Você está na página 1de 62

Samael Aun Weor

LOGOS, MANTRA E TEURGIA

TRATADO ESOTÉRICO DE
TEURGIA

2ª Edição

2020
Título original em espanhol: Logos, Mantram, Teurgia
(Primeira Edição em março de 1959) y Tratado Esotérico de
Teurgia (Primeira Edição em novembro de 1958).
Direitos Reservados no Brasil ao Departamento Editorial
IGA-FÊNIX (Instituto Gnóstico de Antropologia do Brasil).
Vedada a tradução ou reprodução total ou parcial desta obra
sem a prévia autorização do Instituto Gnóstico de Antropologia
do Brasil – Departamento Editorial IGA-FÊNIX.

Edição Gnóstica IGA-FÊNIX – Brasil


Primeira Edição – 2000 – Tiragem: 1.000 exemplares
Segunda Edição – 2020 – Tiragem: 300 exemplares

Ilustração da Capa: Corpus Hermeticum (por Édson Collo)

A926 Aun Weor, Samael, 1907-1977


Logos, mantra e teurgia ; e, Tratado esotérico de
teurgia/ Samael Aun Weor ; traduzido pelo Instituto
Gnóstico de Antropologia. – Rio de Janeiro : IGA Fênix,
2020.
212 p. : 21 x 14 cm
Tradução de : Logos, mantram, teurgia e Tratado
esotérico de teurgia
ISBN 978-65-990085-3-5

1. Gnosticismo. 2. Ocultismo. 3. Espiritualidade. 4.


Esoterismo. I. Título. II. Tratado esotérico de teurgia.
III. Instituto Gnóstico de Antropologia
CDD:299.932
CDU: 273.1
Ficha catalográfica elaborada por Rosilda Cardoso da Silva CRB-7/4079
Samael Aun Weor

“No princípio era o Verbo,


e o Verbo era com Deus,
e o Verbo era Deus.
Este era no princípio com Deus.
Todas as coisas por Ele foram feitas
e sem Ele nada do que foi feito,
houvera sido feito.
Nele estava a vida
e a vida era a Luz dos homens.
E a Luz nas Trevas resplandece
mas as Trevas não a compreenderam.”

PRÓLOGO

Neste livro estão resumidas duas extraordinárias obras do


V. M. SAMAEL AUN WEOR a propósito do Verbo e de seu Poder
Sagrado. Agregam-se ainda duas importantes conferências
pertinentes aos temas tratados neste livro.
Os mistérios do Logos, o Verbo, o Exército da Voz, são
revelados pelo Mestre Samael nestas obras, como nunca
ninguém houvera feito antes.
Desse modo, compete ao Avatara da Síntese revelar os
Arcanos do Logos e do Amor, com um estilo que vai mais além
da mera erudição; obedecendo ao conhecimento preciso dos
remotos mistérios que resistiram à prova dos séculos e que
agora se expressam através da Voz do Mestre.

5
Samael Aun Weor

Somente que tem o poder do Verbo pode entregar à huma-


nidade as palavras de poder, os Mantras necessários para a ele-
vação espiritual. Assim fizeram Hermes, Moisés, Zoroastro,
Krishna, Buda e Jesus Cristo.
Agora cabe ao V.M. Samael Aun Weor revelar os ensinamen-
tos daqueles que antes encarnaram o Verbo recuperando, para
nosso benefício, o sentido oculto desses ensinamentos. Isto
porque: “a vós é dado conhecer por parábolas para que vendo
não enxerguem e ouvindo não entendam”.
Também aqui os processos teúrgicos são explicados
detalhadamente, de tal maneira que podemos afirmar, sem
nenhuma dúvida que, na obra do Mestre, através do seu
poderoso Verbo, tem-se verificado o Sagrado Mistério da Letra.

O Editor (México)

6
Primeiro Livro

LOGOS, MANTRA E TEURGIA


Capítulo I

O LOGOS

INVOCAÇÃO: O ESPÍRITO SANTO


Conhecemos um homem que se chamava João. Ele era um
excelso teurgo! Sabia sair conscientemente em corpo astral.
Uma noite, a mais sossegada, a mais silenciosa, estando fora
do corpo físico, João invocou o Espírito Santo. De repente, uma
ave maravilhosa, uma branca pomba, de uma brancura
inefável, com a cabeça de um Ancião Venerável e com uma
longa barba branca, alvíssima, flutuou deliciosamente sobre a
cabeça do teurgo. Era de se ver e admirar aquela imaculada
pomba, tão grande e tão formosa, com cabeça de um Venerável
Ancião. A branca pomba pousou sobre os ombros de um amigo
de João e segredou-lhe sábios conselhos. Depois, a pomba de
inefável brancura com cabeça de um Venerável Ancião parou
diante de João. Cheio de êxtase, nosso bom discípulo interrogou
o Espírito Santo:
— “Senhor meu! Ó Deus meu! Diga-me, como vou? Estarei
indo bem?...”
A alva pomba, assumindo uma sublime forma humana, falou
cheia de amor:
— “Filho meu, vais mal!”
— “Senhor, diga-me, por que vou mal?”
E o Espírito Santo declarou:
— “Eu estou curando uma de tuas enfermas, a enferma que
está sob teus cuidados. Não és tu... sou eu quem a cura e, no
9
Samael Aun Weor

entanto, tu tens cobrado dinheiro. Esses poucos centavos que


recebeste deves devolver. Foram dados a ti com muito
sacrifício!”
João consternado, respondeu:
— “Senhor, se devolvo esses centavos então andarei bem?”
O Venerável Ancião respondeu:
— Sim, dessa forma sim, irás muito bem, muito bem!
João abraçou o Venerável Ancião, cheio de imenso amor.
Então o Ancião abençoou a João e se afastou. O teurgo sabia que
o Ancião era o seu próprio Espírito Santo, que era Binah, o
Terceiro Logos... Indiscutivelmente, todo ser humano tem sua
pomba branca inefável.
O Logos é Unidade Múltipla Perfeita.
O Espírito Santo é o Terceiro Logos e a força prodigiosa do
Terceiro Logos flui em todo o Universo.
Nós fomos criados pelo Terceiro Logos.
A LIBERTAÇÃO DA ENERGIA DO TERCEIRO LOGOS
O ser humano deve libertar a energia do Terceiro Logos de
seus obscuros fundos animais para fazê-la retornar, convertida
em torrente de fogo líquido para dentro e para cima. A
Kundalini ascende pelo canal central da medula espinhal até
chegar ao topo da cabeça. Essa é a energia criadora do Terceiro
Logos.
O SEGUNDO LOGOS - CHOKMAH
Outra noite, João abandonou seu corpo físico e saiu em corpo
astral. Fora do seu corpo, despojou-se de todos seus veículos,
de seus sete corpos... Isto só é possível mediante um êxtase
supremo. João movia-se nesse segundo princípio mediador
conhecido pelos cabalistas como Chokmah. Chokmah é o
Segundo Logos, Unidade Múltipla Perfeita.

10
Capítulo II

MANTRAS

O SOM UNIVERSAL
Todo movimento é coessencial ao Som. Onde quer que exista
movimento, existe som. O ouvido humano só consegue
perceber um limitado número de vibrações sonoras; porém,
acima e abaixo dessas vibrações que o ouvido registra, existem
múltiplas ondas sonoras que ninguém alcança perceber. Os
peixes produzem seus sons peculiares; as formigas se
comunicam entre si por meio de sons inaudíveis a nossa
percepção física. As ondas sonoras, ao atuarem sobre as águas,
produzem movimentos de elevação e de pressão; ao atuarem
sobre o ar, produzem movimentos concêntricos. No átomo, os
elétrons, quando giram ao redor de seus centros nucleares,
produzem certos sons imperceptíveis para o ser humano. O
fogo, o ar, a água e a terra têm suas notas sonoras particulares.
A NOTA-CHAVE
As sete vogais da Natureza: I, E, O, U, A, M e S ressoam em
toda a criação.
Cada flor, cada montanha, cada rio... tem sua nota-particular,
sua nota-síntese. O conjunto de todos os sons produzidos no
globo planetário formam uma nota-síntese no imenso coro do
espaço infinito. Cada mundo tem sua nota-chave. O conjunto de
todas as notas-chaves do infinito forma a inefável orquestração
dos espaços estrelados. Isto vem a se constituir na Música das
Esferas da qual falava Pitágoras.
17
Samael Aun Weor

A AFINIDADE VIBRATÓRIA
Se um músico, ao tocar um instrumento, produzisse a nota-
chave de um homem e se a prolongasse até o máximo, esse
homem morreria instantaneamente.
Todas as células do organismo humano são sustentadas
pelo som, pelo Verbo. Os átomos de todo organismo vivem em
incessante movimento e tudo o que está em movimento soa. O
Logos soa. A nota-síntese de todo movimento atômico do orga-
nismo humano poderia, por uma lei de afinidade vibratória,
matar instantaneamente o ser humano.
Diz-se que quando Josué tocou a trombeta, caíram os muros
de Jericó. Nesse caso, Josué emitiu a nota-chave dos muros de
Jericó. No exército, sabe-se que, quando um batalhão vai atra-
vessar uma ponte, deve romper a cadência da marcha, para não
destruir com seu ritmo sonoro a estabilidade da ponte. Ao tocar
uma nota num piano havendo outro piano próximo, este último
repetirá a mesma nota do primeiro. Isto se deve à lei de afini-
dade vibratória. Leve-se este exemplo ao caso que menciona-
mos... Realmente, se um músico produzisse a nota-chave de um
homem e a prolongasse demasiado, pela lei de afinidade vibra-
tória, se repetiria no organismo desse homem o fenômeno dos
dois pianos. Isto significaria morte instantânea, noutras pala-
vras, uma comoção intensíssima, fora da resistência do equilí-
brio normal da estrutura humana.
A GEOMETRIA DA PALAVRA
A palavra produz figuras geométricas objetivas. Tais figuras
permeiam-se de matéria cósmica e cristalizam-se material-
mente. No princípio, era o Verbo e o Verbo estava com Deus; e
o Verbo era Deus. Por Ele, todas as coisas foram feitas... As figu-
ras geométricas das palavras estão concretamente demonstra-

18
Capítulo III

TEURGIA

O SACERDÓCIO DA TEURGIA
A teurgia permite trabalhar nos mundos superiores. Jâm-
blico, por exemplo, foi um grande teurgo que sabia invocar os
Deuses Planetários para conversar com eles.
A teurgia é divina. Não se pode ser teurgo sem o conheci-
mento de si mesmo. O Deus Interno de todo homem resulta ser,
no fundo, o legítimo e autêntico teurgo.
Existem três aspectos bem definidos no homem: o Cristo
Interno, a Alma e o Diabo.
Qual destes três aspectos deve e pode exercer o sacerdócio
da Teurgia?
Vejamos:
O “EU” PSICOLÓGICO É SATÃ
O Diabo se constitui no “eu”, no “mim mesmo”, no “ego” que
todo homem carrega dentro de si. Essa entidade tenebrosa está
composta de átomos do Inimigo Secreto.
Em certa ocasião, junto com certos investigadores, nos
propusemos a estudar nos mundos superiores aquele grande
homem que se chamou Arnold Krumm-Heller. Escritor de
numerosas obras, Heller havia desencarnado, relativamente há
pouco tempo. A investigação foi realizada quando atuávamos
fora do corpo físico.
Invocamos o Mestre Krumm-Heller, mas quem acorreu ao
nosso chamado foi o “eu” psicológico, o seu Satã!
23
Capítulo IV

