = ±√16
∆=25 - 24 ∆ = 1 (2 raízes distintas) x=±4
−𝐵 + √∆ −(−5) ± √1 S = {+4, −4}
𝑋=
2⦁𝑎 2⦁(+1)
Resolver a equação: 3x² − 12 = 0, U = R
+5+1 6 5−1 4
{x₁= = = 3 ; x₂ = = = 2}
2 2 2 2 3x² − 12 = 0
3x² = +12
2) Resolver a equação: x² − 10x + 25 = 0
12
x² − 10x + 25 = 0 {a = +1, b = −10, c = +25} x² =
3
∆= (−10)² − 4 ⦁ (+1) ⦁ (+25) →
x² = 4
∆ = 100 − 100 (2 raízes distintas)
x = ±√4
∆ = 0 (duas raízes iguais)
−(−10) ± √0 x=±2
𝑥=
2 ∙ (+1) S = {+2, −2}
+10 + 0 10
{𝑥1 = = = 5;
2 2
+10 + 0 10 2° caso: a equação é do tipo: ax² + bx = 0, onde
𝑥2 = = =5 c = 0.
2 2
Resolver a equação: x² − 5x = 0, U = R

3) Resolver a equação: 2x² − x+ = 0 x² − 5x = 0


2x² − x + 5 = 0 {a = +2, b = −1, c = +5} x (x– 5) = 0
∆= (−1)² − 4 ⦁ (+2) ⦁ (+5) → ∆= 1 − 40 x₁ = 0 x₂ − 5 = 0
∆ = −39 (não existe raiz em R) x₁ = 0 x₂ = +5
As equações incompletas podem ser resolvidas por S = {0, 5}
meio da fórmula resolutiva, mas a outras maneiras mais
simples de resolução.
• Exemplos:
1º caso: a equação do tipo: ax² + c = 0, onde
b=0

37
37
MATEMÁTICA

Raízes da equação Para resolvermos um sistema de equações há


As equações do tipo ax² + bx + c = 0, onde a, b e c métodos de resolução, como método da substituição e o
são coeficientes numéricos pertencentes ao conjunto método da adição.
dos números reais, com a≠0, são denominadas equações Método da substituição
do 2º grau. Como toda equação, elas possuem como
resultado, um conjunto solução denominado raiz. O
diferencial dessas equações em relação às do 1º grau, é x + y = 24 (I)
Considere o sistema {
que elas podem ter três soluções diferentes de acordo
x − y = 2 (II)
com o valor do discriminante, representado pela letra
grega ∆ (delta), como estudado nos exemplos acima. Isolando a incógnita x na equação (I) temos: x =
Resumindo: 24 − y
Raiz é o número real que, ao substituir a Substituindo o valor de x na equação (II)
incógnita de uma equação, transforma-a numa temos: 24 − y − y = 2
sentença verdadeira.
24– y– y = 2
• Exemplos:
1) Seja a equação x 2 − 5x = 0 e suas raízes 24 − 2y = 2
S = {0, 5} −2y = 2 − 24
Se x = 0 ∴ 0² − 5 ⦁ 0 = 0 −2y = −22
Se x = 5 ∴ 52 − 5⦁ 5 = 0
Y = −22 − 2 ∴ y = 11

2) Seja a equação x² − 5x + 6 = 0 e suas raízes Substituindo o valor da incógnita 𝑦 na equação (I)


temos:
S = {2,3}
Se x = 2 ∴ 2² − 5 ⦁ 2 + 6 = 4– 10 + 6 = 𝑥 = 24 − 11𝑥 = 13 S = {13,11}
10– 10 = 0
Se x = 3 ∴ 3² − 5 ⦁ 3 + 6 = 9 − 15 + 6 =
x + y = 20 (I)
15– 15 = 0 Considere o sistema {
3x + 4y = 72 (II)

Sistemas de equação Isolando a incógnita y na equação (I) temos:


Um sistema de equações é constituído por um y = 20 − x
conjunto de equações que apresentam mais de uma
Substituindo o valor de y na equação (II) temos:
incógnita.
Para resolver um sistema é necessário encontrar os 3x + 4 ⦁ 20– x = 72
valores que satisfaçam simultaneamente todas as 3x + 80 − 4x = 72
equações.
3x − 4x = 72 − 80
Um sistema de equação de 1º grau com duas
incógnitas é formado por: duas equações de 1º grau com −x = −8
duas incógnitas diferentes em cada equação.
x=8

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38
MATEMÁTICA

Substituindo o valor da incógnita x na equação (I) Resolução:


temos: x → carros
y = 20 − 8 ∴ y = 12 S = {8, 12} y → motos
(resolução por adição)

Método da adição
𝑥 + 𝑦 = 70 𝑥 + 𝑦 = 70 ⦁ (−2)
{
4𝑥 + 2𝑦 = 180
→ { 4𝑥 + 2𝑦 = 180
𝑥 + 𝑦 = 24
Considere o sistema {
𝑥– 𝑦 = 2 → {−2x – 2y = −140 +
4x + 2x = 180

𝑥 + 𝑦 = 24
{ + (somar a primeira com a segunda 2x = 40 20 + y = 70
𝑥– 𝑦 = 2
40
equação) 𝑥= ∴ 𝑥 = 20 y = 70– 20 ∴ y = 50
2
26
2x = 26 → x = → x = 13 (substituir em
2
qualquer equação) Resposta: há 20 carros e 50 motos
13 + y = 24 → y = 24 - 13 → y = 11
Ou
S = {13,11}
x → carros
y → motos
x + y = 20 (resolução por r substituição)
Considere o sistema: {
3x + 4y = 72

𝑥 + 𝑦 = 70 (𝐼)
{
Neste caso, para cancelar umas das incógnitas é 4𝑥 + 2𝑦 = 180 (𝐼𝐼)
preciso transformar uma das equações em uma equação
equivalente com sinal oposto e depois realizar a adição. Isolando o x na equação (I) temos: x = 70– y
Substituindo x na equação (II) temos:
x + y = 20 ⦁(−3) −3x − 3y = −60 4 ⦁ (70– y) + 2y = 180
{ → { +
3x + 4y = 72 3x + 4y = 72
280– 4y + 2y = 180
−2y = 180– 280
y = 12
−2y = −100
x + 12 = 20 → x = 20– 12 → x = 8
−100
y= ∴ y = 50
−2
Resolução de problemas envolvendo sistemas Substituindo y na equação (I), temos: x=
Num estacionamento há carros e motos, num total 70– 50 ∴ x = 20
de 70 veículos. A soma das rodas desses veículos é 180.
Quantos são os carros e quantas são as motos? Resposta: há 20 carros e 50 motos

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39
MATEMÁTICA

Exercícios
chocolate branco e o chocolate ao leite, nessa
1. Uma pessoa comprou 5 envelopes grandes, para
ordem, foi de 2/7, então o número de tabletes de
colocar o mesmo número de folhas dentro de cada
chocolate ao leite comprados foi:
um deles. Como 2 envelopes foram rasgados e não
puderam ser utilizados, essa pessoa precisou 123.
colocar 16 folhas a mais em cada um dos envelopes 112.
restantes. O número total de folhas que deveriam 104.
ser colocadas nos envelopes era: 96.
88.
80.
100.
5. Uma pesquisa feita com Microempreendedores
120.
Individuais (MEI) que encerraram suas atividades
140.
teve como objetivo descobrir o principal motivo
160.
dessa decisão. Os participantes da pesquisa
indicaram um único motivo, sendo que os três
2. Em uma padaria, dois brigadeiros mais um quindim
motivos mais sinalizados foram:
custam R$ 5,00. Uma pessoa comprou três
brigadeiros e dois quindins e pagou R$ 8,50 por eles. • 1º motivo: conseguir um emprego.
Nessas condições, pode-se concluir que: • 2º motivo: não possuir clientes.

Um brigadeiro custa R$ 0,50 a mais que um quindim. • 3º motivo: não obter retorno financeiro.
Um brigadeiro custa R$ 1,00 a mais que um quindim. Juntos, esses três motivos foram apontados por
Um quindim custa R$ 0,50 a mais que um brigadeiro. 54% dos MEI que participaram da pesquisa. Além
Um quindim custa R$ 1,00 a mais que um brigadeiro. disso, constatou-se uma diferença de 8 pontos
Um quindim custa o mesmo que um brigadeiro. percentuais entre os que indicaram o 1o e o 3o
motivo; e que o percentual atribuído ao 2o motivo é
3. Uma pessoa comprou vários sabonetes, todos da igual a média aritmética simples do percentual
mesma marca, alguns com 50 g e outros com 90 g, atribuído ao 1º e 3º motivos. Sendo assim, conseguir
num total de 40 unidades. O preço de um sabonete um emprego foi o principal motivo apontado por:
de 50 g era R$ 0,70 e o de 90 g era R$ 1,20. Sabendo-
22% dos participantes da pesquisa.
se que no total dessa compra foram gastos R$ 35,50,
26% dos participantes da pesquisa.
então o número comprado de sabonetes de 50 g foi:
18% dos participantes da pesquisa.
27. 24% dos participantes da pesquisa.
25. 20% dos participantes da pesquisa.
23.
20. 6. Em uma das OMSE do concurso da ESA, farão a
18. prova 550 candidatos. O número de candidatos
brasileiros natos está para o número de candidatos
4. Em uma loja de doces comprou alguns tabletes de brasileiros naturalizados assim como 19 está para 3.
chocolate branco e outros de chocolate ao leite, num Podemos afirmar que o número de candidatos
total de 144 tabletes. Se a razão entre os tabletes de naturalizados é igual a:

40
40
MATEMÁTICA

10. Kátia tem a metade da idade de Bete. Bete é um ano


mais velha que Janaína. Nádia, que tem 9 anos de
75.
idade, nasceu 6 anos depois de Janaína. Quantos
80.
anos tem Kátia?
85.
90. 8.
95. 10.
11.
7. Um pelotão está formado de tal maneira que todas 13.
as n filas têm n soldados. Trezentos soldados se 15.
juntam a esse pelotão e a nova formação tem o
dobro de filas, cada uma, porém, com 10 soldados a
menos. Quantas filas há na nova formação? GABARITO: Aula 3
20.
30. Questões Respostas Questões Respostas
40. 1 C 2 C
60.
3 B 4 B
80.
5 A 6 A

8. Estou com 30 anos, minha filha Bruna está com 6 7 D 8 C


anos. Depois de quantos anos a minha idade será o 9 D 10 A
triplo da idade de Bruna?
_____________________________________________________________
10.
_____________________________________________________________
8.
6. _____________________________________________________________
9.
_____________________________________________________________
7.
_____________________________________________________________
9. Perguntando-se a um Fuzileiro Naval que idade tem,
_____________________________________________________________
ele respondeu:
“Se do triplo da minha idade subtrairmos o _____________________________________________________________
quíntuplo da idade que eu tinha há 12 anos,
_____________________________________________________________
encontramos a minha idade atual”. Quantos anos
tem atualmente o Fuzileiro Naval? _____________________________________________________________

27. _____________________________________________________________
25.
_____________________________________________________________
22.
20. _____________________________________________________________
19.
_____________________________________________________________

41
41
MATEMÁTICA

Aula 4 Esse conjunto de pares ordenados, assim formado, é


denominado produto cartesiano do conjunto A por
conjunto B e é indicado por: A × B =
Funções {(0, 1), (0, 3), (0, 5), (2, 1), (2, 3), (2, 5)}.
Podemos representar um produto cartesiano pelo
Constantemente, em nossa vida, nosso cotidiano,
diagrama de flechas:
nos deparamos com conjuntos de pares ordenados.
Como por exemplo uma tabela de notas da matéria
de matemática:
1º 2º 3º 4º
Bimestre
Bimestre Bimestre Bimestre Bimestre
Notas 6,0 8,5 5,0 7,0
Observe que na tabela existe uma relação entre os
Ou pelo Plano Cartesiano:
bimestres e as notas formando assim, pares ordenados,
{(1°Bi; 6,0), (2° Bi; 8,5), (3°;5,0), (4°Bi, 7,0)}.
Concluímos que dado um conjunto de pares
ordenados, sempre existe uma relação entre o 1° e o 2°
elemento desses pares.
René Descartes (1596 – 1650) deve ser considerado
um gênio da Matemática, pois relacionou a Álgebra com
a Geometria, o resultado desse estudo foi a criação do
Plano Cartesiano. Descartes obteve grande destaque
nos ramos da Filosofia e da Física, sendo considerado
peça fundamental na Revolução Científica, por várias
vezes foi chamado de pai da Matemática moderna. Ele
defendia que a Matemática dispunha de conhecimentos
técnicos para a evolução de qualquer área de
conhecimento.
O Sistema de Coordenadas Cartesianas, mais
Definição
comumente conhecido como Plano Cartesiano, consiste Consideremos alguns diagramas que mostram
em dois eixos perpendiculares numerados, relações do conjunto A no conjunto B:
denominados abscissa (horizontal) e ordenada (vertical), I. Representamos por x qualquer elemento do
que tem a característica de representar pontos no conjunto A (Variável Independente)
espaço.
II. Representamos por y qualquer elemento do
Sejam os conjuntos A = {0, 2} e B = {1, 3, 5}, vamos
conjunto B (Variável Dependente)
formar um conjunto dos pares ordenados onde o
primeiro elemento pertence ao conjunto A e o segundo III. Representamos por (x, y) qualquer elemento
elemento pertence ao conjunto do produto cartesiano A × B
B: {(0, 1), (0, 3), (0, 5), (2, 1), (2, 3), (2, 5)}

42
42
MATEMÁTICA

1° y = 2x A cada elemento de x ∈ A, corresponde a um único


elemento y = x² ∈ B.
A = 1, 2 e B = 1, 2, 3, 4
3) y˂x
y = 2 ⦁1 → y = 2
y = 2⦁2→ y = 4 2⦁ ⦁3
⦁4
3⦁ ⦁5
x y A B

1 2
2 4 A cada elemento de x ∈ A corresponde mais de um
elemento y ∈ B.
4) x é divisor de y

⦁4
2⦁
⦁5
3⦁ ⦁7
5⦁ ⦁ 11
A B

Existe um elemento x ∈ A ao qual não corresponde


A cada elemento x ∈ A corresponde a único
nenhum elemento y ∈ B.
elemento y = 2x ∈ B.
Os dois primeiros exemplos das relações são
Exemplos:
denominados Funções de A em B.
1) y = 2x
“Uma relação de A em B é denominada função de A
em B, se, e somente se, a cada elemento x de A
0⦁ ⦁0
corresponde, um único elemento y de B.”
1⦁ ⦁2
Uma função indica-se pela letra 𝑓 , utilizando–se as
2⦁ A ⦁4 B
notações 𝑓: A → B.

A cada elemento x ∈ A corresponde a único Domínio, Imagem e Contradomínio


elemento y = 2x ∈ B. Dados os conjuntos:

2) y = x² A = {1,2,5,8}

-2 ⦁ ⦁1 B = {0,3,4,6,7,10}
2⦁ ⦁4 Seja a função 𝑓 de A em B definida por y = x + 2 .
3⦁ ⦁6
-3 ⦁ A ⦁9 B 𝑓: A → B, y = x + 2
⦁ 16
𝑓: (1,3,2,4,5,7,8,10)

43
43
MATEMÁTICA

A B

-1⦁ ⦁0
0⦁ ⦁1
1⦁ ⦁2
2⦁ ⦁3

Chama–se domínio de uma função 𝑓: A → B o


Função bijetora: uma função é bijetora se ela é
conjunto A.
injetora e sobrejetora. Por exemplo, a função 𝑓: A → B,
No exemplo D = {1,2,5,8}
tal que 𝑓x = 5x + 4.

Chama–se contradomínio de uma função 𝑓: A → B o A B

conjunto B. -1⦁ ⦁ -1
No Exemplo Cd = {0, 3, 4, 6, 7, 10} 0⦁ ⦁ 4
1⦁ ⦁ 9
Chama–se conjunto imagem de uma função 𝑓: A → 2⦁ ⦁ 14
B o conjunto formado pelos elementos relacionados nos
pares ordenados que pertencem a função 𝑓 .
No Exemplo Im = {3, 5, 7, 10}
Gráfico da Função Linear ou Afim
Em um mercado, ao comprar maçãs percebemos a
Funções Injetoras, Sobrejetoras e Bijetoras seguinte tabela de quantidades e valores:

1 2 3 4 5 6 7 8
maçãs
Uma função é injetora se os elementos distintos do
domínio tiverem imagens distintas. Por exemplo, dada a Preço
a
função 𝑓: A → B, tal que 𝑓(x) = 3x. 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 140,00 180,00
pagar
A B

-1⦁ ⦁ -3 Observamos que o preço a pagar é uma função do


0⦁ ⦁ 0 número de maçãs compradas, pois para cada número de
maçãs compradas corresponde um único preço a pagar.
1⦁ ⦁ 3
2⦁ ⦁ 6
x = número de compradas
y = preço a pagar
Uma função é sobrejetora se, e somente se, o seu
conjunto imagem for especificadamente igual ao
contradomínio, Im = B. Por exemplo, se temos uma
função 𝑓: Z → Z definida por y = x + 1 ela é
sobrejetora, pois Im = Z.

44
44
MATEMÁTICA

Podemos definir a função acima pela equação do 1° Onde:


grau com duas variáveis x y = 2x (x, y)
𝑦 = 20 ∙ 𝑥 -2 y = 2 ⦁ (-2) = -4 (-2, -4)
-1 y = 2 ⦁ (-1) = -2 (-1, -2)
Preço a Preço da Número de 0 y=2⦁0=0 (0, 0)
pagar maçã maçãs
1 y=2⦁1=2 (1, 2)
compradas
2 y=2⦁2=4 (2, 4)
Uma função 𝑓 de R em R denomina-se linear quando
é definida pela equação do 1° grau com duas variáveis
y = ax, com a ∈ R e a ≠ 0. II) Construir um gráfico da função 𝑓: A → B,
linear definida pela equação y = −x
• Exemplos:

y = 3x y = −2x y = 14x

O gráfico de uma função linear define-se por valores


atribuídos aleatoriamente a x (valores pertencentes ao
domínio da função), obtendo os valores corres-
pondentes para y (valores pertencentes a imagem dos
valores de x pela função dada), para cada par ordenado
x,y associamos um ponto no plano cartesiano. Onde:
• Exemplo: x y = -x (x, y)
I) Construir um gráfico da função linear -2 y = - -2 = 2 -2, 2
𝑓: A → B, y = 2x -1 y = - -1 = 1 -1, 1
0 y = -0 = 0 0, 0
1 y = - +1 = -1 1, -1
2 y = - +2 = -2 2, -2

No plano cartesiano, o gráfico de uma função linear


é uma reta que passa pelo ponto de origem 0.
Uma função 𝑓 de R em R denomina – se afim quando
é definida pela equação do 1° grau com duas variáveis
y = ax + b com a, b ∈ R e a ≠ 0

Zero da função linear e suas raízes


O valor de x que anula a função definida pela
equação y = ax + b, y = 0 denomina-se zero da função
do 1° grau. Exemplo:

45
45
MATEMÁTICA

Determinar o zero da função definida por Gráfico da função quadrática


y = 2x − 3. Em um sistema de coordenadas cartesianas,
O cálculo do zero dar-se-á da seguinte forma: podemos construir o gráfico de uma função quadrática,
Basta igualar a função a zero e resolver a equação do podemos construir atribuindo valores a variável x.
1° grau encontrando sua raiz. • Exemplos:
2x– 3 = 0 I) Construir, em um sistema de coordenadas
cartesianas, o gráfico da função quadrática
2x = +3
definida pela função / equação y = x²- 2x - 3.
3
x= = 1,5 x y = x² - 2x - 3 x, y
2
-2 y = (-2)² - 2 ⦁ (-2) – 3 = 4 + 4 – 3 = 5 (-2, 5)
Construir no plano cartesiano, o zero da função do
-1 y = (-1)² - 2 ⦁ (-1) – 3 = 1 + 2 – 3 = 0 (-1, 0)
1° grau que é a abcissa do ponto em que a reta
representa o gráfico da função definida pela equação 0 y = 0² - 2 ⦁ 0 - 3 = 0 - 0 – 3 = -3 (0, -3)
y = 2x − 3 corta o eixo x. 1 y = (1)² - 2 ⦁ (1) – 3 = 1 - 1 – 3 = -4 (1, -4)
x y=2x-3 (x,y) 2 y = (2)² - 2 ⦁ (2) – 3 = 4 - 4 – 3 = -3 (2, -4)
1 y=2∙1-3=-1 (1,-1) 3 y = (3)² - 2 ⦁ (3) – 3 = 9 - 6 – 3 = 0 (3, 0)
2 y=2∙2-3=1 (2,1) 4 y = (4)² - 2 ⦁ (4) – 3 = 16 – 8 – 3 = 5 (4, 5)

Função Quadrática
Uma função 𝑓 , de R em R, chama-se quadrática A curva aberta constituída pelos infinitos pontos A,
quando é definida pela equação do 2° grau com duas B, C, V, D, E, F, ... é chamada gráfico da função quadrática
y = x²- 2x -3 e sua figura geométrica é uma parábola.
variáveis y = ax² + bx + c, com a, b, c ∈ R e a ≠ 0.
II) Construir, em um sistema de coordenadas
• Exemplos:
cartesianas, o gráfico da função quadrática
I) y = x² − 5x = 6 definida pela equação y = -x² + 2x + 3
II) y = −x² + x + 12

46
46
MATEMÁTICA

x y = -x² - 2x + 3 x, y Zero da função e suas raízes


-2 y= -(-2)² - 2 ⦁ (-2) + 3 = -4 - 4 + 3 = -5 (-2, -5) Dado o trinômio y = ax² + bx + c, chamam-se
raízes ou zeros da função aos valores de x que anulam a
-1 y= -(-1)² - 2 ⦁ (-1) + 3 = -1 - 2 + 3 = 0 (-1, 0)
função.
0 y= -0² - 2 ⦁ 0 + 3 = 0 - 0 + 3 = 3 (0, 3)
Algebricamente, esses valores são obtidos resol-
1 y= -(1)² - 2 ⦁ (1) + 3 = - 1 + 2 + 3 = 4 (1, 4) vendo-se a equação do 2° grau:
2 y= -(2)² - 2 ⦁ (2) + 3 = - 4 + 4 + 3 = 3 (2, 3) ax² + bx + c = 0
3 y= -(3)² - 2 ⦁ (3) + 3 = - 9 + 6 + 3 = 0 (3, 0)
Assim:
4 y= -(4)² - 2 ⦁ (4) + 3 = -16 + 8 + 3 = -5 (4, -5)
∆> 𝟎 a função tem duas raízes ou zeros
∆= 𝟎 a função tem uma só raiz ou zero
∆< 𝟎 a função não tem raiz ou zero em 𝐑

• Exemplos:
I) Calcular as raízes da função y = x² − 5x +
6 e construir um esboço do gráfico da função.
x² − 5x + 6 = 0
a = +1 b = −5 c = +6

A curva aberta constituída pelos infinitos pontos A, ∆= b² − 4ac


B, C, V, D, E, F, ... é chamada gráfico da função quadrática
∆= (−5)² − 4 ⦁ (+1) ⦁ (+6)
y = −x² + 2x + 3, e sua figura geométrica é uma
parábola. ∆ = 25 − 24
Observações: ∆=1
• A parábola tem concavidade voltada para cima
quando o coeficiente a é positivo a > 0 como no −b ± √∆
primeiro exemplo. x=
2a
• A parábola tem concavidade voltada para baixo −(−5) ± √1
quando o coeficiente a é negativo a < 0 como x=
2⦁(1)
no segundo exemplo. 5 ±1
x=
• A parábola pode interceptar o eixo x em dois, um 2
ou nenhum ponto.
5+1 6
• O ponto V é chamado de Vértice da parábola. x₁ = = = 3
2 2
5−1 4
x₂ = = = 2
2 2

47
47
MATEMÁTICA

Esboço: III) Calcular as raízes da função y = −3x² +


∆> 0 → a parábola intercepta o eixo x em dois 2x − 1 e construir um esboço do gráfico da
pontos . função.
a > 0 → a concavidade está voltada para cima . −3x² + 2x– 1 = 0
a = −3 b = +2 c = −1

∆= (2)² − 4 ⦁ (−3) ⦁ (−1)


∆= 4 − 12
∆= − 8
II) Calcular as raízes da função y = x² − 4x + 4
Não existe raiz no conjunto dos números reais
e construir um esboço do gráfico da função.

x² − 4x + 4 = 0 Esboço:
a = +1 b = −4 c = +4 ∆< 0 → a parábola não intercepta o eixo x
a > 0 → a concavidade está voltada para baixo
∆= (−4)² − 4 ⦁ (+1) ⦁ (+4)
∆= 16 − 16
∆= 0

−(−4) ± 0
𝑥=
2⦁(1)
Esboço:
∆> 0 → a parábola intercepta o eixo x em Máximos e mínimos
apenas um ponto
Para o cálculo dos pontos de máximos e mínimo de
a > 0 → a concavidade está voltada para cima
uma função devemos determinar seu vértice e analisar o
coeficiente angular.
Fórmula do cálculo do ponto de vértice de uma
parábola.
−b −∆
xV = yv =
2a 4a

48
48
MATEMÁTICA

Consideremos os casos: Verifica-se, intuitivamente, que a ordenada do


1° caso: a > 0 vértice V da parábola é a maior que a função quadrática
pode assumir.
Então quando a < 0 a função quadrática tem o
valor de máximo.
• Exemplo:

I) Calcular o valor máximo ou valor mínimo da


função quadrática y = x² − 6x + 8
Como a > 0 → ponto de mínimo (x, y)
−b −(−6) 6
xv = xv = = = 3
2a 2 ⦁ (1) 2
−∆ −4 −4
yv = → yv = = = −1
4a 4 ⦁ (1) 4
→ Valor mínimo

Verifica-se, intuitivamente, que a ordenada do


vértice V da parábola é a menor que a função quadrática ∆ = (−6)² − 4 ⦁ (+1) ⦁ (+8)
pode assumir.
∆ = 36 – 32
Então quando a > 0 a função quadrática tem o valor
mínimo. ∆= 4

2° caso: 𝑎 < 0 Inequação do 1° grau


Quando estudamos equações do 1º grau lidamos
com igualdades, ou seja, expressões em que precisamos
encontrar um valor para a variável em questão.
Porém, quando tratamos de uma inequação a nossa
expressão conterá, ao invés do sinal de igual (=), outros
sinais que determinarão uma relação de ordem entre os
seus elementos.
Geralmente, o conjunto solução de inequações será
definido no conjunto dos números reais.
• Se x ≥ y, dizemos que x é maior ou igual a y;
• Se x > y, dizemos que x é maior que y;
• Se x ≤ y, dizemos que x é menor ou igual a y;
• Se x < y, dizemos que x é menor a y;

49
49
MATEMÁTICA

• Se x ≠ y, dizemos que x é diferente de y. Estudar sinais de inequações permite saber todas as


possibilidades para determinar o valor de variáveis em
Resolução de inequação de 1° grau uma expressão.
Considere a inequação: Vamos estudar o sinal da expressão x - 4. Note que
esta expressão não está definida em uma igualdade ou
3x– x < −4 − 8
desigualdade. Podemos dizer então que existem três
−12 possibilidades, são elas:
2x < −12x < x < −6
2
x– 4 > 0 x– 4˂0x– 4 = 0
𝑥∈𝑅
O conjunto solução da inequação S = { }
𝑥 < −6 x > 4x˂4x = 4
portanto todos os valores que -6 satisfazem a afirmação,
Escolhendo valores maiores, menores ou iguais a 4,
podemos também representar esse intervalo [−∞, −6[,
vemos que o seu sinal sofrerá mudanças à medida que
ou geometricamente:
variarmos o valor de x. Supondo que escolha um valor de
x que seja menor do que 4, por exemplo, 3. Pela
expressão teríamos:
-6 x– 4
3– 4
II) Considere a inequação:

3x − 7x ≤ −4 − 8 −1
Então, para qualquer valor menor do que quatro, o
−4x ≤ −12
resultado da expressão será sempre um número
Perceba que neste ponto, ambos os lados da negativo. Agora um valor maior que 4, pode ser o 5:
desigualdade estão negativos. Convenientemente,
x– 4
podemos trocar o sinal de ambos os lados da igualdade
multiplicando toda a expressão por (−1). Mas, numa 5– 4
desigualdade, quando invertemos o sinal de toda a
1
expressão, também invertemos a desigualdade, o que
nos leva a: Qualquer valor maior do que 4 a expressão resultará
sempre em um número positivo. E se o valor de x fosse 4,
12
x≤ teríamos o zero:
4
x≤3 x– 4

Escrevendo então o conjunto solução desta equação 4– 4


nas três possíveis representações temos: 0
S = {x ∈ R: x ≥ 3} Por fim, se analisarmos o resultado obtido pelo
S = [3, +∞[ nosso estudo de sinal na reta real, chegaríamos à
seguinte representação:

50
50
MATEMÁTICA

Resolver uma inequação do 2° grau com uma


0 variável é determinar o seu conjunto solução, isto é, o
conjunto dos valores da variável x para os quais o
trinômio ax² + bx + c é positivo ou negativo. Exemplo:
O que significa que qualquer valor à direita da reta I) Considere a Inequação x² − 3x + 2 > 0 (significa
sempre nos retornaria um valor positivo, à esquerda
determinar para que valores de x a função é positiva).
valores negativos e quando x for 4 a expressão será igual
Obs: Resolvemos como uma equação do 2° e analisamos
a zero.
na reta numérica.

x² − 3x + 2 = 0
Inequação do 2° grau
a = +1 b = −3 c = +2
Chama-se inequação do 2° grau com uma variável
toda inequação da forma. ∆= (−3)² − 4 ⦁ (+1) ⦁ (+2)
ax² + bx + c > ou ∆= 9– 8
ax² + bx + c ˂ 0 ou ∆= 1 (duas raízes)
ax² + bx + c ≥ ou −(−3) ± √1
x =
ax² + bx + c ≤ 0 2 ⦁ (+1)
3+1 4 3−1 2
x1 = = = 2x2 = = =2
2 2 2 2
com a ≠ 0
a > 0 → a parábola definida pela função é positiva

Assim, são inequações do 2º grau com uma variável

x² - 2x + 3 > 0
x² - 4x + 4 ˂ 0
3x² - x + 1 ≥ 0
-2x² + x + 3 ≤ 0
S = { x ∈ R | x˂ ou x > 2 }
O conjunto Universo da variável é o conjunto R.

51
51
MATEMÁTICA

II) Agora vamos resolver a inequação −4x² + III) Resolver a inequação x² − 5x + 8 < 0 (significa
4x– 1 < 0 (significa determinar para que valores de 𝑥 a determinar para que valores de x a função é negativa)
função é negativa)
x² − 5x + 8 = 0
−4x² + 4x– 1 < 0
∆= −52 − 418
∆= (4)² − 4 ⦁ (−4) ⦁ (−1)
∆= 25 − 32
∆= 16– 16
∆= −7 (não tem raiz em R)
∆= 0 (uma raiz)
a > 0 → a parábola definida pela função é
4 4 1 positiva
x= = =
2 ⦁ (4) 8 2
a ˂ 0 → a parábola definida pela função é
negativa

S = ∅ (não há valor de x, que torna negativo o


trinômio dado).

52
52
MATEMÁTICA

Exercícios
0.
1. O conjunto solução da inequação x² + 5x + 6 < 0 , 1/5.
onde x é um número real (x ∈ ℜ), é: 1/15.
{x ∈ ℜ / − 3 < x < −2}. 1.
{x ∈ ℜ / − 3 < x ≤ −2}.
6. A função f(x) = 20x– 50 é igual a 300 quando x
{x ∈ ℜ / − 3 ≤ x ≤ −2}.
assume o valor de:
{x ∈ ℜ / − 3 ≤ x < −2}.
{x ∈ ℜ / 3 < x < 2}. 15,00.
16,75.
2. Os valores de k de modo que o valor mínimo da 17,25.
função 2 f(x) = x + (2k − 1)x + 1 seja −3 são: 17,50.
18,50.
– 5/2 e – 3/2.
5/2 e - 3/2.
7. Sabendo que x1 e x2 são as raízes da equação 2x2 +
1/5 e 2/3.
6x + 3 = 0, podemos afirmar que 2(x1 x 2 )2 /3 é
3/4 e – 2/5.
igual a:
5/2 e 3/2.
2/3.
3. As funções do 2º grau com uma variável: f(x) = 2√3.
ax² + bx + c terão valor máximo quando: 3√2.
a < 0. 1.
b > 0. 3/2.
c < 0.
8. Se – 1 é uma das raízes da equação x2 + 4x + m =
∆ > 0.
0, então o valor de m é:
a > 0.
3.
4. Se 𝑓(2x + 1) = x² + 2x, então 𝑓(2) vale: 2.
1.
4/5.
0.
2/3.
2/1. 9. A equação (2m + 1) x²– 3x + 1 = 0 admite duas
4/3. raízes reais iguais. Assim, o valor de m está
2/5. compreendido entre:

5. Os gráficos das funções reais f(x) = 2x– 2/5 e 0 e 0,5.


0,5 e 1.
g(x) = 3x² − c possuem um único ponto em
1 e 1,5.
comum. O valor de c é:
1,5 e 2.
– 1/5.

