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Apostila Completa 24o EEJA
Apostila Completa 24o EEJA
o
24 Encontro Espírita
sobre Joanna de Ângelis
Tema:
“Desafio de ser feliz”
5 de novembro de 2023
Centro Espírita Léon Denis
Tema:
“Desafio de ser Feliz”
5 de novembro de 2023
24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
INFORMAÇÕES GERAIS
13h Encerramento
Data: 05/11/2023
Horário: 8h30 às 13h.
Estude conosco no segundo e quarto sábados de cada mês, das 8:00h às 9:30h.
E-mail: coordenacaoeeja@gmail.com
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
SUMÁRIO
Objetivos ………………………………………………………………….…………………….………. 5
Introdução …………………………………..………………….….…………………………………… 7
Meditemos …………………………………………………………………………………………....… 8
Conclusão ……………………………………………………………….……………….……….…… 25
Anexos …………………………………………………………………………….…………...………. 27
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
OBJETIVOS
GERAL: Reconhecer que a aplicação da lei de justiça, de amor e de caridade é o único caminho
para felicidade verdadeira.
ESPECÍFICOS:
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
“Um Espírito Amigo” – Foi com essa identificação que Joanna de Ângelis primeiramente
apresentou-se ao médium Divaldo Pereira Franco. Somente no ano de 1956, Joanna revelou-se
por solicitação de Divaldo.
Vamos encontrar referências sobre este Espírito, à época de Jesus, como Joana de Cusa
(torturada e queimada juntamente com seu filho, por não repudiar Jesus). Mais tarde, foi Clara - a
Irmã Lua - discípula de Francisco, o Sol de Assis. No México, viveu como Sóror Juana Inés de la
Cruz, no século XVII (onde lutou pelo direito da mulher à vida intelectual). E a última reencarnação
de que se tem notícia foi a Abadessa Joana Angélica de Jesus, personagem importante da luta
pela independência, na Bahia (1761/1823).
Joanna de Ângelis integrou a equipe do Espírito de Verdade para o trabalho de implantação
da Doutrina Espírita. Podemos encontrar duas mensagens suas em O Evangelho Segundo o
Espiritismo: “A paciência” (Cap. IX, item 7) e “Dar-se-á àquele que tem” (Cap. XVIII, item 15);
ambas são assinadas por “Um Espírito Amigo”.
No Mundo Espiritual, Joanna de Ângelis participa do movimento de Evangelização Espírita
Cristã, atendendo a entidades vinculadas às ideias da Igreja, que se equivocaram e se encontram
em regiões dolorosas do mundo espiritual. Seus planos de construir na Terra uma comunidade
realmente cristã levaram aproximadamente um século para se materializar. Joanna procurou
Francisco de Assis e solicitou-lhe que auxiliasse na concretização destes planos. Foi atendida,
com a condição de que jamais deixasse faltar a caridade e o amor aos infelizes. Assim, foi fundada
por Divaldo Pereira Franco a Mansão do Caminho, sustentada espiritualmente por Joanna de
Ângelis, Francisco de Assis e outros colaboradores.
REFERÊNCIAS:
FRANCO, Divaldo Pereira e SAID, Cezar Braga. Joanna e Jesus – Uma história de amor. 2ªed. Curitiba, PR: FEP, 2019.
KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Rio de Janeiro. RJ: CELD, 2003.
SANTOS, Celeste e FRANCO, Divaldo Pereira. A veneranda Joanna de Ângelis. Salvador, BA: LEAL, 1995.
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
INTRODUÇÃO
Realizamos, em 2022, um Encontro que abordou o tema “Vencendo os Vícios”. Este tema nos
fez refletir sobre os tipos de vícios físicos e morais sob a ótica da Doutrina Espírita, os fatores sociais e
espirituais desencadeadores dos vícios e os malefícios causados pelos vícios que extrapolam os limites
Jesus são roteiros oferecidos à humanidade para a formação da educação moral do espírito, a
No Encontro deste ano estudaremos o tema “Desafio de ser Feliz”. Segundo Joanna de Ângelis
podemos e devemos ser feliz, pois está em nós a liberdade de escolha e a opção de ser feliz. Então, o
reflexão sobre o comportamento do espírito diante das situações da vida e dos resultados felizes ou
infelizes que logramos diante de nossas escolhas. E, por fim, pensaremos sobre as orientações
Jesus sobre o caminho que devemos delinear para o progresso e a felicidade do Espírito imortal.
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
MEDITEMOS
em Deus.
(Joanna de Ângelis. Vida Feliz. Cap. XLIII. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
Objetivos:
O que é Felicidade?
Segundo o Dicionário:
(…)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
Assim, a felicidade tem a ver com a identificação do indivíduo com os seus sentidos e
sensações, os seus sentimentos e emoções, ou as suas mais elevadas aspirações idealistas,
culturais, artísticas, religiosas, com a verdade.”
(Joanna de Ângelis. O Ser Consciernte. Cap.9. “A Felicidade”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
“O prazer não significa somente aquilo que agrada em determinado período da existencia
física, mas tudo quanto proporciona alegria, bem-estar, felicidade, emulação para o crescimento
interior, conforto, paz…”
“Não, por isso que a vida lhe foi dada como prova ou expiação. Dele, porém, depende a
suavização de seus males e o ser tão feliz quanto possível na Terra.”
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.1. Primeira Parte. “Decisão de ser Feliz”. Psicografia Divaldo
Pereira Franco. LEAL.)
Concebe-se que o homem será feliz na Terra, quando a Humanidade estiver transformada.
Mas, enquanto isso se não verifica, poderá conseguir uma felicidade relativa?
“O homem é quase sempre o obreiro da sua própria infelicidade. Praticando a lei de Deus, a
muitos males se forrará e proporcionará a si mesmo felicidade tão grande quanto o comporte a
sua existência grosseira.”
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
(Joanna de Ângelis. O Homem Integral. Cap. 7. “Leis Cármicas e Felicidade”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
“Todos os grandes líderes da Humanidade lutaram até lograr sua meta — alcançar o que
haviam elegido como felicidade, como fundamental para a contínua busca.
Maomé
Gandhi
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
A felicidade terrestre é relativa à posição de cada um. O que basta para a felicidade de
um, constitui a desgraça de outro. Haverá, contudo, alguma soma de felicidade comum
a todos os homens?
