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Manual

De
Operação, Manutenção
E
Funcionamento
De
Caldeiras
A caldeira que os senhores adquiriram possui componentes de
alta tecnologia empregados. Componentes mecânicos e
eletrônicos de alta confiabilidade.
Para obter o máximo aproveitamento de seu equipamento e
consequentemente, de seu processo de geração de vapor, é
indispensável a operação e manutenção adequada do mesmo.
Se utilizado de acordo com as condições de serviço para o qual
foi selecionado (vazão, pressão, temperatura, parâmetros
operacionais) e um tratamento de água adequado, este
equipamento terá uma longa vida útil.
Antes de colocar sua caldeira em funcionamento
observe:

-A tensão do painel.
-O comando só pode ser energizado com 220 volts.
-O fechamento elétrico dos motores se está de acordo
com a tensão local.
-O sentido de giro da bomba de água, do exaustor, das
ventoinhas e do queimador.
-O nível de água se está correto.
Caldeiras a vapor
Disposições gerais
Caldeiras a vapor são equipamentos destinados a produzir e acumular vapor
sob pressão superior à atmosférica, utilizando qualquer fonte de energia
(lenha, gás, carvão, óleo diesel, etc .). O vapor pode ser usado em diversas
condições tais como: baixa pressão, alta pressão, saturado, superaquecido, etc.
Ele pode ser produzido também por diferentes tipos de equipamentos nos
quais estão incluídas as caldeiras com diversas fontes de energia.
Caldeiras são classificadas em 3 categorias conforme segue:
a) caldeiras da categoria “A” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou
superior a 285 psi (1960 kPa) (19,98 kgf/cm2)
b) caldeiras categoria “C” são aquelas cuja pressão de operação é igual ou
inferior a 85 Psi (588 kPa) (5,99 kgf/cm2) e o volume é igual ou inferior a 100
litros;
c) caldeiras categoria “B” são todas as caldeiras que não se enquadram nas
categorias anteriores.
INSTALAÇÃO DE CALDEIRAS A VAPOR

O Projeto de Instalação de caldeiras a vapor, é de responsabilidade de


Profissional Habilitado e deve obedecer os aspectos de segurança, saúde e
meio ambiente previstos nas Normas Regulamentadoras, convenções e
disposições legais aplicáveis.
As caldeiras de qualquer estabelecimento devem ser instaladas em Casa de
Caldeiras ou em local específico para tal fim, denominado Área de Caldeiras.
Deverá ser entendido como Casa de Caldeiras um local reservado do
estabelecimento, delimitado por paredes ou divisórias e devidamente coberto
onde estejam instaladas as caldeiras. Deverá ser entendido como Área de
Caldeiras um local onde a caldeira não esteja confinada, exposto ou não à ação
do tempo, destinado à instalação das caldeiras. A simples existência de
cobertura não caracteriza o local como sendo “Casa de Caldeira”. A opção pela
instalação das caldeiras em Área ou Casa de Caldeiras será definida na fase de
projeto e independente das dimensões da Caldeira ou de seus parâmetros
operacionais.
Quando a caldeira for instalada em ambiente aberto,
a Área de Caldeiras deve satisfazer os seguintes
requisitos:
a) estar afastada no mínimo 3 metros de: - outras instalações do
estabelecimento; - de depósitos de combustíveis, executando-se reservatórios
para partida com até 2.000 (dois mil) litros de capacidade; - do limite de
propriedade de terceiros; - do limite com as vias públicas.
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas;
c) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e manutenção da
caldeira, sendo que, para guarda corpos vazados, os vãos devem ter dimensões
que impeçam a queda de pessoas;
d) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,
provenientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às
normas ambientais vigentes;
e) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes;
f) ter sistema de iluminação de emergência caso operar a noite.