53
53
MATEMÁTICA

10. É correto afirmar: “Se uma equação do 2º grau tem


discriminante: GABARITO: Aula 4
Positivo, ela tem duas raízes reais iguais”.
Nulo, ela possui raízes reais iguais”. Questões Respostas Questões Respostas
Negativo, ela tem uma raiz nula”. 1 A 2 B
Nulo, ela não tem raízes reais”.
3 A 4 A
5 D 6 D
7 E 8 A
9 B 10 B

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

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MATEMÁTICA

Aula 5 VII. ∣x∣ ≤ a e a > 0 −a ≤ x ≤ a


VIII. ∣x∣ ≥ a e a > 0 𝑥 ≤ −𝑎 𝑜𝑢 𝑥 ≥ 𝑎

Funções II Equação modular


Nesta aula trabalharemos os conceitos de módulo, Sendo v um número real, temos alguns pontos
exponencial e logaritmo. importantes a serem considerados:

Função modular − |v| ≥ 0


Sendo x ∈ R, define–se módulo ou valor absoluto − |v|2 = v 2
de x que se indica por |x|, através da relação:
− |v| = √v²

|x| = x, se x ≥0
• Exemplos:
|x| =-x, se x<0
| − 3| = 3, √(−3)² = √9 = 3 e assim, | − 3| =
√(−3)2
Isto significa que:
1º) o módulo de um número real não negativo é igual
a próprio número; Equações modulares são aquelas em que a incógnita
2º) o módulo de um número real negativo é igual ao aparece dentro de módulos. Para se resolver temos que
oposto desse número. considerar as propriedades do módulo.
• Exemplo:
Assim, por exemplo, temos: Vamos resolver as equações:
1) |x − 5| = 3 x − 5 = 3 ou x − 5 = −3
| + 2| = +2,
x = 3 + 5 ou x = −3 + 5
| − 7| = +7,
|0| = 0, x=2 ou x=8
3 3
|− | =+ , Conjunto solução 𝐒 = {𝟐, 𝟖}
5 5
| − √2| = +√2
2) ||x − 1| − 2| = 3

PROPRIEDADES |x − 1| − 2 = 3 ou |x − 1| − 2 = −3
I. |x| ≥ 0, Ɐx ∈ R |x − 1| = 3 + 2 ou |x − 1| = −3 + 2
II. |x| = 0 x = 0 |x − 1| = 5 ou |x − 1| = −1
III. |x| . |y| = |xy|, Ɐ x, y ∈ R
x– 1 = 5 ou x − 1 = −5 e |x − 1| = −1
IV. |x|² = x², Ɐx ∈ R
(não existe x)
V. |x + y| ≤ |x| + |y|, Ɐ x, y ∈ R
x = 5 + 1 ou x = −5 + 1
VI. |x – y| ≥ |x| − |y|, Ɐ x, y ∈ R

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MATEMÁTICA

𝑥 = 6 ou x = −4 Gráfico

Conjunto solução 𝐒 = {−𝟒, 𝟔}


3) |x|2 + 2|x| − 15 = 0

Renomeamos |𝐱| = 𝐲 ∴ y2 + 2y– 15 =0

a = 1b = 2c = −15
Conhecido o gráfico de 𝑦 = f(x), podemos
2
Δ = b – 4ac facilmente obter o gráfico de y = |f(x)|.
Δ = (2)2 – 4(1)(−15) Procedemos do seguinte modo.
1°) Mantemos a parte da curva em que f(x) ≥ 0
Δ = 4 + 60
(1º e 2° quadrantes), pois, neste caso, |𝑓(x)| é
Δ = 64 igual a 𝑓(x).
2°) Rebatemos a parte da curva em que f(x) < 0
(3° e 4° quadrantes) em torno do eixo x, pois,
−b ± √∆ neste caso, |f(x)| é o oposto de f(x), |f(x)| =
y =
2a − f(x).
−(+2) ± √64
y ==
2(1)

2+8
y1 =
2
2−8
y2 =
2
10
y1 =
2
• Exemplo:

𝑦2 =
−6 𝑓(x) = |x − 5|
2

𝑦1 = 5
A função 𝑓(𝑥) = 𝑥– 5, é uma função afim crescente:
𝑦2 = −3

Se 𝑦 = 5, então |𝑥| = 5 ∴ 𝑥 = 5 ou 𝑥 = −5
Se 𝑦 = −3, então |𝑥| = −3 ∴ não existe x
𝑺 = {−𝟒, 𝟔}

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MATEMÁTICA

Já a função modular 𝑓(𝑥) = |𝑥 − 5| tem o Resolução de uma equação exponencial:


rebatimento da reta: I) 4𝑥 = 32 → (22 )3 = 25 → 22𝑥 = 25 ∴ 2𝑥 = 5 →
5
𝑥=
2
𝑥 𝑥
2 2
x
II) (52 )𝑥+1 = 5 → 52𝑥+2 = 5 ∴ 2x + 2 =
2
4x + 4
=
2
x
→ 4x + 4 = x → 4x– x = −4 → 3x = −4
2
4
→x=−
Função exponencial 3

Consideremos a seguinte situação:


III) 22𝑥 – 9 ⦁ 2𝑥 + 8 = 0
Em uma cultura de bactérias, a população dobra a
cada hora. Se há 1000 bactérias no início da experiência, (2x )2 − 9 ⦁ 22 + 8 = 0
calcule quantas bactérias existirão depois de 3 horas.
• Depois de 1 hora, teremos 2000 bactérias (2 ⦁
Se 𝟐𝒙 = 𝐲 então 𝐲 𝟐 – 𝟗𝐲 + 𝟖 = 𝟎
1000)
• Depois de 2 horas, teremos 4000 bactérias (4 ⦁
1000 ou 2 ⦁ 2000) Δ = (-9)2 – 4 (1)(8) Δ = 81-32 Δ =49
• Então, depois de 3 horas, teremos 8000 −(−9)±√49 9+7 9− 7
y= y1 = y2 =
bactérias (8 ⦁ 1000 ou 23 ⦁ 1000) 2(1) 2 2
16 2
• Depois de 10 horas, teremos 210 ⦁ 1000 ou y1 = y2 =
2 2
1024000 bactérias
y1 = 8 y2 = 1
De modo geral, o modelo matemático utilizado é
Se y=8, então 2x=8 2x=23 ∴ x = 3
𝑓(x) = b⦁a𝑥
Se y=1, então 2x= 1 2x =20 ∴ x = 0
Equação exponencial S = {0, 3}
Equações exponenciais são aquelas em que a
incógnita aparece nos expoentes. Gráfico

• Exemplos: A função exponencial definida por f(x) = a𝑥 e seu


gráfico.
4x = 32;
Dado um número real a (a > 0 e a ≠ 1), denomina-
25x + 1 = √5ˣ; se função exponencial de base a uma função
𝑓 de R em R∗ + definida por f(x) = a𝑥 ou y = a𝑥 .
1 𝑥
( ) = 81
3

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MATEMÁTICA

• Exemplos: 1 𝑥 1 𝑥
Gráfico 2 0˂a˂1𝑓(x)=( ) ou y = ( )
2 2
𝑓(x) = 2𝑥 ;
1 𝑥
𝑓 (x) = ( ) ;
2

𝑓(x) = (0, 4)x;


y = 6𝑥

Vamos analisar os gráficos de duas funções


exponenciais, a primeira com a > 0 e com 0 < a < 1.
• Exemplos:
Gráfico 1 a>0

𝑓(x) = 2𝑥 ou y = 2𝑥

Podemos concluir pelos gráficos acima:


− O gráfico é uma figura chamada de curva
exponencial, que passa pelo ponto 0,1.
− O gráfico não toca o eixo do x e não tem
pontos nos quadrantes III e IV.
− Para a > 1 a função é crescente.
− Para 0 < a < 1 a função é decrescente.

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MATEMÁTICA

Função logarítmica Lê-se: logaritmo de b na base a, sendo a > 0 e a ≠


1 e b > 0.
Considere as seguintes questões. A que número x se
Quando a base de um logaritmo for omitida,
deve elevar:
significa que seu valor é igual a 10.
O número 2 para se obter 8?
Este tipo de logaritmo é chamado de logaritmo
2x=8 → 2x=23 ∴ x=3 decimal.
Consequências da definição de logaritmo:
1. log 𝑎 1 = 0, pois a0=1, qualquer que seja a >
ATENÇÃO! 0 e a≠1
Esse valor 3 denomina–se logaritmo do número 8 na 2. log 𝑎 𝑎 =1, pois a1=a para todo a > 0 e a ≠ 1
base 2. 3. log 𝑎 𝑎𝑛 =n, pois an=an para todo a > 0 e a ≠ 1
1 1
Assim, log 3 = −4 → 3−4 = 4.
𝑁
𝑎log𝑎 𝑎 =N, com N > 0, a > 0 e a≠1, pois
81 81
𝑁
O número 3 para se obter
1
? log 𝑎 𝑁=x ↔ ax = N substituindo x: 𝑎log𝑎 𝑎 = N
81
5. log 𝑎 𝑥 = log 𝑎 𝑦 ↔ x = y, com x > 0, y > 0, a >
𝟏
𝟑𝒙 = → 𝟑𝒙 = 𝟑−𝟒 ∴ 𝒙 = −𝟒 0 e a≠1
𝟖𝟏 6. ln x = log 𝑒 𝑥 → Logaritmo onde a base é o
número de Euler (Log Neperiano)

ATENÇÃO!
Esse valor -4 denomina–se logaritmo do número
𝟏
CURIOSIDADE
𝟖𝟏

na base 3 e é representado por


1
= -4 O logaritmo surgiu em 1614 numa publicação de
81
1 1
John Napier, denominada Mirifici Logarithmorum
Assim, log 3 = −4 → 3−4 = Canonis Descriptio. John Napier era escocês, nascido
81 81
em 1550. Ficou muito famoso na matemática,
Definição de logaritmo principalmente com a invenção do logaritmo. É por
Logaritmo de um número 𝐛 na base a é igual ao conta dele que o logaritmo natural também é conhecido
expoente 𝐱 ao qual se deve elevar a base, de modo que a como logaritmo neperiano.
potência 𝐚𝐱 seja igual a b, sendo a e b números reais e
positivos e a ≠ 1. O número e
Desta forma, o logaritmo é a uma operação na qual O número e é chamado de número de Euler por
queremos descobrir o expoente que uma dada base conta de Leonard Euler. Ele foi um dos matemáticos mais
deve ter para resultar em uma certa potência. brilhantes da sua época e posterior. Seu nome ficou
ligado para sempre ao número irracional e, cujo valor é
aproximadamente 2,71.

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MATEMÁTICA

PROPRIEDADES Observe:
1. Logaritmo de um produto é igual a soma dos I. log 4 64 = 3, pois 43 = 64;
logaritmos do produto
II. log 2 64 = 6, pois 26 = 64;
𝐥𝐨𝐠 𝒂 (𝐌 ⦁ 𝐍) =𝐥𝐨𝐠 𝒂 M +𝐥𝐨𝐠 𝒂 N III. log 2 4 = 2, pois 22 = 4.
log 2 (4⦁8) = log 2 32 =5 ↔ 25=32
6
log 2 32 =x →2x=32→2x=25 ∴ x = 5 Como 3 = , podemos escrever:
2
log2 64 6
log 2 4 +log 2 8 =2+3=5 log 4 64 = = =3
log2 4 2

log 2 4 =x → 2x = 4 → 2x=22 ∴ x=2 Nesse caso dizemos que houve uma mudança de
base nos logaritmos (Base 4 e 2)
log 2 8 =x → 2x = 8 → 2x=23 ∴ x=3
• Exemplo:
1) Sabendo que log a=6, log b=2 e log c=3 calcule
2. Logaritmo de um quociente é igual a diferença 𝑎 √𝑏
aplicando as propriedades log ( )
dos logaritmos do quociente 𝑐³

𝑴 log (a√b) − log c 3


𝐥𝐨𝐠 𝒂 = 𝐥𝐨𝐠 𝒂 M - 𝐥𝐨𝐠 𝒂 N
𝑵
16 log a + log √b – log c 3
log 2 ( ) = log 2 4 = 2 ↔ 22 = 4
4 1
log a + log b 2 − log c 3
log 2 16 – log 2 4 = 4 – 2 = 2
1
log 2 16 = x → 2x = 16 → 2x = 24 ∴ x=4 log a + ⦁ log b − 3⦁ log c
2
1
log 2 4 = x → 2x = 4 → 2x = 22 ∴ x=2 6 + ⦁2 − 3⦁3 = 6 + 1 − 9 = −2
2

𝑎 √𝑏
Resposta: log ( 𝑐³
) = -2
3. Logaritmo de uma potência

𝐥𝐨𝐠 𝒂 MN =N⦁𝐥𝐨𝐠 𝒂 M 2) Sabemos que o número de bactérias em uma


log 2 43 =log 2 (4 ⦁ 4 ⦁ 4) = log 2 4 +log 2 4 cultura, depois de um tempo t, é dado por N=N0⦁ert, em
+log 2 4 =3 ⦁ log 2 4 que N0 é o número inicial (quando t = 0) e r é a taxa de
crescimento relativo. Em quanto tempo o número de
log 2 84 = 4 ⦁ log 2 8 bactérias dobrará se a taxa de crescimento contínuo é
de 5% ao minuto? Pelos dados do problema, a pergunta
é: em quanto tempo N = 2𝑁0 ? Assim temos:
4. Mudança de base
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝑵 N=N0 ⦁ ert e r=5% ∴ r=0,05
𝐥𝐨𝐠 𝒃 N =
𝐥𝐨𝐠 𝒂 𝒃
2N0 = N0 e0,05t
e0,05t ⦁ N0 = 2N0 (espelhamento da equação)
2𝑁₀
e0,05t =
𝑁₀

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60
MATEMÁTICA

e0,05t = 2
De acordo com a condição de existência o valor de -
In e0,05t=In 2
1 não é válido
0,05t ⦁ ln e =In 2
S={4}
0,05t ⦁ e = In 2
obs.: e =1 e In 2 ≅ 0,69 (calculadora)
III) [(log 2 )]10 𝑥 − 3⦁ log10𝑥 + 2 = 0
0,05t = 0,69

t=
0,69
= 13,8 = 13 minutos e
8
minutos Condição de existência
0,05 10
x>0
Resposta: O número de bactérias dobrará em 13
minutos e 48 segundos. 𝑙𝑜𝑔10𝑥 = 𝑦 então y 2 – 3y + 2 = 0
(resolução de equação do 2º grau)

Equação logarítmica y1 = 1 e y2 = 2

Equações logarítmicas são aquelas nas quais a Se y = 1, então 𝑙𝑜𝑔10 𝑥 = 1 ∴ 101 = 𝑥 → 𝑥 = 10


incógnita está envolvida no logaritmando ou na base do Se y = 2, então 𝑙𝑜𝑔10 𝑥 = 2 ∴ 102 = 𝑥 → 𝑥 = 100
logaritmo:
• Exemplos:
𝐒 = {𝟏𝟎, 𝟏𝟎𝟎}
I) log 3 𝑥 = 4
34 = x ∴ x = 81
GRÁFICO
II) log 2 (x – 3) + log 2 x = 2 Toda função definida pela lei de formação f(x) =
log a x, com a ≠ 1 e a > 0 é denominada função
logarítmica de base a.
Condição de existência
Nesse tipo de função o domínio é representado pelo
x– 3 > 0 e x > 0 ∴ x>3 conjunto dos números reais maiores que zero e o
contradomínio, o conjunto dos reais.
Aplicando a propriedade
𝑙𝑜𝑔2 (𝑥 − 3) + 𝑙𝑜𝑔2 𝑥 = 2 • Exemplos:
I) 𝑙𝑜𝑔2 𝑥
𝑙𝑜𝑔2 [(𝑥 − 3)⦁ 𝑥] = 2
II) 𝑙𝑜𝑔1 𝑥
3

E aplicando a definição Vamos analisar os gráficos de duas funções


logarítmicas, a primeira com a > 1 e com 0 < a < 1.
22 = (x − 3) ⦁ x
𝑥 2 − 3𝑥 = 4
x 2 − 3x − 4 = 0
(resolução de equação do 2º grau)

𝑥 1 = −1 e x 2 = 4

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MATEMÁTICA

Gráfico 1 a > 1 f(x) = x ou y = x Consequência da definição de função logarítmica e


da análise dos gráficos, podemos concluir que:
• O gráfico da função logarítmica passa pelo
ponto (1,0).
• O gráfico nunca toca o eixo y e não ocupa pontos
nos quadrantes II e III.
• Quando a > 1, a função é crescente.
• Quando 0 < a < 1, a função é decrescente.
• Somente números positivos possui logaritmo
real, pois a função x = ax assume somente
valores positivos.
• Se a > 1, os números maiores do que 1 possuem
logaritmo positivo e os números compreendidos
entre 0 e 1 tem logaritmo negativo.
• Se 0 < a < 1, os números maiores do que 1
possuem logaritmo negativo e os números
compreendidos entre 0 e 1 tem logaritmo
positivo.

Gráfico 2 0˂a˂ 1 x ou y = x

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MATEMÁTICA

Exercícios

1. Ao resolver certo problema, encontramos a equação 5. Mudando para a base 3 o log 5 7, obtemos:
exponencial ax = 100. Sabendo que o logaritmo
decimal de a é igual a 0,54, o valor de x é,
log 3 7/log 3 5.
aproximadamente: log 7 5/log 5 3.
log 3 5.
2,8.
log 3 7.
3,1.
log 5 3/log 7 3.
3,4.
3,7.
4,2. 6. A soma dos possíveis valores de x na equação 4x =
6 ∙ 2x − 8, é:
2. O valor da soma dos elementos do conjunto solução 7.
da equação |4x − 5| = 2x − 1, é igual a: 6.
6. 0.
5. 3.
4. 2.
3.
2. 7. Sabendo que a função y = ax + b, pode-se afirmar
que:
3. Considere 𝑎 e 𝑏 números reais positivos. Se log a = O gráfico da função passa sempre pela origem.
2 e log b = 3, o valor de log (a. b²) é igual a: O gráfico da função corta sempre o eixo das
ordenadas.
18.
O zero da função é b/a.
12.
11. A função é crescente para a < 0.
10. O gráfico da função nunca passa pela origem.
8.
8. Um número real x é solução da inequação −5 <
4. O produto de todos os números reais que satisfazem x2 − 3 < 1 se, e somente se:
a equação modular |3x − 12| = 18 é um número P. a) x < −5.
Então, o valor de P é igual a:
b) x > 1.
−100. c) x ≠ 2.
−20.
−2. d) 0 < x < 1.
10. e) −2 < x < 2.
20.

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MATEMÁTICA

9. Sabendo que log M + log N = 0, pode-se afirmar


que: GABARITO: Aula 5
M e N são nulos.
M e N têm sinais contrários. Questões Respostas Questões Respostas
M é o inverso de N. 1 C 2 D
M e N são números inteiros positivos. 3 E 4 B
M e N não existem. 5 A 6 D
7 B 8 E
10. A soma das raízes da equação 3x + 31−x = 4 é:
9 C 10 E
2.
_____________________________________________________________
–2.
0. _____________________________________________________________
–1.
_____________________________________________________________
1.
_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

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MATEMÁTICA

Aula 6 Se tivermos dois pontos, eles determinam uma reta.


Há apenas uma reta que passa por esses dois pontos. Por
um ponto passam infinitas retas. Representada por AB⃡.
Geometria plana – Conceitos básicos
A geometria plana estuda o comportamento de
estruturas no plano, a partir de conceitos básicos Dados dois pontos distintos A e B, a união desses
primitivos como ponto, reta e plano. Estuda o conceito e pontos com o conjunto de pontos compreendidos entre
a construção de figuras planas como quadriláteros, A e B é chamado de segmento de reta.
triângulos, círculos, suas propriedades, formas,
tamanhos e o estudo de suas áreas e perímetro.

Ponto
Representamos esse segmento de reta por 𝐴𝐵
Segundo “Os Elementos”, de Euclides, um ponto é
definido como "o que não tem partes". É apenas uma Semi – reta
posição no espaço. É representado por letras
Dados dois pontos distintos A e B, a reunião do
maiúsculas.
segmento de reta 𝐴𝐵 com o conjunto dos pontos X tais
O ponto é um objeto que não possui definição, que B está entre A e X é a semirreta AB, indicada por →
dimensão e forma. Por isso, é impossível encontrar 𝐴𝐵

qualquer medida nele, como comprimento, largura,


altura, área, volume etc. O ponto é a base de toda a
Geometria, pois é a partir de conjuntos deles que são
formadas as figuras geométricas. Em resumo, temos:
Usualmente representamos o ponto com um “pingo”
ou uma bolinha, mas é importante saber que isso é
apenas uma representação geométrica.
Os pontos são usados para representar localizações
no espaço. Como não possuem tamanho ou forma, uma
localização em algum espaço fica bem definida quando
está em algum ponto.

Reta
Uma reta é a reunião de infinitos pontos. É uma Retas paralelas
“linha” com comprimento, mas sem largura, como linhas Duas retas distintas são paralelas quando possuem
infinitas que não fazem curvas. Embora sejam formadas a mesma inclinação, ou seja, possuem o mesmo
por pontos, também não possuem definição, mas apenas coeficiente angular. Além disso, a distância entre elas é
essa característica. Obviamente, são necessários sempre a mesma e não possuem pontos em comum. As
infinitos pontos para construir uma reta. É sempre retas paralelas não se cruzam. Na figura abaixo
representada por uma letra minúscula. representamos as retas paralelas r e s.

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MATEMÁTICA

ainda que um ângulo é a medida da abertura de duas


semirretas que partem da mesma origem.

Retas concorrentes
Duas retas distintas que estão em um mesmo plano
são concorrentes quando possuem um único ponto em
Ângulo agudo
comum.
O ângulo agudo é quando sua abertura em grau é
As retas concorrentes formam entre si 4 ângulos e
maior do que 0° e menor do que 90°.
de acordo com as medidas desses ângulos, elas podem
ser perpendiculares ou oblíquas.
Já se os ângulos formados forem diferentes de 90º,
elas são chamadas de concorrentes oblíquas. Na figura
abaixo representamos as retas u e v oblíquas.

Reto
O ângulo reto é quando sua abertura em grau mede
exatamente 90° graus.

Retas perpendiculares ou ortogonais


Se duas retas se cruzam em um único ponto e o
ângulo formado entre elas no cruzamento for igual a 90º
as retas são chamadas de perpendiculares ou
ortogonais. Na figura ao lado as retas r e s são
perpendiculares.
Obtuso
O ângulo obtuso é quando sua abertura é maior que
90° e menor que 180°, se for exatamente 180 °
chamamos de ângulo raso.

Ângulo
Chama-se ângulo a região entre duas semirretas
que partem de uma mesma origem. Podemos dizer,

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MATEMÁTICA

Complementares e suplementares Se a soma entre os ângulos γ e θ é igual a 180°,


Existem alguns ângulos, chamados de ângulos dizemos que γ e θ são suplementares.
notáveis, que ocorrem com bastante frequência nos
cálculos. O ângulo reto (90°) e ângulo raso (180°) são
dois exemplos deles.
Quando temos dois ângulos cuja soma é igual a 90°,
eles são chamados de complementares; já quando temos
dois ângulos cuja soma é igual a 180º, eles são chamados
• Exemplo:
de suplementares.
Os ângulos da imagem são suplementares
Se a soma entre os ângulos α e β é igual a 90°,
porque a soma de suas medidas é igual a 180°.
dizemos que α e β são complementares.
Sabendo que dois ângulos são suplementares, é
• Exemplos: possível encontrar a medida de um deles a partir
da medida do outro.
• Exemplo:
Sabendo que o ângulo γ = 128° e o ângulo θ são
suplementares, determine a medida de θ.

γ + θ = 180° 128° + θ = 180°


Os ângulos acima são complementares porque, ao θ = 180°– 128° θ = 52°
somá-los, o resultado obtido é 90°. Sabendo que dois Quando dois ângulos, além de suplementares,
ângulos são complementares, é possível encontrar a são adjacentes, eles:
medida de um deles a partir da medida do outro.
− São chamados adjacentes suplementares;
Observe:
− Juntos formam um único ângulo de 180°.
Sabendo que os ângulos α = 72° e β
são complementares, determine a medida do ângulo β.
α + β = 90° (são complementares)
72° + β = 90° β = 90°– 72° β = 18°

Quando os ângulos complementares também são


adjacentes, dizemos que: O.P.V
Observe o desenho:
• Eles são complementares adjacentes;
• Formam um único ângulo de 90° graus.

Podemos medir com um transferidor esses dois


ângulos e constatar que eles têm a mesma medida. Mas,

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MATEMÁTICA

para constatar que isso é verdade sempre, quaisquer • Exemplos:


que sejam os dois ângulos opostos pelo vértice,
precisamos demonstrar essa propriedade.

Demonstração:

Elementos de um polígono convexo:


• Lados: cada segmento de reta que forma o
polígono é um de seus lados.
• Vértices: São os pontos de encontro entre os
Queremos demonstrar que α=β, em que α é a lados de um polígono.
̂ e β é a medida de β̂, vemos que α + γ =
medida de α • Ângulos internos: São os ângulos entre dois
180° e β + γ = 180°, dessas duas igualdades podemos lados consecutivos no interior do polígono.
concluir α + γ = β + γ subtraindo dos dois lados α + • Ângulos externos: São os ângulos que estão no
γ– γ = β + γ − γ temos α + 0 = β + 0 conclui–se que exterior do polígono, entre um de seus lados e o
α = β e demonstramos que são opostos pelo vértice prolongamento do lado consecutivo a ele.
(OPV).
• Diagonais: segmentos de reta que ligam dois
vértices não consecutivos.
Polígonos
POLÍGONOS são linhas fechadas formadas apenas
por segmentos de reta que não se cruzam, são figuras
geométricas planas formadas por lados, que, por sua vez,
são segmentos de reta.
• Exemplos:

A soma dos ângulos internos de um polígono


convexo é dada pela fórmula:

𝐒𝐢 = (𝐧 − 𝟐) ⦁ 𝟏𝟖𝟎
Podemos classificar os polígonos como convexos e
não convexos (côncavos) onde 𝐧 é o número de lados do polígono.
Suas características determinam essa classificação:
• Convexo quando dois pontos no interior do A soma dos ângulos externos de um polígono
polígono ligados por um segmento de reta estão convexo é sempre igual a 360°
totalmente contidos. O número de diagonais determinamos a partir da
• Côncavo o polígono que esses mesmos dois fórmula:
pontos ligados por um segmento de reta possui 𝐧(𝐧 − 𝟑)
𝐝=
uma parte exterior ao polígono. 𝟐

68
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MATEMÁTICA

Quando um polígono convexo possui todos os lados II) Determine o valor dos Ângulos x, y e z
congruentes e todos os ângulos internos com a mesma
medida, ele é chamado de regular.
As propriedades dos polígonos regulares:
Cada ângulo interno de um polígono regular pode
ser obtido através da fórmula:
(𝐧 − 𝟐) ⦁ 𝟏𝟖𝟎 Em um primeiro momento, percebemos que o
𝐀=
𝐧 ângulo X e o de 75° formam, juntos, um ângulo raso que
equivale a 180°.
onde 𝐧 é o número de lados.
(Fórmula dos ângulos internos). 𝑥 + 75° = 180°𝑥 = 180° − 75°𝑥 = 105°

Cada ângulo externo de um polígono regular de n O ângulo Y e o de 120°, assim como os outros dois
lados, pode ser obtido através da fórmula: acima somados formam um ângulo de 180°.
𝟑𝟔𝟎 y + 120° = 180° y = 180° − 120° y = 60°
𝐒 =
𝐧
onde 𝐧 é o número de lados.
Agora que conhecemos X e Y podemos realizar a
soma dos ângulos internos, que equivale a 180°, a fim de
• Exemplos de polígonos regulares: descobrir o valor da incógnita Z.

x + y + z = 180° 105° + 60° + z = 180°


z = 180° − 165° z = 15°

III) Sabendo que o valor de α é igual à soma dos


seus dois ângulos internos, obtemos que:

• Exemplos:
I) Qual é a soma dos ângulos internos de um
heptágono regular? α = 60° + 40°
O heptágono possui 7 lados α = 100°

S = (n– 2) ⦁ 180° S = (7– 2) ⦁ 180°


S = 5 ⦁ 180° S = 900°

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MATEMÁTICA

Triângulo ISÓSCELES: Triângulo isósceles é um polígono que


apresenta três lados, sendo dois deles congruentes
Triângulo é um polígono formado por três lados e (mesma medida). O lado com medida diferente é
três ângulos internos. Os vértices de um triângulo são chamado de base do triângulo isósceles. O ângulo
representados por letras maiúsculas e os lados são formado pelos dois lados congruentes é chamado de
representados por letras minúsculas. Os polígonos, por ângulo do vértice.
sua vez, são figuras geométricas formadas por
segmentos de reta que, dois a dois, tocam-se em seus
pontos extremos, mas que não se cruzam em qualquer
outro ponto. Sendo assim, os triângulos herdam dos
polígonos algumas características e propriedades
básicas. Os triângulos podem ser classificados a partir
dos seus lados (Equilátero, Isósceles e Escaleno) e seus
ângulos (Acutângulo, Reto e Obtusângulo). A soma dos
ângulos internos de um triângulo é sempre 180°.

ESCALENO: Triângulo escaleno é um polígono que


possui os três lados com medidas diferentes. Por possuir
lados com dimensões diferentes, os ângulos internos
também serão diferentes. Ou seja, o triângulo escaleno
é aquele formado por três lados e três ângulos
diferentes entre si.

EQUILÁTERO: O triângulo equilátero é um tipo de


triângulo que possui os três lados congruentes (mesma
medida). Além dos lados, os ângulos internos dessa
figura apresentam as mesmas medidas: 3 ângulos de
60º, os quais totalizam 180°.

ACUTÂNGULO: O triângulo acutângulo possui


todos os seus ângulos internos menores que 90°, ou seja,
a medida de cada ângulo interno é um ângulo agudo.

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70
MATEMÁTICA

RETÂNGULO: O triângulo retângulo apresenta, O segmento 𝐴𝐺 ̅̅̅̅ é a altura relativa ao lado 𝐵𝐶


̅̅̅̅ , e o
em um de seus ângulos internos, um ângulo de 90°, ou segmento 𝐷𝐻 é a altura relativa ao lado 𝐸𝐹 . Observe
̅̅̅̅ ̅̅̅̅
seja, um ângulo reto. que, para determinar-se a altura relativa ao lado ̅̅̅̅
𝐸𝐹 , foi
necessário realizar-se um prolongamento do lado.
O ortocentro é a intersecção das alturas relativas
aos três vértices, ou seja, é ponto de encontro entre
todas as alturas de um triângulo.

OBTUSÂNGULO: O triângulo obtusângulo possui


um dos seus ângulos internos com medida maior que 90°
e menor que 180°, ou seja, um ângulo obtuso.

O Ponto O é o ortocentro do triângulo ABC


O ortocentro possui algumas importantes
propriedades em alguns tipos de triângulo, no triângulo
acutângulo, as alturas e o ortocentro ficam no interior da
figura.

Pontos notáveis
Os triângulos possuem pontos notáveis com diversas
aplicações, são eles definidos a partir dos elementos
internos de um triângulo, como altura, mediana, mediatriz
e bissetriz, que são dados por segmentos de reta no
interior do triângulo. Sabemos que a intersecção de duas
ou mais retas é dada por um ponto, assim, o encontro Em um triângulo retângulo, duas alturas são
desses segmentos formam pontos que possuem coincidentes com os dois catetos, uma outra altura fica
importantes características e propriedades, são eles: no interior do triângulo, e o ortocentro é localizado no
baricentro, incentro, circuncentro, ortocentro (BICO). vértice do referido triângulo, que possui o ângulo de 90°.
A altura de um triângulo é o segmento formado pela
união de um dos vértices com seu lado oposto ou seu
prolongamento, no qual é formado um ângulo de 90°
entre o segmento e o lado. Em todo triângulo, é possível
desenhar três alturas relativas a cada um dos lados.