“Com relação à vida material, é a posse do necessário. Com relação à vida moral, a
consciência tranquila e a fé no futuro.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 922. CELD.)
“O egoísmo é irmão do orgulho e procede das mesmas causas. É uma das mais terríveis
doenças da alma, o maior obstáculo aos aperfeiçoamentos sociais.
(…)
Não haverá, pois, paz entre os homens, não haverá segurança, felicidade social, enquanto o
egoísmo não for vencido, enquanto os privilégios, as desigualdades chocantes não desaparecerem e
cada um participar, na medida do seu trabalho e dos seus méritos, no bem-estar de todos. Não pode
haver nem paz nem harmonia sem a justiça.”
Postos de lado os defeitos e os vícios sobre os quais ninguém poderia enganar-se, qual o
sinal mais característico da imperfeição?
“É o interesse pessoal. (…) O apego às coisas materiais é um sinal notório de inferioridade,
porque, quanto mais o homem se prende aos bens deste mundo, menos compreende o seu
destino; pelo desinteresse, ao contrário, ele prova que vê o futuro de um ponto de vista mais
elevado.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 895. CELD.)
“(…) O homem, frequentemente, só é infeliz pela importância que dá às coisas deste mundo; a
vaidade, a ambição e a cupidez frustradas é que fazem sua infelicidade. Se ele se coloca
acima do círculo estreito da vida material; se ele eleva seus pensamentos na direção do
Infinito, que é o seu destino, as vicissitudes da Humanidade lhe parecem, então, mesquinhas e
pueris, como a tristeza da criança que se aflige pela perda de um brinquedo que constituía sua
felicidade suprema. Aquele que só vê felicidade na satisfação do orgulho e dos apetites
grosseiros é infeliz, quando não pode satisfazê-los, enquanto que aquele que nada pede ao
supérfluo é feliz com o que outros consideram calamidades.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 933. (comentário de Allan Kardec). CELD.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
“O homem está sempre em busca da felicidade que constantemente lhe foge, porque a
felicidade verdadeira não existe sobre a Terra. Entretanto, apesar das vicissitudes que formam
o cortejo inevitável desta vida, poderia, pelo menos, desfrutar de uma felicidade relativa, mas
ele a procura nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, isto é, nos prazeres
materiais, em vez de buscá-la nos prazeres da alma que são uma amostra dos eternos prazeres
celestes; em vez de procurar a paz do coração, única felicidade real neste mundo, ele deseja
ardentemente tudo o que pode agitá-lo e perturbá-lo; e, coisa interessante, o homem parece
criar para si, propositadamente, tormentos que só a ele pertencia evitar.”
“Quando se elege uma existência enriquecida de paz e bem-estar, não se está eximindo ao
sofrimento, às lutas, às dificuldades que aparecem. Pelo contrário, eles sempre surgem como
desafios perturbadores, que a pessoa deve enfrentar, sem perder o rumo nem alterar o prazer que
experimenta na preservação do comportamento elegido. Transforma, dessa maneira, os estímulos
afligentes em contribuição positiva, não se lamentando, não sofrendo, não desistindo.
Quem, na luta, apenas vê sofrimento, possui conduta patológica, necessitando de
tratamento adequado.
A vida é bênção, e deve ser mantida saudável, alegre, promissora, mesmo quando sob a
injunção libertadora de provas e expiações.
Tornando tua vida agradável, serão frutíferos e ensolarados todos os teus dias.”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.1. “Decisão de ser Feliz”. Primeira Parte.
Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
“O empenho para a busca da felicidade conduz à eleição de objetivos fora do mundo físico.
Todavia, não é necessário alienar-se do mundo, odiá-lo, para conseguir por meio de transferências e
fugas psicológicas….”
(Joanna de Ângelis. O Ser Consciente. Cap.9. “A Felicidade”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
“A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Uma das maiores
satisfações que lhe são concedidas na Terra é a de encontrar corações que simpatizam com o
seu; ela lhe dá, dessa forma, as primícias da felicidade que lhe está reservada no mundo dos
espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benevolência: é um gozo recusado ao egoísta.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 938. (comentário de Allan Kardec). CELD.)
Joanna de Ângelis assevera que não existe uma fórmula mágica para a
felicidade, entretanto, a Benfeitora Espiritual nos orienta que a busca pela
felicidade deve caracterizar-se pelo conhecimento de si mesmo, pela
concientização das próprias aspirações e pelos objetivos da vida.
Então, ela nos convida a refletir sobre o tema 2:
“O que eu sou e o que eu serei depende de mim?”
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
Objetivos:
Que é o espírito?
“Deus criou todos os espíritos simples e ignorantes, isto é, sem saber. Deu, a cada um deles,
uma missão, com o objetivo de esclarecê-los e de fazê-los chegar, progressivamente, à
perfeição, pelo conhecimento da verdade e para aproximá-los dele. A felicidade eterna e sem-
mescla está, para eles, nesta perfeição. Os espíritos adquirem esses conhecimentos
passando pelas provas que Deus lhes impõe. Uns aceitam estas provas com submissão e
chegam mais prontamente ao objetivo que lhes está destinado; outros só as suportam
murmurando e, assim, permanecem, por sua culpa, afastados da perfeição e da felicidade
prometida.”
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
“(...) É certo que o Espírito renasce onde se lhe torna melhor para o
processo da evolução. Como, todavia, ninguém vem à Terra para sofrer,
senão para reparar, adquirir novas experiências, desenvolver aptidões,
crescer interiormente, todos esses empecilhos que defronta fazem parte da
sua proposta de educação, devendo equipar-se de valores e de
discernimento para superá-los e, livre de toda constrição restritiva à sua
liberdade, avançar com desembaraço na busca da sua afirmação
planificadora.”
(Joanna de Ângelis. Plenitude. Cap.3. “Origens do Sofrimento”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.2. “Liberdade de Escolha”. Primeira Parte.
Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
“Intrinsecamente livre, criado para a vida feliz, o homem traz, no entanto, ínsitos na própria
consciência, os limites da sua liberdade. Liberdade legítima decorre da legítima responsabilidade, não
podendo aquela triunfar sem esta.
