Você está na página 1de 5

02/10/23

1
SEGUNDA
ACONSELHAMENTO CRISTÃO.
QUATRO NECESSIDADES BÁSICAS “SOCIAIS” QUE DEVEM SER SUPRIDAS
PELA IGREJA – O PAPEL DO ACONSELHADOR EM CONHECÊ-LAS.

1ª - A necessidade de SER CONHECIDO - Quando eu amo?

 Só se ama de fato e com segurança, o que se conhece – A


questã o da identificaçã o em nosso meio - abraços, nos sentamos
à mesa da Santa Ceia, ósculo santo... É aqui que entendemos a
pergunta de Jesus: Pedro tu me amas? (você me conhece?) A
IGREJA “VERDADEIRA” SUPRE ESTA CARÊNCIA DE SER
CONHECIDO.
 Toda pessoa em um círculo de desconhecidos, tem desejo de
conhecer as demais pessoas que a cercam, e também de dar-se
a conhecer a essas pessoas – conhecemos quem está ao nosso
lado, sabemos o nome dele (a), sabemos onde ele (a) mora, já
almoçamos ou jantamos juntos...(?) – Precisamos de ações
semelhantes a que fez Davi!→ Chamar para se sentar à nossa
mesa, quem em tese NÃO merece, é desprezado, nã o reconhecido,
alvo de mentiras, incapacitado de se locomover...(II Sm 9. 3) uma
resposta desnecessá ria! (II Sm 9. 4) outra resposta desnecessá ria?

2ª - A necessidade SER INTEGRADO – (Participar) - Precisamos aprender


a ENVOLVER.
1. O desejo de todo ser humano normal – Ele quer pertencer,
integrar-se – OBS → O que se faz (absurdos exigidos) para ser aceito
em “grupos” no que se sujeita o homem, só para fazer parte, integrar,
um determinado grupo social?
2. O ser humano normal só se realiza “no grupo ” Ne 7. 64, 65; Ed 2.
62, 63 A VERDADEIRA IGREJA NÃO É EXCLUDENTE, MAS
INCLUDENTE! Nã o se perca de vista as regras ...como convém andar
na casa coluna e firmeza da verdade I Tm 3. 15. O termo
“includente” hoje tem um tom promíscuo!
3. Todo ser humano normal é gregário – Ec 4. 9, 10 Aqui como no
seio da família ouvimos gemidos, pedidos de socorro – me ajude!
Estes gemidos nã o sã o ouvidos, mas sentidos! Nã o seria ou poderia
ser o gemido de Mefibosete?
3ª - A necessidade de SER COMPREENDIDO - Quem arriscou o nome, a
reputaçã o para o novo convertido Paulo? At 9. 20, 21, 22, 23,
26 ...procurava ajuntar-se... / (v. 27) / v. 28 (O.V. ...andava com eles e
tinha liberdade entre eles) 11. 25 nos cabe buscar aqueles que
sabemos que precisam serem buscados! (Mefibosete) A QUEM O E.S.
MANDOU APARTAR? At 13. 2. (4. 36 seu nome – significado –filho da
consolação).
2
 Como está o nível de compreensão em nossa igreja? Caso nã o se
encontre “compreensão”, buscar-se-á onde? Onde encontrar um
confidente? Estamos no mesmo de Davi para dizer aos que nos procuram:
Fica comigo, estará s salvo comigo ...salvo de que...? (I Sm 22. 20 – 23) OBS.
É preciso que observemos uma expressã o contida no verso 20 ...escapou...
(ser libertado) quantos estã o amargando esta realidade? Até, escapam,
mas nã o conseguem acolhida em nosso meio!

