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CARIMBO NAS

MOEDAS ANTIGAS

ALCAZAR COINS
MARCELO ALCAZAR
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ALCAZAR COINS
Por que carimbar as moedas?

Os carimbos em moedas antigas serviam para diversos


propósitos. Primeiramente, eram usados para fornecer novas
moedas em regiões onde a cunhagem era intermitente ou
limitada, o que não conseguia suprir a demanda por troco. Em
algumas áreas, as cidades dependiam das emissões de outras
cidades para atender a essa necessidade.

Além disso, os carimbos eram aplicados para reavaliar ou


desvalorizar moedas existentes. Isso acontecia em períodos de
inflação ou quando havia mudanças no sistema monetário,
dando às moedas antigas um novo valor para que pudessem
continuar em circulação.

Outra função dos carimbos era confirmar a validade de uma


moeda existente, indicando a autoridade emissora ou sua
denominação. Às vezes, os carimbos eram usados para celebrar
eventos ou marcar mudanças de status de uma cidade.
OS TIPOS DE CARIMBOS

Os tipos de carimbos usados eram variados, incluindo cabeças


e bustos de deuses ou membros da família imperial, figuras em
pé, geralmente de divindades, animais, objetos inanimados
associados a certas cidades, letras simples e múltiplas, e
monogramas. Além disso, o formato do punção do carimbo era
uma característica significativa, podendo ser circular, oval,
oblongo, quadrado, retangular, triangular ou com formato de
acordo com o objeto representado. Existiam também carimbos
recessivos, onde o desenho do carimbo sobressaía em relação
ao fundo da moeda, e carimbos incisos, nos quais uma
ferramenta afiada era usada para criar linhas ou combinações
de linhas.
Moeda com carimbo de bucranium
(Crânio de Boi)
Geralmente era incuso em um trapézio
isósceles, mas essa moeda foi incusa em
forma oval.

Esse carimbo sinaliza o movimento de


tropas da muralha de adriano para o
oeste.

Mesmo tipo de cunhagem


sem carimbo.
COMO A MOEDA ERA CARIMBADA?
A técnica antiga era simples: a moeda era colocada em uma
superfície plana e dura, e o punção de diâmetro pequeno,
geralmente cilíndrico, era colocado na superfície da moeda. Com
um golpe de martelo, a punção afundava na moeda deixando
uma marca com bordas afiadas, com o dispositivo visível no
fundo da impressão. Como isso geralmente fica bem abaixo da
superfície da moeda, a contramarcagem é menos afetada pelo
desgaste na circulação. No entanto, se a punção não for
suficientemente dura (em relação à dureza da moeda), a imagem
pode ficar borrada. O procedimento achata a imagem no lado
oposto da moeda.

Veja na imagem abaixo:

Reverso achatado, geralmente ocorre


nas moedas mais finas, raramente você
vai encontrar esse achatamento em
moedas espessas, como as ptolemaicas.
CARIMBO NAS MOEDAS GREGAS

Moeda Grega Cunhada em Pontos


Entre 130-100 a.C

Anv.: Cabeça masculina à esquerda, usando bashlyk.


Rev.: Estrela de oito pontas.

No anverso temos um carimbo do tipo oval incuso com um


desenho de capacete, infelizmente não temos estudos
aprofundados para dizer com clareza qual a finalidade desse
carimbo, talvez para autorizar a circulação em outra cidade?
Não confunda carimbos com outro
tipo de marcação.

CORTE DE TESTE /TESTCUT


Cortes de teste foram feitos com uma faca ou cinzel para
expor o interior de uma moeda para testar se a moeda era
real (que o metal era bom) ou se a moeda era uma
falsificação, já que muitas vezes as falsificações eram de
metal básico banhado com ouro ou prata, onde o
revestimento não era espesso o suficiente para resistir a um
corte profundo.

Moeda com o Corte de Teste


(1) e também um carimbo (2).
CORTE DE TESTE /TESTCUT

Se através do corte você perceber que o núcleo da


moeda é feito de outro metal (cobre, bronze...) Ela
é chamada Fourreé ou Falsa de Época. Hoje em dia
você encontra muitas moedas dessas no mercado,
algumas nem tem o teste, mas já ficam evidente
que são falsas devido a perca do banho de prata.

Apesar desse tipo de peça ter mercado, não


recomendamos ninguém a adquirir uma
moeda fourreé.
MARCA DO BANQUEIRO
BANKER’S MARK
As marcas do banqueiro são semelhantes aos
cortes de teste, pois eram usadas para afirmar a
validade de uma moeda, mas as marcas
geralmente eram letras ou formas, em vez de
simplesmente perfurações. A letra ou símbolo
identificava o comerciante privado ou funcionário
do governo.

Tetradracma Ateniense checado


duplamente: Tem teste de Corte (1) e
também marca do banqueiro (2)
CARIMBO NAS MOEDAS ROMANAS

Carimbo de Âncora Selêucida:


Tarkondimotos foi feito dinasta por Pompeu e coroado rei por
Marco Antônio. Ele morreu na Batalha de Ácio. A contramarca
de âncora, frequentemente usado em uma era anterior pelos
reis Selêucidas, quase certamente é pós-Ácio, talvez de
Antioquia.

Tarkondimotos foi aliado primeiro de Pompeu, depois de César


e mais tarde de Marco Antônio, a quem se refere o título
ΦIΛANTΩNIOY ("amigo de Antônio").
De acordo com Wright, a contramarca serviu a vários
propósitos, incluindo destruir a legenda, que carregava o
politicamente perigoso 'Philantonios' ("amigo de Anthony"). Em
todos os outros exemplos que pude encontrar online, a
contramarca foi de fato colocada no pescoço do rei, alinhada
verticalmente, de modo a obliterar a legenda ofensiva de
Philantonios no anverso.
CARIMBO DE VARUS
Publius Quinctilius Varus é lembrado pela desastrosa
derrota de Roma nas mãos de Armínio e suas tribos
alemãs na floresta de Teutoburgo. Varo, cônsul em 13
a.C. e genro do imperador, foi governador da Síria e da
Germânia. Em 9 d.C., foi encarregado de anexar a vasta
região da Germânia, mas foi emboscado por Armínio,
resultando na aniquilação de três legiões romanas.

Varo cometeu suicídio, e Augusto lamentou


profundamente a perda das legiões. As contramarcas de
Varus são encontradas principalmente em moedas de
Lugdunum, sugerindo que foram aplicadas durante seu
governo, possivelmente como pagamento aos soldados.
CARIMBO NAS MOEDAS DE ERETNID

Com seu destaque incomum de "lillah" em forma de olho


com pontos do século XIV (Nota: lillah, na verdade, são as
últimas 3 letras de Allah no texto horizontal khalada Allah
mulkahu). É uma cunhagem quase perfeita e
centralizada, com uma escrita elegante, incluindo um
"Muhammad" lindamente executado e decorado em
escrita Cúfica, com cunhagem e data claras.
MOEDAS ROMANAS CARIMBADAS
NO SÉCULO XVI PARA USO

Abaixo estão exemplos de moedas antigas em


circulação mais de 1.000 anos depois de terem sido
cunhadas pelos romanos. Eles provavelmente
foram descobertos e reintroduzidos logo após a
descoberta.

Estas duas moedas de bronze romanas tardias


foram marcadas como 4 maravedis --IIII com o que
parece ser uma coroa no topo. Provavelmente por
volta de 1600, sob Filipe IV de Espanha; então, mais
de mil anos depois, essas duas moedas estavam
circulando novamente.

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