O ANJO AROCH

INVOCAÇÃO AO ANJO AROCH


Certa noite, João se desprendeu de seu corpo físico.
Indubitavelmente já era muito experiente no desdobramento.
Sabia mover-se conscientemente em corpo astral, sendo um
investigador competente dos mundos superiores. Estando fora
do corpo físico, João se sentiu tomado por uma sutil e grande
voluptuosidade espiritual, inexpressável. Não há maior prazer
do que a Alma se sentir desprendida. Ali, nos mundos internos,
o passado e o futuro se irmanam dentro do “eterno agora”. Ali
o tempo não existe. João sentia-se feliz... Entrou pelas portas do
templo seguindo sua própria inspiração mística. Depois, o
maravilhoso teurgo invocou o Anjo Aroch, Anjo de Mando. Fez
a invocação da seguinte forma:
“Em nome do Cristo, pelo poder do Cristo, pela majestade
do Cisto, eu te chamo: Anjo Aroch!... Anjo Aroch!... Anjo
Aroch!...”
OS TENEBROSOS DAGDUGPAS
O resultado foi surpreendente. Em poucos instantes aden-
trou pela porta do templo um formoso menino aparentando
uns doze anos de idade. Era o Anjo Aroch.
Este Anjo se desenvolve no Raio da Força e trabalha inten-
samente com os discípulos que percorrem o caminho do
Adepto.

27
Samael Aun Weor

Envolto em sua túnica branca, aquela preciosa criatura sau-


dou a João e sentou-se ao seu lado frente a uma mesa do tem-
plo. Então, João o consultou a respeito de várias coisas e, por
sua vez, expôs-lhe uma queixa sobre certos Tenebrosos de uma
escola de magia negra que difamavam horrivelmente os Ensi-
namentos Gnósticos. Tais Tenebrosos tinham uma universi-
dade onde se estudava a ciência tântrica do clã dagdugpa, a ci-
ência dos dugpas ou bhons de capacete vermelho. Para esse te-
nebroso clã tibetano, o Sambhala, a morada da Loja Branca, no
dizer deles, era a cidade do terror na qual se move a força
fohática cega, e mil calúnias mais.
Esses Tenebrosos rendem culto à Deusa Kali e praticam a
Ciência dos Nicolaítas, o Tantrismo dos Tenebrosos.
DIFAMAÇÃO CONTRA O GNOSTICISMO
O caminho Tau conduz à libertação final; sendo, portanto, o
caminho dos iniciados gnósticos. Os tenebrosos do clã
dagdugpa ensinam a sombra, o oposto do caminho do iniciado,
sua antítese, a fatalidade.
Os sequazes dessa associação secreta lançavam impropérios
difamantes contra o Movimento Gnóstico e João sofria o
indizível. Por isso, expôs sua queixa ao Anjo Aroch, mostrando-
lhe também uma revista que atacava violentamente a Gnose. O
Anjo tomou uma balança, pesou o bem e o mal e disse em
seguida: Eu ajeitarei isto! O resultado foi extraordinário. Em
poucos dias, aquela sociedade secreta se dissolveu e fracassou
rotundamente.
MANTRA PRÓ-KUNDALINI
Depois da queixa mencionada e da promessa de interven-
ção, João pediu ainda que o Anjo Aroch lhe ensinasse o mantra
mais poderoso que existe em todo o Universo para despertar a

28
Capítulo V

O ESTADO JINAS

MANTRAS E JINAS
Um grande amigo nosso, que se dedica à Astrologia
científica, contava-nos, certo dia, o caso de um homem que,
quando era colocado na prisão, desaparecia misteriosamente,
burlando a vigilância de seus guardiães. Era inútil encerrá-lo na
prisão. Resultaria inútil também prendê-lo com correntes
porque ele sempre se livrava e desaparecia.
Esse homem criou amizade com o astrólogo e, finalmente,
não achou inconveniente algum em revelar a técnica Jinas, o
valioso segredo. Vejamos: sobre um pão grande se escreve o
seguinte mantra: SENOSAN GORORA GOBER DON
Estas palavras mântricas devem ser escritas com lápis, tinta
etc., dispostas em forma de cruz. A distribuição do mantra
ficará da seguinte forma: no sentido horizontal escreve-se o
mantra SENOSAN GORORA; no sentido vertical escreve-se o
mantra GOBER DON. Estas últimas palavras devem ser escritas
de cima para baixo, verticalmente, passando pelo espaço que
deixam entre si as duas primeiras palavras sagradas. Em
seguida, o estudante come o pão.

30
Capítulo VI

A AVE DE MINERVA

O QUETZAL
A Ave de Minerva é o símbolo da Sabedoria.
Não é pouco o que se tem falado sobre o quetzal, no entanto,
poucos são capazes de entender todo o mistério desse pássaro
sagrado. O quetzal é uma das aves mais belas do mundo. Sua
cauda é longa e formosíssima; sobre sua cabeça brilha um
penacho de beleza incomparável, verde e sedoso. Toda a
aparência desse pássaro convida-nos à reflexão.
A Ave de Minerva, o quetzal milagroso, resulta das
incessantes transmutações do fogo. O poder secreto dessa Ave
de Minerva permite ao homem transformar-se em um deus.
Proporciona a cada um metamorfosear-se no que quiser. O
poder secreto do quetzal proporciona a abertura dos chacras
ou rodas magnéticas do corpo astral.
Quando o fogo sagrado de Pentecostes sobe pelo canal cen-
tral da medula espinhal, tem o poder milagroso de transfor-
mar-se em uma Ave de Fogo. O quetzal é o símbolo da Ave de
Minerva e se constitui na chave do poder sacerdotal.
O ARCANO A.Z.F. E A KUNDALINI
O teurgo pode fazer uso do poder sacerdotal quando estiver
trabalhando com o Arcano A.Z.F. Já dissemos que, na união do
falo e do útero, encontra-se a chave de todo poder evidente. Já
se advertiu que o teurgo, em toda sua vida, jamais deverá

34
Logos, Mantra e Teurgia

ejacular a entidade do sêmen. Sendo assim, por meio do desejo


refreado, ele transmutará o líquido seminal em mágicos e sutis
vapores. Esses vapores, por sua vez, transformar-se-ão em
energias crísticas, eletromagnéticas.
A ascensão das energias criadoras do Terceiro Logos
realiza-se ao longo dos cordões ganglionares conhecidos no
Oriente com os nomes de Ida e Pingala. Estes dois cordões são
as duas testemunhas do Apocalipse, que se enroscam na
medula espinhal, formando o Caduceu de Mercúrio. Quando os
átomos solares e lunares que ascendem pelos dois cordões
ganglionares conseguem fazer contato com o osso coccígeo
perto do triveni; então desperta o fogo sagrado da Kundalini, a
serpente ígnea de nossos mágicos poderes. A ascensão da
Kundalini ocorre através do canal central da medula espinhal.
A Kundalini se desenvolve, evoluciona e progride dentro da
aura do Logos Solar. A Kundalini ascende lentamente, de
acordo com os méritos do coração. Os fogos do coração
controlam a subida da Kundalini. O fogo da Kundalini se
transforma na Ave de Minerva! No entanto, para que isso
ocorra é preciso conhecer a chave.
MANTRA PARA A MAGIA SEXUAL
Agora, já não podemos negar à humanidade a chave dos
poderes que divinizam. Com satisfação, estamos entregando a
nossos discípulos esta chave maravilhosa. Durante o transe da
Magia Sexual vocaliza-se o mantra: JAO RI
Prolonga-se o som de cada vogal e ordena-se à maravilhosa
Ave de Fogo que abra, ative e desenvolva o chacra que necessi-
tamos. Estejam seguros que a Ave de Minerva trabalhará sobre
o chacra, disco ou roda magnética sobre o qual receba ordens
supremas.

35
Capítulo VII

OS CHACRAS

AS VOGAIS E AS FACULDADES DOS CHACRAS


As sete vogais da Natureza – I, E, O, U, A, M e S – ressoavam
antigamente em todo o organismo humano. Quando o homem
saiu das terras Jinas, perdeu o ritmo e a harmonia.
O homem deve perceber a urgente necessidade de fazer com
que as sete vogais da Natureza voltem a vibrar novamente em
seu organismo; que as sete vogais voltem a ressoar intensa-
mente nas caixas internas de ressonância, bem como nos ple-
xos ou chacras do corpo astral.
A clarividência é desenvolvida com a vogal “I”.
A clariaudiência é ativada com a vogal “E”.
O centro do coração que promove a Inspiração se ativa com
a vogal “O”.
Os chacras pulmonares, que facultam a recordação das re-
encarnações passadas, são desenvolvidos com a vogal “A”.
As vogais “M” e “S” fazem vibrar todos os centros internos.
Todas estas vogais, sabiamente combinadas com determina-
das consoantes, integram os mantras que facultam o despertar
de todos os chacras.
Em seguida, explicitaremos ao discípulo algumas séries
destes mantras.

38
Logos, Mantra e Teurgia

PRIMEIRA SÉRIE DE MANTRAS:


CHIS - (clarividência; chacra entre as sobrancelhas)
CHES - (clariaudiência; chacra da laringe)
CHOS - (intuição; chacra cardíaco)
CHUS - (telepatia; plexo solar)
CHAS - (memória de vidas passadas; chacras pulmonares)
VOCALIZAÇÃO
A vocalização deve ser feita prolongando-se o som de cada
letra. A combinação das letras “C” e “H” está presente com fre-
quência nos mantras hebreus, possuindo imenso poder má-
gico.
A vocalização de cada mantra faz vibrar o centro magnético,
chacra ou disco com o qual se acha relacionado. A letra “S” está
intimamente ligada ao fogo e é vocalizada dando-lhe uma ento-
nação especial: um som sibilante, agudo, semelhante àquele
produzido pelos freios de uma máquina de ar comprimido.
SEGUNDA SÉRIE DE MANTRAS:
IN - (clarividência; chacra entre as sobrancelhas)
EN - (clariaudiência; chacra da laringe)
ON - (intuição; chacra cardíaco)
UN - (telepatia; plexo solar)
AN - (memória de vidas passadas; chacras pulmonares)
VOCALIZAÇÃO
Prolonga-se o som de cada vogal e dá-se à letra “N” uma
entonação de campainha, sonora e forte.
TERCEIRA SÉRIE DE MANTRAS:
INRI - (clarividência; chacra entre as sobrancelhas)
ENRE - (clariaudiência; chacra da laringe)
ONRO - (intuição; chacra cardíaco)
UNRU - (telepatia; plexo solar)
ANRA - (memória de vidas passadas; chacras pulmonares)

39
Capítulo VIII

SAÍDAS EM CORPO ASTRAL

AS PROJEÇÕES DO TEURGO
O teurgo precisa adquirir prática para ter a capacidade infa-
lível de projetar-se conscientemente em corpo astral. Esta ca-
pacidade deve ser estabelecida, tal como um hábito que é diri-
gido voluntariamente, em qualquer momento ou circunstância,
não importando que se esteja só ou diante de testemunhas.
Caso isto não se efetive, fica demonstrado que não é teurgo.
Os discípulos conhecerão agora numerosas chaves para
adquirirem esta admirável e preciosa capacidade de sair em
astral.
PRIMEIRA CHAVE:
O discípulo deve adormecer ao tempo em que vocaliza o
mantra FARAON. Este mantra deve ser dividido em três sílabas,
da seguinte maneira:
FFFFFFFAAAAAAA
RRRRRRRAAAAAAA
OOOOOOONNNNNNN
A vocalização da letra “R” já foi explicada anteriormente.
O discípulo deitará com a boca para cima. Colocará as
palmas das mãos estendidas sem tensão alguma sobre a
superfície do colchão; as pernas flexionadas, joelhos para cima
e plantas dos pés descansando sobre a cama.
Todo o corpo deve estar relaxado, membro por membro.

