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Curso de Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de

HabitaçãoJKLDASJKLASDKJLSDAKLJASDKLASD
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

MÓDULO 5 Energias renováveis/ Sistemas para AQS

www.jota96.pt Formador: Joaquim Monteiro


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Sumário
• Definições e fundamentos
• Sistemas solares térmicos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Colector solar
• Sistemas de acumulação
• Componentes do sistema primário
• Sistema auxiliar de aquecimento
• Ligação de máquinas de lavar louça e maquinas de lavar roupa
• Agrupamento de colectores
• Temperatura de estagnação

• Princípios de dimensionamento
• Conceitos básicos
• Orientação e inclinação do colector
• Sombreamento
• Determinação da energia útil necessária para a produção de
AQS
• Contabilização de energia solar térmica
• Volume de acumulação
• Sistemas auxiliares
• Permutador de calor
• Vaso de expansão

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Sumário
• Princípios de dimensionamento
• Fluido térmico
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Tubagens
• Bombas de circulação

• Aquecimento de piscinas

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Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Definições e fundamentos

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Definições e fundamentos
Sistemas solares térmicos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Existem diferentes formas de conjugar os componentes de um sistema solar


térmico.

Os sistemas podem ser: diretos ou Indiretos

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Definições e fundamentos
Sistemas solares térmicos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Os sistemas podem ser: passivos ou ativos

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Definições e fundamentos
Sistemas solares térmicos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Comparação
Vantagens Desvantagens
• não necessita de energia • dificuldade de circulação
elétrica; em sistemas de média
• simples e de baixo custo; dimensão;
• utilização mais frequente • Posicionamento superior do
Termossifão
em sistemas unifamiliares depósito de acumulação;
de baixo potência e em • não permite a regulação da
zonas de baixo risco de temperatura do depósito;
congelamento;
• utilização de depósito de • necessidade de energia
armazenamento na elétrica;
vertical, aproveitando o • mais complexo e de maior
efeito da estratificação; custo.
Circulação forçada
• permite a regulação da
temperatura do sistema
mediante a ação da
eletrobomba circuladora.

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Definições e fundamentos
Colector solar
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• Os coletores solares convertem radiação solar em calor.

• O calor é gerado pela absorção da radiação solar por uma placa


metálica.

• Tem uma tonalidade escura para otimizar a capacidade de absorver a


radiação, diminuindo a parcela refletida.

• O calor armazenado é absorvido por um fluido térmico que circula nas


placas em tubos de metal.

• Geralmente o calor é armazenado em depósitos através da


permutação do calor do fluido térmico.

• Existem diversos tipos de coletores para diferentes aplicações com


custos e desempenhos específicos.

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Definições e fundamentos
Colector solar
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Na descrição de um coletor deve-se ter em conta os seguintes aspetos:

➢ superfície bruta
➢ área de abertura
➢ área de captação

• O conhecimento destes aspetos torna-se importante quando se pretende


comparar diferentes soluções existentes no mercado, principalmente
áreas de captação.

• Existem diversos tipos de coletores no mercado, colectores de líquido


sem protecção, colectores de líquido com protecção, coletores de
tubos de vácuo e colector com caixa de ar.

• Destas categorias temos outros sistemas onde se incorporam as


diversas variantes.

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Definições e fundamentos
Colector solar - geometria
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Para descrever a geometria dos


colectores consideram-se as seguintes
áreas:

• a dimensão total (superfície


bruta) do colector que
corresponde às dimensões
exteriores e define, por exemplo,
a quantidade mínima de
superfície de telhado necessária
para a instalação;

• a área da superfície de
abertura que corresponde à área
através da qual a radiação solar
passa para o colector;

• a área de captação que


corresponde à área da superfície
da placa absorsora.

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Definições e fundamentos
Colector solar – tipos
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• São constituídos por uma placa absorvente


fabricada em material plástico.

• Por falta de cobertura, não podem superar


40÷45°C.

• São utilizados principalmente para aquecer


piscinas.

• O baixo custo é a sua principal vantagem.

• Estão, no entanto, sujeitos a problemas de


“envelhecimento” relacionados quer com os
materiais quer com a tecnologia utilizada na sua
produção.

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Definições e fundamentos
Colector solar – tipos
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• São constituídos por:


- uma placa absorvente metálica (em cobre,
alumínio ou aço) que inclui também os
tubos de passagem do líquido solar;

- uma placa de vidro ou de plástico com


uma boa transparência às radiações
emitidas pelo sol e elevada opacidade às
emitidas pela placa absorvente;

- um painel em material isolante, colocado


por baixo da placa absorvente;

- um invólucro de contenção para proteger


os componentes acima descritos e limitar
as dispersões térmicas do painel.

• Estes painéis podem produzir água quente até


90÷95°C. No entanto, o seu rendimento diminui
de uma forma significa acima dos 65÷70°C.

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Definições e fundamentos
Colector solar – tipos
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• Não necessitam de soluções de utilização


complexas, possuem um bom rendimento e
custos relativamente baixos.

• Por estes motivos, são os painéis mais utilizados


nos instalações domésticos.

• Para instalações de pequenas dimensões, estão


também disponíveis com depósito incorporado.

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Definições e fundamentos
Colector solar – tipos
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• São constituídos por uma série de tubos de


vidro sob vácuo no interior dos quais estão
colocadas placas absorventes em tiras.

• É uma técnica de construção que permite


limitar as perdas térmicas e assegurar
rendimentos mais elevados.

• Característica que pode ser muito útil em


localizações com baixas temperaturas
exteriores.

• Podem produzir água quente até uma


temperatura de 115 ÷ 120 ºC, permitindo a
utilização para a produção de água de processos
industriais.

• O custo bastante elevado é a principal


desvantagem destes colectores.

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Definições e fundamentos
Colector solar – tipos
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• São constituídos por um contentor tipo caixa


com a superfície superior transparente (de vidro
ou plástico) e com isolamento térmico tanto no
fundo com nas paredes laterais.

• A placa absorvente é uma simples chapa


metálica (de aço ou cobre) sobre a qual corre
livremente o ar.

• Estes colectores não têm um rendimento


elevado, devido ao fluido de trabalho ser o ar.

• Têm a vantagem de ser baratos e não


necessitarem da intervenção de um
permutador.

• Não estão expostos aos perigos de


congelamento ou ebulição.

• São utilizados para aquecimento ambiente ou


secagem de produtos agrícolas.

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Definições e fundamentos
Colector solar – curva característica e aplicações
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Definições e fundamentos
Colector solar – aplicações
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TIPO DE TEMPERATURA DE
TIPO DE COLETOR
INSTALAÇÃO UTILIZAÇÃO
• Plano sem cobertura
Piscinas/Estufas < 30 ºC • Plano (preto baço)
• Plano (seletivo)
Águas Sanitárias e • Plano (preto baço)
Pré-aquecimento < 60 ºC • Plano (seletivo)
Industrial • CPC (baixa concentração)
• CPC (baixa concentração)
Pré-aquecimento < 90 ºC • CPC (alta concentração)
Industrial • Tubo de vácuo
• Outros concentrados

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Definições e fundamentos
Sistemas de acumulação
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• A radiação solar é intermitente e raramente é coincidente com a altura


de utilização de energia. Deste modo é necessário armazenar energia
para as alturas de utilização, devido ao desfasamento entre a procura e a
oferta.

