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50 Tons De Escarlate
Autor(es): Candace Shallot

Sinopse
Phoebe Grey sempre foi privada de uma adolescência normal por causa do controle excessivo e rigidez
de seu pai. Ao terminar um relacionamento por causa da interferência de seu irmão Ted e de seu pai, vai
encontrar consolo nos braços de Tomas Carter, um jovem empresário amigo de sua família, casado e
ainda por cima um Dominador disposto a fazer dela sua Submissa.

Notas da história
Cinquenta Tons não me pertence, assim como a maioria dos personagens dessa fic, eles são de autoria
de E.L. James, afinal se me pertencessem eu já estaria rica rs
Mas essa história é minha, por isso sem plágio, ok?
Contém cenas de sexo, BDSM, violência e palavrões, por isso se não gosta melhor nem ler.

Índice
(Cap. 1) Uma Mentira
(Cap. 2) Primeira vez
(Cap. 3) Meu Irmão, um dedo-duro
(Cap. 4) O olhar de Carter
(Cap. 5) De mal a pior
(Cap. 6) Quando as coisas vão mal, Carter sempre aparece
(Cap. 7) Conhecendo o Escala
(Cap. 8) Um acordo com Carter
(Cap. 9) As coisas finalmente melhoram
(Cap. 10) Um encontro Marcado
(Cap. 11) O Misterioso quarto
(Cap. 12) Primeiro Castigo
(Cap. 13) Regras de Carter
(Cap. 14) Um Belo Dueto
(Cap. 15) Almoço Especial
(Cap. 16) Estreando o carro novo
(Cap. 17) Perguntas e Respostas
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(Cap. 18) Aaron

(Cap. 1) Uma Mentira

Notas do capítulo
Queridos,
Essa é a primeira fic que estou fazendo de Cinquenta tons de Cinza.
Pra entrar no clima dessa vez vou narrar na primeira pessoa.

Escondi o vestido de Baile dentro da mochila, eu sabia que aquilo o amassaria, mas não era
nada que eu não pudesse resolver quando estivesse na casa de Susan.

Coloquei uma calça jeans simples com uma blusa cor de rosa comum e desci as escadas
tentando esconder meu nervosismo pois meu pai tinha um faro pra saber quando estávamos fazendo
alguma coisa de errada.

Quando cheguei na Sala ele estava sentado no sofá ao lado da minha mãe, ele bebericava uma
taça de vinho e parecia relaxado.

– Onde vai, Phoebe? - perguntou.

– Para a casa de Susan, noite das garotas. - menti, não a parte que estava indo para a casa de
Susan, mas sim a parte em que seria uma daquelas noites de garotas.

– Vou mandar Prescot acompanhá-la. - meu pai disse.

Era justamente o que eu temia: que ele mandasse minha segurança particular ir comigo pra me
seguir feito um maldito cão de guarda.

Não que eu não gostasse de Prescot, ela era legal e me conhece desde que eu era uma criança,
quando papai a recontratou.

O ruim era que ela também era extremamente obediente a ele, o que tornava as coisas
frustrantes pra mim.

Meu pai não podia nem sonhar que eu estava indo naquele Baile, pois era para o último ano, o
Baile de Fornatura dos Veteranos e dei muita sorte por ser convidada por Ian Sanders, um dos
gostosos e mais velho do que eu.

Mal podia acreditar que alguém como ele havia me notado, não que eu seja feia, mas nunca fui
do tipo popular como as líderes de torcida que são as favoritas de caras como Ian.

Eu queria ser uma líder de torcida também, mas meu pai controlador nunca permitiria que eu
subisse em uma pirâmede com roupas tão curtas e sensuais, além disso era necessário ser popular para
ser líder e popularidade é uma coisa que só se consegue quando se tem uma vida social intensa, o que
nunca foi meu caso, não por falta de vontade da minha parte.

– Pra dormir na casa de Susan comigo? Mas isso é um absurdo! Será que não tenho liberdade
nem pra assistir alguns filmes sozinha com minha melhor amiga enquanto me afundo em uma panela de
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brigadeiro? - reclamei horrorizada.

