Você está na página 1de 208
YAGOSTINHO ALVIM oto Ce rte Sv Eo Pi ie DA INEXECUGAO DAS OBRIGAGOES E SUAS CONSEQUENCIAS 8! EDIGRO, (oa 1990 (WP ral. Catton Fonte ‘Canara Brass do Uv, SP Nim, Agostino, 1897-1976. ‘nttad De inoeocuto dos cbrgaes 0 sas conconin Bred. cise Agostinno Alvin. 5. ed. S80 Paul Sara, 190. Bogs | 1. Dever eredor — rast 2. Obagi Di to) Brat Th, soane cour saz) Indes para eatilogo seein Inerecugde dos obigaptos: Dio al 3e7e2281) 2, Bra: Obigsedes Inexccuetes: Dito ‘ou 37.0216 os SARAIVA S.A. — Uvrevos Eatoree nt a 2EEI neem none setae ‘So Pouo — SP Corba — PR geouels ET Eace Dedico este tino Ao Bminentzino « Reverendisine Senor DOM CARLOS CARMELO DE VASCONCELOS MOTTA CCardea-Arcebispo Metropolitano de Sto Peto, Geio-Chanceler da Pontfiis Universidade Ca (ica de Ss Paulo © seu beneméeto fandador. ‘Sia Paulo, 22 de agosto de 1989, © Auton PREFACIO DA 1° EDIGAO [Nos dias que corem, j nlo € iticmente verdadcira 9 obse- ago de Savtaes, ft em 1889, acer da ifldnie que. no deo “te abganden exrce “0 principio superior do expo abscato da libendade das convene (© que vemos hoje & 0 dectno ox. polo menos, a erie dessa te erdele ade vez mais scificada pola lis de onde pilin, co holagso, em evs east, repereute ma eafecs criminal TTodavo, continua sendo verdadeka « obsroagio do mesmo ci ita yoond inkas anes, fia que“... de toes tes institions vtedros po. ce wit clle qui tnde ep &Tanformte..” (i Btude sete ators Centrale de TObligaton, dapets Je Premier Projet de ‘Cade Civil pour !Empie Allesand, m2 1) ‘Realments, no dicsio obigacional 9 corespondéncia dos Cédigos chama logo 2 atngSo do estos. ‘Dat alegaemes, a cade, past, diplomas © trtadon estrangsis- [io 0 fizemas por amor & leglario compara, sent, ¢ tendo ‘em vista aqua sinlitade, como meio de melhor compreender © eo 0 alicia ce pt. "ho lado das tis © obras nacional, relatives a0 dito anterior ao igen nsacamos também, mates ves. 0 Antcproet de Codigo srotlnesben marco seanjado de none clara jardin atu, do- secre gon meres filo © meditado, sem embargo do erechonte Cfeopnies no vcante & ioeapfo que pretend introdasi: (0 present iro &0 enlado de um grande eforso (© masse « dees da Faculdade Pats de Dit, a socacia miltante ¢ 08 ftebalios 0 que estou obigndo, como juts do Sie ede tte emp de snprendnei me (gee gozo em mew Isr, frut ar nan Simp de Arata id sanizasio dos meus fichiciog. PREFACIO DA &* EDICAO [Neste segunda edisio procuramos tomar mais claro © noo pene amento, em signs lagares, bem como tenes oportanidade de aper- Tegour teetlle, nes tpicas que nox pareeram contr algum deft. Tevamos em cont una. outa Ie postecor@ primeira publica «algunas obras jlgades ‘ade, povém, ecrescentams nem sutraimos, no que essencaimente interene satis por ne expostas © defends na primers elise. Dpemanccendo inalerados or nossos pontos de vit. © Auton PREFACIO DA 8° EDIGAO Publnda ete obea cm 1949, o fave com que fl accidepermi- eno trae uma segunda ediso em 1985, e cata agora om 1965, nSo Chuantenatacesa dor astnts que nla te explanam, or quis. en ‘endendone com dito cristlizad, jit sido expsts, antes «depots Alen. portantos metres. (0 conto do nesta tcabtho € 0 diet ca € xf de aro em caro «ver por tra nor afestamos dele, om incesSes mais ot menos tpi tras de outro ramos do dicts, maz sempre em fan;so do nosso sbjetioo pence A leita de obras recente muito nos fom sjdado no serena da pesquisa da fel Intrprearso dae texte 8 luz dar novus tendenclas Mere lembrados, de moo particle, 2 obra dogmiticn de COnasnino Nonaro, Cars de Obrigsses «1 Antepojeto de Codigo ‘de Obrigasies de 1964, do laora de Prof. Cho Maso Siva PE una como dello cones. (Oxalé o nosso tabatho pose, de algum mod, sjadaro* idadores to dito, na excla m0 foro So Paulo, mao de 1965, © Auton PREFACIO DA 4! EDICAO f Volts s ser plead, cm son 4° edisio,o trabalho que den sminamos Da Tnexecucbo das Obsigagies © suns Consegitncls. Bsgtada 2 37 edi, detivemo-ne. algum tempo, ante 4 iia te eediar a ora, om wrt da reform do Cio Clem andanent 2 corto, porém. que a rvisio de uma le deta natures demand E nom os cSigos que tim procedéncia 40 cit foam aida pro- mugades. Nio 6 cata ctcunstinsia nor leven « cepublctr este foo. mas sind ont considera As obras de carter dogmico. que eee uma te etic! ome a iil conserum sempre a maior parte do seu valor, ainde qeunde endenttendo alterade. Sempre ites © peestadioe i extio or tabblos de Laenverrs, de i CComvatito pe MeNGonga. 