• Os sistemas de acumulação podem ser produzidos com:

➢ Substâncias líquidas
➢ Substâncias sólidas (p. ex. pedras ou gravilha)
➢ Materiais com mudança de estado (PCM)

• Em seguida, iremos considerar apenas os sistemas com depósitos que


contêm água: na prática, os únicos adoptados em instalações solares
para uso doméstico (começam a existir equipamentos com PCM)

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Definições e fundamentos
Sistemas de acumulação – câmara interna
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• Apresentam, na superfície lateral, uma


câmara onde pode circular o líquido
proveniente dos colectores.

• São utilizados sobretudo em


instalações de pequenas dimensões

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Definições e fundamentos
Sistemas de acumulação – serpentina
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Podem ser simples ou de dupla


serpentina.

• Serpentina simples servem


apenas para acumular calor.

• Os de dupla serpentina servem


também para aquecer água (se
necessário) até à temperatura
de utilização necessária.

• São utilizados em instalações


de pequena e médias
dimensões.

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Definições e fundamentos
Sistemas de acumulação – combinados
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• São com contentor duplo (tank in tank).

• São em utilizados em instalações solares


combinadas. AQS + Aquecimento

• O depósito interior – AQS (menor volume)

• O depósito exterior – Aquecimento (maior


volume)

• Tornam mais fácil e simples a realização de


instalações combinadas, já que permitem
ligar directamente ao depósito todos os
circuitos.

• São utilizados em instalações de pequena e


médias dimensões.

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Definições e fundamentos
Sistemas de acumulação – sem permutadores internos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• São constituídos por simples depósitos de


acumulação.

• A troca térmica com o líquido proveniente dos


painéis é efectuada com permutadores externos
de placas ou tubulares.

• Relativamente aos internos, a utilização de


permutadores externos:
➢ permite uma troca térmica de potências mais
elevadas;
➢ oferece a possibilidade de servir vários
depósitos com um único permutador;
➢ facilita, dada a autonomia dos depósitos dos
permutadores, a realização de variantes e
integrações do sistema de acumulação.

• Estes depósitos e o respectivo sistema de troca


térmica são utilizados em instalações de médias e
grandes dimensões.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– permutadores
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• Recomenda-se uma potência de permuta


de 750 W/m2 de área de captação.

• A eficácia do permutador deve ser tanto


maior quanto possível para que o fluido
térmico regresse aos colectores com
uma temperatura baixa, não
prejudicando o rendimento da instalação.

• O permutador de calor pode ser interno


(quando está dentro do depósito) ou
externo (quando está fora do depósito).

• Os permutadores internos podem ser,


por exemplo, de camisa ou de serpentina

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– permutadores

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Os permutadores externos são, por exemplo,


permutadores de placas e podem apresentar algumas
vantagens.

• Têm elevada eficácia (0,75), devido ao funcionamento em


contracorrente.

• A sua manutenção é mais fácil pois são desmontáveis e


de limpeza relativamente simples.

• São moduláveis, podendo, caso seja necessário,


acrescentar-se placas por forma a aumentar a potência.
• Em instalações com volumes de acumulação maiores
que 3 000 litros, recomenda-se a utilização deste tipo de
permutador.

• Necessitam de um bom isolamento térmico (muitas vezes


esquecido).

• Na utilização para o aquecimento de piscinas, deverá


escolher-se um permutador de material resistente à
corrosão causada pelo tratamento da água.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– tubagens
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• Os materiais mais frequentemente utilizados, em


instalações solares térmicas são o aço inox, o
cobre, o aço galvanizado e o aço negro.

• Para o transporte de calor em tubagens entre o


colector e o tanque de armazenamento, o cobre é
o material mais utilizado, por ser tecnicamente Fonte: Lusosol

adequado e economicamente competitivo.

• O cobre resiste à corrosão, tanto dos líquidos


que circulam no seu interior como dos agentes
exteriores.

• A sua maleabilidade e ductilidade permitem


uma cómoda manipulação e uma grande
facilidade para realizar traçados complicados.
Fonte: Armaflex

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– tubagens
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• Nas instalações convencionais é dada pouca


importância ao isolamento térmico das tubagens,
contudo a utilização da melhor tecnologia de
aquecimento não deve ser desperdiçada
desnecessariamente no transporte e no
tanque de armazenamento.
Fonte: Lusosol
• A inexistência de falhas no isolamento é muito
importante. Isto significa que os acessórios,
válvulas, ligações ao tanque de
armazenamento, bujões, flanges e outros
devem estar bem isolados.

• Nos circuitos solares deve usar-se material de


isolamento à temperatura (150 – 170°C).
Tubagens externas devem ser resistentes aos
UV, às intempéries e à corrosão da água, p.e.
revestindo-os com uma cobertura metálica. Fonte: Armaflex

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– fluido térmico

Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

O fluido de transferência de calor transporta o calor dos


coletores solares para o permutador de calor. Ao selecionar um
fluido de transferência de calor deve-se ter em consideração
os seguintes critérios:

• Coeficiente de expansão;
• Viscosidade;
• Capacidade térmica;
• Temperatura de congelamento;
• Temperatura de ebulição;
• Temperatura de inflamação.

• Num clima frio, os sistemas de aquecimento solar de água


necessitam de líquidos com uma baixa temperatura de
congelamento.

• Os fluidos expostos a altas temperaturas devem ter um ponto


de ebulição alto.

• A viscosidade e a capacidade térmica determinam o


consumo de energia da bomba. Fonte: Wurth

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– fluido térmico

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Um fluido de baixa viscosidade e baixo calor específico é fácil


de ser bombeado, porque é menos resistente à circulação e
transfere mais calor.

• Outras propriedades que determinam a eficácia de fluido são a


corrosividade e a estabilidade do mesmo.

• A água pode ser utilizada como fluido de transferência, não é


tóxica e é barata.

• Com um baixo calor específico, e uma viscosidade baixa é fácil


de bombear.

• Mas tem as suas contrapartidas, apresenta um ponto de


ebulição relativamente baixo e um ponto de congelamento
elevado.

• Também pode ser corrosiva se o pH não for mantido num nível


neutro. Água com alto teor de minerais pode causar depósitos
minerais nas tubagens do sistema.
Fonte: Wurth

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– fluido térmico

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A maior parte dos sistemas solares térmicas utilizam como


fluído térmico uma mistura de água desmineralizada e
anticongelante.

• Este protege os coletores do perigo de congelamento do fluido


e aumenta a temperatura de ebulição do mesmo.

• Geralmente é utilizado etilenoglicol (anticongelante). Este tem


propriedades anticorrosivas (com a adição de inibidores) que
protegem os componentes metálicos do circuito e evitam o
aparecimento de depósitos de calcário.

• Estes devem ser utilizados com uma diluição de acordo com a


temperatura de congelamento pretendida (ver quadro),
geralmente entre 25% e 60%, nunca mais do que isso.

Fonte: Wurth

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário– fluido térmico

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A utilização de etileno glicol também melhora as propriedades


térmicas do fluido do circuito solar, dado que tem um calor
específico inferior ao da água.

• Este degradando-se ao longo do tempo e normalmente, deve-


se trocar a cada 3 - 5 anos.

• A degradação é afetada pelas elevadas temperaturas que se


podem registar nos coletores solares (temperatura de
estagnação). A avaliação do seu estado deve ser feita por um
técnico habilitado.

Fonte: Wurth

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – vaso de expansão
• O vaso de expansão deve ser instalado no sistema de
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tubagem no circuito de alimentação do colector,


para absorver a dilatação do fluído, relacionada com o
aumento de temperatura.

