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Mas convém lembrar que hoje se passam também 435 anos da morte de um dos
maiores poetas nacionais: Luís Vaz de Camões, um nome incontornável da
cultura portuguesa e uma personagem cujo trabalho tem tanto de atualidade
como de misticismo. Hoje também é o seu dia. Por isso, o Observador
embrenhou-se na História em busca do percurso de Camões. Trouxe sobretudo
dúvidas sobre a sua vida.
Estudos em Coimbra
O nome de Luís de Camões não consta nos registos da Universidade de Coimbra,
mas a literacia do poeta faz acreditar que recebeu uma educação superior. Poderá
ter sido o tio, chamado Bento, a levar o poeta para o mundo das letras: o homem
era prior no Mosteiro de Santa Ana e chanceler da Universidade.
Prisão
Enquanto a viagem até ao Oriente não chega, Luís de Camões continua a causar
problemas. Em 1552 é preso por ferir com uma espada um membro da Corte,
Gonçalo Borges. Fique retido na cadeia de Troncos, em Chaves.
Março 7, 1553
Libertação
Ao fim de um ano, o poeta é libertado: o rei perdoou-lhe do comportamento e retira-o da
prisão. Assim que deixa as grades, Camões prepara-se para partir de vez até à Índia.
Início da viagem
Luís Vaz de Camões embarca no "S. Bento", da frota de Fernão Álvares Cabral. A viagem
havia de durar perto de um ano.
Chegada à Índia
O poeta desembarca em Goa e alista-se ao serviço do vice-rei D. Afonso de Noronha.
Junho 15, 1555
Prisão
Entre 1556 e 1561, Camões enfrentou a prisão de novo, desta vez por acumulação de
dívidas ou por satirizar o vice-rei, algo que era ilegal na altura.
Provedor
Quando sai da prisão, Luís de Camões torna-se provedor dos defuntos e ausentes em
Macau. Esta função foi ocupada até cerca de 1565. Terá sido nesta altura que o poeta
começou a escrever Os Lusíadas.
Regresso a Portugal
Luís Vaz de Camões chega a Cascais em abril de 1570, a bordo da nau "Santa Clara". Foi
cá que o poeta terminou Os Lusíadas.
Vida miserável
Durante sete anos, Camões viveu com um escravo indiano num quarto, com fracas
condições e atacado pela peste. A saúde piorou com a iminência da perda de independência
portuguesa aos epanhóis.