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Giliarde Alves
Passo Fundo
2021
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Giliarde Alves
Passo Fundo
2021
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Giliarde Alves
AGRADECIMENTOS
Agradeço aos meus pais, Claudino José Isidolino Alves e Isolde Alves, minha esposa
Liliam Aparecida Venturi e aos meus filhos Enzo Alves Venturi e Clara Alves Venturi, que
foram compreensivos quanto a minha ausência nos momentos em que estive envolvido com
trabalhos acadêmico.
A toda equipe da empresa JPR Dispositivos em especial senhor Altamir e Maicon
Crescêncio que proporcionou a oportunidade de realizar a usinagem dos materiais em suas
dependências, e a empresa Hitachi que auxiliou desde o início com o conhecimento e auxilio
na execução do trabalho em especial o Me. Guilherme Eboni e Marceli Talita Pereira que
desprenderam todo conhecimento para auxílio na execução do estudo.
A todos os professores que ministraram as aulas para turma do mestrado e que nos
passaram o conhecimento para nossa formação em especial ao Professor Orientador William
Haupt pela orientação, paciência e sabedoria no desenvolvimento desse projeto.
Não posso deixar de citar e agradecer a todos que realizaram Mestrado comigo durante
estes anos por compartilhar conhecimento durante o decorrer do curso.
À Universidade de Passo Fundo (UPF) em especial ao programa de Pós-Graduação em
Projetos e Processos de Fabricação, que possibilitou a realização deste trabalho de pesquisa e
à toda equipe técnica do Núcleo de Tecnologia Mecânica que disponibilizaram equipamentos
para realização dos experimentos.
Enfim, agradeço a Deus pelo dom da vida, sem a qual eu nada poderia fazer.
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WILL SMITH
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RESUMO
Os aços ferramenta DACP, H13 e H13 ESR são utilizados para fabricação de moldes para
injeção de alumínio e matrizes para forjamento a quente. Nesses processos de fabricação, é
fundamental que o aço ferramenta possua elevadas propriedades de resistência mecânicas em
altas temperaturas, a fim de se evitar falhas por fadiga térmica, propagação de trincas,
deformação plástica e desgaste que são influenciados pelos tratamentos térmicos. O presente
trabalho tem como objetivo avaliar a caracterização dos aços DAC P, AISI H13 e AISI H13
ESR, através da análise química, microestrutural, resistência ao impacto e desgastes. O estudo
visa verificar as propriedades do aço DAC P da fabricante Hitachi em comparação aos aços
AISI H13 e H13 ESR da fabricante Villares Metals, verificando as suas particularidades antes
e após o processo de tratamento térmico, em conformidade com a norma NADCA #207-2018.
As avaliações serão realizadas através dos resultados dos ensaios de impacto com análise do
modo de fratura em MEV, dureza, caracterização metalográfica e desgaste.
Palavras-chave: Aço ferramenta DAC P. Aço ferramenta AISI H13. Aços para trabalho a
quente. Propriedades mecânicas.
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ABSTRACT
DACP, H13 and H13 ESR steels are tools used to manufacture aluminum injection molds and
hot forging dies. In manufacturing processes, it is essential that tool steel has high mechanical
resistance properties at high temperatures, in order to avoid failures due to thermal fatigue,
crack propagation, plastic deformation and wear that are influenced by heat treatments. The
present work aims to evaluate a characterization of DAC P, AISI H13 and AISI H13 ESR
steels, through chemical, microstructural, impact and wear resistance analysis. The study aims
to verify the properties of Hitachi's DAC P steel compared to Villares Metals' AISI H13 and
H13 ESR steels, verifying their particularities before and after the heat treatment process, in
accordance with NADCA # 207-2018. Bets eliminated through the results of impact tests with
analysis of fracture mode in SEM, hardness, metallographic characterization and wear.
Keywords: Tool steel DAC P. Tool steel AISI H13. Hot work steels. Mechanical properties.
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LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 01: Dureza dos aços DAC P, H13 ESR e H13 por posição das amostras .................. 47
Gráfico 02: Dureza dos aços DAC P, H13 ESR e H13 por sentido de corte .......................... 47
Gráfico 03: Dureza dos aços DAC P, H13 ESR e H13 ........................................................... 48
Gráfico 04: Percentual de inclusões materiais DAC P, H13 ESR e H13 ................................ 50
Gráfico 05: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido fibragem)
.................................................................................................................................................. 53
Gráfico 06: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido fibragem)
.................................................................................................................................................. 54
Gráfico 07: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P sentido fibragem) .......................... 55
Gráfico 08: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 ESR sentido fibragem) ...................... 55
Gráfico 09: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 sentido fibragem) ............................... 56
Gráfico 10: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 contrário fibragem)
.................................................................................................................................................. 58
Gráfico 11: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 contrário fibragem)
.................................................................................................................................................. 59
Gráfico 12: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P contrário fibragem) ....................... 60
Gráfico 13: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 ESR contrário fibragem) .................... 61
Gráfico 14: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 contrário fibragem) ............................ 62
Gráfico 15: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário
fibragem) ................................................................................................................................. 63
Gráfico 16: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário
fibragem) ................................................................................................................................. 64
Gráfico 17: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P sentido x contrário fibragem) ........ 64
Gráfico 18: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 ESR sentido x contrário fibragem) .... 65
Gráfico 19: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 sentido x contrário fibragem) ............ 65
Gráfico 20: Ensaio de desgaste por abrasão ............................................................................ 78
