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Doutor em Ciências
São Paulo
2009
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Preparada pela Biblioteca da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
USP/FM/SBD-489/09
DEDICATÓRIA
À minha avó Maria Lucinda Warthon Gonçalves, meu amor eterno, minha
atos. Sua presença estará em tudo de bom que eu realizar através da minha
existência.
À minha tia Grizelda Gonçalves, herdeira maior do pilar familiar erguido por
À minha tia Telma Pinheiro, pela confiança, que em luta constante pela vida
no presente e no futuro.
desconhecido estrangeiro.
projeto potencial, antes mesmo que este se tornasse obra real. Pela honrosa
Ao Dr. Scylla Lage da Silva Neto, por guiar-me nos primeiros passos na
sempre amigo.
a língua portuguesa.
médicos.
(Galileu Galilei)
Lista de abreviaturas
Lista de siglas
Lista de símbolos
Lista de tabelas
Lista de figuras
Resumo
Summary
INTRODUÇÃO......................................................................................... 1
OBJETIVOS............................................................................................. 6
REVISÃO DA LITERATURA................................................................... 8
CASUÍSTICA E MÉTODOS........................................................................ 39
RESULTADOS......................................................................................... 52
DISCUSSÃO............................................................................................ 61
CONCLUSÕES........................................................................................ 72
REFERÊNCIAS........................................................................................ 74
APÊNDICES
Esta tese está de acordo com:
Editors (Vancouver)
AN Aneurisma
TC Tomografia computadorizada
Alemanha.
LISTA DE SÍMBOLOS
g grama
kg quilograma
mm milímetro
ml mililitro
nm nanômetro
LISTA DE TABELAS
Desde a primeira vez em que foi realizada por Walter Dandy em 1937
et al., 1993; Le Roux et al., 1998; David et al., 1999; Thornton et al., 2000;
recomendam o seu uso rotineiro (Chiang et al., 2002; Tang et al., 2002;
a VAIICG.
2005b).
Vários estudos (Raabe et al., 2003; Raabe et al., 2005b; Raabe et al.,
do presente estudo.
de aneurismas intracranianos.
Dandy utilizou um clipe de prata descrito por Cushing (Cushing, 1911) para
qual se tornou a técnica mais utilizada até os dias atuais (Seldinger, 1953).
seus ramos. Portanto, a aplicação do clipe para seu tratamento deve ser
seus ramos foi, durante muito tempo, realizada sem o uso do microscópio
aneurisma residual, embora baixa, não pode ser ignorada (Feuerberg et al.,
1987).
1993).
Le Roux et al. (1998) avaliaram 543 pacientes, dos quais 494 foram
Tabela 1: Resumo dos principais trabalhos onde a ADS pós-operatória foi realizada para
avaliar o resultado da clipagem microcirúrgica dos aneurismas intracranianos tratados.
de risco maior para a revisão do clipe, e que os resultados das ADS intra-
Tabela 2: Resumo de algumas publicações onde a ADS intra-operatória foi realizada para
avaliar o tratamento dos aneurismas com clipagem microcirúrgica.
Número de
Autores (ano) Clipe reposicionado (%)
aneurismas
operatória evidenciou sua patência (Payner et al., 1998). Tang et al. (2002)
al., 1996).
