Você está na página 1de 16

CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

TÍTULO I

CAPÍTULO I

NATUREZA E ÂMBITO DE APLICAÇÃO

ARTº 1º

DEFINIÇÕES
Para efeitos do presente Código, os termos a seguir indicados terão o significado que aqui lhes é
atribuído:

 COLABORADORES

Os membros dos órgãos de administração e de fiscalização e os trabalhadores


permanentes ou a termo bem como todos os representantes das entidades que
se relacionem profissionalmente com o Montepio Crédito.

 INSTITUIÇÃO

Montepio Crédito – Instituição Financeira de Crédito, S.A.

ARTº 2º

NATUREZA DAS NORMAS DEONTOLÓGICAS

As regras constantes do presente Código constituem normativos de conduta profissional a


observar pelos colaboradores do Montepio Crédito no desempenho das suas funções, a par de
outras disposições legais e regulamentares em vigor sobre a matéria.

ARTº 3º

ÂMBITO

O presente Código regula internamente os comportamentos a adoptar pelos colaboradores no


exercício das suas funções, bem como nas operações que efectuem.

Este documento, estabelece ainda os mecanismos de controlo interno, e de recepção e


tratamento de reclamações, em harmonia com o Regulamento Interno aplicável ao Montepio
Crédito, o qual visa a concretização dos princípios legais e regulamentares a que se subordina o
exercício da sua actividade.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 1 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

ARTº 4º

LIMITAÇÃO DO ÂMBITO DE APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE CONDUTA

Aos representantes das entidades que se relacionam profissionalmente com o Montepio Crédito é
efectuada uma aplicação limitada do presente Código de Conduta às seguintes disposições:

 Título III / Capítulo II – Informações e Publicidade / Marketing – Artigos 15º, 16º e 17º;

 Título IV / Capítulo III – Do exercício da Actividade – Artigos 26º, 27º, 28º, 29º e 30º.

TÍTULO II

CAPÍTULO I

DEVERES ESPECIAIS DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ARTº 5º

DEVERES GERAIS DE CUIDADO - ENUNCIAÇÃO

O cumprimento do dever de cuidado implica, designadamente, estar disponível para o exercício


das funções, dedicando-lhes todo o tempo necessário, colher as informações indispensáveis para
a tomada de resoluções tanto no que diz respeito à Instituição como relativamente aos aspectos
gerais da sua actividade, assistir às reuniões e participar activamente nas deliberações, contribuir
para a execução das deliberações, relatar todas as irregularidades de que tenha conhecimento,
ter em especial atenção todas as situações de risco que possam verificar-se, promovendo a sua
correcção.

Constituem deveres especiais de cuidado:

a) Dedicar de forma continuada o tempo e o esforço necessários para se inteirar das matérias e
tomar resoluções sobre as questões relacionadas com a administração da Instituição,
recorrendo às informações e apoios que considere necessários.

b) Participar activamente nos trabalhos do Conselho de Administração bem como desempenhar


as missões que lhe tenham sido atribuídas, intervindo nos debates em defesa constante dos
interesses da Instituição. Em caso de falta deverá instruir o seu substituto com as suas
opiniões sobre a matéria em discussão.

c) Opor-se às deliberações que sejam contrárias à lei, aos estatutos e aos interesses da
Instituição e fazer registar em acta a sua posição.

d) Requerer a convocação do Conselho quando o julgue pertinente ou solicitar a inclusão de


assuntos na ordem de trabalhos quando o considere conveniente.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 2 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

e) Recolher a informação que lhe pareça necessária para o exercício das suas funções, de modo
a poder formar juízos objectivos e independentes. Para tanto, todos os membros do Conselho
têm acesso à informação remetida a este órgão.

ARTº 6º

DEVERES ESPECIAIS DE LEALDADE – ENUNCIAÇÃO

O dever de lealdade impõe que os administradores mantenham uma actuação de contínuo


respeito pelos interesses da Instituição e de outros titulares de interesses relevantes para a
sustentabilidade da mesma, como sejam os colaboradores, clientes e credores.