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AISI American Iron and Steel Institute (Instituto Americano de Ferro e Aço)
ASTM American Society for Testing and Materials (Sociedade Americana de Testes e
Materiais
DAC P Aço Ferramenta Hitachi
DRX Difratometria de raios X
EDS Espectroscopia de energia dispersiva
ESR Electroslag Remelting (Refusão eletroescória)
H 13 Aço Ferramenta Villares
HRC Durezas Rockwell C
MEV Microscópio eletrônico de varredura
NADCA North American Die Cast Association (Associação Norte-Americana de
Fundição sob Pressão)
T Temperatura
TC Temperatura crítica
TS Temperatura da superfície
TTT Tempo-Temperatura-Transformação
UPF Universidade de Passo Fundo
VD Desgaseificação a vácuo
12
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................... 6
ABSTRACT ............................................................................................................... 7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES ....................................................................................... 8
LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 9
LISTA DE GRÁFICOS .............................................................................................. 10
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ................................................................... 11
SUMÁRIO ................................................................................................................. 12
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................... 15
2 REVISÃO DA LITERATURA .............................................................................. 17
2.1 AÇOS FERRAMENTA .......................................................................................... 17
2.1.1 Aplicações/Tipos e Características dos Aços Ferramenta .................................... 17
2.2 AÇOS-FERRAMENTA PARA TRABALHO A QUENTE ........................................ 18
2.2.1 Processo de Fabricação do Aço Ferramenta ........................................................ 19
2.2.2 Aplicações do Aço Ferramenta ........................................................................... 20
2.3 TENACIDADE E TRATAMENTO TÉRMICO ........................................................ 20
2.3.1 Tratamentos Térmicos do Aço Ferramenta ......................................................... 21
2.4 TIPOS DE FRATURAS DÚCTEIS E FRÁGEIS ....................................................... 22
2.4.1 Definição e Fundamentos da Fratura .................................................................. 22
2.4.2 Fratura Dúctil .................................................................................................... 23
2.4.3 Fratura Frágil .................................................................................................... 25
2.5 RESISTÊNCIA AO DESGASTE EM AÇOS FERRAMENTA ................................... 26
2.5.1 Desgaste Abrasivo .............................................................................................. 26
2.5.2 Influência de Fatores Metalúrgicos no Desgaste Abrasivo ................................... 26
2.6 ANÁLISE QUÍMICA ............................................................................................. 27
2.7 ANÁLISE METALOGRÁFICA (MICROESTRUTURA) .......................................... 28
2.8 ENSAIO DE DUREZA ........................................................................................... 29
2.9 ENSAIO DE ABRASÃO ........................................................................................ 29
2.10 MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA (MEV) ................................... 30
2.11 ENSAIO DE IMPACTO CHARPY ........................................................................ 31
2.12 TIPOS DE FALHAS ............................................................................................. 32
13
ANEXO D .................................................................................................................. 86
ANEXO E .................................................................................................................. 87
ANEXO F .................................................................................................................. 88
ANEXO G .................................................................................................................. 89
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1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DA LITERATURA
Conforme (Vales, 2010), os aços ferramenta para trabalho a quente são aplicados para
o processamento a quente de aços, ferros fundidos e ligas não ferrosas em geral, sendo que,
são muito utilizados para a fabricação de matrizes para fundição sob pressão, moldes,
extrusão a quente, e forjamento a quente. Estes aços possuem uma boa resistência ao
amolecimento pelo calor devido ao seu médio teor de cromo e a adição de elementos de liga
como molibdênio, tungstênio e vanádio que são tomadores de carbonetos de maior dureza e
estabilidade térmica.
Esses aços integram um grupo especial de aços de alta liga, que são designados a
fabricação de metais em altas temperaturas. O aço da família H mais utilizado é o AISI H13,
que está na faixa de dureza entre 44 – 50 HRC, que é especificado para aplicações de
ferramentas.
As principais características apresentadas pelo aço AISI H13 em função da sua
composição química são: boa resistência ao desgaste em temperaturas elevadas, excelente
tenacidade, elevada resistência ao amolecimento pelo calor, elevada temperabilidade, boa
usinabilidade entre os aços-ferramenta, excelente resistência a choques térmicos devidos aos
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térmica ou trincas frágeis que podem acelerar o desgaste de uma ferramenta inviabilizando a
sua utilização. É de extrema importância que os aços apresentem boa tenacidade na fabricação
de moldes para fundição sob pressão, matrizes de forjamento e ferramentas para extrusão.
(ROBERTS et al., 1980; MESQUITA et al., 2007)
relacionados com a dureza que por sua vez são controlados através de tratamentos térmicos.
(CARLIM; MARTINHUK,2015)
A têmpera a vácuo é uma técnica de tratamento térmico que vem se tornando cada vez
mais popular, pois é uma tecnologia mais limpa se comparada ao tradicional resfriamento em
óleos minerais. Durante o processo de têmpera a gás, qualquer parâmetro do processo pode
ser determinante nos resultados finais, tais como distorções, dureza e tensões residuais
(PENHA; VENDRAMIM; CANALE, 2011)
Figura 4: Superfície de natura com “dimples” cônicos equiaxiais (a) e “Dimples” rasos (b)
Conforme Liu (2005) apud Alves, (2014) relata dois termos associados a clivagem:
clivagem pura ou ideal e quase-clivagem. A clivagem pura, somente ocorre sob condições
bem definidas associadas a microestrutura e condições de operação (Jha et al., 2013). Quando
é observado frações variadas de deformação plástica junto com facetas de clivagem se tem a
quase-clivagem.