Deve ser entendido como sistema de iluminação de emergência todo sistema


que em caso de falha no fornecimento de energia elétrica, consiga manter
adequadamente iluminados os pontos estratégicos à operação da caldeira. São
exemplos destes sistemas lâmpadas ligadas a baterias que se autocarregam
nos períodos de fornecimento normal, geradores movidos a vapor ou motores
a combustão etc
Quando a caldeira estiver instalada em ambiente
confinado, a Casa de Caldeiras deve satisfazer os
seguintes requisitos:
a) constituir prédio separado, construído de material resistente ao fogo,
podendo ter apenas uma parede adjacente à outras instalações do
estabelecimento, porém com as outras paredes afastadas de, no mínimo 3
(três) metros de outras instalações, do limite de propriedade de terceiros, do
limite com as vias públicas e de depósitos de combustíveis, excetuando-se
reservatórios para partida com até 2.000 (dois mil) litros de capacidade;
b) dispor de pelo menos 2 (duas) saídas amplas, permanentemente
desobstruídas e dispostas em direções distintas ;
c) dispor de ventilação permanente com entradas de ar que não possam ser
bloqueadas;
d) dispor de sensor para detecção de vazamento de gás quando se tratar de
caldeira a combustível gasoso;
e) não ser utilizada para qualquer outra finalidade;
f) dispor de acesso fácil e seguro, necessário à operação e à manutenção da
caldeira, sendo que, para guarda-corpos vazados, os vãos devem ter
dimensões que impeçam a queda de pessoas;
g) ter sistema de captação e lançamento dos gases e material particulado,
provenientes da combustão, para fora da área de operação, atendendo às
normas ambientais vigentes;
h) dispor de iluminação conforme normas oficiais vigentes e ter sistema de
iluminação de emergência;
Os dispositivos que garantam a ventilação permanente são instalados quando
forem indispensáveis para garantir a ventilação adequada na área em volta da
caldeira. Ventilação permanente não significa necessariamente ventilação com
sopradores ou ventiladores (ventilação local exaustora ou geral diluidora).
Os instrumentos e controles de caldeiras devem ser mantidos calibrados e em
boas condições operacionais, constituindo condição de risco grave e iminente
o emprego de artifícios que neutralizem sistemas de controle e segurança da
caldeira.
Todos os instrumentos e controles que interfiram com a segurança da caldeira
deverão ser calibrados e serem adequadamente mantidos.
A utilização de artifícios como por exemplo “jumps” que neutralizem os
sistemas de controle e segurança será considerada como risco grave e
iminente e pode levar à interdição da caldeira.
Utilizar “Jumps” transitórios em situações onde exista redundância ou onde
está sendo feita manutenção preventiva não será considerada como “artifício
que neutralize” sistema de controle e segurança da caldeira.
A periodicidade de manutenção e a definição dos instrumentos e controles
necessários à segurança da caldeira deverão ser definidos pelos profissionais
legalmente habilitados para cada especialidade.
Toda caldeira a vapor deve estar obrigatoriamente sob operação e controle
de operador de caldeira, sendo que o não atendimento a esta exigência
caracteriza condição de risco grave e iminente.
A responsabilidade pela existência de operadores de caldeiras
adequadamente treinados é do dono do estabelecimento.
Uma caldeira pode estar sob controle simultâneo de vários operadores e, um
operador poderá estar controlando simultaneamente mais de uma caldeira.
Entende-se que “caldeiras sob controle de operador” é aquela onde existe,
pelo menos 1 (um) operador em condições de atuar prontamente para corrigir
situações anormais que se apresentem.
Constitui condição de risco grave e iminente a operação de qualquer caldeira
em condições diferentes das previstas no projeto original, sem que:
a) seja reprojetada levando em consideração todas as variáveis envolvidas na
nova condição de operação;
b) sejam adotados todos os procedimentos de segurança decorrentes de sua
nova classificação no que se refere a instalação, operação, manutenção e
inspeção
A operação de caldeiras em condições operacionais diferentes das previstas
em seu projeto pode ser extremamente perigosa.
São exemplos de condições objeto deste item:
- pressões superiores às de operação;
- temperaturas de superaquecimento acima das de projeto;
- utilização de água ou outro fluido diferentes dos considerados no projeto;
- alteração do combustível ou dos queimadores.
-Alteração na regulagem de pressostatos e ou termostatos.
-Alteração na regulagem das válvulas de segurança e ou qualquer outro
componente sem ter o conhecimento necessário para tal fim.
Sempre que forem feitas modificações no projeto da caldeira ou de suas
condições operacionais deverão ser adotados todos os procedimentos de
segurança necessários.
As modificações efetuadas deverão sempre fazer parte da documentação da
caldeira.
Os sistemas de controle e segurança da caldeira devem ser submetidos a
manutenção preventiva ou preditiva.
A definição dos instrumentos e sistemas de controle a serem incluídos no
plano de manutenção preditiva/preventiva, bem como a respectiva
periodicidade, deverá ser atribuída a profissionais com competência legal para
executar este tipo de atividade.
A Manutenção Preventiva consiste na realização de tarefas de assistência que
tiverem sido pré-planejadas para execução em pontos específicos, a tempo de
manter as capacidades funcionais de sistema de controle e segurança de
caldeira.
São exemplos de tarefas preventivas:
-acionar manualmente as válvulas de segurança ao menos uma vez ao dia
-Efetuar a descarga para limpeza da garrafa de nível e visor de nível ao menos
duas vezes ao dia.
-Verificar funcionamento das válvulas de retenção da bomba de água ao
menos uma vez ao dia.
-Verificar situação do(s) manômetro(s) diariamente
-Estar sempre atento a vazamentos e ruídos que antes eram inexistentes.
-Estar sempre atento quanto a qualidade da água que está sendo usada na
caldeira
-Verificar se o nível da água está correto com a caldeira em operação
-Verificar se o sistema de alerta de falta de água está em funcionamento.
-Controle de deterioração dos materiais que compõe as principais partes da
caldeira.
Pressão Máxima de Trabalho Permitida (PMTP), ou Pressão Máxima de
Trabalho Admissível (PMTA), é o maior valor de pressão compatível com o
código de projeto, a resistência dos materiais utilizados, as dimensões do
equipamento e seus parâmetros operacionais.
Quando ocorrer alteração no valor da PMTA da caldeira deverão ser
executados os ajustes necessários nas pressões de abertura das válvulas de
segurança, na placa de identificação e outros elementos de controle
dependentes deste valor.
Constitui risco grave e iminente a falta de qualquer um dos seguintes itens:
a) Válvula de segurança com pressão de abertura ajustada em valor superior à
PMTA.
b) Instrumento que indique a pressão do vapor acumulado.
c) Injetor ou outro meio de alimentação de água, independentemente do
sistema principal, em caldeiras a combustível sólido.
d) Sistema de indicação para controle do nível de água ou outro sistema que
evite o superaquecimento por alimentação deficiente.
As válvulas de segurança, deverão:
1. Ser adequadamente projetada.
2. Ser adequadamente instaladas.
3. Ser adequadamente mantidas.
Para casos onde estas premissas não forem atendidas, a válvula de
segurança será considerada como inexistente.
A existência de pelo menos um instrumento que indique a pressão do vapor
acumulado pressupõe que este esteja corretamente especificado, instalado e
mantido. O mostrador do instrumento indicador de pressão pode ser analógico
ou digital e poderá ser instalado na própria caldeira ou na sala de controle.
Entende-se por sistema de indicação de nível de água qualquer dispositivo com
função equivalente aos visores de coluna de água.
A qualidade da água deve ser controlada e tratamentos devem ser
implementados, quando necessários, para compatibilizar suas propriedades
físico-químicas com os parâmetros de operação da caldeira.

