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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades


Centro Universitário Leonardo da Vinci

Organização
Grupo UNIASSELVI

Reitor da UNIASSELVI
Prof. Hermínio Kloch

Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância


Prof.ª Francieli Stano Torres

Pró-Reitor Operacional de Ensino de Graduação a Distância


Prof. Hermínio Kloch

Diagramação e Capa
Paulo Herique do Nascimento

Revisão:
Harry Wiese
José Roberto Rodrigues

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SOCIOLOGIA

A PRESENTAÇÃO
O cenário do século XXI é fruto de uma série de variáveis das
quais se podem citar: a globalização, as inovações tecnológicas, o
caos urbano, a falta de mão de obra qualificada, as exigências e os
desafios, as incertezas da modernidade, a destruição ambiental,
a robótica, a inteligência artificial, dentre tantas outras.

De certa forma, podemos dizer que se vive em um período de


imprevisibilidade frente aos cenários futuros. Conforme Drucker (2002),
a sociedade, em poucas décadas, tem se organizado e mudado sua
visão de mundo, valores básicos fundamentais, a estrutura social e
política, as artes, dentre outras.

Diante deste cenário em que vivemos, muitas são as


problemáticas que se fazem presentes para a sociedade, que e exigem
cada vez mais, do ser humano, buscar soluções para os desafios que se
fazem presentes. Por isso, você irá estudar alguns assuntos que de certa
forma estão na agenda das discussões na atualidade, a saber: desafios
e perspectivas da vida urbana; políticas públicas, sociodiversidade,
sustentabilidade, geopolítica mundial e conflitos internacionais.

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SOCIOLOGIA

1 GEOPOLÍTICA MUNDIAL

O termo Geopolítica pode sugerir, à primeira vista, a união


de Geografia e Política. De fato, ambas as disciplinas são parte
do contexto da Geopolítica. Atualmente, porém, muitas outras
disciplinas, como a ecologia, o direito, a história, a economia, a
sociologia, dentre outras, têm discutido assuntos desta ordem.

Antigamente, discutia-se a arte da guerra e a estratégia


para compreender a divisão política do mundo. Em tempos de
globalização, a discussão passa pela compreensão do espaço
em função de religiões, matrizes energéticas, conflitos regionais
e financeiros, entre outros. Além disso, as relações de poder entre
as nações é tema primordial para essa disciplina.

Para se ter uma ideia, a questão da Palestina, por


exemplo, extrapola e muito as fronteiras de Israel e da Palestina,
e praticamente divide o mundo com várias tendências de
pensamento e ação. O bloqueio americano a Cuba divide opiniões
no mundo ocidental. A crise financeira nos países europeus está
apenas começando e já causa reflexos no mundo todo. Isso
tudo faz parte da ideia de globalização, que será vista adiante. O
conceito de globalização certamente discute estas influências cada
vez mais próximas entre os países. Isso demonstra o quanto a
globalização e a geopolítica são termos próximos. A área de estudo
da geopolítica mundial é, portanto, a organização dos países e
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SOCIOLOGIA
instituições em suas relações de poder, entre eles mesmos e o
ambiente.

1.1 A ORGANIZAÇÃO DO MUNDO NO PÓS-GUERRA

Logo após a Segunda Guerra Mundial, o planeta se dividiu


entre capitalistas e socialistas. Isso foi fruto da divisão de dois
ex-aliados, Rússia e Estados Unidos, que passaram a dominar
diferentes regiões do globo.

FIGURA 1 – MAPA-MÚNDI DOS TEMPOS DE GUERRA FRIA

FONTE: Disponível em: <http://4.bp.blogspot.com/-ZRXVApCTCo4/


Ta C J 8 w X l j M I / A A A A A A A A A B Y / u l i h j C r 4 F g 8 / s 1 6 0 0 /
bipolaridade+mundial.gif>. Acesso em: 1 ago. 2011.

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A divisão do pós-guerra levou o mundo a ter dois blocos


politicamente distintos: o dos países capitalistas, liderados pelos
Estados Unidos, e o dos socialistas, liderados pela extinta União
Soviética. Vários conflitos, como a Guerra do Vietnã e a Revolução
Cubana, fizeram parte desse contexto, em que a balança do poder
pendia ora para um lado, ora para outro. Com o fim da União
Soviética e a queda do Muro de Berlim, foi abaixo também esse
mundo dividido em dois, dando lugar a novos países e novas
formas de se pensar o planeta do ponto de vista político. Também
se abriu espaço para discussões mais focadas nos aspectos
ambientais e econômicos.

Hoje vemos o crescimento dos BRICs (grupo dos países


formados por Brasil, Rússia, Índia e China), ameaçando a
hegemonia da Europa e dos Estados Unidos. As economias
dos BRICs crescem a passos largos, enquanto se percebe uma
estagnação nas economias europeia e americana. Puxadas por
esses países, Ásia e América Latina crescem e tendem a se afastar
do que se chamou, durante a guerra fria, de “terceiro mundo”.

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SOCIOLOGIA

FIGURA 2 – PAÍSES DOS BRICS

FONTE: Disponível em: <http://www.forte.jor.br/wp-content/


uploads/2010/01/BRIC.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

As reservas energéticas e de biodiversidade são


consideradas essenciais nessa nova configuração do mapa-
múndi. Nos tempos das grandes navegações, países com mais
colônias eram os mais poderosos. Na atualidade, reservas
biológicas e energéticas movem conflitos e relações entre países
e organizações, como no caso do petróleo ou de florestas como a
Amazônia. A própria água potável já é tema de amplas discussões
e conflitos entre nações.

Outro tema importante para a Geopolítica é a questão das


migrações. Para Silva (2000), a migração dos trabalhadores não é
um fato novo, mas atualmente, de certa forma, está estreitamente
associada à globalização. E assim, podemos perceber que esta
migração tem influenciado até mesmo na identidade dos países
e que têm reações das mais diversas.

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1.2 AS IDENTIDADES

As identidades nacionais e mesmo institucionais são tema


de muita discussão nos tempos de globalização. Há tempos,
parecia fácil distinguir os povos por seus costumes, tradições,
enfim, sua cultura. Hoje, quando as grandes corporações
conseguem chegar aos mais distantes pontos do planeta, as
comidas regionais são substituídas por Big Macs e as roupas
típicas são substituídas por jeans ou artigos da moda. Um operário
chinês pode ter hábitos, no seu dia a dia, semelhantes aos de um
operário brasileiro, africano ou europeu. Mesmo as facilidades
em torno de transporte e comunicação colaboram para isso. É
fácil entrar em contato com pessoas dos mais diferentes lugares
através das mídias sociais. Também estão muito mais acessíveis
as viagens, principalmente pela popularização e pelos preços cada
vez mais competitivos do setor aéreo.

Tudo isso influencia para que cada vez mais as identidades


nacionais sejam fragmentadas, ou seja, as culturas se entrelaçam
e relativizam as noções que cada país ou povo tem de si mesmo
e dos outros. A Geopolítica não se afasta dessa discussão, já que,
assim como se fragmentam as identidades, contraditoriamente,
tendem a se firmar para sobreviver a esse movimento. É o caso
dos terroristas, que podem ter suas bandeiras próprias, mas no
fundo lutam por suas identidades.

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1.3 PERSPECTIVAS PARA O “PÓS-11 DE SETEMBRO”

Em um mundo de identidades fragmentadas, com Europa


e Estados Unidos em crise, o que podemos esperar do futuro? Os
ataques de 11 de setembro, que destruíram o World Trade Center
e parte do Pentágono, podem dar uma dica de que a suposta
segurança da política americana nada mais tem de segura. A
guerra contra o terror, tão falada nos meios de comunicação, é
uma guerra com alguns diferenciais: Um deles é que, diferente
das guerras antigas, onde cada exército tinha seu uniforme, nesse
o inimigo usa roupas civis e pode estar dentro do trem, do metrô
ou do avião. Isso aumenta muito a paranoia e a obsessão por
uma segurança que não existe de fato. A própria liberdade está
em xeque, uma vez que as pessoas já não saem nas ruas com
tanta segurança.