Desgaste é o dano produzido em uma superfície, causado pela interação com outra
superfície. Envolve a perda progressiva de material devido a carga e deslocamento entre as
mesmas. O comportamento do material em situações de desgaste depende do tipo de contato,
do nível de tensão, da temperatura resultante e da natureza do ambiente. Para mantê-lo dentro
de limites aceitáveis faz-se geralmente uso de materiais mais resistentes e tratamentos de
superfície. São identificados quatro tipos de desgastem): abrasivo, adesivo, corrosivo e
desgaste por fadiga de contato.
Forma de contato que ocorre quando uma superfície com alta dureza e rugosidade ou
uma superfície contendo partículas duras desliza sobre outra superfície mais macia, causando
sobre esta uma série de sulcos. É resultante da penetração e formação de ranhuras com a
retirada de material de uma superfície por outro corpo. Pode ocorrer com ou sem a presença
de lubrificante. Um caso típico de desgaste abrasivo envolve uma superfície em contato com
partículas sólidas com formas e propriedades mecânicas diversas. O que ocorre quando duas
asperezas atuam é que em vez de deformar-se ou aderir, a mais dura corta ou risca a mais
macia. Isso produz uma perda significativa de material na superfície mais macia.
A resistência ao desgaste abrasivo de aços carbono e aços baixa liga melhora com o
aumento do conteúdo de carbono, independentemente da presença de outros elementos de
liga. A microestrutura também e' um fator importante. Uma estrutura perlítica apresenta
27
Conforme figura 6, o eletrodo fornece uma tensão elétrica no corpo-de-prova para que
seja possível visualizar as três grandezas físicas da luz emitida por cada elemento químico
constituinte na liga, as quais são medidas pela óptica ultravioleta do equipamento. Desse
modo, é possível identificar a intensidade luminosa de cada comprimento de onda que existe
na composição do feixe incidente, permitindo assim, a caracterização e a quantificação em
massa dos elementos químicos presentes na liga.
Segundo SOUZA (1974), dureza por penetração proposta por J. A. Brinell em 1900,
denominada dureza Brinell e simbolizada por HB, é o tipo de dureza mais usado na
Engenharia. A norma utilizada como referência é a ABNT NBR NM ISO 6506-1 2010.
Os corpos de prova para ensaio Charpy convencionais são padronizados pelas normas
ASTM E23-18 e ISO 148-1 e possuem um formato de barra com seção transversal quadrada e
um entalhe usinado, que concentra o local da fratura. (Souza, 2019).
As falhas são eventos quase sempre indesejáveis, pois colocam em risco vidas
humanas, acarretam perdas econômicas e indisponibilizam produtos e serviços.
Embora seja possível conhecer o comportamento do material e os motivos que geram
a falha, é difícil se garantir a prevenção das mesmas. As causas podem ser seleção e processo
de materiais de maneira incorreta, componente com projeto inadequado ou má utilização do
componente (GABARDO, 2008).
A trinca tem como causa a fadiga acarretada por ciclos de aquecimento/resfriamento
característicos dos processos de injeção de alumínio. (FAGUNDES et al., 2005)
revenimento de 560 ºC para 600 ºC. Além disso, verificou que o aço H13 apresenta maior
resistência à fadiga térmica que o aço H21.
Starling et al., 1997, avaliaram a influência de diferentes tipos de revestimentos duros
sobre a fadiga térmica do aço H13. Partindo do aço H13 temperado e revenido com dureza 37
HRC, utilizaram revestimentos de Ti, Cr e revestimentos duplex sobre este aço, e executaram
500 ciclos de fadiga térmica com aquecimento indutivo, intercalado por resfriamento em
ducha de água de forma controlada entre 750 ºC e 50 ºC. Constataram que os diferentes tipos
de revestimentos duros podem inibir a fadiga térmica. Os melhores resultados foram obtidos
com o Cr e Ti, enquanto que o revestimento duplex não acarretou bons resultados.
Yoshida et al., 2004, fazem uma série de recomendações para o tratamento térmico do
aço H13. No tocante à fadiga térmica, recomendam o uso de revestimentos duros de nitretos
nitretação. Entretanto, o tipo de nitretação pode afetar significativamente a fadiga térmica.
Uma nitretação gasosa convencional tende a formar uma rede de nitretos via contorno de
grão, o que é extremamente prejudicial. Melhores resultados são obtidos com o uso de
nitretação por plasma, que elimina este inconveniente.
34
3 METODOLOGIA
A primeira parte da metodologia foi a definição das atividades a serem executadas nos
laboratórios, tratamentos térmicos e medições. Na figura 10, tem-se o fluxograma das
atividades desenvolvidas para a realização deste estudo.
Os aços estudados tem as designações AISI H13 (VILLARES), AISI H13 ESR
(VILLARES) e DAC P (HITACHI) que necessita os requisitos de qualidade do material como
composição química, elementos críticos de liga e impurezas os mesmos foram cortados com
as dimensões de aproximadamente 2 ½" x 4 ½" x ½", sendo que, devem ser preparados a
partir de uma amostra de preferência do mesmo bloco de aço da matriz com qualidade
conhecida.
Os graus de qualidade do aço da matriz devem estar em conformidade com os
requisitos químicos conforme Tabela 01, que atendem os quesitos da NADCA #207-2018.
A Dureza dos materiais tanto da qualidade H13 E H13 ESR, sendo a dureza recozida,
não deve exceder 235 HBW.
A tabela 05 representa a dureza de cada material que consta nos certificados de
qualidade dos fabricantes que estão nos anexos A, B, C, D e E.
Cada material teve 08 amostras com dimensões de 2½" x 4½" x ½", sendo 04 amostras
cortadas no sentido “contrário a fibragem” e 04 amostras cortadas no sentido “a favor da
fibragem”, sendo que, as mesmas devem serem preparadas a partir do mesmo bloco de aço da
matriz, de modo que o lado de 2½" representa a direção da espessura, o lado 4½" representa a
direção da largura e ½" representa a direção do comprimento do material original.