A qualidade da água é fator determinante da vida da caldeira.

Sempre que análises físico-químicas e resultados das inspeções indicarem


problemas de depósitos excessivos, corrosão e outras deteriorações no lado
água, atenção especial deverá ser dada à sua qualidade, em particular,
verificando se suas características estão de acordo com as requeridas pela
caldeira. De modo geral, quanto maior a pressão de operação mais apurados
deverão ser os requisitos de tratamento de água.
Relés Reguladores De Nível Com Eletrodos

Este sistema consiste em aproveitar a condutividade elétrica da água,


através de três ou quatro eletrodos que podem ser de aço inoxidável e
tamanhos diferentes, correspondendo, cada tamanho, a um nível de
água: o "segurança", o "máximo" e o "mínimo". Todo este sistema é
montado na garrafa de nível, e os eletrodos estão ligados a um relé de
nível de água que, através de seus contatos, comandará a bomba de
alimentação de água.
A bomba entrará em funcionamento quando a água atingir a ponta de
eletrodo de nível "mínimo"(tamanho intermediário) e deverá parar
quando a água atingir o eletrodo de nível "máximo" (o menor eletrodo).
Se o nível da água atingir a ponta do eletrodo "segurança" (o maior
eletrodo) o relé desligará a caldeira e fazerá funcionar um alarme que
dará ao operador a indicação de falta de água.
Os relés de nível usados pela Heatmag possuem ajuste de
sensibilidade.
Este ajuste dependerá da condutibilidade dos líquidos a monitorar e da
distância dos eletrodos imersos no líquido, e deverá ser feito com a
caldeira em operação.
São usados dois relés de nível: um para monitorar o "liga/desliga" da
bomba e outro para monitorar o sistema de alarme de falta de água.
CONTROLE DE COMBUSTÃO

Três são as grandezas relacionadas com a regulagem da combustão:


1. o consumo de combustível
2. o consumo de ar para a combustão
3. a extração dos gases formados
O controle destas três grandezas visam:
-Manter o suprimento de calor da fonte supridora, de acordo com a
demanda do processo.
-Assegurar um mínimo de consumo de combustível para atingir as
condições propostas, ou seja, alcançar a máxima eficiência;
-Manter as condições de operação da caldeira dentro de parâmetros
satisfatórios.
A quantidade de combustível se ajusta com a pressão da caldeira, de
modo que uma queda na pressão significa falta de combustível, e
excesso, significa combustível a mais.
A intervenção nesta fonte de calor determina a modificação do volume
de ar necessário à sua queima, dentro dos parâmetros compatíveis com
uma combustão perfeita. Esta variação provocada na formação de
volumes de gases de combustão, deve ser vigiada por uma ação
paralela(visualmente), de modo que a fumaça que sai pela chaminé seja
incolor.

