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Nono Dia

A oração de Paulo
Na carta aos Efésios nos encontramos duas orações de Paulo. A primeira oração está em
Efésio 1:15-23 onde ele ora que os santos recebam revelação a respeito da Igreja. Nesta
segunda oração em 3:14 a 21 ele ora para que os santos experimentem Cristo com vistas a
edificação da Igreja.
Por isso que Paulo primeiramente orou para que tivéssemos Espírito de revelação. Mas a
revelação apenas não é suficiente, por isso agora ele está orando para que tenhamos não
apenas revelação, mas também a experiência de Cristo.

Por esta causa, me ponho de joelhos diante do Pai, de quem toma o nome toda família, tanto
no céu como sobre a terra, para que, segundo a riqueza da sua glória, vos conceda que
sejais fortalecidos com poder, mediante o seu Espírito no homem interior; e, assim, habite
Cristo no vosso coração, pela fé, estando vós arraigados e alicerçados em amor, a fim de
poderdes compreender, com todos os santos, qual é a largura, e o comprimento, e a altura, e
a profundidade e conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais
tomados de toda a plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente
mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a
ele seja a glória, na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre.
Amém! Ef. 3:14-21

A oração pela experiência de Cristo - 14 e 15


Paulo começa a sua oração com a expressão “por esta causa”. Que causa que é essa? A
“causa” é o que vem à frente ou a causa é o que ele falou anteriormente? Eu creio que a
causa aqui é o que ele falou anteriormente. Do versículo 1 até o versículo 13 Paulo fala
basicamente duas coisas: primeiro ele se refere ao mistério de Deus que estava oculto dos
séculos e das gerações, mais que agora foi revelado, a saber: que os gentios são coerdeiros,
membros do mesmo corpo e coparticipantes da promessa de Cristo”. Esse era o mistério, o
mistério de que Cristo agora se tornou a nossa vida e nós fomos enxertados no seu corpo.
Em segundo lugar ele disse que agora Deus quer “pela Igreja manifestar a sua multiforme
sabedoria aos principados e potestades”. Deus quer manifestar através da sua Igreja a sua
multiforme sabedoria. Esta multiforme sabedoria de Deus que deve agora ser revelada aos
principados e potestades. Esta sabedoria é insondável. É o poder que Deus tem de trazer vida
no meio da morte, luz em meio a trevas e salvação onde parecia estar tudo perdido.
Como é que Deus vai manifestar a sua multiforme sabedoria para os demônios? O diabo tem
feito o máximo para arruinar o propósito de Deus durante os séculos, mas Deus tem sempre
revelado sua glória em meio a todas as circunstâncias.
Deus manifesta a sua sabedoria quando Ele desfaz as obras do diabo. O diabo fez coisas
terríveis na vida de todos nós. Alguns eram oprimidos e com certeza tiveram a sua vida
destruída pelo inferno. Qual que é a sabedoria de Deu? É quando Deus pega aquilo que
parecia ser um prejuízo e transforma isso em glória para o nome Dele.
O pecado traz prejuízo. Isto é verdade, principalmente quando ele não é confessado. O
pecado traz prejuízo quando não há arrependimento. Mas Deus não pode perder nem mesmo
quando nós falhamos. Porque no momento em que você se arrepende, Deus consegue
transformar aquilo em algo para sua glória.
Um exemplo interessante é Davi. Com relação a Bate-Seba ele cometeu uma grande falha.
Mas a sua queda deu a Deus oportunidade para Deus mostrar a sua sabedoria. Por meio de
sua queda e arrependimento, combinados com o perdão de Deus, Davi ganhou um filho, para
ser o edificador do templo. Ninguém imaginava que aquele relacionamento que nasceu de
uma maneira tão errada pudesse agora resultar em algo tão glorioso.
Mais tarde Davi caiu novamente, quando fez o senso de Israel. Mas por meio dessa segunda
queda Davi adquiriu o lugar que o templo seria construído. O diabo queria destruir Davi, mas
Deus na sua sabedoria, pegou aquele lugar onde estava o anjo destruidor e o tornou no lugar
da sua habitação, o lugar do templo para Ele ter comunhão com o homem. Deus consegue
pegar aquilo que parecia ser completa derrota e transformar aquilo em glória para o nome
Dele. Essa é a multiforme sabedoria de Deus.
Todas essas quedas foram obra de satanás, mas em meio a elas Deus pôde mostrar a sua
multiforme sabedoria. Assim onde há mais pecado ali haverá mais manifestação da graça e
consequentemente uma maior expressão da sabedoria de Deus desfazendo as obras do
inimigo.
Depois disso lemos que Paulo ora ao Pai de quem toma o nome toda família, tanto no céu
como sobre a terra (3:15). Paulo não orou a Deus, mas ao Pai. Esse Pai é o originador da
família. Esta família está no céu e na terra. Os que estão no céu deve se referir aos que já
partiram, mas pode também se referir aos anjos. É interessante pensar que anjos façam parte
da família.
A família sobre a terra se refere a todos os crentes regenerados, quer sejam judeus quer
sejam gentios.

