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Noções de Recursos Humanos - CFS 2023

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Unidade 02 - ESTATUTO - LOB

Nessa unidade didática trataremos de abordar o nosso ESTATUTO e a Lei de Organização


Básica do Corpo de Bombeiros - LOB em 3 Horas Aulas.
LEI Nº 6.218, DE 10 DE FEVEREIRO DE 1983. (Estatuto)
LEI COMPLEMENTAR Nº 724, DE 18 DE JULHO DE 2018. (LOB)

Como já foi falado anteriormente, muitos dispositivos do nosso estatuto foram alterados,
revogados, ou perderam eficácia por terem confrontado com dispositivos legais superiores.
Isso é comum quando analisamos uma Lei que está em vigor e é mais antiga que a
Constituição Federal. (Estatuto de 1983 é anterior a Constituição Federal que é de 1988)
Unidade 02 - ESTATUTO - INTRODUÇÃO

Para se ter uma ideia, era proibido o casamento do Cadete e demais Praças enquanto
estivessem sujeitos aos regulamentos dos órgãos de formação.
“Art. 152. …
§ 1º É vedado o casamento ao Aluno-Oficial e demais Praças enquanto estiverem sujeitos aos
regulamentos dos órgãos de formação de Oficiais, de Graduados ou de Praças cujos requisitos para
admissão exijam a condição de solteiro, ressalvados os casos excepcionais, a critério do Cmt Geral
da Corporação.

Art. 153. O aluno Oficial e demais Praças que contraírem matrimônio em desacordo com o § 1º do
Artigo anterior serão excluídos sem qualquer direito a remuneração ou indenização.”
Unidade 02 - ESTATUTO - INTRODUÇÃO

Fora isso, possuímos um estatuto forte, que ainda preserva direitos e garantias importantes
e diferenciadas dos demais servidores públicos, nos elevando a categoria de militares, com
tratamento diferenciado dos demais servidores.

O estatuto é dividido em 6 (seis) títulos, cada um deles sendo composto de capítulos e


seções. Dessa forma construiremos nossa aprendizagem, analisando aqueles que estão
vigentes, veremos que sempre temos o que aprender com essa leitura, seja por termos um
primeiro contato com esses importantes conceitos, seja pela oportunidade de rememorar.
Unidade 02 - ESTATUTO - INTRODUÇÃO

Do título I abordaremos: Cargo e Função militar.


Do título III abordaremos: Férias e outros afastamentos
Do título IV abordaremos: Disposições diversas como agregação, excedente, a
disposição, exercício de funções, reserva remunerada, entre outros.

Ainda veremos as implicações da Lei Federal 13.954/2019


(Sistema de Proteção Social dos Militares Estaduais)
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR

Os Militares Estaduais em razão da destinação constitucional, são uma


categoria especial de servidores públicos estaduais.

Os militares encontram-se em uma das seguintes situações:

I – NA ATIVA: os em atividade e os da reserva remunerada quando


convocados.
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR

II – NA INATIVIDADE:
a) Na reserva remunerada: quando pertencentes à reserva da
Corporação e percebem remuneração do Estado, porém sujeitos, ainda,
à prestação de serviço na ativa, mediante convocação;
b) Reformado: quando tendo passado por uma das situações anteriores,
estão dispensados, definitivamente da prestação de serviço na ativa,
mas continuam a perceber remuneração do Estado.
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR

O militar ingressa na inatividade quando passa para a reserva ou


quando é reformado. Ao passar para a reserva, continua mantendo
vínculos com a respectiva Corporação, ficando pronto para ser
convocado. Essa obrigação só desaparece com a reforma, por idade ou
por incapacidade física.
Na prática, os militares em inatividade, observados sua condição física
e o limite de idade para a Reforma, encontram-se "em disponibilidade
remunerada".
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR

Nessa parte introdutória do Estatuto, a situação do militar “convocado”


sempre suscita questionamentos. Principalmente devido aos militares
convocados para compor o Corpo Temporário dos Inativos da
Segurança Pública (CTISP).

Portanto devemos saber que “convocado” nada tem relação com


CTISP.
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR

CTISP
LEI COMPLEMENTAR Nº 380, DE 03 DE MAIO DE 2007

DECRETO Nº 1.274, DE 11 DE MAIO DE 2021


Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR

Há na Constituição Federal a previsão dos governadores dos estados


da federação legislarem sobre alguns temas específicos.
Conforme disposto nos artigos 42, §1º, e 142, § 3º, inciso X, da CF de
88, que atribui ao ente federativo exclusividade para legislar sobre
“condições de transferência do militar para a inatividade, direitos,
deveres, remuneração, prerrogativas e outras situações especiais
dos militares”.
Unidade 02 - ESTATUTO - HIERARQUIA, DISCIPLINA, CARGO E FUNÇÃO MILITAR

A Lei Complementar Nr 380 de 2007 que criou o CTISP vem dessa


permissão constitucional. Então a situação de um militar do CTISP não
é a situação de um militar convocado nos moldes do estatuto, nem é a
mesma condição de um militar da reserva que porventura venha a ser
convocado em casos excepcionais, como grandes calamidades por
exemplo, caso que demandaria uma lei ou decreto para sua efetivação.
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

Cargo militar é aquele que só pode ser exercido por militar em serviço ativo, e se
encontra especificado nos Quadros de Organização ou previsto, caracterizado ou
definido como tal em outras disposições legais.

A cada cargo corresponde um conjunto de atribuições, deveres e


responsabilidades que se constituem em obrigações do respectivo titular.
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

As obrigações inerentes ao cargo devem ser compatíveis com o correspondente


grau hierárquico e definidas em legislação ou regulamentos peculiares.

Os cargos são providos com pessoal que satisfaça aos requisitos de grau
hierárquico de qualificação exigidos para o seu desempenho.

O provimento do cargo se faz por ato de nomeação, de designação ou


determinação expressa da autoridade competente.
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

CARGOS - Comandante (Batalhão, Companhia, Pelotão, Grupamento),


Sargenteante, Chefe de Seção (B-1, B-2…), Diretor, Chefe de Divisão…
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

Por tanto, cada Cargo é ocupado por Bombeiro de um determinado Grau


Hierárquico. Este Cargo tem atribuições específicas.

Exemplo:
Cargo: Sargenteante
Grau Hierárquico: 1ºSargento ou Subtenente
Atribuições (funções): Auxiliar B-1 nas missões: editar escalas, divulgar
escalas, controle de férias e outros afastamentos, organizar Boletim Interno,
divulgar boletim interno…
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

Função bombeiro militar é o exercício das obrigações inerentes ao cargo.


Exemplo: Sargenteante - auxiliar com atos relativos a pessoal (escalas, inserção
no SiGRH, publicações em BI…).

A sequência de substituições para assumir cargo ou responder por funções,


devem respeitar a precedência e a qualificação exigidas para o cargo ou para o
exercício da função.
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

O militar ocupante do cargo provido em caráter interino ou efetivo, que não estiver
de acordo com o grau hierárquico exigido, fará jus aos direitos correspondentes
ao cargo, conforme previsto em lei.
Cada cargo possui funções específicas que
devem ser compatíveis com o Posto ou Grau
Hierárquico do respectivo cargo.

