O documento analisa diferentes perspectivas sobre ruralidade e urbanidade apresentadas em vários excertos literários. Alguns textos destacam os aspectos negativos da vida na cidade, como a anulação da vida pessoal e dos sentimentos. Outros enfatizam os aspectos positivos da cidade, como o desenvolvimento individual. Há também quem critique a destruição da natureza e da identidade causadas pelo progresso urbano.
O documento analisa diferentes perspectivas sobre ruralidade e urbanidade apresentadas em vários excertos literários. Alguns textos destacam os aspectos negativos da vida na cidade, como a anulação da vida pessoal e dos sentimentos. Outros enfatizam os aspectos positivos da cidade, como o desenvolvimento individual. Há também quem critique a destruição da natureza e da identidade causadas pelo progresso urbano.
O documento analisa diferentes perspectivas sobre ruralidade e urbanidade apresentadas em vários excertos literários. Alguns textos destacam os aspectos negativos da vida na cidade, como a anulação da vida pessoal e dos sentimentos. Outros enfatizam os aspectos positivos da cidade, como o desenvolvimento individual. Há também quem critique a destruição da natureza e da identidade causadas pelo progresso urbano.
TEMA: RURALIDADE E URBANIDADE 1 - A temtica urbana constitu o ncleo central da literatura facultada, ao longo dos diversos excertos a abordagem quer seja negativa ou positiva refere-se vida na cidade e a todas as consequncias geradas por este contexto. o primeiro excerto, podemos destacar a conota!"o negativa dada ao impacto da vida na cidade, tendo em conta que a sua influncia contribui para a anula!"o da vida pessoal. o segundo texto a temtica mais forte da obra # contra a ociosidade que se vive na cidade, real!ando a destrui!"o$anula!"o dos sentimentos e qualidades dos %umanos resultantes da mesma. &m sentido oposto, surge o texto 'As (irtudes da )idade*, cujo contedo expressa factores positivos que surgem do contexto citadino. +eal!a-se uma vis"o positiva da cidade, que # considerada como educativa, construtiva. , excerto seguinte 'A )idade*, real!a alguns dos factores negativos que a cidade provoca. &m estrutura reflexiva, este texto aborda igualmente as origens da cidade e a sua emergncia. o pequeno excerto '-e ol%ar por esta janela*, retoma-se o tom negativo que a vida citadina comporta, enfati.ando o sentimento da solid"o. /odemos destacar que neste excerto, o contexto da cidade exacerba os pequenos dramas quotidianos, revelados em sentimentos negativos, surgindo numa personagem deprimida e insegura. +elativamente ao discurso transcrito do c%efe dos ndios de 0amoa, a temtica apresenta-se como crtica, onde se real!a uma perspectiva anti-nature.a da mesma. &videncia-se o conflito cidade vs nature.a que representa a perda de identidade e da essncia do ser em quando ser natural, resultante da m"e-nature.a e coabitante n"o s1 nela, mas com ela no mundo. , tema central do texto*/astoril*, refere-se cidade. 2m reban%o cuja existncia se encontra desfocada do seu contexto citadino. +eflecte-se numa anttese cidade$campo. A '/oesia da cidade* reporta novamente sentimentos negativos sobre a cidade, destacando a afec!"o psicol1gica que exerce na mente de quem l vive, resultante da dist3ncia da nature.a. , excerto que se segue '&ngarrafamento4 destaca agita!"o vivida na cidade, provocada pelo tr3nsito, que resulta em consequncias como polui!"o, rudo, confus"o, finali.ando com a consequncia mxima, a influncia negativa no psicol1gico. o poema '2ma cidade* a temtica urbana volta a assumir uma