Constituem deveres especiais de lealdade:

a) Observar rigorosamente as regras sobre conflito de interesses, contidas na lei e em normas


internas, procedendo à imediata denúncia dessas situações, caso não tenham podido evitá-
las.

b) Não desempenhar cargos em empresas concorrentes, salvo por designação da própria


Instituição.

c) Não utilizar em proveito próprio informação a que teve acesso pelo exercício das suas funções
e não seja de domínio público.

d) Não contratar com a Instituição, salvo operações de carácter ou finalidade social, ou


decorrentes da política de pessoal, bem como operações de crédito concedido em resultado
da utilização de cartões de crédito associados à conta de depósito, em condições similares às
praticadas com outros clientes de perfil e risco análogos.

e) Dar a conhecer à Instituição todas as modificações ocorridas relativamente ao seu estatuto


pessoal ou profissional, que possam pôr em causa os requisitos de idoneidade necessários ao
exercício de funções.

TÍTULO III

CAPÍTULO I

DEONTOLOGIA PROFISSIONAL

ARTº 7º

DEVERES NO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES

1. No exercício das suas funções e na prestação dos serviços, os colaboradores deverão


observar os mais elevados padrões de integridade e honestidade pessoais, actuando de

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 3 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

forma competente, diligente e profissional, na estrita observância das disposições legais e


regulamentares em vigor, do presente Código e das demais normas emanadas do Conselho
de Administração.

2. Constitui-se também como obrigação dos colaboradores:

a) Comunicar prontamente à respectiva hierarquia quaisquer conflitos de interesses ou de


deveres que possam comprometer a aplicação integral das regras contidas no presente
Código.

b) Conservar, arquivar e manter em perfeita organização os documentos e elementos de


informação necessários, relacionados com a sua actividade profissional, de forma a
assegurar uma gestão sensata, eficaz, prudente e transparente das funções exercidas.

c) Colaborar de forma construtiva e leal e prestar qualquer informação, quando e sempre


que legítima e superiormente solicitada.

d) Observar integralmente as regras do segredo profissional, sem prejuízo do respeito


pelas normas que a este obstam.

e) Abster-se de dar conselhos a clientes ou terceiros em geral, sem que para tal estejam
autorizados pela Instituição.

f) Não praticar qualquer tipo de discriminação, em especial, com base na raça, sexo,
idade, incapacidade física, preferência sexual, opiniões políticas, ideias filosóficas ou
convicções religiosas.

g) Demonstrar sensibilidade e respeito mútuo e abster-se de qualquer comportamento tido


como ofensivo por outra pessoa.

h) Respeitar e proteger o património do Montepio Crédito e não permitir a utilização


abusiva, por terceiros, dos serviços e/ou das instalações. O equipamento e as
instalações, qualquer que seja a sua natureza, apenas podem ser utilizados para uso
próprio e a sua utilização privada só será permitida se expressamente autorizada.

i) Adoptar, no exercício da sua actividade, todas as medidas adequadas e justificadas, no


sentido de limitar ao mínimo os custos e as despesas da Instituição, possibilitando assim
o uso eficiente dos recursos disponíveis.

ARTº 8º

PRINCÍPIOS E REGRAS FUNDAMENTAIS

Os colaboradores do Montepio Crédito têm que imprescindivelmente orientar-se pelos seguintes


princípios e regras fundamentais:

a) Competência, procurando atingir e manter um desempenho eficaz e diligente no


exercício / cumprimento das funções para os quais foram contratados.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 4 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

b) Disciplina, submetendo-se às instruções que lhe foram dadas e cumprindo as directivas


dos seus superiores.

c) Boa Conduta, de acordo com os princípios éticos de razoabilidade e bom senso.

d) Imparcialidade, no tratamento dos clientes, fornecedores e pontos de venda.

e) Honestidade, nas suas relações com a Instituição e com terceiros, nomeadamente,


clientes, fornecedores, pontos de venda, entidades de supervisão e fiscalização e
colaboradores.

f) Espírito de Equipa, sendo que a solidez e imagem do Montepio Crédito é um reflexo do


comportamento coordenado dos seus colaboradores.