Outra diferença desta guerra em relação às que foram


feitas antes do 11 de setembro é que ela instiga uma espécie
de Apartheid dirigido aos islâmicos. Muitos terroristas são
fundamentalistas islâmicos, o que gera, em parte dos americanos
e outros ocidentais, a ideia de que o problema é o Islã e seus
pressupostos, o que não corresponde à realidade.

Economicamente, já vimos que o mundo se encaminha


para um predomínio de novas nações, especialmente a China. O
gigante oriental cresce a taxas altíssimas e engole a economia
mundial como um dragão, enquanto países europeus tradicionais,
como a (PIGS) Grécia, Portugal, Espanha e Itália, patinam e
pedem ajuda.
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FIGURA 3 – 11 DE SETEMBRO

FONTE: Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/


Ficheiro:National_Park_Service_9-11_Statue_of_Liberty_
and_WTC_fire.jpg>. Acesso em: 25 jul. 2011

A velocidade dos acontecimentos faz com que a cada dia


novas perspectivas se abram para que possamos compreender o
mundo atual. Nenhuma delas, no entanto, trará a certeza absoluta.
A cada dia temos mais e mais certeza de que não há certezas em
relação ao futuro do planeta. A guerra está cada vez mais em nós
mesmos, em nosso dia a dia. Para Bauman (2007), “Os medos
nos estimulam a assumir uma ação defensiva. Quando isso ocorre,
a ação defensiva confere proximidade e tangibilidade ao medo”.
É esse medo o grande perigo nas relações e no entendimento
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SOCIOLOGIA
dessas relações. Cabe a cada um de nós acompanhar e influenciar
para um futuro pacífico.

O NOVO TERRORISMO

Um outro entendimento trouxe à tona o termo “Novo


Terrorismo”, que vem sendo utilizado por muitos teóricos a
partir de meados dos anos 90, sendo o 11 de setembro visto
como o marco desse, cuja organização, ações e objetivos
são transnacionais, e não regionais como os do ETA (grupo
separatista basco, caracterizado pela luta dos bascos por sua
autonomia política) ou do IRA (Exército Republicano Irlandês,
que buscava a autonomia da Irlanda em relação a Londres). Os
novos terroristas têm táticas mais sofisticadas, inclusive suicidas.
(29) Ademais, o “Novo Terrorismo” não deve ser identificado com
nenhuma nacionalidade, religião ou tradição cultural, assim como
o eram anteriormente.

Na época do velho terrorismo, ou terrorismo tradicional,


havia grupos conhecidos, com propostas políticas bem
determinadas e que, normalmente, assumiam seus atos. E os
países que os patrocinavam não costumavam esconder o fato
da comunidade global. Hoje, a situação é bastante diferente, tal
como expressa o especialista norte-americano Ian O. Lesser,
de que os ataques de 11 de setembro são exemplos típicos do
novo terrorismo, por apresentarem as seguintes características:
enorme número de vítimas fatais, alvos simbólicos, ataques
suicidas e demora em assumir a autoria. (30)

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Grupos terroristas chamados de tradicionais apresentavam


um certo limite às suas ações, de forma a expor as fraquezas
de governos e grupos opositores e, não necessariamente
buscavam causar danos maiores do que os que consideravam
necessários para atingir seus objetivos. Mas o novo terrorismo
busca conquistar suas metas através da publicação na mídia
e não apresenta tantos limites quanto aos seus atentados, de
forma que haja sempre uma repercussão, ainda que não seja
necessário atingir o alvo determinado. (31)

O chamado terrorismo tradicional ou velho terrorismo


era cometido por um grupo de indivíduos pertencentes a uma
organização identificável, que tinha um claro controle de seu
aparato e objetivos econômicos, políticos ou sociais altamente
definidos. (32) O fato é que, no passado, o terrorismo se vinculava
a grandes e organizados grupos, por vezes intrinsecamente
ligados a Estados – normalmente não democráticos. Já
atualmente, as ações de maior vulto têm acontecido por parte
de células de organizações que, com recursos tecnológicos,
capacidade de planejamento, uma estrutura descentralizada,
podem causar muitos e maiores estragos. (33)

O denominado novo terrorismo tem se intensificado,


sendo opção política de grupos extremistas, e que sabem ter na
mídia o principal meio de divulgação de suas ideias. Dessa forma,
ações espetaculares tendem a ganhar mais espaço nos jornais
e revistas (34) e na televisão, ao vivo, como apresentado nos
atentados de 11 de setembro. Uma característica marcante a que

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SOCIOLOGIA

se pode fazer alusão com relação ao chamado “Novo Terrorismo”


seria a busca por publicidade. Quer dizer que os terroristas
buscam atingir seus objetivos por meio da mídia, pois produz
resultados imediatos, tendo assim, uma grande repercussão,
como nos ataques acontecidos às Torres Gêmeas, em que foi
proporcionado à grande parte da população assistir ao atentado
à segunda torre ao vivo, no exato momento em que ocorria.

NOTAS

29 O Império Vulnerável. Revista Veja. Editora Abril. Edição 1718. Ano 34 nº


37
Edição Especial. 19 de setembro de 2001 p. 14
30 O Império Vulnerável. Revista Veja. Editora Abril. Edição 1718. Ano 34 nº
37
Edição Especial. 19 de setembro de 2001 p. 14
31 Ibidem.
32 Adaptação de: LESSER, Ian O. et. al. Op. cit. p. 8
33 O Império Vulnerável. Revista Veja op. cit. 19 de setembro de 2001 p.11-15
34 UTTI, Paulo e RICARDO, Silvia. Op. cit. p. 113

FONTE: NOGUEIRA, Patrícia. O terrorismo transnacional e suas


implicações no cenário internacional. Universitas - Relações
Int., Brasília, v. 2, n. 2, p. 221-244, jul./dez. 2004.

Em termos gerais, pode-se dizer que no cenário vigente,


dentre os motivos que têm alimentado o terrorismo estão fatores
ideológicos, religiosos, políticos, econômicos, dentre outros.
Mas, de certa forma, o terrorismo, ou ainda o bioterrorismo, pode
deixar uma população de uma determinada cidade ou país em
apreensão, pois nunca se sabe a hora, como, onde e por que
motivos o ataque se efetivou.

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2 CONFLITOS INTERNACIONAIS

O que domina o mundo hoje é o confronto entre


grupos islâmicos prontos a tudo, inclusive ao
suicídio, e o império americano, que possui
as armas mais poderosas, mas não consegue
controlar totalmente o Afeganistão, o Iraque e os
outros países do Oriente Médio. (TOURAINE,
2006, p. 76).

Boa parte dos conflitos armados em curso no mundo


é resultado do processo histórico de invasão e ocupação de
territórios e de questões envolvendo a delimitação de fronteiras.
Muitas guerras também eclodem pela disputa do controle por
recursos naturais estratégicos, principalmente o petróleo, ou
pela escassez de recursos naturais e muita desigualdade social.
Conforme Coelho e Terra (2005, p. 75), “a partir do século 16, com
o início do processo de colonização da América, da África e da
Ásia, as grandes potências dividiram e redistribuíram essas áreas”.

Como consequência dessa divisão, passaram a conviver


num mesmo território, povos e nações diferentes, ao mesmo
tempo em que se separaram grupos da mesma etnia em diversos
territórios. Posteriormente, durante o processo de descolonização
(final do século XIX e início do século XX), novos Estados foram
constituídos e desconstituídos.

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SOCIOLOGIA

Atenção para os conceitos de povo e nação!


Povo – “É o conjunto de pessoas que fazem parte de um
Estado – é seu elemento humano”. (MORAES, 2007, p. 192).
Nação – “Agrupamento humano, em geral numeroso,
cujos membros fixados num território são ligados por
laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos”.
(MORAES, 2007, p. 193).

2.1 PRINCIPAIS CONFLITOS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

Segundo o Instituto Internacional de Pesquisas sobre a Paz


(SIPRI, 2011), organização com sede em Estocolmo, que divulga
anualmente um minucioso estudo sobre as guerras no mundo, 15
grandes conflitos armados estavam ativos em 2010.

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FIGURA 4 – DIVISÃO POLÍTICA

FONTE: Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/atlasescolar/


mapas_pdf/mundo_planisferio_politico_a3.pdf>. Acesso em: 25
jul. 2011.