A Lei de Organização Básica determina a


estrutura administrativa e operacional da
Corporação, e atribui a cada estrutura uma
responsabilidade.
Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

LEI COMPLEMENTAR Nº 767, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2018 LOB

DECRETO Nº 1.328, DE 14 DE JUNHO DE 2021 R LOB


Unidade 02 - ESTATUTO - CARGO E FUNÇÃO MILITAR

Como bem determina nosso estatuto, as obrigações inerentes ao cargo devem


ser compatíveis com o correspondente grau hierárquico e definidas em legislação
ou regulamentos peculiares. O rol dessas obrigações, que devem ser ligadas a
cada cargo não existe de forma completa e clara (construção).
De modo geral, para cada cargo (civil ou militar), existe um feixe de atribuições e
funções que lhes são inerentes. Assim, quando um militar, desempenha
atividades que são estranhas ao seu cargo, posto ou graduação, passa a ter
direito de receber as diferenças remuneratórias.
Unidade 02 - ESTATUTO - OBRIGAÇÕES E DEVERES MILITARES

Cargo público

art. 30, que assim assevera: “Ao militar da ativa, è vetado comerciar e tomar
parte na administração ou gerência de sociedade e dela ser sócio ou participar,
exceto como acionista ou quotista, de sociedade anônima ou por quotas de
responsabilidade limitada.”
Unidade 02 - ESTATUTO - OBRIGAÇÕES E DEVERES MILITARES

Este ponto, aliado ao art. 5º, que diz que a carreira militar é caracterizada por
atividade continuada e inteiramente devotada às finalidades da Corporação. O
art. 32 I – dedicação integral ao serviço policial-militar.... E com o fato de que
todo cidadão ao ingressar na Corporação, presta compromisso de honra, no
qual aceita as obrigações e os deveres da carreira militar e que, independente
da carreira na qual ingressa, faz parte do juramento a seguinte oração:
“dedicar-me inteiramente ao seu serviço”.
Unidade 02 - ESTATUTO - OBRIGAÇÕES E DEVERES MILITARES

Sendo que o art. 42 diz que a violação das obrigações e/ou dos deveres
constitui crime, contravenção ou transgressão disciplinar. Muitos militares
questionam a possibilidade de nas horas de folga desempenhar outra
função.

De fato não há previsão legal para a execução de qualquer outra atividade laboral, o que está
claro é que nada pode concorrer com a carreira militar.

O que é expressamente vedado ao Militar Estadual é a acumulação de cargo público.


(Exemplo: Um bombeiro militar passar em concurso para professor)

*Emenda 101 de 2019


Unidade 02 - ESTATUTO - OBRIGAÇÕES E DEVERES MILITARES

Os deveres dos militares emanam de um conjunto de vínculos racionais e


morais, que ligam o militar ao Estado e ao serviço, compreendendo,
essencialmente:

I – dedicação integral ao serviço e fidelidade à instituição a que pertence,


mesmo com o sacrifício da própria vida;

II – culto aos símbolos Nacionais;

III – probidade e lealdade em todas as circunstâncias;


Unidade 02 - ESTATUTO - OBRIGAÇÕES E DEVERES MILITARES

IV – disciplina e respeito à hierarquia;

V – rigoroso cumprimento das obrigações e ordens;

VI – obrigação de tratar o subordinado dignamente e com urbanidade.


Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Chegando na parte do estatuto que trata dos direitos dos militares, vamos
direto para a seção III em diante (art. 65), que trata das férias e outros
afastamentos. A seção I trata de remuneração e a seção II de promoção.
Quanto a remuneração, a recentemente aprovada Lei Federal Nr 13.954/2019,
trouxe importantes alterações, das quais vamos tratar de forma separada ao
final desta disciplina. Como foi mencionado no início, muitas alterações
aconteceram recentemente e essa foi sem dúvida a maior delas.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

FÉRIAS

Férias é o afastamento total do serviço, concedido


anualmente aos militares estaduais para o descanso, a
partir do último mês do ano a que se refere e durante
todo o ano seguinte. (Art.65 Lei 6.218/83)

Compete ao Comandante-Geral regulamentar a


concessão das férias anuais.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

INTERRUPÇÃO DAS FÉRIAS

- Interesses de Segurança Nacional e manutenção da ordem;


- Extrema necessidade do serviço;
- Transferência para a inatividade;
- Cumprimento de punição decorrente de contravenção ou de transgressão
disciplinar de natureza grave;
- Internação hospitalar.
- Gestante que inicia a licença maternidade durante usufruto de férias.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Na impossibilidade absoluta do gozo de férias, ou no caso de sua interrupção


por motivos imperiosos, o período não gozado no ano, será averbado
(computado) em dobro, somente para fins de transferência do militar para a
inatividade, e, nesta situação, para todos os efeitos legais.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

O estatuto está limitado a conceituar férias, relacionar os motivos pelos quais a


mesma pode ser interrompida e afirmar que no caso de não usufruto o período
correspondente será averbado em dobro, contando assim como tempo de
serviço para a inatividade.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Porém, confere aos Comandantes-Gerais a prerrogativa de regulamentar a


concessão de férias. Até o ano de 2017 o BM não tinha Portaria própria
regulamentando.
A partir de então foram editadas 3 Portarias, a última portaria, portanto a
vigente, é a Portaria Nr 486, de 6 de dezembro de 2019.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Para o usufruto das férias anuais remuneradas a que têm direito os Bombeiros
Militares, são considerados os seguintes conceitos de período aquisitivo,
período de concessão e período de usufruto:
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

I – Período aquisitivo: tempo de serviço para que o Bombeiro Militar adquira


o direito ao usufruto de férias.
II – Período de concessão: limite de tempo necessário para a Corporação
conceder férias aos Bombeiros Militares. O período de concessão de férias
está vinculado à existência de período aquisitivo completo.
III – Período de usufruto: refere-se ao afastamento total do Bombeiro Militar
de suas atividades, em função das férias. Inicia-se dentro do período de
concessão e de acordo com a programação de férias estabelecida para cada
OBM. O início de usufruto das férias deve obedecer à data fixada na
respectiva programação.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

É muito importante entendermos estes conceitos e os que virão, pois férias,


apesar de parecer um assunto um tanto quanto banal, na realidade não é.
Temos nos deparado com inúmeros problemas advindos de alterações na
programação de férias dos militares do CBMSC.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

I – Primeiro Período:
a) Aquisitivo:
1. Data inicial: a data de inclusão na Corporação.
2. Data fim: a data que o militar completa um ano de serviço na Corporação.

b) De concessão (curto):
1. Data inicial: a partir dos últimos 30 dias do primeiro período aquisitivo.
2. Data fim: 31 de dezembro do ano em que o militar completar um ano de
serviço.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

II - Segundo Período:
a) Aquisitivo (curto):
1. Data inicial: o dia posterior à data fim do primeiro período aquisitivo.
2. Data fim: 31 de dezembro do mesmo ano de início do 2º período aquisitivo.

b) De concessão:
1. Data inicial: a partir dos últimos 30 dias do segundo período aquisitivo.
2. Data fim: 31 de dezembro do ano seguinte.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

III – Terceiro período:


a) Aquisitivo:
1. Data inicial: 1º de janeiro do ano seguinte ao término do 2º período
aquisitivo.
2. Data fim: 31 de dezembro do mesmo ano de início do 3º período aquisitivo.
b) De concessão:
1. Data inicial: a partir dos últimos 30 dias do 3º período aquisitivo.
2. Data fim: 31 de dezembro do ano seguinte.
IV – Quarto e demais períodos: obedecem a regra do 3º período aquisitivo.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Pela crescente demanda da judicialização para pagamento de férias


proporcionais, no final de 2018 a Procuradoria Geral do Estado (PGE),
reconheceu que seria mais benéfico para o erário realizar o pagamento
proporcional das férias não usufruídas em virtude da transferência para a
reserva remunerada, ou em virtude de qualquer outro tipo de rompimento de
vínculo, como pedido de licenciamento.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Porém, nem tudo são flores. Seguindo a linha de raciocínio que vamos explicar
abaixo, alguns militares em vez de receber, tinham na verdade que indenizar
os cofres públicos por terem usufruído férias além do que realmente tinham
direito.
Agora fica mais fácil entender o porque do nosso
pedido para que vocês prestassem bastante
atenção nos conceitos de período aquisitivo e de
concessão. Em especial o período aquisitivo.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

A Determinação de Providência (DPro), da Procuradoria Geral do Estado


(PGE), publicada no Diário Oficial do Estado de 6/6/2018, dispõe sobre a
indenização administrativa de férias proporcionais e integrais não usufruídas
na atividade.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

A determinação é que: “as férias proporcionais e/ou integrais não usufruídas


na atividade, em caso de aposentadoria, exoneração ou demissão do servidor
público, sejam pagas administrativamente, tendo como base a data de
ingresso do servidor no serviço público, considerando a relação, em dias,
entre a aquisição do direito e o usufruto do direito”.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

