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ALDEMIR, José. A Cultura, as Cidades e o Rios na Amazônia. São Paulo: Ciência e Cultura, 2006.

Letícia Roberto Floresta

Resenha Crítica

O artigo "A CULTURA, AS CIDADES E OS RIOS NA AMAZÔNIA" aborda a questão de como as


pequenas cidades às margens dos rios na Amazônia desempenham um papel essencial na
compreensão da região, não apenas por razões econômicas e políticas, mas devido aos modos
de vida singulares que diferem dos padrões urbanos predominantes em outras partes do Brasil.
A obra descreve a chegada a essas cidades, a inércia e a dinamicidade presentes nas
espacialidades urbanas da Amazônia, bem como os desafios que as pequenas cidades
enfrentam em um ambiente em constante mudança.

A abordagem teórica apresentada na obra do autor possui notável relevância para o


entendimento das peculiaridades da região amazônica. A obra destaca a importância das
pequenas cidades, cuja vida está intrinsecamente ligada ao rio e à floresta. A visão de longe ao
se aproximar dessas cidades fornece uma imagem singular e memorável, pois apesar de sua
simplicidade, elas se destacam na memória devido à sua singularidades.

O autor explora o papel do porto como ponto de chegada e partida nas pequenas cidades da
Amazônia, representando a fronteira entre o rio, a floresta e a cidade. Essa abordagem é
essencial para compreender as múltiplas dimensões espaciais e temporais da região.

No entanto, a obra deixa espaço para uma análise mais profunda das implicações das
mudanças contemporâneas nas pequenas cidades amazônicas. Como a cultura e o modo de
vida dessas cidades estão sendo influenciados pela modernização e pela conectividade com o
mundo exterior? O autor poderia explorar mais a dinâmica dessas cidades à medida que se
adaptam a novas realidades.

"A CULTURA, AS CIDADES E OS RIOS NA AMAZÔNIA" oferece uma visão valiosa das
pequenas cidades amazônicas e suas relações complexas com o meio ambiente, a cultura e a
modernização. O autor destaca a importância de compreender essas cidades além de sua
aparente inércia, considerando tanto as influências externas quanto as resistências culturais
locais. A obra demonstra que, apesar dos desafios, as pequenas cidades amazônicas
representam espaços de esperança e resistência cultural. No entanto, seria enriquecedor se o
autor explorasse mais a dinâmica atual dessas cidades e como estão se adaptando às
mudanças.

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