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Curso Médio

de Teologia
Lição 1

Eles Foram Santos


“ Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém
verá o Senhor .

(Hb 12.14)

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1. Eles Foram Santos
➝ Iniciaremos estudando a vida de alguns
personagens do Antigo Testamento, dos
quais podemos dizer que foram santos.
➝ Selecionamos apenas alguns dos que
alcançaram de Deus o testemunho de
serem fiéis e de viverem em santidade e
santificação.
➝ O testemunho que depõe sobre a santidade
destes homens está baseado no fato de
que eles agradaram a Deus!
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A. Período Pré-diluviano
➝ No livro das gerações de Adão estão arrolados os
patriarcas que viveram antes do dilúvio, seus nomes,
suas idades e morte.
➝ O autor sagrado usa diversas vezes os termos: nasceu,
teve filhos e morreu, para demonstrar o ciclo natural da
vida. Nada há que possa alterar este ciclo, pelo qual o ser
humano nasce e morre
➝ Entretanto, encontraremos o nome e o testemunho de
homens que, neste curto espaço de tempo entre a vida e
a morte, conseguiram inserir algo que os fez diferentes.
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1. Enoque
➝ A intimidade de Enoque foi tão grande com Deus que, em
dado momento, o próprio Deus o toma para si (Gn 5.24).
(...) antes da sua trasladação, alcançou testemunho de
que agradara a Deus (Hb 11.5).
➝ Ora, para que alguém possa agradar a Deus, é necessário
que viva uma vida de santificação (Hb 11.5 e 12.14).
➝ Seu arrebatamento o eleva acima dos demais. Enoque
torna-se um tipo da Igreja, que será arrebatada antes da
grande tribulação, da mesma maneira que ele foi
arrebatado antes do dilúvio.
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2. Noé
➝ Neste tempo, a maldade havia se multiplicado
grandemente sobre a terra, e as gerações eram violentas e
más, corrompidas até os ossos, seus pensamentos eram
maus e pecaminosos (Gn 6.5).
➝ Eis por que Deus havia decidido por destruir o homem que
criara. Entretanto, surge um homem, entre todos os
habitantes da terra, que agradara a Deus.
Noé, porém, achou graça (agradou) aos olhos do Senhor
(Gn 6.9).
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2. Noé
➝ Noé era um homem que não fora contaminado pela
mancha do pecado; possuía uma consciência pura,
procurando agradar a Deus, em cuja presença andava.
➝ Noé era um homem que praticava a obediência à Palavra
de Deus. Ao receber a ordem, ele construiu a arca. Mesmo
sem rio e sem chuva, ele obedeceu.
➝ Tamanha obediência de Noé o levou a condenar o mundo
à destruição nas águas (Hb 11.7).
➝ Eis uma regra de santificação: a obediência de forma
inconteste à Palavra de Deus.
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B. Período Patriarcal
➝ Com o chamado de Deus a Abrão, inaugura-se uma nova
dispensação marcada pela fé e pelo caminho progressivo
de santificação.
➝ Deus precisou trabalhar a vida de Abrão para que ele fosse
um patriarca. Treze anos após o nascimento de Ismael,
Deus falou com Abrão:
Disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha
presença e sê perfeito (Gn 17.1).
➝ Abraão deveria ser perfeito (seja santo) diante de sua
geração, porque ele serviria de exemplo
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1. Abraão
➝ Com o chamado de Deus a Abrão, inaugura-se uma nova
dispensação marcada pela fé e pelo caminho progressivo
de santificação.
➝ Deus precisou trabalhar a vida de Abrão para que ele fosse
um patriarca. Treze anos após o nascimento de Ismael,
Deus falou com Abrão:
Disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda em minha
presença e sê perfeito (Gn 17.1).
➝ Abraão deveria ser perfeito (seja santo) diante de sua
geração, porque ele serviria de exemplo.
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1. Abraão
➝ Para que Abrão não se esquecesse da conversa que
tiveram, Deus mudou-lhe o nome para Abraão (Gn 17.5).
Era a parte divina no processo de santificação.
➝ Por detrás desse nome, ele ouviria a voz de Deus dizendo:
“Seja perfeito – seja santo”.
➝ Algo que ele, Abraão, deveria fazer. Era a parte do homem
no processo de santificação. Caberia a ele agora diferenciar
– separar – santificar – os seus filhos para o grande Jeová.
➝ Do caminho de santificação percorrido por Abraão, o
próprio Jesus testifica em Mt 8.11.
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2. Isaque
➝ Desse patriarca sabemos muito pouco. A Bíblia quase nada
fala sobre sua vida. Ele foi o filho da promessa e um
homem que agradou a Deus e viveu em santificação.
➝ A história de Isaque tem início quando o Anjo bradou do
céu para fazer parar o sacrifício no qual ele seria a oferta.
Isaque então tinha em torno de 34 anos.
➝ O caminho de santidade percorrido por Isaque foi tão
profundo que o filho Jacó, mesmo desviado, declara que
aprendera o temor com seu pai Isaque (Gn 31.42).
➝ O maior testemunho, porém, foi dado por Jesus (Mt 8.11).
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3. Jacó
➝ A vida do terceiro patriarca vem na contramão da história.
Diferente de seu avô e de seu pai, Jacó traz o vilipêndio
desde o berço: seu nome significa usurpador.
➝ Na verdade, o nome fez jus ao seu significado, e Jacó
usurpou a primogenitura de seu irmão mais velho. Como
consequência, teve de fugir para Padã Harã.
➝ No caminho, no lugar que passou a ser chamado Betel, o
Senhor se manifesta a ele em sonho (Gn 28.13).
➝ Ao acordar, Jacó faz um voto ao Senhor dizendo que se
fosse abençoado, de tudo ele daria o dízimo.
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3. Jacó
➝ Vinte anos mais tarde Jacó regressa à sua terra trazendo
consigo sua família e uma incalculável riqueza.
➝ Entretanto desvia-se do caminho de Betel, onde havia feito
a aliança com o Senhor, vindo pelo Vau de Jaboque.
➝ Naquela noite Jacó provou da maior de todas as suas
experiências, pois ele, um simples homem, lutou com
Deus. Seu clamor foi tão insistente que o Anjo o atendeu.
➝ A troca do nome de Jacó para Israel representava a troca de
uma vida de mentiras e de enganos por uma nova vida.
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3. Jacó
➝ A cada passo manquejando, Israel se
lembraria: Deus mudou a minha
vida. Daquele dia em diante, Israel passa a
viver em santificação ao seu Deus.
➝ A própria Teofania, que lutara com ele, mais
tarde testifica da mudança de Jacó(Mt 8.11).
➝ A fé e a santificação desses homens foram
incomuns, tanto que Deus passa a
apresentar-se às gerações futuras como o
Deus de Abraão, de Isaque e de Israel.
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Responda:
1. O que pode diferenciar alguns homens de outros no
período pré-diluviano? Alcançaram o testemunho de sua
santidade, ou seja, de fato, tais homens agradaram a Deus.
2. Por que que se pode afirmar que Enoque vivia uma vida
de santidade? Porque ele agradara a Deus.
3. O que distingue Noé quanto à sua vida de santidade?
Porque a Bíblia diz: Noé andava com Deus (Gn. 6.9).
4. Segundo o texto, que importância teve o fato de Deus
mudar o nome de Abrão? Para Abraão não esquecer da
conversa com Deus. Era a parte divina da santificação.
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5. Como podemos afirmar a santificação de
Isaque? Pelo testemunho de Jacó e do próprio Jesus.
6. O que comprova que Jacó passou a viver uma vida de
santificação após Peniel? Pelo testemunho do próprio - a
Teofania - com que Jacó lutou.
7. Do testemunho de santificação dos três patriarcas
citados, o que é transmitido às demais gerações? Serve
como um marco divisório, pois a partir de então, o
conhecimento de Deus foi levado a todos os homens. E
Deus passou a apresentar-se às gerações futuras como o
Deus de Abraão, de Isaque e de Israel.
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Lição 2

Levítico
O Livro da Santidade

E ser-me-eis santos, porque eu, o
Senhor, sou santo e separei-vos dos
povos, para serdes meus.
(Lv 20.26).