0 stilt, « outas, publiador ates do Cédigo Cit Até mesmo os alunos das noses facades os compas. emora no Ths sje fit. dada san inexperience a deatina que . se compadece com 0 dito eigen, daguela qu const m capitalo tte hatin de dict. CCumpee arescentar, na mesma ordom de ids, que 0 deo dat began, em saa parte cxtraarl, nfo 6 achacado eibitas madness :maliae cscs, © que 20 enfin como novidade utr cosa no gue 2 reanurgie de osthas conceppesadaptades 8 atoalidde, ‘ [Nem por isso ze dick que odie cll no camiah: « nde [alamo ‘expeilmente do deco obrigaionl Como prove ai eth © alargamento da nosio de ondem publica clntro no dzeto rivade: 6 rico, em materia de response eat, 4 extanséo do seguro: asnts estes e outros do ambit do diet das obrigagdes & the atestarem « tansformasio, enbora tan © mores Alnds neste momento, 0 cists entreofem algo de nove no fc momento do diccto col. 5 saber, maior intimidade © mat, caro ‘comes etre 0 dirt das obvigassee © 4 cgncia contin Em 1947, a obra de Growoss Riven, Aspects Jurdigues du Car tals Moder: em 1953, Eno Brrr 2 eaquenatsar »moteia do 1 wclume da sua Teoria Generale delle Oiigasion, asin we espn ‘Prolegomen: Fussione Econoaico Sociale dei Rapport d Obbligecoat, «em 1967, obra de Rant Sxvaruc. La Théorie des Obligation, com © metal: Vion Juiique et Bcooomigus A sevisio do Citgo Cio. que or se process, extanente dark tento dos progress do dito. om seus vii stores como epoca mente we ver quando ox trabaths form pablcados ‘So Peal, fovercico de 1972. © Autos. INTRODUCAO ese“ Upartincs Soma 3-0 aus em fae So ose 1 — Depois de dscipiur o cumprieato da obegacio, ox see. « pogamento, 0 Codigo Civil ecips-ae do Inadimplemesto nvm capo Sevomimada “Das coneqitncne da inexecicto das cbrigages™ (arts 1056 3 1.058). ‘A pelea vita paecrd que a denominapho que demos ao notso lusbeio — Ds Inexecopio das Obrigoies + ants Consegincis — idintca & dagsle eapilo do Codigo. ‘Todavi. 4 uansposgfo das ters, que operamos.asinala uma dessemlhanca ene aguelae das desominages, dessemelanga es que be entende com 3 extenego da matérie a ser tatada. Reainente, © Cédige, ali, parte do pesssposto de uma obigsio io cupid, pars dlecplioaunicamente, ae conngitncias do 330: leo copits do inadimplemento om si mur do que scsnteced. sma vez que io se verfique.” Ao passe ge, no tsi que deme 20 sowo tnbilho, se compreeade,peielrmente, 0 extdo do fnadimpe: ‘mento da obigeco em! meamo, , dept, o dae mas consegténcas (© esudo da Inexecuo das obigastes abrange no someste 0 Inadinplemento absolut, como ada, © prncpalments, & mor Diaenos prinipalmonte, orgie imadimplementoabuolato da obi. eso € erento mens importante edfieloso do que a moza ate china dé mateo muitos disposivos que figura ace Cé- digs, eeasjaoportunidade a Songs diseacSesdournals,exguan- to gut insect aint da ogee no demands muipcade preston pen » so regulamentagho Ass estudamos. nu prime pate dete tbo, «inset as obigates,posmrenos 8 lavenigeribe 26 consetencln Disamon mor «connitnc ov sj, a bcgacto de epee « dano (Gi. Car. 1050), ober a ue tnt poe eee ‘espe 20 tnadieplneato abun, cone © moc conan se dane iptses das de que se oipa © Codigo, mo ctado at 1058 ‘No cimprindo = cba, o dtando de cunptle pe modo ¢ 0 tempo devils, retponde deveor por pains dane © estado telat 8 bigs de reprte @ dao ata iss no ¢ senkoo etd do dono indeisivl, sor seston mepones te nos ofrtniads de examine pomenoradamente ‘Quando o fzemos, set miter penetemon nn etre da copa scellns, porque os enetos do dann nde eo anv 2 ‘Samar pla cl Esudados 0 Inedinplenento da chigalo ¢ + consent obi ssio de dena, renate sour sens dealin das {a peniente & ligne do dao, de que ata ea opera dees 6 at 1535 do Ciigo Cv! "A exvle judil den shits fe {sexo no faces em geal a ndenagin de perds das, reer 4 liga do abe repecvo, ti ver que alo feet oe a Cavenso dat pte Dese dupe decore que a doutin de laude do dao onpeende 2 sputio: 1s) por ofc liste do juz non ‘eo ordntss 25) por detrminato dale noe cos om ee lt nec or aso mais pte ey ju ps 3) por convene da pares anda ha lv eral mu ps ‘tencial, ou arras penitenciais. _ Mata matin € vsnins © anos investor © conc, cm torso dees virion tits, sade dependen Je contac com 2 dootaas dos ton Dene modo, set le bet de out tbo, a ser publendo logo gue poste, se iso Devs now sje ntando-ee ops Agus do ponis:inerecgio de sbageio © srs comet. cond SAREE ee eee 8 atte» ow oe museca ots comics # nu coteaoes : — Adem dizer,» presente monografia compreene tds pate pollen do dieto obrigaconal, e dat a importnce do atunto, [Nem o desmerece 0 su cariter excepsonl Sem divida, © estado patolgic ¢ excerdo 20 cada fogs ow norm [io obstnt, € tal Fegiéocia da enfermidade, que ent neahus lndivideo oe enconta o estado fisioldgic pecs ‘Semelhantemente, » infragio do avenade 6, de sun natuens, ex cepcioal, mas e rspectve tatado sunume magna elevo, pela mesma {auto de ar inporsvel 0 hosem juridic, mera abstasSo. ‘A infragho € necssea:€ 0 seu eatde pertence to mundo feo mena Se ae lal, aa sis acepelo mate vst io at relates necesilas qe desham da otureca das eno (ef. Monrasaueu, Esprit des Lal, ‘ig. 3)- a infeaio da Tel ou do avencade ¢. por sua vex. ua Ie pres fupostas as nonses mis inclnacSes, e. mes sem eas. 2 singles fea {rss do entendineno,reaponssvel elas conadiges entre st pesioas de bos fe “0 home. como ser itelgente, vila, sem cea, af leit que Des enables” (e, Monesautt, ob ck. pip. 8) ‘Assn que infeagho do dever at repte sem tlio de contou- ade, por st esas que ssjmm a8 medidas de prevegio ou pois jwridic. © sudo, pois, dainfagho do avenado « das sue conseqatecas 4 de inpotincntesascenentl no dre dae abrgases, encazado como (selec inediat do diet aigciona, no mundo dos ncn”. India a ecesiode de ae realverem, com # posed pecs, pro ay, the Us omete cee’ 1 Ghamnar, Hote Gee ‘Sapett ct Seta ony popes ger" cpa