2.1.1 África

Com a independência das colônias africanas, especialmente


a partir do ano de 1960, em vários Estados, prevaleceu o sistema
de partido único, em que ditadores permaneciam no poder,
favorecendo seu grupo étnico e negligenciando os demais. Dessa
forma, “essa opressão estimulou a ação rebelde de segmentos
marginalizados e o surgimento das guerras civis” (GUIA DO
ESTUDANTE, 2010, p. 38-39).

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SOCIOLOGIA

2.1.2 Ruanda

Em 1994, 800 mil pessoas, segundo a Organização das


Nações Unidas (ONU, 2010), a maioria da etnia tutsi, foram mortas
em uma ação desencadeada pela morte do presidente hutu de
Ruanda, Juvenal Habyarimana. A origem dos conflitos entre as
etnias remonta à ocupação belga de 1918 a 1962, quando a
minoria étnica tutsi foi favorecida com privilégios, em detrimento
da maioria de hutus.

2.1.3 Somália

Vinte anos após a queda do governo central, a Somália


permanece em ruínas após diversas guerras civis, conflitos
religiosos e anarquia que causaram a morte de meio milhão de
pessoas, forçaram um milhão de refugiados ao exílio e deslocaram
internamente outros milhões, segundo dados da Organização das
Nações Unidas (ONU, 2010).

2.1.4 Sudão

Entre 1956 e 2005, os rebeldes sulistas entraram em


conflito com a capital Cartum, reclamando maior autonomia. Os
conflitos arrasaram a região e somente em 2005 um acordo de
paz foi firmado, após milhares de mortes. Em janeiro deste ano
foi realizado um referendo sobre a independência do sul, que foi
aprovada pela maioria da população. Em 8 de julho de 2011, o
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Sudão do Sul se tornou oficialmente o mais novo país do mundo.

Veja infográfico sobre os conflitos no Continente


Africano acessando: <http://noticias.uol.com.br/ultimas-
noticias/infografico/afp/2010/02/02/conheca-os-principais-
conflitos-na-africa.jhtm>. Acesso em: 18 jul. 2011.

2.1.5 Colômbia

Neste país, as Forças Armadas Revolucionárias da


Colômbia (FARC) são a principal guerrilha do país, cujas
especialidades são o sequestro e o narcotráfico. Autoproclamada
guerrilha revolucionária marxista-leninista, luta pela implantação
do socialismo na Colômbia.

Para saber mais sobre este conflito que já matou milhares


de pessoas na América Latina, acesse: <http://veja.abril.
com.br/130208/p_062.shtml>. Acesso em: 18 jul. 2011.

2.1.6 Afeganistão

Depois dos atentados com aviões nas torres gêmeas


de Nova York, os americanos exigiram que o Talibã entregasse
o chefe da rede al-Qaeda, que havia assumido a autoria dos
ataques. Com a recusa do grupo, os Estados Unidos invadiram o
Afeganistão para derrubar o Talibã. Nestes dez anos de ocupação
do país, os talibãs sofreram perdas, mas não estão derrotados.

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SOCIOLOGIA

Os Estados Unidos anunciaram em junho deste ano a retirada


das tropas do país até 2014.

Saiba mais sobre esta importante guerra da


atualidade acessando: <http://g1.globo.com/mundo/
noticia/2010/07/raio-x-da-guerra-afeganistao.html>.
Acesso em: 18 jul. 2011.

2.1.7 Índia e Paquistão

O conflito que envolve a Índia – de maioria hindu e – o


Paquistão – de maioria muçulmana – preocupa toda comunidade
internacional, uma vez que envolve duas potências nucleares.
A discórdia gira em torno da região da Caxemira, localizada ao
norte da Índia.

Para saber mais sobre o conflito e sua localização,


acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Caxemira>. Acesso
em: 18 jul. 2011a.

2.1.8 Filipinas

A atividade de grupos terroristas islâmicos separatistas é o


principal conflito deste país asiático, majoritariamente cristão. Os
grupos islâmicos Abu Sayyaf, Frente Moro de Libertação Islâmica
(FMLI) e Frente Moro de Libertação Nacional (FMN) desafiam o
governo filipino reclamando um Estado independente em Mindanao,
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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

arquipélago situado no sul do país, de maioria muçulmana.

Para saber mais sobre o movimento separatista


nas Filipinas, acesse: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Insurg%C3%AAncia_nas_Filipinas>. Acesso em: 18
jul. 2011b.

2.1.9 Iraque

Sob o argumento de que o país possuía armas de


destruição em massa e sem a aprovação do Conselho de
Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), forças
americanas e britânicas invadiram o Iraque em 20 de março de
2003. O ex-ditador Saddam Hussein foi acusado por diversos
crimes, entre os quais um massacre de xiitas em 1982, tendo
sido condenado à forca por crimes contra a humanidade. Em 18
de agosto de 2010, o conflito foi encerrado.

Saiba mais sobre este conflito acessando: <http://


g1.globo.com/mundo/noticia/2010/08/raio-x-da-guerra-
iraque.html>. Acesso em: 18 jul. 2011.

2.1.10 Israel

O conflito entre israelenses e palestinos envolve a disputa

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SOCIOLOGIA

pelo direito à soberania e pela posse da terra ocupada pelos


territórios palestinos e por Israel. O conflito teve início no século
19, quando judeus sionistas expressaram o desejo de criar um
Estado em sua terra ancestral e começaram a criar assentamentos
na região então controlada pelo Império Otomano. Desde então,
apesar de inúmeras negociações de paz, a região vive em conflito.

Saiba tudo sobre a disputa entre israelenses e


palestinos acessando: <http://pt.wikipedia.org/wiki/
Conflito_israelo-palestino>. Acesso em: 18 jul. 2011c.

2.1.11 Revoluções Árabes

Os movimentos pró-democracia iniciados em dezembro de


2010 na Tunísia e que ganharam força na África do Norte e Oriente
Médio já destituíram dois presidentes – da Tunísia e do Egito.
Na Líbia, rebeldes lutam contra o regime do ditador Muammar
Gaddafi, no poder há 42 anos. A Organização do Atlântico Norte
(OTAN) assumiu o controle das manobras contra o regime, com
apoio do Conselho de Segurança da Organização das Nações
Unidas (ONU). Apesar das deserções em seu exército e da
pressão internacional, o ditador ainda resiste. Protestos populares
também chegaram a Bahrein, Marrocos, Iêmen, Jordânia, Irã e
Arábia Saudita.

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Para saber mais sobre as manifestações populares


nos países da África do Norte e Oriente Médio,
acesse: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/celular/
noticias/2011/02/110221_mapas_oriente_medio.shtml>.
Acesso em: 18 jul. 2011.

2.2 RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS

A Organização das Nações Unidas (ONU) foi criada em


1945 para que o mundo se libertasse do flagelo da guerra.

FIGURA 5 – ONU

FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/geografia/


organizacao-das-nacoes-unidas-onu/>. Acesso em: 25 jul. 2011.

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SOCIOLOGIA

Todavia, estamos muito distantes do mundo idealizado


pelos arquitetos da Declaração Universal dos Direitos Humanos
em dezembro de 1948, uma vez que conflitos espalhados em
todos os cantos do planeta assolam a vida de milhões de pessoas.

Conheça a Declaração Universal dos Direitos Humanos,


documento-marco na história dos direitos, acessando:
<http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-e-os-
direitos-humanos/>. Acesso em: 25 jul. 2011.

Nesse cenário, o desafio de controlar os conflitos armados


se impõe a todos. E nada como as primeiras linhas da Constituição
da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência
e a Cultura (UNESCO) para inspirar a luta pela paz: “Uma vez
que as guerras se iniciam nas mentes dos homens, é nas mentes
dos homens que devem ser construídas as defesas da paz”
(UNESCO, 2011).

3 VIDA URBANA EM FOCO

Na história da humanidade é possível observar que em


certos momentos a vida esteve ora concentrada no campo, ora
na cidade. Entretanto, atualmente tem predominado a vida nas
cidades. É claro que em outros períodos da história da humanidade
também houve o predomínio da vida na cidade. Ao investigar a
cidade de Roma Antiga, encontraremos certos problemas como

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

os atuais, é claro, com outra roupagem, a exemplo: violência,


roubos, lixo nas ruas, dentre outros.