O cômputo de todos os períodos aquisitivos, deve seguir a regra do primeiro


período aquisitivo: 12 meses de efetivo exercício, a partir da data de ingresso
do servidor no cargo.
Isso porque, não se deve confundir o direito a um período de férias
conquistado a cada aniversário (12 meses) de ingresso no serviço público,
com a rotina administrativa que disponibiliza ao servidor a faculdade de poder
usufruir suas férias antes de efetivamente ter conquistado o direito, ou seja,
antes de completar novo período aquisitivo de um ano.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

A regra de utilização do ano civil a partir do 3º período aquisitivo foi instituída


exclusivamente para fins de gerenciamento dos afastamentos, na intenção de
facilitar a programação de férias considerando o período de janeiro à
dezembro de cada ano. Essa determinação vale tanto para militares quanto
para civis.
Devemos entender que para apuração de férias
proporcionais vale a regra de um período aquisitivo a
cada 365 dias. Ou seja, o segundo período, ou período
curto, é compensado quando da apuração.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

- O Bombeiro Militar tem direito ao usufruto de férias anuais com a


remuneração acrescida em 1/3 (um terço).
- O pagamento da gratificação é condicionado ao usufruto das férias e deve
ser efetuado no mês anterior ao do usufruto.
- Para efeitos do pagamento da gratificação, a antecipação de usufruto de
férias não é considerada como usufruto.
Não existe direito ao recebimento de gratificação de férias ou seu
pagamento proporcional quando não há o usufruto.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Exceto no caso dos militares excluídos do serviço ativo, em qualquer dos


casos elencados no Art. 100 do estatuto (transferência para a reserva
remunerada; reforma; demissão; perda do posto e patente; licenciamento;
exclusão a bem da disciplina; deserção; falecimento; extravio ou anulação de
inclusão). Como visto anteriormente, nesses casos, as férias serão pagas
proporcionalmente na esfera administrativa na última folha do militar.
PAP Nº23 - Saldo de Férias
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Para os militares do serviço ativo, a programação de férias do exercício


posterior deve ser inserida no SIGRH até o dia 31 de outubro do ano do
período aquisitivo em curso, respeitadas as peculiaridades específicas para o
perfeito sincronismo das escalas de serviços das OBM.

Compete ao Subcomandante-Geral, Chefe do Estado-Maior Geral, Diretor ou


Comandante de Unidade, a elaboração e inclusão da programação das férias
da respectiva OBM, inclusive para os militares integrantes do CTISP.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

IMPORTANTE FRISAR QUE NÃO EXISTE MAIS DISTINÇÃO PARA A


PROGRAMAÇÃO DE FÉRIAS ENTRE AS OBM QUE ATUAM NA
OPERAÇÃO VERANEIO.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

A dispensa para desconto em férias, denominada adiantamento de usufruto de


férias, é concedida pelo Subcomandante-Geral, Chefe do Estado-Maior Geral,
Diretor ou Comandante de Unidade, e tem o limite máximo de 15 dias,
contínuos ou não, por exercício.

No caso do militar não ter completado o período aquisitivo anual de janeiro a


dezembro, devem ser concedidas na proporção de 2,5 dias de desconto para
cada mês do período aquisitivo trabalhado, respeitando os seguintes limites:
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

I – Se trabalhou um mês, terá direito a dois dias de desconto em férias;


II – Se trabalhou dois meses, terá direito a 5 dias de desconto em férias;
III – Se trabalhou três meses, terá direito a 7 dias de desconto em férias;
IV – Se trabalhou quatro meses, terá direito a 10 dias de desconto em férias;
V – Se trabalhou cinco meses, terá direito a 12 dias de desconto em férias;
VI – Se trabalhou seis meses, terá direito a 15 dias de desconto em férias.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

O desconto deve ser sempre no próximo período de usufruto de férias do


Bombeiro Militar. Toda a dispensa para desconto em férias dos Bombeiros
Militares da ativa e do CTISP deve ser incluída no SIGRH pela OBM
responsável pela dispensa.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

SUSTAÇÃO DE FÉRIAS
Ato de cancelar integralmente o usufruto já iniciado das férias, com estorno
aos cofres públicos dos valores recebidos a título de gratificação, caso não
tenha ocorrido nenhum dia de usufruto.
A sustação das férias decorre de uma suspensão no usufruto por motivo de
interesse da Administração.
Deve ser devidamente justificada e fundamentada pelo Comandante de
Unidade ou Diretor. (§ 3º do art. 65 do estatuto)
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

No caso de autorização da sustação de férias, a data na qual o militar irá


retomar o usufruto de suas férias deve ser imediatamente após o término da
necessidade de serviço que motivou a sustação.

A sustação só é cabível após o início do usufruto das férias, antes do início,


caso a programação não possa ser cumprida, deve ser solicitado a
reprogramação das mesmas.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

O usufruto de férias pode ser interrompido, mediante autorização do Diretor de


Pessoal do CBMSC, quando:

I – em caso de interesses de Segurança Nacional e manutenção da ordem;


II – em caso de extrema necessidade do serviço;
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Porém, as mesmas poderão ser interrompidas de ofício pela Diretoria de


Pessoal, quando:
I – Da transferência do militar para a inatividade;
II – Para cumprimento de punição decorrente de contravenção ou de

transgressão disciplinar de natureza grave;

III – Em caso de baixa hospitalar (internação de emergência);

IV – Início de licença maternidade.


Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

NÃO OCORRE INTERRUPÇÃO DAS FÉRIAS


- núpcias;
- luto;
- instalação;
- trânsito;
- licença paternidade;
- licença para tratamento de saúde;
- ou licença para tratamento de pessoa da família.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

ATENÇÃO
Vale o afastamento que ocorrer primeiro. Por exemplo, o BM possui férias para
iniciar dia 10, mas no dia 9 ele se acidenta e pega 90 dias de LTS.
As férias deverão ser reprogramadas. No caso do afastamento ocorrer nos
últimos dias de férias, o militar tem direito ao afastamento correspondente ao
saldo de dias que faltar para completar o prazo previsto para o afastamento.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Atentem para o fato de que existe um período


concessivo, com início e fim, e caso o militar
não consiga iniciar o usufruto dentro desse
período, o saldo será averbado em dobro, pois
já não será mais possível o usufruto.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

EXCETO A GESTANTE
Se a gestante não usufruir as férias dentro do
período de concessão devido ao usufruto da
licença maternidade, as férias deverão ser
usufruídas no dia subsequente ao término da
referida licença, mesmo fora do período de
concessão.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Os militares estaduais têm direito, ainda, aos seguintes períodos de


AFASTAMENTO total do serviço, por motivo de:

I – Núpcias: 8 (oito) dias;

II – Luto: 8 (oito) dias;

III – Instalação: até 10 (dez) dias;

IV – Trânsito: até 30 (trinta) dias.


Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Quanto à NÚPCIAS, deverá ser solicitada antes da data da celebração, seja


casamento ou união estável, e será a contar da data expressa no documento
comprobatório, que deverá ser entregue à sargenteação no primeiro dia útil
após o término do afastamento.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Quanto ao LUTO, o dispositivo não estabelece o rol de familiares cujo óbito


oportuniza ao policial militar a concessão do benefício, limitando-se, apenas, a
firmar o período do afastamento.
Nesse aspecto a Portaria Nr 135 de 26/03/2020 do CBMSC, assim possibilita:

“Serão concedidos 8 (oito) dias de luto por motivo de falecimento de cônjuge,


companheiro(a), pais, sogros, padrastos, filhos, enteados, avós, menor sob
sua guarda ou tutela, curatelado e irmãos….”
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

As férias e os afastamentos mencionados anteriormente, são concedidos com


a remuneração prevista na legislação peculiar e computados como tempo de
efetivo serviço para todos os efeitos legais.