uso rotineiro é inviável na maioria dos centros de neurocirurgia por ter custo
Artérias perfurantes
modo geral, estas áreas podem ser classificadas em dois grandes grupos: a
substância perfurada dorsal, por sua vez, pode ser subdividida em:
aneurismas, já que estes, por sua vez, emergem, na sua grande maioria,
pelo trato óptico e pelo uncus. Nesta área losangular de substância cinzenta
região rostral é suprida por ramos da ACoA ou seu ramo hipotalâmico. Áreas
Artéria Segmento Superfície 1-7 (4) 0,12-0,45mm Mais comum: Infundíbulo Anormalidades
Carótida Oftálmico posterior ou (0,22mm) (haste) da hipófise; hidro-eletrolíticas;
Interna (Artérias póstero- Quiasma óptico, Dura- Anormalidades
hipofisárias medial máter do processo endócrinas; Déficit
superiores) clinoóideo anterior sela visual; Déficit motor
túrcica e tubérculo selar. (infreqüente)
Menos comum: Nervo
óptico; Assoalho do terceiro
ventrículo (Região pré-
mamilar)
Artéria - Superfícies 2-3 (2) 0,12-0,3mm Quiasma óptico; Nervos Déficit visual;
Hipofisária póstero- (0,17mm) ópticos (porção proximal); Anormalidades
Superior medial, Haste hipofisária endócrinas;
medial ou Anormalidades
posterior eletrolíticas
Artéria - Próximo à 4-18 (9) 0,09-0,6mm Mais comum: Trato óptico; Hemiplegia
Corióidea origem da (0,3mm) Corpo geniculado lateral; contralateral;
Anterior Artéria Cápsula interna (2/3 Hemianestesia e
Corióidea posteriores do braço Hemianopsia
Anterior posterior); Globo pálido; homônima; Ataxia;
Radiações ópticas (origem); Anormalidades
Pedúnculo cerebral (1/3 cognitivas
médio)
Menos comum: Núcleo
caudado (parte da cabeça);
Córtex piriforme; Uncus;
Núcleo amigdalóide (região
póstero-medial); Substância
negra; Núcleo rubro; Núcleo
subtalâmico; Núcleo ventro-
lateral do tálamo
(superfície)
Artéria Região Pré- Grupo 1-21 (10) 0,08-1,4mm Grupos Lateral e Déficit motor;
Cerebral bifurcação de Medial (0,47mm) Intermediário: Cápsula Lentificação motora;
Média M1(80%) Grupo interna (região superior); Hemicoréia;
(Artérias Região Pós- Intermediário Núcleo caudado (cabeça e Disartria; Disfasia;
Lenticulo- bifurcação de Grupo corpo) Déficit de atenção e
estriadas) M1 Lateral Grupo Medial: Globo pálido memória
Região (região lateral); Cápsula (Neostriado e suas
proximal de M2 interna (região superior do conexões corticais e
braço anterior); Núcleo subcorticais);
caudado (região ântero- Paresia facial;
superior da cabeça) Disfagia; Déficit
sensitivo;
Hemiparesia pura
(fibras córtico-
bulbares e córtico-
espinhais); Ataxia.
ARTÉRIA
NÚMERO DIÂMETRO REGIÃO DE REPERCUSSÃO
DE SEGMENTO ORIGEM
(Média) (Média) SUPRIMENTO CLÍNICA
ORIGEM
A1: primeiro segmento da Artéria cerebral anterior; A2: segundo segmento da Artéria cerebral anterior M1: primeiro segmento da
Artéria cerebral média; M2: segundo segmento da Artéria cerebral média; P1: primeiro segmento da Artéria cerebral Posterior; P2:
segundo segmento da Artéria cerebral posterior; SPA: substância perfurada anterior; SPP: substância perfurada posterior
estado excitatório (S1) para o estado fundamental (S0) e libera energia como
(Valeur, 2001).
época. Em seu livro “Ars Magna Lucis et Umbrae”, Athanasius Kircher (1602-
de onda com a qual estava sendo submetida ou excitada. Esta relação ficou
conhecida, desde então, como “Lei de Stokes” (Valeur, 2001; Zeiss, 2004).
luz por si próprios ou via simbiose. Este fenômeno participa ativamente nos
vivas. O gene que codifica esta proteína já foi isolado, sendo atualmente
localização dessa proteína in vivo. Deste modo, a GFP atua como marcador
Service, 2008).
verde, o que possibilitou estudar com maior clareza a evolução das doenças
(Sasaki et al., 2009). Estes autores administraram vetores virais com GFP
(Stummer et al., 2006), e a indocianina verde (ICG), que tem sido utilizada
(VAIICG) em neurocirurgia
vascular.
ramo temporal, mas não no ramo frontal da ACM, mesmo após vários
7D).
operatório.
