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Fé que comunica com Deus (5.

13-20);

Este mes, vamos falar da fé que comunica com Deus, ou com a fé que
agem através de Deus e nos coloca dependentes de Deus, em
comunicação com ele.

A oração é esta comunicação com Deus, e este texto de Tiago trata


disso.

Me comunico com Deus através da oração, pela fé entendo que Ele me


ouve e que poderá fazer aquilo que eu peço se estiver alinhado a sua
vontade.

Vontade, significa que ele quer também, ou porque esta no plano, ou


porque ele me ama, ou porque ele quer fazer uma fofura pra mim.

13Está alguém entre vós sofrendo? Faça oração.


Está alguém alegre? Cante louvores. 
14Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e
estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do
Senhor. 
15E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se
houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. 

Estas sao instruções que Thiago nos da para proceder na igreja


mediante a fé que comunica com Deus.
Já desde o verso 12 ele diz, “seja o vosso sim, sim e o
Vosso nao , nao, isto significa que nossas ações tem que ser
concretas, verdadeiras, firmes.
Jó 22:28Determinando tu algum negócio, ser-te-á firme, e a luz
brilhará em teus caminhos.

a) Esta sofrendo?, faça oração


Primeiro precisamos entender oque é o sofrimento e o porque orar
ajuda no sofrimento.
O sofrimento pode causar dor, (chamamos isto de psicosoma)
O sofrimento da amargura pode causar câncer, o sofrimento
emocional pode causar pneumonia, o sofrimento sexual pode causar
doenças de pele, e assim por diante

Como disse Drumond de Andrade, “a dor é inevitável, ja o


sofrimento e opcional.

A dor é um mecanismo de defesa do corpo, mas o sofrimento é


como seu cérebro interpreta as situações e a dor.
Tem gente que sofre com a dor e tem gente que tem prazer com a
dor.
Quando oramos entramos em sintonia com Deus,
Quando oramos Deus vai se revelando a nós, comunicando a fé
Ou seja começamos a enxergar segundo a ótica de Deus.

Exemplo, muitos testemunhos dao conta disso, quando dizemos:


Ricardinho testemunho, eu tava com uma dorzinha, fui no medico e
descobri um câncer, DEUS É BOM PERFEITO E AGRADAVEL
PORQUE ME FEZ ENCONTRAR O TUMOR ( alguém direia, MEU
DEUS QUE HORRIVEL, COMO QUE ISTO PODE SER BOM)

17Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos


sentimentos, e orou, com instância, para que não chovesse sobre a
terra, e, por três anos e seis meses, não choveu. 18E orou, de novo, e o
céu deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos.

O profeta Elias talvez tenha sido um dos homens mais notáveis de sua época.
Seu nome significa "Deus é meu Yahweh" ou "Deus é o Meu Senhor". Assim sendo,
seu nome representa e testifica, o tema central e visceral de seu ministério: Meu
Deus é o Senhor e não existe outro! 

Foi esse profeta que profetizou a grande seca sobre Israel ao rei Acabe e que,
durante esse terrível tempo de seca, foi alimentado, no deserto de Querite, por
corvos que lhe traziam carne e que bebeu água de uma das últimas fontes que não
haviam secado, ainda, naquele lugar.
Foi esse profeta que se dirigiu para Sarepta, em Sidom, e que, pelo poder de Deus,
multiplicou o azeite da viúva e ressuscitou o filho da mesma.

Foi esse profeta que, cheio do poder de Deus, enfrentou os profetas de Baal e
revelou quem era, de fato, Deus em Israel ao fazer cair fogo do céu sobre o seu
holocausto!

Foi esse profeta que, sob o comando de Deus, orou, após três anos de terrível
seca, para que novamente houvesse chuva sobre a terra. e assim se fez!

Foi esse profeta que, na unção do Senhor, profetizou contra


o rei Acabe e Jezabel, falando-lhes sobre o triste e terrível fim da vida de ambos!

Foi esse profeta que, no Senhor, fez cair fogo do céu sobre dois dos três capitães
enviados pelo rei Acazias (filho do rei Acabe) e que disse que a sua doença não
teria cura e que Acazias se encontraria, irremediavelmente, com a morte!