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2. Levítico
Levítico – em hebraico, Vayikra, que significa “Ele chamou”.
➝ O êxodo de Israel terminou com o levantamento do
Tabernáculo. Da inauguração até a partida levou 50 dias.
Crê-se que nestes dias Moisés escreveu o livro de Levítico;
nele estava a maneira de usar o Tabernáculo. Ali estava:
1 – O caminho para Deus. Por meio das ofertas de sacrifícios
oferecidos pelos Sacerdotes.
2 – O caminhar com Deus. Por intermédio da Santificação.
➝ O Povo, o Tabernáculo, os Sacerdotes e os utensílios foram
separados (santificados) para o serviço divino.
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A. O Povo
➝ Em hebraico, a palavra Kidesch significa santificar, separar,
dividir. Foi exatamente isto que Deus fez com o povo de
Israel: separou – santificou, fazendo com eles uma aliança.
➝ Deus estabeleceu parâmetros e limites que Israel deveria
guardar e obedecer.
➝ Como, por exemplo, o povo não poderia ter nenhuma união
íntima com o modo de pensar e de agir das outras nações.
➝ Israel, ao guardar a totalidade da Torá, seria um povo santo
a Jeová.
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A. O Povo
➝ Ainda hoje, o judeu religioso usa em sua vestimenta o
Talit, uma peça de tecido de quatro cantos, que cobre a
maior parte do dorso, conforme ordenada por Deus (Nm
15.37-41).
➝ Em cada canto desta vestimenta, pende o Tsitsit, a franja
referida no texto bíblico acima. Essa franja contém um grupo
de cinco fios cada uma, em cada grupo é feito oito nós.
➝ Se somarmos as letras da palavra Tsitsit, em hebraico,
acharemos o número 600.
➝ Tsitsit = 600 + 8 fios + 5 nós = 613 preceitos da lei de Moisés.
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Talit

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B. O Tabernáculo
➝ Cada peça do tabernáculo tinha um simbolismo especial e
apontava para Cristo.
1. A Arca e o Propiciatório
➝ A arca era um baú com cerca de 1,10 m de comprimento
por 0,65 m de largura e 0,65 m de altura. Era o símbolo da
presença de Deus.
➝ O propiciatório (a tampa da arca) media cerca de 1,10 m X
0,65 m. Era o símbolo do trono de Deus.
➝ Os querubins de ouro sobre o propiciatório representavam
os seres angelicais associados ao trono de Deus.
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B. O Tabernáculo
2. A Pia de Bronze
➝ Era um utensílio cheio de água, onde os sacerdotes faziam
o ritual da purificação, lavando as mãos e os pés.
➝ Era figura da Palavra de Deus, manifesta em Cristo, que
limpa do pecado, sacia a sede da alma e dá vida.
3. A Mesa
➝ Servia, com os pães da proposição, como uma figura de
Deus, o provedor de alimento, e de Cristo, que é alimento
para a nossa alma.
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B. O Tabernáculo
4. O Castiçal
➝ Também chamado de Candelabro ou Menorá, era de ouro
puro e pesava 30 quilos.
➝ O castiçal era a única fonte de luz em seu interior, o que
tipificava que somente Deus poderia ser a luz de seu povo.
➝ O Candelabro, o qual também simbolizava a árvore da vida,
converteu-se no símbolo judaico mais conhecido.
➝ Todavia, cada um dos utensílios, nada seria além de peças
ornamentais, se não fossem santificados ao Senhor.
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C. O Sacerdote
➝ Dentre as peças da roupa do
sacerdote, uma delas merece
destaque especial:
➝ A lâmina, que era usada na
cabeça do sacerdote, ali estava
escrito: Santidade ao Senhor.
➝ Para exercer o sacerdócio,
Deus manda que Moisés os faça
passar por um ritual de
consagração.
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C. O Sacerdote
1. A consagração
➝ A consagração de Arão e de seus filhos começou com
Moisés lavando Arão e seus filhos com água.
➝ Depois Moisés vestiu Arão com as vestes de Sumo
Sacerdote, peça por peça.
➝ Em seguida ungiu com o azeite da unção o tabernáculo e
toda a mobília, também espargiu óleo sete vezes sobre o
altar e sobre seus vasos e, ainda, sobre a pia e sua base, a
fim de santificá-los.
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1. A consagração (continuação)
➝ A seguir, Moisés voltou-se para Arão e derramou o azeite
sobre a sua cabeça, coisa que sobre a cabeça de seus
filhos não fora feito, essa era a diferença (Lv 8.12).
➝ Por essa unção específica, separou Arão de seus quatro
filhos, com uma unção maior para a função sacerdotal.
➝ Após, Moisés vestiu os filhos de Arão com as túnicas e os
cintos, e apertou-lhes a tiara.
➝ Ao sacrificar o carneiro da consagração, pôs daquele
sangue sobre a ponta da orelha de Arão, sobre o polegar da
sua mão direita e sobre o polegar do seu pé direito.
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1. A consagração (continuação)
➝ Em seguida, Moisés passou a consagrar também as vestes
deles, com o azeite da unção e com o sangue que estava
sobre o altar; tomou deles e borrifou sobre Arão, seus filhos
e suas vestes (Lv 8.30).
➝ Moisés realizou a cerimônia de consagração sacerdotal,
chamada em hebraico Milium.
➝ Depois da cerimônia, ordenou a Arão e seus filhos não
saírem da entrada da tenda durante sete dias; seria o
tempo necessário para a consagração deles, bem como do
altar e dos utensílios do culto.
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2. Atividades Sacerdotais
➝ A tribo de Levi foi separada por Deus para servir no
Santuário; todos os sacerdotes eram levitas;
➝ Nem todos os levitas, porém, eram sacerdotes, pois havia
diversas funções e deveres entre os levitas. As famílias dos
três filhos de Levi (Coate, Gérson e Merari) tinham, cada
uma delas, uma tarefa toda especial.
a) Coate – Transporte dos móveis sagrados do Tabernáculo
b) Gérson – Cuidar das cobertas, cortinas e véus.
c) Merari – Transporte a armação do Tabernáculo e seu átrio
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2. Atividades Sacerdotais
c) O fogo aceso: manter aceso o fogo no altar de bronze era
outra atribuição dos sacerdotes.
➝ Este fogo havia sido aceso uma única vez por Deus (Lv 9.24)
e todos os dias pela manhã deveria ser reavivado com
madeira santa.
O fogo arderá continuamente sobre o altar; e não se
apagará (Lv 6.13). Era chamado de a Chama Eterna.
➝ O incenso diário oferecido a Deus deveria ser queimado
em incensários, cheios de brasas tiradas do grande altar.
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3. A Seriedade com as Coisas Santas
➝ Todas as coisas relacionadas com o tabernáculo e a
atividade dos levitas, eram santas, separadas ao Senhor.
➝ As coisas que Deus estabeleceu eram seríssimas e
deveriam permanecer em estado de santidade: não
poderiam ser tratadas por pessoas descomprometidas, sem
reverência e sem temor a Deus.
➝ O exemplo dos filhos de Arão, Nadabe e Abiú, serve até
hoje para demonstrar que aquilo que Deus santificou não
pode o homem profanar.
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3. A Seriedade com as Coisas Santas
a) O fogo estranho – Nadabe e Abiú ofereceram incenso ao
Senhor, em incensários cheios de fogo, mas era um fogo
comum, estranho ao serviço santo.
➝ Algumas tradições judaicas relatam que Nadabe e Abiú,
possivelmente estavam embriagados nesse dia, eis por que
o Senhor, posteriormente, proibiu a entrada de quem
bebesse bebida forte (Lv 10.9).
➝ Quer embriagados, quer não, o fogo com que ministraram
ao Senhor não era santo; então a ira de Deus os consumiu,
e morreram perante o Senhor (Lv 10.2).
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3. A Seriedade com as Coisas Santas
b) O Silêncio de Arão - Havia sido ele quem fundira o
bezerro de ouro no Sinai, e também esteve envolvido com
Miriã, na rebelião contra Moisés. Agora dois filhos
profanaram a santidade de Deus. Ele calou-se.
c) O Silêncio imposto por Deus - Deus proibiu a Arão e aos
outros dois filhos, Eleazar e Itamar, o luto pelos irmãos
mortos. Não poderiam chorar por aqueles que haviam
profanado a santidade de Deus.
➝ Arão seguiu o caminho da santificação, mas não soube
ensiná-lo, como convinha, aos seus filhos.
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I. Responda
1. De que maneira Deus consolidou a separação de Israel
das demais nações? Deus separou, santificou, fazendo com
Israel uma aliança, um pacto.
2. Quantos eram ao todo os preceitos da lei mosaica? 613.
3. Qual das peças do Tabernáculo representava a Palavra de
Deus que limpa o homem do pecado? A Pia de bronze.
4. O que estava escrito na lâmina usada pelo sacerdote na
cabeça? “Santidade ao Senhor”.

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5. Quanto tempo durou o processo de consagração dos
sacerdotes? 7 dias
6. De que maneira deveria ser mantido aceso o fogo do
altar? Deveria ser acesso uma única vez, e a cada manha
deveria ser reavivado com madeira santa.
7. Por que Nadabe e Abiú morreram? Porque ofereceram
incenso ao Senhor utilizando fogo comum, estranho ao
serviço santo.
8. Por que Deus proibiu que Arão e seus filhos fizessem luto
pelos dois que morreram? Não poderiam chorar por aqueles
que profanaram a santidade de Deus.
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Lição 3

Santificados em Deus
“ E clamavam uns aos outros dizendo:
“Santo, Santo, Santo é o Senhor dos
Exércitos, a terra inteira está cheia da
sua glória”.
(Is 6.3)