• O tamanho do recipiente de expansão deve ser


suficiente para a quantidade de fluído no circuito solar.

• Existem recipientes de expansão disponíveis em


tamanhos standard de 10, 12, 18, 25, 35 e 50 l
superiores Fonte: Caleffi

• Para além das questões referidas anteriormente deve


ter-se em atenção que nem todos os vasos de
expansão têm uma membrana que resiste ao glicol,
sendo portanto muito importante ter em consideração
este aspecto aquando da instalação do vaso de
expansão no circuito solar.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – válvula de segurança

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De acordo com a norma Europeia EN 12975 os sistemas de


energia solar aquando da sua instalação devem apresentar um
sistema de segurança intrínseca, por forma a garantir que a
acumulação contínua de calor, sem o respectivo consumo
de energia, não leva o sistema solar à ruptura.

• Esta situação pode acontecer caso o fluído de transferência


térmica escape pela válvula de segurança (p.e. no caso da
estagnação do sistema e consequente aumento da pressão, o Fonte: Caleffi
circuito solar deve ser reabastecido antes de ser reiniciado).

• De acordo com EN 12975 os sistemas de energia solar tem


que estar equipados com uma válvula de segurança com uma
largura nominal mínima de DN 15 (na secção de entrada).

• Quando é excedida a pressão de regulação a válvula de


segurança abre e permite o escoamento do fluído de
transferência térmica para um tanque colector.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – válvula de segurança

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A pressão de regulação, ou seja, a pressão à qual a válvula


actua deixando escapar fluido, deve ser inferior à pressão que
possa suportar o elemento mais delicado do circuito.

• No circuito primário colocam-se junto ao vaso de expansão.

• Colocam-se também junto da entrada de água fria dos


depósitos de acumulação.
Fonte: Caleffi
• Nos casos em que há mais do que um depósito, o instalador(a)
deverá colocar uma válvula de segurança em cada um.

• Não pode haver nenhuma válvula entre a válvula de


segurança e o circuito ou o depósito a proteger. Devem ser
manuseadas periodicamente, em operações de manutenção,
para não bloquearem.

• A tabela apresenta a temperatura de ebulição da água em


função da pressão.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – válvula de retenção
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• As válvulas de retenção permitem a passagem do fluido num sentido, impedindo-a


em sentido contrário.

• As válvulas utilizadas deverão ser indicadas para a temperatura limite de


funcionamento do circuito.

• Utilizam-se no circuito primário e na entrada de água fria dos depósitos.

• Nos sistemas em termossifão apenas são recomendadas válvulas com perda de


carga associada muito baixa. O

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – válvula de passagem
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• As válvulas de passagem permitem


interromper total ou parcialmente a passagem
do fluido pelas tubagens.

• As de fecho total servem, por exemplo, para


isolar uma parte do sistema para
manutenção.

• As de fecho parcial podem servir para


produzir uma perda de carga adicional por
forma a equilibrar a instalação.

• As válvulas de passagem a utilizar deverão


ser as indicadas para a temperatura limite de
funcionamento do sistema.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – válvula de três vias
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• As válvulas de três vias:

• permitem a circulação do fluido por vias


alternativas, sendo úteis, por exemplo, nos
casos em que os sistemas têm múltiplas
aplicações (AQS e piscina ou aquecimento
ambiente).

• quando se pretende fazer um bypass a um


equipamento de energia de apoio.

• Podem ser automáticas, sendo o seu funcionamento


acionado pelo comando diferencial

• As válvulas a utilizar deverão ser as indicadas para a


temperatura limite de funcionamento do sistema.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – válvula misturadora termostática
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• A colocação de uma válvula misturadora


termostática, à saída do depósito de
acumulação (do qual sai a água quente para o
consumo), permite a mistura de água fria da
rede com a água quente do depósito para uma
dada temperatura regulada, pretendida para o
consumo.

• A sua utilização:
• possibilita a extração de maiores
volumes de água;
• promove a utilização racional de
energia;
• pode evitar queimaduras.

• As válvulas a utilizar deverão ser as indicadas


para a temperatura limite de funcionamento do
sistema.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – bomba de circulação
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• A bomba de circulação é utilizada no sistema de


circulação forçada.

• Esta é dimensionada para compensar as perdas de


carga no sistema.

• O uso de energia elétrica para o funcionamento das


bombas deve ser mantido o mais baixo possível. Fonte: Wilo

Deve-se evitar por isso o sobre dimensionamento da


mesma.

• As bombas utilizadas são de eixo húmido, sendo o


fluido térmico utilizado para lubrificar e refrigerar o eixo
da bomba.

• Estas são caracterizadas pela sua potência e tensão


de funcionamento, mas existem diferenças nas
ligações e na aplicação.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – bomba de circulação
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• Existem bombas circuladores para águas sanitárias e


para aquecimento, diferenciando os materiais
utilizados.

• As bombas que estejam em contato com a água de


consumo têm de ser constituídas por um corpo em
latão, bronze ou em aço inox.
Fonte: Wilo

• No caso de bombas para aquecimento normalmente é


utilizado o ferro fundido, sendo menos resistente mais
também mais barato.

• A bomba deve ficar localizada no circuito de retorno


onde a temperatura é menor.

• Outra utilização da bomba é no circuito secundário


entre o permutador de calor e o depósito de
acumulação, aplica-se quando são utilizados
permutadores externos.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – bomba de circulação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Para o correto funcionamento as seguintes regras


devem ser respeitadas na sua instalação:

➢ O eixo do motor deve ser sempre instalado na


horizontal quer a bomba seja instalada na
vertical ou na horizontal. Uma instalação
incorreta pode originar uma lubrificação incorreta
da mesma;

➢ Deve ser instalada em linha com a tubagem e o


sentido de escoamento deve ser respeitado. O
sentido de escoamento deve ser
preferencialmente horizontal ou vertical no
sentido ascendente;

➢ Quando a bomba é instalada na horizontal a


caixa de ligação deve ficar na parte superior da
mesma;

➢ Deve ser instalada na parte mais baixa do


sistema.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – Estação solar
• Por forma a centralizar todos os acessórios do sistema solar existem
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disponíveis estações solares com os componentes apresentados na figura.


Estes módulos também incluem uma caixa com isolamento térmico.

• Esta estação solar reduz o tempo de instalação e reduz a possibilidade


de erros de instalação. Por causa dos diferentes tamanhos dos
recipientes de expansão, necessários para segurança intrínseca destes
sistemas, não são componentes normais de uma estação solar.

Fonte: Resol

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – Válvula de Balanceamento com
caudalímetro
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• Um acessório que pode ser instalado na tubagem é


o medidor de caudal.

• Permite medir e controlar o fluxo volumétrico do


fluído térmico.

• Com este medidor o fluxo volumétrico pode ser


reduzido até certos limites.

• Contudo é melhor reduzir o fluxo volumétrico


através do uso de uma bomba de potência, porque
desta maneira é possível racionalizar a utilização
de energia.

Fonte: Caleffi

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – Evacuação de ar
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• No ponto mais alto de qualquer sistema de energia


solar deve ser instalado um purgador automático de
ar com válvula de fecho total ou um purgador de ar
manual.

• Têm que ser resistentes ao glicol e a


temperaturas de pelo menos 150ºC.

• Estes purgadores servem para drenar o ar do


circuito solar depois de preenchido com o fluído de
transferência térmica e quando necessário durante o
período normal de operação.

• A válvula deve estar fechada para que não exista


o risco de perda do fluído de transferência térmica
por evaporação durante a operação, em situação
de estagnação do sistema.

