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Reporting no setor
Bacharel em Ciências Contábeis pela Univer-
sidade Estadual de Feira de Santana (UEFS),
Especialista em Contabilidade Pública e
Responsabilidade Fiscal pela Faculdade Inter-
público: um contributo
nacional de Curitiba (Facinter) e doutorando
em Contabilidade pelo Programa Doutoral
conjunto das Universidades do Minho e
Aveiro, Portugal. Professor de Contabilidade
ao desenvolvimento
Pública, Contabilidade de Custos e Contabi-
lidade Gerencial da Faculdade de Ciências
Aplicadas e Sociais de Petrolina (Facape) e
de um quadro teórico
Auditor/Perito Contábil do Ministério Público
do Estado de Pernambuco (MPPE).
O
Doutora em Contabilidade pela Universidade
presente estudo tem o objetivo de desenvolver um quadro de Aveiro, Portugal. Professora Adjunta da
teórico que contribua para fornecer maior poder explicativo Universidade de Aveiro, Portugal.
sobre as práticas de divulgação financeira através da internet
pelas entidades do setor público. Tendo como base o estudo realizado
Carlos Alberto Lourenço dos Santos, PhD
por An et al. (2011), foram analisadas as principais teorias que Bacharel em Engenharia Electromecânica
potencialmente explicam as práticas de divulgação eletrônica no setor pelo Instituto Tecnológico de Nova Lisboa,
público, nomeadamente teoria da agência, teoria da legitimidade, teoria Angola, licenciado em Engenharia Electro-
da sinalização, teoria dos stakeholders, teoria institucional e teoria da técnica pela Universidade de Coimbra, Por-
tugal, Mestre em Ciências da Electrotecnia
difusão da inovação. Este estudo justifica-se pela tentativa de aperfeiçoar
com especialização em Informática pela
o quadro teórico apresentado por An et al. (2011), que poderá ser Universidade de Coimbra, Portugal e Doutor
utilizado em estudos empíricos na área de divulgação eletrônica. em Engenharia Informática e Computadores
Os resultados do estudo indicam que, embora essas teorias possam pelo Instituto Superior Técnico da Universi-
“competir” para explicar a motivação da gestão para a divulgação dade Técnica de Lisboa, Portugal. Professor
Adjunto do Instituto Superior de Contabili-
voluntária de informação financeira através da internet, o quadro
dade e Administração, da Universidade de
teórico apresentado tem o potencial de contribuir para a interpretação Aveiro, Portugal.
do fenômeno conhecido como Internet Financial Reporting.
João Carlos Hipólito Bernardes Reis
Bacharel em Ciências Contábeis pela Fa-
culdade de Ciências Aplicadas e Sociais de
Petrolina (Facape), Especialista em Gestão
Estratégica de Negócios pela Escola de
Engenharia Eletromecânica da Bahia (EE-
EMBA), Especialista em Gestão de Recursos
Humanos pela Universidade de Pernambuco
(UPE), Mestre em Ciências Contábeis pelo
Instituto Capixaba de Pesquisa em Conta-
bilidade, Economia e Finanças (Fucape) e
Doutorando em Contabilidade pelo Progra-
ma Doutoral conjunto das Universidades do
Minho e Aveiro, Portugal. Professor Auxiliar
de Ciências Contábeis da Universidade Fede-
ral do Piauí (UFPI), Campus Amílcar Ferreira
Sobral, Floriano-PI.
públicos oferecidos aos eleitores, A discussão acima indica que, dentro de algum sistema social-
como cidadãos. Além disso, Zim- segundo a teoria da agência, as rela- mente construído de normas, va-
merman (1977) argumenta que, ções entre o principal e o agente no lores, crenças e definições” (SUCH-
embora a partilha dos benefícios setor público oferecem incentivos MAN, 1995, p.574).
oriundos dos serviços públicos seja para que os gestores públicos di- A teoria da legitimidade su-
heterogênea, cada eleitor tem in- vulguem voluntariamente informa- gere que há um “contrato social”
centivos para monitorar o compor- ção que permita a monitoração das entre as organizações e a socie-
tamento dos políticos. suas ações (LASWAD et al., 2005; dade em que atuam, de modo a
Os eleitores tendem a agrupa- SERRANO-CINCA et al., 2009). Por- que a legitimidade organizacional
rem-se de forma a ganharem for- tanto, uma forma de reduzir os cus- seja um pressuposto fundamental
ça política. Com a formação dos tos de agência é aumentar a quan- (DEEGAN, 2002; PATTEN, 1991).