Citei a comida porque meu pai sempre foi psicótico com nossa alimentação lá em casa, estava
sempre preocupado se mamãe, meu irmão e eu estávamos comendo, o que também era um pé no saco
já que por causa disso passei minha infância e boa parte da minha adolescência recebendo apelidos
como "porca" e "baleia.

Isso é claro que foi antes de eu descobrir que podia secretamente enfiar o dedo na garganta e
colocar tudo pra fora. Está aí um segredo que consigo manter muito bem longe de meu pai. Aqui em
casa ninguém desconfia disso, o que é bom pra mim.

Graças a isso agora finalmente tenho um corpo bonito e mais magro.

– Phoebe querida, você sabe que só faço isso pensando na sua segurança. Sabe o quanto você
e seu irmão são importantes pra nós. - meu pai disse.

Revirei os olhos, era uma coisa instintiva que eu fazia sempre que me sentia contrariada.

Sei porque ele se preocupa tanto com a nossa segurança, minha mãe me contou que a alguns
anos atrás, quando meu irmão e eu não éramos sequer nascidos, minha tia Mia foi sequestrada e mamãe
chantageada para pagar seu resgate.

Meu pai disse que foi o pior momento da vida dele e é por isso que nos sufoca com todos
aqueles seguranças e seu controle absoluto.

– Querido, acho que não tem nada de mal se Taylor deixar Phoebe na casa de Susan e amanhã
de manhã voltar para buscá-la. Tenho certeza de que ela ficará a salvo durante a noite, afinal nossa
menininha já está ficando crescidinha.Já conversamos sobre isso. - disse minha mãe me defendendo.

Ela estava arrumada com um belíssimo vestido cor de ameixa que deixava seu corpo bem
marcado, provavelmente estava indo para algum jantar com meu pai.

Era incrível como mesmo depois de dois filhos e já sendo uma mulher de meia idade, mamãe
conseguia ter o corpo mais bonito do que muita garota da minha idade, mais até do que o meu.

– Está bem, Ana, mas amanhã de manhã Taylor estará na porta da casa de Susan. - meu pai
disse.

Era bem melhor do que nada, tudo o que eu tinha que fazer era voltar do Baile antes de
amanhecer.

Controlei meu sorriso para não parecer animada demais, caso contrário ele poderia desconfiar.

– Melhor, eu vou indo. Até logo pai, tchau mãe. - me despedi com um aceno e tratei de sair
logo por aquela porta.

Não demorou muito chegamos na casa de Susan, ela é minha melhor amiga desde que foi
transferida para a mesma escola onde estudo e concordou em dizer para os meus pais que eu passaria a
noite na casa dela quando na verdade eu pretendia sair de lá e ir direto para o Baile.

Susan é a única pessoa na face da Terra que me acoberta em tudo e ás vezes eu faço o mesmo
por ela, já que ela também sofre com pais controladores.

– Rápido Phoebe Grey, Ian estará aqui em 40 minutos, precisa se arrumar logo, garota! - disse
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Susan apressada.

– Meu vestido, tive que colocar na mochila e acho que está amarrotado. - falei.

– Merda! Vamos fazer o seguinte então, eu passo o vestido enquanto você se maqueia e passa
a piastra no cabelo. - Susan rapidamente encontrou a solução.

Não era tão difícil já que meu cabelo é liso, era mais pra mantê-lo arrumado.

Meu vestido era simplesmente a coisa mais sensual que existia, era vermelho, cor escarlate que
é também a minha cor favorita.

Escolhi um batom da mesma cor para combinar e uma vez que estava pronta, Ian logo chegou e
estava lindo como sempre.

Seu sorriso era branco e brilhante, a pele morena queimada de Sol e ele tinha vários músculos,
talvez por ser do time de lacrosse.

– Uau, Phoebe! Você tá gostosa! - elogiou.

Eu esperava que ele dissesse algo melhor como "linda", mas me contentei com aquele elogio.

