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5º Exercício - Oferecer a Deus minha verdade

Professor Felipe Aquino

Exercício para colocar em prática o ensinamento:


Pare diante de Deus e de você. Medite sobre a sua vida, seus atos, pensamentos e
pecados, e procure ver se você é verdadeiro diante de Deus na oração. Pense em como você
reage diante de suas quedas e faltas.

Texto complementar:
Não nos surpreendamos com as nossas faltas. A miséria humana é fruto de nossa
natureza decaída, mas temos uma nobreza de origem, somos imagens e semelhanças de Deus.
O pecado quebrou a nossa bela imagem original, mas Cristo veio restaurá-la.
É um tormento para o homem decaído que jamais consiga se habituar às suas faltas. O
desânimo e o desespero levam as almas à perdição, mas esse sentimento só nos invadirá se lhe
abrirmos as portas.
Enquanto andarmos neste mundo, envolvidos nesse corpo tão pesado e corruptível,
sempre haverá falhas em nós.
O verdadeiro arrependimento, como todo o sentimento inspirado pelo Espírito Santo, é
sempre calmo: O Senhor não está na perturbação (1Rs 19,11).
Contentai-vos com ganhar de tempos em tempos alguma pequena vantagem sobre o vosso
defeito predominante.
Ninguém, por mais adiantado que esteja nas virtudes, tem o direito de surpreender-se
após uma queda.
Santa Teresa D’Ávila: “Quando há verdadeira humildade, ainda que a alma se reconheça
má e por isso esteja triste, essa tristeza não se faz acompanhar de perturbação nem de
inquietação; é um pesar que não produz obscurecimento no espírito nem aridez; ao contrário,
consola-o. A alma aflige-se por ter ofendido a Deus, mas, por outro lado, dilata-se na esperança
da sua misericórdia. Tem luz para doer-se e, ao mesmo tempo, para louvar a Deus, que tanto a
tem suportado. Mas não é assim que acontece com a falsa humildade, inspirada pelo demônio:
nela, não há luz para bem algum. É como se Deus tivesse posto tudo a sangue e a fogo. A falsa
humildade é uma das mais funestas, sutis e dissimuladas invenções do demônio”. (Livro da Vida,
30)
São Claude de La Colombré – “O que alegra o inimigo não são tanto as nossas faltas mas
sim o abatimento e a perda de confiança na misericórdia divina em que elas nos mergulham. Este
é o maior mal, que pode atingir uma criatura”.
Aproveitemos as nossas faltas para crescer em humildade. A fraqueza não é um grande
mal, desde que tenhais uma coragem firme e sincera de levantar- vos pouco a pouco, como eu
vo-lo suplico.
A Humildade é o fundamento de todas as virtudes, e o orgulho é o princípio de todos os
pecados
A lembrança das nossas quedas é um poderoso remédio contra o orgulho. Aproveitemos
as nossas faltas para crescer em confiança na misericórdia divina. Aproveitemos as faltas para
firmar-nos na perseverança. Aproveitemos as nossas faltas para nos tornarmos mais fervorosos.
Aproveitemos as nossas faltas para repará-las. Aproveitemos as nossas faltas para crescer em
devoção à Virgem Maria. Nunca desanimar ou se desesperar porque isso é o que o demônio
deseja.

Citações bíblicas para meditar:


"Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não
permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação, ele vos dará os meios
de suportá-la e sairdes dela”. (I Cor 10, 13)

“A tristeza que é segundo Deus, produz um arrependimento que leva à salvação; ao passo que a
tristeza do mundo produz a morte”. (2Cor 7,10).

“A tristeza mata a muitos e nela não há utilidade alguma”. (Eclo 30,25).

“O Senhor não está na perturbação”. (1Rs 19,11).

“Tudo contribui para o bem dos que amam a Deus”. (Rm 8,28).

"Porém, temos este tesouro em vasos de barro, para que transpareça claramente que este poder
extraordinário provém de Deus e não de nós." (2 Cor 4,7).
“Sem mim nada podeis fazer”. (Jo 15,5).

“Orai sem cessar”. (1 Tes 5,17)

“Orar sempre sem jamais desanimar”. (Lc 18,1).

"Para que a grandeza das revelações não me levasse ao orgulho, foi-me dado um espinho na
carne, um anjo de Satanás para me esbofetear e me livrar do perigo da vaidade". (2 Cor 12,7)

Perguntas para meditar:


Será que escondo de Deus a minha realidade?
Será que eu não me perdoo, por orgulho, quando Deus já me perdoou?
Será que eu cultivo a autopiedade? “Ai que dó de mim!”
Como me comporto diante de minhas falhas e defeitos? Me revolto, me desespero, desânimo, ou
me levanto e luto?
Aproveito para crescer em humildade diante de minhas falhas?
Procuro a força na oração, na Confissão e na Eucaristia para lutar?
Conto sempre com a intercessão de Nossa Senhora para vencer minhas falhas?
Aproveito as minhas faltas para crescer na humildade?
Aproveito as minhas faltas para crescer em confiança na misericórdia divina e confiar mais em
Deus?
Aproveito as minhas faltas para me tornar mais devoto da Virgem Maria, dos Anjos e dos Santos.

Orientação:
Com base na Palestra a que você assistiu, e nas perguntas que você respondeu, faça um
relato por escrito das mudanças que você precisa realizar em sua vida espiritual, e que
compromisso assume diante de Deus.

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