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PONTOS RELEVANTES DE ENTREGA E REDUÇÃO DE GÁS

O sistema de Gás Natural possui um conjunto de pontos de interface


designados pontos de entrega, que têm associados programações,
nomeações e atribuição de capacidades. Para além das redes de gás,
fazem também parte integrante das infraestruturas do SGN, as seguintes
instalações técnicas autónomas, constituídas por equipamentos que
permitem a redução e regulação de pressão, assim como a contagem, a
telemetriae a transmissão de variáveis de monitorização:

GRMS (Gas Reduction and Measure Station / Estações de Redução e


Medição de Gás Natural) - As Estações de Redução e Medição de Gás
Natural são infraestruturas pertencentes à Rede de Transporte de Gás
Natural (RTGN), que asseguram a interligação física entre esta e a Rede de
Distribuição de Gás Natural (RDGN), constituindo pontos de entrega nos
quais se dá a transferência da gestão do gás e das respetivas
infraestruturas. Asseguram a interface entre a rede de alta pressão e a rede
de média pressão dos ORD. Estes equipamentos efectuam a regulação,
redução e contagem do gás da alta para a média pressão.

PRM (Posto de Regulação e Medida) - Asseguram a regulação, a


redução, com ou sem contagem do gás, para destinos finais,
nomeadamente as redes secundárias ou os clientes abastecidos.

UAG (Unidades Autónomas de Gás) - são infraestruturas geridas


pelo Operador de Rede de Distribuição (ORD) e são abastecidas através de
caminhões cisternas apropriados. Constituem também pontos de interface
entre Rede de Transporte de Gás Natural (RTGN) e a Rede de Distribuição
de Gás Natural (RDGN), pontos de entrega nos quais se dá a transferência
da gestão do gás.A gestão das UAG's obedece a regras similares às
aplicadas às GRMS´s (Pontos de entrega da RTGN), havendo a
necessidade de realização de processos associados às programações,
nomeações e atribuição de capacidades, de forma a garantir a segurança e
a continuidade do abastecimento dos clientes com gás natural através da
rede de distribuição local.São instalações para o abastecimento autónomo
de redes de distribuição locais ou diretamente a clientes industriais quando
não existe infraestrutura de gás disponível e que são constituídas por
equipamentos que permitem:

• Descarga de Gás Natural Líquido (GNL)

• Armazenagem de GNL

• Gaseificação do GNL

• Redução e regulação do gás para a distribuição com dispositivos de


operação
• Monitorização automática, com transmissão remota de dados do
processo de funcionamento.

INFRAESTRUTURAS GERIDAS PELOS OPERADORES DE REDE DE


DISTRIBUIÇÃO (ORD)

Os ORDasseguram a distribuição de Gás Natural nas malhas urbanas e


industriais das respectivas áreas de concessão. Efectuam a construção,
gestão e manutenção das seguintes infraestruturas:

Rede Primária (Gasoduto de 2º Escalão) -Trata-se de um conjunto de


redes, construídas geralmente em aço, que genericamente garantem o
transporte de gás desde o gasoduto principal até às periferias das grandes
cidades e zonas industriais. Em certos casos, abastecem também
diretamente grandes clientes. O regime de pressão de funcionamento
máximo pode variar por exemplo entre 16 e 20 bar.

Posto de Regulação e Medida (PRM) -É um conjunto de


equipamentos que possibilitam o controlo dos regimes de pressão entre as
redes primárias e as redes secundárias e asseguram a monitorização do
sistema de distribuição de gás.

Rede Secundária (Distribuição) -É construída normalmente num


material termoplástico (polietileno), é instalada nos arruamentos e passeios
das zonas urbanas ou industriais para garantir a distribuição de gás natural.
O regime de pressão de funcionamento pode variar por exemplo entre 0.5 e
4 bar. Em determinadas zonas da malha urbana regional, o abastecimento
de gás é feito a pressões inferiores, na ordem dos 22 mbar, por exemplo.
Neste caso, a pressão de distribuição é igual à pressão de utilização do
gás.

Ramal de Ligação (Domiciliário ou Industrial) -É um troço de rede


dedicado (também executado num material termoplástico / polietileno) que
faz a ligação desde a rede de distribuição instalada na via pública até à
válvula de corte geral do Cliente.

Unidades Autónomas de Gás (UAG) - Tal como já referido, são


sistemas de armazenamento (depósitos) que permitem abastecer redes de
distribuição ou grandes clientes (dedicados). São instaladas em zonas (do
país ou região) onde não existe rede de transporte de gás natural. O
abastecimento das UAG é efectuado por via rodoviária (camiões-cisterna
apropriados).