ARTº 9º

PREVALÊNCIA DOS INTERESSES DOS CLIENTES E PONTOS DE VENDA

A todos os clientes e pontos de venda deve ser assegurado um serviço de elevada qualidade.

Para o efeito, devem os colaboradores actuar com competência, diligência e transparência, e


ainda:

a) Exercer a actividade de acordo com as disposições legais e regulamentares em vigor.

b) Cumprir escrupulosamente as instruções e as normas emanadas pelas hierarquias,


nomeadamente as relativas à prevenção do branqueamento de capitais e financiamento
do terrorismo.

c) Cumprir diligente e pontualmente as solicitações dos clientes e pontos de venda, sem


prejuízo da obediência devida às instruções, normas ou disposições em vigor.

d) Abster-se de realizar e de incitar os clientes a efectuarem operações de crédito, sempre


que tal operação não se justifique e tenha como fim único ou principal a cobrança das
correspondentes comissões, prémios ou qualquer outro objectivo estranho aos
interesses do cliente.

ARTº 10º

CONFLITOS DE INTERESSES ENTRE CLIENTES

Devem ser evitados conflitos de interesses entre clientes no âmbito das operações de crédito.
Contudo quando ocorram, deverá procurar-se solucioná-los de forma equilibrada, sem privilegiar
indevidamente qualquer das partes em conflito.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 5 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

ARTº 11º

INFORMAÇÃO AOS CLIENTES

1. O Montepio Crédito deve prestar a todos os seus clientes os esclarecimentos e as


informações que lhes possibilitem uma tomada de decisão ponderada e fundamentada sobre
as operações que pretendem efectuar. Estabelece-se como limite mínimo da qualidade da
informação a prestar aos clientes a que for legal e regulamentarmente exigida e a que
potenciar e fomentar a concessão de crédito de forma responsável.

2. No mesmo sentido, os colaboradores, no exercício das suas funções, devem proceder com a
diligência de um gestor criterioso e ordenado, tendo em conta o risco das operações e o
interesse dos clientes.

ARTº 12º

ATENDIMENTO DE CLIENTES

A imagem e conceito que o cliente tem do Montepio Crédito resulta em grande parte do tipo de
atendimento que a Instituição lhe presta.

Um bom atendimento ao cliente resume-se essencialmente:

a) Ao cumprimento de promessas
As promessas só devem ser feitas se puderem ser cumpridas, pois só assim se
conseguirá fidelizar o cliente. A resolução de todo e qualquer problema apresentado pelo
cliente deve ter prioridade máxima.

b) A um atendimento rápido das chamadas telefónicas


O cliente não deve “desesperar” pelo atendimento da sua chamada, sob pena de desistir
de nos contactar e procurar outro parceiro de negócio. O telefone é o primeiro meio de
contacto do cliente mas também pode ser o último.

c) A uma resposta rápida e de qualidade


Todas as questões colocadas pelo cliente devem ter resposta num prazo máximo de um
dia, com indicação da data em que lhe será dada a resposta ao solicitado, caso esta não
seja fornecida no primeiro contacto. A qualidade destes contactos é essencial, devendo
providenciar-se um tratamento personalizado e não padronizado.

d) A atitudes positivas dos colaboradores


Todo e qualquer contacto entre o Montepio Crédito e o cliente, ponto de venda ou
fornecedor deve ser conduzido de forma cortês, amigável e positiva. As atitudes
positivas traduzem-se no interesse da resolução dos problemas colocados.