De cada amostra endurecida deverá ser retirado cinco (5) corpos de prova para o teste
de impacto Charpy de 10mm x 10mm devem ser usinados e entalhados de acordo com ASTM
A370-05.
As etapas de preparação dos corpos de prova passaram por processo de fresamento,
retifica, corte a fio e polimento.
1ª Etapa de Fresagem
➢ Espessura da amostra 55mm +0, -2,5mm
➢ Largura da amostra 90mm
➢ Comprimento da amostra 10mm +/- 0,075mm
➢ Lados adjacentes 90º +/- 10min
2ª Etapa de Retifica
➢ Espessura da amostra 55mm +0, -2,5mm e retificado com 4µm
➢ Largura da amostra 90mm retificado com 2µm
➢ Comprimento da amostra 10mm +/- 0,075mm e retificado com 2µm
➢ Lados adjacentes 90º +/- 10min
O equipamento utilizado para retificar as peças é uma retifica GER RSA 750, foi
utilizado com fluido de refrigeração para não impactar com o processo de tratamento térmico.
A figura 14, representa as peças já retificadas com as medidas finais e atendendo as
tolerâncias espessura da amostra 55mm, comprimento da amostra 10mm e a largura está
aproximadamente 90mm a qual foi marcada para posterior corte a fio.
Figura 14: Peças retificadas com dimensões (10mm x 55mm x comprimento a ser cortado)
4ª Etapa de Fresagem
➢ Largura da amostra 10mm +0, -2,5mm
➢ Lados adjacentes 90º +/- 10min
➢ Retirar parte do entalhe sobra do corte a fio lado oposto entalhe
➢ Centralização do entalhe +/- 1mm
➢ Ângulo de entalhe +/- 1º
➢ Raio de entalhe +/- 0,025mm
➢ Profundidade do entalhe +/- 0,025mm
O equipamento utilizado para desbastar as peças é uma fresadora Diplomate FvF
3000, foi utilizado com fluido de refrigeração para não impactar com o processo de
tratamento térmico e pastilhas para aço ferramenta.
5ª Etapa de Retifica
➢ Largura da amostra (lado entalhe e oposto) 10mm +0, -2,5mm retificado com 2µm
O equipamento utilizado para retificar as peças é uma retifica GER RSA 750, foi
utilizado com fluido de refrigeração para não impactar com o processo de tratamento térmico.
3.4.8 Microdureza
Nesse ensaio, o corpo de prova é pressionado contra a roda giratória e forçado por
meio de um braço de alavanca enquanto um fluxo controlado de areia abrasiva é
continuamente depositado na superfície de teste. A rotação da roda é tal que sua face de
contato se move na direção do fluxo de areia. Nota-se que o eixo de articulação do braço de
alavanca encontra-se dentro de um plano que é tangente à superfície da roda de borracha e ao
diâmetro horizontal ao longo do qual a carga é aplicada. Os corpos de prova são pesados antes
e após o teste e a perda de massa fica registrada. É necessário converter a perda de massa em
perda de volume em milímetros cúbicos, devido às grandes diferenças na densidade de
materiais. A abrasão é relatada como perda de volume por procedimento especificado.
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a) b)
Fonte: (a) ASTM G65-04 (b) Aparato de testes Metalab
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Tabela 06: Composição química dos aços H13, H13 ESR e DAC P
Material/ Categoria
C Mn P S Si Cr Mo V
Fornecedor Material
Materiais Recozidos - Antes do
H13 Tipo H13 0,40 0,37 0,020 <0,0010 0,84 5,26 1,26 0,83
Villares Premium
Tratamento Térmico
H13 Tipo H13 0,282 0,587 0,0235 0,0077 0,252 7,73 1,33 >1,0
UPF Premium
H13 ESR Tipo H13 ESR 0,38 0,35 0,009 <0,0010 0,91 5,11 1,20 0,82
Villares Superior
H13 ESR Tipo H13 ESR 0,295 0,565 0,0161 0,0091 0,285 7,69 1,29 >1,0
UPF Superior
DAC P Tipo H13 0,38 0,40 0,009 0,0010 0,97 5,1 0,84 0,84
Hitachi Premium
DAC P Tipo H13 0,27 0,631 0,0164 0,0086 0,309 7,88 1,31 >1,0
UPF Premium
Fonte: O Autor, 2021
Pode-se verificar que na tabela 06 houve variação no percentual de Carbono entre todos
os materiais, porém, nenhum dos resultados altera a qualidade dos materiais estudados.
O gráfico 01, demonstra as médias de dureza por material cortados sentido e contrário
fibragem em todas as posições, sendo que, o ensaio também foi realizado com os matérias já
tratados termicamente.
Gráfico 01: Dureza dos aços DAC P, H13 ESR e H13 por posição das amostras
Pode-se verificar que o material que apresentou a maior média de dureza em uma
posição foi o DAC P cortado sentido corte de laminação na posição inferior, sendo, 490,0 HV.
O gráfico 02, demonstra as médias de dureza por material cortados sentido e contrário
fibragem.
Gráfico 02: Dureza dos aços DAC P, H13 ESR e H13 por sentido de corte
Pode-se verificar que o material que apresentou a maior média de dureza por posição
de corte foi o DAC P cortado sentido corte de laminação, sendo, 489,97 HV.
O gráfico 03, demonstra as médias de medição de dureza por material após tratamento
térmico.