42
Capítulo IX

EXERCÍCIOS ESPECIAIS

CLARIVIDÊNCIA-RETROSPECÇÃO
O exercício mais poderoso do mundo para desenvolver a
Clarividência é aquele chamado em ocultismo de “exercício
retrospectivo”.
O discípulo, submergido em profunda meditação interna, co-
meça sua prática da seguinte forma: trata de recordar detalha-
damente os últimos incidentes de sua vida ocorridos durante o
dia; depois buscará a recordação dos penúltimos; em seguida,
dos antepenúltimos e assim sucessivamente. Deverá aplicar
sua percepção e atenção retrospectiva a todo drama de sua
vida. Acabará por recordar-se dos últimos quinze dias, do úl-
timo mês, do antepenúltimo... do último ano, do antepenúltimo
etc., sempre de forma retrospectiva, como quem está repas-
sando a leitura de um livro desde a última página até a
primeira, sem pular nenhuma página intermediária.
Ocorre que, ao tentar recordar os primeiros sete anos da
vida infantil, a prática retrospectiva se torna mais difícil. No
entanto temos de admitir que todos os incidentes, todas as
representações daquele período de nossa infância estão
depositadas na “bolsa do subconsciente” e a tarefa mais
importante é trazer, à luz da Consciência, essas recordações do
fundo dessa “bolsa”.
Isto só é possível no ato de nos entregarmos ao sono. Todo
ser humano entra em contato com seu subconsciente durante
o período de sono. Pois bem, nos instantes em que estiver
53
Samael Aun Weor

quase adormecendo, o estudante combinará o exercício retros-


pectivo com o sono e se esforçará para recordar, repetimos, to-
dos os incidentes de sua vida até chegar à etapa quando tinha
sete anos de idade, sempre em forma regressiva. Revisará ano
por ano, desde o sétimo até o primeiro e, depois, até o instante
em que nasceu. Tenha certeza de que as recordações irão sur-
gindo pouco a pouco, depois de duros esforços e de numerosas
e infatigáveis práticas retrospectivas, noite após noite.
A REENCARNAÇÃO E O MANTRA ESPECIAL
O estudante pode utilizar, combinando com o exercício
retrospectivo, os mantras: RAOM que são vocalizados
mentalmente da seguinte forma:
RRRRRRRAAAAAAA
OOOOOOOMMMMMMM
Esse mantra se vocalizará mentalmente.
Depois que o estudante houver revisado sua vida atual até
seu nascimento, estará preparado para dar o salto até a
recordação do último instante de sua passada reencarnação.
Claro que isso implica um esforço a mais, bem como um maior
gasto de energia. Então o estudante, combinando o sono com o
exercício retrospectivo e com os mantras, tratará de reviver
com a memória, recordando o último instante daquela reencar-
nação, o penúltimo, a velhice, a maturidade, a juventude, a ado-
lescência e a infância. Tenha confiança de que conseguirá! Du-
rante essas práticas produz-se o desdobramento astral.
O estudante que tenha sido capaz de reviver suas passadas
reencarnações, tornar-se-á clarividente e, a partir desse
momento, estará apto a estudar, na “memória da natureza”, a
história completa da Terra e de suas raças.
Este exercício retrospectivo faz girar o chacra frontal.
54
Capítulo X

LUZ E TREVAS

ANTÍTESES ESOTÉRICAS
Existem duas Lojas que se combatem mutuamente: a Branca
e a Negra. Luz e Trevas!
Onde a luz brilha mais límpida e intensamente, também
coincidem espessas trevas. O duplo de todo Anjo de Luz é um
Anjo das Trevas.
Igualmente, o duplo de todo templo de luz é, da mesma
forma, um templo de trevas
Em nosso Tratado Esotérico de Teurgia explicamos esse
mistério das almas-gêmeas.
Diz-se que Gautama Buda, o Grande Iniciado, tinha um irmão
e rival chamado Devadhet o qual, segundo os budistas, era o Rei
dos Infernos.
Toda pessoa tem um “duplo humano” encarnado nela. Esse
duplo é exatamente igual em aparência, atitudes, modos, em
certas capacidades etc. Com isso, não se faz referência ao duplo
etérico ou ao duplo astral; trata-se de outro tipo de “personali-
dade” diferente: uma alma-gêmea, uma antítese. Essa alma ou
“duplo” possui as mesmas feições físicas da pessoa consti-
tuindo-se exatamente numa antítese.
Assim também a Loja Branca tem sua antítese: a Loja Negra.
Os Magos Negros da Loja Negra lutam para desviar o homem
do caminho. Por isso, torna-se necessário, inadiável, premente,
que o estudante aprenda urgentemente, a defender-se dos
ataques desses Tenebrosos.
58
Logos, Mantra e Teurgia

DIVERSAS FORMAS DE ATAQUES DOS TENEBROSOS


Os Tenebrosos possuem, em seu cabedal maléfico, uma
infinidade de recursos para atacar o homem de diversas
maneiras:
1 – Durante o sono;
2 – Durante o estado de vigília;
3 – Com trabalhos de magia negra;
4 – Por meio de obsessões psíquicas;
5 – Através de inimizades;
6 – Com enfermidades orgânicas;
7 –Por meio dos vícios;
8 – Mediante certos aspectos da cultura;
9 – Por intermédio de falsos profetas;
10 – Com a intervenção dos elementais.
AS SEDUÇÕES ONÍRICAS DAS MAGAS NEGRAS
Aqueles que trilham, no caminho, são atacados pelos tene-
brosos quando se entregam ao repouso do sono.
Nos mundos internos, existem templos de magia negra e dali
seus afiliados tenebrosos enviam certas magas negras, belíssi-
mas e sedutoras, até o estudante, com o único propósito de
fazê-lo cair sexualmente. Eles e elas sabem que, quando se der-
rama o líquido seminal, a Kundalini descende e o débil e incauto
estudante perde seu poder.
CANTO MÂNTRICO
Então é necessário que o estudante aprenda a defender-se
desses ataques noturnos. A propósito, o Anjo Aroch nos reve-
lou um canto mântrico para a defesa pessoal contra os tene-
brosos. Este canto deve ser entoado antes de dormir, da se-
guinte forma:

59
Capítulo XI

MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA

OBCECADOS E POSSESSOS
Os Magos Negros também sabem perturbar suas vítimas por
meio de ideias fixas.
O próprio Evangelho cita numerosos casos de possessos.
Comumente, os médiuns do Espiritismo são obsidiados por
larvas que pululam nas baixas regiões do mundo astral e,
também, por demônios. Todos esses casos são curados
recitando-se diante do enfermo a seguinte Conjuração:
CONJURAÇÃO DOS QUATRO:
Caput mortum, imperet tibi Dominus per vivum et devotum
serpentem!
Cherub, imperet tibi Dominus per Adam Jot Chavat!
Aquila errans, imperet tibi Dominus per alas tauri!
Serpens, imperet tibi Dominus Tetragrammaton per
Angelum et Leonem!
Michael, Gabriel, Raphael, Anael!
Fluat udor per Spiritum Elohim!
Manet in terra per Adam Jot Chavat!
Fiat firmamentum per Jeová Sabaoth!
Fiat judicium per ignem in virtute Michael!
Anjo de olhos mortos, obedeça ou dissipa-te com esta
água santa!
Touro alado, trabalhe ou volte à terra se não queres que
te firas com esta espada!
71
Samael Aun Weor

Águia acorrentada, obedeça ante este sinal ou retira-te


com este sopro!
Serpente móvel, arrasta-te aos meus pés ou serás
atormentada pelo Fogo Sagrado e evapora-te com os
perfumes que eu queimo!
Que a água volte à água!
Que o fogo arda!
Que o ar circule!
Que a terra caia sobre a terra pela virtude do Pentagrama
que é a Estrela Matutina e em nome do Tetragrama que
está escrito no centro da Cruz de Luz.
Amém. Amém. Amém.
Também se pode recitar a Conjuração dos Sete do Rei
Salomão, tal como está escrito em nosso Tratado Esotérico de
Teurgia.
Ademais, devem-se fazer defumações diante do enfermo,
queimando em brasas as plantas conhecidas como sálvia e
arruda. O procedimento deve ser igual ao que foi explicado no
capítulo precedente.
No umbral da porta, desenhar-se-á o Pentágono de Salomão,
com carvão sobre o solo, da seguinte maneira: o ângulo
superior da estrela de cinco pontas ficará apontado para
dentro enquanto os dois ângulos opostos ficarão para fora.
Depois se ordenará aos tenebrosos conjurando: “Em nome
do Cristo, pelo poder do Cristo e pela majestade do Cristo” que
abandonem o corpo da vítima.
AS INIMIZADES
Os magos negros criam inimizades entre as pessoas. Os
inimigos atacam induzidos pela Loja Negra. Se o discípulo não
sabe ser moderado, controlado e não consegue vencer-se a si

72
Capítulo XII

A FRÁGUA ACESA DE VULCANO

O SANTO OITO
Já dissemos, no nosso livro intitulado “Os Mistérios
Maiores”, que o homem sai do Éden pela porta do Sexo e que
somente por esta porta o homem pode retornar ao Éden. O
Éden é o próprio Sexo!
Max Heindel diz que o signo do infinito, o santo oito,
encontra-se no coração da Terra. O Grande Mestre iluminado
Hilariux IX afirma a mesma coisa.
Seremos explícitos: o signo do infinito é uma chave de
poderes; nele situa-se, simbolicamente, o cérebro, o coração e
o sexo do Gênio Planetário.
Continuando: se representarmos graficamente o santo oito,
os dois círculos que o formam são respectivamente o sexo e o
cérebro; no que diz respeito ao centro do santo oito, o ponto
onde se unem os dois círculos simboliza o coração.
A luta que se trava no destino do homem é terrível: cérebro
contra sexo! Sexo contra cérebro! No entanto, o mais espantoso
e doloroso é a luta de coração contra coração! Isso entendem
os que têm amado muito...
O SANTO OITO E O CADUCEU DE MERCÚRIO
O santo oito, por outro lado, representa os dois já citados
cordões ganglionares conhecidos no Oriente como: Ida e
Pingala. Eles se enroscam na medula espinhal formando o
Caduceu de Mercúrio.
78
Capítulo XIII