2005b).
ADS intra-operatória. Esta, por sua vez, também não exclui a necessidade
posteriormente com cor mais clara, até os últimos (veias) que se tornam
Figura 9. Imagens da VAIICG antes (A) e após (B) a clipagem de aneurisma da ACM com o
uso de programa computadorizado que permite analisar o fluxo de acordo com a cor dos
vasos conforme o momento de enchimento. Os vasos que fluorescem primeiramente
colorem-se de vermelho (artérias) e os que o fazem posteriormente colorem-se mais
claramente e os últimos (veias), tornam-se azulados.
Figura 10. Imagens da VAIICG mostrando a superfície cortical cerebral com vasos de uma
MAV. A: Imagem convencional da VAIICG. B: Imagem da VAIICG colorida evidenciando
diferenciação entre as artérias e veias da MAV. C: Imagem da VAIICG para análise
quantitativa da fluorescência em quatro regiões diferentes, e D: Análise gráfica das quatro
regiões diferentes.
Pacientes
idade dos pacientes variou de 33 a 79 anos (média= 50,8 ±11,5 anos). Dos
de seus aneurismas.
5.
2005a; Beck et al., 2006a; Beck et al., 2006b; de Oliveira et al., 2007a;
Gerlach et al., 2007; Guresir et al., 2008; Hattingen et al., 2008; Seifert et al.,
PACIENTE SEXO IDADE LOCALIZAÇÃO TAMANHO HSA FISHER HUNT E PERFURANTE CLIPAGEM
(mm) HESS NO CAMPO TEMPORÁRIA
Tabela 5: Tabela 5: Dados demográficos, dos exames clínicos e de imagem, e dos achados
operatórios dos pacientes incluídos no presente estudo (continuação).
PACIENTE SEXO IDADE LOCALIZAÇÃO TAMANHO HSA FISHER HUNT E PERFURANTE CLIPAGEM
(mm) HESS NO CAMPO TEMPORÁRIA
(Figura 11).
corpo e é eliminado quase que inteiramente pelo fígado. O corante tem uma
angiografia é de 0,2 a 0,5 mg/Kg e a dose total diária não deve exceder 5
induzida pelo ICG seja captada e gravada por uma câmera de vídeo (Figura
15).
Figura 15: Vídeo-angiografia com ICG. Imagem da superfície cortical cerebral visibilizada ao
microscópio neurocirúrgico (A). Imagens compatíveis com as três fases distintas da
angiografia convencional, arterial (B), capilar (C) e venosa (D).
16).
do aneurisma tratado.
VAIICG, desde a injeção do ICG até a geração das imagens, foi inferior a 2
caso.
Figura 18. Imagens intra-operatórias de paciente com aneurisma (AN) incidental da ACI
esquerda segmento comunicante posterior. A: Imagem microcirúrgica antes da clipagem
evidenciando AN com colo largo, ACI com placa ateromatosa e várias artérias perfurantes
próximas ao colo distal do AN. B e C: Imagens da VAIICG antes da clipagem aneurismática.
D: Imagem microcirúrgica após clipagem do AN. E e F: Imagens da VAIICG após a
clipagem do AN evidenciando ausência de fluxo no interior do AN e preservação do fluxo
sanguíneo na ACI e nas artérias perfurantes.
Figura 19. Imagens intra-operatórias de paciente com aneurisma (AN) incidental e fusiforme
da ACM direita. A, B, C e D: Imagens microcirúrgicas da aplicação de vários clipes
fenestrados para reconstrução da ACM e oclusão do NA; observe o envolvimento de artéria
perfurante originando-se do AN (seta). E e F: Imagens da VAIICG após a aplicação de
vários clipes evidenciando ausência de fluxo no interior do AN, a reconstrução da ACM com
fluxo presente e preservação da artéria perfurante que estava em risco de oclusão (seta).
