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CAPÍTULO 1 AO 3
CAPRICÓRNIO
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SUMÁRIO

1. HISTÓRICO 4
ORIGEM DA ASTROLOGIA 4
A ASTROLOGIA NA MESOPOTÂMIA 5
A ASTROLOGIA NO EGITO 6
A ASTROLOGIA NA GRÉCIA 8

A ASTROLOGIA NA IDADE MÉDIA 9


A Astrologia no Oriente 9
A Astrologia no Ocidente 9

A ASTROLOGIA NA IDADE MODERNA 10


A ASTROLOGIA NA IDADE CONTEMPORÂNEA 12

2. APLICAÇÕES DA ASTROLOGIA 14
RAMOS DA ASTROLOGIA 14

3. ZODÍACO E O MAPA ASTROLÓGICO 17


O ZODÍACO 17
SIGNOS E CONSTELAÇÕES 18
SISTEMA HELIOCÊNTRICO E SISTEMA GEOCÊNTRICO 19

SISTEMA SOLAR 19
Movimento Direto, Estacionário e Movimento Retrógrado 19

MAPA ASTROLÓGICO 20

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1. HISTÓRICO

ORIGEM DA
ASTROLOGIA

A Astrologia é a primeira ciência conhecida pelo homem e surgiu da ob-


servação do posicionamento dos astros e sua comparação com fenômenos
naturais e com alguns acontecimentos. Tempos depois, com o desenvolvi-
mento da matemática, foi possível calcular antecipadamente a posição dos
Astros, o que levou o homem a prever os seus prováveis efeitos dando ori-
gem às previsões astrológicas.

A palavra Astrologia deriva de duas palavras gregas “Astra”, que significa astro
ou estrela e “Logos” que significa razão, estudo, palavra e luz. Ela é a ciência
que define a influência dos astros sobre os seres animados ou inanimados.

Tradicionalmente, afirma-se que a Astrologia surgiu na Mesopotâmia, por


volta de 5.000 a 3.500 anos. Mas, há registros arqueológicos que mostram
algum conhecimento astrológico em data bem anterior, como é o caso das
escrituras encontradas às margens do Rio Susfana, próximo das Montanhas
Atlas (África), que foram datadas em 10.000 a.C.

As civilizações antigas utilizavam a Astrologia de maneira coletiva e as previ-


sões eram voltadas para o destino da comunidade, como o aparecimento de
pestes; o apogeu e queda dos governantes; as cheias do Nilo, do qual dependia
a civilização egípcia, etc.

A Astrologia está interligada a várias ciências, como matemática, astronomia,


medicina e outras. Seu desenvolvimento dependia do desenvolvimento das ou-
tras e vice-versa, havendo, assim, um estímulo recíproco entre as ciências o que
gerou um crescimento cultural e científico, sem igual em toda a história da
humanidade, ocorrido logo no início das civilizações.

4
A ASTROLOGIA
NA MESOPOTÂMIA

Conhecida como “berço da civilização”, a Mesopotâmia é a região localizada


entre os Rios Tigre e Eufrates. Sua história é marcada por inúmeras invasões e
lutas entre os povos que se estabeleceram nessa região.

Destacam-se quatro períodos históricos, que se relacionam ao domínio da Me-


sopotâmia: o sumério (3.500 a 2.000 a.C.), o babilônico (1.800 a 1.600 a.C.),
o assírio (1.350 a 612 a.C.) e o caldeu (612 a 539 a.C.).

Todos os povos mesopotâmicos dedicaram-se à Astrologia, mas ela possuía um


cunho religioso. Os astros se relacionavam com divindades e os acontecimentos
relacionados a eles eram considerados como a vontade dos deuses.

A Astrologia antiga era impessoal e voltada para as previsões coletivas, o levan-


tamento de horóscopos individuais era condenado e considerado indigno. Os
registros de mapas individuais que se tem conhecimento são mapas dos gover-
nantes, pois deles dependia o destino da sua comunidade.

Após a queda da civilização Caldeia a Mesopotâmia nunca mais conseguiu au-


tonomia política e os conhecimentos astrológicos foram difundidos e desenvol-
vidos por outros povos.

