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Emo x Padrão

Primeiro dia de aula, não podia ser diferente, Vick logo se


arrumou para o 2º semestre da faculdade de Medicina na federal
de São Paulo, era o único alternativo da sala, pertencia as
subculturas scene e emo. Foi bem básico, uma sombra preta em
torno dos olhos, o cabelo liso e colorido jogado para o lado, o
moletom de mangas listradas pretas e vermelhas, sua jeans
skinny e seus milhares acessórios. Antes de sair de casa, abraçou
seu gato de nome Marx e colocou seus fones em um podcast
comunista.
Assim que chegou no ponto de ônibus logo já notou os olhares
dos outros, eram de julgamento, mas um chamou a sua atenção,
esse olhar tinha olhos vazios e um estilo bem básico, uma
camiseta preta lisa, uma calça qualquer e uma correntinha,
achou o rapaz um pouco atraente mas guardou a opinião para si
mesmo, era melhor não falar nada. Assim que o veículo chegou,
ele e o rapaz subiram, o caminho foi bem desconfortável para
Vick, afinal o “básico” o encarou a viagem inteira, inclusive mais
tarde entrara na mesma faculdade e na mesma sala e sentou 2
carteiras a frente do nosso protagonista.
Após uns 15 minutos o professor começou a apresentar em
forma de slides como seria aquele semestre, finalmente teriam
aula prática, a animação do emozinho só aumentava, tinha
interesse em trabalhar no IML, mexendo nos cadáveres e
descobrindo a causa da morte de um, seu sonho seria trabalhar
com um caso criminal, onde a vítima seria mutilada e desfigurada
por completo, com indícios de dopagem com drogas pesadas
com ecstasy ou k9. O final daquela aula foi marcado com o
professor olhando para o sem graça e chamando-o para uma
conversa particular, juntamente com Vick.
- Então Lucas- começou o professor- Ficaste de dp em todas as
matérias, por isso, serais obrigado a repetir o semestre. Vick, tu
ajudarás este puto a estudar para o semestre. - Vick quis rir do
sotaque português do professor Cabral.
-PORRA PROFESSOR- O então básico de nome Lucas começou a
gritar- PODE SER QUALQUER UM MENOS ESSE OTAKU FEDIDO!!!-
Vick só aceitava calado o seu terrível destino.
O motivo do professor ter escolhido justamente ele, era porque,
mesmo com a aparência mórbida, ele havia passado em primeiro
lugar em quase todas as provas finais, era considerado
surpreendendo todos (até a si mesmo).
Depois do chilique do “sem-graça de nome Lucas”, ambos só
aceitaram. Receberam orientações de “como deveriam estudar”
onde resumidamente, o panda (como foi chamado pelo Cabral)
ajudaria o puto (também apelidado pelo Cabral) depois de todas
as aulas, das 14 horas até as 17 horas, o local seria definido entre
eles

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