conota!"o positiva, dando conta de um vislumbre da cidade, no qual se foca os aspectos positivos da mesma. a letra da msica ')arrossel da vida na cidade*, encontramos um enfoque na agita!"o e constante movimenta!"o da cidade, as quais em consequncia provocam a exaust"o fsica e psquica levando a uma perda da identidade. -o excerto '-ivorcio*, sobressai a vis"o de quem admira a cidade, o tema urbano # neste excerto abordado de forma positivo. A poesia sugerida de Alberto )aeiro real!a a cidade como obstculo aos sentidos. este contexto, a cidade surge como uma temtica com uma conota!"o negativa, ao dificultar a fun!"o dos sentidos. o poema seguinte, de )esrio (erde, denota-se de igual modo um predomnio do cenrio urbano. , poema apresenta-se num tom descritivo, pela sistemtica explora!"o do espa!o, no qual as formas s"o utili.adas para enfati.ar a temtica subjacente. a poesia 'a cidade nasci*, o tema central # a oposi!"o campo$cidade, na qual surge uma valori.a!"o do campo e das suas caractersticas em detrimento do que ocorre na cidade. , poema ', )ampons trata das 5eiras*, mant#m a temtica urbana num obvio contraste entre o campo e a cidade. esta poesia destaca-se a representa!"o social de ambos os contextos, com visvel atributo pelo campo. a fbula do rato da cidade e o rato do campo, retrata-se de igual forma a dicotomia campo$cidade. este texto, a cidade apesar de ostentar algumas vantagens, # tida como perigosa e insegura, sendo a moral da %ist1ria a representa!"o mxima desta temtica. , trabal%o elaborado pela aluna do 678 ano apresenta uma reflex"o sobre as vantagens e as desvantagens que incorrem da vida na cidade. -istingue-se igualmente uma analogia entre o contexto citadino e campestre, do qual se conclui ser mais vantajoso e ben#fico o segundo. ', 9omem* de 0%op%ia de :ello ;re<ner Anderson reporta um conto, no qual se distingue a temtica urbanstica, sobretudo ao nvel social. &videncia-se neste conto, a vertente mais social e inter-relacional vivida nas cidades, onde prevalecem sentimentos de indiferen!a, solid"o.
2 - Ao longo da literatura -istintas opini=es de vrios autores v"o sendo expostas. o primeiro texto 'A (ida (a.ia da )idade*, o autor evidencia uma vis"o negativa da cidade sobre a vida. )ite-se>'?A toda a vida # suportvel para as pessoas infeli.es. 2m %omem pode viver cem anos na cidade, sem dar por que morreu e apodreceu % muito.*@ 'A vida torna-se assim completamente va.ia*. &sta perspectiva fa. alus"o ao quanto o autor considera que a vida na cidade se transforma numa ausncia de vida pessoal. o segundo texto, um excerto de &!a de Aueir1s, mant#m-se a vis"o da influncia negativa e destrutiva da cidade. este caso, como o pr1prio nome do texto revela, o autor pretende criticar o progresso t#cnico, emergente e rpido da cidade, defendendo que o %omem s1 # realmente %umano e feli. longe da civili.a!"o. -e acordo com o autor, a cidade destr1i os sentimentos mais profundos do ser %umano, pela deteori.a!"o das qualidades %umanas. o texto 'As (irtudes da )idade*, encontramos uma posi!"o oposta s presentes nos textos anteriores. , autor defende um contributo positivo da vida citadina. este sentido, para +obert Balser a cidade constr1i e desenvolve o ser %umano, permitindo uma evolu!"o individual e social. C uma perspectiva na qual se valori.a o tempo, a produtividade gerada da agita!"o, a cria!"o de objectivos e o seu alcance. o geral, a vida na cidade # tida como motor do entusiasmo que permite o desenvolvimento. /ara a escritora Drene 5isboa, atrav#s de um tom intimista e reflexivo, o texto reflecte um