A responsabilidade resulta do amadurecimento pessoal em torno dos deveres morais e sociais,
que são a questão matriz fomentadora dos lídimos direitos humanos.”
(Joanna de Ângelis. Leis Morais da Vida. Cap.49. “Direito de Liberdade”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
“Livre, é o Espírito que se domina e se conquista, movimentando-se com sabedoria por toda
parte, idealista e amoroso, superando as injunções pressionadoras e amesquinhantes.”
(Joanna de Ângelis. O Homem Integral. Cap.1. “Liberdade”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
Há, no homem, algo que escape a qualquer constrangimento e, através do qual, ele
goze de uma liberdade absoluta?
“É no pensamento que o homem goza de uma liberdade sem limite, pois ele não conhece
entraves. Pode-se deter-lhe o impulso, mas não anulá-lo.”
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.2. “Liberdade de Escolha”. Primeira Parte.
Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.2. “Liberdade de Escolha”. Primeira Parte.
Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
(Joanna de Ângelis. Vidas Vazias. Cap.29. “A Inveja”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
“És infeliz, porque é impossível ser feliz fazendo o mal; por que então permaneceres no
sofrimento, quando depende de ti sair dele? Olha os bons espíritos que te cercam, vê como
são felizes, pensa se não seria muito mais agradável para ti desfrutar da mesma felicidade.
Tu dizes que isso é impossível, porém, nada é impossível àquele que quer, pois Deus te deu,
e a todas as suas criaturas, a liberdade de escolher entre o bem e o mal, isto é, entre a
felicidade e a desgraça, e ninguém está condenado a fazer o mal. Se tu tens a vontade de
fazer o mal, também podes ter a de fazer o bem e ser feliz.”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XXVIII. Item 76. CELD.
É necessário que te envolvas com o programa divino. Todo aquele que se não envolve
positivamente, nunca se desenvolve.
Se preferires sofrer, terás liberdade para a experiência até o momento em que te transfiras
para a opção do bem-estar.
Desse modo, não transformes incidentes de pequena monta, coisas e ocorrências
corriqueiras, em tragédias.
Ninguém tem o destino do sofrimento. Ele é resultado da ação negativa, jamais a causa.”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.2. “Liberdade de Escolha”. Primeira Parte.
Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
“Tanto os sofrimentos devidos a causas anteriores como os resultantes das faltas atuais são,
muitas vezes, a consequência natural da falta cometida...
... Se nos elevarmos pelo pensamento, de modo a abranger uma série de existências,
veremos que a cada um é dado o que merece... e que a justiça de Deus nunca é
interrompida.
O homem jamais deve perder de vista que está em um mundo inferior onde é mantido
pelas suas imperfeições...”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. V. Item 7. CELD.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
Qual o meio prático mais eficaz para se melhorar nesta vida e resistir ao
arrastamento do mal?
“Um sábio da Antiguidade vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo.”
“Faze uma avaliação honesta da tua existência, sem consciência de culpa, sem pieguismo
desculpista, sem coerção de qualquer natureza, e logo depois desperta para o que deves produzir
de bom, de útil, de construtivo empenhando-te na realização da tua liberdade de ser feliz.”
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.2. “Liberdade de Escolha”. Primeira Parte.
Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
“O dever é a obrigação moral, diante de si mesmo em primeiro lugar, e, depois, dos outros. O
dever é a lei da vida;(…)
O dever é muito difícil de ser cumprido na ordem dos sentimentos, porque se encontra em
antagonismo com as seduções do interesse e do coração. Suas vitórias não têm
testemunhas e suas derrotas não têm repressão. O dever íntimo do homem depende do seu
livre-arbítrio; o aguilhão da consciência, esta guardiã da integridade de caráter, o adverte e o
sustenta, mas frequentemente se mostra impotente diante dos falsos argumentos gerados
pela paixão.
O dever do coração, quando fielmente observado, eleva o homem; mas como determinar
esse dever? Onde começa? Onde termina? O dever começa precisamente no ponto em que
ameaçais a felicidade ou a tranquilidade do vosso próximo, e termina no limite que não
desejaríeis ver transposto por ninguém em relação a vós mesmos.”
Quais ações devem ser adotadas para se ampliar o conhecimento sobre si mesmo?
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
CONCLUSÃO
Objetivo:
Concluir que a prática da lei de justiça, amor e caridade oportuniza o progresso e a felicidade do
Espírito imortal.
“O Cristo vos disse: Querei para os outros o que quereríeis para vós mesmos. Deus colocou
no coração do homem a regra de toda a verdadeira justiça, pelo desejo de cada um ver
respeitados os seus direitos.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 876. CELD.)
Qual seria o caráter do homem que praticasse a justiça em toda a sua pureza?
“Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das
ofensas.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 886. CELD.)
“O amor e a caridade são o complemento da lei de justiça, pois amar o próximo é fazer-lhe
todo o bem que nos seja possível e que desejaríamos que nos fizessem. Esse é o sentido
das palavras de Jesus: Amai-vos uns aos outros, como irmão.”
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 886. Comentário de Allan Kardec. CELD.)
“Amar o próximo como a si mesmo; fazer aos outros o que desejamos que os outros façam
por nós” é a expressão mais completa da caridade, pois resume todos os deveres para com
o próximo. Não pode haver guia mais seguro a esse respeito do que tomar como medida do
que se deve fazer aos outros, o mesmo que desejamos para nós. Com que direito se exigirá
um bom procedimento dos nossos semelhantes, se não temos para com eles a indulgência,
a benevolência e o devotamento? A prática desses ensinamentos conduz à destruição do
egoísmo; quando os homens os usarem como regra de comportamento, e como base das
suas instituições, compreenderão a verdadeira fraternidade e farão reinar entre eles a paz e
a justiça; não haverá mais ódios nem divergências de opiniões, mas união, concórdia e
benevolência mútua.”
(Allan Kardec. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap. XI. Item 4. CELD.)
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
Para concluir:
Segundo Joanna de Ângelis o Psiquismo Divino flui atravês de cada um nós. Deus nos
sustenta e nos conduz todos os dias da vida. Há um fluxo e refluxo de força que percorre o ser e o
impulsiona ao prosseguimento. Depende de cada ser humano coordenar os movimentos, eleger a
meta e avançar.