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A. A Santidade de Deus
➝ A santidade é o atributo mais elevado que se aplica a Deus.
➝ O fato de Deus estar separado, isto é, estar acima de toda a
sua criação, estabelece o quanto Ele é sublime; também
demonstra a determinação divina de preservar a sua própria
posição em relação a todos os outros seres livres.
➝ A santidade, em sua acepção mais sublime, só pode ser
aplicada a Deus, e exige o total afastamento de tudo que
possa se corromper, e de qualquer coisa que possa ser
objeto ou abarcado pelo pecado.
➝ Deus está separado dos anjos, dos homens e do pecado.
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1. Separado dos Anjos
➝ Até mesmo os serafins, classe superior de anjos, cobriam
o próprio rosto quando voavam sobre o trono de Deus,
pois a proximidade de Deus não lhes legitima intimidade.
➝ Tal separação se dá porque se os anjos puderam pecar (II
Pe 2.4), logo foram suscetíveis de erro e induzíveis às
tentações, são, portanto, corruptíveis.
➝ Portanto, a santidade de Deus é infinitamente superior à
santidade dos anjos, mesmo que o próprio Senhor Jesus
diga que eles são santos (Mt 25.31).
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2. Separado dos Homens
➝ A obra-prima da criação foi o homem. Porém, do mesmo
modo que os anjos, o homem também pecou, foi induzido
à tentação e, por isso, corrompeu-se.
➝ A natureza humana foi degenerada pelo pecado, de modo
que à santidade de Deus exigiu-se imediato afastamento.
➝ A santidade de Deus abarca todos os seus atributos
naturais e morais, e pode ser definida como o resplendor
de tudo quanto Deus é.
➝ Em Deus tais perfeições vivem e funcionam na santidade.
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B. O Deus que nos Santifica
➝ Deus é santo e quer que todos nós nos tornemos santos
(Lv 20.7), e Ele mesmo participa neste processo a fim de
que sejamos por ele santificados (I Ts 5.23).
1. A paz
➝ A santificação começa produzindo paz: paz entre
os homens e paz entre os homens e Deus.
➝ É apenas o início de um processo que vem de dentro para
fora, aperfeiçoando-se até que cheguemos à estatura do
varão perfeito, que é Cristo, e só será alcançada na
eternidade, quando estivermos juntos de Deus.
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2. A santidade deve ser por completo
➝ Para isso, todos os passos devem ser dados, tanto de nossa
parte, quanto da parte divina. Passos de Deus:
a. O perdão de nossos pecados:
b. A regeneração:
c. A justificação:
d. A adoção:
➝ Muitas vezes o filho desvia-se do caminho certo, então o pai
amoroso, mas justo, o corrige, a fim de levá-lo outra vez em
direção ao caminho da santificação (Hb 12.6).
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3. Espírito, alma e corpo irrepreensíveis
➝ Para isso, todos os passos devem ser dados, tanto de nossa
parte, quanto da parte divina. Passos de Deus:
a. O perdão de nossos pecados:
b. A regeneração:
c. A justificação:
d. A adoção:
➝ Muitas vezes o filho desvia-se do caminho certo, então o pai
amoroso, mas justo, o corrige, a fim de levá-lo outra vez em
direção ao caminho da santificação (Hb 12.6).
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3. Espírito, alma e corpo irrepreensíveis
➝ A santificação do cristão deve ser completa, abrangendo o
espírito, a alma e o corpo. Nada escapa aos olhos de Deus.
a. O espírito: é o primeiro alvo de Deus para a nossa
santificação. Nele ficam alojadas a consciência e a fé.
b. A alma: nela estão arraigados os pensamentos, o
entendimento, os sentimentos e a vontade.
c. O corpo: é quem vai espelhar no exterior a santidade que
existe no interior.
➝ Portanto, Deus quer não somente o interior, mas também o
exterior, e estes, santificados. 46
Revisão
1. Por que Deus está separado dos anjos? Por causa do
pecado, Deus é separado de sua própria criação.
2. Por que Deus está separado dos homens? Por causa do
pecado.
3. Por que Deus está separado do pecado e não pode
pecar? Porque Ele é santo por natureza.
4. Qual é, segundo o texto, uma das primeiras sementes
que santificação faz brotar no homem? Por quê? A paz,
porque é uma qualificação de Deus.
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Revisão
5. O que representa a regeneração para a nossa
santificação? É a transformação da velha natureza em uma
nova, para sermos à semelhança da natureza de Cristo.
6. O que representa a adoção para a nossa santificação? É o
processo pelo qual Deus nos recebe como filhos. Como
filhos, Ele nos corrige e nos leva ao caminho da santificação.
7. Qual a importância de termos o nosso espírito, alma e
corpo santificados? Porque pela santificação temos olhar,
palavras, atos, gestos e ações santificados, isto é, uma vida
santificada por Deus e para Deus.
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Lição 4

Santificados em
Cristo
“ Quem dentre vós me convence
de pecado?
(Jo 8.46)

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4. Santificados em Cristo
➝ Acerca da santidade de Deus, vimos que
esta está intimamente relacionada à
separação de tudo o que se possa
corromper ou ser abarcado pelo pecado.
➝ E Cristo, muito embora próximo à criação,
Ele também está, como Deus que é,
separado do pecado.
➝ Desde o nascimento até a ressurreição,
Ele foi santo, e permanece assim pelos
séculos dos séculos.
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A. O Nascimento
➝ A santidade de Cristo é expressa na Bíblia desde o seu
nascimento, quando, de um modo sobrenatural, sua mãe,
Maria, uma jovem virgem, encontrou-se grávida.
Descerá sobre ti o Espírito Santo, e a virtude do Altíssimo
te cobrirá com a sua sombra (Lc 1.35).
➝ Portanto, o nascimento de Jesus não está ligado a um ato
sexual envolvendo um casal.
➝ O nascimento do segundo Adão se dá por uma obra
milagrosa do Espírito Santo, assim como a criação do
primeiro homem. 52
A. O Nascimento
➝ Todos os seres humanos que nasceram, desde Adão,
trazem em si uma natureza pecaminosa. Logo, Maria
também está incluída; consequentemente, o que dela
nasceu deveria ser contaminado pelo pecado.
➝ Mas o que a Bíblia afirma é que Jesus é descendente da
mulher, gerado nela, mas não gerado dela. Fruto de uma
atuação divina do Espírito Santo, de forma sobrenatural e
milagrosa, quebrando as leis naturais da concepção,
tornando possível o impossível, sem a intervenção da
vontade humana.
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B. O Santo
➝ Jesus, o Santo de Deus, foi gerado em Maria, de forma
santa, pelo Espírito Santo, portanto, permanece Santo.
➝ A santidade é parte inerente ao caráter de Cristo, mas não
quer dizer que não estava sujeito ao pecado. Cristo foi
tentado até os últimos instantes de sua vida, em todos os
aspectos, mas não cedeu (Mt 4.11 e 27.40; Hb 4.15).
➝ Isso faz dele um exemplo para nós e prova de que uma
vida de santificação é perfeitamente possível ao homem.
➝ De sua santidade depõem os profetas (Is 17.7); os anjos (Lc
1.35); os homens (Jo 6.69), e os demônios (Mc 1.24).
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C. A Cruz
➝ Dentre os incontáveis benefícios que nos
trouxe a cruz, destacam-se três:
➝ São eles a redenção, a reconciliação e a
adoção.
➝ Destacaremos, ainda, outro benefício de
grande valor, que nos proporcionou a cruz
de Cristo: a santificação.
➝ Vejamos como estes benefícios se
entrelaçam.
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1. Redenção
➝ Na cruz, Jesus comprou-nos outra vez para Deus.
O sangue de Cristo foi o preço para a nossa redenção, e
por meio dela, a porta da santificação foi aberta.
2. Reconciliação
➝ A cruz reaproximou o Santo (Deus) com o impuro (o
homem), oferecendo condição de santidade ao homem.
3. Adoção
➝ Deus nos fez seus filhos, para permanecermos nele, a
adoção nos convida à santificação.
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4. A Santidade
➝ É na cruz de Cristo que encontramos o poder santificador.
a) A Lei, sacrifícios imperfeitos à sombra da Graça
➝ As coisas pertinentes à santidade no Antigo Testamento
eram apenas uma tipologia, uma vez que eram imperfeitas
e incapazes de prover a santificação (Hb 10.1).
➝ Porém, os rituais imperfeitos apontavam para a perfeição
que viria, onde o Sinai – o monte da Antiga Aliança – seria
substituído pelo Calvário, o monte da Nova Aliança.
➝ O sangue de Cristo é, portanto, o primeiro passo em
direção à santificação. 57
4. A Santidade
➝ b) Na Graça, o sacrifício perfeito que cumpriu a Lei:
➝ Na cruz, Jesus venceu o pecado, a força do pecado e o
gerador do pecado, o diabo.
➝ O primeiro propósito da morte de Cristo e do derramar de
seu sangue é o perdão de nossos pecados. O segundo é
arrancar de dentro de nós todo o mal que existe.
➝ Com a velha natureza morta para o pecado, e dentro de si
o Espírito Santo, o processo de santificação tem início.

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Responda:
1. O fato de Jesus ter nascido santo o excluía de qualquer
possibilidade de pecar? Não, Jesus optou por não pecar.
2. Segundo o texto, quais os benefícios que nos trouxe a
cruz? Redenção, Reconciliação, Adoção e Santificação.
3. De que modo a reconciliação provida na cruz gera efeito de
santificação sobre nós? Reaproximando o Santo (Deus) com
o impuro (homem), dando condição de santidade ao homem.
4. Por que dizemos que a adoção nos convida à santidade?
Porque o Senhor Jesus é santo, e pela adoção somos filhos
de Deus também, e esta adoção nos convida à santificação.
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5. Faça uma relação entre os sacrifícios da Antiga Aliança e
o sacrifício de Cristo: os sacrifícios imperfeitos apontavam
para Cristo, o sacrifício perfeito e eficaz da Nova Aliança.
6. Por que os sacrifícios da lei eram imperfeitos? Porque
eram oferecidos por pecadores.
7. Qual a relação entre os sacrifícios da Antiga Dispensação
e o sacrifício de Cristo? Eram sombra do sacrifício perfeito
que limparia o homem de seus pecados, o sangue de Jesus.
8. Como podemos reconhecer que o processo de
santificação tem início em alguma pessoa? Quando ela
expressa no exterior a mudança no seu interior, no caráter.
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Responda:
9. Qual a diferença entre a oferta trazida
pelo sumo sacerdote anualmente e a oferta
trazida por Cristo?
A oferta do sumo sacerdote somente cobria
o pecado e por isso era repetida a cada ano,
mas a oferta de Cristo tira o pecado e é
definitiva, permanente.

