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Macroeconomia
1. Microeconomia
A Microeconomia é conhecida como o ramo da Ciência Econômica voltado
ao estudo do comportamento das unidades de consumo representadas pelos
indivíduos e/ou famílias (estas desde que caracterizadas por um orçamento
único) e voltado ao estudo das empresas, suas respectivas produções, custos
e preços dos diversos bens, serviços e fatores produtivos. A Microeconomia
estuda isoladamente os agentes econômicos: consumidores e produtores.
1. Otimizar
Criar condições favoráveis para fornecer o maior rendimento possível.
2. Maximizar
Processo que determina o valor máximo que “algo” pode assumir. Ex.: lucro, produtividade,
durabilidade etc.
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sua época a produção não era tão diversificada e quase tudo aquilo que era
produzido era consumido, pois naquele tempo a produção era muito redu-
zida.
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Nesta definição é preciso destacar dois elementos: em primeiro lugar, a de-
manda é um desejo de adquirir, é uma aspiração, um plano, e não sua realiza-
ção. Demanda é o desejo de comprar.
Não se deve confundir procura com compra, nem oferta com venda.
Então, do que depende esta procura, ou este desejo de adquirir? Quais são os
fatores ou variáveis que influenciam a procura? A teoria da demanda é deri-
vada de hipóteses sobre a escolha do consumidor entre diversos bens que seu
orçamento permite adquirir.
Pode-se facilmente ver que, quanto maior for o preço do filé, menos propenso
estaria o indivíduo a pedir um. Da mesma forma, quanto menor o preço dos
outros pratos principais (massas, carnes etc.), menor desejo ele terá de comer
um filé. Isto acontece porque o filé, as outras carnes e a massa são substitu-
tos. Ele escolhe um ou outro. Dificilmente o consumidor pedirá um frango
acompanhado de um peixe. Caso o preço dos acompanhamentos seja alto, ele
reduzirá sua vontade de filé.
Além dos preços, outra variável afeta esta escolha: a renda. Se o indivíduo
não tiver dinheiro para pagar a conta, não irá pedir o filé com fritas. Também
o gosto do consumidor determina a escolha. Mesmo que o preço do bife de
fígado e seus acompanhamentos sejam baixos, o indivíduo não o pedirá caso
não goste.
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• preço do bem;
• preço dos outros bens ou serviços;
• renda e gosto ou preferência do indivíduo.
Em linguagem matemática, expressaremos estas relações da seguinte forma:
Em que:
Para estudar a influência de cada fator sobre a procura, é preciso fazer uma
simplificação, pois estudar tudo em conjunto é bastante complexo e exigiria
um instrumento matemático mais elaborado. A simplificação consiste em
considerar cada efeito, cada variável, separadamente, fazendo a hipótese de
que tudo o mais permaneça constante.
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Figura 1 – Exemplo de curva da procura
Quando o preço do bem cai, ele fica mais barato em relação aos seus con-
correntes e, dessa forma, os consumidores deverão aumentar seu desejo de
comprá-lo.
Essa é uma hipótese plausível e já testada várias vezes para diversos produ-
tos. Mas há uma limitação: tudo o mais permanecendo constante, é um efeito
isolado. Na realidade, muitos efeitos aparecem conjuntamente e é difícil fazer
a separação de cada um.
Quando Dx = f (P1, P2... Pn), tudo o mais permanecendo constante, temos uma
relação geral: o aumento do preço dos outros bens P1, P2... Pn poderá aumen-
tar ou reduzir a demanda do bem “x”. A reação do tipo de relação existente
entre os dois bens poderá ser exemplificada conforme segue:
1) Caso o aumento no preço de um bem, que também faça parte da cesta
de mercadorias do consumidor (P1, P2... Pn), aumentar a demanda do
bem “x”, os bens “x” e o outro bem (P1, P2... Pn) são chamados substitutos
ou concorrentes. No exemplo dado do restaurante, o filé e as massas
são bens substitutos, pois o consumidor pode optar por um ou outro, de
acordo com o conjunto de influências que determinam sua decisão. Mas
lembre-se que estamos analisando apenas o fator preço dos outros bens.