Geralmente:
Fumaça branca indica excesso de ar e falta de combustível.
E
Fumaça preta indica excesso de combustível e falta de ar.
ALIMENTAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA

É feita através do quadro de comando que é o componente da caldeira


onde estão os dispositivos elétricos que permitem a operação da
caldeira.
Para o caso das caldeiras com alimentação a combustível líquido ou
gasoso, eles são mais complexos pois comandam o acendimento
automático, controle da chama, controle da pressão dos combustíveis,
controle relação ar/combustível, além de outros comandos como o de
nível de água que controla as bombas de alimentação e os relés de alta
pressão.
No caso de caldeiras de alimentação por combustível sólido (lenha) os
quadros de comando são mais simples pois basicamente possuem
apenas o comando de nível automático que controla o funcionamento
das bombas de alimentação de água, exaustor, ventoinhas insufladoras
de ar e dispositivo de verificação de pressão.
Os comandos são colocados em um painel que os abrigam da poeira e
umidade, tais comandos são basicamente:
-seleção do comando manual ou automático;
-chave de ligar e desligar a bomba d’água;
-chave de liga e desliga o ventilador de exaustão;
-alarme sonoro de advertência;
-lâmpadas piloto;
-outras chaves de acordo com cada caldeira
Geralmente as caldeiras Heatmag possuem dois disjuntores que devem
ser energizados:
O disjuntor geral(R-S-T),que deverá ser energizado de acordo com
a tensão local
E o disjuntor de comando, que deverá sempre ser energizado com
220 volts.
VISOR DE NÍVEL

Consiste em um tubo de vidro colocado na garrafa de nível e que tem a


finalidade de dar ao operador a noção exata da altura onde se encontra
a água da caldeira.
Na maioria das caldeiras o nível de água é exatamente no centro do
tubo de vidro.
Existem, porém, caldeiras que não seguem esta regra cabendo ao
operador certificar-se do quanto corresponde a marca de nível dos
indicadores.
Deverá ser feita a descarga diariamente na garrafa de nível e no
sistema de visor de nível a fim de limpeza do sitema.
MANÔMETROS

Aparelho com o qual se mede a pressão de gases, de vapores e de


outros fluídos. É muito utilizado na indústria, entre outros fins, para
verificar a pressão de caldeiras e de vasos sob pressão.
O conhecimento desta pressão é obrigatório, não só sob o ponto de
vista de segurança, como também, para a operação econômica e
segura da caldeira.
A escala de uma manômetro pode ser graduada em quilograma, força
por centímetro quadrado (Kgf/cm2), em atmosferas (atm), em libras-
força por polegada quadrada (lbf/pol2 ou psi), ou em qualquer outra
unidade de pressão.
Cada caldeira tem uma capacidade de pressão determinada. Sendo
assim, os manômetros utilizados em cada caldeira devem ter a escala
apropriada. A pressão máxima de funcionamento da caldeira deverá
estar sempre marcada sobre a escala do manômetro, com um traço
feito a tinta vermelha, para servir de alerta ao operador no controle da
pressão.
VÁLVULAS DE SEGURANÇA

Sua função é de promover o escape de excesso do vapor, caso a


pressão máxima do trabalho permitida da caldeira venha a ser
ultrapassada, e os outros dispositivos de segurança venha a falhar.
Quando uma caldeira possui duas válvulas de segurança, uma delas
deverá abrir com 10% acima da pressão máxima de trabalho permitida e
a outra com 15% acima da pressão máxima permitida.
Para garantir um perfeito funcionamento da válvula de segurança, deve-
se observar o seguinte:
Todas as válvulas de segurança deverão ser experimentadas uma vez
ao dia, acionando-se a alavanca de teste manual.

Promover a inspeção das sedes das válvulas pelo menos uma vez por
ano.

Fazer periodicamente um teste de funcionamento da válvula. Isto se faz


colocando uma manômetro aferido na caldeira e, em seguida, fechando
todas as saídas de vapor até que a válvula comece a funcionar.

