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Foi nesse lagar de azeite, onde as azeitonas eram esmagadas, que Jesus experimentou a
mais intensa agonia.
Ali, o eterno Deus feito carne, dobrou sua fronte e com o rosto em terra, orou com forte
clamor e lágrimas.
Ali, o bendito Filho de Deus rendeu-se incondicionalmente à vontade do Pai para remir um
povo por meio do seu sangue.
Ali, ele foi traspassado, esmagado e moído pelos nossos pecados.
Ali ele desceu ao inferno.
Enquanto o primeiro Adão perdeu o paraíso num jardim, o segundo Adão o reconquista
noutro.
Por que Jesus estava triste? Era porque sabia que Pilatos o sentenciaria? Era porque sabia
que o povo gritaria diante do pretório romano: Crucifica-o, Crucifica-o? Era porque sabia que
o seu povo preferiria Barrabás a ele? Certamente essas coisas estavam incluídas na sua
tristeza, mas não era por essa razão que Jesus estava triste até a morte.
A tristeza de Jesus era porque sua alma pura estava recebendo toda a carga do nosso
pecado.
Jesus ficou triste porque Deus escondeu o seu rosto do seu Filho, e ele foi feito pecado e
maldição por nós.
Naquele lugar, Deus se afastou dele e o desamparou para nos amparar.
Ele entristeceu-se porque sorveu o cálice da ira de Deus e sofreu a condenação que
deveríamos sofrer.
Entristeceu-se porque expiou nossa culpa e sozinho sofreu, sangrou e morreu.
Jesus é o nosso maior exemplo de oração em tempos de angústia. Algumas atitudes
especiais de Jesus em sua oração foi:
A posição em que Jesus orou. O Deus eterno, Criador do universo, sustentador da vida, está
de joelhos, com o rosto em terra, prostado em humílima posição. Agora, aquele que sempre
esteve em glória com o Pai, está de joelhos, prostado, angustiado, orando com forte clamor
e lágrimas.
Submissão: Seja feita a minha vontade e não a sua, levou o primeiro Adão a cair. Porém, seja
feita a sua vontade e não a minha abriu a porta de salvação para os pecadores. Oração não é
a tentativa de fazer Deus mudar sua vontade a fim de atender aos planos do homem. É, ao
contrário, a sujeição dos planos humanos à vontade soberana de Deus.
Persistência: Jesus orou três vezes sempre focando o mesmo aspecto.
A intimidade na oração: Jesus orou e dizia: Aba, Pai. Esse termo aramaico significa, “Meu
Pai” ou “Papai”. Ele denota intimidade, confiança. Jesus não está orando a uma divindade
distante, indiferente, mas ao seu Pai. O mesmo que pode fazer todas as coisas também têm
um relacionamento íntimo e estreito conosco.
O triunfo da oração: Depois de orar três vezes e mais intensamente pelo mesmo assunto,
Jesus apropriou-se da vitória. Ele encontra paz para o seu coração e está pronto a enfrentar
a prisão, os açoites, a morte. Jesus levantou-se não para fugir, mas para ir ao encontro da
turba. Ele estava preparado para o confronto. Quando oramos, Deus nos prepara!
Nós devemos orar e vigiar; vigiar e orar. John Charles Ryle diz que vigilância sem oração é
autoconfiança e autoengano. Oração sem vigilância é apenas entusiasmo e fanatismo.
A oração é uma fonte de consolação. Através dela, derramamos nossa alma diante de Deus.
Por intermédio dela, temos intimidade com Deus. Quando estamos na presença daquele que
governa os céus e a terra, e temos a consciência que ele é o nosso Pai, nossos temores se
vão e paz enche nossa alma.
Jesus levanta-se da oração sem pavor, sem tristeza, sem angústia. Ele, a partir de agora,
caminha para a cruz como um rei caminha para a coroação. Ele triunfou de joelhos no
Getsêmani e está pronto a enfrentar os inimigos e a morrer vicariamente na cruz.