Pode-se verificar que o material que apresentou a maior média de dureza foi o DAC P,
com 489,23 HV.
Os ensaios de inclusões não metálicas foram realizados nos materiais DAC P, H13
ESR e H13 sentido e contrário fibragem na forma recozida, pois, as inclusões não se alteram
após o tratamento térmico, os materiais foram polidos com alumina com granulometria de 1
micrometro e sem ataque químico, posteriormente, foi realizado a microscopia óptica em
Microscópio Zeiss com ampliação de 100X.
Foram realizadas 3 imagens de cada material em posições diferentes e realizada a
medição de percentual de inclusões pelo software ImageJ, após foi realizado a contagem de
percentual de inclusões em cada material.
49
Figura 16: Inclusões não metálicas materiais DAC P, H13 ESR e H13 (100X)
Amostras
/Ampliação Inclusões não metálicas 100X Contagem Inclusões
Amostra
01
DAC P
Contrário
Fibragem
Amostra
02
DAC P
Sentido
Fibragem
Amostra
01
H13 ESR
Contrário
Fibragem
Amostra
02
H13 ESR
Sentido
Fibragem
50
Amostra
01
H13
Contrário
Fibragem
Amostra
02
H13
Sentido
Fibragem
No gráfico 04, pode-se verificar o percentual de área com inclusões em cada amostra
de material, demonstrando a média das 03 imagens.
4.4.1 Ensaio de Impacto Charpy (DAC P, H13 ESR e H13 sentido fibragem)
Os resultados obtidos de energia absorvida dos 04 blocos com 5 corpos de prova cada,
totalizando 20 corpos de prova por materiais “DAC P, H13 ESR e H13” cortados no “sentido
da fibragem” estão registrados na Tabela 07, estes dados foram obtidos pela leitura direta dos
valores de energia indicados no equipamento de ensaio de impacto no momento da realização
do teste e foram analisados em gráficos de energia absorvida.
Os valores em vermelho serão excluídos, pois, a norma estabelece que o maior e
menor valor deverão ser desconsiderados.
A tabela 07, demonstra o resultado de todas as 20 medições de ensaio de impacto de
todos os materiais cortados nas 02 posições.
52
Tabela 07: Energia Absorvida Charpy (DAC P, H13 ESR e H13 sentido fibragem)
Energia Absorvida Ensaio Impacto (Joule)
Materiais DAC P H13 H13 ESR
27 23 9
27 23 11
25 23 12
28 23 12
Materiais cortados sentido fibragem 27 22 10
15 24 13
15 24 15
15 23 15
14 24 13
13 24 14
16 24 9
14 24 12
17 24 9
13 22 11
15 23 13
12 20 8
13 23 10
12 24 7
13 25 12
12 24 11
Média 17,15 23,3 11,3
Desvio Padrão 5,89 1,08 2,23
Fonte: O Autor, 2020
O gráfico 05, demonstra todos os resultados das 20 amostras de cada material (DAC P,
H13 ESR e H13), dessa forma pode-se observar que o material DAC P apresentou o maior e
menor valor obtido nos ensaios, sendo, 28J e 12J, o material H13 ESR teve como maior e
menor valor obtido 15J e 7J já para o material H13 o maior e menor valor foi 25J e 20J.
53
Gráfico 05: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido fibragem)
Tabela 08: Energia Absorvida Charpy (DAC P, H13 ESR e H13 sentido fibragem)
Energia Absorvida Ensaio Impacto (Joule)
Materiais DAC P H13 H13 ESR
27 23 11
Materiais cortados sentido fibragem
27 23 12
27 23 10
15 24 15
15 24 13
14 24 14
16 24 12
14 24 9
15 23 11
12 23 8
13 24 10
12 24 11
Média 17,25 23,58 11,33
Desvio Padrão 6,00 0,51 2,02
Fonte: O Autor, 2020
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O gráfico 06, demonstra os resultados das 12 amostras de cada material (DAC P, H13
ESR e H13), dessa forma pode-se observar que o material DAC P teve com maior e menor
valor registrado nas amostras 27J e 12J, o material H13 ESR o maior e menor valor foi 15J e
8J e o material H13 o maior e menor valor foi 24J e 23J.
Gráfico 06: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido fibragem)
Após a exclusão das 02 amostras por bloco (maior e menor resultado) no teste de
impacto, pode-se observar que o material DAC P apresentou um percentual de 55,56% de
diferença entre o maior e menor, o material H13 ESR apresentou um percentual de 46,67% de
diferença entre o maior e menor registrado e por último para o material H13 obteve um
percentual de 4,17% de diferença entre o maior e menor registrado. Dessa forma o material
que apresentou a menor diferença entre os dados registrados foi o H13 da fabricante Villares.
Analisando os resultados dos ensaios de impacto por blocos de cada material, sendo no
gráfico 07 analisado o material DAC P, já com os as amostras excluídas, pode-se verificar que
o primeiro bloco os 03 ensaios estão com o mesmo resultado de energia absorvida 27J, o
segundo bloco teve como maior e menor valor obtido nas amostras 15J e 14J, o terceiro bloco
teve como maior e menor valor obtido nas amostras 16J e 14J e o quarto bloco teve como
maior e menor valor obtido nas amostras 13J e 12J.
55
Pode-se observar que o material DAC P obteve variações entre os resultados obtidos
em cada bloco, sendo que no 1º bloco não sofreu variação no 2º bloco a variação foi de
6,67%, no 3º bloco a variação foi de 12,50% e no 4º bloco a variação foi de 7,69%, deste
modo, o 1º bloco foi o que apresentou a menor variação entre os testes.