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MATEMÁTICA

Em um triângulo obtusângulo, uma das alturas fica Assim como no ortocentro, o baricentro possui
no interior do triângulo, e as outras duas ficam no seu algumas importantes propriedades. O baricentro
exterior, o ortocentro é localizado também nessa parte determinará em cada uma das medianas segmentos que
externa. satisfazem cada uma das igualdades.

̅̅̅̅
𝐺𝐷 1 ̅̅̅̅
𝐺𝐷 1
̅̅̅̅
= ou . ̅̅̅̅ =
𝐺𝐶 2 𝐶𝐷 3

Considerando a definição de mediana, veja que


todas as medianas estão no interior do triângulo, assim,
podemos concluir que o baricentro de qualquer
triângulo também está sempre no interior da figura. Essa
A mediana de um triângulo é o segmento formado observação é válida para qualquer triângulo.
pela união de um dos seus vértices com o ponto médio O baricentro também nos dá uma importante
do lado oposto a esse vértice. Note que, em um característica física dos triângulos, pois ele nos permite
triângulo, é possível determinar três medianas relativas equilibrá-los, isto é, o baricentro é o centro de massa de
a cada um dos lados. um triângulo.
A mediatriz de um triângulo é dada por uma reta
perpendicular que passa no ponto médio em um dos
lados desse triângulo.

O segmento de reta CD é a mediana relativa ao lado


AB. Observe que esse segmento dividiu o lado AB em
duas partes iguais, ou seja, ao meio.
O circuncentro é definido pelo encontro das
O baricentro é dado pela intersecção das três mediatrizes, ou seja, pela intersecção entre elas. Caso
medianas de um triângulo, isto é, pelo ponto de encontro representamos um triângulo inscrito em uma
das três medianas. circunferência, veremos que o circuncentro é o centro
dessa circunferência.

O Ponto G é o baricentro do triângulo ABC

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MATEMÁTICA

O ponto M é o circuncentro do triângulo ABC e o A bissetriz de um triângulo é dada pela semirreta


centro da circunferência. Os pontos H, I e J são, que divide um ângulo interno do triângulo. Ao desenhar
respectivamente, os pontos médios dos lados 𝐶𝐵 ̅̅̅̅, 𝐶𝐴
̅̅̅̅, a bissetriz interna, veja que teremos três bissetrizes
̅̅̅̅. O circuncentro também possui algumas
𝐴𝐵 internas relativas aos três lados do triângulo:
propriedades quando desenhados no triângulo
retângulo, obtusângulo e acutângulo. O circuncentro no
triângulo retângulo é o ponto médio da hipotenusa.

O incentro é dado pela intersecção das bissetrizes


internas de um triângulo, ou seja, é dado pelo encontro
O circuncentro em um triângulo obtusângulo fica no dessas semirretas. Como as bissetrizes são internas, o
seu exterior. incentro também sempre ficará no interior do triângulo.

O circuncentro em um triângulo acutângulo fica no O centro de uma circunferência inscrita em um


seu interior. triângulo coincide com o incentro dessa figura.

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MATEMÁTICA

Perímetro e área
O perímetro do triângulo corresponde a soma de
todos os lados dessa figura plana, o triângulo é um
polígono (figura plana e fechada) que possui três lados,
para calcular o perímetro do triângulo basta somar as
medidas de seus lados.
Ainda que existam diversos tipos de triângulos, a
fórmula para encontrar o perímetro do triângulo é a
mesma para todos eles: P = L + L + L ou P = 3L, onde
P é o perímetro e L é o lado, sua unidade de medida é o
metro m e seus múltiplos e divisores.
A área do triângulo pode ser calculada através das
medidas da base e da altura da figura, há diversas
maneiras de calcular a área de um triângulo, sendo que a
escolha é feita de acordo com os dados conhecidos no
I) Qual é a medida da base de um triângulo cuja
problema, devemos identificar o tipo de triângulo
área é 240 m2 e cuja altura mede 120m?
(retângulo, equilátero, isósceles ou escaleno) e levar em
consideração as suas características e propriedades
para encontrar as medidas que necessitamos. b⦁h b ⦁ 120
A= 240 = 240 ⦁ 2 = 120b
Fórmulas das Áreas de um Triângulo. 2 2
480
b⦁h b= b = 4 metros
A = 120
2
(quando se tem as medidas da base e altura)
Quadriláteros
1
A = ⦁ a ⦁ b ⦁ sin α Quadriláteros são polígonos que possuem quatro
2
(quando se tem lados e um ângulo) lados, os quadriláteros herdam todas as características
2 e propriedades dos polígonos, como o fato de possuírem
l √3 l √3
A = eh = apenas duas diagonais ou de a soma dos seus ângulos
4 2
internos ser sempre igual a 360°.
(triangulo equilátero, área e altura)
• Lados: São os segmentos de reta que contornam
o quadrilátero;
• Exemplos:
• Vértices: São os pontos de encontro entre dois
lados;
• Ângulos internos: São os ângulos determinados
por dois lados consecutivos de um quadrilátero;
• Ângulos externos: são ângulos formados pelo
prolongamento de um lado de um polígono. Um
ângulo externo sempre é suplementar ao ângulo
interno adjacente a ele;

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MATEMÁTICA

• Diagonais: Segmentos de reta cujas dos lados e elevar ao quadrado. Para a realização
extremidades são dois vértices não usamos a fórmula da área A = L2 ou A = L ⦁ L
consecutivos de um polígono. Dessa maneira,
são os segmentos de reta que ligam dois vértices
e que, ao mesmo tempo, não são lados.

• Exemplo:
1) Determine a área de um quadrado cujos lados
medem 15 cm.

A = (15)2 A = 225 m²
Quadrado
Que tem os lados e os ângulos internos iguais que 2) Qual o valor do lado de um quadrado cuja área
medem 90° (diz-se de quadrilátero). mede 625 m²?
625 = L2 L = √625 L = 25 m

Retângulo
O retângulo é uma figura geométrica plana formada
por quatro lados (quadrilátero) e apresenta os quatro
ângulos internos congruentes (mesma medida) e retos
PERÍMETRO E ÁREA: O perímetro do quadrado se (90°), seus lados opostos são paralelos, por isso, o
caracteriza pela soma de todos os lados de um quadrado. retângulo é um paralelogramo. Quando seus lados
Perímetro indica a medida do cumprimento de um tiverem mesma medida ele também será um quadrado.
contorno, neste caso o contorno das formas Ou seja, um quadrado é um retângulo especial.
geométricas quadradas. Para determinar o perímetro
de um quadrado, basta multiplicar o valor de um dos
seus lados por 4: P=4∙L, onde P é o perímetro e L é o
lado.
I) Calcule o perímetro de um quadrado de 70m
de lado.

P = 4∙70 P = 280 m PERÍMETRO E ÁREA: O conceito de perímetro é


determinado pela soma de todos os lados da figura.
Como os lados paralelos do retângulo apresentam
Para fazer o cálculo da área do quadrado é mesma medida, seu perímetro será igual a soma de duas
necessário realizar o produto entre dois lados. Como vezes o valor da base e da altura. P = 2 ⦁ b + 2 ⦁ h, onde P
o quadrado tem lados iguais, basta pegar a medida de um é o perímetro, b é a base e h altura.

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MATEMÁTICA

e medidas dos seus lados. Os paralelogramos são


polígonos com quatro lados e convexos.
• Lados: quatro segmentos de reta.

Para encontrar a área da superfície de um


retângulo, basta multiplicar o valor da base pelo da
altura.
• Diagonais: duas diagonais que fazem a junção de
𝐀 = 𝐛 ∙ 𝐡, onde A é a área, b a base e h altura.
dois vértices não consecutivos.
Calcular o perímetro e a área de um terreno
• Vértices: locais de encontro entre os lados.
retangular cujas dimensões são 5 m e 6 m
respectivamente. • Ângulos Internos: quatro ângulos internos
formados pelos lados adjacentes.
P = 2 ⦁ (5m) + 2 ⦁ (6m) P = 10m + 12m
P = 22m A = 5m ⦁ 6m A = 30m² • Ângulos Externos: quatro ângulos externos
formados pelo seguimento de um lado e seu
adjacente.
Um terreno retangular possui área de 120 m² e o
lado frontal é de 30 m², qual a profundidade desse
terreno? O perímetro de um paralelogramo é semelhante ao
120 do retângulo que é um paralelogramo especial.
120 = 30 ⦁ h h = h = 40 m
30

P=2⦁a+2⦁b
Paralelogramo
onde P é o perímetro, a e b são lados do
paralelogramo.

Para calcular a medida da área do paralelogramo


multiplica-se o valor da base (b) pela altura (h).
A=b⦁h
onde A é a área, b a base e h altura.
Paralelogramo é uma figura geométrica plana
formada por dois ângulos opostos, mas de mesma
medida e quatro lados iguais (dois paralelos e opostos).
Além disso, as retas opostas não se encontram em
nenhum ponto.
Também chamado de quadrilátero o polígono
formado por linhas fechadas e segmentos de reta que
não se cruzam é identificado através das características

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MATEMÁTICA

TRAPÉZIO PERÍMETRO E ÁREA: Para calcular o perímetro do


Trapézio é uma figura geométrica plana trapézio utiliza-se a fórmula:
pertencente ao grupo dos quadriláteros que possui um P = b + b + l1 + l2
par de lados paralelos. Os lados paralelos dos trapézios
são chamados de bases. A base que possui maior medida onde: p é o perímetro (soma de todos os lados), B é a
recebe o nome de base maior e a que possui menor base maior; b é a base menor ; l1 e l2 são os lados da
medida recebe o nome de base menor. Podemos figura. Para se calcular a área utiliza-se a fórmula:
classificar os trapézios conforme seus lados, isósceles,
retângulo e escaleno. (𝐁+𝐛) ⦁ 𝐡
𝐀 = , onde: a área da figura B é a base
𝟐
maior; b é a base menor; h é a altura.

I) Calcule a área de um trapézio de altura 5 cm e


bases de 8 cm e 3 cm.

B = 8 cm b = 3 cm h = 5 cm
• Trapézios isósceles: são aqueles que possuem
lados não paralelos congruentes;
• Trapézios escalenos: são aqueles que não são (8 + 3)⦁ 5 11 ⦁ 5
A= → A= →
trapézios isósceles; 2 2
55
A= → A = 27,5 cm²
2

Losango
Losangos são figuras geométricas de quatro lados
formadas por segmentos de reta que se encontram
apenas em seus extremos. A característica que
• Trapézios retângulos: são aqueles em que um diferencia os losangos dos outros quadriláteros
dos lados não paralelos forma um ângulo de 90° (polígonos que possuem quatro lados) é que todos os
com a base. seus lados possuem a mesma medida. A imagem abaixo
mostra um exemplo de losango. Para aqueles que não o
conhecem, ele é a figura amarela usada na bandeira do
Brasil.

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MATEMÁTICA

Os losangos são paralelogramos.


Propriedade exclusiva do losango:
“As diagonais de um losango são
perpendiculares entre si.”
Se a diagonal maior BD era 50% maior que a
Essa propriedade também pode ser usada para diagonal menor AC, qual o valor da soma dessas
caracterizar uma figura como losango. Se a figura é um diagonais?
quadrilátero cujas diagonais são perpendiculares (o
ângulo entre elas é 90°), então, essa figura é um losango.
Resolução: O objetivo da questão é descobrir a
soma das diagonais do losango, o enunciado nos
informou a área e uma relação entre as
diagonais (uma é 50% maior que a outra). Seja x
a medida da diagonal menor, de onde podemos
concluir que a medida da diagonal maior será
1,5x.

𝐷⦁𝑑 1,5𝑥 ⦁ 𝑥
O perímetro de um polígono pode ser determinado
𝐴= 300 = →
2 2
pela soma das medidas de todos os seus lados. Como 2 ⦁ 300 = 1,5𝑥 2 → 1,5𝑥 2 = 600 →
o losango possui lados iguais, basta multiplicar a medida 600
de um lado por 4 para encontrar seu perímetro. Assim, o
𝑥2 =
1,5
perímetro (P) de um losango é dado pela fórmula:
𝑥 2 = 400 → 𝑥 = √400 → 𝑥 = 20
𝐏 = 𝟒⦁ 𝐥, onde: P é o perímetro e l são os lados.

A área, entretanto, não pode ser determinada pela 1,5 ⦁ 20 = 30


medida da base multiplicada pela medida da altura,
como acontece no retângulo, pois o losango não possui Diagonal maior 30cm e diagonal menor 20cm
bases. A área do losango é dada pelas suas diagonais:
D = diagonal maior e d = diagonal menor. Logo, a soma é 20 + 30 = 50 metros
𝐃⦁𝐝
Fórmula: 𝐀 =
𝟐
2) Observe o losango. A medida do ângulo x é
• Exemplo:
igual a:
1) Um representante do CREA de Nível Médio
necessitou medir as diagonais de um
terreno que tinha frente para a Rua
Tocantins, média 300m² de área e possuía
forma de um losango ABCD, conforme
esboço abaixo.

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MATEMÁTICA

Resolução: Sabe-se que a soma de dois ângulos Este pentágono possui apenas 5 diagonais e o
adjacentes de um losango mede 180º. cálculo é feito da seguinte forma:

x + x = 23° = 180º → 2x = 180° − 23° →


157°
2x = 157° → x = = 78,5°
2

Pentágono
Polígono com 5 lados e 5 vértices, a geometria plana
estuda basicamente este tipo especial de pentágono,
que possui todos os lados com a mesma medida e todos
os ângulos internos com a mesma amplitude.
Todos os ângulos internos deste pentágono medem
108° e todos os ângulos externos medem 72°.
PERÍMETRO E ÁREA: Para saber como calcular
área do pentágono é fundamental compreender as
características básicas dessa figura geométrica assim
como os demais fatores que auxiliam a entender como
as fórmulas são aplicadas. O pentágono, figura
geométrica de 5 lados é caracterizado como regular pelo
fato de todos os seus lados terem medidas exatamente
iguais. Da mesma forma que as medidas, todos os
ângulos do pentágono também são iguais.

Cálculo dos ângulos de um pentágono: Vejamos a imagem a seguir:


360°
Ângulo Externo: Ae = , onde n é o número de
n
lados,

Ae ângulo externo
360°
Ae = → A = 72°
5

Ângulo Interno: Ai = 180° − Ae , onde Ai =


ângulo interno
Ai = 180° − 72° → Ai = 108° Pelo fato de o pentágono ser um polígono, ou seja,
uma figura plana formada pelo mesmo número de
ângulos e lados, ao decompormos essa figura, são
formados 5 triângulos. É justamente a partir do cálculo
da área do triângulo que é possível chegar à área do
pentágono.

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MATEMÁTICA

Para conseguirmos fazer o cálculo da área do • Exemplo:


triângulo, o primeiro passo é traçar uma reta do centro 1) Calcular a área do pentágono de lado 7,625
do pentágono até o ponto médio do lado que cm e apótema 5 cm. Como o apótema já está
corresponde à base do pentágono, reta essa que é mencionada, o próximo passo é calcularmos o
chamada de apótema. perímetro usando a fórmula abaixo:
A figura abaixo mostra como é traçada a apótema no
P = 5 ⦁ 7,625 → P = 36,325cm
pentágono:
36,325 ⦁ 5
A= → A = 90812,5cm2
2

Nas questões de prova, geralmente a medida do


apótema já é mencionada na figura do pentágono, no
enunciado do exercício.
O próximo passo de como calcular área do
pentágono é calcular o perímetro, que corresponde à
soma de todos os lados da figura. O número
correspondente ao perímetro será utilizado mais
adiante na fórmula geral para cálculo da área de
pentágono. Como essa figura geométrica tem 5 lados, a
fórmula do perímetro do pentágono é: Hexágono
P = l1 + l2 + l3 + l4 + l5 ou P = 5 ⦁ l Hexágono é um polígono com seis lados paralelos
que formam triângulos equiláteros. A soma de todos os
Identificados os números correspondentes ao ângulos equivale a 360º.
apótema e perímetro do pentágono, o passo seguinte é Quando uma forma geométrica possui seis lados é
aplicar a fórmula geral, que é: denominada de hexágono. Os hexágonos também
P⦁a podem ser regulares quando possuírem a mesma
A = , onde A é área total do pentágono, a
2 medida em todos os lados. Como a soma de todos os
apótema, P perímetro do pentágono
ângulos dentro dos hexágonos representam 360º, cada
ângulo equivale a 60º (no caso de hexágonos regulares).
Quando retas são traçadas dentro de um hexágono
ligando os pontos disponíveis na forma geométrica, os
arcos foram ângulos centrais. Ou seja, cada ângulo
central representa a figura de um triângulo equilátero,
aqueles com a mesma medida em todos os lados.
Dessa forma, ao calcular a área dos hexágonos é
possível observar que o resultado será o mesmo da soma

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80
MATEMÁTICA

das seis áreas formadas pelas retas. Ou seja, a área é b⦁h


obtida pela soma das áreas dos triângulos equiláteros. At =
2
Ao traçar retas dentro de um hexágono formam-se
Substituindo, temos:
triângulos equiláteros com ângulos de 60º. Ou seja,
quando multiplicados por todos os lados, no caso seis, o l √3
l⦁ 2
2 → A = l √3 ⦁ 1 →
valor final será 360º de circunferência. At = t
2 2 2
2
l √3
At =
4

Como o hexágono é formado por seis triângulos


equiláteros, a área do hexágono é seis vezes a área do
triângulo.

A fórmula para calcular a área do hexágono é: l2 √3 3l2 √3


A=6⦁ ou A =
4 2
l2 √3 3l2 √3
A=6⦁ ou A=
4 2

• Exemplo:
1) Para fazer um hexágono Pedro cortou uma
Demonstração:
cartolina e com uma régua mediu que todos os
O triângulo equilátero possui três lados com a lados tinham 10 cm. Qual a área do hexágono
mesma medida. Quando traçamos uma linha, que Pedro criou?
representando a altura (h), dividimos um triângulo
equilátero em outros dois triângulos.
l2 √3 102 √3
Ah = 6 ⦁ → Ah = 6 ⦁ →
4 4
3 ⦁ 100 √3 300 √3
Ah = → Ah = →
2 2
Ah = 150 √3cm²

Aplicando o Teorema de Pitágoras, encontramos a Teorema de Tales


altura do triângulo da seguinte forma:
Como já vimos, a razão de dois números a e b é o
2 2 a
1 l quociente do primeiro pelo segundo a ÷ b ou a: b ou .
l2 = h2 + ( ) h2 = l2 − → b
2 4
• Exemplo
4l2 − l2 3l2
h2 = → h2 = 6
4 4 A razão entre 6 e 8 é 6÷8 ou .
8
2
l √3
h=
2 A razão entre duas grandezas de mesma espécie é a
Formula da altura de um triangulo equilátero razão dos números que exprimem suas medidas,
tomadas na mesma unidade.

81
81
MATEMÁTICA

̅̅̅̅
AB
A razão dos Segmentos ̅̅̅̅
AB = 4cm e ̅̅̅̅
CD = 6cm é ̅̅̅̅ = t
CD
̅̅̅̅
a
4 AB 2
ou ̅̅̅̅
= b
6 CD 3
A razão de dois segmentos é um número real c
2
positivo: racional ( , 0 ,5, 2, ….) ou irracional (√2, √5, …). d
3
Quando a razão de dois segmentos é um número e
racional, dizemos que os segmentos são comensuráveis,
a|| b|| c|| d|| e|| → feixe de paralelas
isto é, existe uma unidade de medida (metro, centímetro,
t → transversal
...) tal que os segmentos são números inteiros.
Se a razão de dois segmentos é um número PROPRIEDADES
irracional, dizemos que os segmentos são incomen- I) Se um feixe de retas paralelas determina
suráveis, isto é, não existe uma unidade de medida, tal segmentos congruentes sobre uma transversal, então
que os segmentos sejam inteiros. também determina segmentos congruentes sobre
Já vimos também que uma proporção é a igualdade qualquer outra transversal.
de duas razões.
• Exemplos:
4 6 1
As razões e são ambas iguais a , então, temos a
8 12 2
4 6
proporção = 12, pela lei da proporção verificamos “Em
8
toda proporção o produto dos extremos é igual ao
produto dos meios”.
4 × 12 = 6 × 8 → 72 = 72

Dizemos que AB ̅̅̅̅, CD


̅̅̅̅, ̅EF ̅̅̅̅, nessa ordem, são
̅̅̅, GH
proporcionais quando os números que exprimem suas
medidas (na mesma unidade) formam uma proporção. Demonstração:
• Exemplo Por A’ e B’ , tracemos A’D ||t e B’E ||t

os segmentos de medidas 𝐴𝐵
̅̅̅̅=4 cm, 𝐶𝐷̅̅̅̅=6 cm, 𝐸𝐹
̅̅̅̅ =8
cm e 𝐺𝐻=12 são proporcionais, pois, 4, 6, 8, 12 formam a
̅̅̅̅ Asserção:
proporção. ABDA’ é paralelogramo; 𝐴𝐵 ̅̅̅̅̅ BCEB’
̅̅̅̅ ≅ 𝐴′𝐷 é
paralelogramo
Feixe de retas paralelas ̅̅̅̅̅ 𝐴′𝐷
̅̅̅̅ ≅ 𝐵′𝐸
𝐵𝐶 ̅̅̅̅̅ ≅ 𝐵′𝐸
̅̅̅̅̅ 𝐴′
̂ ≅𝐸′̂𝐷 ̂
̂ ≅𝐸′
Um conjunto de retas paralelas de um plano, ̅̅̅̅̅̅ ≅ 𝐵′𝐶′
̅̅̅̅̅̅
△ A’B’D ≅ △ B’C’E’ ∴ 𝐴′𝐵′
paralelas entre si, chama–se feixe de retas paralelas. Se
Razão:
uma reta corta uma reta do feixe, corta também todas as
̅̅̅̅ || ̅̅̅̅̅
a||b e 𝐴𝐵 𝐴′𝐷 lados opostos de um paralelogramo
outras retas do feixe, essa reta chama–se transversal.
̅̅̅̅̅ || 𝐵′𝐸
b||c e 𝐶′𝐶 ̅̅̅̅̅ lados opostos de um paralelogramo

82
82
MATEMÁTICA

Por hipótese: • Exemplo:


̅̅̅̅ e propriedade transitiva
̅̅̅̅≅ 𝐵𝐶
𝐴𝐵

Ângulos correspondentes ̅̅̅̅̅


𝐴′𝐷 || ̅̅̅̅̅
𝐵′𝐸 e t transversal 10 12
Ângulo de lados paralelos
A.L.A (ângulo, lado, ângulo) x 7

II) O teorema
10 12 70
A Matemática, tal como a entendemos hoje, teve sua = → 12 ⦁ x = 7 ⦁ 10 → x = → x ≅ 5,83
x 7 12
origem na Grécia antiga, cerca de 600 anos antes de
Cristo. Foi nessa época que os gregos começaram a
modificar a abordagem dada ao estudo da Geometria III) Teorema Fundamental
por outras civilizações, como os egípcios e os babilônios.
“Toda paralela a um lado de um triângulo, que
Até então uma propriedade geométrica observada em
encontra os outros dois lados em pontos distintos
uma situação específica era descrita e passava a ser
determina sobre esses dois lados segmentos
aplicada para resolver problemas de ordem prática. Não
proporcionais.”
se buscava generalizar aquela propriedade, ou seja,
descobrir todos os contextos em que ela era válida. A
t
Os gregos conseguiram fazer essas generalizações à
medida que sentiram a necessidade de demonstrar as
propriedades geométricas. E, ao criar as demonstrações,
eles estabeleceram o verdadeiro espírito da ciência M N s
matemática: nessa área, uma nova descoberta só é
aceita se for devidamente demonstrada por meio de um B C r
raciocínio logicamente correto.
𝐴𝑀 𝐴𝑁
“Um feixe de retas paralelas determina, em duas [s || BC] → [ = ]
𝑀𝐵 𝑁𝐶
transversais, segmentos proporcionais”.

a b • Exemplo:

r A A’ Calcule o valor de 𝐵𝐷
̅̅̅̅ sabendo que o segmento de

s B B’ reta 𝐷𝐸 é paralelo à base do triângulo △ABC


̅̅̅̅

t C C’

̅̅̅̅
𝐴𝐵 ̅̅̅̅̅̅ 𝐴𝐵
𝐴′𝐵′ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅ 𝐵𝐶
𝐴′𝐵′ ̅̅̅̅ ̅̅̅̅̅̅
𝐵′𝐶′
̅̅̅̅
= ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅̅̅ ̅̅̅̅ = ̅̅̅̅̅̅
𝐵𝐶 𝐵′𝐶′ 𝐴𝐶 𝐴′𝐶′ 𝐴𝐶 𝐴′𝐶′
𝑥 8 104
= → 16𝑥 = 8 ⦁ 1 → 𝑥 = → 𝑥 = 6,5
13 16 16

83
83
MATEMÁTICA

Teorema de Pitágoras Um triângulo retângulo qualquer é chamado


de triângulo pitagórico caso a medida de seus lados
O teorema de Pitágoras relaciona as medidas dos satisfaça o teorema de Pitágoras.
lados de um triângulo retângulo da seguinte maneira:
“Em um triângulo retângulo, o quadrado da hipotenusa é
igual à soma dos quadrados dos catetos.”
Para aplicação do teorema de Pitágoras, é
necessário compreender as nomenclaturas dos lados de
um triângulo retângulo. O maior lado do triângulo fica
sempre oposto ao maior ângulo, que é o ângulo de 90°.
Esse lado recebe o nome de hipotenusa e será
representado aqui pela letra a. • Exemplos:
Os demais lados do triângulo são chamados de
catetos e serão aqui representados pelas letras b e c.

52 = 42 + 32 25 = 25
O teorema de Pitágoras afirma que é válida a relação
a seguir:
• Exemplo de aplicação:
I) Um avião percorreu a distância de 5.000
metros na posição inclinada, e em relação ao
solo, percorreu 3.000 metros. Determine a
altura do avião.

50002 = x 2 + 30002

x 2 = 25000000 − 9000000 →
x 2 = 16000000 → x = √16000000 →
x = 4000 metros

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84
MATEMÁTICA

Exercícios

1. Em uma casa, a área de um quarto é 2/3 da área da


sala, ambos retangulares e de medidas indicadas nas
figuras.

A distância x, representada na figura, mede:

2 m.
4 m.
6 m.
8 m.
10 m.
Nessas condições, pode-se afirmar que o perímetro
do quarto, em relação ao perímetro da sala, é: 3. Alguns métodos de estimação do tamanho de uma
multidão consideram o espaço ocupado por cada
O mesmo. pessoa presente no evento. Considere o seguinte
A metade. método que classifica a multidão nas três categorias
1,8 m maior. a seguir:
3,6 m menor.
3,6 m maior

2. Um fio, que estava preso entre dois postes


perpendiculares ao solo, ambos com 6 m de altura,
se partiu. O pedaço maior foi esticado até o ponto A,
conforme indica a figura.

Em um evento que ocorreu numa famosa avenida de


SP foram estimadas 200 mil pessoas por volta do
meio-dia e 600 mil pessoas ao final da tarde.

85
85
MATEMÁTICA

Considerando que o evento ocupou toda a avenida, 5. Uma região retangular foi totalmente cercada por
que ela é retangular e possui 2,5 km de comprimento tela. A figura mostra as medidas dos lados, em
e 40 m de largura, para a realização dessa metros, dessa região.
estimativa, as multidões presentes ao meio-dia e ao
final da tarde foram classificadas, respectivamente,
como:

Multidões densas e Multidões muito densas.


Multidões densas e Multidões densas.
Multidões leves e Multidões densas.
Multidões leves e Multidões muito densas. Se para cercar totalmente essa região foram
Multidões muito densas e Multidões muito densas. utilizados 48 m de tela, a medida do lado maior é
igual a:
4. Um terreno retangular ABCD, com 12 m de
16 m.
comprimento, teve 2/5 de sua área total, reservada
8 m.
para um canteiro de hortaliças, conforme mostra a
10 m.
figura, onde as medidas indicadas estão em metros.
14 m.
12 m.

6. A área do triângulo equilátero cuja altura mede 6 cm


é:

12√3 cm².
4√3 cm².
24√3 cm².
144 cm².
Sabendo que a área do canteiro de hortaliças é 24 6√3 cm².
m², então, a medida do lado do terreno, indicada na
figura pela letra x, é igual a:
7. Num triângulo retângulo cujos catetos medem √8 e
5,5 m. √9 , a hipotenusa mede:
5,0 m.
6,0 m. √10.
6,5 m. √11.
7,0 m. √13.
√17.
√19.

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86
MATEMÁTICA

8. Um quadrado e um retângulo têm a mesma área. Os


lados do retângulo são expressos por números GABARITO: Aula 6
naturais consecutivos, enquanto que o quadrado
tem 2√5 centímetros de lado. Assim, o perímetro, Questões Respostas Questões Respostas
em centímetros, do retângulo é:
1 D 2 B
12.
3 D 4 B
16.
5 D 6 A
18.
20. 7 D 8 C
24. 9 A 10 E

_____________________________________________________________
9. As diagonais de um losango medem 48cm e 33cm. Se
a medida da diagonal maior diminuir 4cm, então, _____________________________________________________________
para que a área permaneça a mesma, deve-se
_____________________________________________________________
aumentar a medida da diagonal menor de:
_____________________________________________________________
3cm.
5cm. _____________________________________________________________
6cm.
_____________________________________________________________
8cm.
9cm. _____________________________________________________________

10. Se um polígono regular é tal que a medida de um _____________________________________________________________


ângulo interno é o triplo da medida do ângulo _____________________________________________________________
externo, o número de lados desse polígono é:
_____________________________________________________________
12.
9. _____________________________________________________________
6. _____________________________________________________________
4.
8. _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

87
87
MATEMÁTICA

Aula 7

Geometria plana II e espacial


A geometria espacial é a análise de sólidos no
espaço, ou seja, é a geometria para objetos
“Dois Planos que não têm ponto comum são
tridimensionais, diferente da geometria plana, que é o
chamados planos paralelos distintos (Posições relativas
estudo de figuras bidimensionais. Assim como esta,
de dois pontos no espaço)”
aquela surge com base em conceitos primitivos, sendo
eles: ponto, reta, plano e espaço. As faces representam planos que as contêm, alguns
desses planos têm pontos em comuns, outros não.
Com base nos elementos primitivos, desenvolve-se
os sólidos geométricos, sendo os principais os poliedros: Os Planos p(ABCD) e p(EFGH) não tem ponto em
paralelepípedo, cubo e demais prismas, além dos comum, já os planos p(ABCD) e p(CDHG) têm todos os
conhecidos como sólidos de Platão; e os corpos pontos da reta CD⃡ em comum.
redondos: cone, cilindro e esfera. Além do ∴ p(ABCD) ∥ p(EFGH) e p(ADHE) ∥ p(BCGF)
reconhecimento desses sólidos, é importante
compreender que os cálculos de volume e de área total
Podemos representar dois planos α e β distintos e
possuem fórmulas específicas para cada um dos tipos.
paralelos do seguinte modo:
Plano e poliedro
O plano é um conjunto de retas alinhadas e,
portanto, também é um conjunto de pontos. O objeto 𝛼≠𝛽
formado por esse alinhamento de retas é uma superfície
plana que não faz curva e infinita para todas as direções. 𝛼⫽𝛽
𝛼∩𝛽=∅

Em um plano, é possível desenhar figuras que, além


de comprimento, possuem largura. A figura abaixo 𝛼
mostra um cubo sobre um plano. Note que a base do
𝛼
cubo, que é um quadrado e possui duas dimensões, 𝛽
𝛽
encaixa-se perfeitamente no plano. Todavia, a
profundidade desse sólido não é contemplada.
Se dois Planos têm todos os pontos em comuns,
afirmamos que eles são coincidentes (paralelos e iguais).

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88
MATEMÁTICA

“Dois Planos distintos que têm uma reta em comum • Exemplos:


são chamados planos secantes” (Ou concorrentes) e
essa reta comum é a intersecção dois planos.