Meu Deus, que profeta! Que homem de Deus! Que figura imbatível! Sem dúvida
são esses os pensamentos que pululam em nossas mentes, impactadas, por tão
incríveis (e reais!) histórias.

E mais: ao trazer à lume tais narrativas, nos sentimos tão pequenos, tão fragéis, tão
pecadores e inúteis em nossas jornadas de fé, que somos tomados pela dúvida se,
realmente, somos crentes.

Se, de fato, nascemos de novo em Cristo Jesus! Se, de fato, nos tornamos, pelo
poder do Espírito Santo, novas criaturas! É... Parece ser o fim para nós...

No entanto, o apóstolo Tiago, inspirado pelo Espírito Santo, nos traz, em sua
epístola, uma informação por demais importante: Elias, esse homem tão poderoso
em Deus, era um "homem semelhante a nós, sujeito aos mesmos sentimentos..."
(Tg 5. 17a).

Meu Deus! Será isso mesmo? É isso mesmo que lemos em nossas Bíblias? Não
terá sido um erro de tradução para a nossa língua? Não, amados e amadas. Mesmo
no grego bíblico, a tradução é esta: Elias era um homem que compartilhava da
mesma natureza que nós; a natureza humana. E, portanto, suscetível à tentações,
quedas, dramas, tristezas, depressões, assim como nós o somos desde a QUEDA!
(trazendo à memória o fatídico, mas não derradeiro, capítulo 3 do Livro de Gênesis).
Elias era GENTE COMO A GENTE! 

O profeta, logo após ter derrotado os profetas de Baal, foi ameaçado de morte por
Jezabel. Um mensageiro, enviado pela mesma, o fez saber que ele seria executado
no dia seguinte, assim como os profetas de Baal haviam sido executados (1Rs 19.
1-2). Elias, o grande homem de Deus, temendo pela própria vida, mesmo tendo
experimentado da parte do Senhor uma grande vitória, fugiu para o deserto e
desejou a morte.
Sim, é isso mesmo, a morte. No entanto, o Senhor cuidou dele, alimentando-o e
fortalecendo, através de um anjo lhe levava pão cozido e água. (1Rs 19. 4-7).
Reanimado, o profeta, caminhou até Horebe, e lá o Senhor o comissionou mais
uma vez, deixando-lhe bem claro que ele não estava sozinho na luta contra o mal,
na luta contra as trevas, mas que sete mil, assim como ele, não haviam se rendido a
Baal, não haviam lhe adorado e nem lhe beijado a face! (1Rs 19. 8-18).

Este momento na vida do profeta associado ao texto do apóstolo Tiago, serve como
bálsamo da parte do Senhor a todos os seus filhos e filhas que se encontram por
todo o globo terrestre. Elias (e tantos outros homens e mulheres de Deus), o grande
profeta, poderia ser capaz de realizar, no Senhor, os mais tremendos feitos.

Mas, ainda assim, era homem, era humano, era frágil, era barro, era gente como a
gente e, portanto, alvo da graça e da misericórdia do Senhor, assim como nós o
somos!

Amados, não há nenhum mal em admirar pessoas e até mesmo tê-las como
padrões a serem copiados. No entanto, devemos ter muito cuidado pois as mesmas
são pessoas como nós, passíveis de erros e dramas, como você e eu! Se
quisermos, de fato, ter um padrão, um exemplo a ser imitado e seguido, olhemos,
todos, para Jesus Cristo e, na força do Espírito Santo, corramos a carreira que nos
foi proposta nEle! (Hb 12. 1-2).

A ORAÇAO FAZ A NOSSA FÉ SER RENOVADA, E A NOSSA


VISÁO TRANSFORMADA PELO PODER DE DEUS.

b) Esta alegre?, cante louvores


APROVEITE O TEMPO DE ALEGRIA. A DICOTOMIA SUPLICA E
GRACAS, SOFRIMENTOS E ALEGRIAS
Tiago resume os dois grandes temas dos Salmos: súplica e ação de graças, como
respostas do crente a Deus que brotam da fé, mas não somente da fé, mas da fé
vivida, da fé que é provada em experiências concretas, de sofrimento e de alegrias,
de luta e de vitórias, de angústia e de confiança, de pranto, choro e riso.