Susan estendeu uma máquina fotográfica para tirar uma foto nossa, afinal aquele momento
precisava ser registrado já que era o meu primeiro Baile .

Eu não era nenhuma inocente, sabia que Ian também iria querer tirar minha virgindade naquela
noite, mas sinceramente? Eu não estava nem aí, já estava na hora afinal embreve completaria meus
dezessete anos e a impressão que tinha ultimamente era que se não agarrasse a oportunidade
provavelmente meu pai me faria morrer virgem ou talvez me trancaria em um convento.

Ás vezes tenho a impressão de que era isso que ele queria fazer se pudesse, mas infelizmente os
conventos hoje em dia não aceitam mais garotas levadas a força para se tornarem freiras e meu pai sabe
que definitivamente não tenho vocação, para sua frustração.

(Cap. 2) Primeira vez


– Aceita uma bebida? - Ian perguntou assim que chegamos na festa.

Eu ainda era menor de idade, mas por causa da tensão da noite resolvi aceitar pra relaxar um
pouco mesmo sabendo da enorme quantidade de calorias que havia nas bebidas alcoolicas.

O pior é que não tinha nem como vomitar porque senão Ian poderia sentir o gosto quando
fôssemos nos beijar. Infelizmente eu tinha esquecido de colocar meu chiclete sem açúcar na bolsa por
causa da pressa com que saí de casa e nervosismo por estar ludibriando meu pai.

– Claro, aceito sim. - respondi e logo ele foi buscar pra mim um pouco de ponche batizado com
vodka como de praxe naqueles bailes.
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Fiquei me perguntando como os professores não desconfiavam de nada ou talvez fizessem vista
grossa, mas isso não importava.

Uma música começou a tocar e eu senti que estava ficando mais "animadinha" por causa do
efeito do alcool.

A festa estava muito bonita, com diversas garotas bem vestidas mas pela primeira vez não me
senti inferior porque o vestido que eu estava usando também era de arrasar.

– Podemos dançar um pouco? - pedi a Ian.

– Claro, gata. - ele respondeu me pegando pelo braço e levando pra pista de dança.

A primeira música era dançante e divertida, me senti especial porque Ian estava dando total
atenção pra mim. O sorriso dele era muito bonito e contagiante, estava feliz porque tudo dava certo e
satisfeita comigo mesma.

De repente a música mudou pra uma melodia mais suave e senti as mãos de Ian me envolvendo
pela cintura enquanto seu corpo encostava no meu.

Seus lábios se uniram aos meus lábios e ele iniciou um beijo voraz colocando a língua na minha
boca que eu retribuía acompanhando os movimentos que ele fazia, ainda que sentisse como se ele me
babasse toda. Não me importava, pois sabia que era assim mesmo e porque eu estava com um dos
caras mais populares e bonitos da escola.

Susan com certeza estava torcendo por mim em casa ansiosa para que eu voltasse e lhe
contasse todos os detalhes da minha noite.

Ian terminou o beijo com um selinho nos meus lábios e logo depois começou a sussurrar no meu
ouvido:

– O que acha de irmos a um lugar mais reservado? - perguntou,

Senti um arrepio percorrendo meu corpo, parecia cedo demais, mal havíamos chegado na festa.

– Não acha um pouco cedo, ainda nem aproveitamos a festa? - falei inocentemente.

– E daí? É apenas um Baile, não tem muita coisa pra aproveitar aqui. Podemos aproveitar muito
mais só nós dois. - disse com um tom safado na voz enquanto fazia uma carícia na minha cintura.

Claro que pra ele era apenas um Baile, ele já havia ido a outros antes, mas pra mim era o meu
primeiro Baile e por isso eu queria saber tudo o que acontecia em um evento como aquele, mas não
queria deixá-lo chateado e parecer infantil dizendo que preferia ficar, haveriam outros Bailes que eu
poderia aproveitar.

– Está bem. - disse com um suspiro e Ian me pegou pela mão e foi me levando até seu carro.

Abriu a porta do banco de trás, o que estranhei.