e) A contactos regulares com o cliente e com o ponto de venda


Se uma promessa de atendimento não puder ser cumprida, é essencial que os
colaboradores do Montepio Crédito estabeleçam contacto com o cliente, fornecedor ou

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 6 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

ponto de venda, antes que este efectue a reclamação pelo não cumprimento do
acordado.

f) À integração e conhecimento
Os colaboradores da área comercial nunca poderão dar a entender ao cliente, ponto de
venda ou fornecedor o seu possível desconhecimento sobre algum produto, serviço
prestado ou aspecto da estratégia global da Instituição. Todos os colaboradores deverão
preocupar-se em adquirir o máximo de conhecimentos e experiência possível para lidar
com qualquer problema, dúvida ou contingência de um cliente. Este último, apenas deve
ser transferido de um núcleo ou colaborador para outro, se tal for estritamente
necessário e inevitável.

ARTº 13º

ORGANIZAÇÃO INTERNA

1. A Instituição deve exercer o controlo interno de forma responsável, criando ficheiros de


informação organizados e acessíveis e assegurando os seus arquivos de acordo com as
necessidades de auditorias internas e externas e no cumprimento das disposições
regulamentares em vigor.

2. A Instituição deverá estruturar-se em subordinação ao organigrama de funções, mediante


regulamento interno, ou qualquer outro documento adequado àquela finalidade, sem
prejuízo da interligação das diversas áreas especializadas.

ARTº 14º (redação estabelecida na Deliberação nº 15/F-CA/2013, de 25/09)

IRREGULARIDADES

Na eventualidade de um trabalhador tomar conhecimento de qualquer irregularidade cometida


por um outro trabalhador que afete os interesses da Instituição e consequentemente os seus
interesses, deverá comunicar o sucedido nos termos do Regulamento de Comunicação de
Irregularidades em vigor.

CAPÍTULO II

INFORMAÇÕES E PUBLICIDADE / MARKETING

ARTº 15º

INTERDIÇÃO DO USO DE INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA

É estrita e expressamente interdita a utilização em benefício dos colaboradores, bem como de


qualquer cliente ou terceiro em geral, de informação privilegiada a que se tenha acesso no

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 7 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

exercício da actividade e que seja susceptível, pela sua natureza ou conteúdo, de vir a influenciar
a viabilização das operações de crédito.

ARTº 16º

INTERDIÇÃO DO USO OU DIVULGAÇÃO DE INFORMAÇÃO INTERNA

É absolutamente interdito a qualquer colaborador o uso ou a divulgação de informações internas,


obtidas no e pelo exercício das suas funções, ou por qualquer outro meio, e que possam
comprometer ou prejudicar os interesses da Instituição.

ARTº 17º

PUBLICIDADE E MARKETING

1. A publicidade dos produtos e dos serviços da Instituição deverá ser realizada com
profissionalismo e com adequado conhecimento técnico, de forma a espelhar um elevado
grau de correcção e rigor.

2. A publicidade e o marketing deverão ser processados e exercidos de forma clara e precisa,


atentos os interesses do público em geral no estrito cumprimento da legislação em vigor.

3. A publicidade deve ser esclarecedora e não manipuladora, rejeitando todas as práticas que
sejam degradantes, indignas ou abusivas.

4. Deverá garantir-se que as imagens e os outros suportes de apoio à publicidade com


possibilidade de registo, são usados respeitando os titulares dos seus direitos,
nomeadamente os de autor e os de utilização.

