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MANUAL SIMPLIFICADO PARA COLECIONADORES DE MOEDAS

IDENTIFIQUE ERROS, ANOMALIAS, VANDALISMO E FALSIFICAÇÃO

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Moedas com erro e anomalias são peças que apresentam algum tipo de defeito
no processo legal de cunhagem dentro da Casa da Moeda. Esses possíveis
erros e anomalias tornam as moedas únicas e valiosas para os colecionadores.
No entanto, nos últimos anos, tem crescido a preocupação de que muitas dessas
moedas com erros e anomalias exóticas estejam sendo fabricadas
intencionalmente para alimentar de forma criminosa o mercado de
colecionadores por meio de falsificações, estas, com valores ainda mais
extraordinários que a própria falsificação em si. O vandalismo também está
presente na numismática e pode enganar os colecionadores menos atentos.
Você precisa estar atento!

Este não será um manual de precificação, mas um material objetivo que mostrará
o que você realmente precisa saber sobre esse tipo de moeda e como identificá-
las.

À medida que os métodos de cunhagem vão se modernizando e sendo


aperfeiçoados, diferentes tipos de erros vão surgindo. Temos visto muitas
questões confusas, falta de informação e comunicação da existência de peças
que julgamos serem duvidosas. Inclusive vinda de numismatas experientes.

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ANOMALIAS, ou MOEDAS ANÔMALAS são moedas resultantes de uma falha


no processo de fabricação, ou seja, erros de produção, defeitos de fabricação
“não intencionais”.
Existem diversos tipos diferentes, com variadas causas, e em diferentes graus,
sendo que as anomalias que não afetam o design da moeda de forma
significante, são distribuídas normalmente à população, enquanto que anomalias
mais muito latentes, apresentando sério defeito de fabricação, estas, não
costumam deixar o ambiente da Casa da Moeda, sendo em tese destruídas pela
instituição.
No entanto nem sempre o controle de qualidade é suficientemente eficaz, e
algumas acabam inadvertidamente por serem distribuídas à população para
circular.
Exemplo de anomalia: Cunho Marcado em 50 centavos, 1947

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MOEDAS COM ERROS Também são moedas resultantes de falhas no processo


de fabricação, ou seja, erros de produção, geralmente “não intencionais”.
Existem alguns tipos de erros reconhecidos pela Casa da Moeda como; o erro
no dístico Brasil escrito com duas letras “B” (BBASIL) em moedas de 500 e 1000
réis datadas de 1922, comemorativas ao primeiro centenário da independência
do Brasil. Outra mais moderna, e igualmente reconhecida pela instituição é a
moeda de 50 centavos, 2012, segunda família do real. Nesta, o reverso da
moeda de 5 centavos foi cunhado ao invés da de 50 centavos. A moeda ficou
conhecida como; 50 centavos sem o “0”.

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VANDALISMO EM MOEDAS São moedas resultantes de ação humana


proposital com o objetivo de fraudar uma moeda anômala imitando possíveis
falhas no processo de fabricação. São totalmente “intencionais” e colocadas no
mercado numismático para enganar colecionadores. O ato de vandalismo é
praticado em moedas verdadeiras, caracteriza crime federal e possui punição
prevista pelo Código Penal Brasileiro.
Exemplo de vandalismo: 10 centavos segunda família do real com marcas de
serra de ourives.

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FALSIFICAÇÃO DE MOEDAS Existem as falsificações com material de baixa


qualidade e voltada para enganar o meio circulante, mas uma nova modalidade
de falsificação foi desenvolvida por ser mais rentável. São as moedas voltadas
para colecionadores, como as famosas bifaciais. Este é o exemplo perfeito dessa
nova leva de falsificações. São moedas resultantes de ação humana proposital
com o objetivo de fraudar uma moeda para o meio colecionista, simulando e
imputando o erro a Casa Da Moeda. Podem surgir a partir de cunhos antigos
descartados de forma irregular ou reproduzidos com perfeição. Muitas destas
moedas são cunhadas em discos em “branco” ou “lisos”, verdadeiros, e que dão
caráter regular para a falsificação.
Exemplo: Moeda bifacial 1 real Atletismo Paralímpico Brasileiro, vulgarmente
conhecida como moeda “Perna de Pau”, Rio 2016.