Entretanto, com nova roupagem, as cidades modernas não


podem ser consideradas um “paraíso terrestre”, pois nelas existe
uma série de problemas a serem sanados. Por exemplo: falta de
saneamento básico, falta de segurança, alagamentos, homicídios,
latrocínios, dentre outros problemas. E o desafio que se tem feito
presente é administrar tal situação e buscar soluções dentro dos
recursos disponíveis para que a vida urbana seja qualificada.
Segundo Guterres (2010), em 1950, menos de 30% da população
global vivia em cidades. Esse percentual subiu para mais de 50%
e deverá chegar a 60% por volta de 2030. Em termos numéricos,
as estatísticas são igualmente impressionantes. Enquanto cerca
de 730 milhões de pessoas viviam em zonas urbanas em 1950,
agora são mais de 3,3 bilhões.

Além disso, devido ao êxodo rural e, de certa consequência,


aumento do tamanho das cidades, não há de se negar que muitas
cidades cresceram sem o mínimo planejamento necessário ou
infraestrutura adequada. Muitas cidades têm no seu interior
imensas comunidades que são construídas sem a infraestrutura
mínima, ou ruas que surgem sem sequer serem planejadas.

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SOCIOLOGIA

FIGURA 6 – FAVELA

FONTE: Disponível em: <http://1.bp.blogspot.com/_AMa8BZ3IG5g/


S-wVCDvatVI/AAAAAAAAAXU/Fd8u-91hgSA/s1600/
favela.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

Ao analisarmos em específico, em muitas das grandes


cidades brasileiras, é comum o crescimento desordenado.
Repentinamente, casas aparecem, sem a devida autorização do
poder público e, às vezes, em locais impróprios para construções
de moradias. Frente a este cenário, é muito comum observarmos
em jornais notícias que versem sobre cidades que ficaram
alagadas ou casas que foram soterradas, e, por vezes, ceifando
vidas humanas. Quanto às cidades, reforçam ainda Araujo, Bridi,
Motim (2009, p. 191):

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26
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

A cidade é um complexo, onde os problemas são


ainda mais interdependentes e conectados. O
esgoto não canalizado, exposto a céu aberto, vaza
para o vizinho. O lixo produzido e arremessado
nos rios da cidade interfere na vazão da água,
resultando em enchentes. A falta de transporte
público, ou em condições insuficientes, afeta a
qualidade de vida dos cidadãos, que dependem de
locomoção para trabalhar. Além disso, transporte
público ruim incentiva o uso individual do automóvel,
agravando as condições ambientais e provocando
congestionamentos, além de outros exemplos da
inter-relação dos espaços da cidade.

Observa-se que diversos são os problemas que existem


nas cidades, e estes problemas podem ter as mais diversas
causas. Também não podemos deixar de mencionar a violência,
que acontece principalmente nas grandes cidades, e também
tem surgido nas cidades de pequeno e médio porte. Outrossim,
diversas são as causas da violência que tem atingido as cidades
brasileiras.

As causas da violência, portanto, têm raízes sociais


e históricas. Nas cidades, por se constituírem centros
mais dinâmicos do capitalismo, concentram-se no
mesmo espaço as contradições e os contrastes
sociais: casas luxuosas lado a lado com moradias
precárias. A opulência do consumo versus a
severidade da escassez faz-se visível na cidade. [...].
(ARAÚJO; BRIDI; MOTIM, 2009, p. 198).

Além das causas da violência supramencionadas, podemos


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SOCIOLOGIA
encontrar outras, porém, para amenizar a violência em algumas
cidades ou regiões, as autoridades públicas buscam em alguns
casos tomar medidas mais enérgicas no sentido de inibir a sua
difusão, já em outras cidades ou regiões isso pode não acontecer.

É comum observar que a sociedade ou parte dela tem


cobrado que as penalidades sejam mais severas ao que tenha
conduta ilícita, ou ainda, que se construam prisões com o intuito
de inibir a violência ou, até mesmo, penalizar os que descumprem
as leis. A violência interfere no modo das pessoas agirem e
pensarem no dia a dia! Existem pessoas interessadas no aumento
da violência para expandir negócios e aumentar os lucros!

Como apontado, nas cidades brasileiras são inúmeros os


problemas enfrentados pelos habitantes, desde a segurança até
o esgoto a céu aberto, falta de água potável, ou ainda, déficit de
habitação, ou seja, há um número considerável de brasileiros que
buscam realizar o seu sonho, ter casa própria.

Além das mudanças frequentes que acontecem nas


cidades, os que as gerenciam devem estar atentos às discussões
da sustentabilidade, principalmente em assegurar um crescimento
racional da população. Conservação dos recursos para garantir
vida futura das cidades e reestruturação das formas de consumo
e redução da poluição deverão ser uma preocupação. (MORENO,
2002).

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28
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

4 POLÍTICAS PÚBLICAS

FIGURA 7 – POLÍTICAS PÚBLICAS

FONTE: Disponível em: <http://www.senado.gov.br/noticias/inc/


multimidia/verImagem.aspx?codImagem=149118>.
Acesso em: 1 ago. 2011.

Para buscarmos resposta a esta pergunta temos de


indagar, primeiramente, o que é política. Da perspectiva clássica,
política (politikós) é um adjetivo que tem origem na palavra grega
pólis e refere-se a tudo o que diz respeito às coisas da cidade; ou
seja, ao que é urbano, público, civil e social. Aristóteles, no século
V a.C., foi o primeiro filósofo a desenvolver um tratado sobre o
tema, intitulado “Política”.

Na era moderna, esse conceito adquire nova roupagem


e, aos poucos, a ideia de política como arte de governar a
pólis passa a ser substituída por expressões como “Ciência do
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29
SOCIOLOGIA

Estado” ou “Ciência Política”. Na conotação moderna, a política,


em contraponto ao termo que tinha como referência a pólis, diz
respeito à atividade ou ao conjunto de atividades que, de alguma
maneira, faz referência ao Estado.

No contexto das Políticas Públicas, a política é entendida


como o conjunto de procedimentos que expressam relações de
poder e que se orienta à resolução de conflitos no que se refere
aos bens públicos. Em suma, a política implica a possibilidade de
resolvermos conflitos de uma forma prática. Deste modo, Políticas
Públicas é o processo pelo qual os diversos grupos que compõem
a sociedade tomam decisões coletivas, que condicionam o
conjunto dessa sociedade. Quando decisões coletivas são
tomadas, elas se convertem em algo a ser compartilhado, isto é,
em uma prática comum.

Para atingir resultados em diversas áreas e promover o


bem-estar da sociedade, os governos se utilizam das Políticas
Públicas, que podem ser definidas como um conjunto de ações
e decisões do governo, voltadas para a solução (ou não) de
problemas da sociedade.

Segundo Rua (1998), as demandas da sociedade são


as aspirações e as necessidades, sejam estas expressas de
maneira organizada ou não; e que estão em consonância ou
não com amplos setores da sociedade ou a pequenos grupos.
Entretanto, as demandas sociais da sociedade contemporânea
se caracterizam por uma ampla diversidade tanto em termos de

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

idade, religião, etnia, língua, renda, profissão, ideias, valores,


interesses e aspirações.

As reivindicações podem ser por saúde, educação,


segurança pública, transportes, estradas, saneamento, demandas
por preservação ambiental, pelo desenvolvimento sustentável, por
direitos políticos, direitos de greve, por renda e outros.

Entende-se que estas áreas são prioritárias para o


desenvolvimento de forma sadia e equilibrada de qualquer
sociedade. Para que estas necessidades entrem na pauta dos
governos, se faz necessário que tais demandas façam parte dos
programas e metas do Executivo nos âmbitos municipal, estadual
e federal.

Para elucidar melhor a ideia de necessidade/reivindicações/


demandas, observe o exemplo do Programa do Artesanato
Brasileiro (PAB), gerenciado pelo Ministério do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), cuja missão é “estabelecer
ações conjuntas no sentido de enfrentar os desafios e potencializar
as muitas oportunidades existentes para o desenvolvimento do
Setor Artesanal, gerando oportunidades de trabalho e renda,
bem como estimular o aproveitamento das vocações regionais,
levando à preservação das culturas locais e à formação de
uma mentalidade empreendedora, por meio da preparação das
organizações e de seus artesãos para o mercado competitivo”,
conforme apresentado na página do MDIC. Tal programa é gerido
pelo governo federal, mas busca a descentralização, pois pretende

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SOCIOLOGIA

desenvolver as potencialidades dos estados e municípios.