As válvulas de segurança evitam, portanto, a contínua elevação da


pressão no gerador de vapor.
PROTEÇÃO E CONTROLE DE CHAMA

Caldeiras que usam queimadores de combustíveis líquidos (BPF, diesel,


etc) ou gasosos (gás, GLP,...) necessitam de um sistema de proteção e
controle de chama para supervisionar principalmente:
procedimento incorreto de ligação;
falta de chama por qualquer motivo.
Ocorrendo uma destas falhas, a caldeira ficaria sujeita a uma
danificação, caso não houvesse a interrupção imediata do fornecimento
do combustível.

Os dispositivos mais empregados nestes sistemas de proteção são dos


seguintes tipos:
Fotocélulas de luz amarela (empregadas em queimadores a óleo diesel,
bpf)
Fotocélulas uv (empregadas em queimadores a gás)
Eletrodos de ionização (empregados em alguns queimadores a gás e
diesel)

Qualquer que seja o tipo de fotocélula ou de eletrodo de ionização, eles


devem trabalhar sempre limpos, livre de sujeiras e ou incrustações.
Essa limpeza deve ser feita pelo operador e a verificação do estado
destes componentes é de grande importância para um perfeito
funcionamento e conservação da caldeira.
PRESSOSTATO DE CONTROLE DE MÁXIMA PRESSÃO DA
CALDEIRA
Tem a finalidade de controlar a pressão interna da caldeira por meio de
um comando elétrico para os queimadores, ou para o exaustor no caso
de caldeira a lenha.
É constituído de um fole metálico (ou de um diafragma) que comanda
uma chave elétrica por meio de um dispositivo de regulagem da
pressão. À medida que diminui a pressão dentro da caldeira o fole (ou
diafragma) se contrai, fechando o circuito elétrico, dando partida ao
queimador e ou exaustor. Quando a pressão for restabelecida o fole (ou
diafragma) se dilata e fará a abertura dos contatos, interrompendo o
funcionamento dos queimadores e ou exaustores.
Nas caldeiras Heatmag, o pressostato interrompe o circuito do
queimador e ou exaustor, quando atingida a pressão de corte e mantém
o circuito travado,(com a chave em "automático") até que seja atingida a
pressão de operação.
Com a chave em "manual" o controle do circuito do queimador e ou
exaustor será por conta e risco do operador.
A regulagem de pressostatos só podem ser feitas por pessoas
especializadas e com conhecimento técnico.
Válvulas Solenóides

São comandadas eletricamente, abrindo e fechando, dando passagem


ao óleo, vapor, ar, gás......o que cada solenóide comanda depende do
tipo de caldeira e do tipo do queimador.
Queimadores mais complexos possuem várias válvulas solenóides,
interligadas eletricamente aos relés e pressostatos, de modo que haja
uma pefeita relação ar/combustível e uma perfeita combustão.
Portanto, caso haja algum tipo de avaria em alguma solenóide do
sistema de combustão, este ficará comprometido ou até mesmo vai
parar de funcionar.

Nas cadeiras com queima a óleo ou a gás, o óleo diesel, ou gás, a


chama piloto e a chama principal, é controlada por válvulas solenóides,
dotadas de uma bobina, que, quando energizadas, atrai os obturadores
pelo campo eletromagnético formado, abrindo ou fechando a passagem
do combustível e do ar.
Válvulas de Descarga

Também conhecidas como válvulas de dreno, permitem a purga


(limpeza de sólidos resultantes do processo de ebulição da água) da
caldeira.
Estão sempre ligadas às partes mais inferiores das caldeiras.
O material sólido em suspensão, geralmente acumulado no fundo dos
coletores ou também inferiores das caldeiras é projetado violentamente
para fora da unidade, quando se abrem estas válvulas.
A abertura dessas válvulas se dá o nome de "descarga de fundo".
A descarga de fundo pode ser feita de forma automática ou manual, e
deve ser realizada de hora em hora a fim de deixar a caldeira
sempre livre do material sólido que se deposita no fundo da
caldeira.
A descarga de fundo tem que ser realizada e verificada pelo operador a
fim de garantir uma longa vida útil ao equipamento.
A não realização das descargas de acordo com o manual, poderá
danificar a caldeira e fazer com que fique cheia de incrustações e
sujeiras.
Quanto menor for a qualidade da água que está sendo usada na
caldeira, maior deverá ser a atenção do operador no sentido de garantir
a sua limpeza.
Rede geral de alimentação de água.

Esta rede se inicia no fornecedor de água para a caldeira.


