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Perturbacão de Hiperatividade /
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Índice
Os Autores.............................................................................................................. XV
Prefácio................................................................................................................... XXIII
Luis Augusto Rohde
Introdução............................................................................................................ 1
A PHDA no século XVIII........................................................................................ 2
A PHDA no século XIX.......................................................................................... 4
A PHDA no século XX.......................................................................................... 8
O período de 1900 a 1959.............................................................................. 8
As descrições de Still, Tredgold e Rodríguez-Lafora................................... 9
A Perturbação de Comportamento Pós-Encefalítico................................... 10
A Lesão Cerebral Mínima (“Minimal Cerebral Damage”).............................. 11
A Perturbação Hipercinética da Infância ou Perturbação Kramer‑Pollnow.. 11
O início da terapia farmacológica na PHDA................................................ 12
Síndrome do Impulso Hipercinético............................................................ 13
Surgimento do metilfenidato....................................................................... 13
O período de 1960 a 1969.............................................................................. 14
O conceito de hiperatividade de Chess...................................................... 14
O declínio da Lesão Cerebral Mínima e a alteração para Disfunção
Cerebral Mínima (“Minimal Brain Dysfunction”)............................................ 14
A Reação Hipercinética da Infância............................................................ 15
O período de 1970 a 1979.............................................................................. 16
A teoria da Disfunção Cerebral Mínima de Wender..................................... 16
A teoria de Douglas.................................................................................... 17
© PACTOR
Introdução............................................................................................................ 43
Nosologia............................................................................................................. 44
Qual é a idade de início da PHDA?.................................................................. 44
Como melhorar a sensibilidade desenvolvimental dos critérios da infância
até à idade adulta?.......................................................................................... 44
Qual é o peso de cada sintoma para captar o constructo latente da PHDA?... 45
Qual é a evidência para endossar o Tempo Cognitivo Lento como uma
síndrome independente?................................................................................. 45
Como integrar as informações de múltiplos informantes?................................ 46
Quais são as melhores ferramentas de rastreio e diagnóstico para uso na
clínica?............................................................................................................ 47
Existe espaço para o uso de biomarcadores no diagnóstico de PHDA?.......... 47
Epidemiologia....................................................................................................... 48
Trajetórias desenvolvimentais da infância para a idade adulta............................... 49
Etiologia e patofisiologia....................................................................................... 50
Fatores ambientais na génese da PHDA.......................................................... 52
© PACTOR
3 Prevalência da PHDA........................................................................................ 65
Octávio Moura, Marcelino Pereira e Mário R. Simões
Introdução............................................................................................................ 65
Prevalência da PHDA a nível mundial.................................................................... 66
Prevalência em Portugal.................................................................................. 68
Prevalência da PHDA em função do sexo............................................................. 69
Prevalência da PHDA em função da idade........................................................... 71
Prevalência da PHDA na família............................................................................ 73
Considerações finais............................................................................................ 75
Referências.......................................................................................................... 75
4 Neuroimagem na PHDA.................................................................................... 81
Daniela Jardim Pereira
Introdução............................................................................................................ 81
Considerações metodológicas............................................................................. 82
Ressonância magnética funcional.................................................................... 82
Imagem por tensor de difusão......................................................................... 83
Estudos morfométricos baseados em imagem ponderada em T1................... 84
Disfunção em rede na PHDA................................................................................ 86
Circuitos frontoestriados e frontoparietal.......................................................... 88
Rede de modo padrão (DMN)......................................................................... 91
© PACTOR
5
Impacto a longo prazo dos Défices de Atenção, Hiperatividade e
Impulsividade..................................................................................................... 119
António Castro Fonseca
Introdução............................................................................................................ 119
A continuidade dos défices de atenção/hiperatividade......................................... 121
Realização vocacional e bem-estar geral.............................................................. 124
Impacto no comportamento antissocial e no crime............................................... 126
Impacto sobre o consumo de drogas................................................................... 129
Outros problemas no domínio da saúde............................................................... 132
Diferenças sexuais................................................................................................ 135
Considerações finais............................................................................................ 137
Referências.......................................................................................................... 140
6
O papel das entrevistas e das escalas de avaliação de