De acordo com o livro Políticas Públicas: conceitos e


práticas, do SEBRAE/MG (2008), tal política foi desenvolvida
visando à geração de emprego e renda, bem como a preservação
das culturas locais e a criação de uma mentalidade empreendedora.
Para tanto, as ações adotadas são a capacitação de artesãos e
multiplicadores, estruturação de núcleos produtivos do segmento
artesanal, feiras e eventos para comercialização da produção
artesanal e rotas de artesanato e turismo. Certamente, tais ações
não são consideradas suficientes por todos os grupos envolvidos
nesse tema, entretanto, certamente ela surgiu como resultado da
interação dos elementos que constituem esse segmento social.

Quanto mais consistente um programa de governo, seja


este no âmbito federal, estadual ou municipal, maior a possibilidade
de a população ter uma melhor qualidade de vida. Entretanto, o
que se apresenta em nosso país atualmente é uma gama de
propostas e projetos que não são cumpridos, ou seja, políticas
públicas que não se concretizam, não são implementadas ou não
cumprem com a sua finalidade na íntegra.

Para que a população tenha suas demandas e expectativas


atendidas, precisamos urgentemente de uma maior conscientização
quanto ao nosso dever de cidadão.

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

O QUE É CIDADANIA?

Conforme Rodrigues (2010), cidadania se compõe de três


tipos básicos de direitos, que, por sua vez, remetem-nos a um
conjunto de instituições específicas.

Direitos Civis: O primeiro tipo de direitos refere-se àqueles


que se compõem dos direitos à propriedade, de firmar contratos
válidos, de liberdade de expressão, pensamento, crença e justiça.
Da perspectiva institucional, os direitos civis estão relacionados
aos Tribunais de Justiça, que servem para salvaguardar esses
direitos e à proteção dos membros da comunidade nacional.

Direitos Políticos: O segundo diz respeito ao direito de


voto (votar e ser votado) e do acesso aos cargos públicos. As
assembleias representativas (locais e nacionais) são exemplos
de instituições que servem como vias de acesso à participação
política (na legislatura) e ao processo de tomada de decisões
públicas.

Direitos Sociais: Os direitos civis se referem a um leque


mais amplo dos direitos dos cidadãos, que vão do direito a um
mínimo de segurança e bem-estar econômico, até o direito de
participar plenamente da herança social e viver a vida de um
ser civilizado, de acordo com os padrões que prevalecem na
sociedade. Nesse caso, as instituições públicas correspondentes
são a escola pública (que possibilita a todos os membros da

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33
SOCIOLOGIA
comunidade receber, pelo menos, os elementos básicos de uma
educação) e os serviços sociais ofertados pelo Estado, que visam
garantir um mínimo de proteção contra a pobreza e a doença.

Observe um caso bem-sucedido de uma Política Pública


realizada na cidade de Batalha – Piauí e que foi lançada no livro
“Pequenos Negócios e o Desenvolvimento Municipal” (SEBRAE,
2008).

BATALHA – PIAUÍ

Com a população de 25.751 habitantes, o município de


Batalha foi o ganhador da Região Nordeste do 4º Prêmio na
categoria Planejamento, Estruturação e Governança Local para
o Desenvolvimento, graças ao programa Mutirão Empreendedor
das Potencialidades de Batalha.

O objetivo da política pública desenvolvida pelo município


em questão é apoiar o estímulo ao empreendedorismo por meio
de capacitação, focada nas potencialidades econômicas da
região.

O público-alvo das ações são as mulheres empreendedoras,


pro dutores rurais, apicultores e comerciantes (segmentos
econômicos já existentes no município, mas que não desenvolviam
todo o seu potencial). O investimento foi de R$ 216 mil, e contou
com a participação, além da prefeitura, do SEBRAE, BNB, Banco
do Brasil, associações de criadores, sindicatos e órgãos estaduais
e federais.

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34
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

Em outras palavras, o município reconheceu sua vocação


na ovinocaprinocultura, no gado leiteiro, na roça orgânica familiar,
na mandioca, na apicultura e no artesanato, e transformou essas
atividades no meio de gerar trabalho e, consequentemente, ren-
da, dinamizando a economia local, criando condições para que
a população da cidade não precise mais buscar emprego nas
grandes cidades.

5 SOCIODIVERSIDADE

FIGURA 8 – SOCIODIVERSIDADE

FONTE: Disponível em: <http://mercadoetico.terra.


com.br/website/wp-content/uploads/2009/05/
diversidade.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

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35
SOCIOLOGIA

Por sociodiversidade podemos entender a compreensão de


toda uma sociedade diversificada, com múltiplas formas de cultura,
de entendimento, de oportunidades, de aceitação. Originalmente,
no século XVIII, havia duas formas distintas de entendermos
cultura – civilization (francesa – realizações materiais) e kultur
(germânica – aspectos espirituais). Esta ideia perpassou, em sua
origem, pela Antropologia. Já no século XIX, a ideia de cultura
se assemelha à palavra Culture (inglesa) – único vocábulo que
representava “todas as possibilidades de realização humana”
e inclui conhecimentos, crenças, leis, arte, princípios, moral e
costumes.

A Antropologia é entendida como: O estudo do homem


como ser biológico, social e cultural. Antropos = homem e Logos =
estudo. Surge como disciplina acadêmica no séc. XIX, juntamente
com a Sociologia. Porém, com focos distintos, pois seu objeto de
estudo é diferente. Deste modo, sendo a Antropologia a ciência
do homem e de suas várias dimensões e manifestações, ela tem
um campo de investigação extremamente vasto: abrange, no
espaço, toda a terra habitada; no tempo, pelo menos dois milhões
de anos; todas as populações socialmente organizadas e que se
centram no desejo de conhecer a sua origem e a sua capacidade
de se conhecer.

Portanto, quanto mais diversificada uma sociedade, maior


a sua riqueza cultural. Deste modo, precisamos aprender a
aceitar o diferente, a não termos um padrão único em sociedade
e a vivermos de forma equilibrada e harmônica com as nossas

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36
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

diferenças sociais.

MISTURA CORPORATIVA

Cresce a preocupação das empresas em promover


a inclusão e a ascensão das minorias em seus postos
estratégicos. As mulheres são o principal alvo.

Roberta Queiroz

Em janeiro deste ano, a executiva americana Ellen


Kullman assumiu o cargo de CEO global da DuPont, gigante
da indústria química. Foi a primeira mulher na empresa a
alcançar esse cargo. Mas não deverá ser a última. Fruto de
um longo trabalho de diversidade, a ascensão de mulheres a
posições de liderança vem crescendo na empresa. Em 2003,
elas representavam apenas 1% dos postos estratégicos na filial
brasileira. Hoje, 14% dos cargos de gestão são ocupados por
mulheres. “O nosso objetivo é manter o crescimento percentual
da presença das mulheres em cargos de liderança de 2% ao
ano, como vem acontecendo nos últimos três anos”, afirma Ana
Cristina Piovan, diretora de recursos humanos da DuPont Brasil.

O movimento feito pela DuPont vem sendo, cada vez


mais, acompanhado por outras companhias. Preocupadas em
aumentar a diversidade de seus times, empresas de diferentes
portes e setores estão empenhadas em criar estratégias
de inclusão e ascensão não apenas de mulheres, mas das

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37
SOCIOLOGIA

chamadas minorias. Segundo um levantamento feito pelo Instituto


Ethos e pelo Ibope Inteligência com o apoio institucional da Inter-
American Foundation (IAF), em 2007, 79% das 500 maiores
empresas do Brasil promoveram ações em favor da diversidade.
Dois anos antes, apenas 52% delas se preocupavam com o
tema. “Apesar desse tipo de discussão não ser brasileiro, acabou
chegando também aqui”, diz a antropóloga carioca Lívia Barbosa,
professora da Universidade Federal Fluminense. “O que era um
assunto periférico passou a ser um tema importante.” [...]