Poliedros
São figuras tridimensionais formadas pela união de
polígonos regulares, na qual os ângulos poliédricos são
todos congruentes. A união desses polígonos forma
elementos que compõem o poliedro, são eles: vértices,
arestas e faces.
Observe que, para cada um dos poliedros, o número
Um poliedro será convexo quando for formado por
arestas é exatamente 2 unidades menos do que a soma
polígonos convexos, de forma que as condições a seguir
do número de faces com o número de vértices.
sejam aceitas:
Essa relação é chamada de Relação de Euler e
• Dois dos polígonos nunca são coplanares, ou expressa: 𝐕 − 𝐀 + 𝐅 = 𝟐
seja, não pertencem ao mesmo plano.
• Cada lado de um desses polígonos pertence a
Cubo:
apenas dois polígonos.
8 − 12 + 6 = 2 → 14 − 12 = 2 → 2 = 2
• O plano que contém qualquer um desses
polígonos deixa os demais polígonos no mesmo Dodecaedro:
semiespaço.
20 − 30 + 12 = 2 → 32 − 30 = 2 → 2 = 2

• Exemplos:
I) Em um poliedro convexo, o número de vértices
é 5 e o de arestas é 10. Qual o número de faces?
O matemático suíço Leonhard Euler (1707 – 1783)
V − A + F = 2 5 − 10 + F = 2
descobriu uma importante relação entre o número de
vértices (V), o número de arestas (A) e o número de faces F=2+5 F=7
(F) de um poliedro convexo.

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MATEMÁTICA

II) Em um poliedro convexo de 20 arestas, o Propriedades básicas do círculo e da circunferência


número de faces é igual ao número de vértices. O ponto O, centro da circunferência, não pertence a
Quantas faces tem esse poliedro?
ela, mas pertence ao círculo. Dessa maneira, dado um
A = 20 F = V V − A + F = 2 ponto A qualquer (lembrando que dAO é a distância entre
F − A + F = 2 2F − A = 2 A e O), as posições relativas entre A e uma
circunferência são:
2F − 20 = 2 2F = 2 + 20
A é ponto da circunferência, se dAO = r
F = 22/2 → F = 11 faces
A é ponto externo à circunferência, se dAO > r
A é ponto interno à circunferência, se dAO < r.
Circunferência e círculo
As posições relativas entre A e o círculo são:
Círculo e circunferência são duas figuras A é ponto do círculo, se dAO ≤ r
geométricas muito parecidas, o que pode ocasionar A é ponto externo ao círculo, se dAO > r.
dúvidas sobre as suas definições. Uma circunferência é
Qualquer segmento que liga dois pontos
um conjunto de pontos pertencentes ao plano que, dado
pertencentes a uma circunferência é chamado de corda.
um ponto fixo O, possuem a mesma distância até o ponto
Quando uma corda contém o centro da circunferência,
O. Em outras palavras, dada a distância “r” e o ponto fixo
ela também é chamada de diâmetro. Desse modo, o
O, qualquer ponto A que possui a distância de A até O
diâmetro tem o comprimento igual ao comprimento de
igual a r (raio) é um ponto pertencente à circunferência,
dois raios e, além disso, é a maior corda encontrada em
dAO = r. qualquer circunferência.
O ponto O não pertence à circunferência, pois a
circunferência é apenas o círculo verde. O ponto A, por
sua vez, pertence à circunferência.

Comprimento da circunferência
O círculo, por sua vez, é uma figura geométrica plana Historicamente, o cálculo do comprimento da
que é definida da seguinte maneira: Círculo é o conjunto circunferência sempre foi feito a partir da comparação
de pontos resultantes da união entre uma com o diâmetro. Há 4000 anos, os babilônios obtinham
circunferência e seus pontos internos. Em outras o comprimento da circunferência triplicando o
palavras, o círculo é a área cuja fronteira é uma diâmetro. Essa razão entre comprimento da
circunferência e o diâmetro da circunferência é
circunferência dAO ≤ r.
C
conhecida como número π, ou seja, π = . Então, para
D
os babilônios, π = 3. Por volta de 2000 anos,
Arquimedes (287a. C. – 212 a. C), um dos mais
importantes geômetras gregos de toda a história,
publicou um artigo matemático onde escrevia o cálculo
223 22
do valor do π como sendo um número entre e . Isso
71 7

90
90
MATEMÁTICA

equivalia usar π = 3,14, o mesmo que usamos hoje em II) Determine a área da região em destaque
dia nos cálculos matemáticos. Em cálculos teóricos, não representada pela figura a seguir. Considere que a
substituímos π pelo seu valor. Assim, usamos para o região maior possui raio de 10 metros, e a região menor,
comprimento da circunferência a fórmula C = 2 ⦁ π ⦁ r raio de 3 metros.
𝐶 𝐶
Seja, = π → = π → C = 2πr
𝐷 2𝑟

• Exemplos:
I) Determine o comprimento de uma circunferência
cujo diâmetro é 14 cm.
Como diâmetro é igual a duas vezes o valor do raio
A1 = π ∙ 102 → A = 100 ∙ 3,14 → A = 314 m²
D = 2r, podemos considerar na fórmula: C = 2 πr →
C = 2rπ → C = Dr → C = 14π A2 = π ∙ 32 → A = 9 ∙ 3,14 → A = 28,26 m²
A1 − A2 = 314 − 28,26 = 285,74 m²
II) Calcule a medida do raio da circunferência cujo
comprimento é 43,96 cm. Área do setor circular
C = 43,96 cm e π = 3,14 43,96 = 2πr O círculo pode ser dividido em infinitas partes, as
quais recebem o nome de arcos. Os arcos de uma região
r = 43,96/2π → r = 43,96/6,28 r = 7 cm circular são determinados de acordo com a medida do
ângulo central, e é com base nessa informação que
Área do círculo
calcularemos a área de um segmento circular.
A área do círculo é diretamente proporcional ao
Uma volta completa no círculo corresponde a 360º,
raio, que é a distância entre o centro e a sua
valor que podemos associar à expressão do cálculo da
extremidade. Para calcularmos a área do círculo,
área do círculo, A = πr². Partindo dessa associação
utilizamos a expressão matemática que relaciona o raio
podemos determinar a área de qualquer arco com a
e a letra grega, A = π r².
medida do raio e do ângulo central, através de uma
simples regra de três.
• Exemplo: 360° π r2
= , onde:
Ɵ° x
I) Determine quantos metros quadrados de grama
são necessários para preencher uma praça circular com
raio de 20 metros. π = 3,14
r = raio
Ɵ = ângulo central
x = área do arco

A = π ∙ 202 → A = 400π ou
A = 400 ∙ 3,14 → A = 1256 m²

91
91
MATEMÁTICA

• Exemplo:
I) Determine a área de um segmento circular com
ângulo central de 32º e raio medindo 2 m.

360° 𝜋 𝑟 2
= → 360° ⦁ 𝑥 = 32° ⦁ 𝜋 ⦁ 22 →
32° 𝑥 Toda face que não for P é chamada de face lateral da
128 ⦁ 𝜋 128 ⦁ 3,14 pirâmide. Em qualquer pirâmide a face lateral é sempre
𝑥= → 𝑥 = →
360 360 um triângulo. A altura de uma pirâmide é a distância
401,92 entre o vértice V e o plano 𝛼 , como mostra a figura a
𝑥 = → 𝑥 = 1,12𝑚2 seguir.
360
Onde:

A área do segmento circular possui


aproximadamente 1,12 m².

Pirâmides
No plano 𝛼, considere os pontos A1, A2, A3, …,An
vértices de um polígono convexo P, e V um ponto que
não pertence ao plano 𝛼 . O sólido geométrico cujas
arestas são os lados do polígono P e também os
segmentos 𝐴₁𝑉
̅̅̅̅̅ , 𝐴₂𝑉
̅̅̅̅̅ , 𝐴₃𝑉
̅̅̅̅̅ , …,𝐴ₙ𝑉
̅̅̅̅̅ é chamado de pirâmide
de base P e vértice V. Observe abaixo um exemplo de
pirâmide em que P é um hexágono:

Vértice da pirâmide: V
Arestas da base: AB = BC = CD = AD = al
Arestas laterais: VA = VB = VC = VD = aI
Altura da pirâmide: VO = h
Apótema da pirâmide: VM = ap
Apótema da base: OM = ab
É comum nos referirmos às pirâmides de acordo com
a quantidade de lados que possui o polígono P: se P for Em qualquer pirâmide regular temos: a2 p = a2 b + h2
um triângulo, a pirâmide é chamada de pirâmide
triangular; se P for um quadrilátero, a pirâmide é
chamada de pirâmide quadrangular; e assim
sucessivamente.

92
92
MATEMÁTICA

Área total e volume Tetraedro tri retângulo é um tetraedro em que as


Área Lateral 𝐀𝐋 : é a soma das áreas das faces três arestas concorrentes em um determinado vértice
laterais são perpendiculares duas a duas.

Área total 𝐀𝐓 : é a soma da área lateral com a área da


base AB, isto é, AT = AL + AB
Volume 𝐕: é um terço do produto da área da base
1
pela altura, logo, V = ⦁ AB ⦁ h
3
É toda pirâmide cuja base é um polígono regular e a
projeção ortogonal de seu vértice sobre o plano que
contém a base coincide com o centro desse polígono.
Como consequência, todas as suas faces laterais são
1
triângulos isósceles congruentes entre si. Volume do tetraedro tri retângulo V = ⦁a⦁b⦁c
6
Tetraedro regular é um tetraedro em que as quatro
faces são triângulos equiláteros; consequentemente,
todas as arestas de um tetraedro regular têm a mesma
medida.
Considerando um tetraedro regular cuja medida da
aresta é l, temos:

Em uma pirâmide regular cuja base tem n lados, de


medida, cada, e sendo AB a área da base, temos:
l ⦁ aₚ
Área de uma face (𝐀𝐅 ): AF =
2
l ⦁ aₚ
Área lateral (𝐀𝐋 ): AL = n ∙ AF = n ⦁
2
1
Volume (𝐕): V = ⦁ AB ⦁ h
3
l2 √3
Tetraedro é qualquer pirâmide de base triangular. Área total (AT ): AT = 4⦁ = l2 √3
4
Assim, todas as quatro faces de um tetraedro são l √3
Área do tetraedro (ap ): ap = (é a altura de um
triangulares. 2
triângulo equilátero de lado l)
1 l √3 l √3
Apótema da base (ab ): ab = ⦁ =
3 2 6
2 2
l √3 l √3 l √3
Altura (h): h2 + ( ) =( ) ∴ h =
6 2 6
1 l² √3 l √6 l³ √2
Volume (V): V = ⦁ ⦁ =
3 4 2 12

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93
MATEMÁTICA

• Exemplos: g) o volume:
I) Considerando uma pirâmide quadrangular regular 1
V = ⦁ 36 ⦁ 4 → V=48 cm2
de altura 4 cm, cuja aresta da base mede 6 cm, calcule: 3

Prismas
Prisma é todo poliedro convexo com duas faces
congruentes situadas em planos paralelos, chamadas de
bases; as demais faces, chamadas de faces laterais, são
paralelogramos. A distância entre os planos paralelos é
a altura h do prisma.

a) a medida de um apótema da pirâmide:

a2p=a2b+h2→ a2p=32+42 →

ap=√25 →ap = 5 cm

b) a medida de uma aresta lateral:


Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo △
VMC do item a, temos:
a2l = 52+32

a2l =34 aI=√34

O polígono da base define o nome do prisma.


c) a área da base:
Na figura acima, está representado um prisma
AB = 62 → AB=36 cm² pentagonal onde:

d) a área de uma face: Área lateral AL é a soma das áreas das faces laterais
6⦁5 Área total AT é a soma da área lateral com as áreas
AF = → AF=15 cm²
2 das duas bases AB : AT = AL + 2AB .
Volume V é o produto da área da base pela altura:
e) a área lateral: V = AB ⦁ h
AL = 4 ⦁ 15 → AL=60 cm²

f) a área total:

AT=AB+AL → AT=36+60 → AT=96 cm²

94
94
MATEMÁTICA

O prisma reto.... É todo prisma cujas arestas laterais Cubo


são perpendiculares aos planos das bases, ou seja, suas O cubo é um paralelepípedo reto-retângulo que
faces laterais são retângulos. possui todas as arestas com a mesma medida, ou seja,
todas as suas faces são quadradas. O cubo é um poliedro
regular –hexaedro regular.
Onde, a é a medida da aresta

Em um prisma reto, a medida da altura é igual à


medida da aresta lateral. ÁREA TOTAL E VOLUME
Área total AT = 6 ⦁ a²
• Exemplo: Volume V = a³
Uma embalagem de papelão tem a forma de um Diagonal da face 𝑓 = a√2
prisma reto com 20 cm de altura, cuja base é um Diagonal do cubo d = a√3
triângulo retângulo de catetos medindo 5 cm e 12 cm.
Calcule, em cm², a quantidade de papelão necessária
I) Um cubo possui arestas de medida de 5 cm.
para confeccionar essa embalagem, admitindo que não
haja perdas. Calcule:
a) área lateral:

AL=4 ⦁ 52 → Al=100 cm²

b) área da base:

AB=52 → AB=25 cm²

c) área total:
Hipotenusa da base é 13 cm AT=6 ⦁ 52 → AT=150 cm²
AL=(5+12+30) ⦁ 20 → AL = 600 cm2
5 ⦁ 12
AB= → AB = 30 cm2
2 d) volume:
AT = 600+2 ⦁ 30 → AT= 660 cm2
V = 53 → V=125 cm³
Resposta: 660 cm²

95
95
MATEMÁTICA

e) diagonal da face: d=√233 cm


𝑓 =5 √2 cm
c) área total:

f) diagonal do cubo AT= 2 ⦁ 12 ⦁8 + 2 ⦁12 ⦁5 + 2 ⦁8 ⦁ 5 →


AT = 392 cm²
d =5 √3 cm

Paralelepípedo reto retângulo d) volume:


O paralelepípedo reto-retângulo é um prisma reto
V= 12 ⦁8 ⦁ 5 → V = 480 cm³
cujas bases são retangulares. Como consequência, todas
as suas faces são retângulos, e qualquer uma delas pode
SÓLIDOS DE REVOLUÇÃO
ser uma base.
Sólidos de revolução são os sólidos geométricos
Onde a, b, c são dimensões (medidas arestas)
obtidos a partir da rotação completa de uma figura em
torno de um eixo, denominado eixo de rotação (ou eixo
de revolução). A sequência abaixo mostra o sólido
obtido por meio da rotação completa do pentágono
ABCDE em torno do eixo r.

ÁREA TOTAL E VOLUME


Área total AT = 2ab + 2ac + 2bc
Volume V = a ⦁ b ⦁ c Cilindro
Diagonal do paralelepípedo d = √a2 + b 2 + c² Dados dois planos 𝛂 e 𝛃 , paralelos distintos, uma
reta s secante aos planos e dois círculos de mesmo raio,
Diagonal da face d 𝑓 = √a² + b²
um em 𝛂 e o outro em 𝛃 , podemos tomar segmentos de
reta paralelos a s e com extremos em 𝐂𝟏 e 𝐂𝟐 .
I) Um paralelepípedo reto-retângulo com dimensões Cilindro circular é o sólido obtido pela reunião de
12 cm, 8 cm e 5 cm, calcule:
todos os segmentos de reta paralelos a s com extremos
nos dois círculos.
a) diagonal da face:

d 𝑓 =√12² + 8² → d 𝑓 = √144 + 64 →

d 𝑓 =√208 → d 𝑓 =4√13 cm

b) diagonal do paralelepípedo reto-retângulo:


Cilindro circular reto ou cilindro de revolução é o
d=√122 + 82 + 5² → d=√144 + 64 + 25 → cilindro em que o eixo é perpendicular às bases.

96
96
MATEMÁTICA

Cilindros de revolução são sólidos geométricos b) a área lateral:


obtidos a partir da rotação completa de um retângulo
AL=2 ⦁ π ⦁ 3 ⦁ 10 → AL = 60 π cm²
em torno de um eixo que contém um de seus lados.
Considere a figura abaixo, que mostra um cilindro
circular reto, cujo raio da base mede r e a altura vale h. c) a área total:

AT=2 ⦁ AB+AL → AL= 2 ⦁ 9 ⦁ π + 60π →


AL= 78π cm²

d) a área de uma secção meridiana:

AS = 6 ⦁ 10 → AS = 60 cm²

e) o volume:
Elementos de um cilindro são:
V=π ⦁ 32 ⦁ 10 → V=90π cm³
Raio da base r: raio do círculo que é a base;
Eixo 𝐞: reta determinada pelos centros das bases; Cone
Geratriz 𝐠: segmento com extremos nas Considerando um plano α, um círculo S contido em
circunferências que delimitam as bases e paralelo ao α e um ponto V, V ∉ α temos:
eixo; Cone circular é sólido obtido pela reunião de todos
Altura 𝐡: distância entre os planos que contêm as os segmentos de reta com extremos em V e no círculo.
bases. Em um cilindro circular reto a medida de qualquer
geratriz e a altura são iguais: g = h

ÁREA TOTAL E VOLUME


Área lateral do cilindro AL = 2π rh
Área total do cilindro AT = 2 π r(r + h)
Volume do cilindro V=π r²h
Cone circular reto ou cone de revolução cone
I) Em um cilindro circular reto de altura 10 cm, cujo circular em que o eixo é perpendicular à base.
raio da base mede 3 cm, calcule:
a) a área de uma base:

AB = π ⦁ 32 → AB = 9π cm²

97
97
MATEMÁTICA

Cones de revolução são sólidos geométricos obtidos c) a medida, em radianos, do ângulo do setor circular
por meio da rotação completa de um triângulo retângulo da planificação da superfície lateral:
em torno de um eixo que contém um de seus catetos. 2⦁𝜋⦁6 6𝜋
Considere a figura acima e ao lado, que mostra um cone
θ= → θ= rad
10 5
circular reto, cujo raio da base mede r e a altura vale h. d) a área lateral:

AL= π ⦁ 6 ⦁10 → AL =60 π cm²


ÁREA TOTAL E VOLUME
Área lateral AL = π rg
e) a área total:
Área total AT = π r(g + r)
1 AT = AL + AB → AT = 60π + π⦁62 →
Volume V = ⦁ π r² ⦁ h
3
AT =96π cm²
Ângulo central da superfície lateral em radianos
2 πr
θ =
g
f) o volume:
1
Em um cone circular reto de altura 8 cm, cujo raio da V= ⦁ π 6² ⦁ 8 → V=96π cm³
3
base mede 6 cm, calcule:
Esfera
São sólidos obtidos pela rotação de um semicírculo
em torno de seu diâmetro. E Considerando um ponto O
do espaço e uma distância R(R > 0),temos:
Esfera: sólido obtido pela reunião de todos os
pontos do espaço cuja distância ao ponto O é menor ou
igual a R.

a) a medida de uma geratriz:

g2 + 62 + 82 → g2 = 36+64 →

g = √100 → g = 10 cm

b) a área de uma secção meridiana;


12 ⦁ 8 Superfície esférica: é o conjunto dos pontos do
AS = → As=48 cm²
2 espaço cuja distância ao ponto O é igual a R.

98
98
MATEMÁTICA

Se P é um ponto pertencente à circunferência obtida


pela interseção da superfície esférica com o plano α,
temos, no triângulo retângulo ⊿OO′P, que as medidas
assinaladas satisfazem d2 + r2 = R2 em que d
representa a distância entre os planos α e β, r
representa a medida do raio da circunferência cujo
centro é O′ e que passa por P, e R é a medida do raio da
esfera.

Cunha esférica: considere uma esfera e um eixo e


ÁREA TOTAL E VOLUME
como a referência. A partir desse eixo, tomemos dois
semiplanos que interceptam a esfera. Chamamos de Área da superfície esférica A = 4π R²
cunha esférica a um sólido delimitado pela esfera e por 4
Volume da Esfera V = ⦁ πR²
esses semiplanos. 3
Volume da cunha esférica (α em graus)

Regra de três
Ângulo Volume
4
360º 3
⦁ πR²

𝛼 Vc

𝛼𝜋𝑅³
∴ Vc =
270
Fuso esférico: considere uma esfera e um eixo e
como a referência. A partir desse eixo, tomemos dois Área do Fuso esférico (α em graus)
semi planos que interceptam a esfera. Chamamos de Ângulo Volume
fuso esférico uma superfície delimitada pela superfície
esférica dessa esfera e por esses semiplanos. 360º 4 πR²

Considere um plano α, que intercepta uma esfera 𝛼 AF


cujo centro pertence a um plano β, paralelo a α, 𝛼𝜋𝑅²
∴ AF =
conforme a figura a seguir. 90

99
99
MATEMÁTICA

Em uma esfera, cujo raio mede 5 cm, calcule: e) o volume de uma cunha esférica com ângulo de
60°
60 ⦁ 𝜋 ⦁ 5 ³ 250 𝜋
VC = → VC = cm3
270 9

a) a área da superfície esférica:

A = 4 ⦁ π ⦁ 52 → A= 100π cm²

b) o volume da esfera:
4
V= ⦁ π ⦁ 53 → V= 500π 3 cm³
3

c) a área de uma secção plana que dista 3 cm do


centro:

52 = 32 + r² → 25 = 9 + r² → r2 = 25 - 9

r2 =16 → r = √16 → r=4 cm


A = π ⦁ 42 → A =16π cm²

d) a área de um fuso esférico com ângulo de 60°:


60 ⦁ 𝜋 ⦁ 5 ² 50𝜋
AF = → AF = cm2
90 3

100
100
MATEMÁTICA

Exercícios
1. Um recipiente, na forma de um prisma reto de base Sabendo que o volume dessa peça é 720 cm³, a área
quadrada, com 8 cm de lado, estava totalmente da base é:
cheio de água. Desse recipiente foram retirados 160
52 cm².
ml, conforme mostra a figura.
40 cm².
48 cm².
44 cm².
36 cm².

3. A “Operação Carro – Pipa” destina-se combater a


seca no Nordeste. Essa logística é feita através de
caminhões tanque. Admitindo que esses tanques
sejam cilíndricos (raio = 0,8m e altura 6,25m).
Quantas viagens desses carros cheios (carradas)
serão necessárias para abastecer totalmente uma
cisterna comunitária, em forma de paralelepípedo
retângulo, cujas dimensões são: 7mX6mX2m?
(Considere π = 3)
Sabendo que a capacidade máxima desse recipiente 5.
é 960 ml, então, após a retirada dos 160 ml, a altura 6.
h da água restante dentro dele, em cm, será de: 4.
13,0. 7.
12,0. 3.
12,5.
11,0. 4. A geratriz de um cone circular reto de altura 8 cm é
11,5. 10 cm; então a área da base desse cone é:

36π cm².
2. Uma peça de madeira tem o formato de um prisma 72π cm².
reto com 15 cm de altura e uma base retangular com 48π cm².
6 cm de comprimento, conforme mostra a figura. 64π cm².
24π cm².

3
5. Duas esferas de raios 3 cm e √51 cm fundem-se para
formar uma esfera maior. Qual é o raio da nova
esfera?
3
√78.
3
√36.
3
√68.
3
√104.

101
101
MATEMÁTICA

3
√26. 10. Clara comprou um queijo em formato de
paralelepípedo com dimensões 64mm x 48mm x
6. Em uma pirâmide reta de base quadrada, de 4 m de 24mm para cortá-los em formato cúbico idêntico
altura, uma aresta da base mede 6 m. A área total uns aos outros, na intenção de compor sua tábua de
dessa pirâmide, em m², é: frios. Dentro desse contexto, sabendo que não
houve desperdício de queijo, o maior valor inteiro
144.
do lado do cubo de queijo, em mm, é:
84.
48. 6.
72. 8.
96. 10.
12.
7. Dobrando o raio da base de um cone e reduzindo sua 18.
altura à metade, seu volume:

Dobra.
Quadruplica. GABARITO: Aula 7
Não se altera.
Reduz-se à metade do volume original. Questões Respostas Questões Respostas
Reduz-se a um quarto do volume original.
1 D 2 B
3 D 4 B
8. Se o volume de um cubo de lado x é 3 vezes o volume
de uma esfera de raio y, então a relação de x com y é 5 D 6 A
dada por: 7 D 8 C

x = 3y. 9 A 10 E

x = 3y 3 . _____________________________________________________________
x = 2πy.
_____________________________________________________________
x = 3√4π.
3
x=y √4π. _____________________________________________________________

_____________________________________________________________
9. Um recipiente em forma de um cilindro circular reto
possui 30 cm de altura e raio da base igual a 5 cm. _____________________________________________________________
Pode-se afirmar que metade do volume desse
_____________________________________________________________
recipiente vale:
_____________________________________________________________
750π cm3.
375π cm3. _____________________________________________________________
750 cm3.
_____________________________________________________________
375 cm3.
150π cm3. _____________________________________________________________

_____________________________________________________________

102
102
MATEMÁTICA

Aula 8 Razão Seno: “O seno de um ângulo agudo é a razão


entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e a
medida da hipotenusa” .

Trigonometria
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑎 𝜶 𝑐𝑎
sin 𝛼 = ↔ sin 𝛼 =
A Palavra trigonometria é formada por três radicais 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 ℎ𝑖

gregos: tri=três, gonos=ângulos e metron=medir. Daí o


seu significado, medidas dos triângulos, inicialmente a Razão Cosseno: “O cosseno de um ângulo agudo é a
trigonometria era considerada a parte da matemática razão entre a medida do cateto adjacente a esse ângulo
que estudava os elementos dos triângulos (Seus lados e e a medida da hipotenusa.”
ângulos).
Atualmente, a trigonometria não se limita a estudar 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝜶 𝑐𝑎
cos 𝛼 = ↔ cos 𝛼 =
somente triângulos, sua aplicação se estende a vários 𝑚𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑎 ℎ𝑖𝑝𝑜𝑡𝑒𝑛𝑢𝑠𝑎 ℎ𝑖

campos da matemática.

Triângulo retângulo Razão Tangente: “A tangente de um ângulo agudo é


a razão entre a medida do cateto oposto a esse ângulo e
a medida do cateto adjacente a esse ângulo.”

𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑜𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑎 𝜶 𝑐𝑜


tan 𝛼 = ↔ tan 𝛼 =
𝑀𝑒𝑑𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝑐𝑎𝑡𝑒𝑡𝑜 𝑎𝑑𝑗𝑎𝑐𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑎 𝜶 𝑐𝑎

O triângulo retângulo é formado por catetos (lados


Tabela trigonométrica
do triângulo que formam o ângulo reto) que podem ser
classificados em cateto adjacente ou cateto oposto e Considere:
hipotenusa (lado oposto ao ângulo reto) sendo
considerado o maior lado do triângulo retângulo.
Segundo o Teorema de Pitágoras, a soma dos quadrados
dos catetos de um triângulo retângulo é igual ao
quadrado de sua hipotenusa: hi2 = ca2 + co2 .

Razões trigonométricas
As razões trigonométricas são as relações
𝑎 2 𝑎²
existentes entre os lados de um triângulo retângulo. As 𝑎2 = ( ) + ℎ² → ℎ2 = 𝑎2 −
2 4
principais são o seno, o cosseno e a tangente.
4𝑎2 − 𝑎2 3𝑎2
ℎ2 = → ℎ2 = →
4 4

3𝑎² 𝑎√3
ℎ=√ → ℎ=
4 2

103
103
MATEMÁTICA

𝑐𝑜
sin 30° =
ℎ𝑖
𝑎
𝑎 1
sin 30° = 2 → sin 30° = ∙ →
𝑎 2 𝑎
1
sin 30° = = 0,5
2
𝑐𝑎 ℎ 𝑑 2 = 𝑙 2 + → 𝑑 2 = 2𝑙 2 → 𝑑 = √2𝑙 2 →
cos 30° = → cos 30° = →
ℎ𝑖 𝑎 𝑑 = 𝑙√2
𝑎√3 𝑙 1
𝑎√3 1 sin 45° = → sin 45° =
cos 30° = 2 → cos 30° = ∙ 𝑙√2 √2
𝑎 2 𝑎
1 √2
√3 → sin 45° = ∙
cos 30° = ≅ 0,87 √2 √2
2
√2
𝑎 sin 45° = ≅ 0,71
𝑎 2 2
tan 30° = 2 → tan 30° = ∙ →
𝑎√3 2 𝑎√3 𝑙 √2
cos 45° = → cos 45° = ≅ 0,71
2 𝑙√2 2
1 𝑙
tan 30° = tan 45° = → tan 45° = 1
√3 𝑙
30º 45º 60º
1 √3 √3
tan 30° = ∙ → tan 30° = ≅ 0,58 1
√3 √3 3 √2 √3
Seno
2 2 2
𝑎√3
ℎ √3 √2 1
sin 60° = → sin 60° = 2 → Cosseno
𝑎 𝑎 2 2 2
√3
𝑎√3 1 Tangente 1 √3
sin 60° = ∙ 3
2 𝑎
√3 Uma rampa lisa de 10 m de comprimento faz ângulo
sin 60° = ≅ 0,87
2 de 30° com o plano horizontal. Uma pessoa que sobe
𝑎 essa rampa inteira elava – se quantos metros
𝑎 1
cos 60° = 2 → cos 60° = ∙ → verticalmente?
𝑎 2 𝑎
1
cos 60° = = 0,5
2
𝑎√3
2 → tan 60° = 𝑎√3 ∙ 2 →
tan 60° = 𝑎
2 𝑎
2
tan 60° = √3

104
104
MATEMÁTICA

𝑥
sin 30° = • Exemplos:
10
1 𝑥 10 I. sin 120° = sin (180° − 120°) = sin 60° =
= 2x = 10 ⦁ 1 x= → x = 5m √3
2 10 2
2

II. cos 120° = cos (180° − 120°) =


Resposta: se eleva 5 metros 1
− cos 60° = −
2
O ângulo de elevação do pé de uma árvore, a 50 m da
base de uma encosta, ao topo da encosta é de 60°. Que Lei do Seno
medida deve ter um cabo que ligue o pé da árvore ao
Uma empresa de fornecimento de energia, ao
topo da encosta?
instalar a rede elétrica numa fazenda, precisou colocar
dois postes em lados opostos de um lago para permitir a
passagem da fiação. Com isso surgiu um pequeno
problema, para fazer o projeto da rede, seria necessário
saber a distância entre os postes, e a presença do lago
impedia a medição da distância. Um dos engenheiros
posicionou – se em um local onde era possível visualizar
cos 60° =
50

1
=
50 os dois postes e medir a distância entre eles. Com um
𝑥 2 𝑥
aparelho apropriado, ele mediu o ângulo entre a linha de
x = 50 ⦁ 2 → x = 100 visão dele e os postes, obtendo 120°. Um auxiliar mediu
a distância do poste mais afastado do engenheiro e
obteve 100 m, um outro auxiliar mediu o ângulo entre a
Resposta: 100 metros linha do poste mais próximo do engenheiro e a linha
entre os postes, obtendo 45°.
Triângulo qualquer Com essas informações, o engenheiro pode calcular
a distância entre os postes.
Abordamos a trigonometria em triângulo
retângulos, mas a casos que nossa figura se apresenta
como um triângulo de qualquer ângulo.
Inicialmente, é necessário saber que:
I. sin 90° = 1 e cos 90° = 0
II. Senos de ângulos obtusos são exatamente
iguais aos senos dos suplementos desses
ângulos sin x = sin (180° − x ).
III. Cossenos de ângulos obtusos são opostos aos
cossenos dos suplementos desses ângulos
cos x = −cos (180 − x)

105
105
MATEMÁTICA

O triângulo AOB é obtusângulo e a resolução deste 6


=
𝑥
sin 120° sin 30°
problema consiste em determinar a medida do lado ̅̅̅̅
𝑨𝑩.
Para isso, vamos utilizar a lei do seno:
“Em qualquer triângulo △ 𝐀𝐁𝐂, as medidas dos
lados são proporcionais aos senos dos ângulos opostos”

𝑎 𝑏 𝑐
= =
sin  sin 𝐵̂ sin 𝐶̂

Lei do Cosseno
Vamos voltar ao nosso engenheiro e seu problema
em medir a distância entre os postes. Se ele tivesse
encontrado dificuldade para obter o ângulo de 45°, ou
mesmo não quisesse obtê-lo, o engenheiro poderia ter
pedido ao segundo auxiliar que medisse a distância (100
m) entre o poste mais afastado e ele, teria obtido a nova
distância, de 36,60 m , entre o poste mais próximo e o
engenheiro, com essas informações também seria
possível calcular a distância mas vamos precisar da lei do
cosseno nesse cálculo:
“Em qualquer triângulo △ ABC, o quadrado da
medida de um lado é igual à soma dos quadrados das
medidas dos outros dois lados menos duas vezes o
produto das medidas desses lados pelo cosseno do
ângulo que eles formam:
𝑎2 = 𝑏 2 + 𝑐 2 − 2𝑏𝑐 ∙ cos 𝐴̂
𝑏 2 = 𝑎2 + 𝑐 2 − 2𝑎𝑐 ∙ cos 𝐵̂
𝑐 2 = 𝑎2 + 𝑏 2 − 2𝑎𝑏 ∙ cos 𝐶̂

Resposta: a distância entre os postes é de 122,47 m

Em um triângulo isósceles, a base mede 6 cm e o


ângulo oposto à base mede 120°. Calcular a medida dos
lados congruentes do triângulo.