O VERBO

O AKASHA É O SOM, É O VERBO


Chegamos agora ao término do presente trabalho.
Nele existe a intenção de que se aprenda a falar o Verbo de
Ouro. A missão do homem é aprender a tocar a Lira de Orfeu.
Essa Lira portentosa é constituída pela laringe criadora.
A missão do homem é encarnar o Verbo!
A Terra é tão somente uma condensação do Verbo. Tudo
provém do éter e tudo retorna ao éter. Além do éter está o
Akasha, a essência espiritual azul, profunda e divina que
preenche e interpenetra todo espaço infinito. O éter, por sua
vez, é tão somente uma condensação do Akasha puro.
Têm razão os Puranas quando afirmam que o atributo do
akasha é o som. Certamente, o som provém do Logos. O akasha
é o agente fundamental de toda operação teúrgica.
O akasha é a própria Kundalini, a Anima Mundi. A
preocupação que devemos ter em nossa vida deve ser com o
despertar, mediante a magia sexual, a Anima Mundi, a
Kundalini, que é uma serpente enroscada. Só assim se pode
escutar o Grande Verbo de Ouro.
Do akasha advêm todas as existências, e para o akasha elas
retornam... é a Voz, o Verbo que provém do Logos.
O Verbo do Logos sintetiza-se no Akasha.
AKASHA E OS TATTWAS
Os vayú-pranas são ondas sonoras do akasha puro.
83
Samael Aun Weor

Quando o akasha se condensa no éter, estes vayú-pranas se


convertem em tejas(fogo), vayú(ar), apas(água) e prithivi
(terra). Estes são os tattwas tão estudados por Rama Prasad.
Em toda chama existe éter-ígneo; no ar está presente o éter-
gasoso; na água o éter-líquido e na terra o éter-pétreo. Estes
são os tattwas. O substratum de todos estes tattwas são os vayú-
pranas, as ondas sonoras, o Verbo, a Grande Palavra.
Antes que o Globo Terrestre se condensasse com seus qua-
tro elementos: fogo, ar, água e terra; todos estes elementos já
existiam em estado etérico. Quando os tattwas se condensam,
os elementos etéricos se convertem em elementos físicos.
O akasha é realmente a condensação do som. Esse tattwa é
a substância espiritual que emana do Anupadaka, termo que
significa: “sem pais”, “que existe por si mesmo”. Acima do
akasha encontra-se o elemento primordial da matéria.
Além do Anupadaka está o Adhi; além do Adhi está o Ain
Soph, o átomo superdivino do homem.
O MANTRA INVIA
O Logos Criador expressa-se como Verbo, como som.
Existe uma Linguagem de Ouro, que o homem deveria saber
falar. Antes que o homem fosse expulso dos Paraísos-Jinas, só
se falava o Verbo de Ouro, o Grande Idioma Universal. Essa é
uma gramática perfeita. Os Grandes Hierofantes do antigo
Egito, quando queriam visitar o Jardim das Delícias, submer-
giam-se em profunda meditação; mantendo, dentro da mão di-
reita, uma amêndoa conhecida vulgarmente com o nome de
“olho-de-veado”. Em seguida, pronunciavam o mantra:
INVIA
Esse mantra resulta numa verdadeira invocação. Sob sua in-
fluência, o Elemental de dita amêndoa acorre irresistivelmente.
84
Segundo Livro

TRATADO ESOTÉRICO DE
TEURGIA

95
Capítulo II

A CONJURAÇÃO DOS SETE

PRIMEIRA INVOCAÇÃO
Uma das conjurações mais poderosas legadas pelo Rei
Salomão é a Conjuração dos Sete. Nós nos propusemos a
investigar pessoalmente todo o conteúdo esotérico da
Conjuração dos Sete. Realizamos estas investigações de Alta
Teurgia nos mundos superiores. Necessitávamos ter plena
Consciência do conteúdo essencial desta oração que o sábio
Salomão nos legara desde os antigos tempos. Foram muitos os
magos que, tanto no passado quanto no presente, utilizaram
estas conjurações, porém precisávamos conhecer seu
conteúdo essencial para trabalharmos de forma consciente
com os rituais de Alta Magia. Por todos esses motivos,
precisávamos investigar profundamente o esoterismo da
Conjuração dos Sete.
A seguir, demonstramos textualmente a Conjuração dos Sete
do sábio Salomão:
“Em nome de Michael, que Jeová te mande e te afaste
daqui, Chavajot!
Em nome Gabriel, que Adonai te mande e te afaste daqui,
Bael!
Em nome de Raphael, desparece ante Elial, Samgabiel!
Por Samael Sabaoth e em nome do Elohim Gibor, afasta-
te Andramelek!
Por Zachariel e Sachel-Melek, obedece ante Elvah,
Sanagabril!
100
Tratado Esotérico de Teurgia

No nome divino e humano de Shaddai e pelo sinal do


pentagrama que tenho na mão direita, em nome do Anjo
Anael, pelo poder de Adão e Eva que são Jot-Chavah,
retira-te Lilith! Deixa-nos em paz Nahemah!
Pelos Santos Elohim e nome dos Gênios Cashiel, Sehaltiel,
Aphiel e Zarahiel, ao mandato de Orifiel, retira-te Moloch!
Nós não te daremos nossos filhos para que os devores.
Amém. Amém. Amém.“
Ao examinar cuidadosamente esta Conjuração dos Sete,
nossos amados leitores poderão observar o estilo em que está
escrita.
Certamente, o trabalho que tínhamos pela frente era
bastante dispendioso, árduo e difícil. O espiritismo, com seus
médiuns, francamente não nos serviria porque nós queríamos
ver, tocar e apalpar todas essas entidades que figuram nesta
Conjuração do sábio Salomão. O círculo goético das evocações
negras e dos pactos tampouco nos houvera servido porque
nenhum de nós queria cair no abismo da magia negra.
Portanto, só a alta teurgia poderia resolver todos esses
problemas.
Começamos a estudar a primeira invocação da conjuração
nos mundos superiores, cujos dizeres são:
“Em nome de Michael, que Jeová te mande e te afaste
daqui, Chavajot!”
Michael é o Gênio do Sol e todo ocultista avançado sabe
disto. Jeová é o Regente da Lua que governa o Éden, aguarda-
nos no Paraíso. Faltava-nos conhecer Chavajot. Quem seria
esse estranho personagem? Por que haveríamos de conjurá-lo
em nome de Jeová? Por que haveríamos de nomear Michael

101
Samael Aun Weor

nesta Conjuração? Que entidade tenebrosa seria esta? Indubi-


tavelmente todas essas interrogações e enigmas nos manti-
nham inquietos. Queríamos aclarar a questão. Não queríamos
seguir como autômatos repetindo uma Conjuração cujo signifi-
cado ignorávamos. Então decidimos investigar.
Saímos facilmente do corpo físico e, em corpo astral, segui-
mos andando ao longo de um caminho solitário. Conforme ía-
mos caminhando, invocávamos o misterioso Chavajot mencio-
nado pelo Grande Rei Salomão. Temos de confessar que nesta
invocação tivemos que utilizar a grandiosa e suprema
Chamada de Pedro de Apono que diz o seguinte:
Hemen etan! Hemen etan! Hemen etan! El, Ati, Titeip, Azia,
Hin teu, Minosel, vay, Achadon, vay, vaa, Eye, Aaa, Eie, Exe, A
El El El, A! Hg! Hau! Hau! Hau! Hau! Va! Va! Va! Va! Hg.: Hau!
Hau! Hau! Hau! Va! Va! Va! Va! Chavajot! Aie saraye, aie
saraye, aie saraye! Per Eloym Archima, Raburs, Bathas Super
Abrac Ruens Superveniens a beor, Super Aberer, Chavajot!
Chavajot! Impero tibi per claven Salomonis et nomen magnus
Semhamphoras.
O resultado foi maravilhoso! À margem do caminho,
encontramos uma escultura olímpica, solene. Ela parecia
cinzelada por um Praxísteles. Seu rosto era semelhante ao
rosto do Apolo grego. A curvatura dos pés, o perfil de suas
mãos... toda eurritmia daquela escultura poderia competir com
a Vênus de Milo. No entanto, havia algo estranho naquela
figura.... Aquela formosíssima escultura e preciosa efígie
humana estava vestida com uma túnica cor de sangue que,
formando belíssimas pregas, exóticas e fatais, chegava até os
pés. Compreendemos que nos encontrávamos frente ao polo
oposto de Jeová. Encontrávamo-nos frente ao espantoso e

102
Capítulo III

SEGUNDA INVOCAÇÃO

Depois de efetuarmos a investigação esotérica da primeira


invocação desta grandiosa Conjuração dos Sete, que outrora
nos legara o sábio Rei Salomão, passamos a investigar a
segunda invocação que textualmente diz:
“Em nome de Gabriel, que Adonai te mande e te afaste
daqui, Bael!”
Sabemos que Gabriel é um anjo Lunar e que Adonai também
é um anjo primoroso, no entanto ignorávamos quem seria Bael.
Por que teria que ser conjurado em nome de Adonai? Tudo isto
era um enigma para nós e teríamos que decifrá-lo.
Certa noite, em corpo astral, invocamos Bael. Bael é um Rei
tenebroso que viveu em uma caverna do deserto de Gobi. Ali
ele instruía seus discípulos ensinando-lhes a magia negra das
esferas sublunares. Adonai, o Filho da Luz e da Alegria era o seu
oposto. Essas duas antíteses da filosofia estavam intimamente
relacionadas com os raios da Lua.
A presença de Bael era demasiado tenebrosa. Coroado de
rei, tinha seus olhos separados e firmes, espessas sobrancelhas,
rosto redondo, nariz fino, lábios grossos. Vestia a túnica de
Mago Negro. Ferido por nossa conjuração, tremia diante de
nós. Tentamos estabelecer amizade, mas o seu caráter era
inabordável.
Noutra noite, invocamos Adonai, o Filho da Luz e da Alegria.