Trânsito: período de afastamento total do serviço, destinado aos preparativos


decorrentes de mudanças, concedido ao militar, pelo comandante da OM de
origem, cuja movimentação implique, obrigatoriamente em mudança de sede.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Para o trânsito, concedido nos casos de movimentação, a Diretoria de Pessoal


adota o seguinte critério, conforme a distância entre as sedes que o militar
será movimentado:
- Limítrofe: sem trânsito;
- Até 250 km: 3 (três) dias;
- Até 500 km: 4 (quatro) dias;
- Até 750 km: 6 (seis) dias;
- Acima 750 km: 8 (oito) a 30 (trinta) dias.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Instalação: período de afastamento total do serviço, destinado às providências


de ordem pessoal ou familiar, decorrentes da movimentação, concedido ao
militar após sua apresentação na OM para onde foi transferido.

Já a instalação é prerrogativa do comandante da OBM de destino conceder ou


não, respeitando o limite de 10 dias e a obrigatoriedade de inserção da
informação no SIGRH.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

Até agora falamos sobre afastamentos, a seguir falaremos sobre licenças.

Nos afastamentos não existe a prerrogativa de indeferimento, ou seja, o militar


não solicita que lhe seja concedido o afastamento, a ocorrência do fato
motivador e a sua devida comunicação ao escalão superior já autorizam o
afastamento, sem possibilidade de indeferimento.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

No caso das licenças é diferente, para que um militar possa se afastar do


serviço por motivo de usufruto de licença especial, de licença para tratar de
assuntos particulares, para tratamento de saúde de pessoa da família ou de
saúde própria, necessariamente deve haver uma autorização do escalão
superior para tal.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

LICENÇA ESPECIAL
Após cada quinquênio de serviço público estadual, o Bombeiro Militar fará jus
à licença especial, pelo período de 3 (três) meses. A licença especial deverá
ser solicitada mediante requerimento ao comandante imediato, sendo a
autorização de competência do comando da companhia.

A referida licença deverá ser usufruída em parcelas mensais (30 dias). A não
ser no caso de reinício de usufruto decorrente de interrupção.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

A conversão em dinheiro, parcial ou total, da licença especial concedido e não


usufruída, bem como o seu cômputo em dobro para efeito de aposentadoria,
deixou de ser possível com o art. 2º da LC nº 36 de 1991, que vedou essa
possibilidade. Em 2023 a venda de LE está sendo discutida tanto na Justiça
quanto nos quartéis. (cenas para o próximo capítulo…)
A programação ou alteração do usufruto da licença especial deverá ser
inserida no SIGRH pela sargenteação da respectiva OBM.
Unidade 02 - ESTATUTO - DIREITOS DOS MILITARES

LICENÇA PARA TRATAR DE INTERESSE PARTICULAR - LTIP

- BM com mais de 10 (dez) anos de efetivo serviço, mediante requerimento;


- Prazo mínimo 6 meses e máximo de 2 anos, podendo ser prorrogado 2
vezes, por igual período, somando o total de 6 anos de afastamento;
- Sem remuneração, e a contagem de tempo de serviço é interrompida;
- Após decorrido o prazo mínimo (seis meses), o militar será agregado,
conforme inciso III do art. 83, do estatuto;
- Limbo jurídico.
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- Lei Complementar Nr 412/2008 - IPREV (Instituto de Previdência de Santa


Catarina) - Contribuição obrigatória parte do segurado;

- Lei Complementar Nr 662/2015 - Contribuição opcional, porém, tanto a


sua parte (14%) quanto a parte patronal (28%), totalizando 42% sobre o
próprio subsídio.
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- Opção pela contribuição: o militar mantinha o vínculo previdenciário e ao


final da LTIP poderia averbar esse tempo. Previa também, obedecendo
alguns critérios, a possibilidade de pagamento dessas contribuições após
o retorno, de forma parcelada, sendo que os efeitos do pagamento só
seriam possíveis após a quitação.

- Opção sem contribuição: vínculo previdenciário suspenso. O que isso


significa?
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No momento, por falta de regulamentação, não há como responder se o militar


tem direito de optar para contribuir com sistema de proteção social,
estabelecido pela Lei Nº 13.594/2019. Ou se quando retornar, ao final da
licença, poderá averbar esse tempo, caso contribua. Tampoco, responder
sobre o que acontece, caso o militar não receba o apto da JMC para o retorno
ao serviço ativo. Ou no caso do mesmo falecimento durante a LTIP o que
aconteceria com os dependentes em termos de pensão militar.
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INTERRUPÇÃO DE LE E LTIP
I – Mobilização e estado de guerra;
II – Decretação de estado de emergência ou estado de sítio;
III – Cumprimento de sentença que importe em restrição da liberdade
individual;
IV – Cumprimento de punição a critério do CmtG;
V – em caso de pronúncia em processo criminal ou indiciação em inquérito
policial-militar;
VI – Para usufruto de Licença Maternidade (LC 475).
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Os motivos que legalmente podem interromper tanto a LE quanto a LTIP são


os mesmos que legalmente podem interromper as férias, com uma única
diferença, no caso das férias existe a figura da “extrema necessidade de
serviço”.
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LICENÇA MATERNIDADE E PATERNIDADE

Lei Complementar Nr 475/2009.


- Para todo o funcionalismo público do Estado.
- Apesar de terem o nome de licença são
considerados afastamentos, pois tanto para
usufruir a licença paternidade, quanto
maternidade, basta a ocorrência do fato em si e
a sua devida comunicação.
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LICENÇA MATERNIDADE
À militar estadual gestante é assegurada licença à maternidade pelo período
de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos, a partir da data de nascimento da
criança, mediante apresentação da certidão de nascimento.
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- A licença maternidade só inicia com o nascimento da criança, ou;

- Poderá ser concedida a partir do oitavo mês de gestação, mediante


parecer da Junta Médica da Corporação – JMC. Para isso a gestante
deve levar a junta médica a solicitação do (a) obstetra que a acompanha.
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OUTRAS PECULIARIDADES
- Caso de natimorto (LTS);
- Caso de falecimento da criança durante a licença (suspensão - 60 dias
anteriores ao seu término);
- entre outros casos possíveis.
IN nº 5/2016, publicada no BCBM nº 46/2016 que traz alguns esclarecimentos
adicionais sobre a licença maternidade que pode ser consultada em caso de
interesse.
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LICENÇA PATERNIDADE

Os militares estaduais têm direito ao afastamento total do serviço em virtude


do nascimento do filho, pelo período de até 15 (quinze) dias consecutivos.
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- A licença paternidade só inicia com o nascimento da criança;

- Poderá ser concedida por todo o período da licença-maternidade ou pela


parte restante que dela caberia à mãe em caso de falecimento da mesma
ou de abandono do lar, seguida de guarda exclusiva da criança pelo pai,
mediante provas ou declaração firmada por autoridade judicial
competente.
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OUTRAS PECULIARIDADES
- As licenças maternidade e paternidade poderão ser concedidas aos
militares estaduais em caso de adoção de criança de até 06 (seis) anos
incompletos, ou quando obtiver judicialmente a sua adoção ou guarda
para fins de adoção.
- Deverá ser requerida ao Comandante de Unidade, no prazo máximo de
15 (quinze) dias a contar da expedição, conforme o caso, do termo de
adoção ou do termo de guarda para fins de adoção.
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LICENÇA PARA CONCORRER A CARGO ELETIVO


- Possibilidade do militar ser candidato a um cargo político.
- Estatuto previa que o militar candidatado a cargo eletivo, desde que
contando 5 (cinco) ou mais anos de serviço, seria agregado a contar da
data do registro como candidato.
- CF/88 alterou o prazo mínimo de serviço para 10 anos. E outras
condições foram adicionadas, e apesar de não estarem no estatuto, são
de observação obrigatória.
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DISPOSIÇÕES DIVERSAS
Vamos começar com agregação. O conceito de agregação é o seguinte:
“situação na qual o militar da ativa deixa de ocupar vaga na escala
hierárquica de seu quadro, nela permanecendo sem número”. Iremos ver
adiante que a agregação sempre está ligada a duas situações, ou o militar
está fora de uma função de natureza ou interesse militar ou está afastado do
serviço.
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O militar será agregado e considerado para todos os efeitos legais como em


serviço ativo, quando:
I – for designado ou nomeado para exercer função que não seja propriamente
militar ou que não seja de natureza ou interesse militar.
As funções propriamente militares são aquelas exercidas por militares a
serviço da respectiva Corporação. As funções de natureza ou interesse
bombeiro/policial militar, são aquelas que não enquadradas como
propriamente militares, mas que, por sua finalidade e peculiaridade, estão
intimamente ligada às missões do CBMSC ou da PMSC.
II – houver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos à disposição exclusiva de
outra Corporação.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

O estatuto permite ao Chefe do Executivo declarar em qualquer órgão público


uma determinada função de natureza ou de interesse militar.
Porém, o Governo do Estado pode a seu bel prazer declarar toda e qualquer
função como sendo de natureza ou interesse militar?