Quem de nós já não experimentou essas duas situações em nossa própria


caminhada de fé?

Davi, o salmista por excelência na Bíblia, as experimentou, e as expressou nos


Salmos, que são orações de súplica e de graça, são cânticos de um coração que, em
alguns momentos se sente sobrecarregado da angústia e dor e, em outros
momentos, transbordam de alegria e de felicidade.

Por isso Davi, e os demais salmistas e todo o povo de Deus do AT e do NT, até hoje,
podem orar os salmos, dizendo: “Na minha angústia, clamo ao Senhor, e ele me
ouve” (Sl 120.1), mas também podem cantar os salmos dizendo:”Alegrei-me quando
me disseram:vamos à casa do Senhor” (Sl 122.1).
Maria, a mãe de Jesus, também experimentou momentos de dor e aflição, junto à
cruz, como predito por Simeão: “Uma espada traspassará a tua alma” (Lc 2.35), mas
no seu contentamento exultou e cantou: “A minha alma engrandece ao Senhor, e o
meu Espírito se alegrou em Deus, meu Salvador” (Lc1.46).

Paulo, o apóstolo dos gentios, fala de sua experiência, das alegrias e das
tristezas, das recompensas e das tribulações de uma vida dedicada tão somente à
pregação do evangelho de Cristo. Ele diz: “Tanto sei estar humilhado com também
ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias já tenho experiência, tanto de
fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele
me fortalece” (Fp 4.12-13).

Paulo havia orado insistentemente e fervorosamente a Deus, para que removesse o


sofrimento físico de sua vida. Em sua angústia e aflição, Paulo orava a Deus: “Três
vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim” (II Co 12.8), e a resposta que
recebeu de Deus, nós sabemos, foi “A minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza” (II Co 12.9).

Como Paulo recebeu essa resposta de Deus, numa revelação especial ou na


experiência da luta e de vitórias, de fraqueza e de poder, de sofrimento e de graça?

SOFRIMENTOS Onde Paulo, Davi e todos os crentes encontram motivos de súplica


a Deus?

Nas suas próprias fraquezas e limitações, nos ataques dos inimigos de Deus, nas
carências materiais de sua vida e nas contradições da existência humana, motivos de
súplica.

Da mesma forma, nós mesmos encontramos, muitas vezes, dor e não alegria,
fraqueza e não força, necessidade e não fartura, perseguição e abandono em lugar
de amparo, aperto no coração em lugar de felicidade.

Onde Paulo, Davi e todos os crentes encontram motivos de louvor a Deus? Na graça
e no livramento de Deus encontramos motivo de alegria, de contentamento e de
felicidade.

Canta louvores não quem jamais chorou, mas quem foi consolado.

Exulta em alegria não que jamais teve privações, mas que foi saciado.

Canta com alegria e confiança não quem jamais sentiu-se perdido ou abandonado,
mas quem foi resgatado e acolhido.
A oração de súplica e o canto de louvor a Deus brotam da fé, mas não de uma fé
abstrata, teórica, alheia às lutas da vida, mas de uma fé concreta de quem vive cada
dia na dependência de Deus, de quem tudo entrega a Deus e nele confia e, também,
tudo espera e tudo recebe tão somente de Deus.

A súplica e o júbilo são expressões da experiência de fé nas lutas da vida.

Por isso Paulo dizia: “Tenho prazer nas fraquezas…. Porque, quando sou fraco, então,
é que sou forte (II Co 12.10).

A alegria nas fraquezas não vem da experiência das fraquezas, mas da fé no poder
de Deus, que socorre o aflito e o necessitado.

O Salmista “Invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei e tu me glorificarás” (Sl


50.15). O dia da angústia move-nos à oração, a invocar, isto é, a chamar o nome
de Deus, suplicar o socorro de Deus.

O dia do livramento move-nos a glorificar, isto é, a dar glórias ao nome de Deus, a


cantar de alegria pela chegada do socorro de Deus.