106
Capítulo IV

TERCEIRA INVOCAÇÃO

Depois de investigarmos as duas primeiras invocações, nós


nos propusemos a investigar a terceira invocação da
Conjuração dos Sete que textualmente diz:
“Em nome de Raphael, desaparece ante Elial, Samgabiel!”
Quando investigamos Samgabiel (que não se confunda com
São Gabriel), nós nos encontramos com um terrível Demônio
do mundo da mente cósmica”. O anjo Elial é exatamente seu
oposto divino e inefável.
Certo dia, invocamos Raphael. O Grande Mestre acorreu ao
nosso chamado trazendo em sua mão direita o tridente do
mundo da mente. Seu rosto era corado como o fogo; sua barba
branca caindo sobre o peito resplandecia de majestade e de luz.
A ampla fronte do Grande Mestre indicava sua profunda
sabedoria. Um de nós pediu algo ao Grande Mestre que lhe
respondeu o seguinte: “Tu já não necessitas pedir nada!”
Realmente, tratava-se de um iniciado com pleno conhecimento
da ciência do bem e do mal.
Causará muito assombro aos nossos leitores saberem que a
alma humana desse Grande Mestre, Raphael, o bodhisattva do
Mestre Raphael, tem corpo físico; no entanto, mais grave é
saber que este bodhisattva está caído, embora esteja lutando
tremendamente para se levantar. Devemos distinguir entre o
Mestre e sua Alma Humana. O Mestre é o Deus Interno. A Alma

110
Capítulo V

QUARTA INVOCAÇÃO

Continuando nossas investigações de alta teurgia, vamos


estudar agora a quarta invocação da Conjuração dos Sete que
diz o seguinte:
“Por Samael Sabaoth e em nome do Elohim Gibor, afasta-
te Andramelek!”
Quem seria Andramelek? Quem seria Elohim Gibor? Por que
figuram estes gênios nesta quarta frase da Conjuração do Rei
Salomão? Todos estes enigmas nos inquietavam. Somente por
meio da alta teurgia é possível fazer esta classe de investiga-
ções. Samael é o Gênio de Marte, porém quem seriam Elohim
Gibor e Andramelek?
Em outra noite, saímos em corpo astral e entramos em uma
caverna subterrânea. Fazendo uso da grandiosa Chamada de
Pedro de Apono, invocamos Andramelek. Longo tempo
permanecemos naquela caverna abismal da Terra invocando
Andramelek... por fim, no meio da caverna, surgiu um estranho
personagem, negro como o carvão. Era um personagem
gigantesco, tenebroso e horrível. Estendendo a mão direita
para aquele monstro horrível, dissemos: “Em nome de Júpiter,
o Pai de todos os Deuses eu te conjuro, Andramelek! TE VIGOS
COSLIM”. O resultado foi formidável. Aquele demônio, ferido
mortalmente pelo raio da Justiça Divina, ficou sob nosso
domínio. Depois disto Andramelek falou o seguinte: “Eu não

113
Samael Aun Weor

sabia que eras tu quem me chamava”. Se eu soubesse teria


vindo antes... O que é que eu posso fazer por ti?” As palavras de
Andramelek pareciam brotar das mais profundas cavernas da
Terra. Parecia que a voz terrível e poderosa de Andramelek
brotasse das entranhas íntimas da Terra. Então, falamos
valorosamente a Andramelek, dizendo: “Dê-me a mão,
Andramelek!”. O tenebroso personagem aproximou-se e deu-
nos a mão. Esta pessoa que escreve isto regressou ao corpo
físico. Daí, aquele Demônio, com sua túnica vermelha cor de
sangue, passando pelo teto de nossa casa, exclamou: “Tiveste
medo de mim! Tiveste medo de mim!”. Respondi-lhe dizendo:
“Eu não tenho medo de ti Andramelek, apenas regressei a meu
corpo e isso é tudo!”
Outra noite, nosso grupo de irmãos saiu em corpo astral e se
reuniu em um templo para continuar as investigações sobre
Andramelek, o misterioso personagem mencionado pelo sábio
Salomão na Conjuração dos Sete. Fizemos uma grande cadeia
para invocarmos Andramelek. Utilizamos a fórmula de Pedro
de Apono. Após alguns instantes, escutamos além, a distância,
a resposta de Andramelek. Um estranho vento, que gelava pro-
fundamente, chegava até nós como um furacão. Aquele perso-
nagem modulava a vogal “M” dando-lhe uma entonação espe-
cial com tons baixos e altos. Os irmãos permaneceram firmes
na cadeia. De repente, o irmão que dirigia a cadeia exclamou
com voz alta: “Irmãos, não soltem a cadeia, permaneçam fir-
mes, Andramelek já está vindo!” Instantes depois, um gigante
com cerca de três ou quatro metros apareceu no umbral da
porta. Aquele estranho personagem vestia túnica negra com
uma franja branca que caía obliquamente, do ombro direito
para o músculo esquerdo, passando pela fronte e pelas costas.
Tinha um grande medalhão sobre o peito e levava em sua mão
114
Capítulo VI

QUINTA INVOCAÇÃO

O leitor que tenha seguido atentamente todo o curso de nos-


sas investigações esotéricas, compreenderá que o Espiritismo,
com os seus médiuns ou a necromancia, com seus “laborató-
rios”, não teriam servido para fazermos estas transcendentais
invocações de alta teurgia.
Infelizmente, há muitos estudantes que gostariam de ver,
ouvir, tocar e apalpar essas coisas, porém possuem suas facul-
dades completamente danificadas. São muitas as pessoas que
gostariam de sair conscientemente em corpo astral e sofrem o
indizível por não o conseguirem. A chave que revelamos, em
nosso primeiro capítulo, com o mantra FARAON é formidável.
O importante é não desanimar; perseverar, não se cansar de
praticar até triunfar.
Durante as horas normais do sono, todo ser humano fica
fora do corpo físico. Nos mundos internos, o Íntimo intervém
para nos fazer compreender integralmente todos os processos
do viver diário. Por exemplo: os negócios que executamos
durante o dia, as palavras que dissemos, as emoções sentidas
etc. Desafortunadamente, como vivemos diariamente de forma
muito inconsciente e não compreendemos o triplo alcance
(físico, anímico e espiritual) dos nossos atos, das nossas
palavras e dos nossos sentimentos diários. Então o Íntimo
intervém durante o sono para nos fazer ver, em forma
simbólica, o triplo alcance de todos os atos que executamos

120
Tratado Esotérico de Teurgia

todos os dias. Assim sendo, as almas humanas movimentam-se


durante o sono, em meio a essa simbologia. Esses símbolos são
chamados de sonhos. Se vivêssemos com plena consciência de
cada um dos atos cotidianos da nossa vida compreenderíamos
o triplo alcance de cada ato. Se antes de nos entregarmos ao
sono, fizéssemos um exercício retrospectivo a fim de “ficarmos
conscientes” de todos os acontecimentos ocorridos durante o
dia, então, durantes as horas de sono, estaríamos de férias,
absolutamente livres, nos moveríamos conscientemente em
corpo astral e atuaríamos nos mundos internos com a
consciência desperta. Advertimos que esse exercício
retrospectivo deve ser feito por meio da meditação profunda.
Precisamos reconhecer nossos erros, arrependermo-nos deles
e tomarmos a resolução de não voltarmos a incorrer nesses
erros. Não devemos condenar nem justificar nossos erros,
porque sempre que os condenamos ou justificamos, implicará
que não os temos compreendido. O importante é compreendê-
los conscientemente. Quando nos conscientizamos de forma
total e absoluta de determinado defeito, ele se desintegra e
ficamos livres dele. O importante é que o sonhador desperte
nos mundos internos durante o sono normal e natural sem
mediunismos, sem hipnotismos etc.
Depois desta introdução ao presente capítulo, vamos
continuar com as investigações da Conjuração dos Sete. Depois
de havermos estudado a quarta parte, agora passamos a
investigar a quinta parte da Conjuração do Grande Rei Salomão
que diz:
“Por Zachariel e Sachel Melek, obedece ante Elvah,
Sanagabril!”

121
Capítulo VII

SEXTA INVOCAÇÃO

O caminho da alta teurgia nos permite estudar os grandes


mistérios da vida e da morte. No entanto, é necessário apren-
der a sair conscientemente em corpo astral. Os que ainda não
possuem essa faculdade necessitam adquiri-la. Faz-se necessá-
rio um treinamento diário e rigoroso para se conseguir sair
conscientemente em astral.
Quando regressam e despertam no corpo físico, muitos dis-
cípulos cometem o erro de se moverem na cama, no exato mo-
mento de despertar do sono normal. Com esses movimentos
agita-se o corpo astral e perdem-se as recordações. O estudante
de ocultismo não se deve mover ao despertar do sono normal.
Deve permanecer em repouso, com os olhos fechados. Em se-
guida, deve fazer o exercício retrospectivo para se recordar mi-
nuciosamente daqueles lugares onde esteve em corpo astral,
das palavras que proferiu, das palavras que escutou etc.
Os médiuns do Espiritismo não servem para essa classe de
investigações. Os médiuns não têm suficiente equilíbrio mental
porque têm os corpos mentais deslocados e são vítimas das
entidades tenebrosas. Com isso, queremos dizer que os corpos
mental e astral dos médiuns estão deslocados. Por essa razão,
os médiuns não possuem equilíbrio mental, ou seja, não
possuem a lógica exata de que se necessita para investigar
todas as causas e efeitos da natureza. Sabemos que as leis
naturais processam-se sabiamente. Todo efeito tem a sua causa
124
Tratado Esotérico de Teurgia

e toda causa é efeito de outra causa superior. Frequentemente


temos escutado muitos indivíduos desequilibrados dizerem
que se relacionam com as entidades do além. Geralmente esses
sujeitos são médiuns.
É necessário saber que o investigador dos mundos superio-
res deve possuir um equilíbrio mental a toda prova. O verda-
deiro investigador é profundamente analítico e rigorosamente
exato. Somos matemáticos na investigação e muito exigentes
na expressão.
Depois desta introdução neste sétimo capítulo, vamos
narrar para nossos leitores o resultado da investigação da
sexta parte da Conjuração do grande Rei Salomão, que diz:
“No nome divino e humano de Shaddai e pelo signo do
pentagrama que tenho na mão direita; em nome do Anjo
Anael; pelo poder de Adão e Eva que são Jot-Chavat,
retira-te Lilith! Deixa-nos em paz, Nahemah!”
Quem seria Lilith? Quem seria Nahemah? Por que teríamos
que conjurar esses tenebrosos em nome do anjo Anael, o Anjo
do Amor e pelas potências de Adão e Eva, que são Jot-Chavah?
Nós queríamos conhecer o Anjo Anael, o Anjo do Amor.
Fazíamos parte de um grupo de irmãos. Em corpo astral
invocamos o anjo Anael em nome do Cristo, pela majestade do
Cristo e pelo poder do Cristo. Em cadeia fizemos a invocação no
pátio de uma casa. Começava a amanhecer quando chamamos
em voz alta o Anjo do Amor. Depois de algum tempo, vimos
passar por cima do pátio da casa, em grande altura, algumas
aves inefáveis: aves de prata, aves de ouro, aves de fogo... Uma
delas, a mais formosa, era o anjo Anael, o Anjo do Amor. Em seu
corpo astral o anjo Anael assumira o aspecto de uma bela ave.
Todos nós exclamamos: Anael, o Anjo do Amor, já vem!