Características da oração de Paulo


Antes de abordar o conteúdo da oração de Paulo precisamos avaliar pelo que ele não
orou. Algumas vezes o negativo é tão importante quanto o positivo. Lembre-se que Paulo
estava preso. Mas ele não orou pedindo que a situação mudasse, nem com relação a si nem
com relação aos efésios.
Tente imaginar a circunstância. Paulo estava preso em uma cadeia em Roma. Com certeza
debilitado na sua saúde e sofrendo todo tipo de privação. Alguns estudiosos acreditam que o
espinho na carne que ele disse possuir, era uma enfermidade (II Cor. 12:7). Se isso é
verdade, então ele estava fraco, preso numa cadeia terrível e ainda por cima enfermo. Nessas
circunstâncias pelo que você oraria? Paulo poderia muito bem dizer: “irmãos! Deus me deu
um ministério tão grande, ele me deu uma revelação tão maravilhosa e eu estou aqui nessa
cadeia. Então irmãos, orem por mim! Orem por mim para eu sair daqui. Não haveria nada de
errado nessa oração, muito pelo contrário, ela seria bem apropriada. É da vontade de Deus
que você ore por essas coisas também, mas Paulo não orou. Ele não orou por si mesmo e
nem orou com relação à sua condição e nem em relação a condição aos irmãos em Éfeso.
Em segundo lugar, Paulo também não foi geral. Ele não orou para Deus abençoasse os
irmãos de forma genérica. Ele foi específico em seus pedidos. Muitos irmãos me pedem
oração, e eu sempre lhes pergunto antes de orar: “pelo que você quer que eu ore?” Ora para
eu ser abençoado, eu só quero ser abençoado. Mas o que significa ser abençoado na sua
cabeça? Se eu perguntar para cada um o que significa ser abençoado, cada um dará uma
resposta diferente. Porque benção é uma palavra muito genérica. Você pediu para ser
abençoado! Como é que você vai saber se Deus respondeu a sua oração, quando ele
responder, se você nem sabe direito o que você está pedindo? Paulo, porém, foi específico.
Ele orou para que os irmãos fossem fortalecidos com poder, fossem arraigados em amor,
pudessem experimentar o amor de Cristo e serem cheios da plenitude de Deus. Se você quer
receber de Deus seja específico na sua oração.
A terceira característica da oração de Paulo é que ele não orou por nada material. Naquela
época a maior parte dos irmãos da igreja eram constituídos de escravos.
E aqueles que eram livres dentro da igreja eram muito pobres. Dessa forma a Igreja era
constituída de gente necessitada. Então seria até justo que Paulo tivesse orado para que o
Senhor pudesse prosperá-los e lhes desse uma melhor condição financeira. Paulo, porém, não
orou por nada disso. Isso não significa que não devemos orar por essas. O problema é
quando oramos por um carro, podemos até recebê-lo, mas nunca seremos cheios da plenitude
de Deus. Mas se você ora para ser cheio da plenitude de Deus, você pode até não ter o carro,
mas a sua vida vai será plena do gozo de Deus. Por isso Paulo orou por aquilo que vem
primeiro. Se você tiver a plenitude de Deus e estiver arraigado no amor, as outras coisas
serão acrescentadas. Quando buscamos em primeiro lugar as coisas espirituais, as materiais
nos serão acrescentadas.
Por fim Paulo não ora para que os problemas fossem eliminados e as tribulações removidas.
Paulo não orou a Deus para que removesse o imperador Nero. Paulo não disse: “esse homem
é maligno, vamos orar para Deus removê-lo”. Ele não orou dizendo: “irmãos orem para eu
ser liberto dessa aflição que eu estou passando agora”.