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – Controlador
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A tarefa do termostato diferencial no sistema solar térmico é


controlar as bombas de circulação e por conseguinte a
recolha de energia solar da forma mais eficiente.

• Na maioria dos casos isto está relacionado com a regulação


da diferença de temperaturas.

• Cada vez aparecem no mercado mais controladores que


conseguem controlar diferentes sistemas de circuitos com um
único dispositivo.

• Para além disso estão equipados com funções adicionais, tais


como medidores de calor (calorímetros), registo de dados
e funções de diagnóstico de erro.

Fonte: Resol

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Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – Controlador
• São necessários 2 sensores de temperatura para proceder
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ao controlo da diferença de temperatura.

• Um deles mede a temperatura na zona do circuito solar, onde


se atinge a maior temperatura, antes do fornecimento de calor
e depois do colector, o segundo mede a temperatura no tanque
à altura do permutador de calor.

• O sinal de temperatura do sensor é comparado numa


unidade de controlo.

• A bomba é ligada através de um processo auxiliar quando o


diferencial de temperatura é atingido.

• O diferencial de temperatura para accionar a bomba depende


de vários fatores. Valores de 5-8 K são standard.

• Em princípio quanto maior o comprimento da tubagem entre


o colector e o tanque de armazenamento maior deve ser a Fonte: Resol
diferença de temperatura.
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45
Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário – Controlador
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• O diferencial de temperatura para desligar a bomba anda


normalmente à volta de 3K.

• Um terceiro sensor pode ser ligado para medição de


temperatura na área superior do tanque de armazenamento,
que permite a medição da temperatura de recolha de água
aquecida.

• Uma função adicional deste controlador é desligar o sistema


quando se atinge a temperatura máxima do tanque de
armazenamento.

Fonte: Resol

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46
Definições e fundamentos
Componentes do sistema primário - Exemplo
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Fonte: Caleffi

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47
Definições e fundamentos
Sistema auxiliar de aquecimento
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Para garantir a necessidade de


AQS nos períodos de menor
irradiação solar é necessário prever
um sistema auxiliar.

• Este entra em funcionamento só


quando é estritamente
necessário, de forma a maximizar
a energia solar captada.

• O sistema solar pode ser integrado


no sistema de acumulação ou estar
paralelo ao mesmo.

• A fonte energética auxiliar pode ser


de vários tipo

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48
Definições e fundamentos
Sistema auxiliar de aquecimento
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Uma alternativa a esta solução


consiste na utilização de um
depósito auxiliar, com um volume
menor e de preferência ligado em
série, facilitando assim o equilíbrio
hidráulico

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49
Definições e fundamentos
Sistema auxiliar de aquecimento
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A outra possível configuração é o sistema


auxiliar ser colocado em série com o
consumo.

• Neste sistema a temperatura é


constantemente monitorizada, sendo
aquecida a temperatura desejada caso seja
necessário ou misturada com água fria para
baixar a temperatura prevenindo assim Fonte: Vulcano
queimaduras.

• Estes sistemas devem ser de aquecimento


instantâneo, tipo um esquentador.

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50
Definições e fundamentos
Ligação de máquinas de lavar louça e maquinas de lavar roupa
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A maior parte da energia consumida nas máquinas de


lavar louça e roupa. devem-se à necessidade de água
quente

• As ligações de um sistema solar oferecem a


oportunidade de substituir os consumos eléctricos
pela energia do sol, e a oportunidade de aumentar a
eficiência do sistema.

• Máquinas de lavar louça, que são apropriadas para ligar


ao sistema de água quente, podem ser directamente
ligadas ao sistema solar.

• Dado que uma grande parte das máquinas de lavar


roupa não tem uma ligação de água quente, o Fonte: Olfs & Ringen,
alimentador de água quente e fria deve ser regulado
com ajuda de uma unidade de controlo.

• Nestes casos é necessário obter uma temperatura na


água de acordo com o programa que vai ser utilizado.

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51
Definições e fundamentos
Agrupamento de colectores
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Ao ligar vários painéis entre si, devem


garantir-se os caudais equilibrados e
baixas perdas de carga: sendo que este
último aspecto permite limitar os consumos
dos circuladores.

• Baterias de painéis montados em série


podem garantir caudais equilibrados. No
entanto, a partir de um certo número de
painéis (em geral 4 ou 5, dependendo das
características de construção) estas
baterias apresentam perdas de carga
muito elevadas.

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52
Definições e fundamentos
Agrupamento de colectores
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

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53
Definições e fundamentos
Agrupamento de colectores
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

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54
Definições e fundamentos
Agrupamento de colectores

Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Em instalações de maior dimensão pode optar-se, quando possível, por ligações


em paralelo de canais e / ou em série entre colectores pertencentes a um mesmo
grupo (bateria), sem prejudicar o bom funcionamento do sistema.

• O equilíbrio hidráulico é conseguido, como mostra o exemplo, através das ligações


(alimentação invertida) entre baterias.

• No caso de existirem baterias diferentes (diferente número de colectores), o caudal


em cada uma delas tem que ser ajustado para o valor recomendado (por m2), por
forma a que a temperatura de saída seja igual em todas.

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55
Definições e fundamentos
Temperatura de estagnação
• A estagnação é o fenómeno que ocorre no coletor, quando não há
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

escoamento da energia térmica convertida pelo coletor para os pontos de


entrega/armazenamento, o coletor continua a aquecer até atingir a sua
temperatura máxima, que é a sua temperatura de estagnação.

• Um líquido a uma dada temperatura está em equilíbrio quando a pressão


a que está sujeito é igual à tensão de vapor.

• A temperatura de estagnação do coletor pode ser obtida


experimentalmente, durante os ensaios de qualificação, e o seu valor deve
ser facultado pelo fabricante do equipamento, geralmente no certificado do
coletor.

• Também é possível calcular a temperatura de estagnação a partir da


respetiva curva de rendimento, tendo em conta a radiação solar e a
temperatura ambiente.

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56
Definições e fundamentos
Temperatura de estagnação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Fonte: The Solar Keymark

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57
Definições e fundamentos
Temperatura de estagnação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• No caso de instalações que possam ficar em estagnação, é frequente


desaparecer o fluido do circuito primário devido à ebulição. Estas podem
acontecer devido a períodos de grande paragem do sistema solar, devido
a falta de consumo ou avarias.

• A exposição dos componentes do sistema solar a elevadas temperaturas


pode provocar alguns problemas nos componentes:

➢ Funcionamento defeituoso dos acessórios e perda de fluido


térmico;
➢ Ativação da válvula de segurança;
➢ Choques térmicos na rede de distribuição de fluido térmico.

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58
Definições e fundamentos
Temperatura de estagnação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Existem diversas soluções, mas algumas são de difícil execução:

➢ Dimensionar o sistema para ter uma pressão na zona dos coletores,


superior à tensão de vapor correspondente à temperatura de estagnação
(possível com coletores com temperatura de estagnação não muito
elevadas);

➢ Alteração do vaso de expansão e sobredimensionamento para receber o


líquido expulsado dos coletores pelo vapor. De realçar que as soluções
construtivas, do coletor e a ligação entre coletores, são determinantes para
o bom funcionamento desta solução;

➢ Controlo da circulação, no caso da circulação forçada deve para a bomba;

➢ Esvaziar o circuito primário;


❖ Automático quando a bomba para (sistema “drain back”)
❖ Manual para prevenir danos durante o período sem utilização

➢ Cobrir os coletores, de preferência com uma rede sombreadora (pouco


prático).