TÍTULO IV

CAPÍTULO I

CONFLITOS DE INTERESSES ENTRE A INSTITUIÇÃO E OS SEUS COLABORADORES

ARTº 18º

OPERAÇÕES

1. O colaborador não pode intervir seja a que título for, na apreciação e na decisão de
operações em que sejam directa ou indirectamente interessados o próprio, seus cônjuge,
pessoa que com ele viva em condições análogas às do cônjuge, parentes ou afins em 1º
grau, ou sociedades em que qualquer destes tenha participação igual ou superior a 1%, ou
entidade colectiva de cujos órgãos de gestão e fiscalização faça parte.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 8 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

2. Depende de autorização expressa e casuística do Conselho de Administração, a concessão de


crédito a pessoa colectiva ou singular em que o colaborador seja investido de poderes de
representação.

3. O colaborador não pode efectuar operações por conta de outrem tendo como resultado o seu
próprio benefício.

CAPÍTULO II

RECLAMAÇÕES

ARTº 19º

RECLAMAÇÕES DOS CLIENTES E PONTOS DE VENDA

1. A análise e tratamento das reclamações assumem, no Montepio Crédito, um papel


fundamental na relação com os clientes e pontos de venda, constituindo um elemento
determinante na detecção de situações que justifiquem correcções, ajustamentos ou
melhorias com vista a assegurar maior transparência, rigor e solicitude nas práticas e
procedimentos.

2. Com vista a garantir o adequado acompanhamento e tratamento das reclamações, a


Instituição dispõe de um serviço especializado designado por Gestão de Reclamações que
está obrigado ao cumprimento das disposições expressas no Regulamento Interno em vigor
sobre a matéria.

ARTº 20º

RECEPÇÃO DE RECLAMAÇÕES

1. As reclamações devem ser dirigidas à Gestão de Reclamações do Montepio Crédito, por


correio, fax ou correio electrónico (e-mail).

2. Às reclamações recebidas via postal terá obrigatoriamente de ser aposta, através de


equipamento automático, a data de recepção das mesmas.

3. Dada a sua importância ao nível da análise / controlo do risco de compliance, é obrigatório o


envio de cópia para o Gabinete de Compliance1 das reclamações recepcionadas das
entidades de supervisão, de resolução extrajudicial de litígios e de defesa do consumidor.

ARTº 21º

TRATAMENTO DE RECLAMAÇÕES
1. As reclamações, depois de devidamente registadas no aplicativo informático, são
encaminhadas para a pessoa que, em cada momento, seja o/a Responsável pela supervisão
e controlo do serviço.

1
Via endereço electrónico: compliance@montepio.pt

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 9 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

2. As unidades orgânicas que prestam atendimento ao público, devem remeter de imediato


para o Serviço de Gestão de Reclamações as reclamações que hajam sido formalizadas
naquelas unidades.

3. Encontra-se determinado um prazo máximo de 2 dias úteis para apresentação à Gestão de


Reclamações da resposta aos pedidos de esclarecimento que tenham sido formulados, por
aquele serviço, no âmbito das reclamações recepcionadas. Estes prazos poderão ser
dilatados desde que tal resulte da impossibilidade de obtenção de documentos que suportam
a instrução do processo e apenas nos casos em que o prazo da resposta a ser facultada às
entidades reguladoras, não seja posto em causa.

4. O responsável pela Gestão de Reclamações analisará se existe matéria suficiente para


responder de imediato à reclamação do cliente, promovendo a satisfação das suas legítimas
pretensões.

5. Nos casos em que a reclamação implique estornos de comissões ou despesas, ou outro tipo
de compensações monetárias, originadas por supostos erros praticados na execução das
operações, deverão os responsáveis das áreas visadas emitir parecer / despacho (no âmbito
das suas competências) por escrito.

6. Uma vez concluída a análise da reclamação, a Gestão de Reclamações promoverá a


transmissão da posição que for assumida, bem como, sendo desfavorável à pretensão, os
fundamentos em que se suporta.

7. A resposta às reclamações terá obrigatoriamente de ser executada em cumprimento dos


prazos estabelecidos pelas entidades reguladoras e, sem prejuízo daqueles, dos prazos
instituídos por regulamentação interna emitida pelo Montepio Crédito ou por órgãos do
Grupo onde esta se insere.