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Lição 5

Santificados
pelo Espírito
Parte 1

Digo, porém: Andai em Espírito e
não cumprireis a concupiscência
da carne.
(Gl 5.16)

63
5. Santificados pelo Espírito
➝ O processo da santificação tem início
quando nos convertemos, ao pé da cruz,
ou seja, em Cristo, e perdurará por todo a
nossa existência terrena.
➝ É uma constante busca, e que depende,
pelo menos, de dois grandes fatores: da
vontade humana e do Espírito Santo.

64
A. A Vontade Como Agente de Santificação
➝ O processo de santificação não é algo instantâneo,
automático e, tampouco, imposto; é algo gradual, adquirido
e buscado, e isto depende da nossa vontade.
B. O Espírito Santo e Sua Atuação
➝ Uma vez que a pessoa realmente deseja a santificação, o
Espírito Santo passa a agir em todas as áreas de sua vida,
dia a dia, ele se tornará santo e santificado.
➝ Vejamos três áreas às quais o Espírito Santo deverá ter
acesso controlador sobre as ações e reações do
cristão: temperamento, caráter e personalidade
65
B. O Espírito Santo e Sua Atuação
1. No temperamento
➝ Temperamento é o conjunto de traços psicológicos (de
berço) e morais, que determinam a índole de um indivíduo,
isto é, seu modo de reagir.
➝ Existem basicamente quatro tipos de temperamentos: o
sanguíneo, o colérico, o melancólico e o fleumático.
➝ Nenhum ser humano retém um padrão único de
temperamento, mas sim uma combinação dos quatro. Há,
porém, a predominância de um deles.
66
1. No temperamento
➝ Veja-se que o fato de termos nosso
temperamento remodelado pelo Espírito
Santo não nos isenta de termos
momentos de desequilíbrio, de fraqueza;
➝ Todavia logo voltamos à razão e,
arrependidos, buscamos outra vez
a santificação e o domínio de nosso
temperamento.

67
2. No caráter
➝ O caráter é o aspecto revelador do verdadeiro EU, é o
conjunto de traços psicológicos e morais (positivos ou
negativos) que caracteriza um indivíduo.
➝ O caráter é formado, em parte, pela herança genética
recebida dos pais, e, em parte, é adquirido.
➝ Quando a pessoa se converte a Cristo, o seu caráter é
transformado, e passa a ser alvo da atuação constante do
Espírito Santo para santificá-lo.
➝ Quando o Espírito Santo trabalha em nosso caráter, ele
transforma uma pessoa pecaminosa em santificada.
68
3. Na personalidade
➝ A personalidade é a expressão externa de nós mesmos,
podendo ser, ou não, igual ao nosso caráter; é o que
deixamos transparecer aos outros.
➝ A formação da personalidade tem início nos primeiros
meses de vida, e perdura por todas as fases de superação
que a pessoa atravessa.
➝ Quando o Espírito Santo age na personalidade, também
age no caráter, e desse modo a personalidade é santificada.
➝ A pessoa passa a ser revelada de forma verdadeira: o cristão
é o que é na frente das pessoas ou a sós.
69
4. Em todas as áreas
➝ Quando somos santificados pelo Espírito Santo, sentimos a
eficácia de sua atuação controlando o temperamento,
transformando o caráter e depurando a personalidade.
➝ É o que se pode observar na vida do apóstolo Pedro:
a. No temperamento: tornou-se calmo e pacífico, mas
capaz de contender com Paulo quanto às suas convicções.
b. Seu caráter: foi moldado para que se tornasse um
verdadeiro servo de Cristo, capaz de não mais negá-lo, mas
de suportar por Ele todos os tipos de provações.
70
4. Em todas as áreas
c. Sua personalidade: traduzia o seu caráter santificado;
mesmo fundamentado em convicções, era capaz de dar
um passo atrás e reconhecer o erro.
➝ Porém, ele era o mesmo Pedro (mesma personalidade),
sempre que havia a oportunidade, lá estava ele, não mais
para sacar a espada, mas ainda pronto para ser o primeiro a
levantar-se diante de uma grande multidão e pregar o
Evangelho de Jesus Cristo.
➝ Resultado: colheita de quase três mil almas de uma só vez.
71
Responda:
1. O que é necessário para que o processo de santificação
seja iniciado em nós? É necessário querer que o Espírito
Santo atue em nossas vidas.
2. Por que, segundo o texto, muitos crentes não buscam a
santificação? Porque não querem.
3. Quais as três áreas, citadas no texto, às quais o Espírito
Santo deve ter total acesso na vida do cristão?
Temperamento, caráter e personalidade.
4. De que maneira o Espírito Santo atua em nosso
temperamento? Remodela o temperamento, controlando-o.
72
Responda:
5. Descubra qual o seu temperamento na tabela e escreva
quais as áreas que você precisa que o Espírito Santo
trabalhe em sua vida:
6. Como se dá a atuação do Espírito Santo em nosso
caráter? O Espírito Santo transforma e santifica o caráter.
7. Como se dá a atuação do Espirito Santo em nossa
personalidade? O Espírito Santo age na personalidade e a
santifica.

73
Lição 6

Santificados
pelo Espírito
Parte 2
“ Porque, se viverdes segundo a
carne, morrereis; mas, se pelo
espírito mortificardes as obras do
corpo, vivereis.
(Rm 8.13)

75
6. Santificados pelo Espírito Santo
➝ Assim que o Espírito Santo passar a ter
liberdade de ação em todas as áreas de
nossa vida, ele será o principal responsável
por encaminhar-nos à santificação.
➝ Vejamos de que maneira o Espírito Santo
nos conduz à santificação por meio das
virtudes do chamado “Fruto do Espírito”:

76
A. O Fruto do Espírito
➝ Uma das maneiras pela qual o Espírito opera a santificação,
é por intermédio da semente que Ele próprio planta em
nosso interior e que nos capacita a frutificarmos.
1. Amor – do grego ágape, define o amor de Deus para com
o homem, e do homem para com Deus e com o próximo.
➝ O amor ao próximo é a marca do cristão devoto.
➝ Quanto maior amor o cristão possui por Deus e por seu
próximo, tanto maior disposição terá de afastar-se do
pecado que fere tanto um quanto o outro.
77
2. Gozo - Também significa alegria, que no grego é chara.
Esta alegria é dada pelo Espírito Santo e não é enfraquecida
pela infelicidade.
3. Paz - No grego ataraxia, diz respeito à tranquilidade
mental. Esta virtude do Fruto do Espírito pode nos dar um
dos maiores tesouros: a nossa paz.
➝ Quando o Espírito Santo faz frutificar a paz no cristão,
este enfrenta injustiças, calúnias, acusações etc, e é capaz
de dormir sem alimentar o sentimento de vingança.
➝ Ele tem paz e deseja aos outros a mesma paz; confia na
justiça que o Senhor fará no momento e modo oportunos.
78
4. Longanimidade - Do grego é makrothumia, demonstra
resignação e coragem com as contrariedades alheias, em
especial àquelas que visam nos provocar à ira.
➝ O longânimo guarda-se de fazer juízo apressado, de
condenar o seu irmão, de executar justiça (quando lhe é
mister) fora de hora ou de lugar.
➝ Longanimidade também é virtude que consiste em
suportar os dissabores e as infelicidades, além de ser,
ainda, a capacidade de mostrat-se calmo e paciencioso
para esperar o que aparentemente tarda.

79
5. Benignidade - No grego é chestotes, e se acha ligada à
sinceridade e ao respeito com qualquer pessoa.
➝A benignidade não expõe arrogância com nosso próximo,
mas estende a mão para ajudá-lo.
➝Muitos que provam da nossa benignidade, se voltam
contra nós mesmos e, não poucas vezes, somos tratados
até com indiferença.
➝Somente pelo fruto do Espírito o cristão poderá adquirir
forças espirituais, físicas e morais, a fim de amar os seus
inimigos, abençoar aqueles que lhe amaldiçoam e fazer o
bem para com aqueles que o odeiam.
80
6. Bondade - Do grego agathosun, é a qualidade de
generosidade e de ação gentil para com os outros,
originando-se em um caráter intimamente bondoso.
➝O homem natural não é bom. A bondade não faz parte da
natureza humana.
➝Mesmo na vida cristã não é fácil fazer o bem, mas é
eternamente valioso.
➝Não nos tornaremos santos fazendo boas obras; mas
somos santos para fazê-las, por isso o estilo de vida do
cristão deve ser de bondade.