comportamentos na PHDA............................................................................... 155
Ana Rodrigues e Mariana Neves
Introdução............................................................................................................ 155
Enquadramento.................................................................................................... 156
Entrevistas............................................................................................................ 157
Escalas, questionários e inventários no processo de avaliação da PHDA em
crianças e adolescentes....................................................................................... 163
Objetivos de utilização..................................................................................... 163
Características gerais das escalas................................................................... 164
Aspetos de utilização clínica............................................................................ 165
Os pais como fonte de informação............................................................. 165
Os professores como fonte de informação................................................. 167
O próprio como fonte de informação.......................................................... 168
Acordo/divergência entre fontes de informação.......................................... 168
Vantagens e inconvenientes....................................................................... 170
© PACTOR
Introdução............................................................................................................ 203
Relação entre alterações neuroestruturais/neurofuncionais e as funções
neurocognitivas.................................................................................................... 204
Perfis intelectuais.................................................................................................. 206
Funcionamento intelectual............................................................................... 207
Perfis intelectuais (Bannatyne, FDI, ACID e SCAD)........................................... 208
General Ability Index........................................................................................ 211
Funções executivas.............................................................................................. 212
Inibição........................................................................................................... 214
Flexibilidade..................................................................................................... 217
Memória de trabalho....................................................................................... 219
Fluência verbal semântica e fonémica............................................................. 221
Planeamento................................................................................................... 224
Escalas de Avaliação do Funcionamento Executivo......................................... 225
Atenção................................................................................................................ 228
© PACTOR
8
Défices no funcionamento executivo em crianças em idade pré-escolar
com PHDA.......................................................................................................... 263
Alessandra Gotuzo Seabra, Regina Luísa de Freitas Marino,
Adriana de Fátima Ribeiro e Luiz Renato Rodrigues Carreiro
Introdução............................................................................................................ 263
Funções executivas.............................................................................................. 267
Funções executivas e PHDA................................................................................ 269
Considerações finais............................................................................................ 276
Referências.......................................................................................................... 277
Introdução............................................................................................................ 281
Fármacos psicoestimulantes................................................................................ 282
Mecanismo de ação........................................................................................ 283
Indicações....................................................................................................... 283
Eficácia........................................................................................................... 285
Formulações e posologia................................................................................ 286
Segurança, efeitos secundários a curto e longo prazo e contraindicações...... 288
Fármacos não estimulantes.................................................................................. 292
Atomoxetina.................................................................................................... 292
Mecanismo de ação e metabolismo........................................................... 292
Indicações.................................................................................................. 293
Tratamento................................................................................................. 293
Efeitos secundários.................................................................................... 294
Contraindicações....................................................................................... 295
Alfa 2 agonistas............................................................................................... 295
Mecanismo de ação e metabolismo........................................................... 295
Indicações.................................................................................................. 296
© PACTOR
Introdução............................................................................................................ 313
Programa AI Básico para Pais: Um exemplo de intervenção parental................... 315
Programa AI Básico para Pais em Portugal: Experiência de mais de uma
década............................................................................................................ 318
Aplicabilidade do Programa AI Básico para Pais à PHDA em idade pré-escolar... 319
Evidência empírica internacional do AI Básico para Pais na PHDA.................. 319
Os princípios teóricos e a metodologia do AI Básico para Pais aplicam-se
à PHDA?......................................................................................................... 321
Estudo com uma amostra de pais de crianças em idade pré-escolar em risco
de PHDA: Impacto do Programa AI...................................................................... 322
Objetivos......................................................................................................... 322
© PACTOR
Método........................................................................................................... 323
Participantes.............................................................................................. 323