Em outro lugar, Paulo escreve “Com tudo, já em nós mesmos, tínhamos a sentença
de morte, para que não confiemos em nós, mas no Deus que ressuscitou os mortos”
(II Co 1.9), logo em seguida, dizendo que os perigos e ameaças que sofria causavam
na igreja, pois um lado, “as vossas orações a vosso favor” e, por outro, “para que,
por muitos, sejam dadas graças a nosso respeito, pelo benefício que nos foi
concedido por meio de muitos (isto é, pela oração de muitos) (II Co 1.11)”.

Esta passagem nos ensina duas coisas.

Primeiro, que a aflição do apóstolo move a igreja a orar Deus em favor dele, e o
livramento move a igreja a dar graças a Deus por causa do apóstolo.

Segundo, que a fé em Deus, o Deus que vive e que faz viver, não é apenas uma
doutrina, é uma experiência em meio aos perigos e ameaças contra a vida, uma
experiência de enfrentamento da morte, com súplicas e orações.

O sofrimento, para o cristão, é uma experiência que só é vencida pela fé e pela


oração, por isso a igreja ora pelos que sofrem e pelos aflitos, pelos enfermos e pelos
enlutados, pelos angustiados de coração e pelos desabrigados e famintos.

Mas o livramento de Deus também só pode ser vivido pelo cristão por meio da fé e
da oração, da oração que exulta e que canta a Deus com gratidão e alegria nos
corações (Cl 3.16).
É por isso que Paulo, na carta aos Colossenses, faz a mesma recomendação de
Tiago, e diz “Preservarei na oração, vigiando com ações de graça (Cl 4.12)”.

Na fé, somos movidos pelo Espírito Santo, a expressar nossos sentimentos, e não a
escondê-los, somos chamados a “alegrar-nos com os que alegram, e chorar com os
que choram” (Rm 12.15), porque temos todos nós experiência de dor e de pranto e
de riso e de alegria.

No livro de Zacarias (Zc 12.10), o profeta anunciava que Deus derramará sobre
Jerusalém, “o espírito da graça e de súplicas”, pelo qual haverá grande pranto,
porque o enviado de Deus foi traspassado mas, ao mesmo tempo haverá em
Jerusalém, “uma fonte aberta… para remover o pecado e a impureza” (13.1).

No Batismo, não recebemos apenas fé, mas o Espírito Santo que nos guia nas
experiências da fé, nas experiências de sentir-se abandonado por Deus, e nas
experiências, de encontrar o livramento de Deus.

Pedro, na sua 1ª Epístola, nos conforta, dizendo: ”Ora, o Deus de toda a graça, que
em Cristo vos chamou à sua eterna glória, que tendes sofrido por um pouco, ele
mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar, fortificar e fundamentar” (1 Pe 5.10).

No sofrimento e angústia é como se nos faltasse o chão, como se fôssemos tragados


pelo abismo, mas então clamamos a Deus, encontramos socorro em Deus, e
descobrimos o verdadeiro fundamento de uma existência e de nova vida que não são
as coisas exteriores, as que podemos adquirir ao longo da vida, mas unicamente o
“Deus de toda a graça”, que faz forte ao cansado e dar forças ao que não tem vigor,
que enche de bens os famintos e que ressuscita os mortos (Is 40.31; Lc 1.53; Rm
4.17).

Então, voltamos aos Salmos e cantamos com o coração cheio de júbilo, “Bem
aventurado aquele que tem o Deus de Jacó por seu auxílio, cuja esperanças estão no
Senhor, seu Deus, que fez os céus e a terra e tudo o que neles há e mantém para
sempre sua fidelidade. Que faz justiça aos oprimidos e dá pão aos que tem fome. O
Senhor libertará os encarcerados. O Senhor abre os olhos dos cegos. O Senhor
levanta os abatidos. O Senhor ama os justos. O Senhor guarda o peregrino, ampara
os órfãos e a viúva, porém transforma o caminho dos ímpios, o Senhor reina para
sempre, o teu Deus, ó Sião, reina de geração em geração. Aleluia”. (Sl 146.5-10).

“Está alguém entre nós sofrendo? Faça oração. Está alguém alegre? Cante louvores”
(Tg 5.13).