A IBM conta com anos de tradição na história da


diversidade. Muito antes de o assunto entrar na pauta de
discussão dos movimentos sociais, em 1935, a empresa já
havia iniciado a política de equidade salarial entre homens e
mulheres. No Brasil, as ações ganharam mais foco em 2002.
Com 17 mil funcionários na subsidiária brasileira, a companhia
convidou os profissionais que fazem parte dos grupos de minoria
a liderar, junto com os executivos, as iniciativas de diversidade.
Foram criadas equipes de trabalho para discutir dificuldades
e construir ações. São comitês de mulheres, portadores de
deficiência, afrodescendentes e GLBT (gays, lésbicas, bissexuais
e transexuais). “Criamos esses grupos porque não são executivos
tentando adivinhar as necessidades, mas as pessoas que
vivem na pele as dificuldades encontradas no dia a dia”, afirma
Bonorino. [...]

Desde 1996, a Fersol vem investindo em diversidade,


passando a contratar pessoas que fazem parte de minorias.

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38
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

Na época, com 90% do quadro formado por homens brancos


com idade entre 20 e 40 anos, a companhia começou a fazer
parcerias com ONGs para selecionar mulheres, negros e
portadores de deficiência. “A qualificação é fundamental, mas,
quando não conseguimos um profissional que tenha todos os
requisitos necessários para o cargo, criamos uma posição com
menor responsabilidade para treiná-lo”, diz Michael Haradom,
presidente da Fersol. “Dessa forma, conseguimos mudar a
formação da empresa.” Já em 2004, a Fersol contava com 64%
de mulheres, 53% de afro-brasileiros, 26% de pessoas acima de
45 anos, 3% de portadores de deficiência, 3% de homossexuais
e 5% de pessoas em processo de liberdade assistida. No mesmo
ano, a empresa bateu recorde em seu faturamento: 100 milhões
de dólares.

Os homossexuais também foram conquistando seu


respeito no ambiente corporativo. Prova disso é o crescimento
de empresas que passaram a estender os benefícios do plano
de saúde para parceiros do mesmo sexo. Segundo a terceira
edição da pesquisa sobre benefícios de assistência à saúde da
consultoria Watson Wyatt, em 2008 houve aumento de 13% na
concessão da assistência pelas companhias em relação ao ano
anterior, quando esse índice era de 20%.

Os especialistas fazem um alerta para esse tipo de


ação. “Algumas empresas optaram por um caminho mais
conservador, como oferecer benefícios”, afirma Klecius Borges,
terapeuta de homossexuais. “Isso é importante para mostrar que

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39
SOCIOLOGIA

elas se preocupam com essa questão, mas não vai eliminar a


insegurança do profissional.” O mais importante, segundo ele,
é tornar as políticas claras e educar os funcionários a praticar o
respeito às diferenças.

Tendo a diversidade como um dos pilares de seu


negócio, a DuPont deixa claro, desde o início, que não tolera o
trato desrespeitoso. Assim que o funcionário entra, passa por
treinamentos que envolvem a questão da diversidade. O código
de conduta da empresa também inclui essa questão e estabelece
padrões de convivência. [...]

Desenvolver os deficientes também foi a solução


encontrada pela IBM para incluí-los em sua força de trabalho. Em
2008, a empresa realizou uma parceria com o Instituto Eldorado,
em Campinas, interior de São Paulo, para formar 20 profissionais
em tecnologia, programação de sistemas e inglês. Para acelerar
a capacitação dos profissionais e ter massa crítica para contratar,
especialmente as pessoas com deficiência, a empresa está
realizando um projeto em parceria com o Centro Paula Souza.
“O perfil da IBM é mais alto que o de muitas indústrias. A maioria
possui curso superior”, diz Bonorino. “Nosso desafio é investir
na preparação de mais pessoas desde a base.” O desafio dele
e de muitas outras empresas que buscam efetivamente levar o
discurso de diversidade para a prática.

FONTE: Disponível em: <http://revistavocerh.abril.com.br/noticia/


conteudo_448482.shtml>. Acesso em: 12 maio 2011.

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40
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

Quando tratamos de aceitação, de livre oportunidade a


todos e que as sociedades atuais são extremamente homogêneas,
compostas por pessoas com culturas distintas, interesses diversos,
classes sociais conflitantes, entendemos que faz-se imprescindível
que os diferentes que compõem esta sociedade tão multifacetada
convivam da melhor maneira possível.

Para enfatizar, leia o texto a seguir, extraído do Jornal


Folha de São Paulo, dia 21.11.10, de Navi Pillay, alta-comissária
das Nações Unidas para os Direitos Humanos.

Todos temos a obrigação de combater a intolerância e


o preconceito e de exigir que os agressores, motivados
pelo ódio, respondam por seus atos.

Seth Walsh tinha 13 anos quando foi até o jardim da casa


onde morava com sua família, na Califórnia, e se enforcou. Seth
é um dos seis adolescentes que sabemos que se suicidaram
nos EUA, só em setembro, devido ao que sofreram nas mãos
de perseguidores homofóbicos.

Nas últimas semanas, vimos acontecer uma série de


ataques contra gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais no
mundo. Em Belgrado, no dia 10 de outubro, um grupo de
manifestantes atirou coquetéis molotov e granadas paralisantes
contra uma parada do orgulho gay, ferindo 150 pessoas.

Em Nova York, em 3 de outubro, três jovens homossexuais

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41
SOCIOLOGIA

foram sequestrados, levados para um apartamento desabitado


e torturados.

Na África do Sul, realizou-se em Soweto uma manifestação


para chamar a atenção para as violações contra as lésbicas nas
“townships”, atos que os seus autores tentam justificar como uma
tentativa de “corrigir” a sexualidade das vítimas. A homofobia,
como o racismo e a xenofobia, existe em diversos graus, em
todas as sociedades. Todos os dias, em todos os países,
indivíduos são perseguidos, violentamente atacados ou mesmo
mortos devido à sua orientação sexual.

Quer seja explícita, quer não, a violência homofóbica


causa um enorme sofrimento, que é frequentemente dissimulado
sob um véu de silêncio e vivido na solidão.

Chegou o momento de fazermos ouvir a voz desses


grupos minoritários. Embora a responsabilidade pelos crimes
motivados pelo ódio recaia sobre os que os cometem, todos
temos a obrigação de combater a intolerância e o preconceito e
de exigir que os agressores respondam pelos seus atos.

A prioridade inicial é descriminalizar a homossexualidade.


Em mais de 70 países as pessoas podem sofrer sanções penais
devido à sua orientação sexual. Essas leis expõem os indivíduos
à detenção, à prisão, até à tortura ou mesmo à execução e
perpetuam o estigma, além de contribuir para um clima de
intolerância e violência.

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42
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

Ainda que importante, a descriminalização é apenas


o primeiro passo. A experiência mostra que são necessários
maiores esforços para combater a discriminação e a homofobia.
Infelizmente, acontece com demasiada frequência que aqueles
que deveriam usar de moderação ou exercer a sua influência para
promover a tolerância fazem exatamente o contrário, reforçando
os preconceitos.

Em Uganda, por exemplo, onde a violência contra as


pessoas com base em sua orientação sexual é comum, um
jornal, no dia 2/10, publicou uma matéria na primeira página
identificando cem ugandenses como gays ou lésbicas, colocando
ao lado de suas fotos a frase: “Enforquem-nos”.

Temos que denunciar esse tipo de jornalismo como aquilo que


é: incitamento ao ódio e à violência. No país, os ativistas de direitos
humanos que defendem os direitos de gays, lésbicas, bissexuais
ou transexuais correm o risco de serem perseguidos ou detidos.
No mês passado, em Genebra, falei sobre a descriminalização
da homossexualidade em um painel promovido por um grupo
de quatorze países.

No evento, o arcebispo emérito Desmond Tutu manifestou


seu apoio, falando apaixonadamente sobre as lições do apartheid
e sobre o desafio de assegurar a igualdade de direitos para todos:
“Sempre que um grupo de seres humanos é tratado como inferior
por outro, o ódio e a intolerância triunfam”.