O gráfico 08 demonstra os resultados analisados do material H13 ESR, já com as
amostras excluídas, pode-se analisar que o primeiro bloco apresentou o maior e menor valor
obtido nas amostras 12J e 10J, o segundo bloco teve como maior e menor valor obtido nas
amostras 15J e 13J, o terceiro bloco teve como maior e menor valor obtido nas amostras 12J e
9J e o quarto bloco teve como maior e menor valor obtido nas amostras 11J e 8J.
Gráfico 08: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 ESR sentido fibragem)
Pode-se observar que o material H13 ESR obteve variações entre os resultados obtidos
em cada bloco, sendo que no 1º bloco a variação foi de 16,67%, no 2º bloco a variação foi de
13,33%, no 3º bloco a variação foi de 25,00% e no 4º bloco a variação foi de 27,27%, deste
modo, o 2º bloco foi o que apresentou a menor variação entre os testes.
O gráfico 09 demonstra os resultados analisados do material H13, já com as amostras
excluídas, pode-se analisar que o primeiro bloco não sofreu variação entre o maior e menor
valor obtido nas amostras, o segundo bloco não sofreu variação entre o maior e menor, o
terceiro bloco teve como maior e menor valor obtido nas amostras 24J e 23J e o quarto bloco
teve como maior e menor valor obtido nas amostras 24J e 23J.
Pode-se observar que o material H13 obteve variações entre os resultados obtidos em
cada bloco, sendo que no 1º bloco não apresentou variação, no 2º bloco não apresentou
variação, no 3º bloco a variação foi de 4,17% e no 4º bloco a variação foi de 4,17%, deste
modo, o 1º e 2º blocos apresentaram a menor variação entre os testes.
4.4.2 Ensaio de Impacto Charpy (DAC P, H13 ESR e H13 contrário fibragem)
Os resultados obtidos de energia absorvida dos 04 blocos com 5 corpos de prova cada,
totalizando 20 corpos de prova dos materiais DAC P, H13 ESR e H13 cortados no “sentido
57
contrário da fibragem” estão registrados na Tabela 09, estes dados foram obtidos pela leitura
direta dos valores de energia absorvida indicados na máquina de ensaio de impacto no
momento da realização do ensaio, e foram analisados em gráficos de energia absorvida. Os
valores em vermelho serão excluídos, pois, a norma estabelece que o maior e o menor valor
deverão ser desconsiderados.
Tabela 09: Energia Absorvida Charpy (DAC P, H13 ESR e H13 contrário fibragem)
Energia Absorvida Ensaio Impacto (Joule)
Materiais DAC P H13 H13 ESR
26 24 12
27 24 12
25 23 14
25 17 11
Materiais cortados contrário fibragem
25 22 11
20 20 17
20 19 18
20 11 18
24 16 17
19 19 17
20 23 22
22 24 24
19 25 22
16 23 22
19 25 24
22 24 12
24 24 16
21 23 14
22 24 15
23 24 13
Média 21,95 21,70 16,55
Desvio Padrão 2,87 3,64 4,33
Fonte: O Autor, 2020
O gráfico 10, demonstra todos os resultados das 20 amostras de cada material (DAC P,
H13 ESR e H13), dessa forma pode-se observar que o material DAC P teve como maior e
menor valor obtido nas amostras foram 27J e 16J, para o material H13 ESR o maior e menor
valor foi 24J e 11J e já para o material H13 o maior e menor valor foi 25J e 11J.
58
Gráfico 10: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 contrário fibragem)
Tabela 10: Energia Absorvida Charpy (DAC P, H13 ESR e H13 contrário fibragem)
Energia Absorvida Ensaio Impacto (Joule)
Materiais DAC P H13 H13 ESR
26 24 12
fibragem
20 19 17
20 24 22
19 23 22
19 25 24
22 24 14
22 24 15
23 24 13
Média 21,75 22,25 16,42
Desvio
Padrão 2,49 2,77 4,38
Fonte: O Autor, 2020
O gráfico 11, demonstra os resultados das 12 amostras de cada material (DAC P, H13
ESR e H13), dessa forma pode-se observar que o material DAC P teve com maior e menor
valor obtido nas amostras foram 26J e 19J, para o material H13 ESR o maior e menor valor
foi 24J e 11J e para o material H13 o maior e menor valor foi 25J e 16J.
Gráfico 11: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 contrário fibragem)
Após a exclusão das 02 amostras por bloco de maior e menor resultado no teste de
impacto, pode-se observar que o material DAC P obteve-se um percentual de 26,92% de
diferença entre o maior e menor valor obtido no ensaio de impacto, para o material H13 ESR
obteve-se um percentual de 54,17% de diferença entre o maior e menor e por último o
material H13 obteve-se um percentual de 36,00% de diferença entre o maior e menor valor
obtido no ensaio de impacto, dessa forma o material que sofreu a menor diferença entre os
dados obtidos foi o H13.
Analisando os resultados dos ensaios de impacto por blocos de cada material, o gráfico
12 analisou o material DAC P, já com os as amostras excluídas, pode-se analisar que o
primeiro bloco teve como maior e menor valor obtido nas amostras 26J e 25J, o segundo
bloco teve os três valores iguais 20J, o terceiro bloco teve como maior e menor valor obtido
nas amostras 20J e 19J e o quarto bloco teve como maior e menor valor obtido nas amostras
23J e 22J.
O gráfico 13 analisou o material H13 ESR, pode-se analisar que o primeiro bloco teve
como maior e menor valor obtido nas amostras 12J e 11J, o segundo bloco teve como maior e
menor valor obtido nas amostras 18J e 17J, o terceiro bloco teve como maior e menor valor
obtido nas amostras 24J e 22J e o quarto bloco teve como maior e menor valor obtido nas
amostras 15J e 13J.