106
106
MATEMÁTICA

1 radiano corresponde à medida de um arco da


circunferência, cujo comprimento é igual ao raio da
circunferência do arco que será medido.

Círculo trigonométrico
O Círculo Trigonométrico, também chamado de
Figura do Círculo Trigonométrico dos ângulos
Ciclo ou Circunferência Trigonométrica, é uma
expressos em graus e radianos
representação gráfica que auxilia no cálculo das razões
trigonométricas. • Exemplos:
𝜋
π rad = 180°; 2π rad = 360°; rad = 90°;
2
𝜋 𝜋
rad = 60°; rad = 45°
3 4

Para se fazer a transformação de unidade (radiano


↔ grau) utilizamos da regra de três:
Converter 30° em radiano:
Radiano Grau

De acordo com a simetria do círculo trigonométrico Π 180º


temos que o eixo vertical corresponde ao seno e o eixo X 30º
horizontal ao cosseno. Cada ponto dele está associado
𝜋 180° 30° 𝜋 𝜋
aos valores dos ângulos. = 180° x=30°π x= x = rad
𝑥 30° 180° 6
A medida de um arco no círculo trigonométrico pode Quando dividimos o círculo trigonométrico em
ser dada em grau (°) ou radiano (rad). quatro partes iguais, temos os quatro quadrantes que o
1° corresponde a 1/360° da circunferência. A constituem.
circunferência é dividida em 360 partes iguais ligadas ao
centro, sendo que cada uma delas apresenta um ângulo
que corresponde a 1°.

107
107
MATEMÁTICA

A medida do segmento ̅̅̅̅


𝑨𝑫=a é igual ao cos θ, pois:
̅̅̅̅
𝑨𝑫 𝒂
cos θ = ̅̅̅̅ = = a
𝑨𝑪 𝟏

Sendo assim, no círculo trigonométrico, as medidas


de seno e cosseno de θ são iguais às medidas do cateto
oposto e adjacente a esse ângulo. Nesse sentido,
podemos saber os quadrantes nos quais o seno e o
cosseno são positivos ou negativos.

No círculo trigonométrico, é possível encontrar os


valores de seno e de cosseno de um ângulo θ qualquer.
Para tanto, é necessário construir esse ângulo no círculo
trigonométrico, como foi feito na imagem a seguir.

Note que, tomando os segmentos 𝑩𝑪 ̅̅̅̅ e ̅̅̅̅,


𝑨𝑩
paralelos a ̅̅̅̅
𝑨𝑫 e 𝑫𝑪
̅̅̅̅, respectivamente, temos um
retângulo. Podemos notar que a medida do lado ̅̅̅̅
𝑪𝑫=b1
̅̅̅̅
𝐶𝐷 𝑏1
é igual ao sin θ, pois: sin θ = ̅̅̅̅ = =b1
𝐴𝐶 1

A medida do segmento ̅̅̅̅


𝑨𝑪 é 1 porque ̅̅̅̅
𝑨𝑪 é o raio da
circunferência. Essa medida é a altura do retângulo.

108
108
MATEMÁTICA

Exercícios
1. Uma pessoa no ponto B vê o topo do balão de 8m, 3. Em um triângulo retângulo, o seno de um de seus
que se localiza ainda no solo, sob um ângulo α. Então, ângulos agudos é:
a distância do ponto B ao ponto A, em metros, é igual
O inverso do cosseno desse ângulo.
a:
O quadrado do cosseno desse ângulo.
A razão entre as medidas dos catetos do triângulo.
A razão entre a medida da hipotenusa e a medida do
lado adjacente a esse ângulo.
A razão entre a medida do lado oposto a esse ângulo
e a medida da hipotenusa.

4. Um triângulo possui as seguintes medidas de seus


lados: 3, 12 e 14. Este triângulo possui:
8
.
tgα Três ângulos obtusos.
8 tg α. Três ângulos agudos.
8
. Um ângulo obtuso.
senα
Um ângulo agudo.
8 sen α.
Um ângulo reto.
8 cos α.
5. Em um exercício militar, uma Companhia de
2. Considere que um balão, em condições especiais, em Engenharia deve construir uma ponte para ligar as
um determinado momento, a uma altura constante margens paralelas de um rio. Para isso, o Cap Delta,
de 1000 pés, sofre um deslocamento retilíneo do engenheiro militar responsável pela missão, fixou
ponto A ao ponto B, representado no sistema de um ponto A na margem do rio em que estava, e um
eixos ortogonais. ̅̅̅̅ fosse
ponto B na margem oposta, de forma que 𝐴𝐵
Calcule esse deslocamento de A para B, em perpendicular às margens do rio. Para determinar o
metros. comprimento da ponte a partir do ponto A, o Cap
Delta caminhou 50 metros paralelamente à margem
até o ponto C e mediu o ângulo AĈB, obtendo 60°.
Considerando √3 = 1,7. Marque a alternativa que
apresenta o comprimento da ponte que deverá ser
construída para o exercício.

130.
6000.
1300.
13000.
60000.

109
109
MATEMÁTICA

25 metros. 9. Considerando as retas r e s da figura, o valor de a é:


42,5 metros.
50 metros.
85 metros.
100 metros.

6. Em um triângulo retângulo de lados 9m, 12m e 15m,


a altura relativa ao maior lado será:

7,2m.
7,8m.
√𝑎
8,6m. 2
9,2m. √3.
9,6m. 2√3.
3√3.
7. Um terreno de forma triangular tem frentes de 20
metros e 40 metros, em ruas que formam, entre si, 37𝜋
um ângulo de 60º. Admitindo-se, a medida do 10. O ângulo cuja medida é rad pertence ao
4
perímetro do terreno, em metros, é: ___________ quadrante.

94. 1º.
93. 2º.
92. 3º.
91. 4º.
90.

8. Na figura, se ABCD é um paralelogramo, então o GABARITO: Aula 8


valor de x é:

Questões Respostas Questões Respostas


1 A 2 D
3 E 4 C
5 D 6 A
7 A 8 B
9 C 10 C
18.
20. _____________________________________________________________
22. _____________________________________________________________
24.
_____________________________________________________________

_____________________________________________________________

110
110
MATEMÁTICA

Aula 9 b) Quantitativa, quando seus valores são expressos


em números: salário, idade, número de filhos etc. Uma
variável quantitativa que pode assumir, teoricamente,
qualquer valor entre dois limites recebe o nome de
Estatística
variável contínua; uma variável que só pode assumir
É um conjunto de métodos e processos valores pertencentes a um conjunto enumerável recebe
quantitativos que serve para estudar e medir os o nome de variável discreta.
fenômenos coletivos, teve acelerado desenvolvimento a Assim, o número de alunos de uma escola pode
partir do século XVII, com os estudos de Bernoulli, assumir qualquer um dos valores do conjunto N = {1, 2,
Pascal, Laplace, Gauss, Galton, Pearson, Fisher, Poisson 3, ..., 58, ...}, porém, nunca valores como: 2,5 ou 3,78 ou
e outros que estabeleceram suas características atuais. 4,325 etc. Logo, é uma variável discreta. Já o peso desses
Ela não alcançou ainda um estado definitivo. Continua a alunos é uma variável contínua, pois um dos alunos tanto
progredir na razão direta do desejo de investigação. pode pesar 72 kg, como 72,5 kg, como 72,54 kg etc.,
Portanto, a Estatística fornece métodos para a dependendo esse valor da precisão da medida.
coleta, organização, descrição, análise e interpretação De um modo geral, as medições dão origem a
de dados e para a utilização na tomada de decisões. As variáveis contínuas e as contagens ou enumerações, as
estatísticas são usadas para tomar decisão. variáveis discretas.
Arredondamento de dados: de acordo com a
• Exemplo: resolução 886/66 da Fundação IBGE, o
arredondamento de dados é feito da seguinte maneira:
I. A relação entre o número de vagas e o
número de candidatos de cada curso dá ideia a) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é
da probabilidade de aprovação. 0, 1, 2, 3 ou 4, fica inalterado o último algarismo a
permanecer. Exemplo: 53,24 passa a 53,2
II. As estatísticas de trânsito são úteis para
b) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é
organizar o policiamento.
6, 7, 8 ou 9, aumenta-se de uma unidade o algarismo a
III. Nos horários de pico (horário nobre), o preço
permanecer. Exemplo: 42,87 passa a 42,9
da propaganda é, evidentemente, maior.
c) Quando o primeiro algarismo a ser abandonado é
5, há duas soluções:
Usam-se, também, os conhecimentos de Estatística
I. Se o 5 seguir em qualquer casa um algarismo
em outras áreas tão diversas como Engenharia,
diferente de zero, aumenta-se uma unidade
Medicina, Agronomia, Psicologia, Pedagogia etc.
ao algarismo a permanecer. Exemplo: 2,352
Estatística tem como objetivo o estudo dos fenômenos
passa a 2,4
coletivos. Possuindo elementos dos quais vamos
II. Se o 5 for o último algarismo ou se o 5 só se
estudar.
seguirem zeros, o último algarismo a ser
Variáveis: variável é, convencionalmente, o
conservado só será aumentado de uma
conjunto de resultados possíveis de um fenômeno.
unidade se for ímpar. Exemplo: 24,75 passa a
a) Qualitativa, quando seus valores são expressos
24,8.
por atributos: sexo (masculino - feminino), cor da pele,
estado civil etc.

111
111
MATEMÁTICA

Não devemos nunca fazer arredondamentos Dados Brutos: quando fazemos n observações
sucessivos. diretas em um fenômeno coletivo ou observamos as
respostas a uma pergunta em uma coleção de n
questionários, obtemos uma sequência de n valores
• Exemplo:
numéricos. Tal sequência é denominada dados brutos.
17,3452 passa a 17,3 e não para 17,35, para 17,4. Dados brutos é uma sequência de valores numéricos,
Se tivermos necessidade de um novo não organizados, obtidos diretamente da observação de
arredondamento, fica recomendada a volta aos dados um fenômeno coletivo.
originais. Rol: quando ordenamos na forma crescente ou
População e Amostra: ao coletar os dados decrescente, os dados brutos passam a se chamar rol.
referentes às características de um grupo de objetos ou Portanto, rol é uma sequência ordenada dos dados
indivíduos, tais como as alturas e pesos dos estudantes brutos.
de uma universidade ou os números de parafusos
defeituosos ou não produzidos por uma fábrica em certo
• Exemplo:
dia, é muitas vezes impossível ou impraticável observar
todo o grupo, especialmente se for muito grande. Em vez No final do ano letivo, um aluno obteve as seguintes
de examinar todo o grupo, denominado população, notas bimestrais em Matemática: 4; 8; 7,5; 6,5. Neste
examina-se uma pequena parte chamada amostra. exemplo, representamos por X a nota bimestral e pode
É necessário garantir que a amostra seja ser apresentada na forma: X: 4; 8; 7,5; 6,5. (Dados
representativa da população, isto é, a amostra deve brutos) ou X: 4; 6,5; 7,5; 8. (Rol)
possuir as mesmas características básicas da população, Amostragem: esta técnica especial para recolher
no que diz respeito ao fenômeno que desejamos amostras é denominada amostragem.
pesquisar. É preciso, pois, que a amostra ou as amostras
que vão ser usadas sejam obtidas por processos
Principais técnicas de amostragem:
adequados.
a) Amostragem casual ou aleatória simples – este
Dados Estatísticos: normalmente, no trabalho
tipo de amostragem é equivalente a um sorteio lotérico.
estatístico o pesquisador se vê obrigado a lidar com
grande quantidade de valores numéricos resultantes de b) Amostragem proporcional estratificada – muitas
um Censo ou de uma estimação. Estes valores vezes a população se divide em subpopulações,
numéricos são chamados dados estatísticos. denominadas estratos.

Desta forma, a estatística pode ser dividida em


duas áreas: Como, provavelmente, a variável em estudo
a) Estatística Descritiva – é a parte da Estatística apresenta, de estrato em estrato, um comportamento
que tem por objetivo coletar, organizar e descrever os heterogêneo e, dentro de cada estrato, um
dados observados. comportamento homogêneo, convém que o sorteio dos
elementos da amostra leve em consideração tais
b) Estatística Indutiva ou Inferencial – é a parte da
estratos. É exatamente isso que fazemos quando
Estatística que tem por objetivo obter, interpretar e
empregamos a amostragem proporcional estratificada,
generalizar conclusões a partir de uma amostra, através
que, além de considerar a existência dos estratos, obtém
do cálculo de probabilidade. O cálculo de probabilidade
os elementos da amostra proporcional ao número de
é que viabiliza a inferência estatística.
elementos deles.

112
112
MATEMÁTICA

Séries Número de Alunos Amostra Distribuição de frequência


1ª 35
Tabela de distribuição de frequência
2ª 32
3ª 30
Considere a relação de números abaixo, referente às
4ª 28 alturas (em centímetros) dos alunos de um colégio:
5ª 35 166 160 161 150 162 160 165 167 164 160
6ª 32 162 161 168 163 156 173 160 155 164 168

7ª 31 155 152 163 160 155 155 169 151 170 164
154 161 156 172 153 157 156 158 158 161
8ª 27
TOTAL 250 40
Para lidarmos com a lista toda, é interessante
resumi-la, contando o número de pessoas com cada
Amostragem sistemática: quando os elementos da altura, fazendo uma tabela que denominamos
população já se acham ordenados, não há necessidade distribuição de frequência.
de construir o sistema de referência. São exemplos os
Altura (cm) Frequência
prontuários médicos, os prédios de uma rua, as linhas de
produção etc. Nestes casos, a seleção dos elementos que 150 154 4
constituirão a amostra pode ser feita por um sistema 154 158 9
imposto pelo pesquisador. A esse tipo de amostragem
158 162 11
denominamos sistemática.
Assim, no caso de uma linha de produção, podemos, 162 166 8
a cada dez itens produzidos, retirar um para pertencer a 166 170 5
uma amostra da produção diária. Neste caso, fixamos o 170 174 3
tamanho da amostra em 10% da população.
TOTAL 40

• Exemplo:
Em uma distribuição de frequência destacamos
Suponhamos uma rua contendo 900 prédios, dos
alguns elementos:
quais desejamos obter uma amostra formada de 50
900 Classe: classes de frequência ou, simplesmente,
prédios. Usamos o seguinte procedimento: Como = classes são intervalos de variação da variável.
50
18, escolhemos por sorteio casual um número de 1 a 18 Limites de classe: denominamos limites de classe os
(inclusive), o qual indicaria o primeiro elemento extremos de cada classe.
sorteado para a amostra; os demais elementos seriam
periodicamente considerados de 18 em 18. Assim, se o
• Exemplo:
número sorteado fosse o 4, tomaríamos, pelo lado
direito da rua, o 4º prédio, o 22º, o 40º etc., até voltarmos limite inferior (li ) limite superior (Li )
ao início da rua, pelo lado esquerdo.

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113
MATEMÁTICA

Amplitude de um intervalo de classe h: amplitude Frequência acumulada (Fac): frequência acumulada


de um intervalo de classe é a medida do intervalo que é o total das frequências de todos os valores inferiores
define a classe. ao limite superior do intervalo de uma dada classe.

h = Li − li Fac = 𝑓1 + 𝑓2 + ... + 𝑓k ou
Fac = 𝛴𝑓i (i = 1, 2, ..., k)
Amplitude total da distribuição: amplitude total da
Frequência acumulada relativa (Far): frequência
distribuição AT é a diferença entre o limite superior da
acumulada relativa de uma classe é a frequência
última classe (limite superior máximo) e o limite inferior
acumulada da classe, dividida pela frequência total da
da primeira classe (limite inferior mínimo)
distribuição.
AT = Lmax - lmin 𝐹𝑎𝑐
Far =
𝛴⨏i

Amplitude amostral da distribuição: amplitude O número de classes a ser utilizado depende muito
amostral da distribuição AA é a diferença entre o valor da experiência do pesquisador e das questões que ele
máximo e o valor mínimo da distribuição. pretende responder com a variável contínua.

AA = xmax - xmin
Gráficos estatísticos
O gráfico estatístico é uma forma de apresentação
Ponto médio de uma classe: ponto médio de uma
dos dados estatísticos, cujo objetivo é o de produzir, no
classe xi é, como o próprio nome indica, o ponto que
investigador ou no público em geral, uma impressão
divide o intervalo de classe em duas partes iguais.
mais rápida e viva do fenômeno em estudo, já que os
gráficos falam mais rápido à compreensão que as séries.
Tipos de frequência
Frequência absoluta (𝑓i): frequência absoluta ou, Gráfico em linhas
simplesmente, frequência de uma classe ou de um valor
Este tipo de gráfico se utiliza da linha poligonal para
individual é o número de observações correspondentes
representar a série estatística. O gráfico em linha
a essa classe ou a esse valor.
constitui uma aplicação do processo de representação
Frequência relativa (𝑓ri): frequências relativas são
das funções num sistema de coordenadas cartesianas.
os valores das razões entre as frequências absolutas e a
frequência total.
⨏i
𝑓ri =
𝛴⨏i

Frequência relativa percentual (𝑓ri %): frequências


relativas são os valores das razões entre as frequências
absolutas e a frequência total escritas na forma
percentual.
⨏i
𝑓ri = ⦁ 100
𝛴⨏i

114
114
MATEMÁTICA

Gráfico em colunas (vertical) Histograma


É a representação de uma série por meio de O Histograma é formado por um conjunto de
retângulos, dispostos verticalmente (em colunas). Os retângulos justapostos, cujas bases se localizam sobre o
retângulos têm a mesma base e as alturas são eixo horizontal, de tal modo que seus pontos médios
proporcionais aos respectivos dados. coincidam com os pontos médios dos intervalos de
classe.

Polígono de frequência
Gráfico em barras (horizontal) O polígono de frequência é um gráfico em linha,
sendo as frequências marcadas sobre perpendiculares
É a representação de uma série por meio de
aos eixos horizontais, levantados pelos pontos médios
retângulos, dispostos horizontalmente (em barras). Os
dos intervalos de classe.
retângulos têm a mesma base e as alturas são
proporcionais aos respectivos dados.

Infográficos
Os infográficos representam a união de uma imagem
com um texto informativo. As imagens podem conter
alguns tipos de gráficos.
Gráfico em setores
(popular gráfico de pizza)
Este gráfico é construído com base em um círculo, e
é empregado sempre que desejamos ressaltar a
participação do dado no total.

115
115
MATEMÁTICA

Diagramas Exemplo: Suponha que um escritório de consultoria


Os diagramas são tipos de representações gráficas, há cinco funcionários que recebem os seguintes salários
que demostram, por exemplo, um esquema ou uma mensais: R$ 1.800,00, R$ 1.780,00, R$ 1.820,00, R$
maquete. Também são usados para simplificar uma ideia 1.810,00 e R$ 1.790,00. A média aritmética dos salários
ou conceito, e, portanto, facilitam na interpretação do ou o salário mensal dos contínuos desse escritório será
tema. Geralmente incluem linhas, setas, desenhos etc. de R$ 1 800,00, de acordo com a definição.
1800+1780+1820+1810+1790
São muito utilizados na área das estatísticas e 𝑥̅ = = 1800
5
administração.

Podemos estabelecer uma fórmula geral para a


média. Sejam n números x1, x2, x3, … ,xn. Os números logo
abaixo dos diversos x são chamados índices.
Utilizaremos o símbolo 𝒙
̅ (x barra) para indicar a média.
𝒙₁+𝒙₂+⋯+𝒙ₙ
Podemos, então, escrever: 𝒙
̅=
𝒏
A média é um exemplo de medida estatística. Uma
medida estatística é um número utilizado para resumir
as propriedades de um conjunto de números. Podemos
economizar a escrita utilizando a notação de somatório.
Nessa notação, empregamos a letra grega sigma
maiúsculo: ∑. A expressão ∑x significa “somar todos os
𝜮𝒙
valores de x”. Podemos escrever a média como 𝒙
̅= ,
𝒏

Medidas de tendência central como que indica que partimos de i=1 e


Até agora, estudamos de um modo geral, os grupos prosseguimos até i=n.
de valores que uma variável pode assumir. Assim é que A média aritmética é considerada ponderada
podemos localizar a maior concentração de valores de quando os valores do conjunto tiverem pesos diferentes.
uma dada distribuição, isto é, se ela se localiza no início, Tratando-se de média simples, todos os valores
no meio ou no final, ou ainda, se há uma distribuição por apresentam igual peso. Obtém-se uma média aritmética
igual. ponderada através do quociente entre o produto dos
Porém, para ressaltar as tendências características valores da variável pelos respectivos pesos e soma dos
de cada distribuição, isoladamente, ou em confronto pesos.
com outras, necessitamos introduzir conceitos que se Assim, por exemplo, um professor pode realizar
expressem através de números, que nos permitam quatro provas por ano em sua matéria, atribuindo a cada
traduzir essas tendências. uma delas os seguintes pesos: 1, 2, 3, 4. Se um aluno tiver
recebido as notas 8, 7, 9 e 9, nessa ordem, sua nota final
Média simples e ponderada será a média aritmética ponderada 8,5, obtida da
A média aritmética simples de um conjunto de seguinte maneira:
números é igual ao quociente entre a soma dos valores
do conjunto e o número total de valores. É o ponto de (8 𝑥 1) + (7 𝑥 2) + (9 𝑥 3)+(9 𝑥 4) 8+14+27+36 85
Média Final: = =
equilíbrio entre os dados. 1+2+3+4 10 10
= 8,5

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116
MATEMÁTICA

Moda (MO) observado os seguintes valores de vendas diárias de


Outra medida estatística interessante é a moda. A pizzas do tipo calabresa durante um período de 9 dias:
moda é o valor que ocorre com maior frequência. 40, 56, 38, 38, 63, 59, 52, 49, 46.
Quanto à sua classificação podemos dizer que uma
distribuição é: unimodal (possui 1 moda), bimodal Segue-se a lista de valores de pizza tipo calabresa,
(possui 2 modas), trimodal (possui 3 modas), polimodal em ordem decrescente:
(possui mais de 3 modas) e amodal (não possui moda).
1. 63 4. 52 7. 40
A moda é utilizada quando desejamos obter uma
2. 59 5. 49 8. 38
medida rápida e aproximada de posição, quando a
medida de posição deve ser o valor mais típico da 3. 56 6. 46 9. 38
distribuição.
• Exemplo: Para esta lista, a mediana é 49. Quatro valores são
maiores do que 49, e quatro são menores. (Para uma
− A amostra {1, 2, 3, 5, 5, 6, 7} tem moda 5.
relação muito grande de números, convém utilizar um
− Amostras que possuem duas modas são computador para ordená-los. Note que poderíamos
chamadas bimodais. igualmente ter adotado a ordenação crescente).
− A amostra {1, 2, 3, 5, 5, 6, 6} tem modas 5 e No caso de um número ímpar de elementos, é fácil
6. achar o número (único) que está no meio. Mas, e se
− Amostras que possuem várias modas são tivermos uma relação com um número par de
chamadas multimodais. elementos?
Suponhamos a seguinte lista de observações diárias
− A amostra {1, 2, 3, 5, 5, 6, 6, 7, 7} tem
de pizza de cogumelo:
modas 5, 6 e 7.
1. 53 3. 49 5. 47 7. 44
− Amostras que não possuem moda são
chamadas amodais. 2. 52 4. 48 6. 46 8. 41

− A amostra {1, 3, 2, 5, 7, 6} não tem moda.


Os valores já estão ordenados, mas aqui não
Mediana (MD) podemos achar um número (único) que esteja
Outra medida estatística útil é a mediana. A exatamente no meio. Neste caso, a mediana é igual ao
mediana é o ponto, ou elemento, a meio caminho dos número que está a meio caminho entre os dois números
dados, isto é, metade dos números está acima dela e mais próximos do meio. Esses números são 48 e 47 (o
metade abaixo. Para calcular a mediana, devemos quarto e o quinto valores), de modo que a mediana está
primeiro ordenar a lista de números. De posse de uma a meio caminho entre 47 e 48, ou seja, 47,5. Pode-se
grande lista de números, pouco proveito se pode tirar também encarar a mediana como a média dos dois
47+48.
dela, a menos que possamos resumi-la. números do meio: 47,5 =
2

Tal como a média, a mediana é uma medida do que


• Exemplo: chamamos tendência central da distribuição. Em outras
palavras, a média ou a mediana dá, em geral, uma boa
Suponha que uma pessoa que está gerenciando uma
ideia do tamanho do número que provavelmente
pizzaria e que mantém um controle de vendas dos
obteremos se escolhermos aleatoriamente um valor da
diversos tipos de pizza. Suponha ainda que tenha

117
117
MATEMÁTICA

lista. Há ocasiões em que a mediana constitui melhor


medida de tendência central do que a média. Esta propriedade da mediana pode ser constatada
Suponhamos, por exemplo, que os valores abaixo através dos exemplos a seguir:
representem vendas de pizza tipo bacon/ abacaxi por
5,7,10,13,15 → 𝑥̅ = 10 e Md = 10
um período de 9 dias: 36, 35, 37, 29, 39, 36, 340, 35, 36.
Observe que, certo dia, um grande ônibus com 5,7,10,13,65 → 𝑥̅ = 20 e Md = 10
amantes de pizza tipo bacon/ abacaxi chegou ao seu
Isto é, a média do segundo conjunto de valores é a
estabelecimento; as vendas desse tipo de pizza foram
maior do que a do primeiro, por influência dos valores
muito maiores naquele dia. Calculando a média desses
623
extremos, ao passo que a mediana permanece a mesma.
valores, obtemos: = 69,22. A mediana é designada, muitas vezes, valor mediano.
9

Entretanto, nenhum dos valores está próximo de


69,22. Ordenamos então a sequência 340, 39, 37, 36, 36, Média, Mediana e Moda para dados agrupados sem
36, 35, 35, 29. intervalos de classe
Verificamos que a mediana é 36. Neste caso, o valor Considere as notas obtidas por 26 alunos, numa
da mediana dá uma ideia muito melhor do número avaliação de Biologia, distribuídas na tabela abaixo.
provável das vendas em determinado dia. Em geral, Determine a média, a mediana e a moda.
quando uma relação de valores contém um valor
Nota Frequência Xi ⦁ 𝑓i Fac
extremo (muito acima ou muito abaixo dos outros
valores da lista), a média não é uma medida muito 4,0 1 4,0 1
representativa. A mediana constitui melhor medida de 5,5 5 27,5 6
tendência central. Mas a média é mais fácil de calcular,
6,0 3 18,0 9
sendo, por isso, utilizada com maior frequência. Quando
uma distribuição de números é razoavelmente 8,5 8 68,0 17
simétrica, sem valores extremamente altos ou baixos, os 9,0 5 45,0 22
valores da média e da mediana em geral são muito
10,0 4 30,0 26
próximos um do outro.
TOTAL 26 202,5
Observações:
I. O valor da mediana pode ou não coincidir com
𝛴 𝑋𝑖 𝑓𝑖
um elemento da série, como vimos. Quando o I. Média: 𝑥̅ =
𝑛
número de elementos da série é ímpar, há a
II. Mediana: Para o cálculo da mediana, devemos
coincidência. O mesmo não acontece, porém
obter a frequência acumulada. Calculamos o
quando esse número é par. 𝛴 𝑓𝑖 26 𝑛
elemento central: = = 13, ou (𝑜𝑢 =
2 2 2
II. A mediana e a média aritmética não tem, 26
necessariamente, o mesmo valor. = 13). Depois, observamos na coluna onde
2
se encontra o valor 13 (4ª classe). Portanto, o
III. A mediana, como vimos, depende da posição e
valor da mediana é 8,5 (Md=8,5).
não dos valores dos elementos da série
ordenada. Essa é uma das diferenças III. Moda: Para o cálculo da moda, devemos
marcantes entre a mediana e a média (que se observar a classe de maior frequência
deixa influenciar, e muito, pelos valores absoluta simples. Neste caso, a moda é 8,5,
extremos). pois há 8 pessoas com essa nota (Mo=8,5).

118
118
MATEMÁTICA

Média, Mediana e Moda para dados agrupados com Como há 11 elementos nessa classe e o intervalo de
intervalos de classe classe é igual a 4, devemos tomar, a partir do limite
20−13 7
inferior, a distância: ⦁4= ⦁ 4 e a mediana será:
Foram medidas as alturas de alunos de certa turma. 11 11

Os dados estão tabulados na tabela abaixo: 7


Md = 158 + ⦁4
11
I Estaturas (cm) fi xi xi ⦁ fi
28
1 150 154 4 152 608 Md = 158 + →
11

2 154 158 9 156 1404 Md = 158 + 2,54 →


3 158 162 11 160 1760 Md = 160,54.
4 162 166 8 164 1312
Logo, Md = 160,54 cm
5 166 170 5 168 840
6 170 174 3 172 516
Generalizando, temos a
𝛴 = 40 6440 fórmula:
Moda: Classe modal “24”
158+162
(maior frequência) → Mo = = 160 cm
2
Média:

Mediana:
Análise combinatória
i Estaturas (cm) fi Fac A análise combinatória que hoje é o alicerce da
teoria dos números, determinantes, probabilidades,
1 150 154 4 4
topologia etc. teve suas origens em tempos remotos.
2 154 158 9 13
A análise combinatória é um ramo da Matemática
3 158 162 11 24 que tem por objetivo resolver problemas que consistem,
4 162 166 8 32 basicamente, em escolher e agrupar os elementos de um
conjunto. Estuda o número de possibilidades de
5 166 170 5 37
ocorrência de um determinado acontecimento (evento)
6 170 174 3 40 sem, necessariamente, descrever todas as
𝛴 = 40 possibilidades. Possui aplicação direta no cálculo das
probabilidades, sendo instrumento de vital importância
para as ciências aplicadas, como a Medicina, a
Engenharia e a Estatística, entre outras.
Como há 24 valores incluídos nas três primeiras
classes da distribuição e como pretendemos determinar Princípio multiplicativo
o valor que ocupa o 20° lugar, a partir do início da série, Quatro carros (C1,C2,C3,C4) disputam uma corrida.
vemos que este deve estar localizado na terceira classe Quantas são as possibilidades de chegada para os três
(𝑖 = 3), supondo que as frequências dessas classes primeiros lugares?
estejam uniformemente distribuídas.

119
119
MATEMÁTICA

1º lugar 2º lugar 3º lugar Ordem de chegada p1 é o número de possibilidades da 1ª etapa


(4 possibilidades) (3 possibilidades) (2 possibilidades) (24 possibilidades)
3p2 é o número de possibilidades da 2ª etapa
pk é o número de possibilidades da k-ésima etapa,
então: p1 , p2 , … , p𝑘 é o número total de
possibilidades de o acontecimento acontecer

Fatorial
Considerando um número n, sendo n ∈ N e n≥2,
temos:
n! = n ⦁(n-1)⦁(n-2)⦁… ⦁1, onde a leitura do símbolo n!
é: “n fatorial”; n! é o produto de todos os números
naturais de 1 até n; por definição: 0!=1 e 1!=1.
• Exemplos:

2! = 2 ∙ 1 = 2 5! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 1 = 120

Arranjo simples
Arranjo simples é o tipo de agrupamento sem
repetição em que um grupo é diferente de outro pela
ordem ou pela natureza dos elementos componentes.
Considere o conjunto I = {a, b, c, d}
Quantos são os arranjos simples dos elementos de I,
tomados dois a dois?
Como o exercício já informou que se trata de um
arranjo simples, devemos retirar os dados e aplicá-los na
Podemos observar que:
fórmula.
o número de possibilidades para o 1º lugar é 4.
o número de possibilidades para o 2º lugar é 3.
o número de possibilidades para o 3º lugar é 2.
Onde, n é a quantidade de elementos do conjunto.
o número total de possibilidades 4 ⦁ 3 ⦁ 2 = 24.
O esquema desenvolvido no exemplo é chamado
p é um número natural menor ou igual a n, que
árvore de possibilidades e facilita a resolução dos representa a união dos elementos na formação dos
problemas de contagem. agrupamentos.

A partir do exemplo podemos enunciar o princípio 4!


