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Série: Tudo entregarei: Um chamado para consagrar toda a nossa vida a Cristo.

Título: Consagrando nossas fraquezas a Deus.


Texto: 2 Cor 12. 7-10.

7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 8 Por causa disto, três vezes pedi
ao Senhor que o afastasse de mim. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se
aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim
repouse o poder de Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas
perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.

Tema: Compreensões sobre nossas fraquezas.


I. TER FRAQUEZAS FAZ PARTE DA NOSSA HUMANIDADE CAÍDA.

7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.

1. Paulo tinha uma fraqueza: Dificuldade de controlar seu orgulho!

Paulo é o homem que afirma: Não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim ...” (Gal 2.20). “Sede meus
imitadores como eu sou de Cristo.” (1 Cor 11.1).

Se Paulo experimentava fraquezas, percebemos que é um problema inerente à nossa humanidade caída.
Todos temos fraquezas.

Em relação ao pecado, C. S. Lewis afirma: “... ou estamos cometendo, ou sendo tentados a cometer, ou
estamos nos arrependendo dele.”

2. As razões da tentação do orgulho em Paulo.

Ele lutava contra o orgulho que era tentado a sentir por causa das grandes revelações que recebera de
Deus. Paulo recebeu algo que ninguém mais recebeu. Imagine a tentação de se ver como alguém especial e
que merecia ser escolhido para ser apóstolo.

A fraqueza não era o espinho, mas algo que o espinho impedia que a sua fraqueza fosse praticada.

Razão do Espinho e do seu orgulho: 2 Cor 12. 2 Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi
arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) 3 e sei que o tal
homem (se no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) 4 foi arrebatado ao paraíso e ouviu palavras
inefáveis, as quais não é lícito ao homem referir.

Por causa dessa fraqueza, foi lhe dado um espinho na carne. Não sabemos o que era. A palavra espinho
significa estaca.
Envolvia dor intensa e humilhação – pois era como ter satanás o esbofeteando.

Deus permitiu isso para ele não ceder ao orgulho.

O espinho era um instrumento que Deus usava para mantê-lo humilde.

3. O orgulho, a soberba coloca o coração do home em sintonia com os intentos e natureza do diabo.
Veja o que Paulo fala sobre o candidato ao ministério: 1 Tm 3. 6 não seja neófito, para não suceder que
se ensoberbeça e incorra na condenação do diabo.

Tiago 4. 6 Antes, ele dá maior graça; pelo que diz: Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.

Pessoas cheias de empáfia, soberbas, cheias de si, orgulhosas, precisam ser tratadas por Deus, pois deixam
rastros de conflitos e divisões por onde passam.

Soberba: Não pedem perdão, são inflexíveis, são donos da verdade, se colocam sempre como os melhores,
ostentam muito, causam confusão e rupturas.

Tríade mundana: Desejos dos olhos, desejos da carne e a soberba da vida. (1 Jo 2. 15-17).
O orgulho aproxima o homem dos intentos e natureza do Diabo. (Jer 14. 12-14; Ez 28.11-15).
Ele é o príncipe desse mundo (Jo 14.30) e o deus deste século (2 Cor 4.4).

4. Medidas graves para pecados graves.

O orgulho opera alinhamento com satanás, é grave, e requer medidas extremas: Deus usou o mesmo
princípio contra o veneno de cobra, o próprio veneno. Orgulho é muito grave! Para combater uma
tentação demoníaca, usou um demônio.

Deus não divide sua glória com ninguém! Is 42. 8. Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória,
pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.

Deus não divide a sua glória com ninguém! Ninguém tem condições para carregar essa glória sem ser
destruído. Foi assim com Lúcifer!

5. A luta contra fraquezas é uma experiência inerente a nossa humanidade caída na jornada da vida
cristã.

Rm . 7. 15 Porque nem mesmo compreendo o meu próprio modo de agir, pois não faço o que prefiro, e
sim o que detesto. 19 Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço.

Está lutando contra comportamentos, hábitos e pecados, que não quer praticar? Bem-vindo ao mundo
real.

II. DEUS NOS CAPACITA A ENFRENTAR TODAS AS NOSSAS FRAQUEZAS.

7 E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. 8 Por causa disto, três vezes pedi
ao Senhor que o afastasse de mim.

1. Precisamos aprender algo sobre as fraquezas de Paulo.

O texto aponta duas fraquezas de Paulo:

A primeira é a tentação do orgulho. A segunda era a dificuldade de lidar com o sofrimento e a


humilhação que Deus permitiu que ela enfrentasse para evitar o orgulho. Lidar com o espinho na
carne, um mensageiro do diabo, lhe esbofeteando. Sofrimento e humilhação!

2. Precisamos aprender a aceitar a nossa humanidade.


É interessante que o oração de Paulo não é para livrá-lo do orgulho, mas da estaca que o afligia e
causava agonia. Paulo não era diferente de nós.

Ele desejou muito mais ficar livre da dor do que do pecado do orgulho!

Somos assim. Temos muita dificuldade com as mudanças que precisamos experimentar. Mas entre
a dificuldade de vencer o orgulho e lidar com o sofrimento, Paulo orou para se livrar do sofrimento.