ase i cl 7S penne face Spam foa, i) A mena ii ace pio o> yar seme ae eR Ai oes opens “Cone, nin, cr ri Rent Sw, La Tere der Oia rege ware ("Oana vs women» lemas que Ihe disem repeto, poblemar eater por vores dificuoso suposto, de un Todo, o imperavo de nfo se fgie & dogmite,e, de ‘eto, 0 domino tncontrastns da cate, no que tvs to inaiplee mento da obegecio 3 — Por iso meano, neshum outro campo depacs ao juts melhor cportunidade de exer © poder dluconsrio, gota Ie the concede, cde poss“ Alita, a peedowinio da canst hi de coeponder 0 do abi. [No estamos a exprinic um dejo sn ma observacSo, sts tate deste amunto em sus abr inulads I! Potere Die resionale del Giaize Cie. No segunde parte cle reune aque las idias de camlatica © de poder dacrlonsin,debaeo-da rabies "Camuistiea del potere disresinale” “Mar o abit, de gue aut falanes, fo € 0 ques relacona com «8 chamaés Bicol do Dieta Live. Nea estamos flando do abivio metal ito & daguele que © juis wan a0 apie a noma exe, praticando a chamada eqldade Indiidualiradore, © ko dequele arto que pode imporar despreao de eres objevos, come muito bem aceatuou Linn, disertendo ‘accra da lve aprecagio da prova, poe pate do jit segundo & rege a> at 118 do Cédigo de Proc Civ (ch aga de eiticn dot ‘ea, in Reo. dos Trib, 138/168), oat eters Coo Alem de Vo Tue, pg VIM “ we cy pn ot cg Bina eng ite, iae ela coal exer me jin BASE TSE Sas See Livro 1 DA INEXECUGAO DAS OBRIGAGOES ‘Tirvro 1 DO INADIMPLEMENTO ABSOLUTO ee ee ee EEae 6° Geeta degre a epee ene ‘esa en, 7° "Be dg ste andponnis aa = SSPE Sapiens shot ale ua 4 — As obrlgagber atsumider devem scr felmeste exerts Bate o einoae fundamental do capitulo do Cio tatiutado: “Dos feos dae obrigoster ‘Teatando do eumprinesto da obigato, ponders VaLviabe ¥ VAL- var: "A noma findenestal nesta main € que o develo eth Ubrgedo a efetuar a presiagio devide de um modo completo, © 00 fempo lugar determinadoe ta obrigagio” (ct. Tratado de Devecho (Gi spat vo, pg. 83). 5 — Como consegatacl,asite 20 cedar © dicta de exigic que a ovigaio se camp, tal como 26 convenconou, Algans Csdigos 0 assnalam. de modo expres, orm dieado gue co credar tem dicito de exigit do devedor » presario devida (Cid ‘Gis alemio, 241). ora prescrevendo gue 0 devedar ests cbegndo & campir a cbiggio que contaia (Cbd. Civ, taliano de 185, at. 1218) (© rosso Cédigo nfo 0 dix, expressamente Mas, 9 consgnst 0 principio segundo © qual o nfo-cumprimento 4s obigeio dino credo oie enigc pendasedanos (en 1036) ‘no exclaa, nem podis exc, o dreito que Ibe asst de exit, antes de todo, que a obugacso se cumpre, tal como se conversion (ch. ‘Waisen Sram, in Nuovo Digeto Iislane, vol Vill. iy. 1226, ar 73) 1 que ao legisla pareces dispense exprimie esta regs, ams ver que segundo = doutia, el € fundamental, em matt de ellos das obrigates (ef Bewtigua, Dito das Obrigaies, pig. 92 Por ‘acco, Le Obtligazionl nal Disito Cite Teno, vo. ln 56), Pacer Mazzowt aceniva muito bem que as abigaies prods tfets ditetos e induetos. efeto dito 0 cmprineato: eto ne- esti © pstcpal ‘So efetos inleton diene que a ei concede so credr, de modo « spurl par ebce a execute pees © ext a cbrigaggo ena a flea, o resarcimento dow danoe (ef, ltion Ditto Cle Healano, vl IV, n° 99). Ou, segunda & terminalogis de Tecra ne Frans, eletor seceatsios © acidentaa (ck Eatoso, it 879 tee 6 — 0 cumpeineato da sbsigasio. ¢ » mgt: 0 inadiapemento Vacoe so or motivor gue lvam 0 contetene © camprit 0 que promete. rimeeamente, »sinplesética:« vor da contciénci,o bibito ad- ‘ute plo honem bem edaced, Nem todos tt. verdedé, uma cnicéncts to bem formads, de sod a compris todor o# devees,somente em sstifio. a repias Mas, quando este motivo mio fnte suficente,haveia sempre 0 tenor de reprovacso public, Hate tomar leva maitae pesons 4 cunpris deveres moms 2 porque cucam e ver da consis, nem porque ssjmn esses deveres Provides de sano, mat fim de cine a seprovago de ets pares “oava, quando sida dito bats. ¢ certo que ot obsgasbes, 20 sentido juriia, ito 6, a obrigagies civ, a80 provides de sani, (ualuee que sje e sua font. logo, o cedar pode compels o devedor a que cusps cbigsio quando ele chegar a este exteao, 2 ata do devedor |i estas sgravada com oa encargor d2 mots ates motives todos fare com que a8 pesos, em rept, se dese probes, espntaneamente, des abrigngbes gue aunt 7 — 0 inadiaplemento, por pate do devedor, joe se abot, cu, tadini-se em sinples mor: fadiplemento abscluto« tadieple: imento-nors, subdivdindo-se 0 primiro dele em inadinplemento aboo- ito total e pascal. Disse 0 inainplemeno absolto quando a brigasio na fo cm rida, nem poder seo, como no cato de perecinent do jets, por fupe do devedor [Mais preciamente: quando ago mais subsite part crear 2 pose stbdade de reccber (ver m? 36 if}. Haverd mors no caso em que ¢ obsgasSo no tebe sido cumpeida so lgst. no teape, oe aa forme convencooados,sbsistind, em tole cas, possblidade de camprineato © inadinplemento absolvto — diswemor — pode ser total ow parca ‘Teal quando & obeigosSo, em sn ttliade, denon de ser cum ‘ids, como no exemplo,acina gurado, do persciseato do ev cbt, Die 0 iniplemento absolute parcial 8, . ga sbvigacio compreende vitios objeton endo um ou mais enzegues © petecedo ot restantes por capa do devedor Com rela a estes dkinos ao bd mora, evidentemente, 8 que 4 enege nem ae 5 nem se fr, “Teed havido, pois, inadinplemento abslio parcial da obsigaci. [Neste sende, Esvivoia: "O inadinplemento absoluto pode se ‘otal ov parc, coaforne « inpasbldade sbuokia de presteto. 