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Profetas do Novo Testamento

De acordo com I Coríntios 14:31 todos os crentes podem


exercitar este dom em determinadas ocasiões, como o Espírito qui-
ser.
A orientação bíblica é que todos podem profetizar, um após
o outro, e não mais que três, em qualquer reunião (I Co 14:29-33).
O propósito da profecia é:
a. Edificar a igreja. Isto é, fortalecer os crentes.
b. Exortar aos irmãos. Reavivá-los e desafiá-los.
c. Consolá-los com palavras de encorajamento.
Frequentemente, as profecias incluem todos estes três elemen-
tos.

As palavras têm poder


É importante não falar palavras negativas, mas é ainda mais
importante falar palavras positivas.
A palavra de Deus afirma categoricamente que fomos feitos
reis e sacerdotes. Eclesiastes diz que onde há a palavra do rei ali há
poder. Mas a palavra do sacerdote também tem poder.
E da parte de Jesus Cristo, que é a fiel testemu-
nha, o primogênito dos mortos e o príncipe dos
reis da terra. Àquele que nos ama, e em seu
sangue nos lavou dos nossos pecados, e nos fez
reis e sacerdotes para Deus e seu Pai, a ele,
glória e poder para todo o sempre. Amém! Ap.
1:5-6 RC

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Porque a palavra do rei tem poder; e quem lhe
dirá: Que fazes? Ec. 8:4 RC
Hoje fomos feitos ministros da graça, fomos escolhidos para
abençoar em o nome do Senhor e também para decidir toda deman-
da. As demandas e controvérsias são criadas pelo diabo, mas nós
somos o sacerdotes que decidem toda demanda.
Chegar-se-ão os sacerdotes, filhos de Levi, por-
que o SENHOR, teu Deus, os escolheu para o
servirem, para abençoarem em nome do SE-
NHOR e, por sua palavra, decidirem toda de-
manda e todo caso de violência. Dt. 21:5
Há sobre nós uma unção dupla, a palavra do rei e a palavra
do sacerdote. Hoje temos essas duas autoridades ou uma unção
dupla em nossas palavras.
No Velho Testamento sempre que anciãos e juízes são men-
cionados eles são ministros da lei, mas o sacerdote está sempre
associado com a graça. Nós somos esses ministros da graça.
O Senhor Jesus falou com a figueira e ela secou, ele falou
com demônios eles foram expulsos, eles falou com o mar e ele se
acalmou. Ele falou com coisas inanimadas. Nós também precisa-
mos falar com as nossas circunstâncias.
A nossa fé é liberada por meio de nossas palavras. Paulo diz
em II Coríntios 4:13:
“E temos, portanto, o mesmo espírito de fé,
como está escrito: Cri; por isso, falei. Nós cremos
também; por isso, também falamos”.
Nós temos esse mesmo espírito de fé. E esse espírito de fé é
também chamado de espírito de profecia.

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Pois o testemunho de Jesus é o espírito da profe-
cia. Ap. 19:10

O espírito de profecia
Como ministros da graça nós temos um espírito profético so-
bre nós. A palavra de Deus diz que o espírito da profecia é o teste-
munho de Jesus (Ap. 19:10). Isso significa que o espírito de profe-
cia sempre centraliza o Senhor Jesus.
Há dois tipos de profecia: profecias causativas e profecias
não causativas.
A palavra profecia em grego é profemi. Essa palavra é com-
posta de duas partes, “pro” que significa antes e “femi” que é deri-
vado de rhema que significa palavra. Colocando junto vemos que
profecia significa falar antes. É falar antes de acontecer.
O tipo mais comum de profecia é aquela em que Deus fala
com você o que vai acontecer e você simplesmente libera a pala-
vra. Essa é a profecia não causativa.
Mas há um tipo de profecia que você fala porque conhece a
palavra de Deus e por isso pode declarar as coisas antes que acon-
teçam. Você pode dizer: “eu serei um homem próspero pela graça
de Deus, porque o favor de Deus está sobre mim!” ssa é a profecia
causativa.

Profetas do Novo e do Velho Testamento


O Espírito de profecia está sobre todo crenteHoje temos so-
bre nós o espírito de profecia de acordo com o Novo Testamento.

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Elias e Eliseu podem ser colocados como dois tipos de profe-
tas de duas alianças.
Elias significa o Senhor é Deus é ele é um tipo do profeta do
velho testamento. Eliseu significa Deus é salvador. Ele foi o que o
sucedeu Elias e é um tipo do profeta do novo testamento.
Elias disse que não haveria chuva durante três anos segundo
a sua palavra. Ele não disse de acordo com a palavra de Deus, mas
segundo a sua própria palavra.
O povo de Israel vivia debaixo da idolatria a Baal, então Elias
podia declarar o juízo sem nem precisar ouvir do Senhor, porque
essa era a aliança naquele tempo.
O profeta do Velho Testamento traz os seus pecados a me-
mória, mas o profeta do Novo Testamento nos lembra da justiça de
Cristo sobre nós.
O Profeta do Velho Testamento declara que Deus não se es-
quece do nosso pecado, mas o profeta do Novo Testamento decla-
ra que Deus não se lembra dos nossos pecados porque já foram
cravados na cruz.
Profetas sempre falam de acordo com a aliança. Se estamos
na Nova Aliança os profetas do Novo Testamento não podem mais
falar de acordo com a Velha Aliança.
A profecia do Novo Testamento também possui um elemen-
to de predição, mas o espírito é diferente. Se não temos o espírito
correto a profecia estará cheia de mistura da lei.
Elias nos lembra João Batista, mas Eliseu tipifica o Senhor
Jesus. E seu nome Eliseu em hebraico é Eliysha que significa “Deus
é salvação”. Todos os milagres de Eliseu exceto um são milagres de
graça. Também todos os milagres do Senhor são de graça exceto a
maldição da figueira.