Por que Paulo não fez isso? Será que ele gostava de sofrer? Claro que não! Mas Paulo
entendia que mais importante do que orar para Deus remover o problema que está na sua
frente, é orar para você seja capacitado para enfrentar a dificuldade adiante. Nem sempre
Deus remove o que está diante de você, mas ele sempre lhe capacita a enfrentar o inimigo.
Ele orou para que sejamos fortalecidos no homem interior para justamente enfrentar os
problemas. É um fato que no mundo teremos aflições. Não podemos evitá-las, mas podemos
ser fortalecidos para enfrentá-las.
Alguns irmãos imaginam que a vida cristã é como Deus indo na frente limpando o caminho
para ele, e então ele vai andando tranquilamente atrás do Senhor. Ele pensa que o Senhor vai
tirando galhos, tapando buraco, removendo os tropeços, expulsando os inimigos, resistências
para que ele possa ir seguindo atrás tranquilamente. Mas não é exatamente essa a visão que o
apóstolo Paulo tinha. Nem sempre Deus remove o obstáculo que está adiante de você, mas
ele sempre lhe conduzirá em triunfo no meio das circunstâncias.
Imagina que você tem um chefe que é um tormento na sua vida. Ele lhe persegue, é injusto
no tratamento e completamente tenebroso no convívio. Por causa disso você chega em sua
casa e ora da seguinte maneira: “Deus remove essa pedra maligna da minha vida!”. É
possível que o Senhor lhe responda que o chefe não será removido porque ele foi colocado
ali para que você possa crescer no Senhor. Ele está aí para você aprender a amar quem não
merece ser amado, para você orar pelos que lhe perseguem. O diabo colocou o chefe, mas foi
Deus quem permitiu.
Depois disso, como é que você vai orar pelo seu chefe? Deus obrigado por esse chefe, se não
fosse ele eu não teria a oportunidade de aprender o que eu estou aprendendo hoje. Em vez de
ser uma maldição, ele se torna uma benção na sua vida. É provável que no dia em que você
aprender a amar o chefe que lhe persegue, Deus o remova.
Essa é a verdadeira vitória, esse é o verdadeiro caminho de glória. A vontade de Deus nem
sempre é remover o problema. O mar vai continuar lá, mas ele vai ser a oportunidade de
Deus mostrar o seu poder, ou ele se abre ou você vai andar sobre as águas. Em vez de orar
para ser removido da prisão, ele diz que ele é prisioneiro de Cristo, ele fala. Essa prisão é
Cristo, e aqui eu estou experimentando o amor dele por mim.
É por isso que quando Paulo cantava na prisão a terra tremia. Porque ele não orava para Deus
remover a situação, mas ele orava para ser fortalecido no Senhor e na força do seu poder. Se
eu sou fortalecido, não importa o que o diabo faça, eu vou passar por cima dele.
Algumas vezes aparecem situações diante de você em que você se sente fraco e impotente.
Você ora pedindo que o Senhor remova aquele peso, mas o Senhor lhe responde que aquele
peso foi colocado justamente para aumentar a sua musculatura.
Você não ganhará musculatura dormindo o tempo todo. Pode até engordar, mas não ficará
mais forte. Se você quer ganhar musculatura, você pegar o peso, encarar a pressão, exercitar
sua fé. Muitos irmão dizem que querem crescer em Deus, mas quando os colocamos para
liderar uma célula eles acham pesado demais. Imaginam que o cristianismo é deitar numa
rede na beira de um tomando refrigerante gelado e pescando. Você pode se assutar se
encontra-se de repente no meio de um campo de batalha.