A rede de água não deve ter vazamentos.
É recomendável que a água sofra um tratamento químico antes de ser
bombeada para dentro da caldeira.
Considerando que a água está própria para ser utilizada, ela é
bombeada para o interior da caldeira por meio de bombas ou por meio
do injetor manual.
Nesse trecho, dependendo da caldeira, há todo um jogo de dispositivos
automáticos (válvulas de retenção,relés de nível, registros, etc)) que
controlam o momento em que deve ser a água adicionada e o momento
que ela já é suficiente, ativando e desativando a bomba.
Não se deve injetar água fria em caldeira quente quando o nível d’água
estiver baixo. Deve-se diminuir o fogo a até apagá-lo, esfriando a
caldeira. Caso isto não seja observado, corre-se o risco do choque
térmico e da provável explosão da caldeira.

Portanto a verificação contínua do nível da água da caldeira é um


dos principais deveres do operador.

Toda caldeira deverá ter um reservatório de água (caixa de água)


suficiente para mantê-la em bom funcionamento.
Rede Geral de Combustível
Esta rede começa no reservatório principal de combustível, conduzindo
o mesmo até a bomba e daí ao aquecedor e ao combustor. Os
esquemas de distribuição do combustível variam, pois dependem do
projeto do fabricante e do combustível a ser utilizado (gás, diesel, bpf,
etc)
De maneira geral, dispositivos elétricos controlam a bomba ou as
solenóides e dosam o fluxo de combustível e o fluxo de ar para a
mistura correta.
Se a rede de água não deve ter vazamentos, esta rede de combustível
menos ainda. Os combustíveis são inflamáveis, portanto podem
provocar acidentes. Além disso, criam ainda outra condição insegura no
trabalho, pois eliminam o atrito e o operador pode acidentar-se por
quedas, etc.
Redes de combustíveis devem ter dispositivos capaz de fechá-las
quando for preciso. Estes dispositivos podem ser registros ou
solenóides.
Estas redes também devem ter filtros capazes de eliminar toda sujeira
do combustível, e devem ter também válvulas reguladoras de pressão
(no caso de combustível gasoso).

PURGADORES

São dispositivos automáticos que servem para eliminar o condensado


formado nas linhas de vapor e nos aparelhos de aquecimento, sem
deixar escapar vapor.
Os bons purgadores, além de remover o condensado, eliminam,
também, o ar e outros gases incondensáveis, (CO2, por exemplo), que
possam estar presentes.
O operador deve efetuar a limpeza interna dos purgadores sempre que
preciso for.
Injetor manual
Os injetores alimentam de água as Caldeiras utilizando seu próprio vapor,
substituindo as bombas elétricas que se prestam a esse serviço.
Trata-se de um dispositivo mecânico que aspira água e a injeta na Caldeira
através da velocidade do vapor e o principio de diferencial de pressão.
Pelo fato de não possuir peças móveis em seu interior, e por não requer a
utilização de energia elétrica ou qualquer outra forma de energia, os injetores
são equipamentos de alto rendimento e versatilidade, mas com médio grau de
dificuldade para colocá-los em operação.
INSTALAÇÃO
É indispensável instalar, antes do injetor, na linha de vapor, uma válvula globo,
a fim de regular a passagem, evitando sobrecarregar o aparelho,
desnecessariamente, com a pressão direta.
A linha de vapor não deve ter desvios e deve ser bem isolada, de forma que o
injetor receba vapor bem seco. A tomada de vapor deve ser feita na parte mais
alta da caldeira.
Entre o injetor e a caldeira, na saída da água de alimentação, instala-se uma
válvula de retenção, a qual deverá ser periodicamente inspecionada.
O cano de sucção deverá ter no máximo, 1,30m. Poderá ser ligado a um
reservatório ou diretamente à rede de água, através de uma válvula.
O vapor condensado, descarregado pelo injetor, deve ser conduzido para fora
do reservatório, para evitar o aumento da temperatura da água.
Em todas as ligações devem ser evitadas curvas, desvios e reduções.
Se o injetor estiver muito quente, ele não funcionará. O operador deverá
esfriá-lo para que ele funcione.
Exaustores e ventoinhas insufladoras de ar
O operador deve prestar atenção no sentido de rotação de exaustor,
ventoinhas e até mesmo da bomba de água.
Exaustores, ventiladores, queimadores, bombas de água possuem um
sentido de giro específico e correto.
Deve sempre estar atento a situação das correias e rolamentos, efetuando
a devida manutenção e em caso de alguma avaria.
Motores elétricos devem estar limpos, protegidos de água, e trabalharem
sempre na amperagem correta a fim de garantir uma longa vida útil.
Todo o sistema deve estar bem lubrificado, com graxa para altas
temperaturas.
As caldeiras Heatmag podem trabalhar basicamente de dois modos:
automático e manual, bastando para isso que o operador selecione, por
meio de comandos, as posições "automático" ou "manual".
Na posição "automático" a caldeira tem suas variáveis controladas por
malhas e controles de instrumentação(relés de nível, termostatos,
pressostatos, etc). Graças a essas malhas as caldeiras Heatmag trabalham
com um grau de controle cada vez mais elevado.
Na posição "manual", a caldeira será controlada pelo operador, ficando a
operação do equipamento por sua conta e risco.