A resposta é NÃO. Existem


disposições legais que regulam essa
possibilidade, essas disposições
legais serão exploradas quando mais
adiante examinarmos o instituto de “à
disposição” no âmbito de gestão de
pessoal militar.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Por ora é importante que vocês memorizem que a agregação no caso do item I
do art. 82, ou seja, para militares que não estejam em nenhuma das funções
enquadradas nos arts. 92, 93 ou 94 do estatuto, ocorre a partir da data de
assunção do novo cargo ou função, até o regresso do militar ou a transferência
“ex-offício” para a reserva remunerada.
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Outras situaçoẽs que propiciam a agregação são os afastamentos e demais


possibilidades elencadas no art. 83, vejamos:

I – ter sido julgado incapaz temporariamente, após 1 (um) ano contínuo de


tratamento de saúde;

II – haver ultrapassado um ano contínuo em licença para tratamento de saúde


própria;

III – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratar de


interesse particular;
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IV – haver ultrapassado 6 (seis) meses contínuos em licença para tratamento


de saúde de pessoa da família;
V – ter sido julgado incapaz definitivamente, enquanto tramita o processo de
reforma;
VI – ter sido considerado oficialmente extraviado;
VII – haver sido esgotado o prazo que caracteriza o crime de deserção
previsto no Código Penal Militar, se Oficial ou Praça com estabilidade
assegurada;
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VIII – como desertor, ter-se apresentado voluntariamente, ou ter sido


capturado, e reincluído a fim de se ver processar.
IX – se ver processar, após ficar exclusivamente à disposição da justiça
comum.
X – ter sido condenado à pena restritiva de liberdade superior a 6 (seis)
meses, em sentença transitada em julgado, enquanto durar a execução,
excluído o período de sua suspensão condicional, se concedida esta, ou até
ser declarado indigno de pertencer à Polícia Militar ou com ela incompatível.
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XI – ter sido condenado à pena de suspensão do exercício do posto,


graduação. Cargo ou função, prevista no Código Penal Militar.
XII – ter passado à disposição de qualquer Secretaria de Estado, de órgãos do
Governo Federal ou Municipal, para exercer função de natureza civil.
XIII – ter sido nomeado para qualquer cargo público civil temporário, não
eletivo, inclusive da administração indireta e fundações instituídas pelo Estado.
XIV – ter-se candidatado a cargo eletivo desde que conte 10 (dez) ou mais
anos de serviço.
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Interessante pontuar o seguinte, o militar agregado em virtude de ter sido


nomeado ou designado para exercer cargo ou função de interesse ou de
natureza militar, mesmo considerada de relevância, fora do âmbito da
Corporação, somente poderá permanecer nesta situação por períodos de, no
máximo, 4 (quatro) anos, contínuos ou não.
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Ao término de cada período de 4 (quatro) anos, contínuos ou não, o militar


deverá ser exonerado ou dispensado do cargo ou função e retornará à
corporação, devendo aguardar, no mínimo, para efeito de novo afastamento, a
fim de exercer cargo ou função de interesse ou de natureza bombeiro militar, o
prazo de 2 (dois) anos.
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Interessante pontuar também, o militar agregado por ter passado a exercer


cargo ou emprego público civil temporário, não eletivo, inclusive da
administração indireta ou fundações instituídas pelo Estado, ou por ter
passado à disposição de qualquer Secretaria de Estado, de órgãos do
Governo Federal, Estadual ou Municipal, para exercer função de natureza civil,
será transferido “ex-offício” para a reserva remunerada, ao ultrapassar 2 (dois)
anos do afastamento, contínuos ou não.
O militar da ativa nomeado para qualquer cargo público civil temporário, não
eletivo, inclusive da administração indireta, ficará agregado ao respectivo
quadro, enquanto permanecer em exercício, e somente poderá ser promovido
por antigüidade.
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Reversão: é o ato pelo qual o policial-militar agregado retorna ao respectivo


quadro, tão logo cesse o motivo que determinou sua agregação, voltando a
ocupar o lugar que lhe competir na respectiva escala hierárquica, na primeira
vaga que ocorrer.
Excedente é a situação transitória a que, automaticamente, passa o militar
quando:
I – cessado o motivo que determinou a sua agregação, reverte ao respectivo
Quadro, estando com seu efetivo completo;
II – é promovido por bravura, sem haver vaga, passando a ocupar a primeira
vaga aberta;
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III – é promovido indevidamente;

IV – sendo mais moderno na respectiva escala hierárquica, ultrapassa o


efetivo de seu quadro, em virtude de promoção de outro militar em
ressarcimento de preterição;

VI – cessado o motivo que determinou sua reforma por incapacidade definitiva,


retorna ao respectivo quadro com seu efetivo completo.
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À disposição: O conceito do instituto do “À disposição” está referido no art. 90


do estatuto: “À disposição é a situação em que se encontra o militar a serviço
do órgão ou autoridade a que não esteja diretamente subordinado.” Podemos
considerar a disposição como uma movimentação externa.
Entende-se, assim, quaisquer órgãos fora da estrutura organizacional do
CBMSC, pois nestes há pessoas no comando/chefia que não são militares,
são civis, logo não exercem (ou não poderiam exercer) poder de subordinação
direta sobre os militares que ali estejam atuando. Normalmente, nesses casos,
há somente uma mera ascendência funcional e temporária. (SGPE - PMSC
22617/2019)
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De uns tempos para cá tem se tornado cada vez mais comum militares
assumirem funções totalmente estranhas à carreira militar. Hoje temos um BM
como Secretário da Agricultura e Interior da Prefeitura de Mafra , temos militar
na Secretaria de Estado da Educação, a PMSC têm militar no Instituto Chico
Mendes de Biodiversidade (ICMBio) e por aí vai.
Sem sombra de dúvidas existe um excesso no uso do instituto previsto no art.
90 do estatuto, que permite que militares sejam colocados a disposição de um
órgão governamental, porém, não se pode deixar de respeitar os consectários
funcionais advindos deste ato.
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O art. 95 não deixa dúvidas: “o militar no desempenho de cargo não


catalogado nos artigos 93 e 94 deste Estatuto é considerado no exercício de
função de natureza civil.”
De acordo com o art. 82, caput, inciso I e § 1º, o militar designado ou nomeado
para função não prevista em um dos seguintes artigos: 92, 93 e 94 será
agregado na data da designação ou nomeação.

Por sua vez, o inciso IV do art. 94, que trata das funções
de natureza ou de interesse militar, permite que o
Governador do Estado declare de natureza ou interesse
Bombeiro Militar os cargos existentes em outros órgãos
públicos.
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A leitura dos dispositivos do Estatuto, no que diz respeito a militares exercendo


funções fora da subordinação funcional do CBMSC, nos leva a reflexões. A
prerrogativa que o chefe do executivo possui, para declarar de natureza ou
interesse bombeiro militar qualquer função em outros órgãos públicos, é válida
e legal, porém, não interfere no fato de que o prazo máximo de permanência
do militar nessa situação é de 6 meses, conforme § 1º do art. 90.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Após esse período agregará ou retornará ao CBMSC. O fato do Chefe do


Poder Executivo, valer-se do inciso IV do art. 94 para colocar militares a
disposição fora do âmbito de suas respectivas Corporações, impede a
agregação na data da posse, porém, o prazo máximo de 6 meses para a
agregação continua valendo, como também o prazo de 2 anos para o retorno à
Corporação ou para a transferência para a reserva ex-officio.
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Longe de esgotar o assunto, até porque esse não é o objetivo, uma pergunta
não pode deixar de ser feita: qual função existe, por exemplo, na Secretaria de
Estado da Educação que seja inerente às funções de um servidor ocupante de
um cargo militar?