ARTº 22º

ORGANIZAÇÃO, ARQUIVO e REPORTE DE RECLAMAÇÕES

1. O responsável pela Gestão de Reclamações providenciará pela organização dos processos


relativos às reclamações, os quais deverão conter o objecto da reclamação, a identificação
do reclamante, a data da ocorrência dos factos e da entrada da reclamação, a identificação
das áreas envolvidas e respectivas intervenções escritas, a decisão tomada e a data da
comunicação ao reclamante. A manutenção, conservação e arquivo dos mesmos ficará a
cargo do Responsável pela Gestão de Reclamações.

2. Os processos de reclamação deverão ser conservados por um prazo mínimo de 5 anos.

3. O responsável pela Gestão de Reclamações reportará a informação afecta às reclamações


recepcionadas nos seguintes termos:

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 10 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

 Mensalmente, destinada ao Conselho de Administração - mapa resumo das reclamações,


onde conste a identificação dos reclamantes, os motivos e a referência a eventuais
encargos suportados.

 Casuisticamente, destinada ao Gabinete de Compliance (GCOMP) – informação dos


eventos de compliance (particularmente aqueles que estejam associados a reclamações)
em que se conclua terem existido situações de não conformidade com leis, regulamentos,
determinações específicas, contratos, regras de conduta e de relacionamento com
clientes, práticas instituídas ou princípios éticos que, nomeadamente por ausência de
normativo interno que defina ou caracterize o processo em causa, se materializem em
perdas e em sanções de carácter legal, na limitação de oportunidades de negócio, na
redução do potencial de expansão ou na impossibilidade de exigir o cumprimento de
obrigações contratuais.

CAPÍTULO III

DO EXERCÍCIO DA ACTIVIDADE

ARTº 23º

EXCLUSIVIDADE DE FUNÇÕES

Dado o elevado grau de exigência e de responsabilidade das funções exercidas, bem como o rigor
técnico e a transparência das decisões a tomar, a prestação de trabalho dos colaboradores da
Instituição deverá ser efectuada em regime de exclusividade, com excepção das actividades de
carácter voluntário e a título gratuito, caso as mesmas não interfiram com o desempenho das
suas funções, bem como daquelas situações que, casuisticamente, a Administração venha
(previamente) a autorizar. As referidas actividades não poderão nunca colidir com as regras
deontológicas e de conduta que norteiam a profissão.

ARTº 24º

SOLVÊNCIA E INTEGRIDADE

1. É estritamente interdito a todos os colaboradores a obtenção de créditos junto de outros


colaboradores bem como junto de clientes, pontos de venda ou fornecedores. Sem prejuízo
da liberdade individual de contratualizar, é ainda interdita a obtenção de créditos junto de
outras Instituições de crédito que limitem drasticamente a solvência do colaborador.

2. É também vedada qualquer forma de envolvimento financeiro com clientes, fornecedores ou


pontos de venda, designadamente quando resulta de compras a preços mais favoráveis e
responsabilidades assumidas conjuntamente.

3. Todos os colaboradores do Montepio Crédito devem auto disciplinar-se no sentido de


evitarem o recurso a linhas de financiamento inacessíveis para as suas capacidades de

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 11 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

endividamento. Assim, se qualquer colaborador se debater com dificuldades financeiras


deverá aconselhar-se com os seus superiores. Em nenhuma circunstância, um colaborador
da Instituição deve prestar ou pedir auxílio financeiro aos restantes colaboradores, clientes,
pontos de venda ou fornecedores. Do mesmo modo, tem que haver uma autorização do
Administrador do Pelouro para que possam existir adiantamentos a qualquer colaborador ou
cônjuge, sob a forma de empréstimo.

ARTº 25º

COMISSÕES E BENESSES

1. É rigorosamente interdito a todos os colaboradores, ou a seus familiares em 1º grau,


solicitarem ou aceitarem donativos, em numerário ou em espécie, para seu benefício, de
entidades com as quais a Instituição tenha ou perspective vir a ter relações comerciais.

