Outubro 2015 Ano 22 IGREJA CASA DE ORAÇÃO CEHAB

CLASSE

A LÍNGUA

EBD - CASA DE ORAÇÃO CEHAB

Kenia Costa Gregório

Aula 01
A LÍNGUA

UM DESAFIO PARA TODOS

“Todos tropeçamos de muitas maneiras. Se alguém não tro-
peça no falar, tal homem é perfeito, sendo também capaz de do-
minar todo o seu corpo.” (Tg 3:2)

Introdução:
Quantas vezes você já participou de estudos sobre a língua? Com
certeza, muitas. As igrejas sempre estão falando sobre ela. É um assunto
que não se esgota, que nunca será ultrapassado e nunca será demais es-
tudá-lo. Isso porque TODOS ainda estamos na luta para conseguirmos
controlá-la.

Considerações sobre a língua

I- É um desafio pra todos -Tg 3.2;

Quem pode dizer que já a controlou? Tiago diz que, se tal pessoa
já conseguiu, pode ser considerado perfeito. E sabemos muito bem que
estamos longe disso, então, bem-vindo a esse estudo.

II - Seu poder comprometedor é simplesmente imenso - Tg 3.3-6;

Repare bem nas palavras que, propositalmente, destaquei no texto

que Thiago, inspirado pelo Espírito, escreveu: “Quando colocamos frei-
os na boca dos cavalos para que eles nos obedeçam, podemos controlar
o animal todo. Tomem também como exemplo os navios; embora se-
jam tão grandes e impelidos por fortes ventos, são dirigidos por um
leme muito pequeno, conforme a vontade do piloto. Semelhantemente,
a língua é um pequeno órgão do corpo, mas se vangloria de grandes coi-
sas. Vejam como um grande bosque é incendiado por uma simples fa-
gulha. Assim também, a língua é um fogo; é um mundo de iniquidade.
Colocada entre os membros do nosso corpo, contamina a pessoa por
inteiro, incendeia todo o curso de sua vida, sendo ela mesma incendiada
pelo inferno.”
Percebeu o campo de influência da língua nas palavras grifadas? É
tão comprometedor que chega a ser assustador. Não se engane: a língua
mal controlada é extremamente perigosa.

III- Ela não é a vilã;

A língua é um órgão que apenas obedece o que a mente e o cora-
ção determinam. Ela não é a vilã da história. A vilã é a nossa mente e co-
ração, que a coloca em má situação, pois a boca fala o que o coração está
cheio.

A LÍNGUA TEM O PODER DE:

1– Trazer a reprovação de Deus sobre nós - Pv 6. 16-19

Os pecados que cometemos com a língua são detestáveis por Deus.
Dentre os 7 pecados denominados detestáveis diante de Deus, três deles
são concernente à língua. Deus se enoja de pecados que dizem respeito a
ela.

2- Mostrar quem realmente sou - Tg 3.11;

É impossível uma árvore boa dar maus frutos e uma árvore má dar
bons frutos. Uma pessoa pode ser “decifrada” pelo que diz.
Quando estamos num ambiente e chega alguém desconhecido e entra
na roda de conversa, daí a pouco já detectamos alguns traços nessa pes-
soa, até então desconhecida: se é exibida, educada, animada ou cabisbaixa,
esperançosa ou frustrada. Isso tudo é detectado pelo que ela fala.

3- Aproximar ou afastar pessoas;

Você pode fazer com que as pessoas sintam desejo de estar ao seu
lado simplesmente pelo que você escolhe falar. Em contrapartida, elas
também podem ser repelidas e sentirem desejo de se afastar tão somente
por causa das suas palavras.
 4- Atrair amor ou ira - I Sm 25. 10-11.
Certa vez, Davi esteve à beira de cometer uma chacina na casa de
Nabal por causa de palavras impensadas que este proferiu a seu respeito.
Tais palavras chegaram ao ouvido de Davi que, furioso, planejava a san-
grenta destruição. Em contrapartida, sua esposa Abigail ganhou a admira-
ção de Davi tão somente por saber ter a postura e as palavras corretas.

Nossas palavras têm o poder de atrair a ira ou o amor das pessoas,

por isso escolhamos bem as palavras.

Conclusão:

Falar não deve ser encarado como algo simples. Falar não é algo
sem consequência. Por isso sejamos mais prudentes. Deus, com certeza,
deseja que melhoremos nossa forma de falar e está disposto a nos ajudar
no que precisarmos.
Aula 02

POR QUE PRECISO CONTROLAR A LÍNGUA?