O L EG ADO produção das primeiras • Divisão do céu em três


AST R O LÓ G I CO DAS efemérides. faixas, sendo que a
faixa mediana recebeu
CIVI L I Z AÇÕ ES
• Divisão dos Signos o nome de Caminho
MES O P OTÂMI CAS:
em 30 graus e as de Anu (Eclíptica) que
primeiras definições corresponde ao caminho
• Organização de calen- das características aparente do Sol ao redor
dário lunar; divisão da psicológicas dos da Terra.
semana em 7 dias e do Signos.
dia em 24 horas. • Divisão do Zodíaco em
• Determinação das re- decanatos.
• Desenvolvimento dos gências planetárias dos
sistemas numéricos Signos, que posterior- • Início do estudo das par-
decimal e sexagesi- mente seria revista por tes denominadas poste-
mal, o que permitiu a Ptolomeu. riormente de arábicas.

5
A ASTROLOGIA
NO EGITO

Em paralelo com a civilização mesopotâmica temos a civilização egípcia, mas


devido ao seu posicionamento geográfico favorecido, não conheceu tanta ins-
tabilidade política.

No Antigo Egito o comércio exterior era muito desenvolvido, o que propor-


cionou o contato com culturas diferentes, agregando conhecimentos àquela
cultura, inclusive a Astrologia. Como a sobrevivência nessa região dependia
do Rio Nilo, a Astrologia é largamente utilizada para a elaboração de um
calendário que marcava as cheias. Contudo, também era aplicada à vida coti-
diana e isso fica claro com a criação de um outro calendário que marcava dias
favoráveis e desfavoráveis.

A maior contribuição egípcia para Astrologia é fornecida por Hermes Trisme-


gisto, considerado “Pai da Astrologia”.

Alguns historiadores dizem que Hermes Trismegisto é uma figura mítica e que
os trabalhos a ele atribuídos foram elaborados por vários estudiosos da escola
Alexandrina. Outros, afirmam que ele foi Rei, legislador, sacerdote, astrônomo,
astrólogo, formalizador da medicina hermética e introdutor da música e da arit-
mética no Egito e por isso designado “o três vezes grande” (Trismegisto).

A discussão sobre a existência ou não de Hermes, não é relevante para a Astro-


logia. O que importa são os Princípios Herméticos que nos fornecem a base
da técnica de interpretação das cartas astrológicas. São eles:

6
1. PRINCÍPIO DE MENTALISMO
“O todo é mente; o universo é mental”.

2. PRINCÍPIO DA CORRESPONDÊNCIA
“O que está em cima é como o que está embaixo e o que está embaixo é como
o que está em cima”.

3. PRINCÍPIO DE VIBRAÇÃO
“Nada está parado; tudo se move; tudo vibra”.

4. PRINCÍPIO DE POLARIDADE
“Tudo é duplo; tudo tem dois polos; tudo tem seu oposto igual mas diferen-
te em grau; os extremos se tocam; todas as verdades são meia verdades; todos
os paradoxos podem ser reconciliados”.

5. PRINCÍPIO DE RITMO
“Tudo tem seu fluxo e o seu refluxo; tudo tem suas marés; tudo sobe e desce;
tudo se manifesta por oscilações compensadas; a medida do movimento à direi-
ta é a medida do movimento à esquerda; o ritmo é a compensação”.

6. PRINCÍPIO DE CAUSA E EFEITO


“Toda a causa tem efeito; todo efeito tem causa; tudo acontece de acordo com
a lei; o acaso é simplesmente um nome dado a uma lei não reconhecida; há
muitos planos de causalidade, porém, nada escapa à lei”.

7. P R I N C Í P I O D E G Ê N E R O
“O gênero está em tudo; tudo tem seu princípio masculino e seu princípio
feminino; o gênero se manifesta em todos os planos”.

7
A ASTROLOGIA
NA GRÉCIA

A introdução da Astrologia na Grécia é atribuída a Pitágoras, por volta do


século VI a.C. Os textos mesopotâmicos foram traduzidos e limitados à parte
prática da Astrologia, uma vez que o pensamento grego não se adaptava à
cultura mesopotâmica.

Na Grécia a Astrologia é aperfeiçoada pela filosofia e religião. Através da filo-


sofia reafirma-se os princípios herméticos para interpretação de horóscopos e
pela religião temos a adaptação das regências dos Signos às personalidades de
seus deuses, cuja a única distinção com os homens comuns era a imortalidade.
Também é de origem grega a prática do levantamento de horóscopos indivi-
duais, que se relaciona com a cultura democrática desse povo.