A4,2 = (4−2)! =
4⦁3⦁2⦁1
= 12
2⦁1
fundamental da contagem, que nos mostra um método
algébrico para determinar o número de possibilidades
de ocorrer um evento, sem precisarmos descrever todas Definição: Arranjos simples de n elementos
essas possibilidades. tomados p a p são todos os agrupamentos sem repetição
Se um acontecimento pode ocorrer por várias que é possível formar com p(n ≥ p) elementos
etapas sucessivas e independentes, de tal modo que:

120
120
MATEMÁTICA

diferentes escolhidos entre os n elementos de um Portanto:


conjunto dado. Indica-se: An,p ou Apn.
Pn=n⦁(n-1)⦁(n-2)⦁… ⦁1=n!
Permutação
Combinação simples
Permutações simples é o tipo de agrupamento
Combinações simples é o tipo de agrupamento sem
ordenado, sem repetição, em que entram todos os
repetição em que um grupo é diferente de outro apenas
elementos em cada grupo.
pela natureza dos elementos componentes.
Considere:
Quantos números de três algarismos distintos Considere:
podem ser formados usando-se os algarismos
Quantas comissões de 2 pessoas podem ser
(elementos) 2, 4 e 5?
formadas com 4 alunos (A, B, C e D) de uma classe?
1º lugar 2º lugar 3º lugar Ordem de
(3 possibilidades) (2 possibilidades) (1 possibilidades) chegada Número de
1º aluno 2º aluno
(6 possibilidades) comissões
(4 possibilidades) (3 possibilidades)
(6 comissões)

B AB

A C AC
D AD

A BA

B C BC

D BD
Resposta: Podem ser formados seis números de três ⟹ AB AC AD
BC BD CD
algarismos distintos. A CA

C B CB

Vemos, no exemplo dado, que os grupos (números) D CD

obtidos diferem um do outro apenas pela ordem dos


elementos (245 e 254, por exemplo). Os grupos assim A DA

obtidos são denominados permutações simples dos 3 D B DB

elementos tomados 3 a 3, e são indicados P3. C DC

Observe que a permutação simples é um caso


particular de arranjos simples, isto é, A3,3 = P3 Resposta: Podem ser formadas 6 comissões de 2
pessoas.
Fórmula das permutações simples
Em geral, temos: No exemplo dado, note que os grupos AB e BA
An,p=n⦁ (n-1)⦁(n-2)⦁… ⦁(n-p+1) representam a mesma comissão. Os alunos A e B, não
importa a ordem, formam apenas uma comissão. Isso
significa que uma mesma comissão foi contada duas
Se n = p, vem: vezes. Portanto, o total de comissões é seis.
An,n=Pn=n⦁(n-1)(n-2)⦁… ⦁(n-n+1)= 12
( )=6
2
n⦁(n-1)⦁(n-2)⦁… ⦁1

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121
MATEMÁTICA

Observe que os grupos obtidos diferem entre si Resolução: Se não houvesse elemento repetido,
pelos elementos componentes (natureza), não teríamos um total de P8 = 8! = 40320 anagramas.
importando a ordem (posição) em que aparecem.
Os grupos assim obtidos são denominados Imagine que uma das letras N fosse azul e a outra
combinações simples dos 4 elementos tomados 2 a 2, e verde. Para cada anagrama escrito com N (azul) à
são indicados C5,2. esquerda do N (verde), teríamos outro anagrama com N
Definição: Combinações simples de n elementos (verde) à esquerda do N (azul). Mas como, de fato, não há
distintos tomados p a p (n≥p) são todos os subconjuntos essa distinção entre as letras N, calculamos o número
de p elementos que é possível formar a partir de um em dobro. Para corrigir esse erro, devemos dividir o
conjunto com n elementos. Indica-se: Cn,p total por 2!, ou seja, 2.
Porém, a letra I também se repete. Imaginando 3
Fórmula das combinações simples cores para as letras I, teríamos uma variação de 3!, isto
No exemplo anterior, para descobrirmos o número é, 6 posições. Devemos dividir o total por 3! para corrigir
de combinações, basta calcular o número de arranjos e esse erro. Assim, o número procurado é:
dividir por (12 ÷ 2 = 6), que é o fatorial do número de
elementos que compõem cada comissão.
O número de comissões de n elementos de grupos
de p elementos é igual ao número de arranjos de n
elementos tomados p a p, dividido por p!, isto é:
Probabilidade
Há experimentos determinísticos e experimentos
probabilísticos. Consideremos, por exemplo, o
Cn,p → lê-se: experimento de abandonar uma moeda de uma altura de
combinação simples de n elementos tomados p a p 1 metro do chão. Existem modelos que nos fornecem,
antes do experimento, em quanto tempo a moeda
Permutação repetição atingirá o chão, mas nenhum deles é capaz de prever se
Um conjunto foi escrito com n elementos. Um dos dará cara (k) ou coroa (c).
elementos foi repetido 𝛼 vezes, outro elemento foi Com apenas um lançamento de uma moeda, o
repetido 𝛽 vezes e assim por diante, até um elemento resultado (cara ou coroa) não pode ser previsto. Porém,
repetido 𝛾 vezes. é possível fazer algumas considerações sobre as
O número de permutações que se pode obter com os sequências de resultados de um grande número de
elementos é: experimentos.
Se observarmos, por exemplo, a fração
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑑𝑜𝑠 "𝑐𝑎𝑟𝑎"
poderemos chegar a
𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑙𝑎𝑛ç𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠
1
algumas conclusões. Se essa fração se aproximar de ,
Considere: 2
quando aumentamos o número de lançamentos,
Qual é o número de anagramas que podemos formar
classificamos a moeda de “balanceada” e dizemos que a
com as letras da palavra INFINITO? 1
probabilidade de obter cara é igual a ou 50%.
2

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MATEMÁTICA

Lançamento de moedas é um exemplo de um E = 1, 2, 3, 4, 5, 6 e os seguintes eventos:


experimento aleatório. Vamos destacar algumas
− O resultado é um número par: {2, 4, 6}
propriedades que caracterizam os experimentos
aleatórios: − O resultado é um número ímpar: {1, 3, 5}
− O resultado é um número primo: {2, 3, 5}
− O resultado é um número menor que 7: E
− P resultado é um número maior que 6: ∅

Note que os eventos {2, 4, 6} e {1, 3, 5} são


• Não é possível prever o resultado de um
mutuamente exclusivos.
experimento, mas é possível descrever o
conjunto de todos os possíveis resultados; “O espaço amostral E corresponde ao evento certo
e o conjunto vazio ∅ corresponde ao evento impossível.”
• É possível repetir o experimento muitas vezes,
Seja E um espaço amostral associado a um
mantendo as condições iniciais;
experimento. Para todo evento A de E é associado um
• Com essas repetições, é possível identificar único número P(A), chamado de probabilidade de A, com
algumas regularidades (ou padrões) que podem as seguintes condições:
ser estudados em um modelo matemático.
C1 = 0≤ P (A) ≤1 C2 = P(E) =1
• Experimentos determinísticos são aqueles cujo
resultado é conhecido antes de realizá-lo. C3 = Se A e B são eventos mutuamente exclusivos,
então P (A∪B) = P(A) +P(B)
• Experimentos probabilísticos são aqueles cujo
resultado não é conhecido antes de realizá-lo.
Espaços amostrais equiprováveis
Espaço amostral e evento Um espaço amostral E = {x1 , x2 , … , xn } é dito
equiprovável se, e somente se, todos os seus eventos
O conjunto E de todos os possíveis resultados de um
elementares tiverem a mesma probabilidade. Assim, se
experimento é chamado de espaço amostral. Os
elementos de E são chamados de amostras ou pontos P = ({x1}) = P = ({x2}) = … = P = ({xn}) = p,
1
amostrais do experimento. temos n⦁p = 1 , ou seja, seja p = . Com um espaço
n
Qualquer subconjunto do espaço amostral E é amostral finito e equiprovável, temos:
chamado de evento. Em particular, chama-se de evento I. A probabilidade de cada evento elementar é
elementar qualquer conjunto unitário {a}, em que a é um igual a:
elemento de E.
1
Eventos mutuamente exclusivos 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐸
Dois eventos A e B são ditos mutuamente exclusivos
se, e somente se, eles forem conjuntos disjuntos, ou seja, II. A probabilidade de um evento A é:
A∩B=∅. 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐴
,
• Exemplo: 𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜𝑠 𝑑𝑓𝑒 𝑒𝑙𝑒𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝐸
na prática,
Considerando o lançamento de um dado em um
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑣𝑜𝑟á𝑣𝑒𝑖𝑠
jogo, temos o espaço amostral
𝑛ú𝑚𝑒𝑟𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠 𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠

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123
MATEMÁTICA

• Exemplo: concorrer com a mesma aposta por 2, 4 ou 8 concursos


1) No lançamento de dois dados de um jogo, a soma consecutivos (Teimosinha).
dos pontos obtidos tem uma variação de 2 a 12. Há, O número de combinações de 60 números tomados
portanto, exatamente 11 resultados possíveis. Qual é a 6 a 6 é dado por C60,6 que é igual a 50 063 860; essas
probabilidade de a soma ser igual a 12? Qual é a combinações formam um espaço amostral
probabilidade de a soma ser igual a 10? equiprovável; todas elas têm a mesma probabilidade de
ser sorteada. Portanto, a probabilidade de uma pessoa
ganhar com uma aposta simples de 6 números
escolhidos entre os 60 disponíveis (os números inteiros
1
de 1 a 60) é igual a .
50063860

União de dois eventos “regra do ou”


Sendo A e B eventos quaisquer, a probabilidade de
ocorrer A ou B é dada por 𝐏(𝐀 ∪ 𝐁) = 𝐏(𝐀) +
𝐏(𝐁) − 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁). Nos casos em que 𝐀 ∪ 𝐁 = ∅, os
eventos A e B são mutuamente exclusivos e, assim,
temos 𝐏(𝐀 ∪ 𝐁) = 𝐏(𝐀) + 𝐏(𝐁) e 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) = 𝟎.

• Exemplo:
Em um baralho clássico há, no total, 52 cartas. Estas
são divididas em 4 naipes: copas, paus, ouro, espadas. E
No lançamento e dois dados de um jogo, o espaço
cada naipe possui 13 cartas, conforme a tabela a seguir:
amostral E tem exatamente 36 elementos, de (1,1) a
(6,6), o evento “a soma é igual a 12” corresponde ao
conjunto unitário A = {(6,6)} (evento amostral). Logo,
1
a probabilidade de a soma ser igual a 12 é P(A) = .
36
Já o evento “a soma é igual 10” é dado por B =
{(4,6), (5,5), (6,4)}. Há e casos favoráveis, em um total
de 36 casos possíveis. Logo, a probabilidade da soma ser
3 1
igual a 10 é P(B) = = .
36 12

2) A Mega Sena paga milhões para quem conseguir


acertar os 6 números sorteados. Ainda é possível ganhar
prêmios ao acertar 4 ou 5 números entre os 60
disponíveis no volante de apostas. Para realizar o sonho
de ser o próximo milionário, você deve marcar de 6 a 15
números do volante, podendo deixar que o sistema
escolha os números para você (Surpresinha) e/ou

124
124
MATEMÁTICA

Além das cartas numeradas de 2 a 10, temos as Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E,
cartas A (às), J (valete), Q (dama) e K (rei). com P(A)>0. A probabilidade condicional de B, dado A, é
𝐵 𝑃(𝐵∩𝐴)
Consideremos os seguintes eventos e suas definida por P( ) =
𝐴 𝑃(𝐴)
respectivas probabilidades:
13
• A: retirar uma carta de ouros P(A) =
52

• B: retirar uma carta de número ímpar P(B) =


4⦁4 16
=
52 52

• A ∩ B retirar uma carta de número ímpar e de


4
ouros, P (A ∩ B) =
52
• Exemplo:
• A ∪ B retirar uma carta de espadas OU retirar
Um teste de conhecimento deverá ser respondido
um número ímpar
por um certo grupo de alunos, dos quais 70% estudaram
• P(A ∪ B) = P(A) + P(B) − P(A ∩ B) a teoria. Para esses que estudaram, a probabilidade de
13 16 4 25
P(A ∪ B) = + – P(A ∪ B) = acertar o teste é 0,9, e para os demais alunos, a
52 52 52 52
probabilidade de acertar é 0,3. Dado que Pedro acertou
13
• C retirar uma carta de copas, P© = o teste, qual é a probabilidade de ele ter estudado a
52
teoria?
• A ∩ C retirar uma carta de ouros E copas, A ∩
C=∅ Consideremos os seguintes eventos:
A: acertar o teste
• A ∪ C retirar uma carta de ouros OU de copas
B: ter estudado a teoria
P(A ∪ C) = P(A) + P(C), pois P(A ∩ C) = 0
A∩B acertar o teste e ter estudado a teoria
(A e C são mutuamente exclusivos)
𝑩
13 13 26 1 ter estudado a teoria, dado que acertou o teste
• P(A ∪ C) = + = = 𝑨
52 52 52 2

Probabilidade condicional Temos as seguintes probabilidades:

Nos cálculos de probabilidades, uma primeira


preocupação pode ser comparar eventos com o espaço
amostral. Porém, em muitos casos, há interesse em
relacionar as probabilidades de dois eventos A e B,
supondo que o evento A já tenha ocorrido ou que possa
vir a ocorrer.
Neste caso, vamos recalcular a probabilidade do
evento B; para esses casos, temos a seguinte definição: Dado que Pedro acertou o teste, a probabilidade de
ele ter estudado a teoria é 87,5%.

125
125
MATEMÁTICA

Intersecção de dois eventos “Regra do Vamos ver como verificar se esses dois eventos são
independentes ou não.
E” A={(x,x,y),(x,y,x),(y,x,x),(x,y,y),(y,x,y),(y,y,x)}∴ n(A)=6
Uma consequência da definição de probabilidade B={(x,x,x),(x,x,y),(x,y,x),(y,x,x)} ∴ nB=4
𝐁
condicional é 𝐏(𝐀 ∩ 𝐁) = 𝐏(𝐀)⦁𝐏 ( ), ou seja, a A∩B = {(x,x,y),(x,y,x),(y,x,x)} ∴ nA∩B=3
𝐀
probabilidade de ocorrer A e B é dada pelo produto da
probabilidade de A pela probabilidade de B, dado que A
A probabilidade de ocorrer A é dado por 𝐏(𝐀) =
ocorreu. 𝟔 𝟑
=
𝑩 𝟖 𝟒
Se, e somente se, 𝐏 ( ), dizemos
𝑨
(𝑨)=𝑷𝑩 𝒐𝒖 𝑷( )=𝑷(𝑨)
𝑩
A probabilidade de ocorrer B é dado por 𝐏(𝐁) =
𝟒 𝟏
que A e B são eventos independentes. =
𝟖 𝟐
Nesse caso, a probabilidade de ocorrer A e B é dada
A probabilidade de ocorrer 𝐀 ∩ 𝐁 é dado por 𝐏(𝐀 ∩
simplesmente pelo produto das probabilidades 𝐏(𝐀 ∩ 𝟑
𝐁) =
𝐁) = 𝐏(𝐀)⦁𝐏(𝐁). 𝟖

Normalmente usamos esta igualdade para verificar


se dois eventos são independentes. Eventos que não são Como P(A ∩ B) = P(A)⦁P(B), concluímos que os
independentes são chamados de eventos dependentes eventos “há pelo menos uma criança de cada sexo” e
e, nesse caso, temos P(A ∩ B) ≠ P(A)⦁P(B). “pelo menos duas crianças são do sexo feminino” são
independentes. Note que esta conclusão não é tão
intuitiva, como podemos verificar; neste caso, o número
• Exemplo:
pequeno de crianças tem um papel fundamental nos
Consideremos o caso de um casal que tem três cálculos das probabilidades.
crianças. O espaço amostral tem 8 elementos e é dado
por:
𝑒 = {(𝑥, 𝑥, 𝑥), (𝑥, 𝑥, 𝑦), (𝑥, 𝑦, 𝑥), (𝑦, 𝑥, 𝑥), (𝑥, 𝑦, 𝑦), (𝑦, 𝑥, 𝑦), (𝑦, 𝑦, 𝑥), (𝑦, 𝑦, 𝑦)}

Em que x representa menina e y representa menino,


consideremos que E seja equiprovável. O número de
elementos de E é dado por n(E) = 8.

Consideremos os seguintes eventos:


A: “há pelo menos uma criança de cada sexo”.
B: “pelo menos duas crianças são do sexo feminino”.

126
126
MATEMÁTICA

Exercícios
1. Considere todos os anagramas da palavra BRASIL. O 3. Observe o gráfico a seguir.
número de anagramas que não têm as vogais juntas
é:

720.
600.
480.
240.
120.

2. No estoque de uma empresa, há quatro caixas: A, B,


C e D, cada uma delas com determinado número de
peças. O encarregado de registrar em uma tabela o
número de peças por caixa esqueceu o número
exato de peças da caixa B e da caixa C, mas lembrou É correto afirmar que a média mensal aproximada
que na caixa C havia 2 peças a menos que na caixa B de roubo de cargas no estado de São Paulo, no ano
e registrou essas informações na seguinte tabela: de 2011, foi de:

565.
587.
580.
515.
550.

Sabendo que, na média, o número de peças por caixa


4. João tem 5 filhos, sendo que dois deles são gêmeos.
é 45, pode-se concluir que o número de peças das
A média das idades deles é 8,6 anos. Porém, se não
caixas B e C são, respectivamente,
forem contadas as idades dos gêmeos, a média dos
41 e 39. demais passa a ser de 9 anos. Pode-se concluir que a
42 e 40. idade dos gêmeos, em anos, é:
40 e 38.
6,5.
43 e 41.
7,0.
44 e 42.
7,5.
8,0.
8,5.

5. Em uma urna existem 5 bolinhas numeradas de 1 a


5. Quatro dessas bolinhas são retiradas, uma a uma,
sem reposição. Qual a probabilidade de que a
sequência de números observados, nessas retiradas,
seja crescente?

127
127
MATEMÁTICA

2/5. 12%.
1/5. 13%.
1/36. 14%.
1/24.
1/12. 9. Em uma barraca de cachorro quente, o freguês pode
escolher um entre três tipos de pães, uma entre
6. Em uma escola particular foi feita uma entrevista quatro tipos de salsichas e um entre cinco tipos de
com 200 alunos sobre curso de língua estrangeira. molhos. Identifique a quantidade de cachorros
110 alunos responderam que frequentavam um quentes diferentes que podem ser feitos:
curso de Inglês, 28 alunos responderam que
120.
frequentavam somente o curso de espanhol e 20
80.
responderam que frequentavam ambos, inglês e
60.
espanhol. Qual a probabilidade de um desses alunos
50.
não frequentar nenhum desses dois cursos?
90.
31%.
32%. 10. Uma pesquisa feita em uma Organização Militar
41%. constatou que as idades de 10 militares eram: 25, 20
42%. 30, 30, 23, 35, 22, 20, 30 e 25. Analisando essas
33%. idades, a média aritmética, a moda e a mediana,
respectivamente, são:
7. Um anagrama é uma espécie de jogo de palavras,
25, 25, 30.
resultando do rearranjo das letras de uma palavra
26, 30, 20.
ou expressão para produzir outras palavras ou
35, 20, 25.
expressões, utilizando todas as letras originais
26, 30, 25.
exatamente uma vez. Para participar de uma
25, 30, 26.
competição uma equipe decide criar uma senha,
fazendo um anagrama do nome original da equipe,
que é “FOXTROT”. De quantas maneiras diferentes
poderá ser criada essa senha? GABARITO: Aula 9
1260.
720. Questões Respostas Questões Respostas
512. 1 D 2 B
1024. 3 D 4 B
1000.
5 D 6 A

8. Uma caixa preta contém 10 bolas numeradas de 0 a 7 D 8 C

9. Uma bola é retirada ao acaso sem reposição. Qual 9 A 10 E


a probabilidade de ser a bola com o número 7? _____________________________________________________________
11%. _____________________________________________________________
10%.
_____________________________________________________________

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128
MATEMÁTICA

Aula 10 Considere:
Ao lançarmos uma moeda, teremos dois resultados
possíveis: cara ou coroa.
Sequências numéricas e progressões Se lançarmos duas moedas diferentes, por exemplo,
uma de R$ 0,10 e outra de R$ 0,50, teremos quatro
Em muitas situações da vida diária aparece a ideia de
possibilidades: (cara, cara), (cara, coroa), (coroa, cara),
sequência ou sucessão.
(coroa, coroa). Se lançarmos três moedas diferentes,
serão oito os resultados possíveis, e assim por diante. A
• Exemplos: relação entre o número de moedas e o número de
Sequência dos dias da semana (domingo, segunda, ..., resultados é mostrada na tabela:
sábado); a sequência dos meses ano (janeiro, fevereiro,
..., dezembro); a sequência dos números naturais Número de Moedas Número de Resultados
(1,2,3,4, ...). 1 2
Em todas essas situações observamos uma certa 2 4
ordem nos elementos da sequência. Esses elementos 3 8
são também chamados termos da sequência ou 4 16
sucessão. 5 32
⁞ ⁞
Conceito de sequência numérica
Em 1202, o matemático italiano Leonardo de Pisa,
mais conhecido como Fibonacci (filho de Bonacci), Vemos que 2=21; 4=22; 8=23; 16=24; 32=25; ….
apresentou a sequência definida para descrever o
crescimento de uma população especial de coelhos. Essa Então se n é o número de moedas, o número de
sequência já era conhecida na Antiguidade. resultados é dado por 2n. Neste caso, temos uma
sequência: (2, 4, 8, 16, 32, …, 2n).

Qual será o total de resultados se lançarmos 8


moedas?
Respostas: 28=256.

Na sequência dos meses do ano, temos: 1° termo:


janeiro; 2° termo: fevereiro; ..., 12°termo: dezembro.
Vamos considerar uma família de coelhos especiais,
Se representarmos o 1° termo por a1 (lê – se a índice
que se reproduzem nas seguintes condições:
um), 2° termo por a2, o 3° termo por a3, e assim por
• Cada casal de adultos gera exatamente 1 casal diante, até o termo de ordem n ou enésimo termo an,
de filhotes, a cada mês; essa sequência poderá ser representada por: (a1, a2, a3,
• Os recém-nascidos levam exatamente 1 mês ...., an)
para se tornarem adultos; Nesse exemplo, temos: a1 =janeiro; a2 = fevereiro; a6
• A família passou a existir com exatamente um = junho; a12 = dezembro
casal de recém-nascidos.

129
129
MATEMÁTICA

Uma sequência finita de n termos é uma função cujo Exemplo:


domínio é o conjunto numérico {1,2,3, …, n}. Os números Escrever a sequência determinada por:
do contradomínio são indicados por a1,a2,a3, …, an.
Numa sequência finita, existe o último termo, um
{a1=3 an = an-1 + 2 Para n∈ N, n≥2
termo que não tem sucessor, o primeiro termo a1 e o
último termo an são chamados extremos da sequência. • a1=3
Consideremos uma sequência de 7 termos: (a1, a2, a3, • Para n=2 → a2 = a2-1 + 2 → a2 = a1 + 2 →
a4, a5, a6, a7), o termo a4 pé chamado termo médio, note
• a2 = 3+2 → a2 = 5
que há três termos que antecedem a4 e três que
sucedem. • Para n=3 → a3 = a3-1 + 2 → a3 = a2 + 2 →

Os termos a2 e a6 são chamados equidistantes dos • a3 = 5+2 → a3 = 7


extremos, de mesmo modo a3 e a5 também são. • Para n=4 → a4 = a4-1 + 2 → a4 = a3 + 2 →
Uma sequência infinita é uma função 𝑓 cujo domínio • a4 = 7+2 → a4 = 9, etc
é N ∗= {1,2,3, … , n, … }, e o contradomínio é indicado
por {a1,a2,a3, …,an, ….}
Portanto, a sequência é (3,5,7,9,…), que é a
sequência dos números naturais ímpares a partir de 3.
Assim, 𝑓(1) = a1 , 𝑓(2) = a2 , …, 𝑓(𝑛) = 𝑎𝑛 , …
Soma de termos
Algumas sequências são dadas por regras ou leis Para indicar a soma dos primeiros n termos de uma
matemáticas chamadas leis de formação, que sequência (an), usamos Sn
possibilitam explicitar todos os seus termos.
S2=a1+a2 S3=a1+a2+a3 S4=a1+a2+a3+a4

A sequência an=2n-1, n ∈ N ∗, é dada por:


Para podermos manter a generalidade, adotamos
• Para n = 1 ⟷ a1=2⦁1-1 → a1=1
• Para n = 2 ⟷ a2=2⦁2-1 → a2=3
S1=a1

• Para n = 3 ⟷ a3=2⦁3-1 → a3=5


• Para n = 4 ⟷ a4=2⦁4-1 → a4=7, etc. • Exemplo:
Dado que (an ) é uma sequência, tal que Sn = n3 +
Portanto, a sequência é (1, 3, 5, 7, …), ou seja, os dos n, para todo inteiro positivo n, obtenha o valor de a2.
números naturais ímpares.

S2=23+2 → s2=10 S1=13+1 → S1=2


a1 + a2 = 10 e a1=2 2 + a2 = 10 ∴ a2 = 8

130
130
MATEMÁTICA

Progressão aritmética Observe que a diferença entre cada termo para o


seguinte e o termo anterior é constante (20 000
Encontramos frequentemente grandezas que unidades dessa sequência).
sofrem variações iguais em intervalos de tempos iguais. “Uma progressão aritmética (PA) é uma sequência
(an) em que cada termo a partir do segundo é a soma do
• Por exemplo: seu antecessor com uma constante. Essa constante é
chamada de razão da progressão e, neste capítulo, será
Uma empresa produziu, no ano de 2015, 100
representada pela letra r.”
000 unidades de certo produto. Quantas
unidades produzirá, anualmente, de 2015 a
2020, se o aumento anual de produção for Temos, an=an-1+r , ∀ n∈ N* com n≥2
estabelecido em 20 000 unidades?
a2 = a1 + r
Produção em 2015: a3 = a2 + r
100 000
a4 = a3 + r
Produção em 2016:
(produção em 2015) + 20 000 = a5 = a4 + r
100 000 + 20 000 = 120 000
a6 = a5 + r
Produção em 2017:
(produção em 2016) + 20 000 = “Uma sequência dada é uma PA se a diferença entre
120 000 + 20 000 = 140 000 quaisquer dois termos consecutivos, o posterior menos
Produção em 2018: o anterior, an-an-1, for constante, essa diferença é a razão
(produção em 2017) + 20 000 = r da PA.”
120 000 + 20 000 = 160 000
Produção em 2019: • Exemplos:
(produção em 2018) + 20 000 =
(2, 5, 8, 11, 14, 17, 20, ..., 3n-1, ...) é uma PA
120 000 + 20 000 = 180 000
crescente infinita (razão: r=3)
Produção em 2020:
(5, 3, 1, 21, 23, 25, 27) é uma PA decrescente
(produção em 2019) + 20 000 =
finita (razão: r=-2).
120 000 + 20 000 = 200 000
(7, 7, 7) é uma PA constante (razão: r=0)

Nestas condições, a produção anual nesse período


será representada pela sequência 100 000, 120 000, Uma progressão aritmética de razão r é:
140 000, 160 000, 180 000, 200 000.

crescente ⟷ r > 0
Notamos que nesta sequência, cada termo, a partir decrescente ⟷ r < 0
do segundo, é obtido do anterior somando–se a este um
constante ⟷ r = 0
número fixo (20 000) nesse caso. Ou seja, a produção
sofreu aumentos iguais a 20 000 unidades, em
intervalos de tempo iguais de 1 ano. Sequências desse
tipo são chamadas de Progressões Aritméticas.

131
131
MATEMÁTICA

Termo geral PA com 5 termos


Em uma Progressão Aritmética (a1, a2, a3, …,an, …) de Com (x-2r, x-r, x, x+r, x+2r) podemos representar
razão r, partindo do 1° termo, para avançar um termo qualquer progressão aritmética de 5 termos e razão r.
basta somar r ao 1° termo (a2 = a1 + r); para avançar
dois termos basta somar 2r ao 1° termo (a3 = a1 + 2r); PA com 4 termos
para avançar três termos basta somar 3r ao 1° termo Com (x-3y, x-y, x+y, x+3y) podemos representar
(a4 = a1 + 3r); e assim sucessivamente. Desse modo qualquer progressão aritmética de 4 termos e razão
encontramos o termo de ordem n, denominado termo r=2y
geral da PA, que é dado por an = a1 + (n − 1)⦁r, nessa
fórmula, temos: an = termo geral; a1 = 1° termo; n =
• Exemplo:
número de termos (até an ) e r = razão.
Como obter a progressão aritmética decrescente de
3 termos cuja soma é 15 e o produto é 80? Sendo a PA
(x-r, x , x+r) então:
x-r + x + x + r = 15 → 3x=15

x = 5 Logo, a sequência é (5-r, 5, 5+r) → (5-


r)⦁5⦁(5+r)=80
𝟖𝟎
(5-r)⦁(5+r) = → 52-r2=16 → -r2=16-25 →
𝟓

Sendo an e ap dois termos quaisquer de uma -r2=-9


progressão aritmética de razão r, temos:
r2=9 → r=±9 ∴ r=-3 e r=+3
an = ap + (n – p)r como a PA é decrescente a razão é -3

• Exemplo: Com
x = 5 e r = -3,
Dado a8 = a5 +3r partimos do quinto termo e
somamos três razões para chegar ao oitavo termo. Obtemos a PA decrescente (8, 5, 2).

P.A. de 3, 5 e 4 termos
Em várias situações, não há necessidade de
Termo médio
representar os elementos de uma PA por variáveis
Vimos que em toda sequência com um número
indexadas. Vejamos alguns casos:
ímpar de termos existe um termo médio.
Considerando uma progressão aritmética (a1, a2,
PA com 3 termos
…,am,…,an) em que n≥3 e n é um número ímpar, am é o
Com (x-r, r, x+r) podemos representar qualquer 𝟏+𝒏
termo médio, se, e somente se, m= .
progressão aritmética de 3 termos e razão r. 𝟐

132
132
MATEMÁTICA

Nessas condições, o número de termos que • Exemplo:


antecedem am é igual ao número de termos que o Suponhamos que (a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7) seja uma
𝒏−𝟏
sucedem e é dado por h= . progressão aritmética. Os extremos são a1 e a7, ou seja,
𝟐
o primeiro termo e o último.
𝒂𝟏 + 𝒂𝒏
Assim, am = , ou seja, o termo médio é a
𝟐
média aritmética dos extremos

• Exemplo:
A progressão aritmética (2, 5, 8, 11, 14, 17, 20) tem a2 e a6 são termos equidistantes dos extremos
7 termos. E o termo médio, a4, é igual a 11. Note que 11 (segundo termo e o penúltimo). E assim sucessivamente
é a média aritmética de 2 e 20. (a3 e a5) e o termo médio a4.
(𝟐+𝟐𝟎)
= 11
𝟐 “Se ai e aj são termos equidistantes dos extremos a1
e an de uma progressão aritmética então ai + aj = a1 +
Soma de uma P.A.
an ; ou seja, a soma de dois termos equidistantes dos
Karl Friedrich Gauss foi um matemático que viveu
extremos é igual à soma dos extremos.”
de 1977 a 1855. Certo dia, quando Gauss era um
O procedimento usado por Gauss no caso da
estudante de aproximadamente 7 ou 8 anos de idade,
PA(1,2,3,4, …, 99,100) vale de modo geral.
seu professor querendo manter o silêncio na sala de
aula por um bom tempo, pediu que os alunos somassem Consideremos a PA finita de razão r (a1, a2, a3, …, an-
todos os números de 1 a 100, isto é, 2, an-1, an) cuja a soma dos n termos pode ser escrita por:
1+2+3+4+…+99+100. Para surpresa do professor,
depois de alguns minutos Gauss disse que a soma era
5050. Como ele chegou a isso?

Portanto:

A soma dos primeiros n termos da progressão


aritmética (a1, a2, ...) é dada por:

Ou seja, 50⦁101 ∴ 1+2+3+4+…+99+100 = (𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )𝒏


5050 Sn =
𝟐

Não é difícil concluir que a descoberta de Gauss


pode ser aplicada em qualquer progressão aritmética
pelo fato de a soma de qualquer par de termos
equidistantes dos extremos ser igual à soma dos
próprios extremos.

133
133
MATEMÁTICA

(𝒂𝟏 + 𝒂𝒏 )𝒏 170,00 + a10 =690,00 ∴ a10 = 520,00


Sn =
𝟐

Logo, em outubro ele depositou R$ 520,00.


(𝟏+ 𝟏𝟎𝟎)⦁𝟏𝟎𝟎
S100 =
𝟐

Progressão geométrica
𝟏𝟎𝟏 ⦁ 𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟏𝟎𝟎
S100 = S100 = S100 = 5050 “Uma progressão geométrica (PG) é uma sequência
𝟐 𝟐
(an) em que cada termo a partir do segundo é o produto
Resolução do problema de Gauss do seu antecessor por uma constante. Essa constante é
chamada de razão da progressão e a representaremos
• Exemplo 1:
pela letra q.”
Vamos retomar o problema sobre a produção de
uma empresa, citado no início do capítulo, e resolvê–lo
agora aplicando a fórmula da soma dos termos de uma Considere:
PA infinita. Em 2015 uma empresa produziu 200.000 unidades
Sabemos que a produção anual nesse período é uma de certo produto. Quantas unidades produzirá no
PA na qual a1=10.000, r=2.000, n=8 e período de 2020 a 2025, se o de produção anual for
an=a8=24.000, aplicando a fórmula: sempre 10% em relação ao ano anterior?