“A língua tem poder sobre a vida e sobre a morte; os que gos-

tam de usá-la comerão do seu fruto. (Pv 18:21)

Introdução:

Classificamos as ações em nossa vida como mais urgentes e menos

urgentes. Por vezes, sabemos que precisamos mudar posturas e atitudes,
mas, por estarmos tão envolvidos com outras coisas, deixamos o tempo
passar sem conseguir ver a urgência de certas mudanças. Entretanto eu
digo a você: controlar a língua é algo que, na sua lista de prioridades, preci-
sa estar nas necessidades urgentes.
E por que é tão urgente?

Leitura: Tg 3.3-6

I - Porque ela tem o poder de dirigir e manipular todo o corpo;

No texto, ela é comparada a um pequeno leme que governa. Coi-
sas pequenas têm grande controle. Não se iluda, achando que só grandes
coisas dirigem e controlam uma situação. O volante de um carro tem o po-
der de dar direção e livrar de um acidente, mas também tem o poder de
provocar o acidente. Segundo Tiago 3, a língua tem o poder de dirigir todo
o corpo.

II - Porque ela tem poder destruidor;

No texto de Tiago, ela é comparada a fogo e a veneno, duas coisas
altamente destrutivas. Você sabe que uma pequena chama tem poder o bas-
tante para destruir uma floresta que levou anos pra se formar, não é? Ela
pode destruir o que você levou anos pra conquistar e construir.
Ela é a maior causadora de relacionamentos destruídos. Um comen-
tário mal feito pode pôr em chamas uma família, uma igreja, emprego etc.
III - Porque ela é uma arma - Pv 18.21/ Pv 12.18a;
Nem todas as pessoas usam arma de fogo. Alguns entendem que
não é correto tê-las, outros queriam ter, mas não têm dinheiro para ad-
quiri-las. Mas essas mesmas pessoas que não matam usando uma arma
de fogo podem matar uma pessoa, a cada dia, ou até mesmo dezenas
delas, usando a arma acessível a todos: a língua.
Um empresário concorrente, um marido insensível, um aluno in-
consequente podem planejar a destruição de alguém usando apenas pa-
lavras. E o resultado é imediato, pois a língua é uma arma.

IV - Porque, uma vez proferida, não pode mais ser recolhida;

Depois que falamos algo, por mais que queiramos, não consegui-
mos voltar atrás. Aí resta apenas desejar que as consequências dessa fala
sejam amenizadas com o tempo. Porém o tempo acaba deixando a dor
de uma fala impensada ainda mais endurecida. Então, pensemos antes
de falar.

V - Porque ela é minha acusadora - Mt 12.36;

É um erro pensar que nossas palavras se esvaem ou são apagadas
com o tempo. Segundo Mateus 12.36, nossas palavras estarão diante de
nós, no dia do juízo. Seremos jugados por elas. Isso é muito comprome-
tedor.

VI - Porque, reclamar, julgar, maldizer, não são posturas cristãs;

Se somos cristãos, é porque seguimos a Cristo. Temos suas ideias,
anseios e posturas. Se alguém não tem as mesmas posturas de Cristo,
significa que não pode ser denominado cristão, e Jesus não era maldi-
zente nem reclamão.

VII - Porque maldizer não é uma postura de quem ama;

Fomos chamados para amar. “Se amarem uns aos outros, conhece-
rão que são meus discípulos. “Jo 13.35. Seremos conhecidos como discí-
pulos se amarmos, e o amor não é maldizente.

VIII - Porque pelas palavras atraímos ou repelimos certos tipos

de pessoas;
 As pessoas são atraídas a nós por muitos fatores e um deles são as
palavras que usamos. Quem, por exemplo, não gosta de palavrões, dificil-
mente manterá um relacionamento ou se achegará para conversar com
alguém que faz uso deles a todo momento.

IX - Porque ela gera vida, mas também gera morte - Pv 18.21;

Da mesma forma que as palavras têm o poder de trazer ânimo e
força, elas também têm o poder de gerar morte. Quem de nós não se
lembra de alguém que, num momento difícil da vida, trouxe-nos algumas
palavras que nos fizeram nos animar novamente, que nos trouxeram es-
perança e nos fizeram sentir-nos “vivos”? Pois é! Todos nós! Mas tam-
bém temos experiências de palavras que ficaram nos “espetando” por
meses ou até anos. Quem sabe isso tudo aconteceu, porque as palavras
têm esse poder de trazer esperança, mas também feridas.

