Seja um pálio de luz desdobrado Haja sangue em nosso pendão
Sob a larga amplidão destes céus Sangue vivo do herói Tiradentes Este canto rebel, que o passado Batizou neste audaz pavilhão! Vem remir dos mais torpes labéus! Mensageiro de paz, paz queremos Seja um hino de glória que fale É de amor nossa força e poder De esperanças de um novo porvir! Mas, da guerra, nos transes supremos Com visões de triunfos, embale Heis de ver-nos lutar e vencer! Quem, por ele, lutando surgir! Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós Liberdade! Liberdade! Das lutas na tempestade Abre as asas sobre nós Dá que ouçamos tua voz Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz Do Ipiranga, é preciso que o brado Seja um grito soberbo de fé! Nós nem cremos que escravos outrora O Brasil já surgiu libertado Tenha havido em tão nobre País Sobre as púrpuras régias de pé Hoje o rubro lampejo da aurora Acha irmãos, não tiranos hostis Eia, pois, brasileiros, avante! Verdes louros colhamos louçãos! Somos todos iguais! Ao futuro Seja o nosso País triunfante Saberemos, unidos, levar Livre terra de livres irmãos! Nosso augusto estandarte que, puro Brilha, ovante, da Pátria no altar! Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós! Liberdade! Liberdade! Das lutas na tempestade Abre as asas sobre nós Dá que ouçamos tua voz! Das lutas na tempestade Dá que ouçamos tua voz
Se é mister que de peitos valentes
Composição: Leopoldo Miguez / Medeiros e Albuquerque