2. Está estritamente vedada a cobrança de taxas ou comissões em benefício dos colaboradores.

3. Os colaboradores não devem aceitar, directa ou indirectamente, qualquer “oferta”, em


numerário ou em espécie, sempre que a mesma possa estar relacionada com a sua
actividade ou coloque em conflito os seus interesses profissionais e pessoais. Em caso de
dúvida, o colaborador deverá aconselhar-se junto do seu responsável hierárquico.

ARTº 26º

SEGREDO PROFISSIONAL

Os colaboradores devem, no exercício da sua actividade, guardar segredo profissional sobre tudo
o que respeite às operações e serviços prestados aos clientes ou a terceiros, só cessando esse
dever mediante autorização escrita do interessado ou nos casos e termos expressamente
previstos na lei.

ARTº 27º

SIGILO E CONFIDENCIALIDADE

O dever de sigilo e confidencialidade, para além do já estipulado, é extensivo a todos os


colaboradores nas relações entre si e com terceiros, quer no exercício das suas funções, quer em
situações pós-laborais, sendo que:

a) Estão sujeitos a sigilo os nomes dos clientes, as operações de crédito, seus movimentos
e demais operações.

b) A remessa de documentação a clientes, quando solicitada, deverá revestir grande


prudência no seu manuseamento e rigor na identificação do endereço.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 12 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

c) Só com expressa autorização do cliente pode ser prestada informação a empregados,


familiares ou seus mandatários, sobre assuntos que lhe digam respeito.

d) Deverá ser guardado sigilo entre colaboradores, salvo se a informação for indispensável
ao exercício das respectivas funções.

e) Deverá ser guardado sigilo sobre qualquer assunto interno da Instituição, ou das
Empresas do Grupo no qual esta se insere, e sobre matérias relacionadas com clientes.

f) Não se podem revelar ao cliente ou a terceiros – ao abrigo do “dever de segredo” da


legislação afecta à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do
terrorismo – que se transmitiram as comunicações legalmente devidas ou que se
encontra em curso uma investigação criminal.

g) O dever de sigilo não cessa com o termo das funções ou serviços.

O dever de sigilo compreende ainda a obrigatoriedade de adopção dos seguintes


comportamentos:

h) Não dar a conhecer os códigos e chaves informáticas em uso no Montepio Crédito.

i) Não divulgar informação sensível ou confidencial que possa influenciar o mercado ou as


orientações dos clientes e pontos de venda.

j) Não assumir a representação do Montepio Crédito, ou fazer declarações e conceder


entrevistas sobre a Instituição ou a sua actividade, sem estar autorizado para tal.

ARTº 28º

PROPRIEDADE E DIREITOS DE TERCEIROS

Devem ser respeitados os direitos e a propriedade de terceiros, designadamente a propriedade


intelectual (marcas, patentes, copyrights), não se fazendo uso de produtos não licenciados, de
cópias, falsificações ou contrafacções.

ARTº 29º

PROTECÇÃO DE DADOS

1. Os colaboradores que tratam dados pessoais relativos a cidadãos individuais, ou que tenham
acesso a esses dados, devem respeitar as disposições previstas na Lei nº 67/98, de 26 de
Outubro (transcrição da Directiva nº 95/46/CE do Parlamento Europeu e do Conselho de 24
de Outubro de 1995), relativa à protecção das pessoas singulares, no que diz respeito ao
tratamento de dados pessoais e à livre circulação de dados.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 13 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

2. Aos colaboradores é vedado utilizar dados pessoais para fins ilegítimos, ou comunicá-los a
pessoas não autorizadas a utilizá-los.