Conclusão:

O versículo áureo desse lição diz que comeremos o fruto daquilo

que nutrimos e domesticamos. Se temos uma língua controlada e bendi-
zente, colheremos seus bons frutos, mas, se ela for maliciosa, inevitavel-
mente, seremos afetados por ela. Que Deus nos ajude a vivermos de for-
ma que glorifiquemos Seus Nome e abençoemos a pessoas.
Aula 03

BENEFÍCIOS DE UMA LÍNGUA CONTROLADA

“a língua dos sábios traz a cura.”

“a língua dos sábios é saúde.” (Pv 12:18b)
Introdução:
Todos nós já provamos do poder restaurador e animador de uma
palavra. Já fomos incentivados, levantados e curados pela palavra de al-
guém. Pessoas que usam bem a língua são pessoas abençoadoras e que
“arrebanham” pra si bem menos problemas que outras.
O que acontece quando uso a língua para o bem? Como fica o am-
biente ao meu redor, quando consigo usá-la de forma consciente?

Quando consigo controlar minha língua:

I - Aniquilo 60% dos meus problemas;

Não são poucos os processos jurídicos abertos por danos morais por
causa de conversas fúteis e fofocas. Pessoas que plantaram uma mentira
no local de trabalho, que acabou por denegrir a imagem do colega, e que
hoje estão respondendo por causa dessa fala maldosa e impensada. Inter-
nautas que criticam e escrevem o que querem e que também amargam,
hoje, a colheita de suas palavras impetuosas.
Quantas coisas seriam evitadas se soubéssemos escolher melhor nos-
sas palavras! Não teríamos tantos cônjuges arrebentados emocionalmen-
te, pais frustrados, famílias quebradas, igrejas doentes, etc.
Sem dúvida, cerca de 60% dos problemas familiares e de relaciona-
mento que enfrentamos não são porque agimos mal, mas porque fala-
mos mal.

II- Passo a ser referência para os outros;

Numa terra em que todos falam mal de todos, alguém que é totalmen-
te o inverso passa a ser referência. Assim como os “faladores” são nota-
dos numa primeira conversa, aqueles que sabem se calar também são no-
tados. Pode até ser que, num primeiro contato, eles não sejam admirados,
mas, com certeza, com o passar do tempo, serão apreciados e até mesmo
Procurados, nas horas críticas da vida, como conselheiros ou serão citados
como exemplos a serem seguidos, pois nas horas de angústia e crise, nin-
guém procura um fofoqueiro nem um “descontrolado linguar” (permita-
me criar essa nova palavra) para o auxiliar. Nessas horas, as pessoas procu-
radas e que passam a ser nossa referência são aquelas que falam pouco e
acertado, que sabem se calar, que sabem se controlar.

III - Espalho vida - Pv 15.4

Uma pessoa delicada e amável no falar ajuda os outros a viverem; Vo-
cê se torna o médico, o amigo, o aliviador, o semeador de esperança, ou
seja lá o termo que quiser usar, mas a verdade é que você se torna alguém
muito querido daquela pessoa. E isso por quê? Porque você levou cura,
porque você conseguiu retirar o fardo que a estava sufocando, a dor que a
estava angustiando, aliviando sua alma com palavras de vida. Nisso reafir-
mamos o nosso versículo tema desse módulo: Provérbios 12:18 – “Há pa-
lavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura”.

IV– Preservo a mim mesmo;

O que guarda a sua boca preserva a sua vida; mas o que muito abre os
seus lábios traz sobre si a ruína (Pv 13.3). Mais claro que esse versículo,
impossível! Quando ouvimos mais do que falamos, quando pensamos du-
as vezes, antes de abrir a boca, resguardamos os outros de serem feridos,
mas, antes, resguardamos a nós mesmos
A Palavra diz em Provérbios 17.28 que “até mesmo
o tolo passará por sábio, se conservar sua boca fechada.”

Conclusão:
Todos nós queremos ser bem sucedidos. Ninguém quer o mal pra si
próprio, então, precisamos dar mais atenção ao que sai de nossas bocas.
Com certeza seremos mais bem sucedidos se conseguirmos ser prudentes
no nosso falar.
Aula 04
COMO CONTROLAR A LÍNGUA

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para

saberdes como deveis responder a cada um” . (Cl 4.6)

Introdução:
Gosto muito quando participo de algum treinamento onde o pales-
trante não apenas nos expõem os problemas e dificuldades, mas nos mos-
tra como solucioná-los. Ter apenas consciência dos problemas não é o
bastante, o importante é sabermos como mudar a situação e dar os passos
para que isso aconteça. Será, então, sobre esses passos que trataremos
nesta lição.