Que nossas experiências de sofrimentos e alegria não sejam vividas de outra forma
senão com súplica e ação de graças movidos pelo Espírito Santo que habita em
nossos corações e nos faz buscar a Deus na hora da aflição e retornar a Deus na
hora da alegria. Amém.

c) Esta doente?, peça oração e unção com óleo


14Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e
estes façam oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do
Senhor. 
15E a oração da fé salvará o enfermo, e o Senhor o levantará; e, se
houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. 
Muitas doenças no mundo acontecem pelo pecado, original ou pontual.
Os lideres da igreja devem sempre estar dispostos a orar e a ungir as
pessoas com óleo que é o simbolo do Espirito Santo.

d) 16 confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns


pelos outros, para serdes curados.
Muito pode, por sua eficácia, a súplica do justo. 
As orações sao diferentes das suplicas,
A oração, se trata de uma conversa com Deus, que é constante e que
vai nos tornando mais íntimos, mais próximos, a oração tem esta
característica, ainda que possamos adorar em oração, possamos pedir
também, ou desabafar contando nosso ponto de vista a Deus, tudo isto
gera relacionamento.

a) A suplica, A súplica se caracteriza por um pedido veemente e


humilde de alguém que se encontra em momento de desespero ou
angústia.
Foi através da súplica que a mulher Cananéia procurou Jesus
implorando por sua filha.

É o momento de busca específica por uma pessoa que conhece ao


Senhor e sabe que somente Ele é capaz de atender sua petição.

No evangelho de Lucas capítulo 18 o Senhor Jesus passa a limpo


essa questão contando uma história de um juiz e de uma viúva quando
esta lhe pede com insistência para que julgue a sua causa o que após
diversos momentos de súplica o mesmo lhe atende.
A súplica é caracterizada também por um pedido de clemência ou
misericórdia sem se importar com as adversidades ao pedido.

b) O confessar

Vejamos o texto que seu amigo usou para embasar que temos que
confessar os pecados para outros para sermos perdoados: “Confessai,
pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para
serdes curados…” (Tiago 5.16).

O contexto que Tiago está trabalhando aqui é o da oração inteligente


ou eficaz.

Ele começa falando da oração dos presbíteros em casos urgentes (Tg


5.13-14) e fala também do exemplo de oração do profeta Elias, que é
humano e semelhante a nós (Tg 5.17-18). Nesse contexto ele fala
sobre confessar os pecados uns aos outros.

Mas o que ele está querendo dizer com isso?

Tiago está falando sobre confessar os pecados uns aos outros para
que uns orem pelos outros.

É a oração eficaz, onde um intercede pelo outro, onde um se interessa


pela dificuldade do outro.

É claro que você “confessa” no sentido de buscar orientação e ajuda


do irmão para a sua dificuldade. Você reconhece sua dificuldade e
erros, numa atitude de busca da cura desses males.

Note que o texto fala que o objetivo do “confessar” é para que uns orem
pelos outros e haja então a cura: “Confessai, pois, os vossos pecados
uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados”.

Esse texto de Tiago não apoia o pensamento de que é obrigatório


confessar o pecado a alguém para ser perdoado, nem que haja a
necessidade de confessar publicamente o pecado e nem que é
necessário confessar secretamente a um sacerdote seu pecado para
obter o perdão de Deus.

Pelo contrário, a Bíblia afirma claramente que o perdão de Deus é


pleno mediante um coração arrependido que se confessa diretamente a
Ele: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos
perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça.” (1 João 1.9).

(Salmo 41:4; 130:4, Atos 8:22, 1 João 1:9).


 Não há qualquer menção da necessidade de fazer confissão a
pessoas para que o perdão tenha validade.

Um alerta: Tome muito cuidado com aquilo que confessa perante as


pessoas. Só confesse algo buscando ajuda caso tenha plena confiança
na pessoa. Imagine você confessando um pecado grave que cometeu
buscando ajuda em alguém que tem problemas com a fofoca?
Certamente terá problemas!

19Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém


o converter, 20sabei que aquele que converte o pecador do seu
caminho errado salvará da morte a alma dele e cobrirá multidão de
pecados.

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