1 – O ser humano suportará mais facilmente as pressões, tensões da


vida, quando sabe que pelo menos “uma” pessoa o compreende – At 16
juntos, acorrentados, açoitados, cantavam / II Sm 22. 20 ...o qual fugiu
atrás de Davi → Por que Davi? Por que nó s? Podemos dizer: Já temos
problemas o suficiente para mais este.
1.1Um conceito de responsabilidade que esquecemos – Êx 28. 12 – Gl 6.
2 Levai as cargas uns dos outros... v. 9...não nos cansemos de fazer o
bem... (esse bem é a nó s?) quantas vozes podemos ouvir? Lembra-te
de mim... Rm 14. 1 ...enfermo na fé... 15. 1; I Ts 5. 14 ...suporteis os
fracos... (manter, tolerar, apegar-se com firmeza, unir-se a alguém
prestando cuidadosa atençã o ao mesmo)
2 – Toda pessoa ao voltar-se para si, sente necessidade de ser
compreendida, quanto ao seu modo de SER e AGIR – Antes de
qualquer atitude, pensamento, crítica... Perguntemo-nos: Por que ele (a)
é assim, por que age assim? Como saber se está meio morto? Só se eu
estabelecer contato chegar perto, sentir a dor, tocar, puser na minha
cavalgadura! (SOZINHO), porém o meio morto hoje o consideramos,
morto! I.E. nã o chegamos perto para ajudar, e quando pertos, ainda
perguntamos se quer ajuda, como nã o haverá resposta o julgamos
orgulhoso, e entã o lhe damos as costas, e ainda falaremos mal dele para
outros, dizendo (espalhando) que recusou ajuda.

4ª - A necessidade DE SER AMADO – Um ser humano normal carece de:


1. Receber. Não somos máquinas que se liga e desliga, mas pessoas que
2. Retribuir. respondem ao amor, ou que podem se fechar - desamor.
AS QUALIFICAÇÕES DOS CONSELHEIROS – Certo profissional da á rea
hospitalar relatou a descoberta de que os pacientes melhoravam quando
seus terapeutas mostravam um nível de CORDIALIDADE, SINCERIDADE e
COMPREENSÃO EMPÁTICA CORRETA na falta destas qualidades os
3
pacientes pioravam. A igreja é um hospital! Um excepcional exemplo
bíblico desta realidade, vemos no relato bíblico, da crise que se encontrava o
profeta Elias, e como foi a voz de Deus ao profeta? I Re 19. 4 – 6, *9*, 11,
*12, 13*.

1 - Cordialidade – Cuidado, respeito, preocupaçã o sincera sem excessos nã o


se leva em conta seus atos e atitudes – Ex. Jo 4 quais eram as qualidades
morais dela? Jesus nã o aprovou o seu comportamento imoral, mas ainda
assim a respeita, trata como pessoa de valor, demonstra atitude calorosa,
interessada. O “nível” é perfeitamente possível, e quase sempre se dá , que
ao entrar no gabinete alguém o faça com um “nível” acima ou abaixo do
aconselhador, entã o cabe a ele (a) nivelar trazer para o “nível”, se não
houver nivelamento, o aconselhador será infeliz ao aconselhar, porque o
fará sem participaçã o, sem sentir, o fará distante, que por sua vez será
percebido pelo aconselhado – esta cordialidade faltou em Geazi II Re 4.
27 ...mas chegou Geazi para a tirar... Quantos chegam assim aos nossos
gabinetes, e nem sempre têm a atençã o que merecem? I.E. quantas vezes
agimos infectados pela síndrome de Geazi!