Assim, ao se submeter a essa força vital, tudo se torna acessível, e pode-se chegar ao bom
termo e aspirar à paz.
A benfeitora nos esclarece que a felicidade pode ser comparada a um bumerangue, quando
de retorno a quem o atirou em direção benéfica. Faz-se indispensável propiciá-la aos outros, a fim de
que os seus efeitos saudáveis harmonizem aqueles que a espalharam.
Portanto, é de suma importância que busquemos o autoconhecimento a fim de promover no
espírito mudanças significativas no seu psiquismo, libertando-o de atavismos e proporcionando o
bem-estar e a paz interior, pois Deus colocou em nós um sentimento que nos conduz ao desejo de
ser feliz e o espírito São Luiz, em O Livro dos Espíritos, nos assegura que todos nós temos a
irresistível necessidade de sair da inferioridade e de ser feliz.
(Joanna de Ângelis. Momentos de Saúde e Consciência. Cap.1. “Decisão de ser Feliz”. Primeira Parte.
Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
(Joanna de Ângelis. Otimismo. Cap.34. “Em torno da Felicidade”. Psicografia Divaldo Pereira Franco. LEAL.)
(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Questão 1006. CELD.)
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
ANEXO 1
Biografia de Buda
Buda, que em hindu quer dizer “Iluminado”, foi o nome dado a Siddhartha Gautama, líder religioso que
viveu na Índia, cuja bondade e sabedoria lhe valeram esse título. É considerado pelos budistas o
“Supremo Buda”, o fundador do budismo.
Buda (Siddartha Gautama) nasceu por volta do ano de 563 a. C. na localidade de Kapilavastu, capital
do reino de Sakia, na região setentrional e montanhosa da Índia, que hoje faz parte do território do
Nepal.
Infância e juventude
Filho de Sudoana, chefe de uma oligarquia tribal da dinastia Sakia, e de Mahamaya, ficou órfão de mãe
sete dias após seu nascimento.
Diz a tradição que, uma noite antes do parto, sua mãe sonhou que um elefante branco lhe penetrava o
ventre. Os brâmanes interpretaram que a criança se tornaria um monarca universal ou um místico de
altíssima hierarquia, um Buda.
Sua mãe deu a luz ao ar livre, nas pradarias de Lumbini, durante uma visita a seus pais, local onde se
ergue um monumento comemorativo.
Durante o batismo de Buda os brâmanes se reuniram e confirmaram a profecia sobre o menino, e
acrescentaram que se ele permanecesse no palácio paterno reinaria sobre o mundo.
Porém, seu pai o educou na abundância e no luxo, sendo preparado para ser um guerreiro e líder
político tornando-se o seu sucessor.
Com 16 anos, Buda casou-se com sua prima Yaçodhara, que lhe deu um filho de nome Rahula.
A busca da verdade
Nessa época, a vida na Índia era difícil, os habitantes eram numerosos, o alimento escasso, e a divisão
dos bens desigual, de modo que a fome e a miséria se integravam no dia a dia da maior parte da
população.
Segundo os textos sagrados, Siddartha, jovem, rico e bem-casado, tinha tudo para se sentir satisfeito,
porém, demonstrava tendência para a meditação e para o pensamento filosófico e espiritual.
Miséria, velhice, doença e morte eram problemas dos quais jamais pensara em seus 29 anos de idade,
até descobri-los em um passeio pela cidade.
Foi para ele um choque, em contraste com a beleza de sua esposa e de seu filho e com o luxo que os
cercava. A realidade passou a impressioná-lo.
Essa perplexidade foi se avolumando pouco a pouco, até o momento de raspar a cabeça em sinal de
humildade, e trocar as suas suntuosas roupas pelo despretensioso traje amarelo dos monges.
Buda afastou-se do palácio, abandonando família, bens e passado, e se lançou ao mundo em busca de
explicações para o enigma da vida.
Novato em questões espirituais, o andarilho juntou-se a cinco ascetas, e com eles passou a jejuar e
fazer orações, mas, como o estômago vazio não lhe ensinasse nada de novo, perdeu a fé no sistema e
voltou a comer.
Os cinco místicos decepcionados, abandonaram Gautama, que durante os seis anos seguintes passou
o seu tempo meditando em total solidão.
O despertar espiritual
Conta a tradição que para meditar Gautama sentava-se à sombra de uma grande figueira, que os
hindus chamam de “bodhi” e veneram como árvore sagrada.
Em suas meditações ele teve visões de "Mara" – o demônio da paixão, que ora lhe atacava com chuva
e raios, ora lhe oferecia vantagens para demovê-lo de seu propósito.
Após 49 dias, Mara teve de se conformar com a derrota, deixando Gautama em paz. Ocorreu então o
despertar espiritual que o jovem tanto procurava.
Iluminado por um novo entendimento de todas as coisas da vida rumou para a cidade de Benares, à
margem do rio Ganges, a fim de transmitir o que lhe acontecera.
A princípio, Gautama encontrou descrença e desconfiança, mas, pouco a pouco, encontrou seguidores
que reverenciaram sua iluminação, passando a tratá-lo por “Buda”.
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
Os ensinamentos de Buda
Os ensinamentos de Buda criticavam diversos aspectos do hinduísmo tradicional, mas também
endossava muitos dos seus seculares conceitos:
Entre esses conceitos, aceitava a ideia de que todos os seres vivos cumprem um ciclo infinito –
nascimento, morte e reencarnação, um dos elementos básicos da religião hindu.
Adotou também a teoria do “karma”, uma espécie de lei cósmica, segundo a qual o
comportamento virtuoso durante uma encarnação traria recompensa em encarnações futuras,
enquanto uma conduta perversa implicaria em castigo.
Outro ponto em que a doutrina de Buda permaneceu fiel às instituições religiosas hindus foi a
renúncia às coisas terrenas como meio para atingir a sabedoria e a perfeição.
Os monges que se consagram ao cumprimento integral das normas budistas pautam sua vida por um
desprendimento total: possuem apenas a roupa que vestem e um rosário para orações. Dependem da
caridade alheia.
Durante 45 anos em que pregou sua doutrina, por todas as regiões da Índia, o Buda mencionou sempre
as Quatro Verdades (a velhice, a dor, a morte e a superação de tudo isso mediante a contemplação).