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43
SOCIOLOGIA

Não deveriam ser necessárias mais centenas de mortes


e espancamentos para nos convencer disso.

Compete a todos nós exigir a igualdade para nossos


semelhantes, independentemente de orientação sexual e de
identidade de gênero.

FONTE: Disponível em: <http://www.gestospe.org.br/web/noticias/


conteudo1/?conteudo=492481871>. Acesso em: 1 ago. 2011.

6 EM BUSCA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Atualmente, o consumo tem aumentado consideravelmente


e isso tem levado à busca por matéria-prima para atender à
elaboração dos produtos e satisfazer as necessidades humanas
que são básicas ou até mesmo incentivadas pelo mercado. Porém,
muitas das matérias-primas não serão suficientes para atender
às grandes demandas de consumo. Frente a este cenário, muitas
das organizações que produzem podem não estar preocupadas
com as consequências maléficas que podem trazer ao meio
ambiente. Por exemplo, se olharmos mais atentamente, podemos
visualizar vários descasos com a natureza, a exemplo: poluição,
desmatamento, uso irracional dos bens renováveis ou não, mas,
por outro lado, o tema sustentabilidade tem ganhado força nos
círculos empresariais ou até mesmo na condução dos negócios.

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

FIGURA 9 – DEVASTAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.ecodebate.com.br/foto/


desmat6.jpg>. Acesso em: 1 ago. 2011.

Entretanto, o sinal de alerta está lançado, pois a


possibilidade iminente da ausência de matérias-primas renováveis
ou não tem deixado muitas organizações com a preocupação da
viabilidade dos negócios frente às formas de usufruir os recursos
naturais. E além disso, a própria sociedade, de modo geral, tem se
mostrado preocupado com tal questão e tendo face às exigências
da sociedade, tratados ou leis, a ação tende a redirecionar as suas
condutas perante as formas de conduzir os negócios. De acordo
com Seiffert (2009, p. 268):

A necessidade de conciliar o crescimento e a

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45
SOCIOLOGIA

preservação ambiental, duas questões antes tratadas


separadamente, levou à criação e ao amadurecimento
do conceito de desenvolvimento sustentável, que
surge como alternativa inclusive de abrangência
global. A consciência de que é necessário utilizar
com parcimônia os recursos naturais, uma vez que
estes podem se esgotar rapidamente, mobiliza
a sociedade no sentido de organizar para que o
crescimento econômico não seja predatório, mas sim
sustentável.[...] A capacidade de carga do planeta
Terra não poderá ser ultrapassada sem que ocorram
grandes catástrofes ambientais. Entretanto, não se
conhece qual é essa capacidade, e será muito difícil
conhecê-la com precisão, sendo necessário adotar
uma postura proativa. Neste sentido, é preciso criar
condições socioeconômicas, institucionais e culturais
que estimulem não apenas um rápido progresso
tecnológico poupador de recursos naturais, como
também uma mudança na direção a padrões de
consumo que impliquem o crescimento contínuo e
ilimitado do uso de recursos naturais per capita.

De certa forma, a humanidade tem se preocupado com


a necessidade de buscar um desenvolvimento sustentável. No
entanto, podemos dizer que para que se otimize o desenvolvimento
sustentável é necessário que neste processo se desenvolvam
projetos ecologicamente compatíveis com as necessidades humanas
e viáveis economicamente. Pois muitas das ações que têm impactos
ao meio ambiente, de certa forma, podem contribuir para aniquilar
ou não as aspirações de gerações futuras, no sentido destas não
conseguirem atender às suas necessidades básicas, inclusive. Assim

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46
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

de acordo com Andrade, Tachizawa, Carvalho (2002, p. 21):

Um dos maiores desafios que o mundo enfrentará


no próximo milênio será fazer com que as forças de
mercado protejam e melhorem a qualidade do ambiente,
com a ajuda de padrões baseados no desempenho
e no uso criterioso de instrumentos econômicos, em
um contexto harmonioso de regulamentação. O novo
contexto econômico caracteriza-se por rígida postura
dos clientes, voltada à expectativa de interagir com
organizações que sejam éticas, com boa imagem
institucional no mercado e que atuem de forma
ecologicamente correta.

E como mencionado anteriormente, as questões de cunho


ambiental têm atingido as organizações, pois estas podem não
ser responsabilizadas por continuar a destruir o meio ambiente e
os anseios das próximas gerações. Por isso, conforme Donaire
(2009, p. 28):

Muitos países têm inserido em seus estudos de


desenvolvimento modelos de avaliação de impacto
e custos-benefícios ambientais nas análises de
projetos econômicos, que têm resultado em novas
diretrizes, regulamentações e leis na formulação
de suas políticas e na execução de seus projetos
de governo. Tal iniciativa acarreta nova visão na
gestão de recursos naturais, a qual possibilita, ao
mesmo tempo, eficácia e eficiência na atividade
econômica e mantém a diversidade e a estabilidade
do meio ambiente.

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47
SOCIOLOGIA

FIGURA 10 – RECICLAGEM E ENERGIAS ALTERNATIVAS

FONTE: Disponível em: <http://vidasustentavel.perus.com/img/


fog%C3%A3o-solar-feito-em-casa.jpg>. Acesso em: 1
ago. 2011.

Enfim, vários setores da sociedade têm buscado colocar


na agenda das suas discussões as questões relativas ao meio
ambiente, ou ainda, já buscando implementar ações concretas
para efetivar o desenvolvimento sustentável.

7 SUSTENTABILIDADE

Caro(a) acadêmico(as)! Você já deve ter percebido que,


com o processo de globalização, o mundo se torna um só mercado
capitalista, e as práticas de exploração de recursos naturais, a
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48
Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

produção de bens e o consumo atingem escala insustentável. Num


processo paralelo, mas não necessariamente complementar, há
um crescimento da reflexão e da consciência ecológica. A evolução
da reflexão sobre ecologia nos coloca um impasse:

Como desenvolver a produção de bens e serviços para


atender à demanda crescente e potencialmente infinita, com a
certeza da finitude dos recursos naturais?

Na tentativa de responder a essa pergunta, surge a


noção de desenvolvimento sustentável.

7.1 DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Um importante marco da reflexão sobre o processo


de mudanças que vivemos na sociedade contemporânea é o
relatório Nosso Futuro Comum, da Comissão Mundial sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento, da Organização das Nações
Unidas (ONU), presidida pela Primeira-Ministra da Noruega,
Gro Brundtland. O documento, também conhecido como
Relatório Brundtland, publicado em 1987, definiu o conceito de
desenvolvimento sustentável como: “desenvolvimento que satisfaz
as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das
gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”. (WWF,
2011). Aqui fica evidenciado o compromisso sincrônico, ou seja, o
compromisso com a geração atual, e o compromisso diacrônico,
com as gerações futuras. (MONTIBELLER FILHO, 2008).

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SOCIOLOGIA

Sobre um histórico da evolução das reflexões sobre


desenvolvimento sustentável, ver: <http://www.
fae.edu/publicacoes/pdf/IIseminario/pdf_reflexoes/
reflexoes_14.pdf>.

Não devemos confundir crescimento econômico com


desenvolvimento. Crescimento econômico é a multiplicação da
riqueza material, o aumento do Produto Interno Bruto (PIB),
por exemplo. Desenvolvimento sustentável exige crescimento
econômico com ampliação do emprego, redução da desigualdade
e da pobreza. É necessário compatibilizar a melhoria nos níveis e
qualidade de vida com a preservação ambiental. Segundo Sachs
(1993), existem cinco dimensões daquilo que ele denominou
ecodesenvolvimento:

1 A sustentabilidade social: é o processo que visa à diminuição


das diferenças sociais e atendendo às necessidades materiais
e não materiais das classes menos favorecidas.

2 A sustentabilidade econômica: visa à gestão e aplicação de


recursos financeiros e investimentos tanto públicos e privados.

3 A sustentabilidade ecológica: visa à diminuição dos impactos


negativos da exploração de recursos naturais e energéticos.

4 A sustentabilidade espacial: visa a uma melhor distribuição

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

da população, estabelecendo um equilíbrio entre o campo e a


cidade.

5 A sustentabilidade cultural: visa ao respeito às configurações


das culturas locais e a cada ecossistema.