Pedido 1 - Para que sejamos fortalecidos - 16


Em contraste com a oração no capítulo primeiro que pede revelação, nessa ele pede
experiência. A revelação é importante, mas é incompleta sem a experiência.
A primeira oração é por fortalecimento. Estamos constantemente sendo atacados por todo
tipo de germe e bactéria espiritual. Precisamos ter nosso sistema imunológico fortalecido
para vencermos esses ataques e não ficarmos doentes.
O princípio bíblico é: acerte a fonte e as pressões se dissiparão. Veja o exemplo de
Provérbios 23:7; 4:23 e Mc. 7:20-23.
Precisamos também ser fortalecidos quando somos ainda crianças. Esse fortalecimento a
conduz ao crescimento e consequente maturidade.
Mas por sermos crianças precisamos também ser fortalecidos para suportarmos uma comida
espiritual mais consistente (I Cor. 3:2).
Precisamos também ser fortalecidos porque estamos numa batalha espiritual. Nossa
verdadeira luta é contra os principados e potestades. Precisamos ser fortalecidos para
enfrentá-los.
A maneira como somos fortalecidos é:

Segundo a riqueza da sua glória


João 1:14 diz que Jesus expressava a glória do Pai.
E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória,
glória como do unigênito do Pai. Jo. 1:14
Glória, portanto, é a imagem de Deus e sua expressão. Porque “ninguém jamais viu a Deus;
o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou (Jo. 1:18).
Com poder
Somos também fortalecidos com poder. Esse poder é aquele mencionado no capítulo 1:19-
20. O poder que foi capaz de levantar a Jesus dentre os mortos e ascendê-lo aos céus. É com
esse poder que Deus nos fortalece.

Mediante o seu Espírito


O Pai nos fortalece mediante o Espírito Santo que habita em nós. Ele é a provisão de Deus
para todas as nossas necessidades.

No homem interior
O homem interior é o nosso espírito regenerado pela vida de Deus (Jo. 3:6), e que é habitado
pelo Espírito Santo (Rm. 8:11 e 16) e que se tornou um só espírito unido ao Espírito de Deus
(I Cor. 6:17). O nosso corpo é chamado de homem exterior.
Por isso, não desanimamos; pelo contrário, mesmo que o nosso homem exterior se corrompa,
contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia. II Cor. 4:16
Porque, no tocante ao homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Rm. 7:22
O Senhor nos fortalece antes de tudo em nosso espírito e não em nossa alma. Isto significa
que precisamos permanecer no espírito para experimentarmos o poder e sermos fortalecidos.
Todas as vezes que nos inclinamos para a alma e olhamos as coisas sob a sua ótica somos
enfraquecidos.

Pedido 2 - Para que Cristo habite em nosso coração - 17


Por meio do novo nascimento o Senhor veio para o nosso espírito (II Tm.4:22). Mas agora
ele deve também encher o nosso coração. O coração inclui a totalidade do nosso ser interior:
o espírito e a alma. Quando Cristo habita o nosso coração ele controla todo o nosso ser. O
crentes efésios já tinham Cristo habitando no espírito deles, mas agora eles deviam avançar
para que Cristo tomasse conta da casa inteira: o coração.
No capítulo primeiro Paulo ora para que os efésios tivesse a revelação de Cristo, mas agora a
oração é para que eles tenham a experiência de Cristo. É como o Senhor disse em João
14:21, “Eu me manifestarei a ele”.
Esse habitar de Cristo é pela fé porque não podemos percebê-lo pelos sentidos físicos do
corpo.
O nosso coração é a fonte de nossa vida e de onde procede a capacidade para crer e amar.

Pedido 3 - Para que sejamos arraigados e alicerçados em amor - 17


Paulo usa duas ilustrações: arraigar e alicerçar. O primeiro sentido é a idéia de algo
alicerçado, enraizado e sólido. O segundo sentido é de algo vivo e crescente.
O amor é o solo onde a nossa vida cristã é plantada e no qual ela cresce. Ser arraigado no
amor significa que sugamos os nossos nutrientes do amor. O amor aqui não se refere ao amor
de Deus por nós, mas ao nosso amor por ele, o nosso amor pelos irmãos e o nosso amor pela
obra de Deus.
Vivemos dias em que o amor é considerado algo frouxo, fraco e sentimental, mas o amor é
forte como a morte (Ct. 8:6). Assim o que faz o crente forte não é o conhecimento, mas o
amor (I Cor. 8:1).
Devemos parar de estudar as pessoas e começar a estudar a Deus. Quando estudamos as
pessoas nos tornamos pessimistas e desanimados, mas quando estudamos a Deus o amor dele
enche os nossos corações pelas pessoas. Conhecer a Deus é mais importante que conhecer o
homem.
A própria fé atua pelo amor.
Porque, em Cristo Jesus, nem a circuncisão, nem a incircuncisão têm valor algum, mas a fé
que atua pelo amor. Gl. 5:6
Por que pregamos? Por que buscamos a santidade? Porque amamos a Deus. O amor tem o
poder de mudar a nossa percepção de tudo, até do tempo (O exemplo de Jacó - Gn.29:20).