125
Capítulo VIII

SÉTIMA INVOCAÇÃO

Depois de investigarmos todas as frases anteriores da


grande Conjuração dos Sete, que o Grande Rei Salomão nos
legara nos tempos antigos; partimos para a investigação da
última invocação que ao pé da letra diz:
“Pelos Santos Elohim e nos nomes dos Gênios Cashiel,
Sehaltiel, Aphiel e Zahariel, ao mandato de Orifiel, retira-
te Moloch! Nós não te daremos nossos filhos para que os
devores!”
Quem seria esse Moloch? A tradição antiga nos fala de
Moloch, um touro de ferro que era esquentado ao vermelho
vivo. Conta a História que muitos meninos eram jogados no
horrível ventre desse touro. Menciona-se muito Moloch e nós
queríamos investigar o caso.
Fora do corpo físico, chamamos Moloch por meio da
Chamada de Pedro de Apono. Conforme vocalizávamos os
mantras, submergíamos nos infernos atômicos da natureza e
vimos uma multidão de seres humanos que vivem no Abismo.
De repente, destacou-se das multidões um ginete sobre seu
cavalo, parecendo um árabe montando um brioso corcel. Vestia
túnica vermelha e cobria sua cabeça com um turbante oriental.
Seu rosto era realmente como o de um árabe: olhos grandes e
negros, penetrantes; espessas sobrancelhas, lábios fortes e
grossos, nariz reto e pele morena. Usava sandálias e toda sua
130
Tratado Esotérico de Teurgia

postura era a de um ginete da feliz Arábia. Era Moloch, o


terrível demônio Moloch. Imediatamente, dirigindo-se até nós
em seu brioso corcel, abriu passagem através da multidão e
gritou com voz alta dirigindo-se para o diretor da “cadeia”:
- Ah! Eu já o vi lá em cima entre os anjinhos! - Seu tom de voz
denotava burla e demonstrava que estava perversamente
satisfeito.
Então, o diretor da cadeia, cheio de valor, respondeu-lhe:
- Equivoca-te Moloch, eu estou aqui só de visita. Vim para te
investigar e isso é tudo.
Moloch retirou-se e todos os investigadores retornaram aos
seus corpos físicos. Mais tarde, invocamos Orifiel, sua antítese
luminosa, o anjo de Saturno. Esse anjo governa o maravilhoso
e luminoso raio de Saturno.
Terminada essa última invocação da Conjuração dos Sete,
chegamos às seguintes conclusões:
Primeira
A Conjuração dos Sete do sábio Salomão é uma conjuração
cabalística de imenso poder para se combater as legiões
tenebrosas.
Segunda
A Conjuração dos Sete do sábio Rei Salomão deve ser
utilizada por todos os estudantes de ocultismo antes de seus
rituais, para a limpeza de suas casas, antes de se entregarem ao
sono ou antes de realizarem todas as práticas esotéricas. Dessa
forma, os tenebrosos são repelidos.
Terceira
Os demônios são terrivelmente fornicários, posto que
ejaculam o líquido seminal.
Quarta
Os Anjos jamais ejaculam o líquido seminal.
131
Capítulo IX

OS ESTADOS JINAS

O hiperespaço pode ser demonstrado matematicamente por


meio da hipergeometria. A ciência-Jinas pertence ao hiperes-
paço e à hipergeometria.
Se aceitamos o volume, temos que aceitar também o
hipervolume como base fundamental do volume. Se aceitamos
a esfera geométrica, devemos aceitar também a hiperesfera.
O hiperespaço permite aos gnósticos realizar feitos extraor-
dinários. Jesus pôde tirar seu corpo físico de dentro da sepul-
tura ao terceiro dia graças ao hiperespaço. Desde então, o Mes-
tre ressuscitado vive com seu corpo dentro do hiperespaço.
Todo iniciado que recebe o elixir da longa vida aparentemente
morre, porém não morre. Ao terceiro dia, escapa do sepulcro
utilizando o hiperespaço. Então o sepulcro fica vazio.
A aparição ou desaparição do corpo no espaço objetivo tri-
dimensional ou a passagem de uma pessoa através de um muro
realiza-se com pleno êxito quando se utiliza cientificamente o
hiperespaço. Os gnósticos-cientistas colocam seus corpos físi-
cos em estado Jinas e se movimentam conscientemente no hi-
perespaço.
Quando o iogue penetra no hiperespaço, asseveramos que
ele se encontra em estado Jinas. O iogue, em estado Jinas, pode
passar por dentro do fogo sem se queimar; caminhar sobre as
águas como fez Jesus; flutuar pelos ares; atravessar uma rocha
ou muro de um lado a outro sem sofrer nenhum dano. A

135
Samael Aun Weor

ciência-Jinas se fundamenta no hiperespaço e é uma arma


especial para a física atômica.
As pessoas ignorantes, que jamais estudaram a hipergeome-
tria, negam os estado Jinas. Essa classe de pessoas é digna de
piedade porque é ignorante. A velha geometria se fundamenta
na hipótese absurda de que, por um ponto de um plano se pode
traçar, com completa segurança, uma paralela ou uma reta. No
entanto, falando no sentido essencial, somente uma. O Movi-
mento Gnóstico rechaça o ponto de vista euclidiano por ser ob-
soleto nesta era atômica. A dita “paralela única”, suspendendo-
se no sentido espacial absoluto, multiplica-se dentro das distin-
tas dimensões do hiperespaço, então já não é a única. A “para-
lela única” de Euclides é um sofisma para enganar pessoas ig-
norantes. A Gnose rechaça esta classe de sofismas. O Movi-
mento Gnóstico Revolucionário não pode aceitar o postulado
indemonstrável que diz: “Por um ponto qualquer de nossa
mente se pode traçar uma paralela real à realidade visível e so-
mente uma”.
A “paralela única” não existe, o espaço tridimensional abso-
luto e dogmático do geômetra Euclides é indemonstrável, é
falso. A afirmação absurda de que o mundo físico de experi-
mentação é o único mundo real tornou-se num postulado
muito utilizado pelos ignorantes ilustrados. Eles jamais inves-
tigaram os campos eletromagnéticos nem a denominada “pró-
matéria” como causa causorum da matéria física.
A quarta dimensão é hiperespacial. Os gnósticos possuem
sistemas especiais para colocarem seus corpos físicos dentro
do hiperespaço. Não importa que os ignorantes riam dos
estado Jinas. Aquele que ri do que não conhece está a caminho
de ser um idiota. Realmente, somente os idiotas riem do que
desconhecem.
136
Capítulo X

INDICAÇÕES JINAS

Muitas pessoas que praticam a ciência Jinas, de repente,


veem-se em suas camas, infladas como um globo e excessiva-
mente gordas além do normal, porém nesse caso, em vez de
aproveitarem a oportunidade, espantam-se, não se levantam
de suas camas e ficam sem fazer nada.
É claro que se, de repente, nós nos virmos nesse estado é
porque o corpo físico entrou em estado Jinas. Nesse caso,
devemos aproveitar a oportunidade para nos levantarmos da
cama e sairmos caminhando em direção a qualquer lugar.
Uma das particularidades do estado Jinas é que o corpo
começa a inflar-se em excesso ou a inflar dos tornozelos para
cima. Se nos olharmos bem, poderemos ver a gordura amarela
do corpo. O espetáculo é muito curioso. Vemo-nos muito
gordos, porém podemos flutuar porque o corpo físico saiu da
região tridimensional e entrou na quarta dimensão (a região
tetradimensional).
Todo corpo físico em estado Jinas torna-se elástico, dúctil e
pode assumir a forma de qualquer animal, podendo fazer-se
visível em qualquer lugar com a referida forma. Os médicos
nem sequer suspeitam que, em estado Jinas, o organismo
humano torna-se plástico e assume qualquer forma.
JINAS BRANCOS E JINAS NEGROS
Existem terras-Jinas e existem magos brancos e magos
negros. Nenhum Jina branco deve visitar lojas negras. Todo Jina
149
Capítulo XI

AS SAÍDAS EM ASTRAL

PRIMEIRA CHAVE
Durante quarenta noites seguidas, o estudante deve
dedicar-se a observar, com sumo cuidado, aquele estado de
transição que existe entre a vigília e o sono.
É necessário colocar toda a atenção nesse estado especial de
transição em que ocorre o adormecimento; nesse estado de
transição em que não está dormindo nem tampouco desperto.
Recordem irmãos que, quando estamos entre a vigília e o
sono, estamos de fato diante da porta que nos permite a saída
em astral. O estudante deve estudar essa porta por quarenta
noites e colocar toda a atenção nessa porta. Depois das
quarenta noites, certamente conhecerá o estado de transição
que existe entre a vigília e o sono. Quando tiver autonomia do
estado de sonolência, depois de haver estudado muito bem o
estado de adormecimento onde não se está nem dormindo e
nem desperto, então, nesses instantes, você deverá levantar-se
da cama e sair do seu quarto rumo ao lugar que queira, sem
temor algum.
Quando digo para você se levantar da cama, nos momentos
em que estiver quase adormecendo, não digo que se levante
com o pensamento. O que digo deve ser traduzido em fatos
concretos. Não pense no corpo físico, levante-se sem temor
algum e isso é tudo. Dessa maneira, você poderá viajar pelo
espaço a qualquer lugar do mundo; atravessar qualquer muro

152
Capítulo XII

OS FRACASSADOS

Aqueles que após três anos de práticas com a ciência Jinas e


com as chaves-astrais, ensinadas neste livro, não tenham
obtido êxito de nenhuma espécie, fracassaram neste tipo de
trabalho. Esses fracassos se devem ao fato de que o estudante
já perdeu totalmente os poderes do chacra do coração (o
cárdias). Nesse caso, o estudante deve suspender as práticas
Jinas para dedicar-se ao desenvolvimento do chacra cardíaco.
Na prática, pudemos evidenciar que as pessoas simples do
campo e as pessoas mais humildes da cidade saem espontânea
e voluntariamente em corpo astral. Também evidenciamos que
as pessoas muito intelectualizadas já perderam os poderes do
cárdias, porque suas mentes estão totalmente “congeladas” no
cérebro. O intelectual que quiser sair em astral deve primeira-
mente desenvolver o cárdias.
Quando se estabelecer o pleno equilíbrio entre o coração e a
mente, o estudante gnóstico poderá utilizar as chaves Jinas e as
chaves astrais com pleno êxito.
O CÁRDIAS
O cárdias (chacra do coração) tem 12 pétalas maravilhosas
constituindo-se em uma flor de lótus preciosíssima. No Oriente,
esse chacra é denominado Anâhata; no esoterismo cristão é
denominado de Igreja de Tiatira. Neste precioso chacra, os
místicos ouvem, durante a meditação, o som Anahata, o som da
vida, a sutil voz. Entre as cores inefáveis desse chacra
155
Samael Aun Weor

predomina um vermelho sublime. No centro desse chacra


maravilhoso existe um hexágono, símbolo do princípio sutil ou
etérico do ar o qual é denominado de vayú pelos indostânicos.
A Guru deva ou Mestra que ajuda os que querem reconquis-
tar os poderes dos cárdias chama-se Kakini. O estudante gnós-
tico que quiser desenvolver os poderes do cárdias deve orar
muitíssimo à Deusa Kakini, suplicando, com todo o fervor de
seu coração, para que Ela o ajude a desenvolver o cárdias.
A MEDITAÇÃO NO CÁRDIAS
O estudante deve praticar todas as manhãs, ao amanhecer, o
seguinte exercício: imaginar uma grande cruz de ouro no ori-
ente e que, dessa grande cruz, saem raios divinos que chegam
ao cárdias e o fazem resplandecer e cintilar maravilhosamente.
Essa prática deve ser feita diariamente por uma hora, ao
mesmo tempo em que se entoa o mantra do chacra cardíaco
que é constituído pela vogal “O”.
É preciso prolongar o som da vogal “O” da seguinte forma:
OOOOOOO...
Também é necessário identificar-se com o (tattwa) vayú, o
princípio etérico do ar. Deve-se imaginar que, dentro do
coração, existem montanhas, bosques, furacões, pássaros em
voo etc.
Praticando diariamente a meditação nesse chacra por três
anos, o estudante obviamente desenvolverá os poderes do co-
ração. É necessário praticar rigorosamente todos os dias, sem
deixar de fazê-lo um só dia sequer. As práticas inconstantes não
servem para nada. Convém também subir às montanhas onde
sopram os fortes ventos para meditar no cárdias e na Deusa
Kakini. Recordem que os Grandes mestres aproveitam as altas
montanhas e os fortes ventos para tirarem seus discípulos em
corpo astral.
156
Capítulo XIII