Buda acrescentava ainda uma sentença, resumo de todo o seu pensamento – A Regra de Ouro: "Tudo
o que somos é resultado do que pensamos".
Os seguidores de Buda, embora desvinculados das coisas desse mundo, observam um profundo
respeito por todos que nele vivem. Consideram viver em paz com seus semelhantes, uma obrigação
fundamental de todos os indivíduos.
O espírito pacifista que leva os monges budistas ao extremo de poupar a vida até dos insetos, tem
origem num ensinamento do próprio Buda, que dizia: “O ódio não termina com o ódio, mas com o
amor”.
Buda fez questão de propagar que não era Deus, mas queria servir de exemplo para outras pessoas em
busca da salvação do espírito e do caminho para atingir o Dharma - o processo de amadurecimento
para a plena realização espiritual.
O Buda não é para os seguidores de sua doutrina um ente particular, mas um símbolo.
Morte
Durante sua vida, Buda teve que enfrentar não só a hostilidade de outras religiões mais antigas, como
também várias tentativas de assassinato por parte de um primo, que almejava seu lugar.
Em uma das viagens para a Índia do norte foi intoxicado por alimentos deteriorados que lhe foram
dados pelo povo da aldeia de Pavã.
Aos oitenta nos, ainda realizava peregrinações quando era acolhido com veneração por vários povos e
cidades.
Após banhar-se pela última vez no rio Kakyitã, dirigiu-se ao bosque de Kusinagara, hoje Kasia, Índia,
onde morreu serenamente no dia 15 de fevereiro de 483 a. C. Na Ásia do Norte, o nascimento de Buda
é comemorado no dia 8 de abril.
Frases de Buda
Só há um tempo em que é fundamental despertar. Esse tempo é agora.
A paz vem de dentro de você mesmo. Não a procure à sua volta.
Quanto mais coisas você tem, mais terá com o que se preocupar.
Por mais que na batalha se vença um ou mais inimigos, a vitória sobre si mesmo é a maior de
todas as vitórias.
A vida não é uma pergunta a ser respondida. É um mistério a ser vivido.
Jamais, em todo o mundo, o ódio acabou com o ódio; o que acaba com o ódio é o amor.
Guardar raiva é como segurar um carvão em brasa com a intenção de atirá-lo em alguém; é
você que se queima.
(Adaptado do site: https://www.ebiografia.com/buda/)
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
ANEXO 2
Biografia de Maomé
Maomé (570-632) foi um profeta muçulmano, chefe militar e legislador, fundador da religião muçulmana
e do império árabe.
Maomé (Mohammed) nasceu em Meca, na atual Arábia Saudita, no dia 22 de abril do ano 570 da era
cristã. Era filho de Aminah e de Abd Allah, do clã Hashim, uma ala pobre dos coraixitas, tribo guardiã da
“Caaba”, templo nacional do povo árabe.
Ficou órfão de pai mesmo antes de nascer e com seis anos perdeu sua mãe. Ficou sob a tutela de seu
tio Abu-Talib, coletor de impostos e mercador que o iniciou nas artes do comércio.
Em poucos anos Maomé tornou-se experiente em realizar caravanas. Acompanhava o tio até a Síria,
lutava contra os assaltantes e tomava grandes decisões. Sua honestidade valeu-lhe o apelido de “Al-
Amín” (o leal).
Aos 25 anos, Maomé era um dos diversos beduínos que andavam pelo deserto em lombo de camelo.
Com essa idade casa-se com sua prima Kadidja, rica, viúva e 15 anos mais velha do que ele. Dos
quatro filhos que tiveram, três morreram ainda criança. A única sobrevivente foi Fátima.
A Arábia politeísta
Muito antes de Maomé nascer, a Arábia sofria várias influências externas, tanto do cristianismo de
Bizâncio como das ideias religiosas dos judeus, dos abissínios e dos persas.
Meca era um importante e próspero centro comercial e religioso que abrigava na “Caaba” os ídolos de
todas as tribos da península e os deuses da religião de todos os chefes de caravanas que ali passavam.
Cultuava-se ali mais de 360 deuses.
A conquista de Meca
O objetivo de Maomé era a conquista de Meca. Declarou seu intento de manter a peregrinação anual a
Meca como um dos rituais básicos do islamismo. O tratado de Hudaiba propôs o fim das hostilidades e
autorizava os muçulmanos a peregrinar a Meca.
A trégua durou 10 anos, até que uma tribo começou a atacar um grupo de simpatizantes do profeta.
Maomé valeu-se desse pretexto para avançar sobre a cidade, à frente de um exército de dez mil
homens e apoderar-se dela.
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
Demonstrando sua visão política, Maomé manteve a peregrinação anual e o caráter sagrado de
"Caaba", embora tenha destruído inúmeros ídolos pagãos adorados em Meca.
Em 630 faz da “Caaba” o santuário muçulmano e proclama Meca a “Cidade Santa do Islão”. No interior
da Caaba encontra-se a "Pedra Negra", símbolo máximo do Islão, que o arcanjo Gabriel deu a Ismael
para selar a aliança de Deus com os homens.
Segundo a tradição, a "Caaba" teria sido construída por Abraão e seu filho Ismael, tornando-se um
grande centro religioso, atraindo judeus, cristãos e também os árabes. Segundo Maomé, todos os
árabes seriam descendentes de Ismael.
Maomé passou a receber diversos representantes tribais que vinham solicitar aliança e pagar tributo.
Constituiu-se uma federação de tribos, embrião do estado islâmico e dirigiu a unificação do povo árabe.
Alcorão
Desde 610, Maomé começou a redigir, em árabe, as revelações místicas de Deus, onde ele fala de sua
essência, de sua relação com os seres humanos e de como serão responsabilizados perante ele no
Juízo Final.
Por volta de 650, Maomé formou com elas o “Alcorão” (ou Corão), o livro sagrado muçulmano, com um
total de 114 capítulos e 6.226 versículos.
A nova religião foi chamada de “islamismo ou Islã”, que significa “submissão à vontade divina”, e seus
adeptos “muçulmanos”, “os que se submetem”.
Aqueles que acreditassem e obedecessem às leis do Corão seriam recompensados com o paraíso,
enquanto os que rejeitassem sua mensagem seriam castigados no inferno.