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59
Definições e fundamentos
Temperatura de estagnação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Existem diversas soluções, mas algumas são de difícil execução:

➢ No caso do sistema de termossifão

❖ Tubos de calor que dissipem a energia do depósito acima de


temperatura de segurança

❖ By-passes termostáticos de segurança térmica

❖ Eliminação do isolamento da tubagem de alimentação dos coletores


(solução acarreta algumas perdas)

❖ Com temperaturas de estagnação muito elevadas não é possível


utilizar purgadores automáticos, recomenda-se o sobre
dimensionamento do vaso de expansão.

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60
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Princípios de dimensionamento

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61
Princípios de dimensionamento
Conceitos básicos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• O objetivo do sistema solar Térmica é proporcionar aos utilizadores uma


instalação que otimize o consumo energético global em combinação com
os restantes equipamentos técnicos do edifício, minimizando os custos
com o aquecimento da AQS.

• O dimensionamento da instalação solar geralmente é realizado com base


numa percentagem de cobertura do aquecimento da AQS. Esta cobertura
é definida como o quociente entre a energia captada e a energia
necessária, denominado de fator solar.

𝑬𝒖
𝒇=
𝑸𝒂
f – fração solar
Eu - Energia fornecida pela instalação solar (entregue ao acumulador, corresponde ao
Esolar) – energia útil.
Qa - Necessidades de Energia.

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62
Princípios de dimensionamento
Conceitos básicos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Outro conceito importante é o rendimento, definido como o quociente entre


a energia captada pela instalação e a energia solar incidente relativamente
a um dado período de tempo.

𝑬𝒖
𝜼=
𝑰𝒈 𝑨𝒄
η – rendimento da instalação
Eu - Energia fornecida pela instalação solar (entregue ao acumulador, corresponde ao
Esolar) – energia útil.
Ig – Irradiação solar incidente sobre o colector (W/m2).
Ac – Área útil do colector solar (m2).

• Se a fração solar for aumentada, pelo aumento da área dos coletores solares a
eficiência do sistema vai diminuir. Todos os kWh que forem ganhos serão mais
caros. Na Figura seguinte apresenta-se um exemplo de uma instalação para um
consumo médio diário de 200 litros (unifamiliar).

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63
Princípios de dimensionamento
Conceitos básicos
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

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64
Princípios de dimensionamento
Orientação e inclinação do coletor
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A fim de maximizar a produção de energia de uma instalação solar tem


que se ter em conta diversos fatores.

• O azimute e a altura solar variam ao longo do dia e do ano. A orientação e


inclinação ótima seriam obtidas com um coletor que seguisse a orientação
e inclinação do sol.

• Nas instalações solares térmicas de baixa temperatura é adotada uma


orientação e inclinação fixa ao longo do ano. Tal orientação deve ser
escolhida para consumos dispersos no tempo ou concentrados (no caso
do Verão ou Inverno).

• A inclinação dos coletores sobre um plano horizontal é determinada tendo


em conta a latitude geográfica e o período de utilização da instalação
(períodos de consumo), sendo recomendados os seguintes valores.

• α – latitude do local

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65
Princípios de dimensionamento
Orientação e inclinação do coletor
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Período de utilização Inclinação [º]


Anual, consumo constante α
Preferencialmente no inverno α +10
Preferencialmente no verão α - 10

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66
Princípios de dimensionamento
Orientação e inclinação do coletor
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

A orientação que maximiza a quantidade de radiação aproveitável coincide


com o Sul geográfico.

Desvios para Leste traduzem-se num avanço à captação e desvios para


Oeste num atraso à captação (1 hora por cada 15º)

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67
Princípios de dimensionamento
Orientação e inclinação do coletor
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

A quantidade de radiação solar captada numa superfície é máxima quando


esta se encontra posicionada perpendicularmente à radiação devido a:

Variação angular da absortância (α) e coeficiente de reflexão (ρ)

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68
Princípios de dimensionamento
Sombreamento
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Se representarmos a altura solar em função do seu azimute, obtemos os


denominados mapas de trajetória solar, como é o caso das projeções
estereográficas

Nota 1:
No dia mais desfavorável do período de utilização, o equipamento não
deve ter mais do que 30% da superfície útil de captação coberta por
sombra, durante mais de 1 hora.

Nota 2:
É muito importante que o colector escolhido para a colocação da sonda
“quente” do controlador, seja representativo do campo de colectores
porque o controlador só arranca quando esse colector estiver ao sol. Para
a paragem a situação é menos grave!

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69
Princípios de dimensionamento
Sombreamento
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Na prática, a determinação das


sombras que são projetadas sobre
os colectores, por parte dos
obstáculos, faz-se observando
desde o ponto médio da aresta
inferior do colector, tomando como
referência a linha Norte-Sul.

Nos colectores projetados para


utilização anual (AQS), o dia mais
desfavorável, corresponde em
Portugal, a 21 de Dezembro. Neste
dia, a altura mínima do Sol (h0) às
12 horas terá o seguinte valor:

𝒉𝟎
= 𝟗𝟎° − 𝑳𝒂𝒕𝒊𝒕𝒖𝒕𝒆 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒈𝒂𝒓
− 𝟐𝟑, 𝟓°

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70
Princípios de dimensionamento
Sombreamento
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

De Março a Setembro (Verão), os dias mais desfavoráveis, correspondem


aos equinócios, nestes dias, a altura mínima do sol às 12 horas solares
tem o seguinte valor:

𝒉𝟎 = 𝟗𝟎° − 𝑳𝒂𝒕𝒊𝒕𝒖𝒕𝒆 𝒅𝒐 𝒍𝒖𝒈𝒂𝒓

Durante o mês de Dezembro e na primeira metade de Janeiro, mesmo


tendo respeitado todos os distanciamentos entre filas e obstáculos, poder-
se-ão produzir sombras no início e no final do dia.

Se não existirem dificuldades com o espaço existente, recomenda-se


o aumento da distância anterior em 25%.

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71
Princípios de dimensionamento
Sombreamento
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Distância mínima aconselhada entre


colectores

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72
Princípios de dimensionamento
Sombreamento
As projeções estereográficas permitem determinar zonas de
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

sombreamento ao longo do ano:

Verifica-se que o obstáculo representado na figura irá produzir uma sombra


sobre o colector durante parte do ano entre as 9 e as 11 horas. Os
restantes meses do ano não serão afetados.

FAQ’s SCE - Os obstáculos são considerados significativos se for


superior a 10% a diminuição no valor estimado de Eren,solar
relativamente à situação de horizonte desobstruído.
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73
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Definição

Águas quentes sanitárias (AQS)

É a água potável a temperatura superior a 35ºC utilizada para banhos,


limpezas, cozinhas e outros fins específicos, preparada em dispositivo
próprio, com recurso a formas de energia convencionais ou renováveis.

Portaria n.º 138-I/2021

“…b) «Água quente sanitária» ou «AQS», a água quente potável destinada


a banhos, limpezas, cozinhas ou fins análogos;…”

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74
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

A preparação das AQS em edifícios de habitação, comércio e serviços terá


de respeitar a legislação, mas noutros edifícios teremos de ter em conta
outros fatores, sobre os quais iremos falar posteriormente.