No helenismo, período que corresponde os séculos IV a II a.C., a Astrologia


alcança pleno desenvolvimento com os estudos de Ptolomeu.

Várias obras desse autor são voltadas à Astrologia e as principais são: “Tetrabi-
blos”, “Almagesto”, “Harmônicos” e “Centilóquio”.

Nessas obras, Ptolomeu conclui o estudo das regências dos Signos e dos
Astros, que utilizamos até hoje; quantifica a intensidade dos Aspectos
astrológicos, demonstrando que uns são mais potentes que outros, bem
como quantifica a intensidade da energia dos Astros conforme seu posi-
cionamento no Zodíaco; destaca o Signo Ascendente e seu regente como
indicadores da constituição física; estuda mais profundamente as Revolu-
ções Solares, o tempo de duração dos efeitos dos eclipses, os aspectos entre
as estrelas fixas e demais Astros; relação dos Signos e Astros com plantas,
minerais; regência dos Signos e Astros sobre partes e órgãos do corpo hu-
mano entre outros temas.

As obras de Ptolomeu são fundamentos para todos os estudos astrológicos posteriores.

8
A ASTROLOGIA
NA IDADE MÉDIA

Na Idade Média a cultura está dividida entre o mundo ocidental e o mun-


do oriental.

A ASTROLOGIA NO ORIENTE
No Oriente a Astrologia floresce entre os árabes. Eles traduzem obras egípcias, me-
sopotâmicas, e gregas, dando surgimento a um grande número de astrólogos árabes.

Na realidade, os árabes são mais tradutores e comentadores que inovadores da


Astrologia, mas deixam suas contribuições, como as partes arábicas, e uma infi-
nidade de estudos sobre mapas individuais, relações entre Signos e Astros com
diversos ofícios, enfermidades, deformidades físicas, sobre o Hileg, sobre a dou-
trina dos dias críticos lunares, as qualidades dos quatro humores (elementos) e
triplicidade, sobre Astrologia mundial, e muitos outros.

Apesar das obras árabes, sem dúvida, serem muito importantes, a maior contri-
buição desse povo foi a conservação e posterior transmissão desses conhecimentos.

A ASTROLOGIA NO OCIDENTE
No ocidente, com o advento do cristianismo a Astrologia é combatida e con-
siderada perigosa à doutrina cristã, por isso as obras astrológicas ficam redu-
zidas. Mesmo proibida, durante a Alta Idade Média e a Idade Média Central
(séculos V a XIII), muitos ocidentais se dedicaram ou utilizavam a Astrologia,
inclusive alguns membros clero.

Inicialmente, os astrólogos tentaram estabelecer uma conexão entre a Astrologia


e os textos bíblicos, para que esta ciência não fosse perdida. Entretanto, esse
subterfúgio não teve êxito e a Astrologia passou a ser estudada de forma velada.

Somente com a queda do poder da Igreja Católica, no final da Idade Média, é


que há uma redescoberta da Antiguidade e uma retomada da Astrologia.

9
A ASTROLOGIA NA
IDADE MODERNA

A partir do Renascimento (séc. XVI), a Astrologia retorna à popularidade e


muitos reis, nobres e membros do clero consultam seus astrólogos particula-
res, de forma aberta, e as obras astrológicas voltam a ser escritas.

Com a imprensa (séc. XV) vários textos produzidos na Idade Média são salvos
do desconhecimento (e quem sabe da perda). A maioria dos trabalhos escritos
depois de 1.400, passam a ser impressos e divulgados.

Nesse período há um grande desenvolvimento em todos os campos da ciência


e vemos o interesse de grandes pensadores e cientistas pela Astrologia. A se-
guir citaremos alguns deles e suas principais obras.

REGIOMONTANUS (1436-1476) estudou o grego para poder analisar os


textos de Ptolomeu, pois no seu tempo só haviam as traduções árabes. Tra-
duziu o “Almagesto”, publicou Efemérides corrigidas e no seu “Tratado de
Astrologia” criou um novo sistema de cálculo de casas zodiacais, que refor-
mou o sistema Campanus (casa iguais).

ABRAHAM ZACUTO (1452-1515) professor da Universidade de Sala-


manca, escreveu o “Tratado das Influências do Céu”, que aborda a Astro-
logia médica.