grupos de interesse, as eleições tidade de informação contida nos Nesse sentido, a organização deve
podem ser afetadas pelo poder relatórios contabilísticos (AN et al., realizar as suas operações dentro
de voto coletivo. Uma vez que 2011; MARSTON, 1996). das expectativas e normas da so-
os grupos de interesse têm o po- ciedade em geral, tendo em vista
der de influenciar o resultado das 2.1.2. Teoria da legitimidade que somente as entidades com
eleições, eles têm um incentivo Outra teoria que tem sido pro- status de “legítima” recebem a
para recolher informações sobre posta nos últimos anos, como al- permissão social para continuar
o comportamento e as ações dos ternativa para explicar e predizer suas operações (AN et al., 2011).
políticos (BABER, 1983). Em con- as práticas de divulgação voluntá- Esse status está relacionado com
trapartida, os políticos, imbuídos ria, é a teoria da legitimidade (DE- a sua capacidade de distribuir al-
pelo desejo de serem reeleitos, EGAN et al., 2002; VAN DER LAN, gum benefício econômico, social
tendem a defender políticas que 2009). Os autores argumentam ou político aos grupos dos quais
beneficiam tais grupos, bem como que isso decorre da percepção de emana o seu poder (SHOCKER; SE-
a divulgar informações sobre a que as organizações precisam ga- THI, 1973).
sua gestão, como uma forma de nhar, manter ou recuperar legiti- Por ser a Contabilidade um dos
se legitimarem perante o seu elei- midade no ambiente em que ope- instrumentos que as organizações
torado (LASWAD et al., 2001). Os ram para garantir o cumprimento costumam utilizar para dar visibi-
autores sugerem que as ações dos dos seus objetivos. lidade às suas atividades, as polí-
políticos em busca da maximiza- Essa teoria propõe que as orga- ticas de divulgação de informação
ção da sua riqueza própria dão aos nizações devem procurar, continua- financeira seriam estrategicamen-
eleitores, como verdadeiros finan- mente, adequar as suas operações te estabelecidas para influenciar os
ciadores das entidades do serviço aos limites e às normas da sociedade relacionamentos da entidade com
público, um incentivo para a mo- em que operam, de modo a serem seus stakeholders (KRAVITZ,
nitoração do comportamento dos percebidas como “legítimas” por 2009).
agentes políticos. vários grupos interessados na orga-
Assim, surge uma nova relação nização (DEEGAN, 2002;
de agência, sendo que os grupos GUTHRIE et al., 2006). O
de interesse desempenham o pa- status de legitimidade
pel do principal e os políticos, de é considerado crucial
agentes. De um lado, os grupos para a sobrevivência e
de interesse controlam o com- continuidade das or-
portamento dos políticos, e do ganizações (AN et al.,
outro, os políticos fornecem in- 2011).
formações para mostrar que são Nesse sentido,
dignos do voto, por honrarem as legitimidade é de-
promessas da campanha eleitoral. finida como “uma
Baber (1983) argumenta que os percepção genera-
incentivos dos políticos em forne- lizada ou suposição
cer informações para fins de legi- de que as ações de
timação perante o seu eleitorado qualquer entidade
aumentam com o incremento da são desejáveis, pró-
competição política. prias ou apropriadas
Assim, considera-se que as Deegan (2002) acres- al. (2002), essa teoria tam-
organizações devem, constan- centa que, para que as bém tem o potencial de
temente, submeter-se a um estratégias corretivas da le- explicar as práticas de di-
teste de legitimidade e rele- gitimidade possam surtir os vulgação voluntária de in-
vância para verificar se a socie- efeitos esperados sobre os formação financeira.
dade procura os seus serviços stakeholders, elas devem Essa teoria está preo-
e se as suas atividades contam sempre ser acompanhadas cupada com a forma de
com a aprovação social. Para da divulgação de informa- abordar os problemas de-
Deegan e Rankin (1996), se ção, tendo em vista que as correntes da assimetria de
uma organização não puder políticas de divulgação re- informação no ambiente
justificar a sua continuidade presentam um importante social. Essa teoria sugere
perante a sociedade, grada- meio pelo qual a adminis- que a assimetria deve ser
tivamente os seus membros tração pode influenciar as reduzida se a parte
se encarregarão de revogar o percepções externas sobre que possui mais
“contrato social”. Essa revo- a sua organização. Dessa informação en-
gação normalmente acontece forma, a divulgação volun- viar sinais sobre
em virtude da chamada “la- tária de informação financeira interesses rela-
cuna de legitimidade”, que através da internet pode ser conside- cionados com as partes com
ocorre quando o desempenho rada como um forte sinal da legitimi- menos informação (AN et
de uma organização não coin- dade das organizações públicas. al., 2011). Embora essa te-
cide com as expectativas dos À medida que mais informa- oria tenha sido desenvolvida
públicos relevantes (VAN DER ções são divulgadas nos sites go- no ambiente das relações do
LAAN, 2009). vernamentais, a confiança nos mercado de trabalho, Morris
Dowling e Pfe- líderes do governo tende a au- (1987, p.48) explica que “a
ffer (1975) con- mentar (TOLBERT; MOSSBERGER, sinalização é um fenômeno
sideram que as 2006). Dessa forma, o governo geral, aplicável a qualquer
organizações ten- tende a divulgar informação fi- mercado com assimetria de
dem a adotar várias estratégias cor- nanceira através da internet como informação”.