81
7. Fé - No grego é pistis, e pode tanto significar confiança
quanto fidelidade.
➝Em nosso caminho de santificação, a fé tem que ser como
o amor: para ter valor não pode ser forçada.
➝A Bíblia ensina que existem duas fontes de fé: a primeira é
a fé que vem pelo ouvir a Palavra de Deus, a segunda é a
fé que vem pela operação do Espírito Santo.
➝É por intermédio da fé que o Espírito Santo nos afasta do
pecado, pois cremos em um Deus que é santo e pela fé
buscamos a santidade dele.
82
8. Mansidão - No grego é prautes, que significa paciência,
cortesia, brandura.
➝ Por isso ele não toma pela força aquilo que é seu por
direito, porque entrega a sua causa a um Deus justo.
➝ No mundo antigo, este termo era aplicado ao animal que
havia sido amansado. De igual modo, o homem manso é
aquele que foi amansado para o jugo do Senhor Jesus.
➝A mansidão coopera de tal modo para a santificação que
faz com que até mesmo os nossos inimigos sejam
beneficiados por meio dela.
83
9. Domínio próprio - No grego é egkrateia, que significa
autocontrole.
➝ Quando o Espírito Santo nos conduz à santificação e ao
autocontrole, Ele está nos ensinando a resistir e dominar não
só o pecado; mas, também, dominar a nós mesmos.
➝ Um cristão que não exerce o domínio próprio simplesmente
não consegue andar em direção à santificação.
➝ É o exemplo que colhemos na vida de Sansão. Aquele
grande servo de Deus tinha consigo também um grande
problema: não sabia se controlar.
84
B. O Instrumento do Espírito
➝ A Palavra de Deus é o instrumento que o Espírito Santo
usa para nossa santificação.
➝ Os salvos são os que deram ouvidos à Palavra de Deus e
atenderam ao seu chamado. O Espírito Santo então
infunde no ser humano a fé, a fé para a salvação.
➝ Quando a pessoa se converte, a Palavra de Deus faz nela
uma verdadeira limpeza, que se espelha na transformação
do seu interior, refletida em seus atos e em suas palavras.
➝ É o começo de tudo, de uma nova vida. Leia João 15.3.
85
B. O Instrumento do Espírito
➝ Quando fazemos uma aplicação para nós do simbolismo
que havia no ministério do sacerdote, encontramos a
mesma relação: o sacerdote fora lavado uma única vez –
também o crente é lavado uma única vez pela Palavra;
➝ O sacerdote deveria diariamente lavar as mãos e os pés –
de igual forma, o cristão, a cada dia, precisa voltar à fonte
para dar prosseguimento à sua santificação.
➝ Jesus, primeiramente, falou aos discípulos que eles já
haviam sido limpos pela Palavra (Jo 15.3); posteriormente,
o Mestre pede ao Pai para que os santifique na Palavra.
86
B. O Instrumento do Espírito
➝ Outro simbolismo é o que encontramos na pia de bronze. A
ela o sacerdote chegava-se para a purificação.
➝ Era um utensílio de bronze, que refletia como espelho. Ao
chegar-se à pia, o sacerdote via a própria imagem refletida.
➝ Quando nos chegamos à Palavra de Deus, vimos refletido
nela a nossa imagem (imperfeita, pecaminosa, falha) e, por
consequência disto, somos levados à santificação.
➝ Aquele ritual de purificação diária do sacerdote dever ser
uma constância em nossas vidas também.
87
Responda:
1. Qual é o primeiro efeito que sentimos advindo do Fruto do
Espírito? O efeito da santificação.
2. De que maneira os seguintes aspectos do Fruto do
Espírito relacionam-se com a santidade: Amor, Benignidade,
Mansidão? Amor: Quanto mais amor por Deus e pelo
próximo, mais disposição de afastar-se do pecado.
Benignidade: O cristão recebe forças espirituais para amar,
abençoar e fazer o bem até aos inimigos. Mansidão:
Coopera com a santificação de tal modo que faz com que
sejam beneficiados até os inimigos.
88
3. Qual o instrumento utilizado pelo Espírito para nos levar à
Santificação? A Palavra de Deus.
4. Segundo o que aprendemos com Jesus, de que maneira
a Palavra de Deus opera a santificação em nossas vidas?
Pela Palavra, vimos refletido a nossa imagem: imperfeita,
pecaminosa, falha e, por consequência disto, somos
levados à santificação.
5. O Que simboliza para nós o ritual de lavar as mãos e os
pés realizados pelos sacerdotes? Lavar as mãos se traduz
por santificar, mediante a Palavra de Deus, todos os nossos
atos. Lavar os pés significa santificar, por meio da Palavra de
Deus, todos os nossos caminhos.
89
Lição 7

Igreja e a
Santificação
“ Para a apresentar a si
mesmo igreja gloriosa, sem
mácula, nem ruga, nem
coisa semelhante, mas santa
e irrepreensível.
(Ef 5.27)

91
7. A Igreja e a Santificação
➝ No seu contexto cristão, Igreja refere-se a todos aqueles
que foram chamados para fora deste mundo com o
propósito de serem santos.
➝ Essa comunidade de indivíduos chamados para fora do
mundo, os regenerados, os nascidos de novo, foram eleitos
em Cristo para serem santos (Tt 2.14).
➝ Este grupo de pessoas se une e se reúne a fim de formarem
um só corpo. Nasce, então, dentre eles mesmos, conceitos
e normas que se tornam princípios, os quais, com o passar
do tempo, são adotados como vínculos de santidade.
92
A. O Costume
➝ É um conjunto de práticas habituais adotado em
determinada época, em determinado local, por determinado
grupo, em forma de expressão, modo de proceder,
comportamento pessoal, grupal ou congregacional.
➝ No caso da Igreja, costume é um compromisso com a
doutrina bíblica, com a moral, com a ética cristã e com as
tradições adquiridas ao longo do tempo e que, por isso
mesmo, se tornaram normas e adquiriram força de lei.
➝ Eis por que muitas coisas são tidas por pecado em
determinado lugar e não o são em outro: são costumes.
93
A. O Costume
➝ Pecado é tudo aquilo que se diz, se pensa ou se faz,
contrário ao que a Palavra de Deus institui como certo,
como expressão da vontade de Deus, em Cristo.
➝ Ou seja, pecado comete todo aquele que não faz o que a
Bíblia manda fazer, ou faz o que ela proíbe que faça.
1. Os costumes internos
Muitas coisas surgem com o passar dos tempos e com a
dinâmica da sociedade. Algumas delas são consideradas
pecado e outras não. Ou, ainda, em algum lugar é
considerado pecado e em outro não.
94
A. O Costume
1. Os costumes internos
➝ Todas as igrejas (liberais ou conservadoras) têm os seus
costumes locais, isto é, os seus próprios bons costumes.
➝ Caracteriza-se pecado tudo o que a Bíblia diz que é pecado.
O que ela não distingue como tal, pode ou não ser pecado.
➝ A responsabilidade por ensinar e conduzir o rebanho por
esses caminhos é de competência do Pastor local.
➝ Portanto, esteja você onde estiver, sob o ensino que estiver:
seja obediente, porque isto agrada a Deus.
95
1. Os costumes internos
➝ Quanto à tradição, esta são normas de conduta que uma
sociedade elege como sendo ideal e que passam, com o
tempo, a ser lei, baseadas na tradição.
➝ Cabe a cada um como regra de santificação moldar-se aos
costumes da igreja local, evitando, assim, o escândalo e o
grande pecado ao ferir a consciência de seu irmão (Rm 14).
➝ Os que se negam a guardar os bons costumes de sua
igreja, têm bem à porta o pecado da desobediência (Tt 1.16),
da obstinação – comparado à idolatria (I Sm 15.23) e da
rebeldia – comparado à feitiçaria (I Sm 15.23).
96
2. Os costumes externos
➝ Devemos ter com estes o maior cuidado, pois, aos poucos,
pessoas descomprometidas com a verdade das Escrituras
tentam trazê-los para o seio de nosso povo.
a. Israel e os costumes: Deus tirou os israelitas do Egito
para ser um povo separado dos demais povos (Dt 7.6), e
isso incluía a separação dos costumes. Israel deveria ser
diferente no sentido espiritual, moral e social.
➝ Mas mesmo com todas as advertências de Deus, tão logo
viu-se livre do Egito, Israel passou a adotar os mais diversos
costumes das nações por onde passava.
97
2. Os costumes externos
b. Queremos um rei: Israel queria o costume das outras
nações, ser igual aos demais povos, nem que implicasse
deixar o Senhor de lado. O povo de Israel simplesmente não
queria mais a Deus como seu rei.
➝ Como consequência, vieram os juízos de Deus, porque
Israel adotou os costumes das nações pagãs e perverteu-
se em seu culto a Deus.
➝ O povo de Deus deve ter o maior cuidado quando olha para
os costumes do mundo e quer trazê-los para dentro da
Igreja, que é santa e santificada para Cristo.
98
B. A Ética
➝ Ética é o estudo da moralidade e consiste na análise da vida
moral humana, incluindo os padrões do certo e do errado,
pelos quais a conduta possa ser guiada e dirigida.
1. Bases da Ética Cristã
➝ O decálogo foi o primeiro tratado ético dado pelo Senhor, a
fim de harmonizar o comportamento do ser humano para
com Deus, para com o próximo e para consigo mesmo.
➝ No contexto evangélico, é um somatório de princípios que
formam e dão sentido à vida cristã normal. É a marca de
cada cristão em tudo o que pensa e faz.
99
2. Evidências da Ética Cristã
➝ Manifesta-se quando o cristão deixa transparecer sua
“marca” em, pelo menos, dois aspectos: influenciando e
transformando o ambiente ou o meio social em que vive.
a. Influenciar: o cristão deve ser o sal da terra (Mt 5.13). Ele dá
sabor, equilíbrio, conserva, preserva da corrupção e, ainda,
serve como remédio. Além disso, não é usado para ferir.
b. Transformar: por meio da Palavra de Deus, revelada ao
mundo em sua maneira de viver.
➝ Só há um modo para que o cristão possa transformar o
mundo e aqueles que o cercam: ele deve ser luz (Mt 5.14).
100
Responda:
1. O que significa o termo igreja no sentido cristão?
Chamados para fora do mundo.
2. O que é costume, no caso da igreja? Compromisso com
a doutrina bíblica, com a moral, com a ética cristã, com as
tradições adquiridas.
3. Conceitue o pecado: Pecado é tudo o que se diz, se
pensa ou se faz, contrário à Palavra de Deus.
4. Quando os costumes tomam força de lei na Igreja?
Quando derivado da tradição. Esta não precisa estar escrita,
basta ser um costume do povo e terá força de lei.
101
5. Qual risco incorremos ao não guardarmos os bons
costumes de nossa igreja? Quem se nega a guardar os bons
costumes de sua igreja, incorre no pecado da desobediência
(Tt 1.16), da obstinação - comparado à idolatria (I Sm 15.23) e
da rebeldia - comparado à feitiçaria (I Sm 15.23).
6. Qual a observação de Deus para com Israel e o costume
das demais nações? Lv 18.3
7. O que é ética no contexto cristão? A Ética Cristã é um
somatório de princípios que dão sentido à vida cristã normal.
8. Como o cristão pode influenciar o mundo? Sendo sal.
9. Como o cristão pode transformar o mundo? Sendo luz.
102
Lição 8