Pedido 4 - Para conhecer o amor de Cristo - 18


Paulo diz que precisamos conhecer aquilo que excede todo entendimento: o amor de Deus.
Como conhecer o que não pode ser conhecido? Precisamos ter clareza que a palavra
conhecer aqui tem o sentido de experimentar e não de compreender com o entendimento.
Assim, o que Paulo está dizendo é que devemos experimentar aquilo que homem nenhum
pode entender completamente, o amor de Deus.
Paulo então usa a metáfora das quatro dimensões. Talvez ele esteja aqui retomando a
ilustração do final do capítulo 2 quando comparou a Igreja a um edifício. Esse edifício então
possui as dimensões do amor de Deus.

Largura
A largura do amor de Deus é que ele alcança a todos os homens indistintamente (Ap. 5:9 e
11). É por essa largueza que os salvos serão milhões de milhões (Ap. 7:9). É a largueza que
cobre a multidão de pecado (I Pe. 4:8). É a largueza que acaba com todas as distinções (Cl.
3:11).

Comprimento
O comprimento do amor de Deus nos fala de sua eternidade e imutabilidade (Jr. 31:3).
Fomos amados por Deus desde sempre. O Cordeiro morreu por nós antes da fundação do
mundo e ele escreveu meu nome no seu Livro antes da fundação do mundo (Ap. 13:8, 17:8).
Na pode separar-nos desse amor (Rm. 8:38-39).

Altura
Estendeu-se até o céu para trazer seu Filho amado esvaziado de sua majestade, para onde
também nos levará (Jo. 14:1-3). A morte do Senhor não foi apenas para nos salvar, mas para
nos fazer seus filhos, co-herdeiro de Cristo, com a sua natureza (I Jo. 3:1-2).

Profundidade
O infinito sofrimento que o Senhor suportou para expiar nossos pecados nos mostra a
profundidade do seu amor. Não podemos ter noção do que significa abrir mão de sua glória e
se fazer um homem (Fp. 2:6-8). Essa profundidade se torna ainda mais assombrosa quando
vemos que não havia nada em nós que pudesse atrair o seu amor.
Pedido 5 - Para ser tomado da plenitude de Deus - 19
Quando estamos de costas para o sol vemos a nossa sombra o tempo todo diante de nós.
Somente contemplando o sol da justiça somos libertos da vida no ego. A plenitude de Deus é
o esvaziamento do eu. A plenitude do amor de Cristo deve constranger-nos (II Cor. 5:14).
Ser constrangido é ser levado por uma correnteza.
Hoje temos de dar cursos de treinamento para evangelizar simplesmente porque temos
pessoas que não foram cheias do amor de Cristo. Quando forem ninguém poderá impedi-las
de falar.
Para compreender a plenitude de Deus temos de levar em conta que não se refere ao que
Cristo tinha corporalmente (Cl.2:9). Nele habitava corporalmente toda a plenitude da
Divindade. Deus tem atributos comunicáveis e icomunicáveis. Os icomunicáveis é a
eternidade, imutabilidade, onisciência, onipotência, onipresença, etc . Os atributos
comunicáveis são santidade, justiça, amor, bondade, vida, etc. Podemos ter a plenitude dos
atributos comunicáveis de Deus.
A plenitude de Deus significa que Deus habita em nós de tal maneira que ele domina todo o
nosso ser.
Ser cheio da plenitude de Deus significa ser cheio do seu amor.
A plenitude de Deus por fim significa ser completamente satisfeito pelo seu suprimento
divino.
O louvor - 20 e 21
Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou
pensamos, conforme o seu poder que opera em nós, a ele seja a glória, na igreja e em Cristo
Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém!

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