XII PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE/DÉFICE DE ATENÇÃO
Instrumentos.............................................................................................. 323
Procedimentos........................................................................................... 325
Resultados e discussão................................................................................... 327
Eficácia dos AI a curto e a médio prazo nos comportamentos da criança
e das mães................................................................................................ 327
Eficácia do programa de acordo com o nível inicial de dificuldades............ 332
Significado clínico da mudança.................................................................. 333
Adesão ao Programa AI e níveis de satisfação........................................... 334
Conclusões: Contributos, limitações e desafios futuros................................... 335
Implicações para a prática clínica.................................................................... 337
Despistar, avaliar e intervir precocemente nas crianças em risco
de PHDA.................................................................................................... 337
Oferecer o Programa AI ao longo de 14 semanas e com duas sessões
de seguimento........................................................................................... 339
Promover a continuação do apoio.............................................................. 341
Garantir o acesso das famílias de crianças em idade pré-escolar com
sintomas de PHDA a programas de intervenção parental validados e
testados em Portugal................................................................................. 341
Considerações finais............................................................................................ 342
Referências.......................................................................................................... 343
Introdução............................................................................................................ 349
Pressupostos das intervenções psicológicas e do treino de competências
parentais na PHDA............................................................................................... 350
Considerações gerais sobre programas de treino de competências
parentais......................................................................................................... 352
Questões metodológicas relativas aos benefícios dos programas de treino
de competências parentais............................................................................. 357
Exemplos de programas de treino de competências parentais............................. 358
Programa “Juntos no Desafio”: Programa de promoção de competências
parentais para pais de crianças com PHDA e Perturbações de
Comportamento.............................................................................................. 361
Considerações finais............................................................................................ 364
© PACTOR
Referências.......................................................................................................... 366
Índice XIII
Introdução............................................................................................................ 373
Intervenção psicofarmacológica específica........................................................... 374
Fármacos estimulantes do sistema nervoso central......................................... 376
Fármacos não estimulantes do sistema nervoso central.................................. 378
Polimedicação no tratamento dos sintomas nucleares da PHDA..................... 379
Intervenções não farmacológicas no tratamento da PHDA no adulto.................... 380
Psicoeducação............................................................................................... 381
Terapia cognitivo-comportamental................................................................... 382
Coaching......................................................................................................... 384
Neurofeedback................................................................................................ 385
Treino cognitivo............................................................................................... 386
Terapias baseadas em mindfulness................................................................. 387
Intervenções nutricionais................................................................................. 387
Exercício físico................................................................................................. 388
Abordagem terapêutica na presença de comorbilidades psiquiátricas.................. 389
Perturbações do Humor.................................................................................. 390
Perturbação Bipolar................................................................................... 390
Perturbações Depressivas.......................................................................... 392
Perturbações de Ansiedade....................................................................... 393
Perturbações de Neurodesenvolvimento.................................................... 394
Perturbações da Personalidade................................................................. 395
Perturbações por Uso de Substâncias....................................................... 396
Perturbações do Comportamento Alimentar.............................................. 397
Perturbações do Sono-vigília...................................................................... 398
Considerações finais............................................................................................ 399
Referências.......................................................................................................... 400
COORDENADORES E AUTORES
Octávio Moura
Psicólogo (Especialista Avançado em Neuropsicologia e Especialista Avançado em Ne-
cessidades Educativas Especiais, especialidades reconhecidas pelos Colégios de Espe-
cialidade da Ordem dos Psicólogos). Doutorado em Neuropsicologia pela Faculdade de
Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra (FPCEUC). Mestre
em Consulta Psicológica Familiar pela FPCE da Universidade do Porto. Investigador Dou-
torado Integrado do Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-
-Comportamental (CINEICC) da FPCEUC no grupo de investigação Neuropsychological
Assessment and Ageing Processes. Membro do Laboratório de Avaliação Psicológica e
Psicometria da FPCEUC. Membro da rede de investigação European Literacy Network.
É autor/coautor e revisor de diversas publicações científicas em revistas nacionais e inter-
nacionais nas áreas da Perturbação de Hiperatividade/Défice de Atenção, Dislexia, Per-
turbações do Neurodesenvolvimento, avaliação neuropsicológica, entre outras. A nível
clínico, trabalha em consulta de avaliação e intervenção psicológica de crianças e jovens.
Marcelino Pereira
Psicólogo e Professor Associado da FPCEUC. Doutorado em Psicologia da Reabilitação.