NICHOLAS COPÉRNICO (1473-1543) astrônomo que comprovou que o


Sol era o centro do nosso sistema planetário, também dedicou-se à Astro-
logia e à Medicina, embora omitam esses dados em sua biografia.

GUARICUS (1476-1558) astrônomo, professor de matemática e um dos


astrólogos mais respeitados da sua época. Infelizmente suas obras perma-
necem em latim, mas foram estudadas por muitos. Publicou, entre outras
obras, um tratado de Astrologia e um resumo de Astrologia médica; nos
seus estudos expõe numerosas cartas natais com os acontecimentos ocor-
ridos aos nativos. Também escreveu sobre Astrologia Mundial.

PARACELSUS (1493-1541) dedicou-se à medicina e outras ciências


ocultas como magia, alquimia e misticismo. Com relação à Astrologia
escreveu “Opus Paramirum”, “Magna Astronomia” e “Liber Paragranum”
e “Prognosticaciones”.

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NOSTRADAMUS (1503-1556) médico cuja obra é famosa mundial-
mente “Profecias” demonstra grande conhecimento astrológico, embo-
ra digam que ele utilizava a Astrologia apenas para apoiar os aconteci-
mentos que percebia através da vidência. Era médico e conselheiro de
Catarina de Médicis.

KEPLER (1571-1630) astrônomo e astrólogo, fazia horóscopos para o


Imperador da Germânia Rudolph II (rei da Hungria e da Boêmia). Edi-
tou Efemérides segundo suas observações astronômicas e escreveu várias
obras astrológicas, destacando-se “Harmonices Mundi”, no qual trata,
entre outros temas, das configurações harmônicas e da intensidade dos
Aspectos Astrológicos.

A Astrologia na Renascença era matéria de algumas Universidades como


a da Áustria, contudo haviam muitos críticos a ela e é neste período que
ela passa a ser desconsiderada como ciência. Por isso, muitas biografias de
cientistas famosos ocultam o estudo da Astrologia.

No período intermediário entre a Renascença e a Idade Moderna destaca-


mos duas figuras ligadas à Astrologia: Morin de Villefranche e Isaac Newton.

MORIN (1583-1656), astrólogo e médico, foi astrólogo da corte de Luís


XIII, sendo consultado pela alta nobreza e outras personalidades, entre
elas o Cardeal Richelieu. É considerado um dos fundadores da Astrologia
Moderna, expondo, pela primeira vez, os fundamentos astrológicos de ma-
neira sistemática. Seu principal trabalho é “Astrologia Gallica”, com 26 vo-
lumes, tratando-se de um estudo completo de Astrologia. Escreveu outras
obras, entre elas, “Remarques Astrologiques”- comentários aos aforismos
do “Centilóquio” de Ptolomeu. O ponto de destaque de seu trabalho está
na sistematização das técnicas de interpretação e previsão das cartas natais.

NEWTON (1642-1727) físico notável, segundo dizem estudou matemática


com a finalidade de comprovar a astrologia judiciária. No final de sua vida
dedicou-se, exclusivamente, à Astrologia e outros estudos esotéricos, ten-
do estudos sobre as profecias de Daniel e sobre o Apocalipse de São João
(1733); muitos desses trabalhos não foram publicados pelo medo de ser
ridicularizado.

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A ASTROLOGIA NA
IDADE CONTEMPORÂNEA

A Idade Contemporânea marca um novo ciclo astrológico. Urano, Netuno


e Plutão são descobertos, trazendo um novo campo de investigação para a
Astrologia. Esses planetas, chamados de trans-saturninos, segundo se ob-
servou relacionam-se com acontecimentos coletivos, geracionais, entretan-
to, atuam em nível individual com uma intensidade muito marcante.

O conceito de ciência, elaborado pelo positivismo (séc. XVIII), não engloba


a Astrologia e por isso, inventam-se várias denominações para esta ciência
como, Astrobiologia e Astropsicologia, por exemplo, a fim de que ela voltasse
a ser aceita no meio científico. Neste século, a maioria dos escritores de obras
astrológicas utiliza pseudônimos para ocultarem suas verdadeiras identidades
a fim de não serem ridicularizados. Atualmente, inventam-se novas denomi-
nações para Astrologia não só para disfarçá-la, mas também para que ela te-
nha uma aparência de “coisa nova”, apesar dos seus aproximados 5.000 anos.