2 – Sinceridade – Uma questã o de ser REAL – Uma pessoa aberta, franca,


que evita o fingimento ou atitude de superioridade, esta palavra aponta
para: espontaneidade, honestidade sem confrontaçã o impiedosa – quantos
erros sã o encontrados nesta referência? I Sm 1. 5 (bem amada), v. 6 (seu
problema), v. 7 ...não comia... a necessidade de conhecer o nível de tristeza
de quem pró ximo está de nó s Ne 2. 1, 2 – v. 8 / Elcana tinha certeza do bom
esposo que era, v. 10 ...amargura da alma... o mal que nã o é aparente, só o
Espírito Santo pode revelar! v. 12 a falta de visã o de quem jamais poderia
faltar, precipitaçã o na interpretaçã o dos fatos! v. 12, 13, 14 se ele tivesse
guardado para si sua interpretaçã o, provaria ser mais sá bio, ainda que se o
fizesse, já estaria errado – v. 15 a realidade que poderá ser a de muitos ao
entrarem em nossos gabinetes: ...sou uma mulher atribulada de
espírito... v. 17 nã o nos parece que Eli se interessasse por seu problema, o
que fazem muitos pseudos conselheiros: ...vai em paz... será que esta
expressã o partira do coraçã o de Eli? Ou, como se dá em nossos dias, queria
se livrar do problema?

3 – Empatia - Como o aconselhado pensa? Qual dificuldade, relutâ ncia para


chegar até à quele momento a só s no gabinete? (Jo 4) Como está o seu
interior? Quanto aos seus valores, crenças, conflitos íntimos e má goas... Eis
aqui um desafio; mostrar-se sensível a essas questõ es (imaginemos: se o
celular do aconselhador tocar nesta hora?) deve ser capaz de entender,
comunicar de forma eficaz, e isto por palavras ou gestos ao aconselhado,
4
sempre respeitando o limite; que é: Não envolvimento emocional com o
aconselhado (emprestar literalmente o ombro, pode criar um vínculo
perigoso) – esta capacidade de sentir, chamemos de: compreensão
empática correta, quando há esta empatia (em especial no início), a
probabilidade de tornar-se um ajudador eficaz é bem maior.

4 – Compassivo – Interessado nas pessoas, alerta aos seus pró prios


sentimentos e motivos - Agir, enxergar, sentir, desejar, entender, se
comprometer... como Paulo→ II Co 12. 14 para se fazer uso desta
expressão, o apóstolo nos dá a receita, que é a realidade dos versos
anteriores v. 9, 10... depois de saborear as coisas celestiais, perder o
interesse das coisas terrenas, teremos a condiçã o de sermos compassivos.

5 – A atenção – Deve o aconselhador conceder atençã o integral ao


aconselhado, feito através do contato nos olhos II Re 8. 7 -11 o mal que
aquele homem faria estava nos seus olhos de forma explícita – olhar sem
arregalar os olhos, como um meio de transmitir interesse e compreensã o –
postura; relaxada e nã o tensa, geralmente inclinar-se ao aconselhado –
gestos naturais, mas nã o excessivos ou que provoquem distraçã o.

6 – Amável, bondoso – Deve deixar que fique explícito sua pronta


compreensã o.

7 – O que nos pode roubar do momento – Ele deve se manter vigilante,


face a possibilidade de naturalmente estar nos sentidos ausente do lugar,
fadiga, impaciência, preocupaçã o com outros assuntos, inquietaçã o...ajudar
as pessoas é uma tarefa difícil, envolve sensibilidade, expressões
genuínas de cuidado e estar sempre vigilante para atender outrem
tanto física quanto psicologicamente.

8 – Ouvir (O que é ouvir?) - É dizer: eu me interesso, quando não ouvimos,


provamos nossa insegurança ou incapacidade para tratar de situações
ameaçadoras ou emocionais. Não é uma recepção passiva, mas envolve:
► Percepção suficiente e solução dos próprios conflitos, para não interferir nas
decisões, nos pensamentos, sentimentos do aconselhado.
► Evitar expressões verbais ou não verbais que expressem: desprezo ou juízo
com relação ao conteúdo da história do aconselhado, mesmo se esse conteúdo
ofenda a sensibilidade do conselheiro.
►Aguardar pacientemente durante períodos de silêncio, enquanto o aconselhado
se enche de coragem para aprofundar-se em assuntos penosos, ou pauseia para
reunir pensamentos ou recuperar a compostura. (caso já visto na experiência
daquela mulher que foi ter com Eliseu II Re 4. 27 não sejamos como Geazi)...
5

Você também pode gostar