A Santificação nos
Escritos de Paulo
“ Porque do céu se manifesta a ira
de Deus sobre toda impiedade e
injustiça dos homens que detêm
a verdade em injustiça.
(Rm 1.18)

104
8. A Santificação nos Escritos de Paulo
➝ Os escritos do apóstolo Paulo formam um verdadeiro
compêndio de santificação. Em cada uma de suas cartas
às igrejas, encontramo-lo exortando-as à santidade.
A. A Santificação na Carta aos Romanos
➝ O crescimento da igreja romana gerou alguns problemas:
os judeus pregavam a Cristo como Salvador, mas
atrelavam a salvação à lei e às formalidades mosaicas.
➝ De outro lado, alguns gentios convertidos, que não
guardavam a lei, davam lugar à libertinagem. A esta igreja
Paulo escreve sobre a santificação.
105
A. A Santificação na Carta aos Romanos
1. Crucificados com Cristo
➝ A cruz de Cristo é o lugar em que devemos nos encontrar:
crucificados com Ele, mortos com Ele.
➝ Na cruz deve pender a nossa velha natureza, o nosso velho
eu, pois uma vez morto, o pecado já não mais terá poder
sobre ele.
➝ Ao falar da morte para o pecado, fala da total separação
entre o homem e o pecado, entre o cristão e a sua velha
natureza, entre o pecador e a santificação (Rm 6.6).
106
A. A Santificação na Carta aos Romanos
2. Ressuscitados com Cristo
➝ Tão logo fala da morte de Cristo e da nossa morte para o
pecado, Paulo passa a falar da ressurreição de Jesus e
também de uma nova vida.
➝ Assim como Jesus ressuscitou em um corpo
glorificado, incorruptível, ou seja, ressuscitou em uma nova
vida, assim também o cristão, após morrer para o pecado,
deve reviver para Deus em novidade de vida.
➝ Nesta nova vida, nada do que em nós havia, arraigado pelo
pecado, pode existir mais.
107
B. A Santificação nas Cartas aos Coríntios
➝ A igreja em Corinto foi fundada pelo próprio apóstolo Paulo
em torno do ano 50 d.C., tendo como ponto de partida a
casa de Áquila e Priscila. Neste lugar o trabalho
desenvolveu-se maravilhosamente bem.
➝ Mas, na continuidade, com a partida de Paulo para suas
viagens missionárias, a igreja decaiu profundamente, tanto
espiritual quanto moralmente.
➝ Em pouco tempo a base da igreja estava corrompida de tal
sorte que os mais terríveis pecados se podiam observar e
sentir naquela comunidade.
108
B. A Santificação nas Cartas aos Coríntios
1. I Coríntios
➝ Entre tantos assuntos, Paulo faz clara distinção entre três
grupos de pessoas que faziam parte do convívio da igreja.
São eles os naturais (I Cor 2.14), os espirituais (I Cor 2.15) e
os carnais (I Cor 3.1).
a. O homem natural: não cogita das coisas que são de
Deus; não há, pois, que se tratar de santificação.
b. O homem espiritual: foi regenerado, está crucificado com
Cristo e o Espírito Santo habita nele. Por isso, suas
inclinações são contrárias àquelas da carne (Gl 5.16).
109
B. A Santificação na Carta aos Coríntios
1. I Coríntios
c. O homem carnal: É a antítese do
homem espiritual. O carnal volta a se
inclinar para as coisas que são da carne
(Gl 5.19-21).
➝ É o exato apelo contrário à santificação.
➝ O homem que hoje é carnal já fora, um
dia, espiritual, mas decaiu, retornando à
velha natureza; contudo tem agora
o conhecimento da verdade.
110
B. A Santificação na Carta aos Coríntios
2. II Coríntios
➝ Paulo fala de sete promessas de Deus para Israel e as toma
para a igreja ao dizer que temos tais promessas:
a) viria habitar neles;
b) andaria entre eles;
c) seria o seu Deus;
d) eles seriam o seu povo;
e) o Senhor os receberia;
f) seria para eles um pai, e
g) eles seriam filhos de Deus.
111
B. A Santificação na Carta aos Coríntios
2. II Coríntios
➝ Todavia, para herdar tais promessas, a
igreja de Corinto precisaria passar por um
processo de limpeza e purificação, tanto
do corpo (imundícia da carne) quanto do
espírito (imundícia do homem interior).
➝ Era este um chamado de Paulo para que
os cristãos de Corinto voltassem outra
vez a buscar a santificação (II Cor 7.1).
112
C. A Santificação na Carta aos Gálatas
➝ A igreja da Galácia também fora fundada por Paulo, mas
tão logo partiu para a Antioquia da Síria, a igreja foi visitada
por inimigos do apóstolo, com dois propósitos específicos:
1. Questionarem a chamada de Paulo por não ter sido um
dos doze apóstolos; logo, sua obra não seria ser autêntica;
2. Acusarem-no de ser inimigo de Moisés e traidor da lei.
➝ Ao escrever aos Gálatas, ele tem por objetivo desfazer o
estrago feito por esses crentes contra si e sua mensagem.
➝ E no cerrar de sua carta, ele deixa registrada sua
mensagem que visa à santificação. 113
C. A Santificação na Carta aos Gálatas
➝ Em sua carta aos romanos, Paulo diz estar crucificado com
Cristo; agora, aos gálatas, ele faz uma inversão: o mundo
estava crucificado para ele, e ele também para o mundo.
➝ Paulo fala da determinação que deve ter o cristão de fazer-
se morrer, e que o mundo só morrerá se nós mesmos o
crucificarmos.
➝ Logo, o mundo morrerá lenta, demorada e gradativamente.
➝ Todavia, quando o mundo morrer para nós, as coisas que
nele estão perderão o valor. O mundo perderá seu poder de
atração, porquanto está morto.
114
D. A Santificação na Carta aos Efésios
➝ A igreja de Éfeso enfrentava ataques do Gnosticismo, seita
herética que não reconhecia a verdade da humanidade de
Cristo e trazia em seu cerne a libertinagem sexual.
➝ Outra característica desse movimento eram as práticas
legalistas e a aceitação de uma filosofia que incluía falsa
humildade e adoração a anjos, eram o caminho para o tal
conhecimento libertador.
➝ O propósito na epístola aos Efésios é fazer uma apologia à
sã doutrina e à Cristologia, valorizando a posição da igreja
como edifício de Deus, como corpo e esposa de Cristo.
115
D. A Santificação na Carta aos Efésios
➝ Mediante a revelação do Espírito Santo, Paulo traz um dos
mais elevados convites à santificação (Ef 1.3-4).
➝ Ele revela que a santidade exigida à igreja teve sua origem
na mente divina.
➝ Do mesmo modo que Cristo, o Cordeiro de Deus, foi morto
desde a fundação do mundo (Ap. 13.8), é notado que o
mistério da igreja também já pulsava na onisciência de
Deus antes da fundação do mundo.
➝ Os eleitos para fazerem parte da Igreja, foram eleitos para
serem santos, também, antes da fundação do mundo.
116
E. A Santificação na Carta aos Filipenses
➝ A carta seria basicamente para agradecer os filipenses,
mas também serviu para encorajar a enfrentarem as
perseguições e tratar pequenas desavenças entre irmãos.
➝ Paulo colhe o ensejo, ainda, para fazer aos seus amigos
um chamamento à manutenção e à busca da santidade.
Mas, naquela medida de perfeição a que já chegamos, nela
prossigamos (Fl 3.16).
➝ Desse modo, Paulo diz que quando alcançamos algum
estágio de santificação, esta deve ser mantida sob esforço.
117
F. A Santificação na Carta aos Colossenses
➝ A igreja ia muito bem até se infiltrar nela o Gnosticismo,
heresia que castigou a igreja por cerca de 150 anos. E
a adoração aos anjos já estava ocorrendo na igreja.
➝ Paulo se volta a combater os ensinos gnósticos e faz o
seguinte chamamento à santidade:
Agora, porém, vos reconciliou no corpo da sua carne,
mediante a sua morte, para apresentar-vos perante ele
santos, inculpáveis e irrepreensíveis (Cl 1.22).
O próprio Cristo é quem nos apresentará santos diante de
Deus, não de anjos.
118
F. A Santificação na Carta aos Colossenses
1. Santos
➝ O Gnosticismo impunha à igreja uma
verdadeira prostituição, moral e espiritual,
em verdadeira associação com o mundo.
➝ Paulo fala, então, da santificação com vistas
exatamente à separação do mundo e de
tudo o que ele contém (Cl 3.1-9).