conjunto de sentimentos que sobressaem do contexto da cidade. este sentido, podemos considerar que a cidade despoleta na autora sentimentos negativos. o excerto '/apalagui*, permanece um contnuo desrespeito e despre.o pelos valores mais %umildes, mais simples, mais instintivos, aqueles que n"o prov#m da ra."o, mas sim dos sentidos. Al#m disso, desenrai.ou-se da nature.a m"e para se tornar um projecto de -eus. C not1rio o c%oque cultural que o c%efe da tribo sofreu ao entrar em contacto com o /apalagui, os enormes valores culturais de liga!"o terra, a %armonia presente no seu modo de vida em equilbrio com a nature.a, o desprendimento da propriedade e o cultivo do culto nature.a, fa.em-no sentir feli., e em resultado n"o compreende como o %umano em qualquer parte do mundo consegue viver sem estes princpios. o texto '/astoril*, )lara /into )orreia destaca a oposi!"o entr a cidade e o campo. 0imboli.ada atrav#s de um percurso reali.ado por um reban%o, o texto vai descrevendo e esbo!ando uma cidade, fa.endo uma constante compara!"o ao ambiente do campo. a poesia ')idade*, 0op%ia de :ello ;re<ner Andresen conserva e refor!a continuamente uma rela!"o privilegiada com o mar, com o vento, com a lua, com Eerra e toda a vegeta!"o. /rivilegia os dados sensoriais dos sentidos, obtidos na capta!"o das sensa!=es da nature.a. /ara a autora, a nature.a # um espa!o privilegiado, em detrimento do contexto citadino, que de acordo com a sua vis"o # um espa!o fec%ado, negativo, de desencontros. A poetisa defende claramente a liga!"o entre os %omens, a nature.a. , poema '-ivorcio* de /edro 9omem de :ello d conta de uma opini"o favorvel acerca da cidade. ota-se que o autor defende uma vis"o positiva da cidade, enumerando algumas analogias entre a cidade e situa!=es que s"o no seu geral agradveis. ,s poemas de Alberto )aeiro tornam clara a sua tendncia sensorial. /ara este poeta interessa sobretudo o que capta atrav#s sensa!=es sendo o sentido das coisas # redu.ido percep!"o. (er # con%ecer e compreender o mundo, em detrimento do pensar. &m ambos os poemas, a cidade # considerada um obstculo ao ol%ar, aos sentidos. A observa!"o das situa!=es do quotidiano # o ponto de partida preferencial para os poemas de )esrio (erde. C o mundo real, descrito e analisado, que serve de base s ideias do poeta. &videncia-se uma oposi!"o cidade$campo, que # conceptuali.ada em dimens=es org3nicas e vivas no contexto campestre que se op=e ao emparedamento das ruas da cidade> 40e eu transformasse os simples vegetais, num ser %umano que se mova e exista$)%eio de belas propor!=es carnaisFG4. ,utra anttese se verifica na personagem da mul%er, que surge no contexto da cidade, como sendo feia, magra, triste. A partir da poesia 'a cidade nasceu* podemos constar que a cidade n"o agrada ao sujeito po#tico. &sta posi!"o # assumida pelas inmeras referencias a aspectos negativos da cidade e uma nfase positivo dado ao contexto campestre. /ara ;ertold ;rec%t a diferen!a social marca-se pelo contraste entre a cidade e o campo. A sua poesia evidencia um tom revolucionrio, onde est"o expostas as diferen!as sociais que se destacam entre o contexto do campo e o da cidade, sendo que para o autor o campo representa o 'fundamento da na!"o*. a fabula, o rato da cidade e o rato do campo simboli.am estilos diferentes de vida e modos de organi.a!"o do mundo tamb#m eles diversos. o geral, o campo # considerado um ambiente mais positivo do que a cidade. A cidade, por seu turno, representa a inseguran!a e o perigo. ovamente, a anttese cidade$campo surge de forma evidente. "o obstante a referncia a algumas vantagens da vida citadina, real!a- se a posi!"o negativa face mesma. , trabal%o elaborado pela aluna do 678 ano apresenta uma reflex"o sobre as vantagens e as desvantagens que incorrem da vida na cidade. -istingue-se igualmente uma analogia entre o contexto citadino e campestre, do qual se conclui ser mais vantajoso e ben#fico o segundo. 