retivas que possam contribuir para um meio de aumentar a interação Um sinal
que as suas atividades sejam perce- com os cidadãos e de se legitimar pode ser emi-
bidas como legítimas. Dessa forma, perante a sociedade. Hopwood e tido por meio
a organização tentará estabelecer Miller (1994), por exemplo, consi- de uma ação
uma congruência entre a sua atua- deram que, em muitas situações, ou uma estrutura observável, que
ção e o conjunto de crenças e valo- os mecanismos contabilísticos são é usada para indicar características
res que permeiam o sistema social usados principalmente para legiti- ocultas (ou de qualidade) do sina-
de que faz parte. O processo de mar decisões dos gestores e con- lizador. Assim, pressupõe-se que o
recuperação ou manutenção dessa ferir um caráter de racionalidade à sinal emitido pelo sinalizador vai-lhe
congruência leva ao que se deno- própria organização. ser útil, tendo em vista que, geral-
mina de legitimação organizacional Para Pendley e Rai (2009), as mente, tal sinal indica característi-
(DOWLING; PFEFFER, 1975). práticas de IFR têm como objetivo cas de maior qualidade em relação
Uma das formas utilizadas pe- não só dotar os interessados de aos seus pares (AN et al., 2011).
las organizações para recuperar ou informação financeira desejada, O modelo clássico de sinali-
criar legitimidade é a divulgação como também fortalecer a imagem zação ocorre em um ambiente
de informação financeira (BRO- da organização, reforçando os pre- de mercado entre o vendedor e o
WN; DEEGAN, 1998; WOODWARD ceitos da teoria da legitimidade. comprador. Nesse caso, é eviden-
et al., 1996). Lindblom (1994) te que o vendedor possui mais in-
afirma que se uma organização 2.1.3. Teoria da sinalização formação sobre o produto que o
perceber que a sua legitimidade A teoria da sinalização foi comprador, incorrendo na assime-
está ameaçada, geralmente tenta desenvolvida pelo pesquisador tria de informação. O vendedor de
recuperá-la ou mantê-la por meio Spense (1973), com o objetivo produtos de alta qualidade tem um
de algumas estratégias, entre as de explicar o comportamento das incentivo para comunicar a quali-
quais se inclui a divulgação volun- relações no mercado de trabalho. dade de seus produtos para o com-
tária de informação financeira. No entanto, segundo Watson et prador, a fim de justificar um preço
ceitas em termos de como as or- 2.2. Teorias da mudança e Powell (1983) ocorrem. Em pri-
ganizações devem tratar as suas institucional meiro lugar, há a chamada “sele-
partes interessadas. Segundo Xiao et al. ção forçada”, em que
Já o ramo positivo argumenta (2004), a teoria insti- uma organização
que a organização tende a foca- tucional tem o po- é pressionada
lizar o grupo de interessados que tencial de explicar por poderosas
detém maior poder e influência as práticas de IFR organizações
sobre a continuidade e o sucesso pelas organiza- externas, como
da entidade (WATTS; ZIMMER- ções. Para os au- agências go-
MAN, 1986). Assim, esse ramo tores, essa teoria vernamentais ou
prevê que é mais provável que pode enriquecer fornecedores de
a gestão focalize as expectativas a análise dos capital, para ado-
dos stakeholders mais poderosos motivos pelos tar uma inovação,
(em decorrência da sua capacida- quais as organi- independentemen-
de de controlar os recursos que zações decidem te de seu benefício
são necessários para as opera- adotar certas para a entidade. Em
ções da organização), em detri- inovações, como, por segundo lugar, há a
mento dos menos influentes (DE- exemplo, a utilização da internet perspectiva da moda que
EGAN, 2002). como um meio para divulgação se relaciona com organizações que
Nessa perspectiva, Deegan financeira, como uma forma de imitam entidades que estabele-
(2002) afirma que os gestores isomorfismo institucional. cem tendências, tais como empre-
têm um incentivo para divulgar DiMaggio e Powell (1983) sas de consultoria e escolas de ne-
informações sobre seus diversos identificam três mecanismos por gócios, que, apesar de não terem
programas e iniciativas para de- meio dos quais a mudança insti- poder coercitivo, são altamente
terminados grupos interessados tucional isomórfica ocorre. O iso- capazes de estimular as organiza-
(poderosos) para indicar a sua morfismo coercitivo é compreen- ções a adotarem uma inovação.