Figura 20. Imagens intra-operatórias de paciente com aneurisma (AN) incidental da ACoA.
A: Imagem microcirúrgica antes da clipagem evidenciando artéria perfurante próxima ao AN.
B: Imagem da VAIICG antes da aplicação do clipe. C: Imagem microcirúrgica após
aplicação dos clipes com preservação anatômica da artéria perfurante (seta). D: Imagem da
VAIICG após a clipagem evidenciando ausência de fluxo no interior do AN e presença de
fluxo na artéria perfurante (seta).
Figura 21. Imagens intra-operatórias de paciente com aneurisma (AN) incidental da artéria
basilar situado entre as artérias cerebral posterior e cerebelar superior, à direita. A: Imagem
da angiografia digital por subtração (DSA). B: Imagem da ADS com reconstrução
tridimensional. C e D: Imagens microcirúrgicas antes e após a aplicação do clipe,
respectivamente; observar artéria perfurante originando-se de P1, a qual foi preservada
anatomicamente após a aplicação do clipe. E: Imagem da VAIICG após clipagem do AN
evidenciando ausência de fluxo na artéria perfurante (círculo vermelho). F: Imagem da
VAIICG após o reposicionamento do clipe evidenciando restabelecimento do fluxo na artéria
perfurante.
resumidos na Tabela 6.
ACI (Segmento 9 0 4 5 0
comunicante posterior)
ACI (Bifurcação) 5 2 2 1 0
ACoA 14 2 10 2 0
ACM 22 16 4 2 0
BASILAR 1 0 0 0 1
ACS 1 0 1 0 0
ACIP 6 5 1 0 0
Presença de
Localização Comprometimento
Sexo/ Tamanho artérias Infarto Conseqüências
do HSA de artérias
Idade (mm) perfurantes na Isquêmico clínicas
Aneurisma perfurantes
VAIICG
Pequena lesão
F/42 ACI-comP 10 Não Sim Não Assintomática
subtalâmica
Pequena lesão
Sim, mas não
M/46 ACM 8 Não Não na cápsula Assintomático
envolvida
interna
Pequena lesão
Sim, mas não
F/43 ACoA 15 Sim Sim; ruptura no núcleo Sintomática
envolvida
caudado
Artérias perfurantes
P1 e P2) (Marinkovic et al., 1985; Caruso et al., 1990; Krisht et al., 1994;
Marinkovic et al., 2001; Gabrovsky, 2002; Rhoton, 2002; Tao et al., 2006).
clipe seja aplicado sem que haja oclusão de nenhum deles. Entretanto, após
como as perfurantes (Bailes et al., 1997; Shibata et al., 2000; Stendel et al.,
2000; Chiang et al., 2002; Tang et al., 2002; Marchese et al., 2005; Raabe et
al., 2004).
al., 2001; Rhoton, 2002). Portanto, a oclusão destas artérias pode causar
Além disso, ocorrem complicações em até 3,5% dos casos avaliados (Martin
et al., 1990; Chiang et al., 2002; Tang et al., 2002; Klopfenstein et al., 2004;
pequenas artérias.
al., 1991; Barrow et al., 1992; Derdeyn et al., 1995; Payner et al., 1998; Tang
aneurismas). A VAIICG foi muito útil para avaliar a patência destes vasos,
ocluída não se encha com o corante. Isto é mais evidente durante a primeira
sua localização pode estar encoberta pelo clipe, o que dificulta a visibilização
durante a cirurgia.
visibilizadas; houve casos onde o(s) clipe(s) obstruíram a visão e casos onde
perfusão encefálica.
artérias perfurantes.
artéria perfurante que não foi detectada com a UDM (Bailes et al., 1997).
estavam comprometidas.
2004; Horiuchi et al., 2005; Szelenyi et al., 2005; Szelenyi et al., 2006). A
negativos com a avaliação dos PEMs foi de 9,0% nos 11 pacientes que
mas não fornece informações quanto ao fluxo sanguíneo no seu interior, tal
microcirúrgico.
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