Morte
Maomé (Abulqasim Mohamed ibn Abdala al-Mutalib ibn Hashim) faleceu em Medina, Arábia, no dia 8
de junho de 632, no auge do poder. Sem deixar filho homem, a chefia do Islão passou a Abu-Bekr – o
primeiro califa – que teria sido um dos primeiros muçulmanos a permanecer ao seu lado.
ANEXO 3
Mahatma Gandhi (1869-1948) foi um líder pacifista indiano. Principal personalidade da independência
da Índia, então colônia britânica, ganhou destaque na luta contra os ingleses por meio de seu projeto de
não violência.
Além de sua luta pela independência da Índia, também ficou conhecido por seus pensamentos e sua
filosofia. Recorria a jejuns, marchas e à desobediência civil, ou seja, estimulava o não pagamento dos
impostos e o boicote aos produtos ingleses.
As rivalidades entre hindus e muçulmanos retardaram o processo de independência. Com o início da
Segunda Guerra Mundial, Gandhi voltou a lutar pela retirada imediata dos britânicos do seu país. Só em
1947 os ingleses reconheceram a independência da Índia.
Infância e formação
Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma Gandhi, nasceu em Porbandar na Índia, no
dia 2 de outubro de 1869. Sua família pertencia à casta dos comerciantes, conhecida por bania. Foi
criado sob a crença no deus hindu Vishnu, que tem como preceito a não violência.
Como era costume, Gandhi teve um casamento arranjado aos 13 anos de idade. Nessa época, a Índia
estava sob o domínio britânico. Foi para Londres estudar Direito e, em 1891, voltou ao seu país para
exercer a profissão.
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
Em 1894, fundou uma seção do Partido do Congresso Indiano destinada a lutar pelos direitos de seu
povo. Em 1904, Gandhi começou a editar o jornal “Opinião Indiana”.
Nessa época, além dos textos religiosos hindus, Gandhi leu os Evangelhos, o Corão e as obras de
Ruskin, Leon Tolstói e Henry David, quando descobriu as bases da desobediência civil.
Em 1908, escreveu “Autonomia Indiana”, em que ele coloca em discussão os valores da civilização
ocidental. Em 1914, retornou ao seu país e começou a difundir suas ideias.
Independência da Índia
Terminada a Primeira Guerra Mundial, a burguesia na Índia desenvolveu forte movimento nacionalista,
formando o Partido do Congresso Nacional Indiano, tendo como líderes Mahatma Gandhi e Jawaharlal
Nahru.
O programa pregava: a independência total da Índia, uma confederação democrática, a igualdade
política para todas as raças, religiões e classes, as reformas socioeconômicas e administrativas e a
modernização do Estado.
Mahatma Gandhi destacou-se como principal personagem da luta pela independência indiana. Recorria
a marchas e a desobediência civil, incentivando o não pagamento de impostos e o boicote aos produtos
ingleses.
Embora usassem a violência na repressão ao movimento nacionalista da Índia, os ingleses evitavam o
confronto aberto. Em 1922, uma greve contra o aumento de impostos reúne uma multidão que queima
um posto policial e Gandhi é detido, julgado e condenado a seis anos de prisão.
Libertado em 1924, Gandhi abandonou por alguns anos a atividade política ostensiva. Em 1930,
organizou e liderou a célebre marcha para o mar, quando milhares de pessoas andaram mais de 320
quilômetros, de Ahmedhabad a Dandi, para protestar contra os impostos sobre o sal.
As rivalidades que existiam entre hindus e muçulmanos, que tinham como representante Mohammed Ali
Jinnah e que defendiam a criação de um Estado muçulmano, retardaram o processo de independência.
Em 1932, sua greve de fome chama a atenção do mundo inteiro.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, Gandhi volta à luta pela retirada imediata dos britânicos do
seu país.
Em 1942, foi preso novamente. Por fim, em 1947 os ingleses reconheceram a independência da Índia,
contudo mantendo seus interesses econômicos.
Território dividido
Logo após a independência, Gandhi procurou evitar a luta entre hindus e muçulmanos, mas seus
esforços de nada adiantaram. Em Calcutá, as lutas deixaram um saldo de 6 mil mortos.
Por fim, o governo decidiu aprovar a divisão da Índia, por critérios religiosos, em duas nações
independentes – a Índia, de maioria hindu, governada pelo primeiro-ministro Nehru, e o Paquistão, com
maioria muçulmana.
Essa divisão gerou violenta migração de hindus e muçulmanos em direção opostas da fronteira, que
resultou em sérios conflitos. Gandhi foi obrigado a aceitar a divisão do país, o que atraiu o ódio dos
nacionalistas.
Morte
Um ano após conquistar a independência, Gandhi foi assassinado a tiros por um hindu quando se
encontrava em Nova Délhi, capital indiana.
Segundo a tradição, seu corpo foi incinerado e suas cinzas foram jogadas no Rio Ganges, local sagrado
para os hindus.
Mahatma Gandhi morreu em Nova Délhi, Índia, no dia 30 de janeiro de 1948.
Pensamento de Gandhi
A atividade política de Mahatma (grande alma) esteve sempre ligada ao seu pensamento filosófico da
não violência, o único caminho para a conquista da igualdade.
Opor violência a violência só aumenta o mal. Para ele, a libertação da alma humana em relação à
servidão terrestre só pode ser alcançada através de uma disciplina diária, uma rigorosa meditação,
jejuns e orações o que conduz a um completo domínio dos sentidos.
Gandhi é considerado uma importante referência histórica para os movimentos pacifistas ocorridos no
mundo.
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Tema: “Desafio de ser Feliz”
ANEXO 4
Jesus Cristo foi o grande profeta. Para os cristãos, é o filho de Deus e a segunda pessoa da Santíssima
Trindade que veio ao mundo para pregar o Evangelho. O cristianismo concretizou a importância de
Jesus Cristo ao datar a contagem do tempo a partir de seu nascimento.
Nascimento de Jesus
Jesus Cristo ou Jesus de Nazaré nasceu em Belém cidade da Judeia, provavelmente no ano 6 a.C. A
diferença entre o nascimento "real" de Jesus e o “ano zero” do calendário cristão se deve a um erro de
datação quando a Igreja, através do monge Dionísio Exíguo encarregado pelo papa, resolveu reformular
o calendário, no século VI.