Na numismática não há espaço para especulações, numismática é ciência e


temos sempre que aprender com aqueles que são mais experientes no ramo.
Em síntese, tudo pode ser minimamente imitado em casa usando equipamentos
tecnológicos ou rudimentares. É preciso ficar atento!

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Agora que você já sabe a diferença entre erro, anomalia, vandalismo e


falsificação, é hora de conhecer alguns termos e nomenclaturas que irão fazer
parte da sua jornada como colecionador desse tipo de moeda.

Existem diversos tipos de erros e anomalias que podem ser encontrados em


moedas. Alguns dos mais comuns incluem:

CUNHO ENTUPIDO (Clogged Die): Algum pedaço de metal, ou impureza, ou


graxa de lubrificação que possa ter ficado no baixo-relevo do desenho do cunho,
e impedido que fosse devidamente cunhado no disco. O resultado é que uma
parte, geralmente pequena, do design, fica com a cunhagem muito fraca ou
praticamente inexistente.

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Exemplos: faltou o “V” de Centavos. Não é um erro importante e recebe menos


pontos na Classificação da Escala Sheldon do que uma moeda normal.

CUNHO DESGASTADO (Poor Strike): O próprio nome também é auto-


explicativo, e ocorre pelo desgaste natural do cunho após milhares de batidas,
mas a diferença para com o cunho entupido, é que todo o design da moeda está
com desgaste uniforme. São moedas batidas com os cunhos já em seus últimos
momentos de utilização (final da vida útil). Não é um erro importante e recebe
menos pontos na Classificação da Escala Sheldon do que moedas normais.

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Exemplos: Na moeda de 10 Centavos 2002 acima, Cunho desgastado somado


ao cunho rachado na mesma moeda. Abaixo, 1 Real 2009 flor de cunho (peça
do Gabinete Numismático particular Rubens Bulad). Observe a borda do núcleo
de aço inox.

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CUNHO RACHADO: O cunho trincou ou rachou, abrindo uma pequena ranhura.


De tanto bater moedas, o cunho sofre a chamada ”fadiga do metal”, e o metal do
cunho torna-se frágil e quebradiço. Começa com rachaduras pequenas que vão
aumentando até o cunho realmente quebrar e soltar um pedaço. Na hora da
cunhagem, se o cunho estiver rachado, vai haver um pequeno espaço por onde
o metal do disco vai vazar na hora em que for pressionado.

O que é um ”cunho”? E como ele racha ou até mesmo quebra? Cinho é a


peça que possui o desenho da moeda em relevo negativo (inverso). O mesmo
bate no disco em alta pressão de dezenas de toneladas e cunha a moeda, como
se fosse um carimbo batendo no papel e deixando sua impressão. O cunho racha
ou quebra por conta da fadiga do metal. Veja o resultado:

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Geralmente apresenta-se em diversas formas nas moedas, parecendo um risco


em alto relevo. É menos importante que o cunho quebrado, e portanto deve ser
guardado apenas como mera curiosidade.

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CUNHO QUEBRADO (Die Break, ou Break “Cud”): O cunho quebrou e soltou


um pedaço. Onde o cunho quebrou, o disco de metal não sofreu pressão de
cunhagem. Em alguns casos, (como no exemplo, 50 Centavos 2009) não há
contra-pressão no outro lado da moeda, e sofre uma pequena depressão (nem
sempre ocorre).

É um erro de cunhagem interessante, mais importante que o cunho rachado, e


merece ser guardado na coleção, desde que cobrindo uma parte grande do
design. As empresas certificadoras norte-americanas encapsulam e graduam
tais moedas e as vezes indicam sua anomalia específica.

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Cabe esclarecer: ”Sobra de metal”: Um termo utilizado de forma popular por


leigos no assunto, mas a nomenclatura correta para esse tipo de moeda é
“cunho quebrado”. Tal nomenclatura é auto-explicativa e utilizada
internacionalmente.