Também a tecnologia a utilizar para aquecimento das AQS poderá ser


diferente, pois no caso das edifícios de habitação, comércio e serviços, e se
as condições o permitirem somos obrigados a utilizar fontes de energia
renovável (Ex.: recurso solar – Sistema solar térmico)

De qualquer das formas o objectivo será sempre garantir ao utilizador o


maior conforto na utilização das AQS seja em quantidade, pressão,
temperatura e condições higiénicas.

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75
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

A energia útil necessária para a preparação de AQS durante um ano será


calculada de acordo com a seguinte expressão:

𝑴𝑨𝑸𝑺 ∗ 𝟒𝟏𝟖𝟕 ∗ ∆𝑻 ∗ 𝒏𝒅 𝒌𝑾𝒉


𝑸𝒂 = [ ]
𝟑𝟔𝟎𝟎𝟎𝟎𝟎 𝒂𝒏𝒐
Em que:

MAQS – Consumo médio diário de referência [litros].

ΔT – Aumento de temperatura necessário para a preparação de AQS e que


para efeitos de cálculo, toma o valor de referência de 35ºC.

nd – número anual de dias de consumo de AQS de edifícios residenciais, que


para efeitos de cálculo, se considera 365.

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76
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Nos edifícios de habitação, o consumo médio diário de referência será


calculado de acordo com a seguinte expressão

𝑴𝑨𝑸𝑺 = 𝟒𝟎 ∗ 𝒏𝒐𝒄 ∗ 𝒇𝒆𝒉 [𝒍𝒊𝒕𝒓𝒐𝒔]

Em que:

noc – número convencional de ocupantes, em função da tipologia do edifício.

feh – factor de eficiência hidríca (para chuveiros os sistemas de banho com


rótulo de A ou superior toma o valor de 0,9, nos restantes casos é igual a 1)

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77
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

“…..b) No caso de edifícios de habitação não podem ser considerados valores de


consumo diário de AQS inferiores aos estabelecidos na Tabela 22 podendo, no entanto, o
técnico autor do projeto considerar valores superiores em função das exigências do
edifício;…”

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78
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

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79
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Exercício de aplicação 1

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80
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Potência calorífica

𝑷 = 𝝆 ∗ 𝒄 ∗ 𝑸 ∗ ∆𝑻

P – potência calorífica (kcal/h)

ρ – massa volúmica da água (1 kg/l)

c – calor específico da água (1 kcal/kg/ºC)

Q – caudal ou volume de acumulação a aquecer num determinado


tempo (l/h)

ΔT – Diferença de temperatura da água na entrada e de acumulação

Nota: por facilidade trabalhamos em kcal/h e no final passamos para


kW. 1 kcal/h = 1,163 Watt

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81
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Exercício de aplicação 2

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82
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Potência calorífica

A potência calorífica necessária irá depender do tipo de fluido aquecer,


quantidade de fluido aquecer, tempo de aquecimento pretendido e o
diferencial de temperatura pretendido

𝑷 = 𝝆 ∗ 𝒄 ∗ 𝑸 ∗ ∆𝑻

Tipo de Quantidade ΔT
fluido de fluido pretendido

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83
Princípios de dimensionamento
Determinação da energia útil necessária para a produção de AQS
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Exercício de aplicação 3

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84
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Temperatura de utilização

• Como já se viu o consumo de água quente está associada a uma


determinada temperatura. Esta temperatura tem por objetivo prevenir e
controlar o aparecimento de legionella.

• A bactéria legionella é um componente natural da água. A sua


concentração é pequena em água fria por isso não é perigosa. Para
temperaturas entre 35 a 45 multiplicam-se muito rapidamente, sendo
estas destruídas para temperaturas superiores a 50 . Quanto maior for a
temperatura mais rápida é a sua destruição (sendo quase instantânea a
70 ºC). A bactéria desde que seja ingerida pelo sistema digestivo não
apresenta perigo para a saúde.

• O perigo ocorre quando entram para o sistema respiratório. Grandes


concentrações de legionella ocorrem em sistemas com grandes tanques
de armazenamento de água quente, condutas compridas e onde a água
permaneça muito tempo em repouso.
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85
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Temperatura de utilização

• Em sistemas de pequenas dimensões, ou seja, sistemas para uma ou


duas famílias o risco é quase nulo.

• Para pequenos volumes de acumulação e sistemas de depósitos acima


dos 400 litros, mas com linhas de tomada de água quente até 3 litros não
requerem cuidados especiais.

• Uma instalação unifamiliar é considerada uma instalação de risco baixo.

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86
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Temperatura de entrada de água fria

• O consumo de energia depende


diretamente da temperatura da água
fria, aumentando o consumo de
energia com a diminuição da
temperatura da água.

• A temperatura da água depende do


clima da zona, a época do ano, do
sistema de abastecimento, etc.

• Na Figura representa-se a
distribuição da temperatura da água
fria ao longo do ano com a
temperatura de consumo.

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87
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Temperatura de entrada de água fria

• A partir da diferença de temperatura


pode-se calcular o consumo de
energia.

• Caso não seja conhecida a


temperatura da água pode-se utilizar
os 15 ºC como valor de referência.

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88
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Fornecimento de Energia Solar

• O dimensionamento básico da instalação solar para produção de água


quente sanitária consiste na determinação das superfícies de captação e
do volume de armazenamento.

• Nas vivendas unifamiliares dimensiona-se de maneira a cobrir as


necessidades energéticas a 100% durante os meses de Verão. Durante
os restantes meses as necessidades de energia são cobertas por um
sistema auxiliar.

• Geralmente dimensiona-se as instalações solares de maneira a que a


fração solar anual esteja compreendida entre 50% a 75%.

• Deve-se minimizar os excedentes de energia no Verão, evitando


potenciais situações de sobreaquecimento.

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89
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Fornecimento de Energia Solar

Podemos usar os seguintes métodos:

• Método F-Chart - O método F-Chart encontra-se amplamente


informatizado. A maioria dos programas que se encontra no mercado
paro o dimensionamento das instalações solares está baseada neste
método.

• Método orientado a partir do rendimento - Este método de cálculo


utiliza o rendimento médio e a fração solar esperada. É um
procedimento mais simples para calcular a área de captação.

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90
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Fornecimento de Energia Solar

Método orientado a partir do rendimento

𝒇𝑸𝒂
𝑨𝒄 =
𝑰𝒈 𝜼

f – fração solar (entre 50 a 75%)


η – rendimento da instalação (20 a 40%)
Qa - Necessidades de Energia (kJ/dia) .
Ig – Irradiação solar incidente sobre o colector (kJ/dia/m2).
Ac – Área útil do colector solar (m2).

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91
Princípios de dimensionamento
Contabilização de energia solar térmica
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Exercício de aplicação 4

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92
Princípios de dimensionamento
Volume de acumulação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Normalmente recomenda-se a seleção de um volume de acumulação


semelhante ao consumo de água quente diária. Para volumes muito
grandes a energia armazenada é maior, mas não é utilizada. Mas este
excesso de energia armazenado pode ser utilizado para um dia com menor
irradiação solar.

Outra metodologia recomenda que o volume seja determinado como 1,5 a 2


vezes o consumo diário mensal

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93
Princípios de dimensionamento
Volume de acumulação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Pode ser determinado com base em valores variáveis de 50 a 80 litros por


metro quadrado de painéis. Assim sendo, pode considerar-se válida a
seguinte fórmula:

𝑽 = 𝟓𝟎 ÷ 𝟖𝟎 ∗ 𝑨𝒄

V – volume de acumulação l/m2


Ac – Área útil do colector solar (m2).