Essa pergunta pode ser estendida a diversas


situações de militares que hoje estão
desviados de suas função, por mero interesse
político e/ou pessoal.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Exercício de funções

Função militar é a atividade exercida por militar a serviço da sua Corporação


ou do Exército, neste caso quando relacionada com o caráter das Forças
Auxiliares de reserva da Força Terrestre.
Função de natureza militar ou de interesse militar é a atividade exercida por
militar, desempenhada fora do âmbito da Corporação, mas que, por sua
finalidade e peculiaridade, está intimamente ligada às missões dos militares.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

São considerados no exercício de função de natureza militar ou de interesse


militar, os militares da ativa que desempenham um dos cargos a seguir
especificados:

I – os fixados no Gabinete do Governador do Estado;


II – os fixados no Gabinete do Vice-Governador do Estado;
III - os fixados no Tribunal de Justiça, na Assembleia Legislativa e em
Secretarias de Estado, a nível de Assessoria Militar;
IV - os fixados em outros órgãos públicos, cuja função for declarada, pelo
Governador do Estado, de natureza ou de interesse militar.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Segundo o art. 3º do Estatuto, os Militares Estaduais, integrantes da PMSC


e do CBMSC, em razão da destinação constitucional das Corporações e em
decorrência da leis vigentes, constituem uma categoria especial, de
servidores públicos estaduais e são denominados Militares Estaduais.

Segundo o art. 4º do Decreto Nr 1.073, para os servidores Secretaria de


Estado da Segurança Pública (SSP), integrantes do Grupo Segurança
Pública: Polícia Militar, Bombeiros Militar, a disposição somente será
permitida se for para o exercício de atribuições inerentes ao cargo que
ocupa.
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Ausente e desertor

Veremos de maneira bem sucinta os conceitos de ausente e desertor.

É considerado ausente o militar que por mais de 24 (vinte e quatro) horas


consecutivas:
I – deixar de comparecer a sua OBM, quando deveria fazê-lo, sem
comunicar qualquer motivo de impedimento;
II – ausentar-se, sem licença, da OBM onde serve ou local onde deve
permanecer.
No caso de desertor as condições estão previstas na legislação penal militar.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Desaparecido e extraviado

É considerado desaparecido, o militar que no desempenho de qualquer


serviço, em viagem, em operações militares ou em caso de calamidade
pública, tiver paradeiro ignorado por mais de 8 (oito) dias.

O militar que na forma do parágrafo acima, permanecer desaparecido por


mais de 30 (trinta) dias, será oficialmente considerado extraviado.

Nas possibilidades de ausência ou desaparecimento o fato deve ser


comunicado imediatamente à autoridade superior.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

EXCLUSÃO DO SERVIÇO ATIVO

Esse tema é de fundamental importância, uma vez que em dezembro de


2019, a Lei Federal Nr 13.954 reformulou completamente a maneira como
nós militares, e digo nós militares estaduais do Brasil, não apenas de Santa
Catarina, vamos ser movimentados para a reserva remunerada, que é a
forma como mais de 95% dos militares são excluídos do serviço ativo.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

A exclusão do serviço ativo e o conseqüente desligamento da organização a


que estiver vinculado o militar, decorre dos seguintes motivos:
I – transferência para a reserva remunerada;
II – reforma;
III – demissão;
IV – perda do posto e patente;
V – licenciamento;
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

VI – exclusão a bem da disciplina;


VII – deserção;
VIII – falecimento;
IX – extravio;
X – anulação de inclusão.
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TRANSFERÊNCIA PARA RESERVA REMUNERADA

Lei Federal Nr 13.954, de 16 de dezembro de 2019


- Estabeleceu normas gerais relativas à inatividade e instituição de
pensão para os militares dos estados e criou o Sistema de Proteção
Social dos Militares (SPSM).
Importante destacar que, nós militares, não temos mais previdência,
esqueçam o IPREV, nós temos agora sistema de proteção social.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

- Reforma da Previdência, de 12 de novembro de 2019 mudou as regras


para aposentadoria e pensão.
- Idade mínima para aposentadoria de 62 anos para as mulheres e 65
anos para os homens, aumentou o tempo de contribuição, estabeleceu
regras mais duras para as pensões por morte, as aposentadorias por
invalidez, entre outras alterações.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Porém os militares ficaram de fora, graças a brava luta


travada por nossos representantes em Brasília.

- Simetria com as regras estabelecidas para as


Forças Armadas referente à reserva remunerada,
reforma, instituição de pensão por morte e
estabeleceu regras de transição para quem
estava na ativa na data de publicação da lei.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

A Lei Nr 13.954, de 16 de dezembro de 2019 alterou a Lei nº 6.880, de 9 de


dezembro de 1980 (Estatuto dos Militares Federais) entre outras, reestruturou
a carreira dos militares federais e dispôs sobre o Sistema de Proteção Social
dos Militares, que abrangeu os militares estaduais.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Observado o disposto nos arts. 24-F e 24-G, aplicam-se aos militares dos
Estados, do Distrito Federal e dos Territórios as seguintes normas gerais
relativas à inatividade:
I - a remuneração na inatividade, calculada com base na remuneração do
posto ou da graduação que o militar possuir por ocasião da transferência para
a inatividade remunerada, a pedido, pode ser:
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

a) integral, desde que cumprido o tempo mínimo de 35 (trinta e cinco) anos


de serviço, dos quais no mínimo 30 (trinta) anos de exercício de atividade de
natureza militar; ou

b) proporcional, com base em tantas quotas de remuneração do posto ou da


graduação quantos forem os anos de serviço, se transferido para a inatividade
sem atingir o referido tempo mínimo; (não se aplica à SC no que se refere “a
pedido” , no inciso I)
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

- Tempo de serviço de 35 anos para homens e mulheres;

- Tempo mínimo de 30 anos em atividade de natureza militar (tempo militar


federal, militar estadual de fora de SC);

- Remuneração igual a do posto ou da graduação que o militar possuir por


ocasião da transferência para a inatividade remunerada. (Sem
posto/graduação imediato)
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

REFORMA POR INCAPACIDADE FÍSICA

Inciso II do artigo 24-A

A remuneração do militar reformado por invalidez decorrente do exercício da


função ou em razão dela é integral, calculada com base na remuneração do
posto ou da graduação que possuir por ocasião da transferência para a
inatividade remunerada.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

A Lei 6.218/83 previa (LC nº 765/2020 - alterou art. 113 do estatuto) 3 (três)
possibilidades de Reforma:

- Proporcional, sendo que um dia de vencimento corresponde a um ano


trabalhado ou fração superior a 180 dias. (Invalidez sem causa e efeito com o
serviço. Qualquer acidente ou doença contraída fora de serviço.)
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- Remuneração integral do posto ou graduação que possuir quando da


ocorrência da reforma. (militares que mesmo tendo sofrido acidente ou
adquirido moléstia sem relação com o serviço, são declarados inválidos,ou
seja, incapazes para toda e qualquer atividade;

.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

- Com a remuneração correspondente ao posto ou graduação imediata.


Sendo o posto ou graduação imediatas, as definidas no § 4º do art. 113 do
estatuto (revogado pela LC 765/2020). Quando a inaptidão definitiva para o
serviço militar decorrer acidente em serviço, ou que tenham adquirido
moléstia com relação de causa ou efeito relacionadas com serviço, ou ainda..

.
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Portador das seguintes moléstias, descritas no inciso V do art. 111 do estatuto:


Tuberculose ativa, alienação mental, neoplasia maligna, cegueira, lepra,
paralisia irreversível, cardiopatia grave, mal de Parkinson, pênfigo,
espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançados da
pênfigo, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados
da doença de paget (osteíte deformante) síndrome da imunodeficiência
adquirida e outras moléstias graves ou incuráveis com base nas conclusões
da medicina especializada.
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Agora temos somente duas possibilidades quanto a reforma:

- Proporcional

- Integral

NÃO EXISTE MAIS REFORMA POR INCAPACIDADE FÍSICA COM


PROVENTOS IMEDIATOS
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Continuando a análise do artigo 24, vamos ao inciso III:

A remuneração na inatividade é irredutível e deve ser revista automaticamente


na mesma data da revisão da remuneração dos militares da ativa, para
preservar o valor equivalente à remuneração do militar da ativa do
correspondente posto ou graduação”.
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Garantiu para os militares, independente da data de ingresso na carreira, a


integralidade, ou seja, sem perda salarial quando do ingresso na inatividade.