Para ser “sobra de metal”, a moeda teria que ter um pedaço a mais, uma ”orelha”
de metal além do disco. Com isso a moeda teria que estar mais pesada que as
normais (afinal, dizem que tem metal sobrando!), e isto simplesmente não ocorre.
Portanto, é melhor esquecer o termo ”sobra de metal”.

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Acima, uma peça encapsulada pela NGC: Moeda de 1 Centavo 1975, Estados
Unidos, com cunho quebrado. Note na imagem o pedaço do cunho que soltou.

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CUNHAGEM DESCENTRADA (Off Center Strike): Chamado comumente no


Brasil pelo apelido “Boné”, pode ocorrer em um ou em ambos lados da moeda.
O cunho bateu com o disco não posicionado corretamente na virola (peça que
segura o disco pelas bordas no ato da cunhagem). As cunhagens descentradas
podem variar em diversos graus.
Considera-se uma peça boa para coleção aquelas onde no mínimo 5% do design
da moeda não fora cunhado no disco. Abaixo disso, é considerado como uma
peça regular. É também preferível aquelas peças que ainda apresentem a data
visível. É um erro muito importante por ser praticamente impossível reproduzi-lo
fora do ambiente da Casa da Moeda, e recebe encapsulamento e graduação
pelas empresas graduadoras de moedas. É um dos melhores e mais valorizados
erros de cunhagem que o numismata deve buscar para sua coleção.

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LAMINAÇÃO (Laminations): Resultado de uma moeda cunhada em um disco


defeituoso. O disco também pode se tornar defeituoso quando sujeira ou
impurezas forçam o disco a rachar ou descascar após a cunhagem. Variam muito
em tamanho e gravidade. É comum em moedas de Bronze-Alumínio dos
Cruzeiros de 1942-1956.

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DISCO INCOMPLETO (Incomplete Planchet, ou Clipped Coin): Também


chamado no Brasil de “chapa cortada” ou “final de chapa”. Ocorre na fabricação
dos discos, e não durante a cunhagem. Durante o processo de fabricação dos
discos que serão cunhados como moedas, são inseridas chapas de metal em
uma máquina que as golpeia, separando os discos.

A chapa final, toda furada, é depois revendida para ser utilizada em diversos fins,
como cercas, ou derretida para ser transformada em novas chapas. Os discos
irão para a máquina de cunhagem de moedas.
As vezes, problemas na alimentação da chapa de metal na máquina de cortar
discos ocasiona que algumas peças tenham erros no corte e o resultado são
discos faltando metal. Repare que são possíveis três tipos de erros: Pode ocorrer
reto (nas bordas da chapa de metal), circular (no meio da chapa) e irregular (no
final da chapa) como no exemplo abaixo:

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É um erro que pode ser reproduzido em casa com ferramentas de oficina. Por
isso, deve-se examinar muito bem a moeda que possui tal erro. As originais
possuem o chamado “efeito Blakesley”.
Nomeado pelo numismata americano que o identificou, o Efeito Blakesley é o
mais poderoso identificador de um verdadeiro erro de disco incompleto. Durante
a cunhagem, o fluxo de metal vai tomar o caminho de menor resistência, e
preencher os elementos de design do cunho da moeda.

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O efeito Blakesley é caracterizado por estrias nas moedas que tem este erro
devido ao alívio de pressão que ocorre durante a cunhagem por faltar um pedaço
de metal no disco. O fluxo de metal se torna radial, em direção às bordas. Além
disso, caracteres do design próximo ao corte da chapa ficam com a cunhagem
mais fraca. Procure observar a moeda com lupa, ou imagem de alta resolução.
Se não contiver o Efeito Blakesley, será uma moeda adulterada.