A KUNDALINI

Todo o poder do teurgo reside na Kundalini. O “Poder do


Fogo” abre todos os poderes do teurgo.
Os tântricos da Ásia dizem que a força sexual advém da
Kundalini. Realmente, a Força Criadora provém do Terceiro
Logos, o Espírito Santo, a Kundalini. O trabalho do “iogue-
tântrico” consiste, precisamente, em evitar que a Energia do
Terceiro Logos saia do organismo em forma de sêmen.
A Hatha-Yoga(*) quer, a todo custo, que a energia sexual
permaneça em sua forma sutil e se incorpore ao prana ou fluido
vital ascendente, convertida em Fogo Sagrado.
Quando a Kundalini sobe pelo canal medular da espinha
dorsal, perfura os sete chacras que existem no organismo
humano. É interessante saber que a Kundalini perfura cada
pétala das flores de lótus erguendo-se à medida que passa.
A subida da Kundalini processa-se de acordo com os méritos
do coração.
O primeiro centro mágico está no cóccix e é considerado o
centro da libertação.
O segundo chacra está localizado à altura da próstata e é
fundamental para a dissolução do “Ego”.

*Nota do Editor Mexicano: Em obras escritas posteriormente, o V. M.


Samael Aun Weor assinalou que a Hatha Yoga não produzia os efeitos
ou as consequências libertadoras pretendidas pela Loja Branca.

159
Samael Aun Weor

O terceiro chacra está localizado à altura do umbigo e nos


permite manejar o fogo universal de vida.
O quarto chacra está no coração e nos permite sair em corpo
astral à vontade e praticar com êxito a ciência Jinas.
O quinto chacra está na glândula tireoide, o centro da laringe
e nos confere a clariaudiência ou ouvido mágico.
O sexto centro está entre as sobrancelhas e nos confere a
clarividência.
O sétimo centro está na glândula pineal e se constitui no
centro da polividência.
O casal tântrico, homem e mulher, sentados no solo,
meditam em postura oriental: pernas cruzadas e costa contra
costa. Depois ocorre a conexão do lingam e do yoni. Para isso,
há outra postura: a ioguina se senta sobre as pernas do iogue,
cruza as pernas por trás da cintura dele e depois efetiva a
conexão do lingam-yoni.
O casal se retira do ato sexual sem a ejaculação seminal. Esta
é a maithuna oriental. Assim é como os hatha-iogues-tântricos
praticam a maithuna oriental.
Antes da prática tântrica os hatha-iogues praticam a dança
de Shiva diante de sua sagrada escultura. Os símbolos de Shiva
(o Espírito Santo) são o lingam negro embutido no yoni.
O hatha ioga tântrico trabalha com a potência sexual para
despertar a Kundalini, a Serpente Ígnea de nossos mágicos
poderes. Todo verdadeiro teurgo deve despertar a Kundalini. O
Fogo Sagrado da Kundalini dá ao teurgo todos os poderes
mágicos.
Sem a Maithuna é impossível a autorrealização do iogue. O
culto ao lingam-yoni é totalmente sagrado. A esposa do teurgo
é a Shakti-Divina, a Divina Esposa de Shiva.
Devemos adorar o Espírito Santo (Shiva). Devemos ver na
160
Conferências
Conferência I

A CORRENTE DO SOM

Existe em todo o Cosmo a escala sonora dos sete tons. Em


todo o Universo, ressoam os sete tons da Grande Escala com os
maravilhosos Ritmos do Fogo.
O Mahaván e o Chotaván são os ritmos do Fogo que susten-
tam firmemente o Universo em sua marcha.
Os sete Cosmocratores da Aurora da Criação celebram os
Rituais do Fogo cantando nos Templos.
Sem o Verbo Criador, sem a Magia da Palavra, o Universo
não existiria (“No princípio era o Verbo...”).
Arcaicas tradições dizem que o conhecimento relativo ao
Sagrado Heptaparaparshinock (a Lei do Sete) foi revivido
muitos séculos depois da catástrofe da Atlântida por dois
santos irmãos e Iniciados, chamados Choon-Kil-Tez e Choon-
Tro-Pel, que atualmente se encontram no Planeta Purgatório,
quase prontos para entrarem no Absoluto. Em linguagem
oriental, diz-se que o Planeta Purgatório é a Região de Atala, a
primeira emanação do Absoluto.
Aqueles dois santos eram gêmeos e seu avô, o Rei Konuzión,
governou sabiamente o antiquíssimo país asiático, chamado
naquela época de Marapleicie. O avô, Rei Konuzión, descendia
de um sábio e Iniciado Atlante, distinto membro da Sociedade
de Akhaldan. Essa Sociedade de Sábios existiu na submersa
Atlântida antes da segunda catástrofe transapalniana.
Os dois sábios e santos irmãos viveram os primeiros anos de
suas vidas na antiga cidade de Gob, no país chamado Maraplei-
cie, porém, tempos depois, refugiaram-se no país que mais
167
Samael Aun Weor

tarde passou a se chamar China. Os dois sábios e irmãos se vi-


ram obrigados a emigrar, saindo de sua cidade natal quando as
areias começaram a sepultá-lo (Gob foi sepultada pelas areias
do lugar, conhecido hoje como Deserto de Gobi).
Os dois irmãos, a princípio, especializaram-se só em medi-
cina, porém depois se tornaram grandes sábios e viveram, re-
pito, no país que mais tarde se chamou China. Coube a esses
irmãos Iniciados a alta honra de haverem sido os primeiros in-
vestigadores do ópio. Eles descobriram que o ópio consiste em
sete cristalizações subjetivas com propriedades bem definidas.
Trabalhos posteriores vieram demonstrar que cada uma des-
tas sete cristalizações independentes consistia, por sua vez, em
outras sete propriedades ou cristalizações subjetivas indepen-
dentes; estas últimas em outras sete e assim sucessivamente.
Comprovou-se que existe íntima afinidade entre música e
cor. Por exemplo, um raio colorido correspondente, dirigido
sobre qualquer elemento do ópio, transformava-o em outro
elemento ativo. Obtinha-se o mesmo resultado substituindo os
raios coloridos por vibrações sonoras correspondentes,
direcionadas através das cordas de um instrumento musical,
conhecido naquela época com o nome de “Dzendvokh”.
Verificou-se cientificamente que, ao passar qualquer raio
colorido através de qualquer elemento ativo do ópio, esse raio
gerava outra cor correspondente, a saber: a cor cujas vibrações
correspondem às vibrações do elemento ativo.
Ao passar qualquer raio colorido através das vibrações das
ondas sonoras emitidas pelas cordas do “Dzendvokh”, o
elemento ativo assumia outra cor correspondente às vibrações
manifestadas através da corda musical. O “Dzendvokh” foi um
instrumento musical formidável, com o qual se conseguiu
verificar o poder das notas musicais sobre o ópio e, em geral,
168
Conferência II

CONFERÊNCIA DE PSICOLOGIA E DE ALQUIMIA

A comida no prato está em estado passivo. Quando penetra


dentro do organismo humano passa por muitas transforma-
ções, refinamentos e sutilizações que se processam dentro da
escala musical: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si. A comida, em estado
passivo começa com o Dó; o Quimo, resultante da primeira
etapa da transformação, segue o processo com o Ré; o alimento
muito refinado que passa osmoticamente para a corrente san-
guínea continua com o Mi e assim sucessivamente, seguindo
seus processos até ficar elaborado como o melhor de todo o or-
ganismo: o maravilhoso elixir, o líquido seminal, com seu hi-
drogênio 12 da nota Si.
O hidrogênio sexual Si-12 encontra-se no sêmen e constitui-
se no poder criador do Terceiro Logos. A primeira oitava musi-
cal: Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si corresponde exatamente à fabrica-
ção do hidrogênio sexual Si-12 dentro do organismo humano.
Um “choque” muito especial durante a Maithuna (Magia Se-
xual) permite ao hidrogênio sexual Si-12 passar para uma se-
gunda oitava musical cujo resultado vem a ser a cristalização
do hidrogênio sexual Si-12 na forma extraordinária do corpo
astral. Isto é o que se chama “transmutar o chumbo em ouro”.
SAMAEL AUN WEOR
Mensagem de Natal do ano de 1966

172
Samael Aun Weor

CONFERÊNCIA PARA A TERCEIRA CÂMARA


Vamos começar nossa cátedra desta noite. Antes de tudo,
considero que necessitamos mudar, que devemos sair deste
estado em que nos encontramos. Torna-se necessário uma
transformação total e definitiva. Indubitavelmente, nenhuma
mudança se processa sem um “choque” especial. Obviamente,
as sete notas musicais (Dó, Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si) acham-se
relacionadas com todos os acontecimentos do dia.
Dó, Ré, Mi implicam, de fato, uma série de acontecimentos;
porém observem que, entre Mi e Fá, existe realmente uma
pausa, isso é óbvio. Portanto, Fá, Sol e Lá são as notas subse-
quentes. Entre as notas Lá e Si, existe outra pausa.
Se uma pessoa, durante a vida, propõe-se a realizar um
programa ou projeto terá que começar inevitavelmente pela
nota Dó; prosseguirá com a nota Ré e chegará à nota Mi. Ao
chegar a este ponto terá dificuldades, inconvenientes, porque
existe uma pausa entre a nota Mi e a nota Fá. A corrente do som
tende a regressar a seu ponto de partida original e, como
consequência ou corolário, é apenas normal que o esforço
inicial decline, que o projeto que se colocou em andamento
fracasse. Porém, se a pessoa promove um novo esforço para
atravessar a pausa (a pausa que vai da nota Mi até a nota Fá) é
obvio e normal que o impulso inicial se manterá em linha reta
e até em ascendência, fazendo o negócio triunfar.
Continuando, vemos que vêm em seguida as notas Fá, Sol e
Lá. Entre o Lá e o Si existe uma nova pausa. Se não se reforçar,
o impulso inicial, a corrente do som regressará ao ponto de
partida original e a empresa, o projeto ou negócio fracassará.
Portanto, a questão das sete notas é muito importante. Esta
questão sobre a corrente do som é formidável.
É preciso dar um “choque” entre as notas Mi e Fá e outro
173
Conferência para a Terceira Câmara

