Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FORMULÁRIO DE ENCAMINHAMENTO
DE RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA CONCLUÍDA
Período: 2019-2020
Nome do Professor Responsável (com titulação): Professora Ms. Taís Cecília dos
Santos Lima de Clares
Modalidade de auxílio:
( ) Tipo I – Bolsa PIBIC-CNPq
(X) Tipo II – Auxílio USCS
( ) Tipo III – Individual Sem Auxílio
( ) Tipo VI – Grupo Sem Auxílio
COMPROVANTES (ANEXAR)
Inserir, abaixo, texto do Relatório Final de Pesquisa concluída, com as seguintes seções:
✓ Elementos pré textuais (capa, folha de rosto, dedicatórias e agradecimentos, lista
de abreviaturas, quadros, tabelas e figuras, resumo e palavras-chave, sumário);
✓ Introdução (Descrição do Tema, Contextualização, Problematização, Pergunta-
problema, Objetivos e Justificativas);
✓ Referencial teórico e/ou Revisão da Literatura;
✓ Métodos e procedimentos utilizados;
✓ Análise dos resultados;
✓ Considerações Finais;
✓ Dificuldades encontradas na pesquisa (se houver);
✓ Referências Bibliográficas;
✓ Apêndices e Anexos (se houver).
Formatação: espaço 1,5 entre linhas, fonte Times New Roman ou Arial, tamanho 12,
recuo de parágrafo 1,25, sem espaço entre parágrafos.
2020
ANDREI SATYRO LIRA
Autor
2020
Dedicatória: À minha amada e batalhadora mãe, que verá
os resultados de sua dedicação a mim, me vendo colher
frutos nos caminhos que sigo para alcançar o sucesso.
Agradecimentos
1. INTRODUÇÃO
1.2 Contextualização
1.3 Problematização
Já é sabido que os Juros são inerentes à sociedade, visto que esta possui uma
relação de sujeição ao sistema financeiro nacional, o qual têm por objetivo
estabelecer a diretrizes de políticas econômicas da nação, surgindo os Juros, que
têm a importante função de auxiliar na controle econômico através das taxas.
Conforme exposto anteriormente, os Juros conseguem controlar a inflação de
forma efetiva na maioria das vezes, tal controle inflacionário pode impulsionar o
consumo ou brecá-lo, onde estas duas situações ocasionam consequência distintas,
gerando emprego ou desemprego, miséria ou fartura e assim por diante...
Independentemente de tais situações, estando altos ou baixos, os juros se
mantêm presentes. Sendo utilizados desde as pessoas jurídicas de grande porte ou
até por uma pessoa física assalariada comum. Toda pessoa está submetida a este
instrumento, visto que qualquer transação financeira envolve taxas de Juros, podendo
ser para cobrança ou para ressarcimento.
Sabe-se também, que para que este instrumento seja utilizado de maneira
idônea, existe um arcabouço legislativo que regulariza a cobrança dos Juros tanto no
mútuo civil quanto no mútuo bancário.
Porém entender os detalhes da burocracia que trata do tema no âmbito
legislativo é algo um tanto quanto complexo para a maioria das pessoas. Tal
complexidade se percebe na pouca familiaridade que a população tem com o tema,
constando-se isso quando analisados os elevados índices de inadimplência na
sociedade, conforme exposto abaixo:
São Paulo, 12 de março de 2020 – Segundo dados da Serasa
Experian, o número de brasileiros inadimplentes chegou a 63,8 milhões em
janeiro/2020, aumento de 2,6% com relação ao primeiro mês de 2019. O
volume de pessoas com contas em atraso representa 40,8% da população
adulta do país. Na análise com dezembro/19, a variação foi de 0,8%. (Serasa
Experian, 2020).
1.4 Pergunta-problema
1.6 Justificativa
[
2.1 Na antiguidade
poderia haver taxas de juros mais elevadas, tendo como embasamento os riscos das
navegações.
A excomungação dos juros pela igreja deixou de ter tanta força com a um
alvará expedido pelo Príncipe Regente em 05 de maio de 1810.
De acordo com o que Hernani Estrela traz em sua doutrina, em razão de
representação da Real Junta do Comércio, Agricultura, Fábricas e Navegação, que,
seguindo a parcial liberação da Igreja, permitia a cobrança de “prêmio” pelo
empréstimo de dinheiro para o comercio marítimo, o que se justificava pelo risco que
essa atividade representava para quem emprestava, retornando às origens do direito
romano , que tolerava a cobrança livre de juros nessas operações. De fato, esse
alvará confessava que “da proibição, que até adora existia, só resultavam fraudes,
convenções simuladas, denúncias imorais e proveitosas aos mal intencionados, que
tiravam partido de sua própria torpeza e perigos aos cidadãos de honra e probidade.
(SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio, 2003, p37).
Posteriormente, na Lei de 20 de outubro de 1832, passaram a vigorar as
Ordenações Filipinas, as quais foram resultado da reforma do Código Manuelino.
Especificamente no Livro IV Título XII – “Do que quer desfazer a venda, por ser
enganado em mais da metade do justo preço”, permitia a rescisão de contratos de
compra e venda, transações ou outras avenças em que o comprador após ter
recebido a coisa e pago por ela, achar que foi enganado sendo obrigado a pagar mais
da metade do preço justo, podendo desfazer a compra por conta do referido engano.
Tal norma também se aplicava nos casos de cobrança de juros nas relações
mutuárias, onde pode-se constatar no Livro IV, Título LXVII das Ordenações Filipinas,
que proibido a prática de usura pelos portugueses e pelos brasileiros.
Após quase um século, o Código Civil de 1916, adotou o princípio da
autonomia das partes nos contratos de mútuo feneratício (contratos de empréstimo),
podendo as partes contratantes regular entre si as taxas de juros, podendo ser acima
ou abaixo do limite legal, conforme exposto abaixo:
Vale expor, que a taxa de juros legal presente neste período era de 6% ao ano,
conforme exposto no artigo abaixo:
Art. 4º. E proibido contar juros dos juros: esta proibição não
compreende a acumulação de juros vencidos aos saldos líquidos em conta
corrente de ano a ano.
(...)
Perante isto, surge a Súmula 596 do STF, que diz "as disposições do Decreto
22.626/33 não se aplicam às taxas de juros e aos outros encargos cobrados nas
operações realizadas por instituições públicas ou privadas, que integram o sistema
financeiro nacional."
22
(...)
Porém, tal artigo foi alvo de grandes discussões jurídicas e políticas, acerca da sua
aplicabilidade e eficácia. Vale ressaltar, que este dispositivo, desde que a
Constituição Federal de 1988 fora promulgada, sequer foi aplicado, conforme expõe
Dr. Adriano Benayon “Há que salientar o seguinte: esse dispositivo nunca foi aplicado,
por que desde que ele apareceu na constituição os setores concentradores
financeiros acionaram o próprio consultor geral da republica do presidente Sarney,
esse consultor, Saulo Ramos, fez um parecer normativo ou algo assim, dizendo que
o artigo não era auto aplicável, ou seja, esse artigo nunca foi aplicado, como a maioria
23
No brasil, no ano de 1993, havia uma inflação de quase 2500% ao ano, fazendo
com que os preços fossem reajustados diariamente. Esta crise foi solucionada pelo
Plano Real, o qual se tratou de uma reforma econômica, que depois de adotar o real
como moeda oficial e implementar as medidas do plano, o Brasil foi capaz de alcançar
a estabilidade econômica de forma extremamente eficaz. Como resultado, a inflação
foi controlada e o poder de compra das pessoas pode ser aumentado.
Tais circunstâncias talvez se deem pelo fato de que as pessoas estão cada
vez mais interessadas em ter uma educação financeira, para que saiam da mesmice
de pagar juros por terem feito empréstimos e passem a receber juros dos valores que
elas emprestam investindo no mercado financeiro.
A falta de conhecimento sobre os juros se mostra bastante concisa no que
tange a inadimplência e impedimento de progresso financeiro da população. Vale
ressaltar que as taxas de juros presentes nos investimentos contribuem de forma
positiva ou negativa na obtenção dos lucros, por isso é de suma importância conhecê-
las, analisando as mudanças que elas sofrem e balanceando suas vantagens dentro
de um determinado cenário.
Considerando que o conhecimento e o planejamento financeiro são a “chave
mestra” para obtenção de sucesso financeiro, deve-se estabelecer quais são as
espécies de juros e suas referidas taxas, frisando principalmente a sua aplicabilidade,
tendo em vista que nem todos sabem que existem vários tipos de juros. São eles:
Juros compostos: Quando os juros são pagos não apenas sobre o valor do
principal (valor emprestado), mas também sobre os juros obtidos nos
períodos anteriores.