Filho de José, um carpinteiro, e de Maria, que segundo o dogma cristão, foi concebida pelo Espírito
Santo, nasceu no final do reinado de Herodes I, que terminou em 4 a.C. ano de sua morte, quando
Roma dominava a Palestina.
A data do nascimento de Jesus é uma incógnita, 25 de dezembro era a data em que os romanos
celebravam sua festa de solstício de inverno, a noite mais longa do ano. Quase todos os povos
comemoravam esse acontecimento, desde o início da civilização.
O dia em que Jesus nasceu não consta na Bíblia foi uma escolha da igreja, VI séculos depois, para
coincidir com as festas de fim de ano a semana entre o Natal e o Ano Novo.
As principais fontes de informação sobre a vida de Jesus são os quatro Evangelhos Canônicos,
pertencentes ao Novo Testamento e escritos originalmente em grego, em diferentes épocas, pelos
seguidores dos discípulos Mateus, Marcos, João e Lucas.
Segundo o Evangelho de São Lucas, Jesus nasceu em Belém porque na época o imperador Augusto
obrigou seus súditos a se registrarem no primeiro censo do império, dessa forma, todos deveriam
retornar à cidade de origem para se alistar. Como a família de José era de Belém ele voltou para sua
cidade levando Maria já grávida.
No relato de São Mateus, José soube em sonho que Maria (mãe de Jesus) daria a luz a um menino.
Quando Jesus nasceu, os reis magos (integrantes de uma casta de sábios da Pérsia) seguiram uma
estrela que os conduziu à Belém.
Infância e Juventude
Jesus foi levado pela família para o Egito, em seguida, foi morar em Nazaré, na Galileia. Essa fuga para
o Egito, segundo relata Mateus, foi para escapar de uma sentença de morte anunciada por Herodes I,
que ao saber do nascimento do "Filho de Deus", manda matar todas as crianças de até 2 anos,
nascidos em Belém.
Jesus passou a infância e a juventude em Nazaré na Galileia. O Evangelho de Lucas conta que aos 12
anos ele viajou com os pais, de Nazaré para Jerusalém, para celebrar o Pessach - a Páscoa Judaica.
Quando estavam no caminho de volta para Nazaré, José e Maria perceberam que Jesus não estava
com eles. Procuraram durante 3 dias e decidiram voltar ao Templo de Jerusalém, local sagrado para os
judeus, onde encontraram Jesus discutindo com os sacerdotes. Segundo Lucas "Todos que o ouviam
se admiravam com sua inteligência".
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24o Encontro Espírita sobre Joanna de Ângelis
Tema: “Desafio de ser Feliz”
Com 13 anos, Jesus celebrou o barmitzvah, ritual que marca a maioridade religiosa dos judeus. No
Evangelho de Marcos, o mais antigo, Jesus é chamado de Tekton, que no grego do século I se referia a
um pedreiro. Os evangelhos de São Marcos e Mateus citam que Jesus tinha 4 irmãos: Thiago, José,
Simão e Judas, além de 2 irmãs, não nomeadas.
Segundo a historiadora Paula Fredriksen, da Universidade de Boston, os 4 irmãos de Jesus tinham o
nome de fundadores da nação de Israel. Seu próprio nome em aramaico, Yeshua, recordava o homem
que teria sido o braço direito de Moisés e liderado os israelitas no êxodo do Egito.
Há um consenso entre os pesquisadores, que aos 20 anos, Jesus seguia a seita dos essênios, uma
entre tantas outras que os judeus se dividiram para ir contra os romanos, uma vez que Pôncio Pilatos,
que assumiu o governo da Judeia, desdenhava da fé dos judeus por acreditarem em um Deus único.
Existe semelhança entre a seita dos essênios e a que Jesus fundaria - ambas viviam sem bens
privados, em regime de pobreza voluntária e chamavam Deus de "pai". Essa hipótese foi reforçada com
a descoberta dos manuscritos do Mar Morto em 1947. Eles continham detalhes de uma comunidade
ligada aos essênios.
Batismo de Jesus
Os escritos sagrados relatam que João Batista pregava mensagens de arrependimento e
transformação, e usava o batismo como forma de purificar seus seguidores, que deveriam confessar
seus pecados e fazer votos de uma vida honesta.
Jesus, já adulto, por volta dos 30 anos, aparece nas escrituras pedindo a João para ser batizado.
Depois de purificado nas águas do rio Jordão, Jesus parte para sua vida de pregações e milagres.
Tal como João Batista, Jesus via o mundo dividido entre forças do bem e do mal. E que Deus logo viria
intervir para acabar com o sofrimento. Ambos, segundo pesquisadores, eram "Profetas apocalípticos".
Jesus, já com seus 12 discípulos, em plena pregação, recebeu a notícia da morte de João Batista,
ordenada pelo Rei Herodes Antipas, filho de Herodes I, o Grande, em vingança pela atitude de João
haver condenado publicamente o rei, que havia violado o 10º mandamento da lei judaica.
ANEXO 5
Joana de Cusa
“Entre a multidão que invariavelmente acompanhava a Jesus nas pregações do lago, achava-se
sempre uma mulher de rara dedicação e nobre caráter, das mais altamente colocadas na sociedade
de Cafarnaum. Tratava-se de Joana, consorte de Cusa, intendente de Ântipas, na cidade onde se
conjugavam interesses vitais de comerciantes e de pescadores.
Joana possuía verdadeira fé; contudo, não conseguiu forrar-se às amarguras domésticas,
porque seu companheiro de lutas não aceitava as claridades do Evangelho. Considerando seus
dissabores íntimos, a nobre dama procurou o Messias, numa ocasião em que ele descansava em casa
de Simão, e lhe expôs a longa série de suas contrariedades e padecimentos. O esposo não tolerava a
doutrina do Mestre. Alto funcionário de Herodes, em perene contato com os representantes do Império,
repartia as suas preferências religiosas, ora com os interesses da comunidade judaica, ora com os
deuses romanos, o que lhe permitia viver em tranquilidade fácil e rendosa. Joana confessou ao
Mestre os seus temores, suas lutas e desgostos no ambiente doméstico, expondo suas
amarguras em face das divergências religiosas existentes entre ela e o companheiro.”
