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ma Loja Maçônica, du-
rante todo o período em
que estiver desenrolan-
do-se a sessão, deve ser
mantida com música.
Ela tem a propriedade
de acalmar o espírito e
harmonizar nossos pen-
samentos, além de aba-
far os sons intrínsecos.
A música pode ser considerada urna
espécie de linguagem universal, pois
quando de boa qualidade, não tem pá-
tria, não conhece limites de tempo nem
de idioma. Quantas vezes, irmãos, não
ouvimos uma música cantada em idi-
oma estrangeiro que desconhecemos,
mas mesmo assim ficamos a ouví-la
repetidamente. Existem ainda os cha-
mados clássicos que, são apreciados e
repetidos, geração após geração, por
décadas e até mesmo séculos, sempre
agradando e inspirando sensações tão
dificeis de compreender e de explicar.
A música tem ainda o poder, já re-
conhecido, de "acalmar as feras". As-
sim, podemos considerar que as notas
musicais, harmonicamente arranjadas,
causam-nos um estado mental, que tan-
to pode ser de relaxamento e medita-
ção, quanto de agitação e excitação,
dependendo da forma do arranjo de
suas vibrações sonoras. Tanto isto é
verdade que na esmagadora maioria
dos rituais religiosos, mesmo nas tri-
bos mais primitivas, bem como nos
preparativos para guerras e combates,
a entoação de cânticos, hinos, músi-
cas ou mesmo a marcação sonora por
batidas rítmicas, é uma tônica, prepa-
rando os indivíduos envolvidos e cri-
ando neles um estado de espírito re-
ceptivo para o que se pretende reali-
zar.
Um estudo recentemente realiza-
do na Universidade de Ohio, nos Esta-
dos Unidos, mostra que pedalar bici-
cleta ergométrica ao som de músicas
agitadas melhora em 25% o rendimen-
to dos exercícios.
Catedrais, templos, sinagogas etc.
(inclusive o Templo Maçônico) são ge-
ralmente edificações de acústica extre-
mamente desenvolvida.
Biblicamente, o poder da energia
~~ Música é um
fenômeno acústico
para o prosa,co;• um
problema de melodia,
harmonia e ritmo para
o teórico; e o
desdobrar das ~Asas
da Alma', o despeltar
e a rea/iza{ão de
todos os sonhos e
anseios de quem
verdadeiramente a
ama ... "
Kurt Pahlen
História Universal da Música
gerada pela música para tais fins foi
relatado em várias passagens como,
por exemplo, quando Davi, ainda jo-
vem, foi chamado à presença do rei
Saul, para com sua harpa acalmá-lo em
suas tribulações, bem como na conhe-
cida passagem da queda das muralhas
de Jericó, pelo soar de trombetas.
Nos tempos da civilização grega, o
sábio Pitágoras e seus discípulos já
haviam percebido uma estreita relação
entre o som e a matemática, e estuda-
ram obsessivamente essa relação, cul-
minando pela formulação de postula-
dos relativos ao assunto. Para uma in-
teligência luminosa como a de
Pitágoras, foi dificil deixar de interes-
sar-se pela energia proveniente da
música e sua relação com o ambiente.
Falava aos seus iniciados sobre a "mú-
sica das esferas", referindo-se ao som
produzido pelos astros durante suas
evoluções e da harmonização
psicossomática do homem, e ainda da
sintonia com os deuses, desde que se
emitissem sons da mesma freqüência.
Freqüência representa o número de
vibrações na unidade de tempo, o que
estabelece uma relação matemática, de
razoável precisão, caracterizando algo
que pode ser mensurado e calculado,
o que toma este estudo algo que já sai
do abstrato, permitindo sua teorização
e seu estudo científico. E isso tudo
quando ainda nem se conhecia com
perfeição o céu, pois o primeiro teles-
cópio só seria inventado centenas de
anos após.
Na verdade, a ciência antiga
convencionou o Universo fisico como
um conglomerado silencioso de maté-
ria, pois como estava mergulhado no
vácuo, não seria possível a condução
de ondas sonoras. Mas as pesquisas e
descobertas científicas recentes reve-
lam que o Universo é borbulhante de
sons, que se conduzem, não de manei-
ra puramente material, mas sob forma
de "ondas de energia".
Desde o mundo microscópio das
partículas elementares dos átomos e
moléculas até o mundo macroscópico
dos astros de milhões de toneladas pe-
. ....
Ias galáxias, existe a emissão constan-
te de uma "música natural", constituí-
da de ondas energéticas, que o ouvido
humano não consegue perceber porque
ocorre em freqüência superior à do
nosso alcance auditivo.
Matéria e energia não são duas coi-
sas completamente diferentes e distin-
tas. Matéria é simplesmente uma for-
ma altamente estável de energia. As-
sim, tudo que existe no Universo é
redutí vel a energia acondicionada
como "quanta", que é uma entidade
composta de partículas com proprie-
dades físicas definidas.