conformidade com as expectati- dido a partir de pressões formais Finalmente, a perspectiva da
vas dos stakeholders. Gray et al. e informais de organizações exter- novidade diz respeito às entida-
(1996) acrescentam que a infor- nas pela força ou pela persuasão, des que adotaram uma inovação
mação é um elemento importante como, por exemplo, um mandato em decorrência da adoção an-
que pode ser utilizado pela orga- governamental. Já o isomorfismo terior feita por organizações do
nização para gerir ou manipular a mimético implica a modelação mesmo setor, como resultado
opinião dos stakeholders, a fim de de organizações em relação a de uma menor incerteza sobre a
obter o seu apoio e a sua aprova- outras organizações semelhantes utilidade dessa inovação ou para
ção, ou ainda para distrair a oposi- ou como resposta à incerteza em parecerem legítimas conforme as
ção e a desaprovação. torno da tecnologia ou de objeti- outras organizações.
Essa teoria tem o potencial vos organizacionais ambíguos, ou Dessa forma, é possível perce-
de explicar, por exemplo, se as com o objetivo de aumentar ber que a adoção das práticas de
organizações do setor a legitimidade organizacio- divulgação eletrônica de informa-
público teriam em con- nal. Por último, o isomor- ção financeira pelas organizações
sideração as expectati- fismo normativo é visto do setor público parece decorrer
vas dos stakeholders, como um processo em dos mecanismos de isomorfismo
divulgando volunta- que as normas estabe- de DiMaggio e Powell (1983). Uma
riamente informação lecidas pelas profissões organização pública pode adotar
financeira através da ou por outras institui- a internet como um meio de divul-
internet. Ou ainda, se a ções normativas criam gação financeira por imposição le-
divulgação eletrônica vo- práticas organizacio- gal (isomorfismo coercitivo), para
luntária poderia diminuir nais homogêneas. se parecer com as demais organi-
a assimetria de informa- Abrahamson zações públicas do mesmo setor
ção entre a organização e (1991) distingue três (isomorfismo mimético), ou ainda
os stakeholders e, como con- possibilidades pelas quais como consequência da influência
sequência, melhorar as relações o isomorfismo coercitivo e o iso- que os órgãos ligados à profissão
entre eles. morfismo mimético de DiMaggio contabilística assim estabelecem.
An et al. (2011), ilustra a relação de entre alguns argumentos teóri- numa base voluntária a fim de in-
entre as seis teorias, evidencian- cos utilizados nas referidas teorias, dicar que cumprem com as expec-
do os conceitos-chave intrínsecos que possibilita o aumento do poder tativas sociais e de sinalizar a sua
a cada uma delas, de acordo com explicativo do fenômeno IFR. excelência e legitimidade.
as três premissas das práticas de An et al. (2011) explicam que as De forma semelhante, Morris
IFR: reduzir a assimetria de infor- teorias da agência, da legitimida- (1987) investigou a relação entre
mação, demonstrar transparência, de, da sinalização e dos stakehol- as teorias da agência e da sinali-
eficiência, eficácia e accountability ders são, todas elas, consistentes zação, procurando identificar se
e sinalizar legitimidade e excelên- entre si. Os autores argumentam elas são teorias consistentes, equi-
cia para os stakeholders. que, como a teoria da sinalização valentes ou concorrentes. Os re-
Pela da análise da Figura 2, é se preocupa com a forma de abor- sultados da sua pesquisa indicam
possível observar que há uma inter- dar os problemas decorrentes da que há uma sobreposição entre
-relação entre as teorias abordadas, assimetria de informação, ela está essas teorias, tendo em vista que
as quais, tomadas em conjunto, intimamente ligada à teoria da as condições suficientes da teoria
têm o potencial de contribuir para agência. Da mesma forma, a teoria da agência são consistentes com
explicar os motivos pelos quais os da sinalização tem ligação estreita as da teoria da sinalização.
gestores divulgam informação fi- com a teoria da legitimidade, ten- Para Van der Laan (2009), a
nanceira por meio da internet. Essa do em vista que as organizações teoria dos stakeholders e a teoria
inter-relação decorre da similarida- divulgam informação financeira da legitimidade são teorias inter-
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