As lideranças das sociedades atuais devem estar atentas


às problemáticas da sustentabilidade que envolvem suas várias
dimensões.

Além das mudanças frequentes que acontecem


nas cidades, aqueles que as gerenciam devem
estar atentos às discussões da sustentabilidade,
principalmente em busca de assegurar um
crescimento racional da população. Conservação
dos recursos para garantir vida futura das cidades
e reestruturação das formas de consumo e redução
da poluição deverão ser uma preocupação.
(MORENO, 2002 apud URBANESKI; SILVA, 2010,
p. 181).

Desenvolvimento econômico precisa ser acompanhado da


evolução dos Indicadores de Desenvolvimento Humano (IDH).
Com o crescimento populacional e a vigência de um paradigma de
consumo insustentável, percebe-se uma verdade inconveniente:
o planeta, com seus recursos finitos, está à beira da exaustão.

O desenvolvimento sustentável torna-se um novo


paradigma de desenvolvimento. Desenvolver para as gerações
atuais sem comprometer a capacidade de desenvolvimento de

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SOCIOLOGIA

gerações futuras.

É fundamental que estejamos atentos ao desenvolvimento


de medidas mitigadoras de impactos socioambientais. Medidas
do cotidiano das pessoas no seu fazer diário e também medidas
de políticas públicas que envolvam amplos setores da sociedade.

Mas você pode se perguntar: e a Ecologia, como ela está


relacionada com tudo isso?

Vamos ao sentido da palavra: Ecologia: do grego oîkos,


que significa casa. Podemos resumi-lo como o estudo da casa
maior, a Terra. Todo organismo existe de forma não isolada. Todo
ser natural ou cultural se relaciona com o meio físico, com os
elementos químicos necessários ao seu crescimento, multiplicação
e relacionamento com outros seres de outras espécies (naturais
e culturais).

A esse conjunto de elementos e fatores físicos,


químicos e biológicos [e culturais] necessários à
sobrevivência de cada espécie denominamos meio
ambiente, ou simplesmente ambiente. Ao estudo
das relações entre os seres vivos e o ambiente
damos o nome de ecologia. (BRANCO, 1997, p. 8).

Nos primórdios, a discussão ecológica era antropocêntrica,


centrada nos interesses do ser humano colocado fora da natureza.
Para que o conceito de ecologia fique completo é importante
inserirmos a dimensão sociocultural, ou, como prefere Capra
(2011):
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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

A ecologia profunda não separa seres humanos -


ou qualquer outra - coisa do meio ambiente natural.
Ela vê o mundo não como uma coleção de objetos
isolados, mas como uma rede de fenômenos que
estão fundamentalmente interconectados e são
interdependentes. A ecologia profunda reconhece
o valor intrínseco de seres vivos e concebe os
seres humanos apenas como um fio particular na
teia da vida.

Uma visão de ecologia profunda igualando homem e


natureza, ou melhor, inserindo o ser humano no meio ambiente,
nos alerta para as limitações do desenvolvimento. É necessária
uma mudança profunda em nossos valores.

Toda a questão dos valores é fundamental para


a ecologia profunda; é, de fato, sua característica
definidora central. Enquanto o velho paradigma
está baseado em valores antropocêntricos
(centralizados no ser humano), a ecologia
profunda está alicerçada em valores ecocêntricos
(centralizados na Terra). É uma visão de mundo
que reconhece o valor inerente da vida não
humana. Todos os seres vivos são membros de
comunidades ecológicas ligadas umas às outras
numa rede de interdependências. (CAPRA, 2011).

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SOCIOLOGIA

Um texto interessante sobre Ecologia é “A carta do


Cacique Seattle”, de 1855. Veja-o em: <http://www.
geomundo.com.br/sala-de-aula-10124.htm>.

7.2 DESENVOLVIMENTO E SOCIEDADE DE CONSUMO

Os padrões de consumo da sociedade atual são


desiguais, em função de fatores como concentrações de renda, e
insustentáveis em função do previsível esgotamento de recursos
não renováveis (o petróleo, por exemplo).

“O consumismo é um processo eticamente condenável,


pois faz com que as pessoas comprem mais do que realmente
necessitam.” (BRANCO, 1997, p. 44).

A Carta da Terra, outro texto de referência fundamental


para o entendimento das questões relativas à sustentabilidade
global, ao caracterizar a situação atual, afirma que:

Os padrões dominantes de produção e consumo


estão causando devastação ambiental, redução
dos recursos e uma massiva extinção de espécies.
Comunidades estão sendo arruinadas. Os benefícios
do desenvolvimento não estão sendo divididos
equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está
aumentando. A injustiça, a pobreza, a ignorância e
os conflitos violentos têm aumentado e são causa de
grande sofrimento. O crescimento sem precedentes da

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

população humana tem sobrecarregado os sistemas


ecológico e social. As bases da segurança global estão
ameaçadas. Essas tendências são perigosas, mas não
inevitáveis. (CARTA DA TERRA, 2011).

Fica evidente a necessidade de modificarmos nosso padrão


de consumo. Devemos buscar um consumo sustentável, ou, como
afirma Mendes (2011):

[...] um modo de consumir capaz de garantir não


só a satisfação das necessidades das gerações
atuais, como também das futuras gerações. Isso
significa optar pelo consumo de bens produzidos
com tecnologia e materiais menos ofensivos ao
meio ambiente, utilização racional dos bens de
consumo, evitando-se o desperdício e o excesso
e ainda, após o consumo, cuidar para que os
eventuais resíduos não provoquem degradação ao
meio ambiente. Principalmente: ações no sentido
de rever padrões insustentáveis de consumo e
minorar as desigualdades sociais.

Uma produção sustentável deve buscar minorar os


impactos negativos causados ao meio ambiente. Para tanto, uma
das possibilidades é desenvolver processo de logística reversa,
que

[...] é o instrumento de desenvolvimento econômico


e social caracterizado pelo conjunto de ações,
procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e

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SOCIOLOGIA
a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial,
para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos
produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada. (POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS, 2011).

Devemos nos preocupar, como consumidores, cidadãos,


profissionais nas diversas áreas de atuação, como gestores
públicos e privados, para adotar um padrão de consumo
ambientalmente sustentável e socialmente ético.

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Curso de Conhecimentos Gerais e Atualidades

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Ana B. Gestão ambiental: enfoque estratégico aplicado ao
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ARAUJO, Silvia Maria de; BRIDI, Maria Aparecida; MOTIM,


Benilde Lenzi. Sociologia: um olhar crítico. São Paulo: Editora
Contexto, 2009.

BAUMAN, Zygmunt. Tempos líquidos. Rio de Janeiro: Zahar,


2007.

BRANCO, Samuel Murgel. O meio Ambiente em Debate. 26.


ed. São Paulo: Moderna, 1997.

CAPRA, Fritjof. Ecologia Profunda: Um novo paradigma.


Disponível em: <http://www.agenda21empresarial.com.br/
arquivo/1260207542.7656-arquivo.pdf>. Acesso em: 29 jul.
2011.

CARTA DA TERRA. Disponível em: <http://www.


cartadaterrabrasil.org/prt/text.html>. Acesso em: 29 jul. 2011.

COELHO, Marcos Amorim; TERRA, Lygia. Geografia geral: o


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DRUCKER, Peter Ferdinand. O melhor de Peter Drucker: o


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DONAIRE, Denis. Gestão ambiental na empresa. São Paulo:


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GUIA DO ESTUDANTE. Atualidades Vestibular + Enem: 2º


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GUTERRES, Antônio. Deslocamentos urbanos: um fenômeno


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LOPES, Brenner; AMARAL, Jefferson Ney. Políticas Públicas:


conceitos e práticas. Coordenação de Ricardo Wahrendorff
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sustentável: meio ambiente e custos sociais no moderno
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MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 21. ed. São

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MORENO, Júlio. O futuro das cidades. São Paulo: Editora


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POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS. Disponível


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SACHS, Ignacy. Estratégias de Transição para o século XXI:


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SEBRAE. Políticas Públicas: conceitos e práticas. Belo


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SEIFFERT, Maria Elizabete Bernardini. Gestão ambiental:
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Yearkook 2011 - Major Armed Conflicts 2010. Disponível em:
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