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A Q U E L A E M C U J O A C T O D E E S C R I TA O S U J E I T O S E
REFLECTE E REFLECTE SOBRE SI MESMO.
O A U T O - R E T R AT O , A A U T O B I O G R A F I A , O S P O E M A S
A U T O B I O G R Á F I C O S , O D I Á R I O , A S C A R TA S , A S
MEMÓRIAS, SÃO EXEMPLOS DE TEXTOS DE
CARÁCTER AUTOBIOGRÁFICO.
A escrita intimista e autobiográfica pode concretizar-se, entre outros, através de
memórias, diários, autobiografias, cartas e até mesmo textos poéticos. De referir
que a delimitação entre os três primeiros géneros citados nem sempre é nítida, o
que muitas vezes gera dúvidas relativamente à classificação literária de
determinados textos do género.
Biografia
Autobiografia
Tábua cronológica
Retrato
Auto-retrato
Caricatura
Fotobiografia
A biografia é um género narrativo em prosa que consiste
na descrição da vida de uma determinada personalidade,
onde devem constar datas, lugares, pessoas e
acontecimentos marcantes.
É redigida na 3ª pessoa e a linguagem predominantemente
objectiva e informativa; pode apresentar-se, quer como
um relato meramente informativo, quer como um texto
onde se evidenciam e valorizam aspectos relevantes do
percurso do biografado.
A biografia pode ser uma simples nota biográfica ou mesmo constituir-se como um
livro, segundo a finalidade a que se propõe.
Autobiografia
- Texto predominantemente expressivo e subjectivo.
- Texto que acentua o percurso existencial do autor.
- Texto onde a ordem cronológica dos factos narrados pode não ser respeitada.
-Texto predominantemente narrado na 1ª pessoa.
Biografia
- Texto predominantemente informativo e objectivo.
- Texto que acentua o percurso de vida do autor.
- Texto onde a ordem cronológica dos factos narrados é respeitada.
- Texto onde consta a data dos factos narrados.
A Autobiografia visa retratar a vida de uma pessoa, mas,
neste caso, autor, narrador e personagem identificam-se,
na medida que é o próprio quem narra a sua experiência
vivencial.
Trata-se de um discurso de primeira pessoa, pelo que
assume um carácter subjectivo. O relato autobiográfico
tem, em geral, um carácter mais expressivo do que
informativo.
A partir da memória, o autor recria vivências passadas,
directa ou indirectamente relacionadas com a sua própria
vida, podendo modificar a narração cronológica dos
acontecimentos.
As marcas linguísticas da autobiografia
Exemplos:
Diário de Miguel Torga,
Diário de Sebastião da Gama,
Diário de Anne Frank.
O diário inscreve-se, geralmente, no género narrativo e constitui-se como o registo de
vivências, pensamentos, eventos e emoções quotidianos de um narrador que se
exprime na 1ª pessoa (daí o predomínio da função emotiva) e que assume o seu
diário como seu confidente, uma espécie de “amigo secreto”.
A distorção e o uso de poucos traços são comuns na caricatura. Diz-se que uma
boa caricatura pode ainda captar aspectos da personalidade de uma pessoa
através do jogo com as formas. É comum sua utilização nas sátiras políticas; às
vezes, esse termo pode ainda ser usado como sinónimo de grotesco (a
imaginação do artista é priorizada em relação aos aspectos naturais) ou
burlesco.
O relato de vivências e experiências do próprio ou de
outrem possui um carácter intimista, por vezes,
confessional, que aponta para o memorialismo, género
que remonta, ainda que de forma incipiente, às
primeiras manifestações literárias em prosa da época
medieval, nomeadamente às crónicas de viagem.
Também na Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, no
século XVI, se vislumbram traços do memorialismo, pelo
seu cariz predominantemente narrativo e autobiográfico.
É, no entanto, nos séculos XVIII e XIX, com a adesão
preferencial dos leitores às narrativas autobiográfica,
epistolar e diarística, que o memorialismo ganha
especificidade, sendo que se trata de um género cujo
autor recorda o que, num determinado momento, viveu
ou presenciou, e que possui interesse pessoal ou
colectivo.
Carta pessoal ou particular – numa carta informal, a
linguagem utilizada depende do grau de intimidade entre o
remetente e o destinatário.
Contudo, o mais frequente é situar-se entre a língua
corrente e familiar, sendo o discurso predominantemente
de primeira pessoa, com marcas de subjectividade e
emotividade do emissor.
A carta possui uma vertente literária, sempre que trata temas profundos e
complexos e se registam preocupações ao nível estético e da linguagem.