119
F. A Santificação na Carta aos Colossenses
2. Inculpáveis
➝ No grego, a palavra é amomos, que se traduz como “sem
mancha, sem defeito”, termo usado para qualificar os
animais que serviriam para o sacrifício por serem amomos -
sem defeito.
➝ Ora, se nem mesmo o animal que seria sacrificado ao
Senhor, que seria consumido sobre o altar, poderia ter
qualquer tipo de defeito, é certo que Cristo só poderá
apresentar a Deus aquele cuja vida passar na inspeção e
for amomos – sem defeito.
120
F. A Santificação na Carta aos Colossenses
3. Irrepreensíveis
➝ O cristão precisa viver uma vida irrepreensível para Deus,
de tal forma que nem homem, nem potestade e nem
mesmo o acusador possa acusá-lo de nada.
➝ Aquele que é repreensível torna-se também culpável e, por
conseguinte, digno de castigo.
➝ Quando Cristo nos apresentar a Deus não pode haver nada
em nossa vida, em nosso caráter, em nossa personalidade,
em nossa maneira de viver, de andar, de agir, de falar e, até
mesmo, de pensar, que se faça objeto de repreensão.
121
F. A Santificação nas Cartas aos Tessalonicenses
1. I Tessalonicenses
➝ Tudo indica que o apóstolo iniciou um ensino sobre a
ressurreição dos mortos e a vinda de Cristo, e que não
podendo concluir, o faz mediante a primeira carta.
➝ E cada carta tinha também o propósito de despertar o
povo para a necessidade de uma vida de santificação.
➝ O cristão deve afastar-se não só do mal, mas também de
tudo o que se relaciona a ele. Eis o que lhes aconselha:
Abstende-vos de toda aparência do mal (I Ts 5.22).
122
2. II Tessalonicenses
➝ Paulo, em sua luta por conduzir a igreja à santificação,
mais uma vez insta com eles sobre o tema em II Ts 2.13.
➝ O próprio Deus Pai foi quem os havia escolhido para a
salvação, mas esta dependeria da santificação, a qual seria
operada em cada um deles sob duas condições:
a. O lado divino da santificação: Seriam santificados pelo
Espírito Santo.
b. O lado humano da santificação: Seriam santificados por
sua própria fé na verdade, que é a Palavra de Deus.
123
I. Responda:
1. Quais os dois aspectos fundamentais da santificação em
Romanos? Morto com Cristo e ressuscitado com Cristo.
2. Cite quais os grupos de pessoas que Paulo distingue em
Corinto. O homem natural, o espiritual e o carnal.
3. Qual a diferença entre o homem carnal e o homem
espiritual? O espiritual passou pela regeneração, o Espírito
Santo habita nele e ele se inclina para as coisas espirituais.
O carnal é a antítese do espiritual, se inclina para as coisas
da carne. O carnal já fora espiritual, mas decaiu, contudo
tem agora o conhecimento da verdade.
124
I. Responda:
4. Em suas palavras, o que representa a expressão: “o
mundo está crucificado para mim”? Significa que o mundo
deve morrer para cristão.
5. Segundo a carta aos efésios, onde começou a nossa
santificação? Começou antes da fundação do mundo, na
mente divina.
6. Qual a mensagem de Paulo aos filipenses? Mensagem
de agradecimento pelas ajudas recebidas; encorajamento
para enfrentar as perseguições, e chamamento para
manter e buscar da santidade.
125
I. Responda:
7. Escrevendo aos Colossenses, Paulo diz que Cristo nos
apresentará diante de Deus. De que modo? Santos,
inculpáveis e irrepreensíveis.
8. Qual o conselho de Paulo em I Tessalonicenses?
“Abstende-vos de toda aparência do mal” (I Ts 5.22).
9. Conforme II Tessalonicenses, como deve operar a
santificação em nós? Sob dois aspectos:
a. Do lado divino: Pelo Espírito Santo;
b. Do lado humano: Mediante a fé na verdade, que é a
Palavra de Deus.
126
Lição 9

Deus Quer o
Coração! Verdade?
“ Porque do coração procedem os
maus pensamentos, mortes,
adultérios, prostituição, furtos,
falsos testemunhos e blasfêmias.
(Mt 15.19)

128
9. Deus Quer o Coração! Verdade?
➝ É verdade que Deus quer o nosso coração e que ele olha
para o coração do homem, mas também é verdade que a
santidade do coração é estampada no exterior a pessoa.
➝ Assim, é impossível tratarmos da santidade sem tratarmos
de seus efeitos sobre o corpo e por intermédio do corpo.
➝ O próprio Senhor Jesus deixou registrado seu parecer
quanto a isto de forma clara quando diz:
Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore
má produzir frutos bons (Mt 7.18)
129
A. Licenciosidade
➝ O licencioso é aquele que abusa da liberdade, que agride as
normas, a decência e as convenções sociais; indisciplinado.
➝ Paulo trata com a Igreja de Corinto sobre estas questões no
meio da Igreja, e faz duas severas ressalvas quanto aos que
praticam tais iniquidades:
1. A primeira ressalva
➝ Tais pecados eram tão indignos que Paulo aconselha aos
demais a não se associarem com os que tais coisas
praticam. Ao associar-se a alguém, a pessoa torna-se
participante do produto que restar desta sociedade.
130
A. Licenciosidade
2. Devasso
➝ Refere-se a todo e qualquer tipo de pecado sexual.
3. Avarento
➝ O avarento é aquele que, motivado pela ganância e cobiça,
quer sempre mais: mais poder, mais fama, mais prestígio,
mais atenção e, é claro, mais dinheiro.
➝ E será capaz de qualquer coisa para conquistar o objetivo.
➝ O pecado da avareza é tão grave que é considerado em pé
de igualdade com o pecado da idolatria (Cl 3.5 e Ef 5.3).
131
A. Licenciosidade
4. Idólatra
➝ É aquele que rouba o que é devido somente a Deus e o
dedica a outro deus. Este outro deus pode ser uma pessoa,
um objeto, o dinheiro (avareza), um sentimento, ou outra
coisa que ocupe o lugar de Deus em sua vida.
5. Maldizente
➝ Usa de palavras ofensivas contra as pessoas, jamais bendiz
seu irmão; suas palavras são sempre de maldição.
➝ É o que chamamos de “boca suja”, que para tudo têm um
xingamento, uma palavra de baixo calão para pronunciar.
132
A. Licenciosidade
6. Beberrão
➝ É inegável o mal que tal vício produz, pois do alcoolismo
derivam muitas das misérias humanas e espirituais.
➝ Quem se dá à embriaguez preordenada, torna-se presa fácil
para satanás. Facilmente evoluirá de um estado de
descontrole à possessão, pois dará lugar ao diabo.
➝ Nesta aproximação com as trevas, seu coração se enche de
perversidades e satanás o atrai para o adultério.
➝ Vale lembrar, ainda, que a embriaguez começa sempre pelo
primeiro copo ...
133
A. Licenciosidade
7. Roubador
➝ O ladrão é aquele que toma para si o que é de outro.
➝ Não se pode deixar de traçar um paralelo entre o que Paulo
aponta em Coríntios e o que denuncia o profeta Malaquias.
➝ Os caminhos da santificação passam, indispensavelmente,
pela mordomia cristã, logo, o dízimo está incluído entre os
muitos pilares que embelezam a nossa santificação.
➝ Estando nós plenamente santificados, teremos uma fé
santificada, e, possuidores de uma fé santificada, seremos
dizimistas, porque o dízimo é um ato de fé.
134
A. Licenciosidade
8. A segunda ressalva
➝ É interessante notar que no início do versículo Paulo
condena o fazer sociedade com o licencioso e, ao conclui-
lo, ele volta a tocar no assunto (I Cor 5.11).
➝ É uma repulsa a qualquer aproximação ou intimidade com
quem pratica tais pecados;
➝ Paulo aconselha que não devemos nem comer com eles.
➝ A santificação, diria Paulo, exige separação total e completa
do mundo.
135
B. Prostituição
➝ Um dos mais latentes sinais de que uma nação, uma
sociedade, um povo ou uma igreja está afastando-se de
Deus é o fato de se entregarem à imoralidade sexual.
➝ Foi exatamente o que Israel fez durante a peregrinação e
posteriormente na terra prometida.
➝ Jesus foi o primeiro na história bíblica a usar a expressão
relações sexuais ilícitas (Mt 5.32 e 19.9), referindo-se a
todas as uniões enumeradas em Levítico 18.
➝ Os apóstolos foram fiéis à teologia sexual do princípio da
criação, ensinadas por Moisés, pelos profetas e por Jesus.
136
B. Prostituição
➝ Paulo foi quem deixou o maior legado sobre esse tema
para os nossos dias. Inspirado pelo Espírito Santo, ele
escreve aos Tessalonicenses, abordando de forma direta o
assunto:
Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação: que
vos abstenhais da prostituição (I Ts 4.3).
➝ E na sua primeira carta aos Coríntios:
Não erreis: nem os impuros, nem os idólatras, nem os
adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, (…)
herdarão o Reino de Deus (I Cor 6.9-10).
137
B. Prostituição
1. Impuros
➝ Essa palavra define todo e qualquer tipo de
pecado de natureza sexual.
➝ A impureza pode manifestar-se até mesmo
na maneira de falar, de tratar e de olhar para
as pessoas de sexo oposto.
➝ Pessoas que são capazes de,
voluntariamente, despertar nos outros o
desejo pelo pecado, têm o coração cheio de
pecado e são impuras diante de Deus.
138
1. Impuros
a. A pornografia
➝ Esta é outra eficiente arma de satanás contra o cristão.
➝ Cabem neste contexto os mais diversos tipos de
pornografia, tais como as que se apresentam em
literaturas, fotos, filmes, vídeos na internet, danças
sensuais, músicas sensuais, propagandas etc.
➝ São práticas que contribuem para um caráter impuro no ser
humano e fazem-no desejar o pecado e poluem sua mente
com pensamentos viciosos e carnais.
➝ A mente do cristão, porém, deve ser transformada. Rm 12.2.
139
2. Adúlteros
➝ Adúltero é a pessoa casada que se envolve em uma
relação sexual ilícita, quer com alguém solteiro quer com
alguém também casado.
➝ O adultério é um pecado terrível e grosseiro, pois suas
consequências não se voltam exclusivamente a quem o
cometeu; pelo contrário, na maioria das vezes, o maior
prejuízo sofre exatamente quem é vítima, quer seja o
cônjuge traído, quer sejam os filhos, e não raras vezes a
igreja em geral.
➝ Leia: Hebreus 13.4.
140
3. Efeminados
➝ Efeminado é aquele homem que assume a postura de
fêmea e se deixa passar por mulher ante outro
homem. Paulo faz uma clara alusão ao homossexualismo,
sendo veementemente contra tal prática sexual.
4. Sodomitas
➝ Efeminados seriam aqueles homossexuais que fazem o
papel da mulher (passivos), enquanto que sodomitas diz
respeito aos pederastas (ativos).
➝ De qualquer modo, a Bíblia condena, mais uma vez, de
forma clara, a homossexualidade.
141
4. Sodomitas
➝ Quanto ao lesbianismo, Paulo faz severa referência em Rm
1.26: O próprio Deus abandonou tais mulheres às paixões
infames, porque mudaram o modo natural de suas relações
íntimas por outro, contrário à sua natureza.
a. A gravidade do pecado: o apóstolo não só condena a
prática (masculino e feminino), mas também toda e
qualquer associação com os que tais coisas praticam.
➝ Ou seja, quem incorre em tão baixo nível de pecado é digno
de morte, e igualmente aquele que, mesmo não praticando,
consente com o que pratica, ou apoia (Rm 1.32).
142
5. Fornicário
➝ A fornicação faz parte da mesma classe de pecados que o
adultério; a única diferença é que este gravame à lei de
Deus é praticado por pessoas solteiras.
6. Um agravo ao corpo de Cristo
➝ O pecado da prostituição difere completamente dos
demais. Enquanto os outros são cometidos para fora do
corpo, os pecados sexuais são contra quem os pratica.
➝ O cristão adúltero, fornicário ou homosexual usa o próprio
corpo para tal; entretanto, este corpo também é corpo de
Cristo e templo do Espírito Santo.
143
6. Um agravo ao corpo de Cristo
➝ É, pois, uma violação dos sagrados laços de fidelidade para
com Deus, que o santificou por meio de Cristo; para com
Cristo, que o santificou por seu sangue; para com o Espírito
Santo, que o santificou por intermédio da Palavra de Deus.
➝ É uma traição tanto à família como à igreja, uma vez que
também faz parte deste corpo, e uma perfídia a si mesmo.
➝ É como se fizéssemos de Cristo e da Igreja, partícipes do
mesmo pecado.
➝ Leia ainda: I Cor 6.16 e 6.19.
144
a. Pecados gravísssimos
➝ Os pecados gravíssimos são os que afrontam e ofendem
profundamente à santidade de Deus.
➝ São agravados pela vontade deliberada de pecar, a
consciência do pecado, o pleno conhecimento da verdade
e a premeditação.
➝ Além de todas estas agravantes, soma-se, ainda, a
condição de membro do corpo de Cristo.
Não sabeis vós que os vossos corpos são membros de
Cristo? Tomarei, pois, os membros de Cristo e fá-los-ei
membros de uma meretriz? Não, por certo (I Cor 6.15).
145
Responda:
1. O que é a licenciosidade? Licenciosidade é liberdade
excessiva; contrária à decência, ao pudor.
2. Por que, segundo o texto, não devemos nos associar com os
licenciosos? Porque no tornaríamos participantes do produto
que restar desta sociedade.
3. Como é tratado o avarento nas Escrituras? Como idólatra.
4. Defina o pecado da idolatria. É roubar o que é devido só a
Deus e o dedicar a outro deus qualquer.
5. O que a Bíblia aconselha quanto às nossas palavras? Ef. 4.29.
146
6. Segundo Salomão, quais problemas podem ser oriundos
do álcool? Cai em misérias humanas e espirituais.
7. Por que o verdadeiro cristão não pode ser roubador?
Porque quem toma para si o que não é seu, peca.
8. Defina o que é ser impuro? Impuro é o que comete
qualquer tipo de pecado de natureza sexual.
9. Defina adultério. É relação extraconjugal, quer com
alguém solteiro, quer com alguém também casado.
10. Qual a posição bíblica quanto ao homossexualismo? A
Bíblia condena de forma clara a homossexualidade.
147
Lição 10