8 Coupreeade em tu tntegridade ou em una de suss partes” (ef. Sie- tena do Divito Ci Brass, wo I, pig. 451, nota 25). Téroro 1 DA MORA. Cartruvo 1 DO CONCEITO DE MORA ‘ioe Sse wag. 24 He om Bw do me Ce SLES amine so pence dap» cam GE'S er pt €'0 igen tmpo cn ot Sess cna 5 — No campo da inexecugio dar obsigasies € sobetado 0 ns tuto da mora que requer mals delongedo exame, ob porque la ¢ tals freqiente do que o iadinplemento abclto, wes aid por casa dis difleuMdades que 0 sex etoda epreenn Consoante a chservagio de J. X. ChMvALIO O6 MENSONGA. no 6 simples, como parece. a deterninagso exate do concep de mora ‘sta difedade mals acentun quando se considers que os, congate requlada por soma postive, ¢, na ova sealeeio uric, lflnaceds grande parte pela eglidade:e, rdinatamente,¢ mals ma questo e foto gee de disio (ch. Tretado de Dveto. Comercial Brace, wok Th 1 pare, 30 192) °O decidir sobre a existnca 0 inxistnca do woes”. nota Rec impor juizo de fto e de aprecagio. ," (et. Coro Toone Prtcs ‘fi Diito Cie, vol. VI n° 296) EE a resposta do imperndor Po a Juto'BALRO ests dito sr mals ‘ero que a moc consist em fato gue em dire (ct fe 23, . XX). = Mors, no conctito dos antiges prices, ¢ 0 retardanento ‘alposo no pagar © que se deve, ou no cetsher © que nos € devo ‘Mora est tio cnt non caens debit solved el ero spend — concsito este encontadizo na dossion dos excites (ef, Grower ‘Teoria delle Obbigacion’ nel Ditto Modern Uliano, vol Ul, ne 13: ‘Avvas Mona, Institaigées do Dieito Cisl Potugds, vl Ul, n° 29, IM, 1 Cawwatno ne Mentoncn, Deana © Pratca das Obegerss wok Ino 25). [io nos parece, todavia, gue ele corresponds ao concéto de mors fem face do nosn dz, © leo por des motive Pineiro, porgue 6 leva em conta o setadament: dito: 2 paso que 0 Cédigo Civil considera ex more 9 devedor que nfo pig, ‘© credor que aso recebe no tempo, Inger forma, conencionos va nT a Mo ft iy a po bt meteuplo ie omc & ans conse u Em segundo lugar, veifa-se que ele pretupte cal como slemeatar (culpa non caren). tanto na more 0 devedor, cis nt 4 exedor. (Ora, nfo obtate as cotrovtrias doutinkias 4 que ini assets { a2o, us cols € carta culpa, em nonin die, n80 € demestar a mora do creer Assn sendo, agusle conceit, neste porto, se revels por demaie lato, dando ao elemento culpa wma exteaso que ele ndo ten. “Todevia, « detingfo ¢ bem acolida © reptile freentement A rato dito € » seguint, Geramente definese «mora do devedor. A do crear, come ssiala os autores, no tem a mesma imports (ef Aves Moan, Teese). ‘A sua fegiéacs ¢ multo menor porque rarsmente o crear dif cule 0 recebimento Por outzo lad, & certo que = mora, via de regis, manifests por ‘um retardamento, embora, em fee do notio Cédigo, « porommente fala, elt sja antes « imperfeiso no cumpeimento ds abigegio (Cempo", “logs, “forma” — a 95). Aquele conto, pois, o que faz € acpar-se de morn mals comm — do devedor — 6 do caro mais vulgar de mora, gut € 0 stan = 8 aso, Para prova de que o retardamento caraceriza 0 caso mais vulgar de mor, busta consderar que esta palaea tem, em lngunger conte, © significado de delonga, segundo consta de qualquer lxico da Bogo © lads doe icone jusdcas (ch, Casanraias Dicionaro de De- ‘echo Usual, palaven mora), endo ete também, @ seu sentido trad ‘onal em nose Dirt, cio ae vé dae Ondenagéer, gor rlaonass com a iin de tempo: "E eta coins asin empeestada deve trmar (© devedor go tempo e prazo qu Ihe for posto. nio sendo delarado tempo, cada vez que o cedor tha pedi dene tempo fea consid cm mora” (Liv. 48, Th 50, § 12) 10 — Em face do nosso dete positive, & cxte, como re de, gue o coneuto de mora ao se prende uniamente so reaedaseto, ou demor. ps ves alo os biptesescontemplada no ar 955 do Codigo, gue se reece ao tempo, lugar ¢ fering, sendo que em qualquer desses ass caractrza-se « mora, supeto 0 elemento tebe culpa (Céd Cie. a 963), Poaderam ot autores que, ands meamo pondo de pare a iia 4s tengo, vecfien-e a mote quando pagamente alo & fio na forma to lagae devidos, on quando o etdor exige que cle ae faa de dier> odo ou em lugar auto que nio 0 combinado, eeado ese 0 concrito fue reita do art 955 (ef. Brm.saua, Céfigo Ci cbs. ° 1 oo se 955; Conarnno, Ds Cliaala’ Pens! no Dirito. Brasiite, uit) A cate mesmo rept, asim se exprine O1tsino Maczico: ‘Que te entende por mora A falta de comprimento da obrigalo, aja ‘om relaglo co tempo, cis, quantile, lgsr om pesioe, ma forma ‘eaipalada,e faltendo qualquer denne cremate, tert acolo em rmors 0 devedr. Qualquerofereimeato de quantidede menor que & Jevida, ou em outro lar que alo 9 couvencionado, constiet ex fora 0 devedoe” (ck Exposcsn y Comentario del Cligo Cl! Argen- fin, wok Mpg. 163) © © axe 955 cogita do elementos objetvos ds mora: © art. 965, doe sabjetivos. (Quasto & mora do creer, aperfegoa-se