Juros reais: A taxa real praticada é determinada como sendo a taxa que
incide sobre um empréstimo (ou financiamento) sem incluir a correção
monetária do montante emprestado. Em condições de inflação zero, os juros
reais e nominais são iguais.
Juros simples: Ao contrário dos compostos, neste caso são pagos apenas
sobre o valor do empréstimo ou aplicação.
29
Juros sobre capital próprio: São pagos com base no lucro retido pela
empresa nos anos anteriores. É uma das formas de remuneração que uma
companhia pode dar aos seus acionistas. (O ECONOMISTA - 2017)
Nessa perspectiva, fungíveis são os bens que podem ser substituídos por
outros do mesmo tipo, qualidade e quantidade, como o dinheiro. Diante disso, pode
antever que os juros acompanham essa relação mutuária, sendo que o artigo 591 do
Código Civil expõe:
30
por ser originária de uma lei ordinária e sua posição hierárquica estar abaixo das leis
especiais e das leis complementares. . (SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio, 2003,
p104).
Todavia, a legislação civil não pode ser aplicada nos contratos de mútuo
bancário, por fazerem parte do sistema financeiro nacional, eles devem ter regras
específicas, contidas na Lei Nº 4.595, De 31 De Dezembro De 1964, conhecida Lei
da Reforma Bancária.
Sendo assim, as disposições do Decreto 22.626/33 (Lei da Usura) não se
aplicam às instituições financeiras, competindo ao CNM, sempre que necessário
limitar as taxas de juros utilizadas por tais instituições.
Sendo assim, a jurisprudência entendeu que as instituições financeira
poderiam cobrar taxas de juros superiores aos limites impostos pela Lei da Usura,
desde que autorizadas.
Por conta de tal discussão fora editada a súmula 596 do STF, nos seguintes
termos: “As disposições do Decreto nº 22.626/33 não se aplicam às taxas de juros e
aos outros encargos cobrados nas operações realizadas por instituições públicas ou
privadas, que integram o sistema financeiro nacional”.
Cumpre assinalar que a Lei Nº 4.595/64 apenas afastou a incidência do art 1º
do Decreto 22.626/33 somente às instituições financeiras. Destarte quanto às demais
pessoas, físicas, jurídicas, permaneceram todas as disposições do referido diploma
legal e, quanto às instituições financeiras, as demais disposições, com execeção do
art. 1º. (SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio, 2003, p206).
Além das instituições financeiras permanecerem utilizando taxas de juros
superiores aos limitados pela legislação brasileira, após grande discussão que
perdurou anos, o STF autorizou a capitalização de juros em empréstimos bancários
com periodicidade inferior a um ano. Por 7 votos a 1, o Plenário entendeu que a
Medida Provisória que autorizou o cálculo de juros compostos é constitucional. Isso
quer dizer que os bancos estão autorizados a firmar contratos em que podem incidir
juros compostos em parcelas menores que anuais. (CANÁRIO, Pedro, Conjur 2015)
Esta prática tem permitido, que os bancos apresentem lucros cada vez
maiores, disputando recordes de lucro e arruinando a lógica de uma economia que
incita pelo desenvolvimento e permite que a República alcance seu objetivo: “construir
uma sociedade livre, justa e solidária,” conforme previsto no artigo 3º, I, da
Constituição Federal.
32
Art. Art. 2.º Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Onde o voto proferido pelo Ministro Ruy Rosado de Aguiar fora de encontro
com o alegado até então.
(..)
(...)
(...)
(...)
(...)
(...)
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito Civil Brasileiro. Vol. 2. 23ª ed. São Paulo:
Saraiva, 2008.
GIL, Antonio Carlos. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4°ed. São Paulo: Atlas,
2002.
LUPINACCI, Ronaldo Ausone. Limite da Taxa de Juros no Brasil. São Paulo. 1999
NETO, Nelson Zumino. O limite legal à taxa de juros. 1999. Disponível em:
<https://www.conjur.com.br/1999-nov-26/limite_legal>
REALE, Miguel, Lições Preliminares de Direito. 27ª ed. São Paulo: Saraiva, 2002.
RIBEIRO, Ana Paula. Crises globais: do crash de 1929 á Grande Recessão. 2015.
. Disponível em: <https://oglobo.globo.com/economia/crises-globais-do-crash-de-
1929-grande-recessao-16350720>. Acesso em 14 de abril de 2019.
SCAVONE JUNIOR, Luiz Antonio, Juros no Direito Brasileiro. São Paulo: Revista,
2003.