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CUNHO MARCADO (Die Clash): Chamado no Brasil, de “cunho vazado”, “data


vazada”, “cunho chupado”, “cunho umbigado”, “globo triplo”, dentre outros
termos igualmente estranhos. Ocorre quando os cunhos de anverso e reverso
batem um no outro, sem haver um disco de metal entre os mesmos, e ambos os
cunhos ficam danificados e marcados com elementos do design um do outro, em
negativo, e em seguida cunham moedas. Como resultado, em alguns casos,
parte do design do anverso fica gravado no reverso da moeda, (ou vice-versa).

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DISCO EM BRANCO (Un-Struck Blank): Também chamado de “disco liso”,


nada mais é do que um disco de metal para cunhagem de moedas que, por
algum motivo, não entrou na virola e não foi cunhado. Pode ter passado direto
pela máquina de cunhagem, ou sequer entrou na máquina. Pode inclusive ser
encontrado em sachês ou rolos de moedas. Não possui alto valor, porém as
empresas graduadoras as encapsulam. Estas peças devem ser acondicionadas
na coleção acompanhadas de uma pequena ficha indicando para qual moeda
seria cunhada.

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FALHA NO ELETRORREVESTIMENTO (Unplated Planchet): Erro de


fabricação muito comum nas moedas da Segunda Família do Plano Real e
ocorre após o disco de Aço Carbono ter sido cortado da chapa, que em seguida
recebe um eletrorrevestimento (galvanização) de Cobre ou Bronze-Alumínio
Fosfórico, sempre antes da cunhagem.
Alguns discos acabam por ficar sem o eletrorrevestimento de forma parcial ou
até mesmo total. Não é um erro sério e valorizado, pois pode ser reproduzido
fora do ambiente da Casa da Moeda, bastando pra isso dar um banho de Níquel
na moeda pra que a mesma fique prateada, ou remover o eletrorrevestimento
com ácido ou eletrólise, e por isso, não alcançam grande valorização.

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MOEDA BIFACIAL Qualquer moeda (1, 5, 10, 25 e 50 centavos, além da moeda


de 1 real) que apresenta dois lados idênticos é considerada falsa pela Casa da
Moeda do Brasil. A instituição não reconhece esse tipo de cunhagem em suas
instalações e alega ser impossível haver esse tipo de falha em seu processo de
fabricação.

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no processo legal de cunhagem dentro da Casa da Moeda, esses possíveis erros
e anomalias as tornam únicas e valiosas para colecionadores. No entanto, nos
últimos anos, tem crescido a preocupação de que muitas dessas moedas com
erros e anomalias mais exóticos estejam sendo fabricadas intencionalmente
para alimentar o mercado de colecionadores de forma criminosa e com valores
ainda mais extraordinários que a própria falsificação.

O universo dos falsificadores impõe aos colecionadores o pior cenário de todos,


uma vez que, cunhos originais, discos lisos e outros materiais estão deixando a
Casa da Moeda de alguma forma para se tornar matrizes nas mãos de
falsificadores. A preocupação de que moedas dessa natureza estejam sendo
fabricadas intencionalmente para alimentar o mercado de colecionadores é fato
e estamos engajados como colecionadores na luta para que esse tipo de moeda
não prospere em nosso meio.

Existem alguns fatores que sugerem que esse tipo de falsificação está
acontecendo. Nota-se o número elevadíssimo de moedas com erro e anomalias
descobertas nos últimos anos. Muitos dos erros e anomalias encontrados são
extremamente raros e improváveis de ocorrer naturalmente, e outros tantos
colecionadores têm relatado que compraram moedas com erro e anomalias que,
posteriormente, foram descobertas como falsificações. É importante ressaltar
que a falsificação de moedas é crime em nosso país.

Para evitar ser enganado por falsificadores de moedas e suas obras, é


importante comprar apenas de vendedores confiáveis. Além disso, é importante
pesquisar sobre os tipos de erros e anomalias que são comuns em moedas.
Também é preciso escolher fontes seguras de informação. Lembre-se da frase
que abre este manual.

O numismata Rubens Bulad nos dá o seguinte conselho: “Numismática não é


achismo, é ciência!”

A falsificação de moedas com erro e anomalias é um problema sério que pode


prejudicar o mercado de colecionadores. É importante estar ciente desse
problema para evitar ser enganado.

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