Para sermos pessoas melhores na área da língua precisamos:

I - Ter o desejo ardente de mudar;

Ninguém muda se realmente não desejar isso. Todas as grandes aqui-
sições e mudanças das quais gozamos na vida aconteceram, porque real-
mente as desejamos e buscamos. Quando, de fato, queremos algo, esfor-
çamo-nos. Disciplinamo-nos. Algumas pessoas dizem que querem, mas
não se esforçam, não fazem nada para mudar e aí eu pergunto: será que
elas realmente querem? Para melhorarmos nessa área precisamos querer,
então, queira mudar! Esse é o primeiro passo.

2 - Nos vigiar;
Salmo 39.1 - “Eu disse: Vigiarei a minha conduta e não pecarei em
palavras; porei mordaça em minha boca enquanto os ímpios estiverem na
minha presença.” Cada um de nós tem dificuldade em uma área e, se a
sua é a língua, precisa vigiar e ficar mais atento, sempre que for falar.
Quem tem problemas com a língua e quer vencer isso não pode ficar rela-
xado e despreocupado quando estiver em rodinha de amigos; precisa ficar
atento para não dizer algo de que possa se arrepender depois. Não se des-
cuide. Vigie!

III- Pensar nas consequências;

Tudo que fazemos tem uma consequência. Tanto coisas grandes como
pequenas. Se escolho tomar um banho, antes de sair para o trabalho, isso
trará sobre mim a consequência de me sentir melhor. Se falo bom dia com
alguém, isso trará uma consequência, e assim são todas as coisas que faço.
Saiba, então, que, quando somos rudes, maledicentes e antecipados com as
palavras, isso também trará sobre nós consequências que, muitas vezes,
serão irreversíveis. Precisamos ter sempre em mente esse discernimento.
O posicionamento que escolhermos ter com relação à nossa língua trará
após si suas consequências.

IV- Ter a sua língua como motivo de oração;

Salmos 141.3 - “Ó Deus, ajude-me a não falar, ajude-me, por favor, a
me controlar.”
Peça a ajuda a Deus. Assim como o salmista, você precisa orar pela sua
língua.

V– Coloque-se no lugar do outro;

Ame ao próximo como a si mesmo (mandamento do Senhor). Di-
zem que 99% dos problemas do mundo seriam resolvidos se as pessoas
se colocassem no lugar do outro. E isso é verdade! Procure sempre pensar
em como você se sentiria se o outro falasse rudemente com você e conse-
guirá melhorar suas palavras.
VI - Purifique o seu coração.
Do coração saem os maus pensamentos, as más atitudes. Um cora-
ção amargurado e doente produzirá apenas palavras más. Se do seu ouvi-
do ou nariz sai pus, é sinal de que algo lá dentro está infeccionado. O pus
que sai é sinalizador do problema que existe lá dentro. Então, não adian-
ta tentarmos manter a aparência, pois não conseguiremos por muito tem-
po. O que é preciso fazer é purificar o coração. Nossas palavras refletem,
na verdade, o que está se passando dentro do nosso coração. Pessoas
amarguradas não têm palavras de ânimo para oferecer a ninguém. Pessoas
invejosas não têm palavras de incentivos, e isso não é um problema sim-
plesmente de palavras, mas do coração. A “infecção” está no coração e,
enquanto ele não for curado, não terá “perfume” a oferecer a ninguém.
Sendo assim, entregue-se a Deus e permita que Ele, através do Seu Santo
Espírito, cure seu ser, e as palavras que exalam vida serão consequência
de um coração limpo e bem adornado.

Conclusão:
Tudo se torna possível, quando alinhamos nosso desejo ao de
Deus e tomamos as posturas corretas. Progredir no controle da língua é
desejo Dele e, se esse também for o nosso, com certeza Ele nos ajudará e
seremos vitoriosos. Comece hoje a fazer um propósito com o Senhor de
proferir palavras que edifiquem e glorifiquem Seu Nome. Ele, com certe-
za, será seu parceiro nesse objetivo.

Kenia Costa Gregório

Casa de Oração da Cehab - Itaperuna/RJ