Gráfico 13: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 ESR contrário fibragem)
Pode-se observar que o material H13 ESR obteve variações entre os resultados obtidos
em cada bloco, sendo que no 1º bloco a variação foi de 8,33%, no 2º bloco a variação foi de
5,56%, no 3º bloco a variação foi de 8,33% e no 4º bloco a variação foi de 13,33%, deste
modo, o 2º bloco apresentou a menor variação entre os testes.
O gráfico 14 analisou o material H13, sendo que o primeiro bloco teve como maior e
menor valor obtido nas amostras 24J e 22J, o segundo bloco teve como maior e menor valor
obtido nas amostras 19J e 16J, o terceiro bloco teve como maior e menor valor obtido nas
amostras 25J e 23J e o quarto bloco teve como maior e menor valor obtido nas amostras 24J.
62
Pode-se observar que o material H13 apresentou variações entre os resultados obtidos
em cada bloco, sendo que no 1º bloco a variação foi de 8,33%, no 2º bloco a variação foi de
15,79%, no 3º bloco a variação foi de 8,00% e no 4º bloco não houve variação, deste modo, o
4º bloco foi o que apresentou a menor variação entre os testes.
4.4.3 Comparação Ensaio de Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário
fibragem)
Gráfico 15: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário
fibragem)
Dessa forma pode-se observar que o material DAC P apresentou uma maior resistência
de energia absorvida por impacto contrário fibragem e o material H13 apresentou uma maior
resistência de energia absorvida por impacto sentido fibragem.
O gráfico 16, demonstra os resultados da média das 12 amostras de cada material
(DAC P, H13 ESR e H13), pode-se observar que o material DAC P teve com valor obtido nas
amostras sentido a fibragem 17,25J e contrário a fibragem 21,75J, o material H13 ESR teve
com valor obtido nas amostras sentido a fibragem 11,33J e contrário a fibragem 16,42J o
material H13 apresentou o valor obtido nas amostras sentido a fibragem 23,58J e contrário a
fibragem 22,25J.
64
Gráfico 16: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário
fibragem)
Dessa forma pode-se observar que o material H13 apresentou uma maior resistência de
energia absorvida por impacto contrário fibragem e o material H13 apresentou uma maior
resistência de energia absorvida por impacto sentido fibragem.
Analisando os resultados dos ensaios de impacto por blocos de cada material, sendo no
gráfico 17 analisado o material DAC P, já com as amostras excluídas, pode-se analisar que o
primeiro bloco apresentou o maior valor obtido nas amostras cortada sentido fibragem 27J e o
primeiro bloco apresentou como maior valor obtido nas amostras cortada contrário fibragem
25J.
Gráfico 17: Energia Absorvida Ensaio Impacto (DAC P sentido x contrário fibragem)
Gráfico 18: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 ESR sentido x contrário fibragem)
Gráfico 19: Energia Absorvida Ensaio Impacto (H13 sentido x contrário fibragem)
Deste modo pode-se concluir que o material que apresentou maior resistência a
energia absorvida por ensaio de impacto cortado no sentido da fibragem por média foi o H13
com a média de 23,58J porém, por bloco foi o DAC P, sendo que na amostragem do primeiro
bloco chegou-se a um valor de 27,00J.
Também pode-se concluir que o material que apresentou maior resistência a energia
absorvida por ensaio de impacto cortado contrário a fibragem por média foi o H13 com média
de 23,58J porém, por bloco foi o DAC P, sendo que na amostragem do primeiro bloco
chegou-se a um valor de 25,00J.
4.5 MICROGRAFIA
Figura 17: Micrografia materiais DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário fibragem
recozido (50X e 200X)
Amostras
/Ampliação Macrografia 50x Micrografia 200x
DAC P
Sentido
Fibragem
67
DAC P
Contrário
Fibragem
H13 ESR
Sentido
Fibragem
H13 ESR
Contrário
Fibragem
H13
Sentido
Fibragem
68
H13
Contrário
Fibragem
Figura 18: Micrografia materiais DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário fibragem
recozido (500X e 1000X)
Amostras
/Ampliação Micrografia 500x Micrografia 1000x
DAC P
Sentido
Fibragem
DAC P
Contrário
Fibragem
69
H13 ESR
Sentido
Fibragem
H13 ESR
Contrário
Fibragem
H13
Sentido
Fibragem
H13
Contrário
Fibragem
Pode-se verificar que todos os materiais na forma recozida apresentam uma matriz
ferrítica com carbonetos dispersos.
Os materiais analisados DAC P, H13 ESR e H13 sentido e contrário fibragem na
forma temperada, os mesmos foram atacados quimicamente com Nital a 5% por 10 Segundos,
após, foi realizada a Macroscopia no Estereomicroscópio com ampliação de 50X,
posteriormente, realizado microscopia óptica no Microscópio Zeiss com ampliação de 200,
500 e 1000X conforme figura 19 e 20.
Figura 19: Micrografia materiais DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário fibragem
temperado (50X e 200X)
Amostras
/Ampliação Macrografia 50x Micrografia 200x
DAC P
Sentido
Fibragem
DAC P
Contrário
Fibragem
71
H13 ESR
Sentido
Fibragem
H13 ESR
Contrário
Fibragem
H13
Sentido
Fibragem
H13
Contrário
Fibragem
Figura 20: Micrografia materiais DAC P, H13 ESR e H13 sentido x contrário fibragem
temperado (500X e 1000X)
Amostras
/Ampliação Micrografia 500x Micrografia 1000x
DAC P
Sentido
Fibragem
DAC P
Contrário
Fibragem
H13 ESR
Sentido
Fibragem
H13 ESR
Contrário
Fibragem
73
H13
Sentido
Fibragem
H13
Contrário
Fibragem
4.6 MEV
Os materiais analisados DAC P, H13 ESR e H13 sentido e contrário fibragem após o
processo de tratamento térmico, foi realizada com Microscópio Eletrônico de Varredura
(MEV) Tescan da marca Zeiss, com ampliação de 40, 150 e 5000X.