No século XIX, os autores voltam a assinar suas obras demonstrando con-


fiança na Astrologia. Porém, de modo genérico, muitos trabalhos sobre As-
trologia do século XIX não tem o rigor científico e limitam-se a reproduzir
textos antigos.

Amenizado o rigor do positivismo, no século XX, há o ressurgimento da


Astrologia como ciência, embora aquela continue à margem desta.

Os autores que mais se destacaram neste período histórico, são:

RAPHAEL, que passou a publicar anualmente o “Almanaque” (1824) que


originou as atuais efemérides Raphaellis e “Guide to Astrology” (1828) e
outras obras sobre eclipses, Astrologia Mundana e Horária.

ALAN LEO, produziu inúmeras obras que são publicadas até hoje, além de
ser o fundador da “Revista do Astrólogo” em 1880.

SEPHARIAL, representa a Astrologia clássica do tipo esotérico, seguindo


a linha tradicional no “Manual de Astrologia” (1898).

MAX HEINDEL, fundador da fraternidade Rosacruz e da escola teosó-


fica dedicou-se à Astrologia e matérias afins. Em “El Mensaje de las Es-

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trellas”, incorpora os novos planetas descobertos; em “Astro Diagnosis”
trata da Astrologia Médica. Além de outros títulos como “Astrologia
Científica Simplificada”.

HENRI J. GOUCHON, que teve seus trabalhos publicados a partir de


1929, é direcionado à Astrologia Judiciária, Esotérica e a atualização des-
ta ciência, das suas obras destaca-se o “Diccionario Astrologico” publi-
cado em 1987.

ALEXANDRE VOLGUINE, está ligado à vertente esotérica da Astrologia.


Possui várias obras destacando-se um excelente estudo sobre revoluções
solares, na obra “A Técnica das Revoluções Solares” (1937).

ANDRE BARBAULT, autor de numerosas obras como “Defensa e Ilus-


tracíon de la Astrología” (1951) e “Tratado Prático de Astrologia”. Em suas
obras demonstra ser um partidário dos efeitos da concentração planetária
como determinantes de acontecimentos mundiais e individuais.

NICHOLAS SEMENTOVSKY-KURILO, de origem russa, tem uma das


obras mais completas a respeito da Astrologia Judiciária: “El Hombre y
su Estrella” (1951), que incorpora os transaturninos, suas influências e
suas combinações.

NICOLAS DEVORE, possui uma obra bastante completa, “Enciclopedia


Astrologica”, na qual atualiza os termos, sistemas e teorias da Astrologia.

CHARLES E. O. CARTER, cuja obra, em sua maioria é de caráter tradi-


cional, como “Os Aspectos Astrológicos”, “Enciclopédia Astrológica Psico-
lógica” e outras. É tido como fundador da Astrologia Psicológica.

MICHEL GAUQUELIN, que dedicou-se à estatística, é o último dos autores a


apoiar-se sobre uma firme base matemática aplicada à Astrologia. Suas princi-
pais obras são: “A Cosmopsicologia”, “Les hommes et les Astres”, “L’heure de la
Naissance”, “The Cosmic Clocks”.

CARL GUSTAV JUNG, cujas investigações astrológicas são de caráter psi-


cológico, em nível dos arquétipos e símbolos, sob o ponto de vista freudiano.

Nos seus estudos sobre sincronicidade ele relata aquilo que nós astrólogos
entendemos do princípio hermético de correspondência. Sincronicidade
nada mais é, para os astrólogos, que a sucessão de efeitos simultâneos ou
sucessivos relacionados às angulações astrais.

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2. APLICAÇÕES
DA ASTROLOGIA

RAMOS DA ASTROLOGIA

ASTROLOGIA MÉDICA – voltada para diagnósticos e prevenção de doen-


ças, que podem ser conhecidas através do horóscopo, serve como orientação
aos médicos.

Ela possibilita o conhecimento das partes do corpo mais expostas ao ataque de


doenças e as mais resistentes. Com as técnicas de previsões, podemos situar no
tempo os estados mórbidos e buscar o tratamento preventivo, com um pro-
fissional; também podemos estabelecer datas mais favoráveis para cirurgias,
visando um rápido restabelecimento.

ASTROLOGIA METEOROLÓGICA – é a utilização da Astrologia para se


prognosticar o clima e outros fenômenos naturais, tais como inundações, tre-
mores de terras, secas etc.