A gestão destas infraestruturas pelos ORDs garante que o gás esteje


disponibilizado ao cliente dentro dos pressupostos definidos pela entidade
reguladora e que é assegurado um serviço de emergência.

II.5.1 INSPEÇÕES ÀS INSTALAÇÕES DE GÁS

As inspecções consistem na verificação das condições de toda a


instalação de gás (coluna, ramificações, contador, válvulas, tubagem,
redutores, tubos flexíveis e sistema de exaustão de fumos), assim como das
condições de funcionamento dos aparelhos a gás e medição de Monóxido
de Carbono (fogões, esquentadores, caldeiras, etc.), sem que decorram
quaisquer estragos nos edifícios, havendo apenas uma breve interrupção no
fornecimento do gás.

O corte de gás é efetuado da seguinte forma:

• Coluna Montante - Corte geral ao edifício durante sensivelmente uma


hora.

• Fogo - Corte individual durante sensivelmente 30 minutos

• Como resultado das inspeções podem surgir dois tipos de


anomalias:

• Os defeitos não críticos, que não obrigam a um corte do fornecimento


de gás e deverão ser reparados num período inferior a 90 dias.

• Os defeitos críticos, que obrigam a um corte do fornecimento de gás e a


uma reparação imediata.

Caso exista alguma anomalia que obrigue a uma reparação, estas


deverão ser efetuadas por empresas credenciadas pela Direcção Geral da
Energia.

O cliente deve ainda ter em conta que há um conjunto de


inspeções previstas na legislação, competindo aos
proprietários/utentes a responsabilidade de as promover nas seguintes
situações:

1 - Inspeção Inicial

Inspeção realizada às instalações de gás no final da sua construção e antes


de serem abastecidas com gás natural.
2 - Inspeção extraordinária

Inspeção realizada sempre que ocorre uma das seguintes situações:

• Alterações no traçado, na secção ou na natureza da tubagem, nas partes


comuns ou no interior dos fogos;

• Fuga de gás combustível;

• Novo contrato de fornecimento de gás combustível (excepto mudança de


comercializador);

• Instalações que tenham sido convertidas para a utilização do gás natural;

3 - Inspeções periódicas

As inspeções periódicas verificam a condição na qual as redes foram


instaladas, o material que foi utilizado, o tempo da instalação e a última
manutenção. Em função do tipo de utilização, as instalações de gás em
serviço têm de ser inspecionadas periódica, por exemplo:

• 2 anos - para as instalações de gás afetas à indústria turística e de


restauração, a escolas, a hospitais e outros serviços de saúde, a quartéis
e a quaisquer estabelecimentos públicos ou particulares com capacidade
superior a 250 pessoas;

• 3 anos - para instalações industriais com consumos anuais superiores a


50.000 m3 de gás natural, ou equivalente noutro gás combustível;

• 5 anos - para instalações de gás executadas há mais de 20 anos e que


não tenham sido objecto de remodelação;

4- Outras Inspecções necessárias

Deve ser realizada uma inspecção à instalação de gás, sempre que ocorra
uma das seguintes situações:

a) alteração no traçado, na secção ou na natureza da tubagem, nas partes


comuns ou no interior dos fogos; b) fuga de gás combustível;

c) novo contrato de fornecimento de gás combustível.

OBS:Decorrente da realização das inspeções, em caso de aprovação, o


Relatório de Inspecção será entregue ao cliente no final da inspecção. Caso
não sejam identificadas não conformidades, será emitido o Certificado de

Inspecção a entidade inspetora emitirá um certificado de inspeção,


conforme previsto na legislação aplicável.Este documento, a receber pelo
Cliente, será uma garantia de que a sua instalação está em
conformidade.As Entidades Inspetoras são organismos acreditados pelos
orgãos compotente da região para fazer inspeções a instalações de gás. As
inspeções das instalações de gás têm de ser realizadas por entidades
inspetoras, mediante solicitação dos proprietários ou utentes.

 A Importância das Inspecções

Aparelhos mal afinados, fugas de gás e concentrações elevadas de


monóxido de carbono são alguns dos problemas detectados numa
inspecção. Estas situações nem sempre são facilmente detectáveis pelas
pessoas que habitam as suas casas.