– Não existe lugar mais tranquilo pra nós dois do que o meu carro. Podemos ouvir um bom
som e o banco de trás é bem espaçoso. - ele falou e eu entrei fazendo o que ele queria.

Uma vez que eu estava dentro do veículo, Ian trancou as portas e retirou uma garrafinha do
terno que estava usando contendo bebida alcoolica.
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– Aqui, Jack Daniel's, Você vai gostar. - disse me oferecendo a garrafinha.

Peguei e tomei mais um gole sabendo que iria precisar, já estava me sentindo tonta pela falta de
costume com a bebida. Havia misturado vodka com o whiskey agora e minhas pernas já estavam moles.

Passei a garrafa de volta para Ian que virou de uma vez, não nego que fiquei impressionada com
a maneira como ele bebia, mas ele já estava acostumado.

Ao ligar o som do carro colocou um hip hop que eu não conhecia, não sabia que ele gostava
desse tipo de música e sinceramente não me concentrei muito na letra pra dizer qual era, já que no
segundo seguinte Ian debruçava-se sobre mim e começava a me beijar novamente.

– Nossa Phoebe, você está muito gostosa! - disse enquanto descia os beijos pelo meu pescoço
dando alguns chupões ali. Fiquei preocupada com medo de que meu pai ou meu irmão vissem aquilo,
então o empurrei um pouco.

– Espera, assim não, não posso chegar em casa com marcas. - expliquei.

– Relaxa, gata. Nada de marcas então. - ele disse e fiquei mais aliviada.

Ele foi abaixando as alças do meu vestido e apalpou meus seios primeiro com suas mãos, isso
eu gostei porque essa era uma área do meu corpo naturalmente sensível. Eu sentia muito prazer quando
Ian tocava em meus seios e um calor me consumia entre as coxas.

Um gemido escapou dos meus lábios quando ele levou um de meus seios á boca sugando-o
devagar, enquanto chupava meus peitos uma de suas espertas mãos levantavam meu vestido e eu o
sentia acariciando minhas coxas até a direção onde estava minha calcinha. Sua ereção já se pressionava
contra o meu corpo enquanto seus dedos chegavam minha calcinha pro lado.

Tentei fechar as pernas, mas não adiantou, Ian pressionou o meio das minhas coxas sentindo
que eu estava úmida.

Primeiro me pressionou com os dedos e senti uma dor, porque afinal de contas eu era virgem.

– Você nunca fez sexo? - me perguntou.

– Não. - respondi envergonhada.

– Não se preocupa, eu vou ser bem carinhoso com você. - disse acariciando meu rosto
enquanto me olhava nos olhos e isso me relaxou, ele estava tão fofo que me senti mais tranquila.

Assenti com a cabeça e logo Ian voltava a me beijar enquanto abria o zíper da própria calça,
não quis tocá-lo naquele dia com medo de me assustar e acabar desistindo. Nunca havia visto um
pessoalmente antes, pelo menos não o de um homem adulto.

Senti ele deslizando minha calcinha pelas minhas pernas, ainda bem que eu tinha me depilado
bem com a gillete antes de sair de casa, Susan costumava dizer que tínhamos que andar preparadas
para tudo.

De repente se afastou de mim tirando um preservativo do bolso, fiquei feliz por ele ter se
lembrado disso já que eu odiaria ficar grávida estragando meu corpo que ultimamente vinha me dando
tanto trabalho para mantê-lo em forma, sem contar que meus pais pirariam se isso acontecesse antes de
eu me formar.

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Esperei que ele colocasse o preservativo e logo em seguida ele me deitava no banco de seu
carro e subia em cima de mim, me penetrando.

Senti uma dor diferente, ardendo-me por dentro, mas ao menos ele cumpriu sua palavra e foi
devagar até eu me acostumar com ele dentro de mim. Depois de alguns minutos começou a se
movimentar, a sensação era estranha e o ritmo foi aumentando. Finalmente agora eu não era mais virgem
apesar de sexo ser bem diferente do que eu imaginava.

Ele foi acelerando até um momento em que se enterrou ainda mais fundo dentro de mim e
depois saiu ofegante, foi aí que soube que ele havia gozado.