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94
Princípios de dimensionamento
Volume de acumulação
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Pode ser determinado com base em valores variáveis de 50 a 80 litros por


metro quadrado de painéis. Assim sendo, pode considerar-se válida a
seguinte fórmula:

𝑽 = 𝟓𝟎 ÷ 𝟖𝟎 ∗ 𝑨𝒄

V – volume de acumulação l/m2


Ac – Área útil do colector solar (m2).

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95
Princípios de dimensionamento
Sistemas auxiliares
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Os sistemas solares térmicos não dão uma cobertura total das


necessidades de aquecimento de AQS, por isso um sistema auxiliar é
imprescindível dando continuidade ao fornecimento de AQS.

• Este deve ser dimensionado/selecionado para cobrir todas as


necessidades de AQS sem considerar o sistema solar térmico.

• A questão que se põe é como escolher a melhor solução.

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96
Princípios de dimensionamento
Sistemas auxiliares
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Por exemplo a escolha entre uma bomba de calor e uma caldeira a gás é
mais provável ser baseada em preços de energia relativos e custo de
manutenção do que em eficiências energéticas.

• Devem ser consideradas várias alternativas, mas apenas uma será


escolhida para a implantação.

• Geralmente não se instalam dois equipamentos que satisfaçam a mesma


necessidade, não faz sentido ter um esquentador e uma caldeira com
capacidade de aquecimento de AQS.

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97
Princípios de dimensionamento
Permutador de calor
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Podem ser (como já vimos) colocados no interior ou no exterior dos


depósitos de acumulação.

• Os permutadores internos com tubos lisos podem ser dimensionados


com base numa superfície de troca térmica de cerca de 35÷40% da
superfície útil dos painéis.

• Os permutadores externos (tubulares ou de placas) não podem, pelo


contrário, ser dimensionados com base em relações simples.

• Para isso, devem consultar-se as tabelas ou o software dos fabricantes e


conhecer as seguintes medidas:

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98
Princípios de dimensionamento
Permutador de calor
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Potência térmica
Pode ser determinada com a relação:

Q = q · S = 400 · S
sendo:
Q = Potência térmica do permutador, kcal/h
q =Potência específica de projecto, (kcal/h)/m2
S = Superfície útil dos painéis, m2

Temperaturas do circuito solar


50°C = Temperatura de entrada,°C
40°C = Temperatura de saída,°C
Temperaturas do circuito do depósito
45°C = Temperatura de entrada,°C
35°C = Temperatura de saída,°C

Perdas de carga
É aconselhável adoptar valores limitados quer para o circuito solar quer
para o circuito do depósito para não dissipar demasiada energia com os
circuladores.
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99
Princípios de dimensionamento
Vaso de expansão
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Este assunto já foi tratado no M3

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100
Princípios de dimensionamento
Fluido térmico
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Utiliza-se como fluido térmico água desmineralizada ou uma mistura de


água desmineralizada com anticongelante.

• É a solução mais usada para proteger os coletores do perigo de


congelamento.

• Devem ser tidas em consideração as propriedades da água e do líquido


anticongelante. A sua percentagem mínima dependa da temperatura
mínima registada na zona.

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101
Princípios de dimensionamento
Tubagens
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Devem resistir, com as respectivas peças especiais, às temperaturas e


pressões que se verificam nos instalações solares.

• Por isso, não podem ser utilizados tubos de plástico nem multicamadas.

• Não podem igualmente ser utilizados tubos zincados, já que a mais de


60°C ficam expostos a fenómenos de deszincagem, especialmente na
presença de substâncias anticongelantes.

• As dimensões das tubagens podem ser efetuadas com o método das


perdas de carga lineares constantes, considerando:
• caudais iguais a 40 l/h por cada metro quadrado de colector
• perdas de carga localizadas de 10 e 15 mm c.a./m.

• O valor dos caudais é obtido pela relação entre a potência específica de


projecto (q = 400 (kcal/h)/m2) o salto térmico do líquido solar (Δt = 10°C).

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102
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

Aquecimento solar de piscinas

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103
Aquecimento solar de piscinas
Sistemas - absorsores
No sector do aquecimento de piscinas que funcionem maioritariamente no Verão, utilizam-se
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

colectores sem cobertura (constituídos apenas por absorsores de plástico ).

Estes colectores caracterizam-se pela inexistência da cobertura transparente e isolamento


térmico do absorsor, assim como da estrutura de suporte. Estes colectores simplificados
podem ser utilizados uma vez que os sistemas operam com baixas diferenças de temperatura entre
o absorsor e a envolvente e com temperaturas de alimentação relativamente uniformes (10ºC –
18ºC).

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104
Aquecimento solar de piscinas

Combinação de AQS e aquecimento de piscinas


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Um sistema solar para aquecimento de AQS pode ser combinado


com o aquecimento solar de piscinas.

• Estes sistemas combinados implicam a instalação de colectores


solares com cobertura planos, CPC ou de tubo de vácuo,
determinando a separação dos sistemas solar e da piscina
através da transferência de calor por permutador, uma vez que
os materiais utilizados para estes sistemas de colectores não
são compatíveis com o cloro contido na água.

• Os permutadores devem ser fabricados em materiais


adequados (ex. aço inoxidável ou eventualmente ligas de
cobre especiais), de modo a evitar a corrosão.

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105
Aquecimento solar de piscinas

Combinação de AQS e aquecimento de piscinas


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

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106
Aquecimento solar de piscinas

Planeamento e dimensionamento - Considerações fundamentais


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• No que diz respeito a sistemas solares térmicos para aquecimento de


água doméstica, as condições existentes de radiação solar e consumo de
calor são críticas.

• Para o planeamento de sistemas de aquecimento de piscinas acontece o


mesmo. O consumo de calor em piscinas é ao mesmo tempo determinado
pela:

➢ dimensão da área superficial da piscina

➢ profundidade da água

➢ temperatura da água desejada

➢ condições meteorológicas ambientes (temperatura do ar e


velocidade do vento).

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107
Aquecimento solar de piscinas

Planeamento e dimensionamento - Considerações fundamentais


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A tabela seguinte fornece um inventário de ganhos e perdas de calor que


ocorrem numa piscina assim como das variáveis de que dependem.
• O objectivo do planeamento do sistema solar para o aquecimento de água
de piscinas deve ser, tanto quanto possível, o equilíbrio entre as perdas
térmicas das piscinas e os ganhos solares, de modo a que não haja
necessidade de aquecimento auxiliar.

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108
Aquecimento solar de piscinas

Planeamento e dimensionamento - Considerações fundamentais


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A dimensão da unidade de placas absorvedoras do sistema solar depende


da dimensão da superfície da piscina.

• No caso de piscinas privadas, a gama de projectos possíveis – de acordo


com o qual o nível médio de temperatura deve ser obtido – é muito vasta,
visto que neste caso, ao contrário de piscinas públicas os aspectos
económicos prevalecem.

• Em princípio, a razão para o dimensionamento do sistema solar, entre a


superfície do absorsor e a superfície da área da piscina, podem ser
definidas do seguinte modo:

• Superfície do absorsor = 0,5 a 1 x área superficial da piscina.

• Devido à pequena área de superfície das piscinas privadas, estas devem


estar equipadas com coberturas relativamente económicas. Se for
utilizada uma cobertura, pode seleccionar-se uma razão de
dimensionamento mais pequena.

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109
Aquecimento solar de piscinas
Cálculo carga térmica de aquecimento – NP 4448:2007
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A carga térmica de aquecimento da piscina resulta da diferença entre as perdas


totais e os ganhos térmicos resultantes da radiação incidente.