Também são substitutos a manteiga, a margarina, o transporte por trem e
por avião, o café e o chá, o sapato e o tênis, a impressão a laser e a jato de
tinta etc.
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Bens concorrentes ou substitutos são aqueles que guardam uma relação de
substituição, ou se consome um ou outro. O consumo de um pode substituir o
consumo do outro.
Esta é a regra, mas ela admite exceções. Em primeiro lugar, é possível que
o indivíduo esteja totalmente satisfeito com o consumo de um determinado
bem e, portanto, não altere a quantidade procurada por unidade de tempo
quando sua renda aumentar. É o caso do consumo saciado.
Outra exceção encontra-se nos chamados bens inferiores. Estes são bens
cuja demanda se reduz quando a renda aumenta. Por exemplo, a demanda de
carne de segunda se reduz quando a renda do indivíduo aumenta, pois aí ele
passará a demandar carne de primeira e não mais de segunda.
Exemplificaremos esta situação: suponha-se que seja feita uma grande cam-
panha publicitária incentivando a população a beber mais leite. Nesta cam-
panha se mostra o valor nutritivo do leite e os benefícios que ele traz à saúde.
4. Mouse
Perceba que o grau de complementariedade nem sempre é mútuo. O computador pode
funcionar sem o mouse, apenas com o teclado; no entanto, o mouse não tem nenhuma
função sem o computador.
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A parcela da população que já consome leite será despertada por esta propa-
ganda, resolverá tomar mais leite e incentivar o consumo por parte daqueles
que ainda não tomam leite. O que ocorrerá com a demanda do leite? Ela au-
mentará.
Q = f (K, L)
Em que:
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A primeira coluna indica Q, como quantidade produzida do bem. Na segunda
e terceira, temos K e L (quantidades utilizadas de capital e trabalho, respecti-
vamente). Isso significa que seis unidades do produto “X” são produzidas com
três unidades de capital e oito unidades de trabalho, e assim por diante.
Se, por exemplo, uma organização adquire recursos do fator capital (máqui-
nas, instalações, etc.) no valor de R$ 3,00 a unidade, e o fator trabalho é con-
tratado a R$ 2,00 a unidade, completando o quadro anteriormente apresen-
tado, calculamos o custo de produção (CT), como segue:
Função da Produção
Q K L CT P/ unidade de R$
6 3x3 =9 8 x 2 = 16 25
7 4 x 3 = 12 9 x 2 = 16 30
8 5 x 3 = 15 10 x 2 = 16 35
9 6 x 3 = 18 11 x 2 = 16 40
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dois elementos: a oferta é um desejo, um plano, uma aspiração; é um fluxo
por unidade de tempo. Do mesmo modo que a demanda, a oferta de um bem
depende de inúmeros fatores.
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Figura 3 – Equilíbrio de mercado
Situação 1
Situação 2
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►►1.5.1 Oscilações no Preço de Equilíbrio/Deslocamentos
da Demanda e da Oferta
A B
R$ 10,00
D2
D1
Quantidade
2 3
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Preço
O1
O2
A B
R$ 15,00
Quantidade
50 80
Atenção!
A quantidade de mil toneladas é o total que o mercado inteiro tende a demandar, não
apenas um único consumidor.
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de milho. Assim, a quantidade de oferta de milho ao mercado cai e, conse-
quentemente, a função oferta se desloca para O2. A que conclusão chegamos?
Preço (R$)
O2
B
1,05
O1
A
C
0,80
Quantidade
800 1.000 (toneladas)
O novo cenário criado com esse aumento fica claro: a quantidade ofertada au-
menta, e a demandada diminui, tornando a ficar iguais, alcançando o equilíbrio
com 800 toneladas.
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No gráfico a seguir, vemos um exemplo de diminuição da demanda. Ainda
analisando o exemplo do mercado de milho (que influencia até no preço final
do frango), vamos continuar com nossas simulações.