Uma tubagem envelhecida com fissuras ou um esquentador/caldeira com


evacuação de gases deficiente, podem facilmente originar perigo de
explosão. A combustão de gás produz sempre monóxido de carbono (CO)
que, inalado em quantidades excessivas, pode provocar vómitos, vertigens,
intensas dores de cabeça e, no pior dos casos, a morte.

As inspecções não são mais que uma garantia de segurança e salvaguarda


de pessoas e bens de toda a comunidade.

 Mapa de Periocidade

Devem realizar-se inspecções extraordinárias a instalações de gás sempre


que:

• Sejam feitas alterações na instalação de gás;

• Existam fugas de gás;

• Seja feito novo contrato de fornecimento de gás;

• Exista conversão do gás butano ou propano para gás natural.

Devem realizar-se Inspecções Periódicas de: (nº 2, Art. 3º, Anexo II da


Portaria 362/2000, de 20 de Junho):

• Dois em dois anos - para as instalações afectas à industria turística e de


restauração, a escolas, a hospitais e outros serviços de saúde, a quartéis
e a quaisquer estabelecimentos públicos ou particulares com capacidade
superior a 250 pessoas.

• Três em três anos - para instalações industriais com consumos superiores


a 50.000m3 de gás natural, ou equivalente noutro gás combustível.

• Cinco em cinco anos - para instalações de gás efectuadas há mais de 20


anos e que não tenham sido objecto de remodelação.
 Papel das Entidade Inspectora

Realizar os ensaios previstos na lei com o objectivo de certificar que toda a


instalação se encontra em conformidade.

Na existência de não conformidades, a entidade informa o Cliente das


reparações a realizar e indica os períodos máximos para as reparações das
mesmas.

Após as reparações, os clientes informam a Entidade da sua conclusão para


se efectuar uma reinspecção de modo a confirmar a inexistência de não
conformidades.

A Entidade inspectora não pode, em situação alguma, actuar como entidade


distribuidora, reparadora ou instaladora.

 Papel das Entidades Distribuidoras / Reparadoras / Instaladoras


As entidades, distribuidora, reparadora ou instaladora, executam as
reparações necessárias, devendo também estar credenciadas pela Direcção
Geral da Energia.Estas entidades não podem, em situação alguma, actuar
como entidade inspectora de redes, ramais e instalações de gás.

3. ENSAIO ÀS INSTALAÇÕES DE GÁS

• Ensaio Visual

É uma das mais antigas atividades nos setores industriais, e o primeiro END
aplicado a qualquer tipo de peça ou componente, estando associado a
outros ensaios de materiais.

• Líquido Penetrante

END que usa líquidos penetrantes em peças para identificar


descontinuidades abertas à superfície de materiais sólidos e não porosos e,
depois de tratamento apropriado, indica a presença de descontinuidades.

• Partículas Magnéticas

O método é baseado no princípio de que as linhas do campo magnético,


quando presentes em um material magnético, serão distorcidos por uma
mudança na continuidade de material, tais como a presença de uma
descontinuidade.

 Medição de Espessura por Ultrassom


O ensaio de medição de espessura por ultrassom se caracteriza como um
método não destrutivo que tem por objetivo a detecção da perda de
espessura decorrente de um processo corrosivo ou abrasivo nos mais
variados tipos e formas de materiais ferrosos e não ferrosos.

 Ultrassom Convencional

O som é a propagação de energia mecânica (vibrações) através de meios


elásticos (sólidos, líquidos e gases), com transporte de energia, mas não de
massa. A facilidade com a qual o som se propaga, depende, sobretudo, da
natureza detalhada do material (densidade, elasticidade e o grau de
homogeneidade) e da frequência do som. Em frequências ultrassônicas
(acima de 20.000Hz) o som se propaga bem através da maioria dos sólidos
elásticos e líquidos, em particular aqueles com baixa viscosidade.

 Controle Dimensional

A fabricação de equipamentos cada vez mais complexos, com inúmeros


componentes, exige que as medições sejam também cada vez mais
precisas. Portanto, o controle dimensional aplicado ao objeto de projeto, ao
longo de suas etapas de fabricação, é um processo fundamental para
garantir a fidelidade das medidas e dimensões dos equipamentos, bem
como dos materiais, seus componentes e suas devidas localizações.

• Teste por Pontos

Este método é considerado em ensaio não destrutivo desenvolvido para


classificar (ou diferenciação) dos materiais através de análise de suas
propriedades magnéticas e da reação apresentada ao ataque de
determinadas soluções químicas. Para o teste são empregados padrões
metálicos de material conhecido para efetuar a comparação.

By: Mano Rechie€

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