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Na verdade, da maneira como entendemos hoje a disciplina, podemos
considerar que as primeiras medidas e observações sistemáticas foram
feitas seja por engenheiros e organizadores do trabalho, seja por
pesquisadores, seja por médicos.
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duram mais que alguns minutos. Estuda os ritmos de trabalho em
inúmeras tarefas e procura determinar uma carga ótima que considere as
diferentes condições de execução do trabalho.
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de monografias que tratam de atividades as mais diversas (problemas
oculares de pessoas que fabricam objetos pequenos, problemas devidos à
má postura e ao carregamento de cargas pesadas, a surdez dos
caldeireiros de Veneza, etc.). Tissot, no século XVIII, interessa-se pelos
problemas de climatização dos locais e também pela organização da
medicina, propondo a criação de serviços particulares nos hospitais para
curar as moléstias dos artesãos. Patissier, no início do século XVIII,
desenvolve os temas de Ramazzini e Tissot, já então preconizando a
reunião de dados estatísticos sobre a mortalidade e a morbidade por
moléstias e acidentes na população operária. Villermé, à mesma época,
realiza estudos estatísticos, efetuando uma importante pesquisa sobre as
condições de trabalho em inúmeras fábricas de todas as regiões da
França, os quais culminam num relatório publicado em 1840 sobre o
estado físico e moral dos operários. Tal relatório é considerado o ponto
de partida para as primeiras medidas legais de limitação da duração do
trabalho e da idade, de engajamento para as crianças.
DESENVOLVIMENTO ATUAL
Na primeira metade do século XX, o progresso dos conhecimentos em
psicologia e fisiologia é considerável, mas as pesquisas sobre os
problemas de trabalho ainda são raras. No início do século, na Alemanha,
nos Estados Unidos e, depois, na Inglaterra, alguns psicólogos criam os
primeiros institutos e centros de pesquisa orientados para o estudo
desses problemas.
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1. Exigências técnicas. A concepção de máquinas complexas e sua
utilização em situações extremas exigem que se considere sempre mais o
modo de atuação do homem. Este problema manifestou-se de forma
brutal durante a última guerra mundial, quando se encontrou dificuldade
na utilização de material bélico complexo. Mas, atualmente, pode-se
encontrar ainda numerosos exemplos:
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esforços exigidos por uma industrialização sempre mais aperfeiçoada e as
raríssimas ações realizadas para mudar as condições de trabalho, salvo
quando se trata de aumentar a produção. A noção de melhoria das
condições de trabalho aparece muito cedo na história do movimento
operário; mas, freqüentemente, ela só se traduz em reivindicações de
medidas de proteção (limitação da jornada de trabalho, proteção contra o
ruído), que são mais fáceis de serem alcançadas e generalizadas.
QUADRO DA ERGONOMIA
Definição
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conhecimentos sobre o homem aplicável aos problemas levantados pelo
conjunto homem-trabalho, ela tem, contudo, métodos específicos de
estudo e pesquisa sobre a realidade do homem no trabalho que definem
um tipo de pensamento que lhe é próprio, colocando questões às diversas
ciências sobre as quais se apóia (principalmente à Fisiologia e à
Psicologia) e suscitando pesquisas no terreno do homem em atividade.
Disciplinas afins
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Clientela
Classificação
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Desse modo, os problemas levantados pelo envelhecimento das aptidões
e capacidades do homem no trabalho podem ser estudados apenas na
perspectiva do homem envelhecendo no trabalho: quais são as condições
nas quais o trabalhador idoso pode continuar a assumir sua tarefa sem
cansaço nem aceleração dos processos de envelhecimento? Elas podem
ainda ser estudadas também a partir de uma perspectiva dinâmica: quais
são as condições nas quais o trabalhador mais velho pode aumentar sua
competência? No primeiro caso, obedece-se a recomendações
ergonômicas que permitem a conservação do posto no curso da vida
profissional (dimensões do posto, limite dos esforços físicos, limites do
ritmo de trabalho, sistema de auxílio aos trabalhadores, etc.). No segundo
caso, tende-se a preconizar uma concepção do conteúdo do trabalho, de
modo a permitir o aumento da capacidade profissional do trabalhador,
com a idade. É claro que esta última perspectiva não pode se realizar
quando as condições de conservação do posto não são respeitadas.
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