Orou três vezes por isso: Orou insistentemente! Desejou ao ponto de pedir, buscar e clamar
(contido na ideia de orar 3 vezes).

3. Precisamos aprender a confiar no poder libertador de Deus.

Ele orou 3 vezes – até que Deus o respondeu: Minha graça te basta! Meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza!

Para qual fraqueza? Para todas as fraquezas!

Precisamos virar uma chave em relação aos nossos comportamentos pecaminosos que nos
transmitem a impressão de que não podemos vencê-lo.

Qual é a nossa dificuldade? Orgulho, ira, inveja, ciúme, irritação, mau humor, maledicência, fofoca, falta
de fé?

A resposta bíblica? Aminha graça te basta!

9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza.

“Graça é o favor imerecido de Deus oferecido como meio através do qual o pessoa sem Cristo é regatada
sem nenhum mérito, e é capacitada a viver nesse mundo a plenitude possível da vida planejada por Deus."

Precisamos crer e nos apropriarmos dos recursos de Deus, dados para a nossa santificação, para vencermos
qualquer pecado!

Paulo, Pedro, Tiago, João e todos os homens de Deus, foram transformados em áreas que eles achavam
humanamente impossível.

Fil 4. 11 Digo isto, não por causa da pobreza, porque aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.
12 Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho
experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; 13 tudo posso naquele
que me fortalece.

Tudo poso por que ele me revestiu de poder para não mais viver sob o domínio do pecado.
Deus nos capacita a vencer nossas fraquezas!

III. PRECISAMOS MUDAR NOSSA POSTURA SOBRE NOSSAS FRAQUEZAS.

1 Cor 12. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. 10 Pelo que
sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de
Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.

1. Precisamos ter boa vontade e orgulho pelas nossas fraquezas.


Tipo de alegria exultação orgulhosa, um sentimento de honra por não ser capaz de vencer as fraquezas
por si mesmo, para depender da suficiência da graça de Cristo. A primeira parte da frase nunca poderia
aparecer sem a segunda.

Razões:
- Ele entendeu que é humano, que tem falhas e pecado, e que não conseguiria vencê-los sozinho.
- Ele entendeu que só quando reconhecemos nossas fraquezas e impotência podemos a depender de Deus
para superá-las.
- Ele entendeu que recebemos recursos suficientes da graça para vencer todas as nossa fraquezas.
- Ele aprendeu que precisava se apropriar pela fé de todos os recursos da graça par viver de acordo com a
vontade de Deus.
- Ele entendeu que por causa da graça suficiente, ele podia ter alegria e exultar com orgulho, com honra
em suas fraquezas.

Por isso ele tem um mudança de postura:


- De boa vontade: com alegria.
- Me Glorio: Orgulho, exultação e honra.

Houve claramente uma mudança de foco em Paulo: Ele começou pedido para Deus tirar o sofrimento que
o capacitava a vencer o orgulho.
Agora, ele aceita esse sofrimento e sua condição de fraqueza, com alegria e atitude de ousadia de confiar
em Jesus!

Há mais uma mudança importante destacada no texto:

2. Entendemos o amor de Deus ao nos capacitar a vencer o pecado.

Pulo afirma que te alegria e glorifica a Deus pelas fraquezas, por amor a Cristo. V.10.

O nosso amor a Cristo é sempre resposta ao amor de Deus. Jo 4. 19 Nós amamos porque ele nos amou
primeiro.

Essa resposta de amor de Paulo nesse contexto é uma indicação de que ele entendeu o amor de Deus no
processo.

Glorificar e se alegrar em Cristo pelas fraquezas e pela luta contra o pecado, é decorrente que entender
que essa vitória envolve nossa felicidade verdadeira contemplada no amor de Deus por nós.

3. Mudança de postura e compreensão sobre fraquezas e sobre o poder de Deus.

Quando ouvimos: Minha graça te basta, por que o poder se aperfeiçoa na fraqueza.

Respondemos: De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o
poder de Cristo. 10 Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições,
nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.

Não é mas apenas uma mudança de atitude, mas uma mudança de estilo de vida e de postura Algo
aconteceu com Paulo que introduziu uma nova perspectiva sobre o poder de Deus em relação às suas
fraquezas.

1 Cor 12. 9 Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa
vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo.
O poder de Deus repousa sobre ele. Faz habitação nele.

Para as nossas constantes fraquezas, Deus nos ama tanto que faz repousar sobre nós o seu poder que é
capaz de vencer todas as nossas fraquezas. Fala do poder de Cristo apropriando-se de alguém, agindo
nele e dando-lhe ajuda.
Paulo percebeu que havia uma poder glorioso habitando nele e que era liberado quando ele admita sua
fraqueza, quando dependia de Deus, quando percebia os recursos da graça e desse amor, e quando se
apropriava desses recursos pela fé.

O poder sempre habitou nele depois da conversão, pois fomos selados para o dia da redenção (Ef 113-14),
mas nessa experiência, Paulo tomou um profunda consciência, não apenas que tinha o Espírito, mas que
esse poder habitava nele como um tremendo recurso para vencer qualquer pecado!

Conclusão: Deus nos chama para consagrar todas as nossas fraquezas a ele!

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