la pele exitnca de on daqulas cicunstncas,dipensado 0 elemento subjetvo expe (at. 953), De sore que, para foumular wn concto unio da more do devedor¢ do credor, om nso dso, dees que ela € 0 2f0-poqeneato, ‘ulpora, ben como » seca de rceher no fen, lger« forma devioe, Anelsade: 0 clement subjetvo cups sf dick repato & more do deredore nto & do credo; as ccentincas tempo. ager © forma 8 uma © outa se referto: eo trmo devios que enpregamod ex lager Ae convencionados, de que usa © Cio, os parece als preciso, visto ‘como nem sempre a mora i= prende a uma convents bastendo reat a gue te origina de responsbidade dlital (Cédlgo, art. 962) gr Re eta. dt, com sets gute, ¢ apa ste Si at eS utsudaie 132). Na hte de divida de dinero ele alo tem davida algun de sue » culpa dlpenstvel (ns 152 e135) ¢, eno, invoca 0 art. 119, ‘lem dos dls anecedentes ‘Vejonos 8 opine de Fic (cf, Senet st Flex. Commence tu Code Paral des Obligation, vol I,m 102) Dis ele que as consegiacias da moea podem se verifleatIndepen- entemente de culpa mas indies & deco de um tinal. no sentido ‘de oe asin unicamente quando ae trata de divda de diner 5G dot en a 1.18 19 fo Cian ede de 8, gt cone deni td ts St pr 8 Se SAE Soccer We a Cig ea CG es 1M — Nio nos parece que, em face do aotio Cédige, ot posse sustestar que o devedorincore na obsgasSo de pages jure moran, a hpttse de nlo ear culpada pela demora. Vencida © a0 paga uma divide de dinheis, os juros cores desde logs. Mas a sustacis de culpa pelo nio-pagamento iapede on efttos 4s mora, Difictengs havers escusa, visto come tal aio et consere todo mula que o devedor podia prevent ‘Mas, supsto impeiimeto, sem culpa do devedr, sua estes send acetvel, 2 certo gue 0 credo, para luver os joe morstéros, af6 prsaa prover prejulso (ar. 1064), ¢ ito porque qu! ‘ands slot minus solos segundo 0 adigio wulgarizedo felon glosadores ¢ lerado pot Pranooe, ao se ecupar do art. 1183 do Cdiga Civil raed, que cre reeponde a at. 1.064 do nosso, ‘Mas iso nada tem que ver com « questo da culpe do devedon Oucasioe = lsio de Coun er Carer: “Observamos que © an, L153 afo deroge 0 dieto comm 0 que conctrte 4 extra con iggo das perdas © dance, que ¢ 2 culpa do devedor. Assn qoe 9 devedor de uma soma de disbetr no seri condenado a perdase danon se pader provar que fol devia & caso fori ou farm mae, que cle ou impedido de executa” (ef Cours flimenttire de Droit Cit) Frangais, vol, 32 HH). E'em sus cbseevacses 20 at, 1.064 do nosso Codige, Bev Aoun, to mesmo modo, sefre-se& demornculpse do deveder Poderse-is objea,€ certo, com o earqueinenta do devedor, Com efete, no caso de divide de dinhsio, oao-pagamento,sinds qe sem calpa, df como resultado a reteagio do capital elke, com posivel proveto para devedor, ‘Ma, ess sca uma rasSo pata inluencaro espico do legisador, nunc para adr a posta dos jure moratrioe «guea ato eed vee preuaos 2 quem nio eta em culpa, 2 menos que prescreva con- {eis wna dioosgto de el no-duvidna” (ab it, vol I. § 345). No tnesmo sentido, Danwoune (Pandette, vol. I, § 4, © nota 10). ‘Bm Dircito Romano, catende Maso que a cls €elementat asin a mora do devedor, coma aa do credo (ob. ct vo. § 264). Em Tentdo opsto, Maceasney (ob. cit, § 381). ‘Todavi,acescente Mayne (ob. ct, ots 4 ra maior pate dos cane, pol, a nSo-peesenga do xtdor por ss sb Clue develor 8 responsabidade, pela execu tarda ‘Mas ito alo resale, A questo se compli como problema da responsblidade na guards e conservaco de cobs. Se dssennos que © devedor conus responshvel,admiido ext © prolongamento da obigagso:€ como se 8 mor foe dele Se declimos que a so respnsabldae cess staremos ttando crear como moroe, ainda mesmo que nfo tena. cuba 22 — Para bem iacdarmos = difeldade, necesito se faz ante de tal, ofo confandie 8 queso da culpa do cedor com @ da Treats por enn justfead, ‘8 comm afimar-se gut, s¢ 9 czedorrecusn por junta case, ao cesta clmado €, porno, 0 responde. 1, se a causa da seen nlp € Jota, credo et exlpad e,pot~ taate,eponde. ‘uma conluio em gut Ioram muitos esrtors Denxoune, por exempl,assnils, deste modo, as duas itis de just cauan e elga, co discorser sobre # mora do credor: "O retard Thema deve ee ljetifindo, nto, eulpaso™ (ch. ob. ck vl. Th. § 13). ‘Ora, é preoomente ai que ext = confuso, porque juts causa ss pode tsfere-se e motivoserranos 20 cree. Enquanto que # cups nende-ce com mativor que Ihe sio pesos 23 — A cate rapt se prossnei Vow Tuna: "A reusa € ie sjustiieada, dene que eredor nfo posse invoar sanbes objets Poueo tnporte que le tenha sido smpedilo de acckar por motos pesous (pox. por ean de doeaa, de ekcusstncasimprevts, de Sho acece do ebjeto do acu extdto) e que aeshuna fla The seja ‘patie! = eve reapeto” (ck Pate Générale du Code Prat des Obligations vl Ml, § 65, n° TV). Scuro demonstra, & scitdade, a dingo ene a culpa do creer, que He reputanl-lementar na mor, © a gotntio da fos ov insta A conlsdo ausce de ropor quest estes © cedar gue tem just causa endo se escusa 0 que nia tem, tomas expel Jota casa te sentido de nlocaado. ‘Mas, a anise das fonts, gue ele Jera a eft, com minis, ‘em mates que a jets ov fnjusta canis se elaiona com of motos ve ditem reapeto 8 