0%op%ia de :ello ;re<ner Anderson atrav#s do conto ', 9omem* conto, no qual se distingue a temtica urbanstica, sobretudo ao nvel social. &videncia-se neste conto, a vertente mais social e inter-relacional vivida nas cidades, onde prevalecem sentimentos de indiferen!a, solid"o. 3 - 'As grandes cidades ensinam, educam, e n"o com doutrinas roubadas aos livros*@ ?'Aqui todos pensam a cada momento que seria bom lutar por alguma coisa e consegui-la. A vida gan%a um fHlego magnifico.*@ +obert Balser ' 9 quem se sinta mais livre numa cidade pois ningu#m con%ece ningu#m, as pessoas n"o comentam a vida dos outros?* Erabal%o de uma aluna do 678 ano '?A vida torna-se assim completamente va.ia.*@ 5eon Eolstoi '?,s sentimentos mais genuinamente %umanos logo na cidade se desumani.am*@ &!a de Aueir1s Planificao do texto A cidade em Ns 'As grandes cidades ensinam, educam, e n"o com doutrinas roubadas aos livros*@ 'Aqui todos pensam a cada momento que seria bom lutar por alguma coisa e consegui- la. A vida gan%a um fHlego magnifico.*@ 'A vida torna-se assim completamente va.ia.*@ ',s sentimentos mais genuinamente %umanos logo na cidade se desumani.am*. A vida citadina # %oje mais do que um simples estilo de vida, # uma forma de estar, uma quase filosofia de encarar a vida. (iver numa cidade condiciona, influencia e marca n"o s1 as pessoas, bem como a sua forma de estar perante os que o rodeia, e a forma como interagimos. uma anlise aprofundada, podemos considerar que esta influncia, este fio condutor que # o contexto em que vivemos pode moldar o que somos enquanto seres e enquanto pessoas. a cidade encontramos de tudo com facilidade e o mundo gira ao nosso redor. Ao nosso alcance est o com#rcio, os empregos diversos, as oportunidades acad#micas Icol#gios, universidadesJ as muitas e variadas formas de pra.er e entretenimento, a sorte e a ambi!"o. "o obstante e, apesar de a cidade ter cada ve. mais a preocupa!"o de gerar conforto aos seus cidad"os, qualquer cidade ostenta na sombra o seu lado negro. A podem encontrar-se os contrastes sociais e econ1micos, a polui!"o, e o crime e a violncia. -o mesmo modo, a constante agita!"o, a confus"o deambulam permanentemente pela cidade, marcando tempo, vidas e rela!=es. 0ocialmente, a vida na cidade torna-se fria e distante, pessoas afastam-se, tornando-se descon%ecidos embren%ados na sua pr1pria solid"o. +esumindo, as grandes cidades oferecem oportunidades, facilidades e regalias. "o obstante, colocam em causa a qualidade de vida, quer a um nvel fsico, quer a um nvel psicol1gico. , campo por seu lado revela-se saudvel, pacfico e calmo, um cenrio de vivencias onde se encontra pa. e tranquilidade, e onde os sons da nature.a sobrep=em- se aos criados pelos %umanos. /or#m, a ausncia de distrac!=es variadas, a limita!"o de bens e servi!os, o isolamento e solid"o que existe em alguma da vida rural, s"o aspectos que n"o favorecem a vida no campo. +eflectindo na min%a preferncia pessoal, valori.o as facilidades e as oportunidades facultadas pela vida citadina. "o obstante, aprecio de igual modo, tudo o que a vida no campo permite. /elo que a escol%a recair sempre num cenrio onde ambos os contextos possam co-existir. Anabela )asimiro 0&)-- 87