Integra a equipa do Laboratório de Avaliação Psicológica e Psicometria da FPCEUC. Mem-
bro integrado do CINEICC da FPCEUC, no grupo de investigação Neuropsychological
Assessment and Ageing Processes. Os seus interesses de investigação e docência cen-
tram-se nas áreas da psicologia da reabilitação, educação inclusiva/especial, Perturba-
ções do Neurodesenvolvimento, avaliação psicológica e neuropsicológica. Os estudos
longitudinais, os perfis neuropsicológicos e os marcadores precoces do desenvolvi-
mento atípico são as temáticas que mais tem investigado.
© PACTOR
XVI PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE/DÉFICE DE ATENÇÃO
Mário R. Simões
Psicólogo. Doutorado em Avaliação Psicológica e Professor Catedrático da FPCEUC.
Coordenador do Programa de Doutoramento em Neuropsicologia da FPCEUC e do grupo
de investigação Neuropsychological Assessment and Ageing Processes do CINEICC da
FPCEUC. Diretor do Laboratório de Avaliação Psicológica e Psicometria da FPCEUC.
Investigador Responsável por projetos de investigação com financiamento externo (Fun-
dação para a Ciência e a Tecnologia – FCT, Fundação Calouste Gulbenkian – FCG, Bial)
envolvendo a adaptação, desenvolvimento e validação de testes (neuro)psicológicos para
a população portuguesa. É autor/coautor de publicações nacionais e internacionais nos
domínios da adaptação/validação de instrumentos de avaliação (neuro)psicológica e dos
relatórios psicológicos.
PREFACIADOR E AUTOR
AUTORES
sos cognitivos e atencionais, atuando principalmente nas seguintes áreas: atenção e per-
ceção, aspetos cognitivos do desenvolvimento e suas alterações presentes na PHDA e
Os Autores XVII
Alessandro Zuddas
Professor Titular de Neuropsiquiatria Infantil, Universidade de Cagliari, Itália. Diretor da
Clínica de Neuropsiquiatria da Criança e do Adolescente, Hospital Pediátrico Microcite-
mico, Itália.
Ana Machado
Assistente Hospitalar de Psiquiatria. Hospital Magalhães Lemos.
Ana Rodrigues
Professora Auxiliar na Faculdade de Motricidade Humana na Licenciatura e Mestrado
em Reabilitação Psicomotora. Doutorada em Educação, Mestre em Educação Especial
e Coordenadora da Pós-graduação Educação Especial – Domínio Cognitivo e Motor. Le-
ciona na unidade curricular de Áreas de Aplicação da Psicologia Educacional, do 4.º ano
do Mestrado Integrado em Psicologia (UL). Formadora no Curso de Especialização Avan-
çada Pós-Universitária em Psicoterapia Cognitivo-Comportamental na Infância e Adoles-
cência. Frequência do 5.º ano de Psicologia Clínica, na área cognitivo-comportamental.
Exerceu até 2020 atividade clínica em educação especial e reabilitação e intervenção
psicomotora no PIN – Progresso Infantil. Membro fundador da Sociedade Portuguesa de
Défice de Atenção. Coautora do livro: Mais forte do que eu! – Hiperactividade e défice de
atenção: Causas, consequências e soluções.
FPCEUC, tendo estado envolvida em vários projetos financiados (FCT, EEA Grants, Aca-
demias da Gulbenkian, Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das
XVIII PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE/DÉFICE DE ATENÇÃO
Arthur Caye
Médico Psiquiatra pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Brasil. Doutorado em Psi-
quiatria pelo Programa Tripartite – Programas de Pós-Graduação da UFRGS, USP e Uni-
versidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Editor Associado do BMC Psychiatry.
David Coghill
Professor de Pediatria e Psiquiatria da Universidade de Melbourne, Austrália. Diretor Ho-
norário do Murdoch Children’s Research Institute, Austrália.
Diana Rafaela
Assistente Hospitalar de Psiquiatria. Centro Hospitalar do Baixo Vouga.