Preço (R$)
A
C
0,80
B
0,60 D1
D2
Temos aqui um caso típico de excesso de oferta, medida no gráfico pelo seg-
mento AC, ou equivalente a 500 toneladas (1.000 - 500). O excesso de ofer-
ta vai ser corrigido com a redução do preço, porque ao preço de R$ 0,80 os
consumidores só comprarão 500 toneladas. Caindo o preço, a quantidade
demandada aumenta e a ofertada diminui, até que o excesso de oferta seja
eliminado, ou seja, haja coincidência entre as quantidades demandada e ofer-
tada.
Sabemos que mudanças nos preços dos bens, ceteris paribus, provocam mu-
danças nas quantidades procuradas. Vamos analisar o grau em que a quanti-
dade demandada responde a uma variação nos preços.
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A forma correta usada em Economia para analisar a sensibilidade da deman-
da e variações nos preços é a elasticidade-preço da demanda. É a variação
do percentual da quantidade procurada do bem “x”, dividida pela variação
percentual no preço do bem “x”. Com relação à demanda, mede as reações do
consumidor quando existe uma mudança no preço do bem em questão. As
elasticidades mostram as inclinações das curvas de oferta e procura e, por-
tanto, nos dizem muito sobre os efeitos que uma dada mudança na oferta ou
procura terá sobre os preços.
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►►1.6.2 Relação entre Elasticidade, Gastos e Receita
A elasticidade não apenas afeta a determinação de preços de mercado, como
também tem um grande efeito na situação financeira de compradores e ven-
dedores.
O mesmo acontece com um vendedor, caso a curva de procura por seu pro-
duto seja elástica ou não, pois isso determinará o que acontece com seus ren-
dimentos totais, se os preços mudarem.
Como, a cada vez que alguém vende, alguém está comprando, a despesa dos
consumidores na compra de um determinado bem é igual à receita total de
seus produtores. Assim, tudo o que dissermos a respeito da receita das em-
presas vale, com as devidas adaptações, para as despesas dos consumidores.
Lembre-se:
1. Se a Receita Total aumenta quando o preço sobe, significa que o
produto é inelástico (um produto essencial); e
2. Se a Receita Total diminui quando o preço sobe, significa que o
produto é elástico (um produto não essencial).
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Sob a ótica da importância da empresa no mercado em que opera e a caracte-
rística do produto vendido ser homogênea ou heterogênea, causando maior
ou menor interferência no sistema de preços, os mercados têm a seguinte
classificação:
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Brasileira de Correios e Telégrafos e as concessionárias de energia elétrica.
A tendência é que cada vez mais os mercados trabalhem com o aumento
da competitividade, eliminando monopólios.
• Oligopólio: mercado com poucos produtores, mas com empresas fortes.
Devido à grande importância de cada uma, qualquer ação individual afeta
as operações das demais empresas e os preços praticados neste mercado.
No oligopólio os produtos são heterogêneos, podendo ser facilmente
substituídos, e o consumidor identifica facilmente a empresa produtora.
É um mercado típico em nossa economia, onde empresas automobilísticas,
de alimentos, produtos de limpeza, eletroeletrônicos, companhias aéreas,
indústria de bebidas, de cosméticos, provedores de internet e muitas
outras competem acirradamente, para que suas marcas fiquem fixas na
memória dos seus clientes.
A concorrência enfrenta grandes barreiras: sofisticação tecnológica, alto
investimento, orçamentos altíssimos de marketing e fixação das marcas,
etc.
• Concorrência Monopolística: há um número grande de produtores que
individualmente não são importantes. Todos produzem o mesmo produto,
mas com intensa diversificação (embalagens, atendimento personalizado,
política de descontos, horários diferenciados etc.), são heterogêneos, neste
sentido, de acordo com a empresa produtora. É combinação de elementos
da concorrência pura (muitos produtores) em que a saída de uma empresa
não tem efeito sobre o sistema de preços, e do oligopólio (produto
heterogêneo – pelo menos na mente do usuário), apesar de altamente
substituíveis entre si.
Podemos exemplificar concorrência monopolística com fábricas de
confecções de roupas da moda, mercados de palhas de aço, shampoo,
desodorantes, refrigerantes, creme dental, prestadores de serviços
(seguradoras, financeiras, planos de saúde, etc).