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Por outro lado todos os milagres de Elias são de juízo. Elias
tipifica o juízo enquanto Eliseu tipifica a graça do Senhor. Assim
como João Batista precedeu o Senhor, assim Elias veio antes de
Eliseu.
Elias viveu uma vida de ascetismo, isolado no deserto, vesti-
do de pelos de camelo e com as cabelos longos. Eliseu, ao contrá-
rio, era um profeta acessível. Ele ministrou entre leprosos, viúvas,
reis e soldados.
A profecia do Novo Testamento precisa ser filtrada com a
cruz. Nunca podemos dizer para um filho de Deus que os seus
pecados foram relembrados por Deus.
Precisamos rejeitar toda profecia que não tem o espírito da
Nova Aliança.
No Velho Testamento todos os profetas que profetizavam
coisas boas eram falsos profetas, pela simples razão de que não
havia o cumprimento da aliança entre o povo. O Senhor ainda não
tinha morrido pelos pecados, então a condenação estava sobre eles.
Por isso no Antigo Testamento a profecia era negativa, mas agora é
positiva. Hoje uma profecia negativa é uma profecia falsa a menos
que diga o que fazer.
Tiago diz que quando Elias profetizou ele primeiro teve de
orar insistentemente para que não chovesse e depois ele declara
que Elias simplesmente orou para que voltasse a chover.
Elias era homem semelhante a nós, sujeito aos
mesmos sentimentos, e orou, com instância, para
que não chovesse sobre a terra, e, por três anos e
seis meses, não choveu. E orou, de novo, e o céu

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deu chuva, e a terra fez germinar seus frutos. Tg.
5:17-18
O fato porém é que as coisas aconteceram exatamente o oposto
do que diz Tiago. Elias apenas declarou que não iria chover, mas
depois teve de orar insistentemente para que voltasse a chover.
Então, disse Elias a Acabe: Sobe, come e bebe,
porque já se ouve ruído de abundante chuva.
Subiu Acabe a comer e a beber; Elias, porém,
subiu ao cimo do Carmelo, e, encurvado para a
terra, meteu o rosto entre os joelhos, e disse ao
seu moço: Sobe e olha para o lado do mar. Ele
subiu, olhou e disse: Não há nada. Então, lhe
disse Elias: Volta. E assim por sete vezes. À
sétima vez disse: Eis que se levanta do mar uma
nuvem pequena como a palma da mão do ho-
mem. Então, disse ele: Sobe e dize a Acabe:
Aparelha o teu carro e desce, para que a chuva
não te detenha. Dentro em pouco, os céus se
enegreceram, com nuvens e vento, e caiu grande
chuva. Acabe subiu ao carro e foi para Jezreel. I
Rs. 18:41-45
Como explicar isso? A maneira como Deus vê é diferente de
como vemos. Para Deus a declaração de Elias de que não iria cho-
ver foi uma oração intensa. Segundo Tiago a oração de Elias foi
uma oração intensa. Mas ele apenas orou de acordo com a aliança.
Nesse mesmo princípio hoje quando declaramos a verdade da Nova
Aliança o Senhor vem para confirmar a nossa palavra.
Mas depois sobre o monte Carmelo, Elias teve de orar insis-
tentemente para que chovesse. Por que precisou de ser assim? Por-
que somos propensos a acreditar mais na maldição que na bênção.

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Ele não estava persuadindo a Deus, mas convencendo a si
mesmo a crer na bênção. Mas hoje, para um profeta da Nova Alian-
ça a bênção é um caminho natural.
Quando Naamã veio para receber oração, Eliseu simplesmen-
te o mandou se lavar sete vezes no rio Jordão. Naamã ficou indig-
nado porque ele tinha uma visão de como deveria ser uma oração.
Ele disse:
“Naamã, porém, muito se indignou e se foi,
dizendo: Pensava eu que ele sairia a ter comigo,
pôr-se-ia de pé, invocaria o nome do SENHOR,
seu Deus, moveria a mão sobre o lugar da lepra e
restauraria o leproso.” (II Rs. 5:11).
Ainda hoje as pessoas que vêm receber oração têm a menta-
lidade de Naamã e até mesmo aqueles que vão orar caem no erro de
fazer uma oração para agradar a pessoa.
A oração poderosa aos olhos de Deus é aquela que está em
linha com a aliança. Quando declaramos a palavra da Nova Alian-
ça, ainda que numa breve afirmação, o poder de Deus é liberado.

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