Os cuidados a serem tomados ao operar estes equipamentos variam de acordo


com as características dos mesmos. Caldeiras de grande produção de vapor,
com muitos dispositivos de controle e segurança, exigem mais do operador.
Entretanto, todas as Caldeiras exigem acompanhamento constante.

.
Antes de Acender a Caldeira de Combustível Sólido:
-Verifica-se o nível de água no tanque de abastecimento;
-Verificam-se as posições das válvulas de entrada de água na bomba;
-Verifica-se se a bomba está ligando e desligando;
-Drenam-se os indicadores de nível (garrafa e visor) e testa-se o sistema de
alarme;
-Drena-se o distribuidor de vapor e superaquecedor (quando for o caso);
-Dá-se uma descarga de fundo rápido, observa-se se a válvula está fechando
convenientemente;
-Assegura-se que a quantidade de combustível, nas proximidades, seja
suficiente para a alimentação do fogo durante um razoável espaço de tempo
(aproximadamente duas horas);
-Ateia-se fogo e, ao alimentar a Caldeira, toma-se precauções para evitar
danos ao refratário e grelhas.

No Funcionamento da Caldeira
-Observa-se atentamente o manômetro e o indicador de nível, ajustando-os, se
necessário, aos padrões de segurança;
-O Operador não deve afastar-se do local de trabalho. Não é recomendado que
o Operador da Caldeira execute outras atividades;
-Dá-se descarga de fundo conforme recomendações de tratamento da água;
-Faz-se as anotações diárias e verifica-se o funcionamento de todos os
equipamentos acessórios;
-Evite-se queimar lixo ou outro material estranho, pois pode ocasionar
entupimento das grelhas, superaquecimentos, explosões na fornalha, …
-Dá-se descarga manual nas válvulas de segurança uma vez por dia;
-Tanto para caldeiras manuais como automáticas, não se deve perder de vista
o controle do nível da água.
-Adiciona-se corretamente os produtos para tratamento da água;
-Testa-se o sistema alternativo de abastecimento de água (injetor);
Caldeiras de Combustíveis Líquidos
Nas Caldeiras de combustível líquido, todos os dispositivos para combustão
(bombas de óleo, ignição, etc.), bombas d’água e os sistemas de bloqueio e
alarme, estão ligados a um painel de comando e a um programador. Embora
automáticos, estes dispositivos podem vir a falhar, reforçando a importância
da norma que adverte o operador a não abandonar o seu posto de trabalho.
Antes de Ligar a Caldeira
-Verifica-se os níveis dos tanques de água e de óleo ou gás combustível;
-Verifica-se se as válvulas da rede de óleo ou do gás estão abertas;
-Liga-se o aquecedor de óleo e controla-se a temperatura;
-Drenam-se os controladores de nível (garrafa e visor), certificando-se,
também, de que a bomba esteja ligando e desligando;
-Drena-se o distribuidor de vapor e a serpentina do aquecedor de óleo;
-Verifica-se o posicionamento dos eletrodos de ignição;
-Verifica-se o estado das correias do ventilador;
-Verifica-se o compressor, lubrificação, refrigeração;
-Ventila-se a fornalha para evitar acúmulos de gases explosivos.

No Funcionamento da Caldeira
-Observa-se constantemente os manômetros do óleo, vapor, ar e gás;
-Observa-se constantemente a temperatura do óleo
-Verifica-se se os depósitos de água, gás e de óleo estão sendo suficientemente
abastecidos;
-Dá-se descarga de fundo conforme recomendação do tratamento de água;
-Observa-se a combustão através dos visores e da chaminé (se não apagou);
-Faz-se as anotações referentes aos equipamentos e acessórios, e observa-se o
seu funcionamento com atenção;
-Inspeciona-se vazamentos ou possíveis obstruções que possam existir no
sistema de alimentação de água, ar ou combustíveis.
Cuidados Especiais
Além das medidas de segurança indicadas anteriormente, coloca-se em
seguida cuidados referentes a duas situações críticas às Caldeiras.
Nível de Água do Reservatório Alto
No caso do nível da água ficar muito alto, o vapor arrastará consigo água
(líquida), prejudicando a sua qualidade e danificando possíveis equipamentos
ligados a linha de vapor.
Ocorrendo isso, em qualquer tipo de Caldeira, em primeiro lugar e antes de
qualquer outro ato, drena-se os indicadores de nível, para certificar-se da
situação. Caso confirmado o fato, dá-se descargas de fundo para ajustar o nível
da água aos padrões normais de operação da Caldeira.
Nível de Água do Reservatório Baixo
É a mais séria e a mais freqüente das emergências em Caldeiras. As causas
poder ser falhas na bomba de alimentação, vazamentos no sistema, válvulas
defeituosas, falhas no automático e no alarme de falta de água, etc. Quando
faltar água na Caldeira, a superfície imersa na água fica reduzida. A ação do
calor provocará deformações nos tubos, vazamentos, danos no refratário e, no
pior dos casos, uma explosão.