(𝑎1 + 𝑎𝑛 )⦁𝑛 (10.000+ 24.000)⦁8 • Produção em 2020 = 200 000


S= → S= →
2 2 • Produção em 2021 = produção de 2020⦁1,10=
S = (34.000) ⦁ 4 → S = 136.000 200.000⦁1,10= 220.000
• Produção em 2022 = produção de 2021⦁1,10=
220.000⦁1,10= 242.000
Logo, a produção ao longo de 8 anos é de 136.000
unidades • Produção em 2023 = produção de 2022⦁1,10=
242.000⦁1,10= 266.200

• Exemplo 2: • Produção em 2024 = produção de 2023⦁1,10=


266.200⦁1,10= 292.820
Em 2019, Theo teve o cuidado de depositar, cada dia
1° do mês, uma quantia de reais a mais do que o valor • Produção em 2025 = produção de 2024⦁1,10=
depositado no mês anterior. Se a soma dos valores 292.820⦁1,10= 322.102
depositados apenas no dia 1° de janeiro e no dia 1° de
dezembro é de R$ 690,00 e, em 1° de março ele havia Nessas condições, a produção anual, nesse período,
depositado R$ 170,00 como podemos calcular quanto será representada pela sequência (200.000, 242.000,
ele depositou em 1° de outubro? 266.200, 292.820, 322.102).

a1+a12 = 690,00, a3=170,00 Notamos que, nesta sequência, cada termo, a partir
do segundo, é obtido multiplicando o termo anterior por
a3+a10 = a1+a12
um número fixo (no caso 1,10), ou seja, a produção anual
Termos equidistantes: teve uma taxa de crescimento relativo constante de 10%
a3 + a10 = 690,00,

134
134
MATEMÁTICA

em relação ao ano anterior. Sequências desse tipo de lei Obs.: dependendo da razão q, uma PG pode ser:
de formação são chamadas progressão geométrica. • Crescente: quando a razão q > 1 e os termos
No exemplo dado, o valor 1,10 é chamado razão da são positivos ou quando 0 < q < 1 e os termos
progressão geométrica e indicado por q (no exemplo = são negativos.
1,10).
• Decrescente: quando a razão 0 < q < 1 e os
Portanto, temos an = a1⦁q ∀n ∈N* com n≥2.
termos são positivos ou quando q > 1 e os
Assim temos, a2 = a1⦁q a3 = a2⦁q a4 = a3⦁q termos são negativos.
• Constante: quando a razão q = 1.
• Exemplo:
• Alternante: quando a razão q < 0.
A sequência (1,2,4,8,16, …, 2n-1, …) é uma PG
de razão 2 Termo geral
(2,-6,18,-54) é uma PG de razão -3. Em uma progressão geométrica (a1, a2, a3, …,an,…)
(7,7,7) é uma PG de razão 1 de razão q, partindo do 1° termo, para avançar um termo
𝟏 𝟏 𝟏 𝟏 basta multiplicar o 1° termo pela razão q (a2=a1⦁q),
(3, 1, , ,…, 𝒏,…) é uma PG de razão
𝟑 𝟗 𝟑 𝟑 para avançar dois termos, basta multiplicar o 1° termo
pelo quadrado da razão q (a3=a1⦁q²), para avançar três
termos basta multiplicar o 1° termo pelo cubo da razão
Em uma PG de termos não nulos, o quociente
𝒂𝒏
q (a4=a1⦁q3) e assim sucessivamente. Desse modo
entre quaisquer dois termos consecutivos ( )
𝒂𝒏−𝟏 encontramos o termo de ordem n, denominado termo
é constante e chamamos de razão (q) da PG. geral da progressão geométrica.

an = a1 ⦁ qn-1
𝒂𝟐 𝒂𝟑 𝒂𝟒
Assim, temos: = = = ... = q
𝒂𝟏 𝒂𝟐 𝒂𝟑

Nessa fórmula temos: an = termo geral; a1= 1° termo;


Três números não nulos, a, b e c são, nessa n = número de termos e q = razão.
ordem, termos consecutivos de uma progressão
𝒃 𝒄
geométrica, se, e somente se, b2 = a ⦁ c, pois =
𝒂 𝒅

Nos casos de números positivos, b é a média


geométrica de a e c, ou seja, b = √𝒂 ⦁ 𝒄

• Exemplo:
Sendo an e ap dois termos quaisquer de uma
(3, x, 48) é uma PG ⟷ x2 = 3⦁48 → x =144 → progressão geométrica de razão q, temos:
x = ±12
(3, 12, 48) é uma PG crescente de razão 4 e (3, an = ap ⦁ qn-p
-12, 48) é uma PG alternante de razão -4.

135
135
MATEMÁTICA

• Exemplos: Seja abc = 8 e (a,b,c) é uma progressão geométrica


Dado a8 =a5 ⦁ q3 multiplicamos o quinto termo pela de termos reais. Se a razão dessa PG é q, temos
terceira potência da razão para obter o oitavo termo. 𝒃
a= e c = b⦁q
𝒒

Ao lançarmos uma moeda, teremos dois resultados abc = 8


possíveis: cara ou coroa. Se lançarmos, por exemplo, 𝒃
uma de R$0,10 e uma de R$ 0,50, teremos 4 ⦁b⦁b⦁q = 8 → b3=8 → b=2
𝒒
possibilidades, qual será o total de resultados se
lançarmos 8 moedas? Termo do meio
Sequência PG (2,4,8,….) a1=2 e razão q=2 Considerando uma progressão geométrica (a1,a2,
…,am, …,an) com n≥3 e n é um número ímpar, am é o
𝟏+𝒏
Fórmula an=a1⦁qn-1 queremos o 8° termo termo médio se, e somente se, m = . Nessas
𝟐
a8 = a1 ⦁ q7 condições, am=√𝑎1 ⦁ 𝑎𝑛 , ou seja, o termo médio é a
a8 = 2⦁27 → a8 = 28 → a8=256 média geométrica dos extremos.

P.G. de 3, 5 e 4 termos
• Exemplo:
Em várias situações, podemos evitar a
representação dos elementos de uma PG por variáveis Se na PG (a1,a2, …,am, …,an), a1 ⦁a91 =10.000, então
indexadas. Observe a seguir. a2 000. Note que a46 é o termo médio da
46=10

sequência, pois há 45 termos antes de a46 e 45 termos


depois. Logo a1⦁a91, se os termos dessa PG forem
PG com 3 termos
positivos a46=100, que é raiz quadrada de 10.000.
𝑥
Com ( , x, x⦁q) podemos representar qualquer
𝑞
Soma de uma P.G finita
progressão geométrica de 3 termos e razão q, com q≠0
Se ai e aj forem termos equidistantes dos extremos
a1 e an de uma progressão geométrica, então aiaj =
PG com 5 termos
a1⦁an. O produto de dois termos equidistantes dos
𝒙 𝒙
Com ( 𝟐 , , x, x⦁q, x⦁q2) podemos representar extremos é igual ao produto.
𝒒 𝒒
qualquer progressão geométrica de 5 termos e razão q, Suponhamos que (a1, a2, a3, a4, a5, a6, a7) seja uma
com q≠0. progressão geométrica de termos não nulos. Os
extremos são a1 e a7, o primeiro e o último
respectivamente.
PG com 4 termos
𝒙 𝒙
Com ( 𝟐 , , x, x⦁y, x⦁y3) podemos representar
𝒚 𝒚
qualquer progressão geométrica de 4 termos e razão
não nula, com q=y².
• Exemplo:

136
136
MATEMÁTICA

a2 e a6; a3 e a5 são termos equidistantes dos Soma de uma P.G infinita


extremos. Uma progressão geométrica PG é uma sequência
A soma dos n primeiros termos de uma progressão numérica na qual qualquer termo (an) é resultado do
geométrica (an) de razão q≠1 é produto do seu antecessor (an-1) com uma constante
𝟏− 𝒒𝒏 𝒒𝒏 −𝟏
chamada razão q da PG.
Sn = a1⦁ ou Sn = a1⦁ . É possível somar os termos de uma PG infinita
𝟏−𝒒 𝒒−𝟏
dividindo o valor do primeiro termo dessa sequência por
1-q. Algebricamente, essa fórmula é escrita da seguinte
• Exemplos: maneira:
Uma empresa produziu 10 000 unidades de 𝑎1
S= com 0 < q < 1
certo produto em 2019. A cada ano seguinte 1−𝑞
produzirá 20% a mais desse produto em relação
ao ano anterior. Quantas unidades desse
Nessa fórmula, S é a soma dos termos da PG infinita,
produto a empresa produzirá no período de
a1 é o primeiro termo dessa progressão e q é a sua razão.
2019 a 2023?
Essa fórmula só é válida para progressões geométricas
a1 = 10.000; q = 1,20; n = 5 decrescentes, com 0<q<1. Em outras palavras, a razão
1− (1,20)5 da PG deve pertencer ao intervalo entre zero e um,
S5 = 10.000 ⦁ →
1−(1,20) exceto por esses valores.
1− 2,48832
S5 = 10.000 ⦁ →
−0,20
• Exemplo:
1,48832
S5 = 10.000 ⦁ = 74.416 Determine a soma dos termos da PG (10, 5,
𝟓
−0,20
𝟐
,…) infinita na qual o primeiro termo é 10 e a
𝟏
Logo, no período de 2019 a 2023 a empresa razão é .
𝟐
produzirá 74.416 unidades deste produto.
𝟏
Vamos determinar a soma dos dez primeiros a1= 10; q=
𝟐
termos da PG (3,6,12, …) a1 10 10
S= → S= 1 → S= 1 →
12 1−q 1−
a1 = 3; q = = 2 ; n = 10 2 2
6
S =10 ⦁ 2 → S= 20
1− 210 1− 1024
S10 = 3 ⦁ → S10 = 3 ⦁ →
1−2 −1

S5 = 3069

137
137
MATEMÁTICA

Exercícios
24.
1. Numa PA crescente, os seus dois primeiros termos
são as raízes da equação 𝑋² − 11 𝑋 + 24 = 0.
5. Em uma Progressão Aritmética com 6 termos, temos
Sabendo que o número de termos dessa PA é igual que a soma de seus termos é igual a 102 e seu último
ao produto dessas raízes, então a soma dos termos termo é 27. Com base nessas informações, a razão
dessa progressão é igual a: dessa progressão é:
1.100. 3.
1.200. 5.
1.452. 11.
1.350. 4.
1.672. 7.

2. As medidas, em centímetros, dos lados de um 6. Em uma progressão aritmética cujo primeiro termo
triângulo são expressas por x+1, 2x e x²-5 e estão é 1,87 e a razão é 0,004, temos que a soma dos seus
em progressão aritmética, nessa ordem. Calcule o dez primeiros é igual a:
perímetro do triângulo.
18,88.
24. 9,5644.
25. 9,5674.
26. 18,9.
27. 18,99.
28.
7. Em uma progressão aritmética, o primeiro termo é 5
3. A fórmula do termo geral de uma Progressão e o décimo primeiro termo é 45. Pode-se afirmar que
Aritmética é an=a1+(n–1).r, então na PA: 3 , 5 , 7, o sexto termo é igual a:
..., o milésimo termo é:
15.
2001. 21.
2002. 25.
2004. 29.
2006. 35.
2007.
8. O número mínimo de termos que deve ter a PA (73,
4. Em uma Progressão Aritmética, o décimo termo vale 69, 65, …) para que a soma de seus termos seja
16 e o nono termo é 6 unidades maior do que o negativa é:
quinto termo. Logo, o décimo segundo termo vale:
18.
20. 19.
18. 20.
19. 37.
22. 38.

138
138
MATEMÁTICA

9. Dada a PA (11, 14, 17, 20,...), assinalar a alternativa


que apresenta a soma dos 15 primeiros termos:
GABARITO: Aula 10
180.
280. Questões Respostas Questões Respostas
380.
1 C 2 A
480.
500. 3 A 4 C
5 D 6 A
10. Os primeiros termos de uma progressão geométrica 7 C 8 E
e de uma progressão aritmética são iguais e valem,
9 D 10 C
respectivamente, 2. Os seus terceiros termos são
positivos e iguais. O segundo termo da progressão _____________________________________________________________
aritmética excede o segundo termo da progressão _____________________________________________________________
geométrica em 4. Assim, o terceiro termo de ambas _____________________________________________________________
as progressões vale:
_____________________________________________________________
9.
_____________________________________________________________
24.
_____________________________________________________________
18.
21. _____________________________________________________________
22. _____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

139
139
MATEMÁTICA

Aula 11 − Quando n = 1, a matriz é chamada de


0
matriz coluna, [−3], é uma matriz do tipo
6
Matriz e determinantes 4×1 (quatro por um).
Muitas vezes, para designar com clareza certas
situações, é necessário formar um grupo ordenado de Os números que aparecem em uma matriz são
números que se apresentam dispostos em linhas e chamados de elementos ou termos de uma matriz.
colunas numa tabela. Essas tabelas são chamadas de Analisemos, por exemplo, a seguinte matriz:
Matemática de matrizes. Com o advento da computação 0 −3 4
e a crescente necessidade de se guardar muita [ 1 ]
𝜋 − √3
informação, as matrizes adquiriram uma grande 2
importância. Para termos uma ideia dessa importância,
basta saber que cada valor guardado nas linhas e Podemos observar que o elemento 0 está na 1ª linha
colunas da matriz representa um ponto colorido e 1ª coluna e indica-se a11 (lê-se a um um); o elemento √𝟑
mostrado na tela (pixel). está na 2ª linha e 3ª coluna e indica-se a23 (lê-se a dois
Atualmente são largamente utilizadas as resoluções três). Para representar o elemento da matriz, usamos
de imagem de 600 x 800 (600 linhas e 800 colunas) ou uma letra com dois índices: o primeiro indica a linha em
768 x 1024 (768 linhas e 1024 colunas) nos monitores que o elemento se encontra e o segundo indica a coluna,
de computador. por exemplo, a13 é o elemento que está na 1ª linha e na
3ª coluna.
Matriz O elemento genérico de uma matriz A será indicada
Sejam m e n dois números inteiros maiores do que ou por aij, em que i indica a linha e j representa a coluna na
iguais a 1. Denomina–se matriz m×n (lê–se m por n) uma qual o elemento se encontra;
tabela retangular formada por m⦁n números reais, A matriz A, do tipo m×n, será escrita, genericamente,
dispostos em m linhas e n colunas. do seguinte modo:
Dizemos que a matriz é do tipo m×n ou de ordem 𝑎11 𝑎12 𝑎13 𝑎1𝑛
m×n. 𝑎21 𝑎22 𝑎23 ⋯ 𝑎2𝑛
𝑎31 𝑎32 𝑎33 𝑎3𝑛

• Exemplos: (𝑎𝑚1 𝑎𝑚2 𝑎𝑚3 ⋯ 𝑎𝑚𝑛 )
2 3
− [ ]é uma matriz de ordem 2×2 (dois por
5 1 De maneira abreviada, podemos escrever a matriz A
dois)
na forma:
1
−4 1
− (3 ) é uma matriz do tipo 2×3 ( A = (aij)m×n, com 1≤i≤m , 1≤j≤n e i, j ∈ N
3 √2 0
dois por três)
• Exemplo:
− Quando m = 1, a matriz é chamada de
matriz linha, (−1 2 0) é uma matriz Vamos escrever a matriz
linha de ordem 1×3 (um por três)

140
140
MATEMÁTICA

𝑋 = (𝑎𝑖𝑗 ) , 𝑐𝑜𝑚 1 ≤ 𝑖 ≤ 3 𝑒 1 ≤ 𝑗 ≤ A outra diagonal da matriz quadrada denomina-se


𝑚×𝑛
diagonal secundária (são elementos aij com i+j=n+1)
𝑎𝑖𝑗 = 1 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 𝑗
3 , 𝑡𝑎𝑙 𝑞𝑢𝑒 {
𝑎𝑖𝑗 = 0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 ≠ 𝑗

A matriz deve ter 3 linhas e 3 colunas


𝑎11 = 𝑎22 = 𝑎23 = 1
𝑎12 = 𝑎13 = 𝑎21 = 𝑎23 = 𝑎31 = 𝑎32 = 0
𝑎11 𝑎12 𝑎13 1 0 0
𝑎
𝑋 = [ 21 𝑎22 𝑎23 ] = [0 1 0] Matriz identidade
𝑎31 𝑎32 𝑎33 0 0 1
A matriz quadrada de ordem n, em que todos os
elementos da diagonal principal são iguais a 1 e os outros
Matriz quadrada
elementos são iguais a zero é chamada de matriz
Consideremos uma matriz m × n, quando m = n (o
identidade e seu símbolo é In.
número de linhas iguais ao número de colunas), diz-se
que a matriz é quadrada de ordem n × n ou
• Exemplos:
simplesmente de ordem n.
1 0 0
1 0
𝐼1 = [1] 𝐼2 = [ ] 𝐼3 = [0 1 0]
• Exemplos: 0 1
0 0 1
3 5
[ ]
0 1
Em uma matriz identidade, temos
é uma matriz quadrada de ordem 2, m = n = 2
𝑎𝑖𝑗 = 1, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 = 𝑗
3 √2 10 {
−1 −4 7 ) 𝑎𝑖𝑗 = 0, 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑖 ≠ 𝑗
(
1
0 5 − Matriz nula
2
é uma matriz quadrada de ordem 3, m = n = 3 No conjunto das matrizes, a matriz que tem todos os
elementos iguais a zero denomina-se matriz nula. O
Em uma matriz quadrada de ordem n, os elementos símbolo 0m×n quando matriz de ordem m×n e On quando
de ordem n.
a11,a22,a33,…,ann formam a diagonal principal da matriz
(são os elementos aij com i=j).
• Exemplos:
0 0
0 0
03×2 = (0 0) 02 = [ ]
0 0
0 0
0 0 0
01×3 = [0 0 0] 03 = (0 0 0)
0 0 0

141
141
MATEMÁTICA

Em uma matriz nula de ordem m×n temos aij=0, • Exemplo:


quaisquer que i e j, com 1 ≤ i ≤ m e 1 ≤ j ≤ n. 3 1 6÷2 2−1
( )=( )
5 6 5∙1 4+2
Matriz transposta
Seja A uma matriz m×n, denomina-se matriz Operações
transposta de A (indica-se por At) a matriz n×m cujas As matrizes admitem as quatro operações básicas
linhas são, ordenadamente, as colunas de A. da matemática, com uma exceção de que ao dividir uma
matriz por um número é o mesmo que multiplicar pelo
inverso de número.
• Exemplos:
5 −2 5 0
𝐴=( ) → 𝐴𝑡 = ( )
ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO
0 3 −2 3
1 Considere duas matrizes A e B do tipo 2×3:
−1 0 3 −1 −
𝐴=( 1 ) → 𝐴𝑡 = ( 4) −2 5 3 −1 −4 1
− √3 𝜋 𝐴=( ),𝐵 = ( )
4 0 √3 8 −6 2 0 2 7
3 𝜋

Vamos determinar C = A+B


Notamos que, se A é de ordem m×n, então At é de 𝐴 𝐵
ordem n×n e bij = aij. ⏞−2 5 3 ⏞−1 −4 1
( )+( )
8 −6 2 0 2 7
Igualdade de matrizes
(−2) + (−1) 5 + (−4) 3+1
Considere duas matrizes A e B, de mesma ordem =( )
8+0 (−6) + 2 2+7
m×n, no caso 3×2:
−3 1 4
𝑎11 𝑎12 𝑏11 𝑏12 =( )
8 −4 9
𝑎
𝐴 = ( 21 𝑎22 ) 𝐵 = (𝑏21 𝑏22 )
𝑎31 𝑎32 𝑏31 𝑏32
A matriz C denomina-se soma das matrizes A com
Em matrizes de mesma ordem, elementos que
a matriz B ou soma das matrizes A e B.
ocupam a mesma posição são denominados elementos
correspondentes. Então, nas matrizes A e B
consideradas, são elementos correspondentes: “Dada duas matrizes A e B do mesmo tipo m×n,
denomina-se soma da matriz A com a matriz B, que
a11 e b11 a12 e b12 a21 e b21 a22 e b22 a31 e b31 a33 e
representamos por A+B, a matriz C do tipo m×n na qual
b33
cada elemento é obtido adicionando os elementos
correspondentes de A e B.”
“Duas matrizes A e B são iguais se, e somente se, tem Denomina-se matriz oposta de uma matriz A
a mesma ordem e seus elementos correspondentes são (Representação -A) a matriz que somada com A dá como
iguais.” resultado uma matriz nula.

A = B ⟷ aij = bij

142
142
MATEMÁTICA

3 4 Então, “Se A é uma matriz m×n, de elementos aij, e α


Se 𝐴 = [ ], então a matriz oposta de A é
−1 6 é um número real, então α⦁A é uma matriz m×n cujos
−3 −4 3 4 −3 −4 0 0
[ ] porque [ ]+[ ]=[ ] elementos são α⦁aij.”
1 −6 −1 6 1 −6 0 0

Sendo A e B duas matrizes do tipo m×n, denomina-se Considere:


diferença entre A e B (representada por A-B) a soma da 1 1
matriz A com a matriz oposta de B. 1 1 ∙7 ∙2
7 2
𝐴 = ∙( )= ( 2 2 )
A-B=A+(-B) 2 2 −1 0 1 1
∙ (−1) ∙0
2 2
7
1
• Exemplo: =( 2 )
1
−2 5 3 −1 −4 1 − 0
𝐴=( ),𝐵 = ( ) 2
8 −6 2 0 2 7
C = A – B = A + (-B)
“Dividir uma matriz por uma constante real é o
mesmo que multiplicar essa matriz pelo inverso desse
𝐴 𝐵 número (número fracionário ou decimal)”
⏞−2 5 3 ⏞−1 −4 1
( ) −( )=
8 −6 2 0 2 7
MULTIPLICAÇÃO DE MATRIZES
−2 5 3 −1 −4 1
( )−( )= A multiplicação de matrizes não é uma operação tão
8 −6 2 0 2 7
simples como as outras já estudadas até aqui, não basta
multiplicar os elementos correspondentes.
−2 5 3 1 4 −1 “Dada uma matriz A = aij do tipo m×n e uma matriz
( )+( )
8 −6 2 0 −2 −7 B = bij do tipo n×p tal que o elemento cij é calculado
−1 9 2 multiplicando-se ordenadamente os elementos da linha
=( )
8 −8 −5 i, da matriz A, pelos elementos da coluna j, da matriz B, e
somando-se os produtos obtidos. Para dizer que a
matriz C é o produto de A por B, vamos indica-la por AB.”
MULTIPLICAÇÃO DE UMA MATRIZ POR UMA
Para entendermos melhor a definição acima vamos
CONSTANTE aplica-la em um exemplo e ver como funciona passo a
7 2 passo.
Dada a matriz 𝐴 = ( ), vamos determinar 2A.
−1 0
Sejam as matrizes A e B
7 2 2∙7 2∙2
2𝐴 = 2 ∙ ( )=( ) 1 3 2 2
−1 0 2 ∙ (−1) 2∙0 𝐴=[ ] 𝑒 𝐵=[ ]
2 5 0 1
14 2
= ( )
−2 0

143
143
MATEMÁTICA

Multiplicamos a primeiro a 1ª linha de A com a • Exemplo:


coluna 2ª linha de B. 1 −1
A matriz 𝐴 = ( ) é invertível e sua matriz
2 0
1
0
−1 2
inversa é 𝐴 =( 1)
−1
2

1
Depois multiplicamos a 1ª linha de A com a 2ª coluna 0
1 −1 2 ) = (1 0
( )∙( )
de B. 2 0 1 0 1
−1
2
Exemplo:
−1 1 𝑎 𝑏 1 0
𝐴= ( ) 𝐴−1 = ( ) 𝐼=( ) →
3 6 𝑐 𝑑 0 1
Continuando, multiplicamos a 2ª linha de A com a 1ª −1 1 𝑎 𝑏 1 0
( )∙( )=( )
coluna de B.
3 6 𝑐 𝑑 0 1

−𝑎 + 𝑐 = 1
{
−𝑏 + 𝑑 = 0
3𝑎 + 6𝑐 = 0
{
Por fim, multiplicamos a 2ª linha de A com a 2ª coluna 3𝑏 + 6𝑑 = 1
de B. −𝑎 + 𝑐 = 1
{
3𝑎 + 6𝑐 = 0
−3𝑎 + 3𝑐 = 3
{ +
3𝑎 + 6𝑐 = 0

2 5
Então temos: 𝐴 × 𝐵 = [ ]
4 9 3 1 1
9𝑐 = 3 𝑐 = 𝑐= −𝑎+ =3
9 3 3
1 9−1 8
−𝑎 = 3 − −𝑎 = 𝑎=−
3 3 3
Matriz inversa
Dada a matriz quadrada A, de ordem n, se X é uma
matriz tal que AX = In e XA = In, então X é denominada −𝑏 + 𝑑 = 0 −3𝑎 + 3𝑑 = 0
{ { + 9𝑑 =
matriz inversa de A e é indicada por A-1. 3𝑏 + 6𝑑 = 1 3𝑏 + 6𝑑 = 1
1 1 1 1
Quando existe a matriz inversa de A, dizemos que A 1 𝑑= −𝑏+ =0 −𝑏 =− 𝑏=
9 9 9 9
é uma matriz invertível ou não – singular.

144
144
MATEMÁTICA

Determinantes Determinante de ordem 3


O matemático Pierre Frédéric Sarrus (1789 – 1861),
Toda matriz quadrada M é associada a um número
nascido em Sant–Affrique, foi responsável pela regra
chamado determinante da matriz e denotamos por
prática de resolução de determinantes de ordem 3.
detM. Com o conceito de determinante, é possível criar
Essa regra diz que para encontrar o valor numérico
novos recursos para lidar com matrizes e sistemas
de um determinante de ordem 3, basta repetir as duas
lineares. Embora exista um método geral para calcular
primeiras colunas à direita do determinante e
um determinante.
multiplicar os elementos do determinante da seguinte
Determinante de ordem 1 forma:

M = ⦋aij⦌ e detM = aij

Determinante de ordem 2

Regra de Sarrus
“O determinante de ordem 2 é a diferença do
produto dos elementos da diagonal principal e o produto
dos elementos da diagonal secundária.”

• Exemplos:
a)

• Exemplo:
Multiplicamos os elementos das diagonais
secundárias e os elementos das diagonais principais.
b) Sendo que os produtos das diagonais secundárias
devem ter seus sinais invertidos, ficando da seguinte
forma o valor numérico desse determinante:

c) 3x - (-12) = 12
3x = +12 = 12
3x = 12-12
3x = 0
0
x=
3
+84 -78 = +6
0 −2
x=0 𝑀=[ ]
6 3 detA=+6

145
145
MATEMÁTICA

Teorema de Laplace Vamos calcular o cofator:


O Teorema de Laplace é um método para calcular o
determinante de matrizes quadrada de ordem n.
Normalmente, é utilizado quando as matrizes são de
ordem igual ao superior a 4.
Selecionamos uma fila (linha ou coluna), dando
preferência a fila que contenha a maior quantidade de
elementos igual a zero pois torna os cálculos mais
simples;
Somamos os produtos dos números da fila
selecionada pelos seus respectivos cofatores.
O cofator de uma matriz de ordem n≥2 é definido
como Aij = (-1)i+j ⦁ Dij O determinante será encontrado pelo somatório de
D = ∑ 𝑎𝑖𝑗 ⦁ Aij
Onde:
Aij → cofator de um elemento aij D= a11 ⦁ A11 + a12 ⦁ A12 + a13 ⦁ A13 + a14 ⦁ A14
i → linha onde se encontra o elemento
D= 4⦁A11 + 5⦁A12 + (-3) ⦁ A13 + 0⦁A14
j → coluna onde se encontra o elemento
Dij → é o determinante da matriz resultante da D= 4⦁41 + 5⦁(-7) + (-3)⦁(-27)
eliminação da linha i e da coluna j D= 164 – 35 + 81 = 210

• Exemplo:
Determine o determinante da matriz abaixo

Vamos selecionar a linha 1, já que nela há um


elemento igual a zero.

146
146
MATEMÁTICA

Exercícios
1. Considere uma progressão aritmética de razão r tal 5. Sabendo-se que uma matriz quadrada é invertível
que 𝑎1= 𝑟 = 1/6. Nestas condições, considerando a se, e somente se, seu determinante é não-nulo e que,
𝑎6 𝑎12 se A e B são duas matrizes quadradas de mesma
matriz definida por 𝐴 = [ ], qual é o valor do
𝑎7 𝑎14 ordem, então det (A.B) = (det A).(det B), pode-se
determinante da matriz A: concluir que, sob essas condições:
5/2. Se A é invertível, então A.B é invertível.
11/6. Se B não é invertível, então A é invertível.
13/6. Se A.B é invertível, então A é invertível e B não é
7/3. invertível.
5/3. Se A.B não é invertível, então A ou B não é invertível.
Se A.B é invertível, então B é invertível e A não é
2. Sejam A e B matrizes de ordem 2 tais que det A = 2 invertível.
e det B= 5. Marque a alternativa que expressa o
valor de det (2AB). 𝑎 𝑎3 − 𝑏³ 𝑏
6. Considere a Matriz M = [ 𝑎 𝑎³ 0] Se a e b
30. 2 5 3
20. são números reais não nulos e det(M)=0, então o
40. valor de 14 a² - 21 b² é igual a:
50.
10. 15.
28.
35.
3. Seja A uma matriz de ordem 3 tal que Det (A) = 4.
49.
Então Det (2A) vale:
70.
32.
30. 7. Uma matriz quadrada A, de ordem 3, é definida por:
28. i − j, se i > j
16. aij = { .Então det (A-1) é igual a:
(−1)i+j , se i ≤ j
8.
4.
4. Considere as matrizes. O valor de det (X.Y) é: 1.
0.
1/4.
1/2.

1.
2.
4.
5.
0.

147
147
MATEMÁTICA

1 −1 1 𝑥
8. Sejam as matrizes A = [2 1 −3], B = (𝑦) e C GABARITO: Aula 11
1 1 −1 𝑧
0
= [−12]. Se AB = C, então x + y + z é igual a: Questões Respostas Questões Respostas
−4 1 D 2 C
-2. 3 A 4 E
-1.
5 D 6 C
0.
7 D 8 E
1.
2. 9 A 10 B

_____________________________________________________________
9. Os valores de x real que satisfazem à equação det
_____________________________________________________________
1−𝑥 1 −1
[ 2 −𝑥 −3 ] = 0 pertencem ao conjunto: _____________________________________________________________
0 0 1−𝑥 _____________________________________________________________
(-∞,3). _____________________________________________________________
(3 ,7).
_____________________________________________________________
(7 ,11).
_____________________________________________________________
(11,15).
(15,+∞). _____________________________________________________________
_____________________________________________________________
10. Seja M(x) a matriz quadrada de ordem três em _____________________________________________________________
função de x
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
Considere 𝑓 a função definida pela expressão
_____________________________________________________________
f (x) = det M (x) , em que det M (x) é o
determinante da matriz M (x). É correto afirmar _____________________________________________________________
que a equação 𝑓 (𝑥) = – 1: _____________________________________________________________

Não possui solução real. _____________________________________________________________


Possui uma única solução real. _____________________________________________________________
Possui apenas duas soluções reais distintas. _____________________________________________________________
Possui exatamente 2022 soluções reais distintas.
_____________________________________________________________
Possui infinitas soluções reais distintas
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

148
148
MATEMÁTICA

Aula 12 Ao par ordenado de números reais:


(0,0) está associado o ponto O (origem); (3,2) está
associado o ponto A; (-1,4) está associado o ponto
Geometria analítica plana B; (-2,-3) está associado o ponto C e (2,-1) está associado
o ponto D.
A Geometria analítica está baseada na ideia de Considerando o ponto A(3,2), dizemos que o
representar os pontos da reta por números reais e os número 3 é a coordenada x ou a abcissa do ponto A, e o
pontos do plano por pares ordenados de números reais. número 2 é a coordenada de y ou ordenada do ponto A.
Assim, as linhas no plano, são descritas por meio de
equações. Com isso é possível tratar algebricamente Distância entre dois pontos
muitas questões geométricas, como também
Dados dois pontos A e B, a distância entre eles, que
interpretar de uma forma geométrica algumas situações
será indicado por d(A,B), é a medida do segmento de
algébricas.
extremidades A e B.