E paridade, ou seja, em igualdade de posto ou graduação. Tanto o militar da


ativa quanto o da reserva irão receber a mesma remuneração.

Paridade e integralidade até onde sei, após a reforma da previdência, apenas


a nossa categoria conseguiu manter. Lembram do SCPrev?
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Por fim o inciso IV do artigo 24.


A transferência para a reserva remunerada, de ofício, por atingimento da
idade-limite do posto ou graduação, se prevista, deve ser disciplinada por lei
específica do ente federativo, observada como parâmetro mínimo a
idade-limite estabelecida para os militares das Forças Armadas (FFAA) do
correspondente posto ou graduação.
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Em atendimento ao disposto no último inciso, o Governo do Estado editou a


Lei Complementar nº 762, de 16 de junho de 2020, que altera os art. 105 e
109 da Lei 6.218/83, redefinindo as idades limites tanto para a reserva
remunerada compulsória, quanto para a reforma por limite de idade.
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RR EX OFFÍCIO

Quadro de Oficiais Bombeiros Militares (QOBM)


POSTO / IDADE
Coronel - 67 anos
Tenente Coronel - 64 anos
Major - 61 anos
Capitão e oficiais subalternos - 60 anos
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Das Praças
GRADUAÇÃO / IDADE
Subtenente - 67 anos
1º Sargento - 65 anos
2º Sargento - 63 anos
3º Sargento - 61 anos
Cabo e Soldado - 60 anos
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REFORMA POR LIMITE DE IDADE

Para oficiais:
Oficial Superior - 72 anos
Capitão e Oficial subalterno - 68 anos

Para praças:
Subtenente e Sargento - 70 anos
Cabo e Soldado - 65 anos
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LEMBRETE: a dúvida é natural. Em

caso de dúvida por favor entre em

contato pelos canais disponibilizados. É

muito importante para todos nós que

esse assunto seja muito bem

compreendido.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

II - se o tempo mínimo atualmente exigido pela legislação for de 35 (trinta e


cinco) anos, cumprir o tempo de serviço exigido na legislação do ente
federativo. (não se aplica ao CBMSC)
Além do disposto nos incisos I e II, o militar deve contar no mínimo 25 (vinte
e cinco) anos de exercício de atividade de natureza militar, acrescidos de
4 (quatro) meses a cada ano faltante para atingir o tempo mínimo exigido pela
legislação do ente federativo, a partir de 1º de janeiro de 2022, limitado a 5
(cinco) anos de acréscimo.”
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Interessante destacar que para o cumprimento do tempo mínimo de atividade


de natureza militar, temos também 2 categorias dentro do CBMSC.

- Militares que incluíram antes da LC nº 616, de 20/12/2013;

- Militares que incluíram após a publicação da referida LC.


Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

A LC nº 616/2013 alterou o art. 104 do estatuto, conforme segue:


A transferência para a reserva remunerada, a pedido, será concedida ao
militar estadual que contar, no mínimo:

I – 30 (trinta) anos de serviço, se homem, desde que 25 (vinte e cinco)


anos sejam de efetivo serviço na carreira policial militar; ou

II – 25 (vinte e cinco) anos de serviço, se mulher, desde que 20 (vinte)


anos sejam de efetivo serviço na carreira policial militar.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Então os militares que incluíram antes da LC nº 616/2013 precisam cumprir


30 anos de serviço, se homem, desde que 20 anos de efetivo serviço, e 25
anos de serviço, se mulher, desde que 15 anos de efetivo serviço.

Após a publicação da referida LC, o tempo mínimo de efetivo serviço subiu


para 25 anos se homem, e 20 anos se mulher.

Esse detalhe vai influenciar o novo interstício (pedágio) para o tempo de


atividade de natureza militar.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

VER PLANILHA DO NOVO INTERSTÍCIO

DATA A SER CONSIDERADA: 31 DE DEZEMBRO DE 2021


Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Dando prosseguimento a análise da lei 13.954, lembro que estamos


discorrendo sobre assuntos relevantes do Estatuto dos Militares Estaduais.
Como chegamos no ponto do estatuto que trata de reserva e a reserva foi
alterada por completo pela referida lei, abrimos aqui um parênteses para tratar
da lei 13.954.

O art. 24-B trata da pensão militar. No caso da pensão o assunto ficou


consignado da seguinte forma:

I - o benefício da pensão militar é igual ao valor da remuneração do militar da


ativa ou em inatividade;
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

II - o benefício da pensão militar é irredutível e deve ser revisto


automaticamente, na mesma data da revisão das remunerações dos militares
da ativa, para preservar o valor equivalente à remuneração do militar da ativa
do posto ou graduação que lhe deu origem; e

III - a relação de beneficiários dos militares dos Estados, do Distrito Federal e


dos Territórios, para fins de recebimento da pensão militar, é a mesma
estabelecida para os militares das Forças Armadas.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Analisando item por item, podemos afirmar o seguinte, a mudança na forma

de pagamento da pensão foi de 100%. A intenção das pessoas que estiveram

à frente da construção dessa legislação no que diz respeito as pensionistas

dos militares estaduais foi realizar um verdadeiro resgate, mudando não só a

forma de pagamento, mas também a de atendimento. Porque um resgate?


Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Após a morte do militar, lembrem que falecimento é um dos motivos de


exclusão do serviço ativo, as pensionistas dos militares simplesmente eram
orientadas a procurar o respectivo instituto de previdência, aqui em Santa
Catarina o IPREV, e lá buscar os seus direitos. Nas Forças Armadas é
diferente, a pensionista é atendida por em um setor específico dentro da
própria Corporação. Após lei 13.954, nos estados também, será assim.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Tanto a PMSC quanto o CBMSC estão se estruturando para atender essa


demanda. Agora, ocorrendo falecimento de militar, a viúva, viúvo ou
dependente, deverá procurar o CBMSC, pois o IPREV não tem mais
competência legal para fazer o atendimento e os encaminhamentos.

Segundo a lei, o benefício da pensão militar é igual ao valor da remuneração


do militar da ativa ou em inatividade. Ou seja, a pensionista, a exemplo do
próprio militar, terá paridade e integralidade, irá receber o benefício como se
fosse o próprio militar. Lembrando que anteriormente a lei a pensão era 70%
do valor que o militar recebia, ou seja, tinha uma diminuição de 30% e o
reajuste era anual de acordo com o INPC autorizado por decreto estadual.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

O item II do artigo 24-B reforça o caráter da paridade


e da integralidade estendido também as pensionistas
dos militares. Inclusive a nomenclatura mudou, não
são mais pensionistas pura e simplesmente, são
pensionistas militares, segundo a lei “o benefício
da pensão militar é irredutível e deve ser revisto
automaticamente, na mesma data da revisão das
remunerações dos militares da ativa, para preservar
o valor equivalente à remuneração do militar da ativa
do posto ou graduação que lhe deu origem”.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Por fim, no item III o artigo trata dos dependentes. Diz que “a relação de
beneficiários dos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios,
para fins de recebimento da pensão militar, é a mesma estabelecida para os
militares das Forças Armadas”.

Segundo o estatuto dos FFAA os dependentes são os seguintes:


I - o cônjuge ou o companheiro com quem viva em união estável, na
constância do vínculo;
II - o filho ou o enteado:
a) menor de 21 anos de idade;
b) inválido;
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Nr 13.954 de 16 de dezembro de 2019

Podem, ainda, ser considerados dependentes do militar, desde que não


recebam rendimentos e sejam declarados por ele na organização militar
competente:

I - o filho ou o enteado estudante menor de 24 (vinte e quatro) anos de idade;


II - o pai e a mãe;
III - o tutelado ou o curatelado inválido ou menor de 18 (dezoito) anos de
idade que viva sob a sua guarda por decisão judicial.