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Os anos passaram e o esforço perseverante lhe multiplicou os bens da fé, na marcha laboriosa
do conhecimento e da vida. As perseguições políticas desabaram sobre a existência do seu
companheiro. Joana, contudo, se mantinha firme. Torturado pelas ideias odiosas de vingança, pelas
dívidas insolváveis, pelas vaidades feridas, pelas moléstias que lhe verminaram o corpo, o ex-
intendente de Ântipas voltou ao plano espiritual, numa noite de sombras tempestuosas. Sua esposa,
todavia, suportou os dissabores mais amargos, fiel aos seus ideais divinos edificados na confiança
sincera. Premida pelas necessidades mais duras, a nobre dama de Cafarnaum procurou trabalho para
se manter com o filhinho que Deus lhe confiara. Algumas amigas lhe chamaram a atenção, tomadas de
respeito humano. Joana, no entanto, buscou esclarecê-las, alegando que Jesus igualmente havia
trabalhado, calejando as mãos nos serrotes de modesta carpintaria e que, submetendo-se ela a uma
situação de subalternidade no mundo, se dedicara primeiramente ao Cristo, de quem se havia feito
escrava devotada. Cheia de alegria sincera, a viúva de Cusa esqueceu o conforto da nobreza material,
dedicou-se aos filhos de outras mães, ocupou-se com os mais subalternos afazeres domésticos, para
que seu filhinho tivesse pão. Mais tarde, quando a neve das experiências do mundo lhe alvejou os
primeiros anéis da fronte, uma galera romana a conduzia em seu bojo, na qualidade de serva humilde.
No ano 68, quando as perseguições ao Cristianismo iam intensas, vamos encontrar, num dos
espetáculos sucessivos do circo, uma velha discípula do Senhor amarrada ao poste do martírio, ao lado
de um homem novo, que era seu filho.
Ante o vozerio do povo, foram ordenadas as primeiras flagelações.
— Abjura!... — exclama um executor das ordens imperiais, de olhar cruel e sombrio.
A antiga discípula do Senhor contempla o céu, sem uma palavra de negação ou de queixa.
Então o açoite vibra sobre o rapaz seminu, que exclama, entre lágrimas:
“— Repudia a Jesus, minha mãe!... Não vês que nós perdemos?! Abjura!.. por mim, que sou teu
filho!
Pela primeira vez, dos olhos da mártir corre a fonte abundante das lágrimas. As rogativas
do filho são espadas de angústia que lhe retalham o coração.
— Abjura!... Abjura!
Joana ouve aqueles gritos, recordando a existência inteira. O lar risonho e festivo, as
horas de ventura, os desgostos domésticos, as emoções maternais, os fracassos do esposo,
sua desesperação e sua morte, a viuvez, a desolação e as necessidades mais duras... Em
seguida, ante os apelos desesperados do filhinho, recordou que Maria também fora mãe e,
vendo o seu Jesus crucificado no madeiro da infâmia, soubera conformar-se com os desígnios
divinos. Acima de todas as recordações, como alegria suprema de sua vida, pareceu-lhe ouvir
ainda o Mestre, em casa de Pedro, a lhe dizer: “— Vai filha! Sê fiel!" Então, possuída de força
sobre-humana, a viúva de Cusa contemplou a primeira vítima ensanguentada e, fixando no
jovem um olhar profundo e inexprimível, na sua dor e na sua ternura, exclamou firmemente:
— Cala-te, meu filho! Jesus era puro e não desdenhou o sacrifício. Saibamos sofrer
na hora dolorosa, porque, acima de todas as felicidades transitórias do mundo, é preciso ser fiel
a Deus!
A esse tempo, com os aplausos delirantes do povo, os verdugos lhe incendiavam, em derredor,
achas de lenha embebidas em resina inflamável. Em poucos instantes, as labaredas lamberam-lhe o
corpo envelhecido. Joana de Cusa contemplou com serenidade a massa de povo que lhe não entendia
o sacrifício. Os gemidos de dor lhe morriam abafados no peito opresso. Os algozes da mártir cercaram-
lhe de impropérios a fogueira:
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
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Filhos,
Vemos que, entre os homens, a aplicação das leis de justiça, de amor e de caridade –
são movimentos que demandam vontade, decisão, desejo de ser melhor, entendimento do
que é correto, nobre e elevado.
Embora sejam necessárias as leis humanas que implementam a justiça nas relações
humanas, o homem só será justo, quando perceber que o outro é igual a ele, é filho de Deus
como ele e que todas as diferenças são circunstanciais e passageiras; só assim, saberá,
dentro do próprio coração, dar a cada um o que lhe é devido.
Quanto à caridade, vale o mesmo raciocínio: para ser caridoso, é necessário o
desprendimento de si mesmo, o desejo de socorrer o outro, de compreender o outro, de
entender até mesmo as limitações que o outro tem.
Para amar, há que fazer do sentimento algo que eleva, que ajuda, que torna melhor os
que com você convivem, ou os que irão beneficiar-se das ações que partem do seu coração e
dos quais você não esperará recompensas. É amar no sentido grandioso do que é o Amor,
dentro daquilo que mais profundo consegue realizar.
Em todas estas leis, vemos que a decisão, a escolha, o uso correto do livre-arbítrio são
necessários.
Aquele que é justo, aquele que ama, aquele que é caridoso, no fundo do coração tem a
fé no futuro, a crença de que os outros ou o próprio mundo pode ser melhor com a ação dele,
mesmo que essa ação seja pequena.
É assim que a lei do progresso vai-se efetuando, à medida que o homem tem essas
noções grandiosas.
E o mais importante é que, para isto, não precisa ter riquezas, ter diplomas, ter bens,
ser de ascendência importante, ter boa posição social, pois Aquele que mais cumpriu a Lei de
Deus junto a nós, “para nos servir de modelo e guia”, asseverou um dia: “As raposas têm seus
covis e as aves dos céus têm seus ninhos; mas o Filho do Homem não tem onde reclinar a
cabeça.” *
Que o Senhor da Vida a todos abençoe.
Paz,
Victor
(Mensagem psicográfica recebida pelo médium Mário Coelho, em 3/12/2022, no CELD, RJ.)
* Matheus, 8:20.