ASTROLOGIA AGRÍCOLA – é o ramo da Astrologia voltado para a pro-


dução agropecuária, possibilita o melhor aproveitamento da terra através da
definição do que se plantar e quando se plantar, bem como o melhor mo-
mento para promover a procriação de animais, entre outras coisas. Foi muito
utilizada na Antiguidade.

ASTROLOGIA HORÁRIA – consiste no levantamento de um mapa astro-


lógico para o momento em que se formula uma pergunta. A interpretação das
condições dos regentes da questão responderá a pergunta.

ASTROLOGIA ELETIVA – é a escolha do momento certo para se dar início


a alguma coisa, como a abertura de uma empresa, a publicação de um livro, o
lançamento de uma campanha publicitária, dar entrada em um processo etc.

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ASTROLOGIA JUDICIÁRIA OU MUNDIAL – é o estudo dos principais
acontecimentos sociais. É a Astrologia das nações, de sua economia e seus
ciclos políticos.

ASTROLOGIA EMPRESARIAL – é o ramo voltado para a atividade em-


presarial, abrangendo a chamada Astrologia Financeira. A Astrologia Empre-
sarial inclui a escolha do momento para a abertura de um negócio, a análise
da atuação no mercado, escolha do momento para lançamento de produtos,
para se dar início a campanhas publicitárias, para se fazer investimentos, etc.

Divide-se em duas grandes áreas: negócios e recursos humanos.

A área de negócios compreende a identificação da situação geral da empresa,


tanto em nível interno, apontando as forças e as fraquezas da administração,
como em nível externo, relacionado com o mercado.

A área de recursos humanos possibilita uma melhor seleção de pessoal, analisa


o potencial e características dos funcionários, integra equipes de trabalho de
forma adequada e atua no planejamento de carreiras.

ASTROLOGIA POLÍTICA – esta área, correlacionada com a Astrologia Em-


presarial e Judiciária, analisa os potenciais e características do candidato realçando
aquela que tem maior aceitação pública e auxilia a campanha política definindo
a forma que ela terá e quais os assuntos que devem ser abordados pelo candidato.

ASTROLOGIA ESOTÉRICA – estuda o tema natal sob o ponto de vista da


unidade, partindo do princípio que a vida emana de uma fonte única, central

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e primeira. Trata das causas abstratas do mundo numênico, ou espiritual, que


influenciam acontecimentos no mundo exterior ou material.

Ela se ocupa da natureza humana explicando as realidades e os princípios bá-


sicos que regem a humanidade. Busca, através do posicionamento dos Astros,
ensinar a Imanência de Deus e descobrir as aplicações da Natureza ou leis
divinas no destino do homem.

Pode-se dizer que a Astrologia Esotérica é a união da Astrologia


com as idéias de carma, e reencarnação.

ASTROLOGIA CÁRMICA – é uma parte da Astrologia Esotérica mais di-


recionada ao estudo da “bagagem” que trazemos de vidas passadas e de como
ela influencia nossa vida atual. Funda-se na idéias de que o conhecimento do
passado remoto pode libertar o indivíduo de um círculo cármico e fazer com
ele não cultive expectativas irreais com relação ao futuro.

ASTROLOGIA NATAL OU GENÉTICA – é o estudo voltado para o in-


divíduo, a partir de seu Mapa Natal, através do qual identificamos suas carac-
terísticas morfológicas e psicológicas.

Além do Mapa Natal a Astrologia Genética trabalha com outros gráficos que
possibilitam a previsão de acontecimentos futuros, como é o caso das Pro-
gressões e Trânsitos e das Revoluções Solares.

ASTROLOGIA PSICOLÓGICA – parte da Astrologia Natal ou Genética é


o ramo mais divulgado atualmente. A partir da introdução da psicologia na
Astrologia as interpretações dos mapas astrológicos voltaram-se para a busca
do sentimento de satisfação e prazer individual.

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3. ZODÍACO E O
MAPA ASTROLÓGICO

O ZODÍACO

O Zodíaco é um cinturão imaginário que circunda o sistema solar, formado pe-


las constelações. Para a Astrologia esse cinturão é dividido em 12 partes iguais,
cada uma com 30 graus, contados a partir do Ponto Vernal e que equivalem aos
12 Signos. A faixa central do Zodíaco é denominada de Eclíptica, Via Solis ou
Caminho do Sol, que é o caminho aparente do Sol ao redor da Terra.