Em Busca da
Santidade
Segui a paz com todos, e a
“ santificação, sem a qual
ninguém verá a Deus.
(Hb 12.14)

149
10. Em Busca da Santidade
➝ Homens e mulheres, em muitos lugares e
em muitas fases da história, sempre
buscaram o caminho da santificação.
➝ Mesmo que de forma equivocada, mas
sempre houve aquele que primou por trilhar
o caminho da santidade.
➝ A guerra entre o sagrado e o profano, entre
o puro e o impuro, entre o mundanismo e a
santificação, sempre esteve presente.
150
A. Montanismo
➝ O movimento herdou o nome de seu líder Montano, nascido
em Ardabau, na Frígia, por isso chamados, também, frígios.
➝ Apesar de algumas doutrinas errôneas, os montanistas
surgiram como uma reação contra a rigidez e a frieza da
igreja organizada. Exigiam que tudo voltasse à simplicidade
dos primitivos cristãos.
➝ A ênfase maior dos montanistas era a iminência do fim e
a insistência em uma vida de santidade.
➝ Foi o primeiro registro de um movimento dentro da Igreja
interessado por uma vida apartada para agradar a Deus.
151
B. Monasticismo
➝ Surgiu como uma resposta à união da igreja com o
Estado. Ao ascender ao trono, Constantino fez alianças com
o Cristianismo, escudado sob uma falsa conversão.
➝ Em consequência, a igreja perdeu a sua identidade, e
numerosas heresias foram introduzidas no Cristianismo.
➝ Em resposta, cristãos de diversos lugares afastaram-se
para uma vida solitária em busca da santidade.
➝ O fundador do Monasticismo foi Antão, no ano 320. A partir
desse episódio, mais tarde, surgiria os monastérios.
152
C. Martinho Lutero
➝ Este monge agostiniano, movido por Deus e por genuína
conversão, resolve dar início àquele que seria o maior de
todos os movimentos reformistas da história da igreja.
➝ Um verdadeiro refugo ao pecado e à perversidade, a qual a
igreja estava mergulhada, em uma verdadeira busca de
retomar o caminho da santificação.
➝ Suas teses afirmavam a justificação pela fé e negavam o
poder da igreja de ser a mediadora entre o homem e Deus e
de conferir perdão mediante a compra de indulgências.
➝ O justo viverá da fé (Hb 10.38), e somente por ela.
153
D. O Movimento Quaker
➝ Surge com Jorge Fox, na Inglaterra, como uma reação ao
conformismo da Igreja no século XVII. Haviam-se passado
muitos anos desde que Lutero dera início à Reforma.
➝ Foi o primeiro movimento que pregava a santidade e uma
vida de poder no Espírito Santo, libertos totalmente do
pecado.
➝ Pregavam a santidade externa e interna. Externa na forma
de vestir, de falar, etc; interna, consideravam que as obras
da carne deveriam ser arrancadas do coração, para que se
alcançasse a verdadeira santidade.
154
D. O Movimento Metodista
➝ Em 1703, na Inglaterra, nascia João Wesley, que
revolucionaria a história eclesiástica.
➝ Depois de um encontro com Deus, começou seu ministério
de mais de 40 anos, como uma das mais relevantes
manifestações do Espírito Santo, depois do Pentecostes.
➝ A Teologia Arminiana lhe serviu de base para a sua
Teologia da Santificação. Para ele, a justificação está
relacionada ao nascer de novo, ao nascer do Espírito.
➝ A santidade não é sentenciada por normas objetivas,
mas em uma relação com Jesus Cristo, o Santo de Deus.
155
Conclusão
➝ A partir do momento em que queremos a santificação, o
Espírito Santo passa a trabalhar em nossa vida.
➝ Com seu instrumento – a Palavra de Deus – ele passa a
agir em nosso temperamento, em nosso caráter e em
nossa personalidade, para levá-los à santificação.
➝ É uma ação permanente em nós, pois a santidade não se
obtém instantaneamente no momento da conversão, mas
carece de uma sequência, de se dar seguimento e de não
desvanecer.
➝ Sem esta santidade, ninguém verá a Deus (Hb 12.14).
156
PRESIDENTE: AUTORIA DOS SLIDES:
Pr. David Mattos Ademar Lindner

AUTOR DO LIVRO: PROJETO GRÁFICO:


Pr. Juvenal Baptista Daniel Luz

157

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