A figura 21, apresenta o resultado do material DAC P pelo MEV, sendo que, para cada
material foi realizado 02 analises por cada material e por sentido de fibragem.
74
Figura 21: MEV material DAC P, sentido x contrário fibragem temperado (40, 150 e 5000X)
Amostras MEV 5000X
/Ampliação MEV 40X MEV 150X
Amostra
01
DAC P
Contrário
Fibragem
Amostra
02
DAC P
Contrário
Fibragem
Amostra
01
DAC P
Sentido
Fibragem
Amostra
02
DAC P
Sentido
Fibragem
A figura 22, apresenta o resultado do material H13 ESR pelo MEV, sendo que, para
cada material foi realizado 02 analises por cada material e por sentido de fibragem
Figura 22: MEV material H13 ESR, sentido x contrário fibragem temperado (40, 150 e
5000X)
Amostras MEV 5000X
/Ampliação MEV 40X MEV 150X
Amostra
01
H13 ESR
Contrário
Fibragem
Amostra
02
H13 ESR
Contrário
Fibragem
Amostra
01
H13 ESR
Sentido
Fibragem
Amostra
02
H13 ESR
Sentido
Fibragem
Pode-se concluir pelas imagens do MEV que a grande maioria das amostras de H13
ESR apresentaram fratura frágil predominantes por clivagem, que demonstra ser material
pouco dúctil, porém, observa-se na amostra 02 sentido fibragem e amostra 02 contrário
fibragem, predomina fratura por clivagem, com contornos de grãos e poucos dimples.
A figura 23, apresenta o resultado do material H13 pelo MEV, sendo que, para cada
material foi realizado 02 analises por cada material e por sentido de fibragem.
Figura 23: MEV material H13, sentido x contrário fibragem temperado (40, 150 e 5000X)
Amostras MEV 5000X
/Ampliação MEV 40X MEV 150X
Amostra
01
H13
Contrário
Fibragem
Amostra
02
H13
Contrário
Fibragem
Amostra
01
H13
Sentido
Fibragem
77
Amostra
02
H13
Sentido
Fibragem
Pode-se concluir pelas imagens do MEV que a grande maioria das amostras de H13,
apresentam fratura frágil predominantes por clivagem, que demonstra ser material pouco
dúctil, porém, observa-se na amostra 01 contrário fibragem, apresenta fratura mista,
predominante por clivagem com presença de dimples.
A tabela 11, apresenta os resultados obtidos pelo ensaio de desgaste por abrasão,
sendo o mesmo realizado com 2 amostra de cada material.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ALVES, Gilvania Terto. Comportamento de Aço Estrutural API 5L X65 após Exposição ao
Hidrogênio: Uma Abordagem Baseada na Fratura Dúctil. Trabalho de Conclusão de Curso
(Dissertação em Engenharia de Materiais) - Universidade Pontifícia Universidade Católica do
Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2014.
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of tension testing of metallic materials.
ASM, METALS HANDBOOK, Properties and Selection Irons Steels and High-Performance
Alloys, vol. 1, 2002.
ASTM G65 – 16E1 Standard Test Method for Measuring Abrasion Using the Dry
Sand/Rubber Wheel Apparatus. IT 095 - Ensaio de Abrasão - ASTM G 65.
CALLISTER, W. D., Ciência e Engenharia de Materiais: Uma Introdução. John Wiley &
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COSTA E SILVA, A. L. DA; MEI, P. R. Aços e ligas especiais. 2. ed. São Paulo: Edgard
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<http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S004316481100144X>
81
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Steels” Journal of Materials Processing Technology 74, 1998.
ROBERTS, G., KRAUSS, G., KENNEDY, R., “Tool Steels. “ASM, 4th edition, EUA, 1980.
ROBERTS, G, KRAUSS, G., KENNEDY, R., “Tool Steels.” ASM, 5th edition, EUA, 1988.
ROCHA, Gabriel Bezerra Teixeira da et al. Análise fractográfica em MEV – fratura dúctil x
fratura frágil. Artigo REVISTA MILITAR DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA - Instituto Militar
de Engenharia (IME), Rio de Janeiro, 2016
SILVA, A. L. da Costa e, MEI, P. R., “Aços e ligas especiais” 2ª Ed., Editora Edgard Blücher,
São Paulo-SP, 2006.
SOUZA, Sérgio Augusto de. Ensaios mecânicos de materiais metálicos. 1 ed. São Paulo:
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Special Quality Die Steel & Heat Treatment Acceptance Criteria for Die Casting Dies,
NADCA, 2018.
STARLING, C. M. D., BRANCO, J. R. T., “Thermal Fatigue of Hot Work Tool Steel with
Hard Coatings” p. Thin Solids Films 308-309, 1997.
VALES, Sandra dos Santos. Estudo da Influência do Tratamento Criogênico no Aço AISI
H13. USP São Paulo, 2010. Trabalho de Conclusão de Curso (Dissertação em Engenharia
Mecânica) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2015.
ANEXO A
ANEXO B
ANEXO C
ANEXO D
ANEXO E
ANEXO F
ANEXO G