Ponto
Existe uma correspondência biunívoca entre os • Exemplos:
pontos de um plano e o conjunto dos pares ordenados de
números reais, isto é, a cada ponto no plano corresponde
um único par ordenado x,y, e a cada par ordenado x,y,
está associado um único ponto do plano. A relação
biunívoca não é única, depende do sistema de eixos
ortogonais adotado.
d(A,B) = 4 – 1 = 3
Plano cartesiano
Para estabelecer uma dessas correspondências
biunívocas são usados dois eixos ortogonais (eixo x e
eixo y) que formam o sistema cartesiano ortogonal. A
intersecção dos eixos x e y é o ponto O, chamado de
origem do sistema.

• Exemplo:
d(A,B) = 5 – 1 = 4

149
149
MATEMÁTICA

d(A,B)2 = ∆x2 + ∆y2 → d(A,B) = Aplicando o Teorema de Tales, temos:


√(𝑥₂ − 𝑥₁)² + (𝑦₂ − 𝑦₁)² 𝑥−𝑥₁
=1 → x - x1 = x2 - x → 2x = x2 + x1 →
𝑥₂−𝑥
𝑥₂ + 𝑥₁
d(A,B) =√(4 − 1 )² + (5 − 1 )² → x=
2

d(A,B) = √32 + 42 →

d(A,B) = √9 + 16 𝑦−𝑦₁
=1 → y - y1 = y2 - y → 2y = y2 + y1 →
𝑦₂−𝑦
𝑦₂ + 𝑦₁
d(A,B) = √25 → d(A,B) = 5 y=
2
Concluímos, então, que a distância entre dois pontos
A e B, quaisquer do plano, tal que A(x1,y1) e B(x2,y2) é
Então podemos concluir que, dado um segmento de
dada por d(A,B) = √(𝑥₂ − 𝑥₁)² + (𝑦₂ − 𝑦₁)² extremidades A(x1,y1) e B(x2,y2).
Abscissa do ponto médio do segmento é a média
Ponto médio de um segmento
aritmética das abscissas das extremidades:
Dado um segmento de reta ̅̅̅̅
𝑨𝑩 tal que A(x1,y1) e
𝑥₂ + 𝑥₁
B(x2,y2) são pontos distintos, vamos determinar as x=
2
coordenadas de M, ponto de AB.

A ordenada do ponto médio do segmento é a média


Considere: aritmética das ordenadas das extremidades:
Um segmento com extremidades A(x1,y1) e 𝑦₂ + 𝑦₁
y=
B(x2,y2); 2

O ponto M(x,y), ponto médio do segmento AB.


• Exemplo:
Vamos determinar M, ponto médio de 𝑨𝑩
̅̅̅̅, no
seguinte caso:

A(3,-2) e B(-1,-6)
M(xm,ym)
(−1+3) 2
x m= = =1
2 2
(−6)+(−2) −8
ym= = = -4
2 2

M(1,-4)

150
150
MATEMÁTICA

Condição de alinhamento de três pontos • Exemplo:


Consideremos três pontos A, B e C alinhados: Vamos verificar se os pontos A(-3,5), B(1,1) e C(3,-1)
estão alinhados.
−3 5 1
𝐷=| 1 1 1| =
3 −1 1
−3 + 15 − 1 − 3 − 5 − 3 = −15 + 15 = 0

Como D = 0, os pontos estão alinhados.

Coeficiente angular de uma reta


Consideremos uma reta r de inclinação 𝛼 em relação
ao eixo x.
𝑥₂ −𝑥₁ 𝑦₂ −𝑦₁
= → O coeficiente angular ou a declividade dessa reta r é
𝑥₃ −𝑥₁ 𝑦₃ −𝑦₁
o número real m que expressa a tangente
𝑦₂ −𝑥₁ 𝑦₂ −𝑦₁ trigonométrica de sua inclinação 𝛼 , ou seja:
= →
𝑥₃ −𝑥₁ 𝑦₃ −𝑦₁
m = tg 𝛼
𝑦₂ −𝑦₁ 𝑦₃ −𝑦₁
- =0
𝑥₂ −𝑥₁ 𝑥₃ −𝑥₁
Vamos observar os vários casos, considerando 0° ≤
α ≤ 180°
(x3 – x1)(y2 – y1) – (x2-x1)(y3 – y1) = 0

x 3y2 - x 3 y1 - x 1y2 + x 1y1 - x 2y3 + x 2y1 + x 1y3 -


x 1y1 = 0

x 1y2 - x 1 y3 + x 2y3 - x 2 y1 + x 3y1 - x 3 y2 = 0


Para α =0°, temos m=tan =tan 0° =0
0° < α < 90°
O primeiro termo da igualdade corresponde ao
𝑥1 𝑦1 1
determinante |𝑥2 𝑦2 1|
𝑥3 𝑦3 1

Daí, podemos dizer que, se três pontos A(x1,y1),


B(x2,y2) e C(x3,y3) estão alinhados.

151
151
MATEMÁTICA

Para 0°<α<90°, temos tan >0 → m>0 0° < α < 90°


90°<α<180°

Seja r a reta determinada por A(x1,y1), B(x2,y2)


e seja C(x3,y3)
Para 90°<α<180°, temos tan α<0 → m<0
No triângulo retângulo ABC ( 𝑪
̂ é reto), temos:
α=90°
𝑑(𝐶,𝐵) ∆𝑦 𝑦₂−𝑦₁ 𝑦₂−𝑦₁
tg = = = → m=
𝑑(𝐴,𝐶) ∆𝑥 𝑥₂−𝑥₁ 𝑥₂−𝑥₁

90° < α < 180°

Para α = 90°, a tan α não é definida. Dizemos então


que, quando α = 90°, isto é, quando a reta é vertical, ela
não tem declividade.
Vejamos agora que é possível calcular o coeficiente
angular de uma reta a partir das coordenadas de dois de
A(x1,y1), B(x2,y2) e C(x3,y3)
seus pontos.
Como, para α = 90° (reta horizontal) a declividade é
0 e para α = 90° (reta vertical) não há declividade, No triângulo retângulo ABC ( 𝑪
̂ é reto), temos:
vamos analisar os casos de 0°<α<90° e 90°<α<180° . 𝑑(𝐶,𝐵) ∆𝑦 𝑦₂−𝑦₁
tg (180º - 𝛼) = = =
𝑑(𝐴,𝐶) ∆𝑥 𝑥₁−𝑥₂

152
152
MATEMÁTICA

Como, tg (180º - 𝛼) = - tg 𝛼, vem:

𝑦₂−𝑦₁ 𝑦₂−𝑦₁
-tg 𝛼 = → tg𝛼 = →
𝑥₂−𝑥₁ −(𝑥₁−𝑥₂)

∆𝑦 𝑦₂−𝑦₁ 𝑦₂−𝑦₁
m = tg 𝛼 = = → m=
∆𝑥 𝑥₂−𝑥₁ 𝑥₂−𝑥₁

Observe que x2x1, já que r não é paralela ao eixo y.


Podemos concluir que, se A(x1,y1), B(x2,y2), são
pontos distintos quaisquer na reta r, que não é paralela
Considerando um ponto P(x,y) qualquer sobre a reta
ao eixo y(x1x2), a declividade ou o coeficiente angular
e tan 𝛼 = m, temos:
∆𝒚 𝒚₂−𝒚₁
de r, que indicaremos por m = = , assim, temos
∆𝒙 𝒙₂−𝒙₁ 𝑑(𝐶,𝑃) 𝑦−𝑦₀
Tan tan α = → m= →
duas maneiras de obter o coeficiente angular de uma 𝑑(𝑃₀,𝐶) 𝑥−𝑥₀

reta: y – y0 = m(x – x0)


Conhecendo a inclinação 𝛼 da reta, calculamos m =
tan 𝛼.
Conhecendo dois pontos A(x1,y1), B(x2,y2) da reta, • Exemplos:

calculamos m =
∆𝒚
=
𝒚₂−𝒚₁ Vamos determinar a equação da reta que passa pelo
∆𝒙 𝒙₂−𝒙₁
ponto A(-1,4) e tem coeficiente angular 2.

y - y0 = m (x-x0)
• Exemplo:
y – 4 = 2(x-(-1))
Vamos calcular o coeficiente angular da reta que
passa pelos pontos A(2,3) e B(4,7) y – 4 = 2(x+1)
7−3 4
M= = =2 y – 4 = 2x + 2
4−2 2
-2x + y – 6 = 0
Equação da reta quando são conhecidos um
ponto e a declividade 2x – y + 6 = 0
(equação da reta)
Vimos que dois pontos distintos determinam uma
reta, ou seja, dados os pontos distintos, existe uma única
reta que passa pelos dois pontos. Vamos determinar a equação da reta que passa
Da mesma forma, um ponto P0(x0,y0) e a declividade pelos pontos A(-1,-2) e B(5,2).
m determinam uma reta r. 𝒚₂−𝒚₁ 𝟐+𝟐 4 2
m= = = =
Considerando P(x,y) um ponto genérico dessa reta, 𝒙₂−𝒙₁ 𝟓+𝟏 6 3

veremos que se pode chegar a uma equação, de


incógnitas x e y, a partir dos números x0,y0 e m, que será
Usando o ponto A(-1,-2)
chamada de equação da reta r.
y - y0 = m(x - x0)

153
153
MATEMÁTICA

2 𝑥 𝑦
y - (-2) = (x-(-1)) + =1 pode ser dada na forma geral por 5x + 2y
3 2 5

2 – 10 = 0
y + 2 = (x+1)
3 Vimos que a equação da reta que passa por um
2 2 ponto P(x0,y0) com declividade m é dada por: y - y0 =
y+2= x+
3 3
m(x-x0).
3y + 6 = 2x + 2 Se escolhermos o ponto particular (0,n), isto é, o
2x - 3y – 4 = 0 ponto em que a reta intersecta o eixo y, para o ponto
(equação da reta) (x1,y1), pela equação anterior teremos:

y – n = m(x - 0)
Há outra forma de resolução quando há dois pontos, y – n = mx
o recurso do alinhamento de três pontos. Chamando de
y = mx + n
P(x,y) um ponto genérico da reta AB, podemos afirmar
que P, A e B estão alinhados.
O número real n, que é a ordenada do ponto em que
Logo: a reta intersecta o eixo y, é chamado coeficiente linear
da reta.
𝑥 𝑦 1
|−1 −2 1| = 0 y = mx + n onde, m é coeficiente angular e n é o
5 2 1 coeficiente linear
−2𝑥 + 5𝑦 − 2 + 10 + 𝑦 − 2𝑥 = 0 −4𝑥 + Essa forma é especialmente importante porque
6𝑦 + 8 = 0 permite obter o coeficiente angular de uma reta a partir
de uma equação, além de expressar claramente a
4𝑥 − 6𝑦 − 8 = 0 coordenada y em função de x. É conhecida como forma
2𝑥 − 3𝑦 − 4 = 0 reduzida da equação da reta.

(equação da reta) Posições relativas de duas retas


Duas retas r e s contidas no mesmo plano são
paralelas ou concorrentes.
Equação geral
Toda reta do plano possui uma equação da forma ax Retas paralelas
+ by + c = 0, na qual a, b e c são constantes e a e b não são Sendo 𝛼1 a inclinação da reta r e 𝛼2 a inclinação da
simultaneamente nulos. Ela é denominada equação
reta, temos:
geral da reta.
m1 = m2 → tg 𝛼1 = tg 𝛼2 → 𝛼1 = 𝛼2

• Exemplo: (𝛼1 e 𝛼2 estão entre 0° e 180°)

A reta:
3 Se as inclinações são iguais, as retas são paralelas
y=- x + 1 pode ser escrita na forma geral por
4 (r∥s). Veja as figuras, que mostram duas retas distintas
3x+4y-4=0 e não – verticais, que são paralelas.

154
154
MATEMÁTICA

r / s : concorrentes

“Duas retas distintas e não – verticais r e s são


concorrentes se, e somente se, seus coeficientes
angulares são diferentes” (m1 ≠ m2).

Intersecção de duas retas


A figura mostra duas retas, r e s, do mesmo plano,
que se intersectam no ponto P(a,b).

m1 = m2 → tan 𝛼1 = tan 𝛼2 → 𝛼1 = 𝛼2 → r∥s

“Duas retas distintas e não – verticais r e s são


paralelas se, e somente se, seus coeficientes angulares
são iguais” (m1 = m2).
Como P pertence às duas retas, suas coordenadas
Retas concorrentes devem satisfazer simultaneamente às equações dessas
Duas retas do mesmo plano com coeficientes duas retas. Logo, para determina–las, basta resolver o
angulares diferentes não são paralelas; logo, são sistema formado pelas equações das duas retas.
concorrentes.
• Exemplo:
Vamos determinar as coordenadas do ponto P de
intersecção das retas r e s, de equações 3x + 2y – 7 = 0
e x - 2y – 9 = 0, respectivamente.
O nosso problema consiste em resolver o sistema
formado pelas equações das duas retas:
3𝑥 + 2𝑦 − 7 = 0
{ 4𝑥 − 16 = 0 →
𝑥 − 2𝑦 − 9 = 0
16 5
𝑥= →𝑥=4 𝑦=−
4 2
5
𝑃 (4, − ) .
2

𝛼1 ≠ 𝛼2 ⟷ tan 𝛼1 ≠ tan 𝛼2 ⟷ m1 ≠ m2

155
155
MATEMÁTICA

Perpendicularidade de duas retas


A figura mostra a reta r, de inclinação 𝛼1 e a reta s, de
inclinação 𝛼2, tal que r e s são perpendiculares.

Reta r
Se uma reta s, com coeficiente angular m2, é
x + 2y – 8 = 0 → 2y = -x + 8
perpendicular a uma reta r, com coeficiente angular m1:
1 8
m2 =-
𝟏
(com m1, m2 ≠ 0). y=- x+ → y = -12x + 4
𝒎𝟏 2 2

Podemos concluir então que dados, as retas r e s, de m=-


1
2
coeficientes m1 e m2, temos:
1 Reta s
r⊥s ⟷ m2 = - ou r⊥s ⟷ m1 ⦁ m2 = -1
𝑚1 1 1
m2 =- → m2 = 1 =2
𝑚1 −
2
Distância entre ponto e reta
A distância de um ponto A a uma reta r é a medida do y - y1 = m2 (x - x1) → y – 5 = 2( x - 3)
segmento de extremidades em A e B, em que B é a y – 5 = 2x - 6 → 2x – y – 1 = 0
projeção ortogonal de A sobre r.
(equação geral da reta)

Coordenadas de A'
𝑥 + 2𝑦 − 8 = 0
{
2𝑥 − 𝑦 − 1 = 0
5𝑥 − 10 = 0 →
𝑥=2
Vamos, por exemplo, determinar a distância entre o
ponto A(3,5) e a reta r, de equação x+2y-8=0. 𝑦=3
A figura mostra que a distância entre o ponto A e a A'(2,3)
reta r é a distância entre os pontos A e A' e A' é a
projeção ortogonal do ponto A sobre a reta r. Distância entre A e A'

d = √(3 − 2)² + (5 − 3)² = √1 + 4 = √5

Logo, a distância entre o ponto A e a reta r é √𝟓.

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156
MATEMÁTICA

Fórmula da distância entre um ponto e uma reta Em geometria analítica:


Com o mesmo procedimento do exemplo anterior, d(B,C) expressa a medida do lado 𝑩𝑪
̅̅̅̅;
para um ponto P(xp,yp) e uma reta r de equação ax + by A distância de A à reta – suporte do lado 𝑩𝑪
̅̅̅̅
+ c = 0, chegamos a uma fórmula que facilita o cálculo expressa a medida da altura 𝑨𝑯
̅̅̅̅̅.
da distância de P a r.
∣𝑎𝑥𝑝 + 𝑏𝑦𝑝 +𝑐∣ • Exemplo:
d=
√𝑎2 +𝑏 2
Vamos calcular a área de uma região triangular
△ABC, que tem vértices nos pontos A(1,2), B(-3,1) e
Dadas a retas r: 4x + 3y + 1 = 0 e o ponto P(0,3) C(0,-1).
determine a distância do ponto à reta.
d(B,C) = √(0 + 3)2 + (−1 − 1)² =
∣4⦁0+3⦁3+1∣
d= →
√4 2 +32
√9 + 4 = √13
∣0+9+1∣
d= →
√16+9
∣10∣
d= →
√25
10
d= =2
5

Área de um triângulo
Pela geometria plana, sabemos que a área da região
triangular da figura é dada por:
𝑏⦁ℎ Cálculo da distância entre o vértice A e a reta –
A= suporte do lado 𝑩𝑪
̅̅̅̅.
2
1
S = ⦁(BC)⦁(AH) 𝑥 𝑦 1
2
|−3 1 1| = 0
0 −1 1
x + 3 +3y + x = 0
2x + 3y + 3 = 0
∣2⦁1+3⦁2+3∣ ∣2+6+3∣
d= → d= →
√22 +32 √13
∣11∣ 11
d= → d=
√13 √13

1 11 11
S = ⦁ √13 ⦁ → S= = 5,5
2 √13 2

11
Logo, a área da região triangular é ou 5,5
2
unidades de área.

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157
MATEMÁTICA

Fórmula da área de uma região triangular • Exemplo:


Com o mesmo procedimento do exemplo anterior e Vejamos como fica o cálculo da área da região
considerando os pontos não – alinhados A(x1,y1), B(x2,y2) triangular △ABC com:
e C(x3,x3), chegamos a uma fórmula que facilita o cálculo A(1, 2), B(-3, 1) e C(0, -1), já feito no exemplo
da área de uma região triangular: anterior.
1
S= ∣D∣ 1 2 1
2
𝐷 = |−3 1 1| = 1 + 3 + 6 + 1 = 11
𝑥1 𝑦1 1 0 −1 1
Em que 𝐷 = |𝑥2 𝑦2 1| 1 1 11
𝑥3 𝑦3 1 𝑆 = |𝐷| = ∙ |11| =
2 2 2

11
Logo a área é .
2

158
158
MATEMÁTICA

Exercícios
oposto a ele, é:
1. Determine a distância entre o pontos P(0,0) e Q(2,2).
13.
2√2.
2√13.
√2. 26.
2.
√13.
2√3.
√26.
√3.
6. Seja a reta r de equação 5x – 2y – 11 = 0. A equação
2. Dados três pontos colineares A(x, 8), B(-3, y) e M(3, da reta s, paralela a r, que contém o ponto F = (3,–1)
5), determine o valor de x + y, sabendo que M é é:
ponto médio de AB:
5x – 2y + 17 = 0.
3.
2x – 5y + 17 = 0.
11.
5x + 2y + 17 = 0.
9.
5x – 2y – 17 = 0.
- 2,5.
5.
2x + 5y + 17 = 0.

3. Os pontos M (– 3, 1) e P (1, – 1) são equidistantes do 7. A equação da reta tangente ao gráfico da função f(x)
ponto S (2, b). Desta forma, pode-se afirmar que b é = x² – 6x + 1, no ponto (4,-7), é igual a:
um número: y = −2x + 1.
Primo. y = 3x – 19.
Múltiplo de 3. y = x – 11.
Divisor de 10. y = −3x + 5.
Irracional. y = 2x – 15.
Maior que 7.
8. Os pontos A(3,-2) e C(-1,3) são vértices opostos de
4. Para que as retas de equações 2x – ky = 3 e 3x + 4y = um quadrado ABCD. A equação da reta que contêm
1 sejam perpendiculares, deve-se ter: a diagonal BD é:

k= 3/2. 5x + 4y − 7 = 0.
k= 2/3. 8x − 10y − 3 = 0.
k= -1/3. 8x + 10y − 13 = 0.
k= -3/2. 4x − 5y + 3 = 0.
k= 2.
4x + 5y − 7 = 0.

5. Um quadrado ABCD está contido completamente


no 1º quadrante do sistema cartesiano. Os pontos
A(5,1) e B(8,3) são vértices consecutivos desse
quadrado. A distância entre o ponto A e o vértice C,

159
159
MATEMÁTICA

9. Uma reta tangente à curva de equação y = x² é


paralela à reta 6x − y + 5 = 0. As coordenadas GABARITO: Aula 12
do ponto de tangência são:

(3,9). Questões Respostas Questões Respostas


(6,5).
1 A 2 B
(5,6).
3 B 4 A
(5,9).
(9,3). 5 E 6 D
7 E 8 B
10. O ponto simétrico do ponto (1,5) em relação à reta 9 A 10 A
de equação 2x + 3y - 4 = 0 é o ponto:
_____________________________________________________________
(-3, -1).
_____________________________________________________________
(-1, -2).
(-4, 4). _____________________________________________________________
(3, 8). _____________________________________________________________
(3, 2). _____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

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160
MATEMÁTICA

Aula 13 Equação normal da circunferência


Ao desenvolver a equação da circunferência (x – a)2
+ (y - b)2 = r2, obtemos o que se chama de equação
Geometria analítica plana II normal ou geral da circunferência:

Em Geometria Analítica, á álgebra e a geometria se x2 - 2ax + a2 + y2 - 2by + b2 - r2 = 0


integram. Assim, problemas de geometria são resolvidos x2 + y2 - 2ax - 2by + a2 + b2 - r2 = 0
por processos algébricos, e relações algébricas são
interpretadas geometricamente.
É muito comum na prática que as circunferências
sejam representadas por sua equação geral, como, por
Circunferência
exemplo, a circunferência x2+y2-2x+4y–4=0. À
Uma circunferência com centro O(a, b) e o raio r é o primeira vista, essa equação não nos permite identificar
conjunto de todos os pontos P(x, y) do plano nem o centro nem o raio da circunferência em questão.
equidistantes de O, ou seja: Precisamos, portanto, aprender a obter o raio e o centro
de uma circunferência a partir de sua equação geral.
d(P, O) = √(x + a)2 + (y − b)² = r Temos dois métodos que podem ser utilizados.
Um dos métodos: Completamento do quadrado.

x2 + y2 - 2x + 4y – 4 = 0
x2 - 2x + y2 + 4y = 4
x2 - 2x + 1 +y2 + 4y + 4 = 4 + 1 + 4
(x – 1)2 + (y + 2)2 = 9
(x – 1)2 + (y + 2)2 = 3²
O(1, -2) r = 3

Posições relativas entre reta e circunferência


Consideremos as três possíveis posições de uma
reta em relação a uma circunferência:
Equação da circunferência
1) A reta t é secante à circunferência
Elevando ambos os membros ao quadrado, temos:

(x − a)2 + (y − b)2 = r2

• Exemplo:
Vamos determinar a equação da circunferência de
centro O(1, 3) e r = 5.

(x– 1)2 + (y– 3)2 = 52 → (x– 1)2 + (y – 3)2 = 25

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MATEMÁTICA

Nesse caso, a distância entre o centro da x2 + 6x + 9 + y2-8y + 16 = 9 + 16


circunferência e a reta é menor do que o raio. A reta e a
(x + 3)2 +(y – 4)2 = 25 →
circunferência têm dois pontos comuns.
(x + 3)2 + (y – 4)2 = 52
2) A reta t é a tangente à circunferência Então C (-3,4) e r=5

Agora vamos determinar a distância entre o centro


e a reta:
∣2(−3)+1(4)−1∣ ∣−3∣ 3 3
d= = = = ≅ 1,3
√22 + 12 √5 √5 2,2

Comparando d e r, temos d < r (1, 3 < 5).


Logo, a reta r é secante à circunferência.
Nesse caso, a distância entre o centro da
circunferência e a reta é igual ao raio. A reta e a Problemas de tangência
circunferência têm um único ponto em comum. Para resolver problemas envolvendo retas
tangentes à circunferência, devemos lembrar de dois
3) A reta t é exterior à circunferência detalhes já vistos:
• Quando a reta é tangente á circunferência, a
distância do centro da circunferência à reta
tangente é o raio.
• Reta tangente é sempre é sempre perpendicular
ao raio no ponto de tangência.

O ponto P(5,2) pertence à circunferência de


equação x2 + y2 + 2x - 6y – 27 = 0. Vamos determinar a
equação da reta t tangente a essa circunferência em P.

Nesse caso, a distância entre o centro da


circunferência e a reta é maior do que o raio. A reta e a
circunferência não têm ponto comum.

• Exemplo:
São dadas a reta r, de equação 2x + y– 1 = 0, e a
circunferência de equação x2 + y2 +6x -8y=0. Vejamos
qual é a posição da reta r em relação à circunferência.

x2 + y2 + 6x - 8y = 0 → x2 + 6x + y2 - 8y = 0 →

162
162
MATEMÁTICA

Lembre-se de que, se uma reta t tangencia uma Vamos determinar o coeficiente angular m2 da reta
circunferência de centro C e o raio P, então t é t perpendicular à reta que passa pelos pontos C e P.
perpendicular à reta – suporte de 𝑪𝑷
̅̅̅̅. 1 1
m2 = - =- 1 =6
𝑚₁ −
Determinado as coordenadas do centro C e o raio r, 6

temos:

x2 + y2 + 2x - 6y – 27 = 0 → Calculamos agora a equação da reta t que passa pelo


ponto P(5, 2) e tem coeficiente angular 6.
x2 + 2x + y2 - 6y = 27
y – 2 = 6(x – 5)
x2 + 2x + 1 + y2 - 6y + 9 = 27 + 1 + 9 →
y – 2 = 6x – 30
(x + 1)2 + (y – 3)2 = 37
6x – y – 28 = 0

Então, C(-1,3) e r =√𝟑𝟕 ,vamos determinar o


coeficiente angular m1 da reta que passa pelos pontos Logo, a equação pedida é 6x– y– 28 = 0
C(-1,3) e P(5,2):
2−3 1
m1= =-
5+1 6

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MATEMÁTICA

Exercícios

1. Em uma determinada aula de Geometria Analítica, 5. Dada a equação da circunferência é: (x– a)² +
uma candidata do Concurso da ESA, da área da (y– b)² = r², sendo (a, b) as coordenadas do centro
saúde, deparou-se com a seguinte situação x² + e r a medida do raio ,identifique a equação geral da
y² = 2x + 2y − 1. Ao desenvolver essa igualdade a circunferência de centro (2 , 3) e raio igual a 5.
estudante obteve: x² + y² = 25.
Uma circunferência centrada na origem. x² + y² - 4xy - 12 = 0.
Uma circunferência de centro -1 e -1 e raio 2. x² - 4x = -16.
Uma circunferência de centro -1 e -1 e raio √2. x² + y² - 4x - 6y - 12 = 0.
Uma circunferência de centro 1 e 1 e raio 1. y² – 6y = -9.
Nenhuma das alternativas anteriores.
6. A reta y = mx + 2 é tangente à circunferência de
2. Qual é a posição do ponto P (5, 3) em relação à equação (x − 4)² + y² = 4. A soma dos possíveis
circunferência de centro C (3, 1) e raio igual a 5 valores de m é:
unidades? 0.
Externo. 4/3.
Interno, não coincidente com o centro. – 4/3.
Pertence à circunferência. – ¾.
Coincidente com o centro. 2.
Excêntrico.
7. Seja C a circunferência de equação x² + y² + 2x +
3. O ponto P(1, 4) é _______________ à circunferência de 4y + 2 = 0. Considere em C a corda MN cujo ponto
equação (x+1)²+(y−5)²=9 e é _______________ à médio é P(−1, −1). O comprimento de MN (em
circunferência de equação (x−3)²+(y−5)²=16. unidade de comprimento) é igual a:

Exterior; exterior. √2.


Exterior; interior. √3.
Interior; exterior. 2√2.
Interior; interior. 2√3.
2.
4. A equação da circunferência de centro (1, 2) e raio 3
é: 8. As equações das retas paralelas à reta r: 3x + 4y −
x + y - 2x -4y + 14 = 0.
2 2 1 = 0, que cortam a circunferência
x2 + y2 - 2x - 4y - 4 = 0. λ: x² + y² − 4x − 2y − 20 = 0 e determinam
x2 + y2 - 4x - 2y - 4 = 0. cordas de comprimento igual a 8, são,
x2 + y2 - 4x - 2y - 14 = 0. respectivamente:
x2 + y2 - 2x - 4y - 14 = 0.
3x+4y+5=0 e 3x+4y+25=0.
3x+4y-5=0 e 3x+4y-25=0.

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MATEMÁTICA

3x-4y+5=0 e 3x-4y+25=0.
3x+4y-5=0 e 3x+4y+25=0.
GABARITO: Aula 13
3x+4y+5=0 e 3x+4y-25=0.

Questões Respostas Questões Respostas


9. Sabendo-se que a equação 2x²+ ay²- bxy - 4x + 8y +c
= 0 representa uma circunferência de raio 3, a soma 1 D 2 B
a + b + c é igual a: 3 D 4 B
-10. 5 D 6 C
-6. 7 C 8 E
-2.
9 B 10 A
2.
6. _____________________________________________________________
_____________________________________________________________
10. A circunferência que tem seu centro no ponto (1,-1) _____________________________________________________________
3
e é tangente à reta de equação y = x + 2 tem _____________________________________________________________
4
equação dada por: _____________________________________________________________
x² + y² − 2x + 2y − 7 = 0. _____________________________________________________________
x² + y² − 2x − 2y − 7 = 0. _____________________________________________________________
x² + y² + 2x + 2y + 7 = 0.
_____________________________________________________________
x² + y² − 2x − 2y + 7 = 0.
_____________________________________________________________
x² + y² − 2x + 2y = 0.
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________
_____________________________________________________________

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Revisão e prova
Nessa aula, teremos uma revisão para a prova de conclusão de módulo.
Lembre-se de tirar todas as dúvidas com seu professor(a).

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Bibliografia

DANTE, Luiz Roberto, Matemática, Volume Único: Livro do Professor/ Luiz Roberto Dante, 1 ed, São Paulo: Ática, 2005.

IEZZI, Gelson, DOLCE, Osvaldo, DEGENSZAJN ,David, PÉRIGO ,Roberto, Matemática, Volume 01 ao 09, São Paulo:
Atual Didáticos

https://brasilescola.uol.com.br/matematica/ponto-reta-plano-espaco.htm

https://www.todamateria.com.br/geometria-analitica-exercicios/

https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-geometria-analitica.htm

https://brasilescola.uol.com.br/matematica/seno-cosseno-tangente-angulos.htm

https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-cilindro.htm#questao-3

https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-expressoes-numericas.htm

https://www.todamateria.com.br/teorema-de-tales/

https://exercicios.brasilescola.uol.com.br/exercicios-matematica/exercicios-sobre-fracoes.htm

https://www.coladaweb.com/matematica/matrizes-operacoes

https://matematicabasica.net/matrizes/

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Referências

Questões retiradas e selecionadas de concursos públicos no período de 2020 a 2022 destinadas à vagas nas Forças
Armadas e Auxiliares, Universidades Federais e Estaduais.

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Créditos

Franklin Belinski
Professor de Matemática pela Universidade de Guarulhos – 2004

Pós-Graduação em Ensino de Matemática pela Universidade Campos Elíseos – 2020.

Experiência em Cursos Preparatórios para Concursos Públicos.

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Diretores

Henrique Mendes Gama


Empresário do ramo de educação, atuando como diretor geral e idealizador do
projeto Brigadista Mirim desde a sua fundação. Está à frente do departamento de
marketing da instituição. É diretor do CITS (Centro de Instrução e Treinamento na
Selva). Formado pela ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de
Guerra), vêm se especializando para levar aos Brigadistas a experiência e o contato
militar. É membro da SASDE (Sociedade Amigos da Segunda Divisão de Exército) e
membro da associação MMDC Leste, foi condecorado com a medalha alusiva aos
heróis da revolução de 1932. Bombeiro civil.

Edilaine Guisani Gama


Empresária do ramo de educação, diretora geral e fundadora do projeto Brigadista
Mirim. É diretora do CITS (Centro de Instrução e Treinamento na Selva), onde é
realizado o campo prático do Quartel da Brigada.

É membro da SASDE (Sociedade Amigos da Segunda Divisão de Exército) e membro


da associação MMDC Leste. É bombeira civil, guarda vidas e técnica em segurança
do trabalho. Certificada pelo corpo de bombeiros do estado de São Paulo, como
brigadista de emergência de acordo com a instrução técnica 17.

É formada pela ADESG (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra) e pelo DENARC da polícia civil do
estado de São Paulo, como agente multiplicadora no combate ao uso de drogas. Instrutora de bombeiro civil com
formação em primeiros socorros e prevenção e combate a incêndios.

Além destes, também é formada em segurança em instalações e serviços de eletricidade, segurança e saúde no trabalho
em espaços confinados, trabalho em altura e segurança nas atividades verticais (nr10, nr33, nr35 e rapel).

Cursou Stop The Bleed (controle de hemorragias), APH com DEA (atendimento pré-hospitalar com desfibrilador
externo automático) e socorro tático com emergências médicas, também participou do curso de manejo de répteis, aves
de rapina e predadores noturnos, proferido pelo biólogo Richard Rasmussen, pela associação médicos veterinários sem
fronteiras.

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