prtasfo ov ao soda de feud En ais cats, deta de haver mora do credo, mao mtv por que ‘la nio existe se funda a0 dito que Ihe aaete de recsar sian pse=> (edio que nfo ead conform 0 etabeleido, Scuro eteaplifia com visioe texto, que dite repelio 8 rec, or parte do creer, de ums presinio parcial ou de um prectasSo got se quer faer antes gue se verigue » condo ou pro extableido 3 favor do cedor, ou, eno, com a prea que teceira we oferee & Aelia, no caso em que o ceedr taba interest em qe la sea efeten ds pelo priprio devedor. ou, enfin, quando no aes ela ofrecila ex Topas ou tempo oportuno (c- La Mora det Credtore. pgs. 50 « 91) are outs ca, em seu sbono, tata de AmmcaKo que fal, ex- presomeate em oereciment fat em logae ov tenpo noportancs (90> thos ebjers) a defingdo adrada por Scuro 18 re cole io Pra ele, s mora acipond & @ “tardanga opoits 30 cimprinento dle uma bvigecto, pela fala da nscestia coopera. do. credor ‘quando ese ndotenke wma razSoobjetoa para recast” (0 grife € do ciel) Com se ¥, ao extn no cnetiteo element cls. [A cliorula restutva, que figure eoblinda na defingbo, no cntende com ecalpa do credor sim, com o dite gue fem de erusn pot ado couesponder © presagso 20 convencionade, Por io se die, al rato objtioa para recuse ‘Tombiet Rosset, asertsdo em face do. Citigo edeal sso ‘baer que "a questio da jutacaum se prnde & da cegulardade de tera” (fob it pg. 143). enicamente, Potacco Depoe de der que » mora do creda se verica quando ele sem jto moto, deze de pretar © requtido concute, expe © tendo daguelsexpresio: “Sem jasto motivo: a mora, ex, no se vif cara ge ele rerursse 0 pagameato que 0 devedor quisese fazerthe ‘nts do vencinente, atndo odie io ejaexclastvamente aTaer del, devedor ou, antes de se verilee a condiggo suspense, se se tata de shrigegio condiional: do meamo modo, ae reussse recber um Paga- Inento pascal...” (cf ob. ce, pig. 54). Ua repre fic pi ditingsrs junta causa para nfo sesbor nb de enn com a mors sloend Quasdo 0 devedor nfo cumpre como deve, o czeer em justa causa pots sscunar ou tej um mov ebjetva A questo da capa, propsamente, & out la 26 deaperte interege dante de wm conto negaivo: ausacia de culpa do devedor, que da sun parte ertava pronto para cumple & tlnigaio, « susacn de culpa do cxedor em receber Exemplifcando: st o creer nfo reehes porque, tendo adoetido, ficou iposibtido de apresntarse = tempo, a mor, nfo obstante, come pata el, porque independe de cps. neste sentido, mot com impropridade, que se diz que a juste caves €indferents, 0 6, mio aprveita Deve dire que a questo da culpa ¢ indferente. No a do Justa cone ino porque locugo jata cau deve reservarse par 0 no -secebimento em vide de motor etzaahos 60 cedar an sums; jute ob injsta causa da rcusa inflame soe a moro do ered (cl Foret ev Durover, Le Dra Romain des Obl- ‘gations, pig. 10). A eupe €indiferente Finalmente, aio esqueceremor um documento de ve datingue bem 9 cup da jst cosea conde valet 2 © nove Cidigo Civil italiane que, consagrando o insti de mora do credo, aio elaio com 8 ‘culps sm, com a fota caus, © act. 1206 efecese 40 credor que dein de reeher = pretecio senza motive legjittino, enquanto que, pata a mora do devedor,exige © Catign exlctamente a culpa (art. 1218) [No Cidigo Civil tallano, dastado com ob Teabelhoe Peeparatirio, publiado pelos secretiros da Comissso ministerial da relorme do Co Aigo Cia (PasoureL, Scawpniio, Statin Rictrin © DALLAS) ‘ocontnse a aota 87 da "Relasone del Guardasgil al Preto Mini Tesle dels Obbligzion'" onde est dito que sem motive legitmo no ‘agnicnprocedineta clo. io se diz, nessa nota, que a culpa nio ¢ elementar na mora do credr, sento que a goetio do motive eine nio se confunde com (da culpa, segundo estamos sistetando ‘Questo & culpa, presente, comp elemento da mora ccpen questo que (segundo aquela ota) ao feos reslida: & rimasts ‘impregiacate, 20 conziio do que coneta da nots 34 RR. (Revo ‘0 Rel) ls, stopeta 09 art. 1.205, onde ae is que o cedar snore fom moss independentemente de guslger cp 24 — A jute caus aproveta 20 crdor, Mas nfo se presume Disc, com a alegegdo de forts causa, 0 que se dé com a cus. sm mera do devedor. Como ji dicenos, meano iadependenteneate de indagagio de culpa, adne-se, provsoramente, + mora do devedor, e 58 depas St ‘cde se hs mora ow simpler setardament (ver? 15 spa). ‘Tombés: en se tatando de justa cause, admits, provtciamente, 1 mora do eredor, sm indagar at ele tem, 08 mo, jst case. or sso easina Vatviabe ¥ Vatvanon que, para ser proceeate 2 ‘cemsgnagl, € precio que 0 cedorexaja sem razSo,devendo, pote ‘ta guestio set averigiada posteriormente ‘Textaimente: "Negeio, stm casio, por parte do rede, de == ‘ober 0 pagemente pot, & de se noter gut, para fe admiic »conslg- sage 2 sutordae jadi nso tem que examina 2¢ 0 cedar se re- ‘oto com ou sem rzSo, porque averigae 0 fondamento da zeeas deve {er objeto de um jis poster” (ck. Tratado de Derecko Ci Beptl, vel Il, pig 167), Prerume-se a mora. A juste caus deve ser provada pelo ceedr 1 — Os dsfenores da necessdade da culpa, ax mors do ctdor, io somente se Fandam neste argument consstente em amplar# 9% on siacico Oe omc 8 ns cones » de junta causa 208 foe gue se selaconse dltetamente com 3 pesion Ak credor, mas peocuzam ainda wm outro, para amparo daquela te. 60 dito de rceber © E, se bf obigepso, ado pode o credor ser cosierado em sore ‘elocoies noe sev eftor, senso em caso de culpa Mas, emelhante tes € fal Foi Monnsts o prisiro a demonstar que nio hi da parte do caver abrigsio de aceite nem de coopers, nas somente det. 1 Kontaa devenvobeu a sus tera (cf, apud Suro, lect.) [No mesno sentido, Vow Tans (ob. cit, vl. I § 65, 8. te VP. A ito cbjet-e: se ee aio tem obegosio de scetar, como se once que odevedortenba o dicta de Hbera-at,forando-o a sett? A reposta aut, mag seguta, etd em que este deito bo exte cen face do eda, sy da le Diz Scuvo,ceferindo-e « Kowtan: "Com rant este ator ob- serv que a aceasfo, na genralidade dos casos, no € senfo um ‘ecto para 0 cxedor, nunca ama cbxigacé: ¢ um diceto do qual le pde gocat & ato vontade. como de qulguer otro bem pattinosia” (cle ob ct. pg 93). E falando no dito de iberasSo, por paste do devedor, crescets Seuro; "Nio valeria diate que 0 dzeto do devedor subsist, pars fim da ierasio do vince aseumide, como quer Vorcr. Certmente inl dco, mes no ext tlio 80 erdee. © dieto & tealente, que. slvaquerdand of itecses do deve- um meio par que poss Iiberatse nio obstante a falta de eooperaio do exedoe™ (cl, ob ct. pig. 93). Assn que, clocremos # queso netes tetas: 0 devedor i tem o dict de forge ocredr 9 acsare, sia, 0 dieio deve Uber. (0 exerci deste tine dire € que ocasiona & acelaio forgads, [A ecelagio, pois, € cnsegitnca ao queride pelo devedor ou, pels menos, ndfernte a ele 0 gue ee gues » Boeri Po.acco também se maniferta conta tora que abut wo credor 4 cbrigaco de acelar (cf ob eit, pg. 550), ena nota a I, cada Wovoscit screicenta: "Ente 08° propos parses do principe. sue exige culpa do eredor para 2 verifngio da sun mora ets hoje shandonado o argmeat, segundo o qual ex culpa se relciona co obvigero de reeber = presagi, Wisbeciten, por exempo,reonbece 8 flica desse ezgemento que cle anes havi coli! (© mesmo dzem Fusnnte Scuy,igalnentecados por Po.acc. com relagio o dito de ae lherar, que ausiste eo deveer, eter Potacco que 0 credor nio ext abrigado a receber 4 prestagi gue Ie devide, do mesmo modo que pode deixar incuto 9 atu fundo. Coles evidentemente bem divern desta € 0 ditto que astite 20 ddevedor de se beret da cbrigacso. ‘io dicts que coexsten, independentemeats um do outa Se € certo que a todo diet conesponde wma obsigeio, parecer primer vinta, que ao det de pagar ha de covresponder« ebrigeio de rccbe, Nio ¢ bem asin Ao dito de pagar comesponde a abrigagb'de Iibera, de gsite, sue €0 que interes 20 deveor, E az ele abt pel contignag ‘Taoto asian & gue. te @ credor, fin © Julgnda » consgnaco, persists em nio teehee cas, © deveder et guitado, pela senensa ‘gue 8 julgee precedents. [Nem outro teres pode ter, depts dia, 25 — Hs um texto de Poutrdsi, » que Scuro se refers, ¢ tam ‘bem PotAcco, tiinde come argumento em defen da tena, sudo 2 alo credor ett na gacio de recber, ‘8 aguele que ateibei so vendedor de pedsa,exstentes num Sando, © direto de fora 0 eredors reba: "Se 0 que compro as pine de um fundo nfo as quiser reir. pode se! demandado, pela otto de ‘ends, para que a8 ete” (Df 9. 191), (Mat, como bem explcam aqutes autores, 9 cetinds de pedras, nt Iipcese,convinba 20 Yeadedor, que aisim fern com © i tetenO be mack ob oma x us connate a berocapao, «passive — tendo em vita o taba do compres, fm ceils — ja vends teria sido Teka por peso mais bata, ‘Neste cso, pis que 0 vendedor quer vem = ser ao mente 0 prego das pedeas ns tombe, © sua retired [Ne esstecl, 0 comprador & devedor de obrigasto de faree (ct ‘euro, abit, p45. Dr POLACCO, abet, pg. 552) ‘Taabim exe exeaplo nor most que 2 dito do vended no 0 de forgar o credor a rectber esi, rts at pers, 0 gue ¢ (ilerte ‘Vendidas eats, « que tla permaneceniam no terreno do devedoe? [A to de lcagdo do teen, ob, de comedato? Mas, de qule cuee modo seria necesetioo contentinsto do devo. Porat, 0 contetdo econtmice Jo seu deo & 0 preso das peas ‘everducupade terreno, E num e ota disso bio de coresponder ferns de o torn efeivos Povacco lenbra nda outo caso semelhante: 0 do empresiio em seloglo 20 aris, ‘ste, quando contra, no vie, erinarmene, apenas & paga qe ‘ocmpresiis The ds, seni & poesbiidade de exbirse, a fim de gr fear fom ou conser Se 0 exprestio, enkors pagande,af0 The der nenhuma oper de, poder oars nvoca 9 diet de se exbi. 1 este um caso tipco de bsgacto de reeeber Mas dagat aio se pate geerazar, de modo a conclic pels bri gusto do eredor de sctber a prema, pois Ito sb cour em c08 Steeple como ete e outer, em gue 0 resbimento da prestcio SEE por pore do credo, trader um Intrese do devedor, gue ele ponderosa comnts. Convém obserar gut a ales, segundo a qual 0 eedor m0 tem obigocio de recber, dave entende-se no sentido do rceineato foro sles, pot, a aio eth obrigodo a receber, nem por io ex pens da contaprestacio, este modo, se A. tendo comprado um objeto # Be pag imei lament devendo eniega ser fea partesioreate e 2, por oi da eatega, A recuse resher, a6 acha auente (recut), nfo