entre as notas Lá e Si. Sempre se necessita de um “choque” que


permita a alguém existir, que permita uma mudança, uma
transformação.
Se uma criança nasce e vem ao mundo, o primeiro “choque”
que recebe provém do ar que inala e que recebe; ao inalar o ar,
ao receber o oxigênio pela primeira vez, a criança vive. Por isso,
necessitamos desse “choque” meramente físico para existir-
mos. Também é certo que se, por exemplo, em vez de respirar-
mos oxigênio, nitrogênio etc., respirássemos monóxido de car-
bono, produzir-se-ia um “choque”, todavia não seria recebido
pelo corpo, o corpo rechaçaria, não aceitaria esse “choque” e
adviria a morte. E, no que diz respeito à nossa alardeada civili-
zação moderna, sucede que a mesma necessitaria de um “cho-
que” para não morrer, para não ser destruída. Esse “choque” só
poderia ocorrer através de outra civilização imensamente su-
perior à nossa. Só assim nossa civilização poderia não morrer.
Seria preciso inventar um “choque” para ser dado nesta civili-
zação agonizante, contudo não foi inventado ainda esse tipo de
“choque” que permita a nossa civilização transformar-se e exis-
tir. Certamente esta civilização terá que morrer por falta desse
“choque”, isso é óbvio.
Prosseguindo, teremos que contemplar o homem à luz do
“Gênese”. Só assim poderemos compreender que tipos de
“choques” nos levaria à Autorrealização Íntima do Ser.
O que nos diz “O Gênese”? Diz-nos que: “no princípio, Deus
criou os Céus e a Terra”. Os ignorantes “ilustrados” supõem que
isso se refere exclusivamente aos Céus Macrocósmicos e à
Terra meramente física, ao planeta Terra em que vivemos. Não
nego que se refira também a isso, entre outras coisas, porém
especificamente, está referindo-se, de forma concreta, também

174
Conferência III

AS FACULDADES SUPERIORES DO HOMEM

Estimados irmãos, se somente ficarmos na teoria, estaremos


mal. Necessitamos ser práticos em cem por cento. Entendamos
que a Autorrealização Íntima do Ser é uma questão prática.
Bem sabemos que, entre as duas sobrancelhas, na região da
raiz do nariz, existe uma glândula muito importante. Quero re-
ferir-me à glândula pituitária, que excreta certo tipo de hormô-
nios. Na medicina, utiliza-se a glândula pituitária na área de
Obstetrícia para acelerar e ajudar nos partos. Inquestionavel-
mente, a glândula pituitária está governada pelo planeta Vênus
que, por sua vez, acha-se associado com o cobre.
Desse modo, encontramos nessa glândula, sob o ponto de
vista psíquico, um chacra ou centro magnético que tem duas
pétalas e noventa e seis radiações. Quando esse chacra gira,
adquire-se a clarividência. Porém, esse chacra pode girar de
dois modos: se gira da esquerda para a direita vocês adquirem
a clarividência positiva (veem quando quiserem ver e quando
não quiserem ver, simplesmente não o usam, não veem; mas se
quiserem ver, verão). No entanto, quando esse chacra gira
negativamente (da direita para a esquerda), então vê-se contra
a vontade, convertendo-se simplesmente em “médium-
vidente”, tal como ensinam o espiritualismo e o espiritismo.
Um “médium-vidente” não é dono de suas faculdades.
Pensem quão grave é o fato de ver contra a própria vontade. O
melhor é que a pessoa se concentre e possa ver por vontade
própria. Isso de se ver contra a própria vontade, pode ocorrer,
por exemplo: o caso de uma pessoa que está tranquila e, de
187
Samael Aun Weor

repente, aparece um monstro do astral e a ataca em uma


reunião com pessoas decentes. Certamente se surpreenderá
com o monstro e dará alguns alaridos, uns quantos gritos e
sairá correndo. As pessoas ficarão olhando e dizendo; “Viram
só o que ocorreu? ” Quando muito, a levarão para o psiquiatra
e daí para o manicômio (Este é o caso do “médium-vidente”).
Portanto, é preciso fazer girar o chacra frontal, de forma
positiva, da esquerda para a direita. Para que se forme uma
ideia melhor, na visualização, o chacra gira de frente (não de
lado, senão de frente). Se o olharmos de frente, vemos como ele
gira nesse sentido. Assim é que o chacra deve girar: da
esquerda para a direita.
É fácil desenvolvê-lo. Simplesmente a pessoa coloca um
copo com água sobre uma mesa e senta-se comodamente. No
fundo do copo põe-se um pequeno espelho e colocam-se na
água algumas gotas de azougue ou mercúrio (bem sabemos, em
Ciência Oculta, do valor do Mercúrio). colocam-se algumas
gotas para que a água se carregue com o mercúrio. Depois, a
pessoa, sentada comodamente, a certa distância, concentra-se
de forma que o olhar atravesse o cristal e se fixe exatamente no
centro do copo, exatamente no ponto central da circunferência.
Existe um mantra que se deve pronunciar que é o mantra
dos Mistérios Isíacos: “IS-IS”. Devemos pronunciá-lo dividindo-
o em duas sílabas: IIIISSSS-IIIISSSS. Eis como se pronuncia o
mantra “ISIS”. O “S” é pronunciado como um silvo suave e
aprazível. É óbvio que, ao mantralizá-lo, fazemos girar o chacra
frontal da esquerda para a direita.
Esse exercício deve ser praticado durante dez minutos
diários. Agora, se alguém puder praticar esse exercício durante
trinta minutos diários, o progresso será mais rápido.
O interessante desse exercício é que deve ser praticado
188
ÍNDICE
- Prólogo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
.................................................................
LOGOS, MANTRA E TEURGIA
I O Logos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
II Mantras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
III Teurgia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
IV O Anjo Aroch . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
V . Estado Jinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
O 30
VI .A. Ave de Minerva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
VII Os Chacras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
VIII Saídas em Corpo Astral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
IX Exercícios Especiais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
X Luz e Trevas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
XI Magia Branca e Magia Negra. . . . . . . . . . . . . . . . 71
XII A Frágua Acesa de Vulcano. . . . . . . . . . . . . . . . . 78
XIII O Verbo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
CURSO ESOTÉRICO DE TEURGIA
I Teurgia, Goécia e Espiritismo . . . . . . . . . . . . . . . 97
II A Conjuração dos Sete – Primeira Invocação . . . 100
III Segunda Invocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106
IV Terceira Invocação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110
V Quarta Invocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113
VI Quinta Invocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 120
VII Sexta Invocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 124
VIII Sétima Invocação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 130
IX Os Estados Jinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
X Indicações Jinas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 149
XI As Saídas em Astral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 152
XII Os Fracassados. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
XIII A Kundalini . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 159
CONFERÊNCIAS
I A Corrente do Som . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 167
II Conferência de Psicologia e de Alquimia . . . . . . 172
III As Faculdades Superiores do Homem . . . . . . . . . . 187
Venerável Mestra Litelantes
Fundadora do Instituto Gnóstico de Antro-
pologia, esposa-sacerdotisa do Venerável
mestre Samael Aun Weor.
“Esta Dama-Adepto goza de consciência
contínua e estendida pelas eras de incon-
táveis reencarnações; logrou aperfeiçoar e
fortalecer certas faculdades ocultas que,
entre outras coisas, lhe permitem recordar
suas passadas existências e a história da
Terra e de suas raças.
Tem sido a colaboradora esotérica do venerável mestre Samael
Aun Weor. Descobriu os estados Jinas mencionados por Dom
Mário Roso de Luna e Arnold Krumm-Heller. Colaborou com o
mestre Samael nas investigações científicas dos elementais-
vegetais figuradas na obra Tratado de Medicina Oculta.
Esta Dama-Adepto é um dos 42 Juízes do Karma. É absoluta-
mente silenciosa e, como jamais faz apologia de seus poderes
nem de seus conhecimentos, os pedantes da época esgotam sua
baba difamatória contra ela.
A Guru Litelantes trabalha anônima e silenciosamente no
Palácio dos Senhores do Karma. Esta Dama-adepto é a “alma
gêmea” do Venerável mestre Aun Weor e, no decorrer de
enumeráveis reencarnações, foi sempre a fiel companheira do
Mestre.
Esta poderosa vidente tem em sua mente toda a sabedoria dos
séculos e, com suas faculdades clarividentes, colaborou com o
mestre Aun Weor, estudando os distintos departamentos
elementais da Natureza.”
(Samael Aun Weor – Rosa Ígnea e Tratado de Medicina Oculta
e Magia Prática).
Samael Aun Weor

Venerável mestre Samael Aun Weor


Fundador do Movimento Gnóstico Internacio-
nal, esposo-sacerdote da Venerável Mestra
Litelantes.
A Ciência-Síntese que é ensinada no Instituto
Gnóstico de Antropologia provém de um
Homem excepcional que viveu grande parte
da sua existência no México, de nome Samael Aun Weor.
Membro ativo do Círculo Consciente da Humanidade Solar,
através de uma vivência direta nos Mundos Internos, pôde dar
testemunho dos Grandes Mistérios comuns a todas as Civiliza-
ções e Tradições Antigas, de um modo concreto, prático, claro
e acessível a todos.
Nesta Nova Era de Aquário, Era de Luz, Era de Conhecimento
na qual nos encontramos atualmente, Ele recebeu a missão de
divulgar todas as chaves que permitem àqueles que o desejam
“Despertar” a sua consciência objetiva, se desenvolverem
integralmente e de encontrarem a sua “Voz Interior”, a qual é o
seu verdadeiro Guia.
Com a finalidade de difundir estes ensinamentos, fundou, nos
anos cinquenta do século passado, a primeira Associação do
Movimento Gnóstico Internacional (atualmente, Instituto
Gnóstico de Antropologia – IGA), que logo se expandiu pela
América Latina, América do Norte, Europa, África e no mundo
inteiro.
“Escrevo o ‘Quinto Evangelho’, ensino a Religião-Síntese, a
qual foi a Primitiva da Humanidade, a Doutrina de Jano ou
a dos Jinas. Esta é a Religião-Sabedoria dos antigos Colé-
Samael Aun Weor

gios Sacerdotais ou Jinas solitários da Ásia Central, Ioha-


nes, Ascetas Egípcios, Antigos Pitagóricos, Rosa-cruzes Me-
dievais, Templários, Primitivos Maçons e outras Fraterni-
dades Esotéricas mais ou menos conhecidas. Esta é a Dou-
trina Secreta dos Cavaleiros do Santo Graal, esta é a ‘Pedra
Viva’ de Jacob, o Lápiz Electrix, explicado dialeticamente.
Sem o ‘Quinto Evangelho’, os outros quatro ficam velados;
escrevo para rasgar o ‘Véu de Isis’. É urgente desvendar
para ensinar...
Com o ‘Quinto Evangelho’ resplandece a Luz nas trevas. ”
SAMAEL AUN WEOR.

Você também pode gostar