Um dos pontos de encontro do Equador Celeste (projeção do Equador Ter-


restre no espaço) com a Eclíptica marca a entrada da primavera no Hemisfério
Norte (Equinócio de Primavera). Esse é o ponto inicial do Zodíaco, onde
encontramos o Signo de Áries: este é o Ponto Vernal, a que nos referimos an-
teriormente. A cada 30 graus temos o início de um outro signo.

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SIGNOS E
CONSTELAÇÕES

A primeira noção que devemos ter é que a Astrologia não lida com Conste-
lações e sim com Signos.

Constelações são regiões da Esfera Celeste, estabelecidas pelos astrônomos,


e Signos são divisões de 30 graus da mesma Esfera Celeste, estabelecidas
pelos antigos astrólogos. Os Signos receberam o nome da constelação mais
próxima e isso é um dos pontos de discussão entre astrônomos e astrólogos
desinformados, pois um astro pode estar no Signo de Gêmeos e não estar na
constelação de Gêmeos, por exemplo.

SISTEMA HELIOCÊNTRICO
E SISTEMA GEOCÊNTRICO

Um dos pontos de ataque dos astrônomos à Astrologia é que ela utiliza o sis-
tema geocêntrico. Os astrólogos não ignoram que o Sol é o centro do nosso
sistema planetário, mas continuamos usando o sistema geocêntrico porque
os indivíduos, foco do nosso trabalho, ainda nascem, vivem, desenvolvem
suas atividades e morrem aqui na Terra.

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SISTEMA
SOLAR

O sistema solar é o conjunto de Astros que giram ao redor do Sol, que é o centro
do sistema. Nele temos nove planetas e um cinturão de asteróides. Partindo do Sol,
a ordem planetária é a seguinte: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Asteróides, Júpiter,
Saturno, Urano, Netuno e Plutão. Recentemente outros planetas foram incorpora-
dos a esse sistema como Sedna, Eris, entre outros.

MOVIMENTO DIRETO, ESTACIONÁRIO


E MOVIMENTO RETRÓGRADO
Os Astros em nosso sistema se movem somente em movimento direto ao redor do
Sol, entretanto, eles têm velocidades diferentes, sendo uns mais rápidos que os ou-
tros. Isso pode dar a impressão, com relação à Terra que um planeta está “parado”,
o que chamamos de movimento estacionário ou ainda dar a impressão de que ele
está se movendo “para trás”, chamado de movimento retrógrado. O movimento
planetário irá ter influência na interpretação do Mapa Astrológico e nas previsões.

Além dos planetas, para a Astrologia interessa o Sol e a Lua, que é um satélite natural
da Terra, ambos são Astros de grande influência para o indivíduo. Tanto o Sol quan-
to a Lua são chamados de Luminares, pois o primeiro emite luz e o segundo a reflete
e, também, algumas estrelas chamadas de “Fixas”.

Temos ainda uma corrente que considera a influência dos asteroides, mas
como ainda faltam estudos para comprovar a importância dessa influência,
eles continuam sendo considerados pelos astrólogos tradicionais, corpos de
efeitos pouco relevantes.

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MAPA
ASTROLÓGICO

O Mapa Astrológico é um gráfico, calculado para determinada data, hora e


local, no qual marcamos o posicionamento dos Signos, dos Astros e Aspec-
tos entre os astros e outros pontos significativos do gráfico.

A Astrologia utiliza o Mapa Natal ou Radical, que é o mapa levantado para


o momento do nascimento, e o mais importante, porque dele derivam-se
outros, como o mapa da Revolução Solar e gráficos como as Progressões e
Trânsitos, por exemplo.

O Mapa Natal é um mapa estático, ele representa uma “fotografia” do céu


no momento do início da vida (de uma pessoa ou empreendimento).

A Revolução Solar é o mapa levantado para o momento em que o Sol retorna


ao mesmo grau que se encontrava no nascimento e serve para a previsão de 12
meses a partir do dia do aniversário, até a próxima revolução ou aniversário. O
gráfico de Progressões e Trânsito também é utilizado para previsões.

25º
02' 10 28º
12'

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S Q 9

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U
08' M 25'

05º 17º 53' 00º


20'
3
Z 00º

Y 5
28º 12' 02'
4 25º

20
21

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