Procedimentos a serem seguidos


Caldeiras de Combustível Sólido
-Drena-se os indicadores de nível para ter certeza da existência ou não de água
no interior do vaso;
-Interrompe-se o fornecimento de água para a Caldeira. Deve-se impedir que
esta operação seja executada pois poderá ocorrer um choque térmico;
-Fecha-se a saída de gases e a entrada de ar da Caldeira. Ao se interromper o
fornecimento de oxigênio, cessa a combustão;
-Não se deve tentar apagar o fogo com água ou extintores;
-Fecha-se a válvula de saída de vapor e observa-se o manômetro. Se a pressão
aumentar, descarrega-se manualmente as válvulas de segurança;
-A Caldeira deve esfriar lentamente.
Caldeiras de Combustível Líquido
-Drena-se os indicadores de nível para ter certeza da existência ou não de água
no interior da caldeira;
-Corta-se o óleo ou o gás dos queimadores;
-Corta-se a alimentação de água, fechando os registros;
-Ventila-se a fornalha para retirar os gases;
-Fecha-se a saída do vapor, observando o manômetro. Se a pressão aumentar,
descarrega-se manualmente as válvulas de segurança;
-Não se coloca água na Caldeira;
-A Caldeira deverá esfriar lentamente

Nota importante
Qualquer que seja o combustível, os gases na saída do
chaminé (terceiro passe) não deve exceder 220° C .
Efetuar a devida regulagem da quantidade de
combustível de modo que nunca exceda essa
temperatura (220°C).
Seguem Algumas Dicas de Segurança para
Operação Caldeiras
-Nunca iniciar o fogo no gerador de vapor sem verificar o nível de água do mesmo.
-O número de geradores de vapor danificados por falta de água é constante.
-Enquanto o gerador de vapor estiver produzindo vapor, o suprimento de água não
deve ser interrompido.
-Se o nível de água estiver abaixo do indicador onde não possa vê-la, apague o
fogo (nunca com água), alivie a(s) válvula (s) de segurança, feche a alimentação de
água, a válvula de vapor e outras válvulas do gerador de vapor. ·
-Não exceda a Máxima pressão de Trabalho Admissível (MPTA), fixada na placa
identificadora do gerador de vapor.
-Não permitir o acúmulo de sedimentos no indicador de nível, executar as
descargas de nível periodicamente. Uma indicação falsa de nível poderá ser
catastrófica. ·
-Nunca acreditar que a (s) válvula (s) funcionam perfeitamente. Sempre efetuar
teste diário com a (s) válvula (s) operando-as manualmente.
-Teste o(s) manômetro (s) de pressão de vapor.
-Efetue aferição do (s) manômetro (s) periodicamente. ·
-Jamais apertar parafuso, porca, conexões ou usar martelo ou outro material para
bater em partes do gerador de vapor quando o mesmo estiver sob pressão. Estes
descuidos podem ser fatais. ·
-As descargas de fundo ou purgas são importantes e devem ser executadas de
acordo com as normas estipuladas por pessoal autorizado.
-Procurar usar a dosagem de produtos químicos para tratamento da água do
gerador de vapor conforme recomendações de elementos autorizados para tal
finalidade.
-Uma caldeira limpa internamente (sem problemas de incrustação e corrosão) e
externamente (sem fuligem, cinzas, corrosão) trabalhando dentro das normas de
segurança proporcionará um trabalho realmente seguro e econômico ·
-Sempre que houver alguma dúvida, consulte um elemento especializado. ·
-Nunca deixe de antecipar qualquer emergência, não esperar acontecer para depois
pensar na solução.
-Obedecer as Normas de Segurança, lembrar que a falta de um destes elementos
não é avisada com antecedência, nunca se sabe exatamente quanto o material sob
pressão poderá resistir.

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