Joaquim Cerejeira
Professor Auxiliar de Psiquiatria, Assistente Hospitalar de Psiquiatria. FMUC. Faculdade
de Ciências Médicas da Universidade da Beira Interior. CHUC. Coimbra Institute for Clini-
cal and Biomedical Research.
José Boavida
Licenciado em Medicina pela Universidade de Coimbra. Pediatra do Neurodesenvolvi-
mento no Centro de Desenvolvimento da Criança (CDC) do Hospital Pediátrico, CHUC.
Formação no University Affiliated Cincinnati Center for Developmental Disabilities. Coor-
denador e responsável da Consulta de PHDA do CDC. Organizador do maior evento
nacional de PHDA, desde 2009 até 2017, Simpósio Nacional de PHDA e a partir de
2018, Congresso Nacional de PHDA. Fundador e Presidente da Direção da Sociedade
Portuguesa de Défice de Atenção (SPDA). Membro da World Federation of ADHD e da
Canadian Attention Deficit Resource Alliance (CADDRA). Fundador da Associação Nacio-
nal de Intervenção Precoce (ANIP), da qual foi Presidente. Membro da Eurlyaid e membro
fundador da European Association of Early Intervention. Comissário Nacional do Ministé-
rio da Saúde do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI).
Luís Simões
Psicólogo dos Serviços de Psicologia e Orientação do Ministério da Educação, presente-
mente a exercer funções no Agrupamento de Escolas da Batalha. Especialista em Psico-
logia da Educação, com diplomas de Especialidade Avançada em Psicologia Vocacional
e do Desenvolvimento da Carreira e em Necessidades Educativas Especiais, atribuídos
pela Ordem dos Psicólogos. Mestre em Psicologia, na área de especialização em Mo-
tivação e Aprendizagem pela FPCEUP. Exerceu atividade docente no Ensino Superior
Privado e no Ensino Superior Politécnico. Coautor de artigos científicos publicados em
revistas nacionais nas áreas da motivação, aprendizagem, sobredotação e Perturbações
do Neurodesenvolvimento.
Mariana Neves
Psicóloga Clínica. Mestrado Integrado em Psicologia Clínica e da Saúde (Intervenções
Cognitivo-Comportamentais em Perturbações Psicológicas e Saúde) pela FPCEUC. Es-
pecialista em Psicologia Clínica e da Saúde pelo Colégio de Especialidade de Psicolo-
gia Clínica e da Saúde da Ordem dos Psicólogos Portugueses. Pertence à equipa do
PIN – em todas as fases da vida, integrando a Consulta do Adulto com Perturbação de
Hiperatividade e Défice de Atenção e o Núcleo do Défice de Atenção, Perturbações do
Comportamento e Humor. Autora e coautora de publicações científicas em revistas inter-
nacionais na área da avaliação neuropsicológica e comunicação em saúde.
Patrícia Regueira
Médica Interna de Psiquiatria. CHUC. Coimbra Institute for Clinical and Biomedical Re-
search.
cos, sendo um deles o WISC-IV. Foi Gestora de Projetos direcionados para a Educação
no Instituto Ayrton Senna, participando em projetos direcionados para a avaliação e o
XXII PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE/DÉFICE DE ATENÇÃO
Susana Nogueira
Pediatra do Neurodesenvolvimento no Centro de Desenvolvimento da Criança (CDC)
do Hospital Pediátrico, CHUC. Licenciada em Medicina pela Universidade de Coim-
bra. Formação no Clinical Center for the Study of Development and Learning do Child
Development Research Institute, University of North Carolina. Coordenadora e responsá-
vel da Consulta de Trissomia 21 do CDC, integra ainda a Consulta de PHDA deste centro,
dado o interesse preferencial por este tema. Sócia fundadora da Sociedade Portuguesa
de Défice de Atenção (SPDA). Foi membro da Direção da Sociedade de Pediatria do Neu-
rodesenvolvimento da Sociedade Portuguesa de Pediatria. Membro da Equipa de Coor-
denação Distrital do Projeto Integrado de Intervenção Precoce (PIIP) em representação
dos Hospitais e representante da Saúde no Núcleo de Supervisão Técnica do Sistema
Nacional de Intervenção Precoce na Infância (SNIPI). Representante do Comité Científico
da revista Saúde Infantil na área do neurodesenvolvimento. Tutora de Saúde Infantil do
6.º ano Médico. Vogal dos Corpos Fiscais e Presidente da Assembleia-geral da Associa-
ção Nacional de Intervenção Precoce (ANIP).