ARTº 30º

ACESSO À INFORMAÇÃO

1. Nenhum colaborador da Instituição pode permitir a alguém que não esteja superiormente
autorizado, o acesso a livros, cartas ou documentos pertencentes ou relativos ao Montepio
Crédito, nem pode fornecer informações orais, escritas, por extracto ou por quaisquer outras
formas, referentes aos negócios da Instituição ou dos seus clientes, salvaguardando as
situações devidamente autorizadas pelo Conselho de Administração.

2. Fica ainda vedado aos colaboradores a consulta de operações e documentação com elas
relacionadas, em aplicativos informáticos e quaisquer outros suportes de armazenamento /
tratamento de informação de que não sejam intervenientes, bem com a consulta de
operações (e documentação respectiva) cujos intervenientes sejam outros colaboradores,
salvo se tais consultas resultarem estritamente do normal exercício das suas funções.

TÍTULO V

CAPÍTULO I

CONCESSÃO DE CRÉDITO A COLABORADORES / UTILIZAÇÃO DE CHEQUES

ARTº 31º

CONCESSÃO DE CRÉDITO

Nas suas relações contratuais com o Montepio Crédito, os colaboradores (aqui excluídos os
membros do Conselho de Administração por força da Alínea d) do Artigo 6º, bem como os
membros dos órgãos de fiscalização), como clientes de operações de concessão de crédito,
devem agir dentro das regras da boa-fé, quer durante o período de formação do contrato quer na
fase da sua vigência / cumprimento.

A prestação de informações incorrectas ou incompletas durante a formação do contrato,


designadamente em matéria de responsabilidades assumidas e o incumprimento reiterado das
obrigações contratuais constituem motivo de quebra da confiança que deve presidir às relações
laborais ou de prestação de serviços.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 14 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

ARTº32º

UTILIZAÇÃO DE CHEQUES

Devem os colaboradores ter particular cuidado na emissão e revogação de cheques próprios


sacados sobre contas sediadas na Caixa Económica Montepio Geral. A emissão deve respeitar os
requisitos formais e convencionais da validade do cheque e ser efectuada em caso de existência
de provisão suficiente para a cobrança do mesmo. A revogação do cheque só pode ser feita nos
termos da lei e com fundamentos válidos.

A não observância destes procedimento pode constituir motivo grave de quebra de confiança.

TÍTULO VI

CAPÍTULO I

INFRACÇÕES POR NÃO CUMPRIMENTO

ARTº 33º

PROCEDIMENTO DISCIPLINAR

Os colaboradores que infrinjam as regras constantes do presente Código de Conduta, bem como
todas as normas internas com ele relacionadas, são passíveis de procedimento disciplinar, nos
termos da legislação laboral em vigor e do respectivo Acordo Colectivo de Trabalho, podendo
incorrer nas sanções previstas na lei.

TÍTULO VII

CAPÍTULO I

REMISSÃO DE NORMAS / ENTRADA EM VIGOR

ARTº 34º

REMISSÃO DE NORMAS

1. O presente Código de Conduta foi adaptado à realidade específica do Montepio Crédito a


partir do Código de Conduta do Montepio Geral – Associação Mutualista / Caixa Económica
Montepio Geral, divulgado pela Comunicação Geral nº CG-SG-009/2011, de 15/09, devendo
toda e qualquer omissão nele contida ser primeiramente interpretada em sede deste último
documento.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 15 de 16


CÓDIGO DE CONDUTA E NORMAS DEONTOLÓGICAS

2. As normas que integram este Código de Conduta completam ainda a legislação em vigor e
devem ser interpretadas à sua luz, nomeadamente no que respeita à actividade da
Instituição.

ARTº 35º

ENTRADA EM VIGOR

O presente Código entrará em vigor na data da sua aprovação pelo Conselho de Administração do
Montepio Crédito – Instituição Financeira de Crédito, S.A.

ANEXO À DELIBERAÇÃO Nº 4/F-CA/2011 Pág. 16 de 16

Você também pode gostar