Temos sempre que ter em mente que para cada caso existe uma relação de
dependentes possíveis, a relação acima é para a possibilidade de se habilitar
à pensão militar.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Mas antes de voltarmos ao estatuto, precisamos detalhar a nova Lei


Complementar nº 765, de 7 de outubro de 2020, já citada anteriormente, de
suma importância para o entendimento da nova situação dos militares ativos e
inativos do Estado.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Para acabar com todo aquele desentendimento sobre a IRESA, o Governo do


Estado editou a Lei Complementar nº 765, que regulariza a remuneração dos
integrantes das carreiras pertencentes às instituições que constituem a
Secretaria de Estado da Segurança Pública, institui o Regime Remuneratório
Especial dos Militares Estaduais e estabelece outras providências.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

O valor da antiga IRESA foi “incorporado” ao novo subsídio, deixando de ser


compatível com o novo regime remuneratório. A nova tabela salarial está
disponível na forma do Anexo III da referida LC, entrando em vigor a contar de
1º de setembro de 2020.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

POSTO VALOR (R$)


Coronel 26.952,00
Tenente-Coronel 24.256,80
Major 21.561,60
Capitão 18.866,40
1º Tenente 17.249,30
2º Tenente 15.362,60
Aspirante a Oficial 13.476,00
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

GRADUAÇÃO VALOR (R$)


Aluno Oficial 4º Período 5.650,30
Aluno Oficial 3º Período 5.198,27
Aluno Oficial 2º Período 4.972,26
Aluno Oficial 1º Período 4.746,24
Subtenente 13.058,20
1º Sargento 10.326,40
2º Sargento 8.777,40
3º Sargento 7.460,80
Cabo 6.341,70
Soldado de 1ª Classe 5.390,40
Soldado de 2ª Classe 4.851,40
Soldado de 3ª Classe 4.581,90
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Então, a contar de 1º de setembro de 2020, a IRESA não faz mais parte do


novo regime remuneratório, que alterou todos os subsídios dos militares
ativos, inativos e seus pensionistas.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Porém, é interessante e oportuno destacar que através do § 3º do art. 3º e do


art. 7º da referida lei, o Governo do Estado deixou a critério de cada militar,
tanto da ativa quanto da inatividade, escolher em qual regime remuneratório
ficará vinculado, se ao novo regime proposto, ou se ao regime antigo, definido
pela LC nº 614/2013.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

TERMO DE MANUTENÇÃO DA VINCULAÇÃO AO REGIME


REMUNERATÓRIO DE QUE TRATA A LEI COMPLEMENTAR Nº 614, DE 20
DE DEZEMBRO DE 2013 (anexo IV da LC nº 765/2020)

Esta opção é irretratável, e deverá ser exercida até o dia 30 de junho de 2021.
Caso o militar não se manifeste, permanecerá no novo regime remuneratório.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Quem optar pelo regime antigo (LC nº 614/2013) continuará recebendo a


remuneração do posto ou graduação imediata, conforme o inciso II do caput e
no § 1º do art. 50 da Lei nº 6.218/83, porém com os valores da tabela antiga,
na forma do Anexo III da LC nº 614/2013.

MAS ATÉ QUANDO? AINDA NÃO TEMOS UMA REGULAMENTAÇÃO


QUANTO À NOVA LEI Nº 13.954/2019.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Conforme o § 1º do art. 3º da LC 765/2020, não se aplica ao novo regime


remuneratório o disposto no inciso II do caput e no § 1º do art. 50 da Lei nº
6.218/83. Na prática, o dispositivo antecipou a perda do posto ou graduação
imediata na transferência para reserva remunerada imposta pela Lei nº
13.954/2019, e adiada pelo Decreto do Governador para 31/12/2021.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Também não se aplicam ao novo regime remuneratório, sendo com ele


incompatíveis, a IRESA, de que trata o art. 6º da LC nº 614/2013, e o Auxílio
saúde, de que trata o art. 17 da Lei nº 16.773/2015.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Se aplicam ao novo regime (art. 4º):


I – décimo terceiro vencimento, na forma do inciso IV do caput do art. 27 e do § 13 do art. 31 da Constituição do
Estado;
II – terço de férias, na forma do inciso XII do caput do art. 27 e do § 13 do art. 31 da Constituição do Estado;
III – diárias e ajuda de custo;
IV – retribuição financeira transitória pelo exercício de função de comando, direção, chefia ou assessoramento;
V – vantagem de que trata o § 1º do art. 92 da Lei nº 6.745, de 28 de dezembro de 1985;
VI – indenização por aula ministrada como docente nos Centros de Ensino das Instituições Militares Estaduais;
VII – retribuição financeira transitória pelo exercício de atividades no Corpo Temporário de Inativos da Segurança
Pública (CTISP), na forma do art. 8º da Lei Complementar nº 380, de 3 de maio de 2007;
VIII – indenização por invalidez permanente, na forma da Lei nº 14.825, de 5 de agosto de 2009;
IX – retribuição financeira transitória pela participação em grupos de trabalho ou estudo, em comissões legais e em
órgãos de deliberação coletiva, nos termos do inciso II do caput do art. 85 da Lei nº 6.745, de 1985;
X – retribuição financeira pelo exercício de cargo ou comissão, na forma do art. 10 da Lei nº 5.645, de 30 de
novembro de 1979;
XI – auxílio-alimentação; e
XII – outras parcelas indenizatórias previstas em lei.
Unidade 02 - ESTATUTO - Lei Complementar Nr 765 de 7/10/2020

Existe uma diferença entre os valores da tabela salarial do posto ou


graduação imediato da LC nº 614/2013 com a tabela salarial do mesmo posto
ou graduação da ativa da LC nº 765/2020, que varia conforme posto ou
graduação.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Outras peculiaridade quanto a reserva existentes em nosso estatuto


continuam perfeitamente vigentes pois não conflitam com as novas regras da
lei 13.954 e por isso não perderam a eficácia. São regras com as quais já
estamos habituados. Vamos e elas:

❖ A reserva remunerada pode acontecer a pedido ou “ex-officio”;


❖ As regras para requerer movimentação para a reserva remunerada (A
PEDIDO) nós já vimos, são aquelas que estão estampadas na lei 13.954;
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

❖ A transferência ex-officio para a reserva remunerada verificar-se-á


sempre que o militar incidir em um dos seguintes casos:
➢ Atingir a idade limite para o serviço ativo;
➢ Ultrapassar, o Oficial 6 anos de permanência como Coronel (último
posto), exceto enquanto ocupar o cargo de Comandante-Geral da
Corporação;
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

➢ ultrapassar 2 (dois) anos contínuos em licença para tratamento de


Saúde de pessoa da família;
➢ Ultrapassar 2 (dois) anos de afastamento, contínuos ou não,
agregado em virtude de Ter sido empossado em cargo público civil
temporário;
➢ Ter sido diplomado e empossado em cargo eletivo.

ATENÇÃO: A transferência do militar para a reserva remunerada poderá ser


suspensa na vigência do Estado de Guerra Estado de Sítio, em Estado de
Emergência ou em caso de mobilização.
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Vamos finalizar essa etapa da nossa disciplina no que se refere ao estatuto


dos militares estaduais falando sobre a REFORMA.

A passagem do militar à situação de inatividade mediante reforma, se efetua


“ex-officio”. Isso obviamente significa que não existe reforma a pedido. O
militar será reformado quando:

❖ Atingir a idade limite de permanência na reserva remunerada;


❖ For julgado incapaz definitivamente para o serviço ativo;
❖ Estiver agregado por mais de 2 anos, consecutivos ou não, para tratar da
saúde;
❖ For condenado a pena de reforma previsto no Código Penal Militar
Unidade 02 - ESTATUTO - DISPOSIÇÕES DIVERSAS

Calma, terminamos a unidade referente ao nosso ESTATUTO. A disciplina


de Noções de Recursos Humanos (NRH) tem muito mais ainda a oferecer.

Já caminhamos um bom pedaço, mas


ainda não chegamos ao término.

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