Tobias Banaschewski
Professor de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Faculdade de Medicina de
Mannheim, Universidade de Heidelberg, Alemanha. Diretor Médico do Departamento
de Psiquiatria da Infância e Adolescência do Instituto Central de Saúde Mental de
Mannheim, Alemanha.
© PACTOR
1
PHDA: Do passado ao presente
Maria Inês Freitas e Marcelino Pereira
INTRODUÇÃO
“[…] uma pessoa desatenta tem de se concentrar no seu tópico por um período
© PACTOR
de tempo maior e de modo mais insistente que outras […]. Cada mosca zumbindo,
cada sombra, cada som, a memória de histórias antigas desviam-na da sua tarefa
PHDA: Do passado ao presente 3
mesa, o fechar de uma porta de repente, […] um ligeiro excesso de calor ou frio,
muita luz ou pouca luz, tudo destrói a manutenção da atenção em tais pacientes, na
4 PERTURBAÇÃO DE HIPERATIVIDADE/DÉFICE DE ATENÇÃO
medida em que são facilmente excitados por cada impressão. Quando as pessoas
são afetadas desta forma, o que o são muito frequentemente, têm um determinado
nome para o estado dos seus nervos, que é bem expressivo dos seus sentimentos.
Dizem que têm bichos-carpinteiros”.
(Crichton, 1798, p. 272)
É reconhecida uma multiplicidade de causas para tal (e.g., lesões cerebrais, epilepsia,
dieta empobrecida), sendo, no entanto, enfatizada a sua origem neurobiológica, com
a ocorrência de modificações ao nível da “sensibilidade dos nervos” (Crichton, 1798,
p. 271). Deste modo, o médico refere que a sintomatologia observada pode ser inata
ou adquirida posteriormente, tendendo a diminuir com a idade. Quando surge em fases
precoces do desenvolvimento, poderá levar a efeitos nocivos, inclusive a um impacto no
desempenho escolar, o que, para Crichton, reforça a necessidade de uma intervenção
especial na educação (Lange, Reichl, Lange, Tucha, & Tucha, 2010; Palmer & Finger,
2001). O segundo tipo, apresentado por Crichton, com as referências à distraibilidade e
às dificuldades, ao nível do foco e da manutenção da atenção, parece ser consistente
com a sintomatologia característica da PHDA, em particular, com a desatenção (Barkley,
2008; Barkley, 2015; Lange et al., 2010; Palmer & Finger, 2001).
Tanto as descrições de Weikard (1775) como as de Crichton (1798) parecem refletir
mais os sintomas de desatenção que caracterizam a PHDA, não referindo, de modo ex-
presso, a hiperatividade e a impulsividade.
No século XIX, as descrições realizadas por médicos dos Estados Unidos da América
(EUA), da Alemanha, de França ou da Grã-Bretanha, como John Haslam, Benjamin Rush,
PHDA: Novos desenvolvimentos,
2
problemas e desafios
Arthur Caye, David Coghill, Alessandro Zuddas, Tobias Banaschewski
e Luis Augusto Rohde
INTRODUÇÃO
NOSOLOGIA
Continua a não ser evidente qual é a melhor forma de definir os pontos de corte dos
sintomas e do prejuízo e como estes mudam ao longo do desenvolvimento. Faraone e
PHDA: Novos desenvolvimentos, problemas e desafios 45
colaboradores (2015) concluem que estudos futuros deverão calibrar os pontos de corte
para definir os algoritmos diagnósticos válidos para grupos de idade mais refinados (e.g.,
crianças em idade pré-escolar, escolar, adolescentes e adultos).
O Tempo Cognitivo Lento (do inglês, Sluggish Cognitive Tempo), que envolve ca-
© PACTOR
INTRODUÇÃO