• Piscinas exteriores → ganhos significativos por irradiação → assumir que


pelo menos 85% é absorvida pela água.

• Perdas térmicas = Pevaporação + Pradiação + Pconvecção

• O cálculo necessita de dados relativos:

➢ Temperatura e humidade relativa do ar

➢ Velocidade do vento

➢ Turbulência causada pelos nadadores

➢ Condução térmica para o solo

➢ Pluviosidade

➢ Características de água de compensação

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110
Aquecimento solar de piscinas
Perdas térmicas por evaporação – Piscinas exteriores (repouso)
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A carga térmica é função da velocidade do vento e da diferença de


pressões de vapor entre a água da piscina e o ar atmosférico.

𝒒𝒆 = 𝟓, 𝟔𝟒 + 𝟓, 𝟗𝟔𝒗𝟎,𝟑 𝑷𝒘 − 𝑷𝒂

qe – perdas térmicas por evaporação [MJ/(m2*dia)]

Pw – pressão de vapor saturado à temperatura da água da piscina, tw, [kPa]

Pa – pressão de vapor saturado no ar [kPa]

v0,3 – velocidade do vento a uma altura de 0,3 m acima da superfície da piscina [m/s]

• Quando a velocidade não for conhecida pode ser deduzida a partir de dados climáticos
existentes:

➢ Igual a 0,3 v10 em localizações suburbanas típicas;

➢ Igual a 0,15 v10 em localizações bem abrigadas do vento;

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111
Aquecimento solar de piscinas
Perdas térmicas por evaporação – Piscinas exteriores (com
ocupação)
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A presença de nadadores na piscina traduz-se num aumento significativo


das taxas de evaporação.

• Podem ser considerados os aumentos da taxa de evaporação:

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112
Aquecimento solar de piscinas
Perdas térmicas por evaporação – Piscinas interiores (repouso)
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• As menores velocidades do ar em piscinas interiores resultam em


menores taxas de evaporação.

𝒒𝒆 = 𝟓, 𝟔𝟒 + 𝟓, 𝟗𝟔𝒗𝒔 𝑷𝒘 − 𝑷𝒆𝒏𝒄

qe – perdas térmicas por evaporação [MJ/(m2*dia)]

Penc – pressão de vapor saturado no ar circundante da piscina [kPa]

vs – velocidade do ar à superfície da piscina, com valores tipicamente entre os 0,02 e 0,05 [m/s]

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113
Aquecimento solar de piscinas
Perdas térmicas por radiação
• Podem ser estimadas através da seguinte expressão:
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

𝟐𝟒 ∗ 𝟑𝟔𝟎𝟎
𝒒𝒓 = 𝟔
𝜺𝒘 𝝈 𝑻𝟒𝒘 − 𝑻𝟒𝒔
𝟏𝟎
qr – perdas térmicas por radiação [MJ/(m2*dia)]

ε – emissividade de grande comprimento de onda da água = 0,95

σ – constante de Stefan-Boltzmann = 5,67 x 10-8 [W/(m2 K4)]

Tw – temperatura da água [K]

Ts – temperatura do céu [K]

Nota: Temperatura do céu

Para piscinas interiores 𝑻𝒔 = 𝑻𝒆𝒏𝒄 onde Tenc representa a temperatura das paredes do edifício envolvente da
piscina.

Para piscinas exteriores 𝑻𝒔 = 𝑻𝒂 𝜺𝒔 onde εs representa a emissividade do céu que é função da temperatura do
orvalho (ISO 9806-3).
2
𝑇𝑑𝑝 𝑇𝑑𝑝
𝜀𝑠 = 0,711 + 0,56 + 0,73
100 100

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114
Aquecimento solar de piscinas

Perdas térmicas por convecção


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Podem ser estimadas através da seguinte expressão:

𝟐𝟒 ∗ 𝟑𝟔𝟎𝟎
𝒒𝒄 = 𝟑, 𝟏 + 𝟒, 𝟏𝒗 𝑻𝒘 − 𝑻𝒂
𝟏𝟎𝟔
qc – perdas térmicas por convecção [MJ/(m2*dia)]

v – velocidade do vento ou ar [m/s]

Tw – temperatura da água [ºC]

Ta – temperatura do ar [ºC]

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115
Aquecimento solar de piscinas

Adição de água para compensação de perdas da piscina


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Podem ser estimadas através da seguinte expressão:

𝒒𝒎𝒌𝒖 = 𝒎𝒆𝒗𝒑 𝒄 𝑻𝒎𝒌𝒖 − 𝑻𝒘


qmku – perdas térmicas devidas à adição de água para compensação das perdas [MJ/(m2*dia)]

c – calor específico da água [J/(Kg K)]

Tmku – temperatura da água injectada para compensação [ºC]

Tw – temperatura da água da piscina [ºC]

mevp – representa a taxa de evaporação diária Qe / hfg [kg]

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116
Aquecimento solar de piscinas

Ganhos térmicos por irradiação solar


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Podem ser estimadas através da seguinte expressão:

𝒒𝒔 = 𝜶 𝑮𝒊
qs – ganho térmico por irradiação solar [MJ/(m2*dia)]

α – coeficiente de absorção no espectro de radiação solar (0,85 para piscinas de cor clara, 0,90
para piscinas de cor escura)

Gi – irradiação solar no plano horizontal [MJ/(m2*dia)]

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117
Aquecimento solar de piscinas

Efeito da cobertura do plano de água


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• A utilização de uma cobertura pode alterar significativamente a carga


térmica de aquecimento da água.

• Frequentemente não é possível obter informação fidedigna quanto ao


regime de utilização.

• Deve ser adoptada uma abordagem conservadora.

• Podem assumir-se reduções de 90% nas perdas por evaporação


quando a cobertura se encontra em utilização.

• A redução das perdas térmicas por radiação e condução é


geralmente reduzida.

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118
Aquecimento solar de piscinas

Exercício de aplicação 5
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

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119
Referências Bibliográficas

• Callefi. Hidraulica 25. Maio 2006


Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• Y. Çengel, M. Boles. Termodinâmica. Bookman. 2013. ISBN: 9788580552003

• DGEG. Guia para Instaladores de Colectores Solares. 2004

• https://www.dgeg.gov.pt/pt/areas-setoriais/energia/energias-renovaveis-e-
sustentabilidade/sce-er/

• IST – Energia Solar Térmica – Manual sobre tecnologias, projecto e instalação, 2004.

• V. Monteiro, Ventilação na Restauração e Hotelaria – Técnicas para uma boa QAI: Lidel,
2009. ISBN: 978-972-757-539-8

• REHVA Guidebooks

• L. Roriz, J. B. Barreto, A. Gonçalves, J. Jesus, F. Lourenço, L. Malheiro, C. Soares, L.


Vazquez. Climatização – Concepção, Instalação e Condução de Sistemas. Amadora: Edições
Orion, 2007. ISBN: 978-972-8620-09-7

• L. Roriz, J. Rosendo, F. Lourenço, K. Calhau. Energia Solar em Edifícios. Amadora: Edições


Orion, 2010. ISBN: 978-972-8620-15-8

• https://solarkeymark.eu/database/

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Referências Bibliográficas

• W. F. Stoecker and J. W. Jones. Refrigeration and Air Conditioning. 2nd ed. New York:
McGraw-Hill, 1982.
Projeto de Sistemas de Climatização em Edifícios de Habitação

• F. White. Fluid Mechanics, 5th. Ed.

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