Por outro lado, a energia de cada
partícula não se altera ao acaso mas
muda de acordo com a constante físi-
ca fundamental conhecida como
"constante de Planck". A lei que de-
termina as mudanças na energia das
partículas é similar à lei que rege a
harmonia musical.
A partir de tais conhecimentos, co-
meçou-se a pesquisar as inter-relações
entre as formas visíveis e as forças in-
visíveis do mundo natural, onde se
destaca a obra "Formas e Forças" de
René Huyghe. Suas narrativas contam
a intrigante descoberta feita pelo físi-
co e músico alemão Emest Chladini
(1756-1827) que estabeleceu relação
de causa e efeito entre uma nota tocada
em um violino, emitindo uma deter-
minada freqüência constante, e formas
que adquirem os grãos de areia espa-
lhados em uma folha de vidro ou de
metal, resultando um desenho geomé-
trico uniforme, conhecido como figu-
ra de Chladini.
Com base nesses achados, os cien-
tistas aprenderam a visualizar os sons
de uma ampla variedade de freqüênci-
as, inclusive os sons da voz humana,
sendo que os desenhos produzidos ti-
nham várias formas, entre elas: estrela
A música pode ser considerada uma espéde de
linguagem universal, pois quando de boa
qualidade, não tem pátria, não conhece limites de
tempo nem de idioma.
110tripé indutor da medita{ão e da reflexão repousa
na Ilumina{ão, na Incensa{ão e na Música".
do mar, coral, espinha de peixe, favos,
folhas e pétalas. Seriam, então, as for-
mas dos seres naturais, das células e
tecidos vivos, dos cristais e outros, ar-
ranjos de energia, determinados pelas
freqüências de vibração da "música
natural" do Universo?
Outro estudo que se desenvolve
nesse campo está sendo aplicado à Bo-
tânica. Existem dados experimentais
que mostram que as plantas gostam de
música e que o seu crescimento se ace-
lera quando estão em contato com
músicas agradáveis, sendo que já es-
tão sendo desenvolvidos métodos de
cultivo de plantas com música. Elas
parecem responder de maneira mais
positiva às músicas mais suaves.
No campo da psiquiatria, o Dr.
Robert Schauffert observou que o efei-
to da música sobre o organismo é sen-
sível e mensurável, sendo que o violi-
no combate a insegurança, a flauta
doce ameniza a ansiedade e o nervo-
sismo, o violoncelo induz à car ou teorizar aquilo que na verdade
introspecção e o piano combate a de-
pressão e a melancolia.
O fundamento científico de suas
observações residiria no fato de que o
deslocamento das vibrações sonoras no
líquido cérebro-espinhal e cavidades
cerebrais preenchidas de líquido, e
portanto ressonantes, produzem efei-
tos positivos ou negativos no sistema
psicoenergético do indivíduo.
a verdade, o emprego medicinal
ou terapêutico da música não é nenhu-
ma novidade para a Humanidade. Na
região de Kahum, no Egito, foi desco-
berto, em 1889, um papiro de aproxi-
madamente 4.500 anos de antiguida-
de, revelando a existência de uma te-
rapêutica utilizando sons instrumentais
e vocálicos para curar enfermidades
físicas, psicológicas e espirituais. O
grego antigo Asclépio tratava seus do-
entes fazendo-os ouvir cânticos mági-
cos. Os médicos da antiga Índia foram
grandes conhecedores das terapias
musicais e a medicina ayurvédica dis-
põe, até hoje, de sons instrumentais e
cânticos altamente eficientes para ati-
var e equilibrar os centros de força
psíquica do homem.
Assim Ir:., percebemos como os
estudos para maior compreensão des-
sa maravilhosa fonte de emissão
energética estão bastante adiantados e
as descobertas deverão ser ainda mais
formidáveis no futuro, sendo que um
perfeito conhecimento de tais fenôme-
nos, seu controle e emprego salutar
serão, sem dúvida, grande avanço na
história da Humanidade. Entretanto,
não será mais do que conseguir expli-
já sabemos e compreendemos intrin-
secamente. Basta que nos deixemos
levar pelas ondas harmoniosas da mú-
sica para percebermos tudo isso.
Talvez devêssemos passar a ver a
música como um veículo. Um veículo
energético em que as partículas de que
somos feitos possam transportar-se e
permitir-nos contatar o grande fluido
energético universal do qual na verda-
de fazemos parte, equilibrando nossa
sintonia e nosso estado vibratório. Daí
a sensação extremamente agradável
que nos causa o embalo melodioso da
música, e daí podermos considerar a
música uma energia viva.
Referência Bibliográficas
Bíblia Sagrada> 5" Edição= Ed. Paulinas
Entre o Esquadro e o Compasso= Ia Edição : Ed.
"A Tralha"
Revista "A Verdade"> Várias edições
O Aprendi: . BoI. Informa. Loja D. Caxias
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Várias edições