►►1.7.3 Cartel
Existem práticas de mercado que, embora não sejam lícitas sob o ponto de
vista legal e de economia de mercado, apresentam-se em várias atividades
produtivas. O cartel é a associação de produtores de determinado produto
ou serviço, restringindo a concorrência através de acordos para fixar preços,
repartindo o mercado entre si. É uma prática condenável, mas, infelizmente,
vez ou outra são realizadas pelos empresários de postos de gasolina, produ-
tores de papel, materiais de construção etc.
2. Macroeconomia
A Macroeconomia se interessa pelo estudo dos agregados, como a produção,
o consumo e a renda da população como um todo. Analisa o desempenho
global do sistema econômico. A importância do estudo e análise do desem-
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penho global de uma economia alicerça-se em vários pilares: perspectivas
de emprego, rendimentos e preços que as pessoas pagam pelos bens, fatores
que determinam níveis de produto e renda da economia.
Não esqueça:
A vida econômica de um país é cercada de inúmeras ações praticadas por
consumidores, empresas, agentes do governo e trabalhadores, no entanto, a
macroeconomia se preocupa com a análise das consequências coletivas daquelas
ações praticadas sob o prisma individual. Portanto, microeconomia e macroeconomia
não são áreas totalmente isoladas no ambiente econômico.
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2.1 Demanda Agregada
Resumindo:
A demanda agregada é dividida entre consumo e investimentos agregados. O consumo
é representado pela quantidade total de bens consumidos pelos agentes, onde uma
parte é consumida pelas famílias (bens de consumo) e outra parte é utilizada pelas
empresas sob o contorno de bens de produção e de estoques. Também consomem a
produção o Governo e os povos de outros países, na hipótese de exportações.
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Oferta agregada, quando traçada sua curva, mostra todos os níveis de preços
para os quais as empresas em seu conjunto estão dispostas a oferecer uma
correspondente quantidade do produto agregado.
A oferta agregada (ou produto agregado) é dada pelo valor total das transa-
ções realizadas no mercado de produtos, durante certo período. Apenas os
bens finais são transacionados nesse mercado.
Bens finais são aqueles produzidos para utilização final e não para reven-
da ou para transformações adicionais. Portanto, produto agregado é o valor
monetário de todos os bens finais produzidos na economia em determinado
período.
PIB – Produto Interno Bruto: é a soma dos valores monetários dos bens e
serviços finais. É o produto da economia de um país, produzido a partir dos
fatores de produção disponíveis dentro de suas fronteiras geográficas.
PIB a preços de mercado: é a soma dos valores monetários dos bens e ser-
viços finais, computando-se os impostos indiretos (imposto transferido do
produtor para o consumidor no preço final) e subtraindo-se os subsídios
(estímulo concedido pelo governo, para diminuir o custo da produção).
Portanto, é o preço do produto negocido no mercado, ou seja, é o preço
final que o consumidor paga, com os impostos já embutidos.
PIB a custo de fatores: é a soma dos valores monetários dos bens e serviços
finais, subtraindo-se os impostos indiretos e somando-se os subsídios. Para
exemplificar, é o valor que foi utilizado para se produzir um bem ou um ser-
viço. Aqui não se consideram nem os impostos indiretos e nem os subsídios.
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PNL – Produto Nacional Líquido: é o Produto Interno Líquido a custo de fa-
tores, menos a renda enviada ao exterior, mais a renda recebida do exterior.
Também denominado Renda Nacional Líquida a custo de fatores ou simples-
mente Renda Nacional.
3. Contas Nacionais
Desde os tempos feudais os reinos preocupavam-se em contabilizar suas ri-
quezas, seu patrimônio. Da mesma forma, com a evolução da sociedade, to-
dos os países, sejam eles constituídos de economias mais evoluídas ou não,
passaram a controlar sua produção e respectiva renda.
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Nacional vai registrar e utilizar dados sobre receitas, gastos (investimentos e
despesas) do setor público, bem como todas as transações externas (importa-
ção e exportação).
Exercícios Propostos
4. D 3. C 2. B 1. B
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