avers ifeagao neakuma B aio sofrerdpreuin. ders conserns cols ou consign, cobrando de A ae despens, em qualquer doe esc, ‘Mas, seo pagameato devers fete eno ao da entep, ext vito ue A nio poder zest a cise, «fim de ado pagse Com relsio ao pagamento, A ¢ devedo ¢ responders pela mora sloend [Nests caso responder tambiat pel mors acpend, como se dex smontza 90 n° 58, inf, 2 — O Cédigo Civil alemio precindi do elemento culpa para 0 conanto da mora scp Esta ere a doatena do prec Projeto€ &« que o Cédigo adotou (Snemiss, ob ct, m9 39 © nota I) No mesmo sentido promuncam-ze Busnow. CHALLAMEL « oats (Code iil Allemand, publi pale comié de lpsation tang, ‘rosso at. 293 « 363, non IV). Deanna (oy cit, vol, § #3) tembim 0 recoahee, dante do Cédigo: porque eter eaten @ conte, Tgosimente, em face do Cidigo Federal. a solcio & ess E, segundo Vow Tus, nese sentido jh se manifertare a jroprudéacs fsntes mesmo ds revisn dese Codigo (ef. ob ct vol I, § 65, n° IV). 2% — 0 soato Cédigo seus, nesta parte, a mesma orienta. (Com efeto, no at. 955 onde trata do tempo, lgar «modo —, tle oles 0 devedore 0 credor no sexo plano. A ambos se rele, cxpresemente Porém, 20 cogitar do elemento ubjetvo culpa, eles mencona @ devedor:“"Nio havendo fato ou omisio inputivel so devedor, slo Enaina BEvLAaUA gue, com elagio & mar do cedar, ao Bi que tender & culpa (Dito des Obrigeies,§ 36) ‘Tambén Eseio1a defende este posto de vets, com muitos erie retos © autores (ch Sitima cit, 0h Tl, pg. 487 + notes Td no texto wm laps. Faiow um pont de Interogeso aps as palavze “le- ‘mento capa" rozade o tendo). Do meno mado opisa M. L. Cax- ox cic pe cigs a aimee 3 ‘amo on ennowgn (cl Dostriea © Pritce das Obvigpses, vl. I, 263). [Nie nos poree que em dito postiv outa poss ser 2 gslugio. Segundo. Rosmuntne, spad Scuro, 0 saunto Hesperta pouco Inteese no dito lem, em foe do qual toda incerteza despareceu pata sempre com a diposigio do § 293 daguele Codigo (cf. ob. ek. ig. 91). Or, em nots ditto, o memo se db No 26 dis 0 Cio que credor ca em mor, sem nada fais screscentar (ar. 955, em eotes- pondtacla com 0 § 293 do Céligealenfo), como ainda dpe retii- amen, que 8 mor do devedor premapse a elpa (at. 963) Scuro vai lem, E, mesmo em face do Cédigo Civil dalino de 1865, onde a quetio nfo em extreme de Java, firma que: "A feos gue preatinde de toda Inpatabildede na more do credor, 0 tmeamo tempo que deiva dos prnciplos mais exats € raconal, 1 ‘ont nego fundamento 20 nosso diet, de modo = poder ser acl de plenameate™ (cob, Gt. pg. 108) CCanvacito Sart, porim, defend, entre nfs, a doutina oposta EEntende ele que o credor deve estar em culpe, porguc, do contss- ro, podert eautnrse (cf. Cidigo Cioil Brana Inerpretado, vol XII, pge 310 e see), 2% — 0 tratumento desigal qu « le di 0 credor ¢ 20 devedoe ‘io pernitiado que aque se esise com a ousacia de calpa © permi- {indo que ete o fogs, radu ums fnjustia so parecer de alguns autores. (Que a solusfo & cama em face do nosso dict constitide no lenge divide J. 0 dexamos dito ne n° anterie. ‘Todavia, parce-os muito difell de enco damento parse decdis por eave modo 0 verdadero fo Scuro invoca x sepa Casum sone ereitor ou Res peri credo EE acrecenta que #e 0 credor deve euportar ot danot do ataso quando sobeeve caso fortto 80 deveder, com maori de rio eve padeces os que desivem de caso fertuto que cobevenka a tle tsedot (cf 0 ce. 99) Pouacco explica dieado que o devedor tem obrigasso de pagar 0 eedor 9 tem distor, ado eats cbigado = sesbe, Em compeasssio. deve dare 0 devedor a vantagem de ser cseurndo da mors pela afo-culps, © io o set © cedar Se ao bk patdade al, nfo deve haver agu (Outros autores do outos tases ‘Todevia, sebum dee satifar plenamente Com cfeto, dada «inexisténct de culpa de ambos. credore deve- dor, € dado que cae nese Interim perega, quem perde & 0 creer, nda que « perde © d€ por calpa do devedr, Sim, porgue» mocs do cdot, independendo de exp, aperfegonds ‘stark pelo simples ata. More, neste caso, ¢ gual 9 eardamenta, E seposta 0 mora do cedar, o devedor, ainda que culpa, iat sede sesponder pela peda da coe, a no se no caso de dla (Cédigo, se 957) ‘Mas gual sert © motive pr gue s reputa just que o credo Pte 0 pesiubo! Néo o vemos Ese nenhuma das partes tem cups, os danot, que porventure se riginaren da iexeeuio, deve separ. Dirsea que enbora nio eupade o eedor, 1 todo 0 caso 2 sum ato-coopera se liga 4 organizagio que le dex aot negécon, de forte que se as jana sujeli-lo ao dono, em vez de responsaizat deve, ‘Mas, nem sempre o empeciho & dos que te prendem ao chamado ase foctito interme. Pade acontecer que sein absolut, dagueles que ‘semariam 0 devedoe. até meumo em face da teoria do ico, sem que or io eaten 9 cedor, Exemplo: atime, motivade por prs ja Pot tudo Iso ques nos parecer que seria ie justo repartem-re os prejlzos. "Todavia, assim no 6, em face do Cédlgo, pois » mors do ezedor srenade ds culpa 30 — Analiados, camo flere, of dols clement da more, © objeto © 0 sabjetvo, compre indagar cerca de um terctco, x ght fazem eefertcia certon autores, on mono OM okt as cxaobe % Gone, apts aceite o conc de mora come retardaenta

Você também pode gostar