– Isso foi o máximo, como está se sentindo, Phoebe? - perguntou.

– Bem. - respondi enquanto ajeitava meu vestido e colocava de volta minha calcinha.

Foi assim que perdi minha virgindade, não dentro de um quarto de Hotel romântico com velas
aromáticas e um ambiente perfeito como toda garota sonha, mas sim no banco de trás do carro de Ian
Sanders.

(Cap. 3) Meu Irmão, um dedo-duro


Saí daquele carro ajeitando meu vestido e parei pra dar uma olhada no meu reflexo pelo vidro
do espelho.

Meu cabelo estava bagunçado pela primeira vez em um estado pós-foda, minha maquiagem um
pouco borrada e a roupa estava um pouco amassada, mas nada que eu não pudesse ajeitar.

Embora sexo não fosse lá tão grande coisa eu estava feliz por ter perdido a virgindade ainda
que não fosse do jeito que toda garota sonha.

Mal sabia eu que minha noite ainda se tornaria um pesadelo quando de repente me dou conta
através do reflexo da janela do carro de Ian que meu pai e meu irmão estavam ali e eu reconhecia muito
bem aquele olhar de fúria de Christian Grey.

– Então era essa a noite só de meninas com uma panela de brigadeiro inofensiva que você tinha
em mente, Phoebe Grey? - o tom de voz do meu pai chegou a me dar arrepios.

Me vi ficando extremamente pálida e devagar fui me virando pra encarar seus olhos frios e
cinzentos.

Meu irmão também me fitava, mas tinha certeza de que secretamente ele estava feliz com aquela
situação.

– Perdão, pai, mas se eu dissesse sabia que não me deixaria vir. - falei com lágrimas nos olhos.
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Olhei para os lados procurando por Ian, mas ele não estava mais ali, ficou com medo quando
viu meu pai e meu irmão chegando, eu não o culpava por isso, afinal no lugar dele eu também teria
medo, os homens da minha família sabiam ser bem intimidadores quando queriam.

– Agora não é hora para explicações, entre no carro. - papai disse com um tom de voz
autoritário que eu não me atreveria a desobedecer de jeito nenhum.

Seu Audi estava estacionado bem perto dali e assim que entrei começou o sermão.

– Você provou que não é digna de confiança, Phoebe. Mentiu e ainda esteve no carro fazendo
sabe-se-lá o que com aquele idiota. Você sabe que essa atitude lhe trará consequências, não sabe? -
reconheci o tom de falsa calma do meu pai.

Era simplesmente assustador, pela primeira vez na vida tive medo de que ele me batesse.

Claro que meu pai nunca encostou a mão em mim, ele era rigoroso mas meus pais sempre
foram contra castigos físicos em crianças.

Me limitei a balançar a cabeça afirmativamente, eu estava me sentindo humilhada naquela hora


por ter sido arrancada daquele jeito da festa e só desejava que ninguém tivesse visto aquilo, só assim eu
poderia aguentar o que quer que viesse.

– Por ter demonstrado que não é digna de confiança ficará de castigo por tempo indeterminado,
Phoebe. Só poderá sair de casa para ir a escola escoltada por Prescot ou acompanhada por sua mãe,
seu irmão ou eu.Está proibida também de ver aquele rapaz. - ele disse.

Abri a boca e tornei a fechá-la, aquilo era praticamente uma prisão.

Meu pai não tinha o direito de fazer isso, mas naquele momento não contestei, afinal havia sido
flagrada depois de transar com Ian.

– Posso fazer uma pergunta? - pedi.

– Faça. - disse papai.

– Como foi que você descobriu? - perguntei, essa era a dúvida que mais martelava na minha
cabeça.

– Matt me contou que você viria e que era a acompanhante de Ian. - meu irmão nos
interrompeu explicando.

Claro, Teddy era amigo do irmão de Matt e era bem típico dele contar tudo para o meu pai.

Theodore Grey era um dedo-duro filho da mãe! Minha vontade era esganá-lo, mas infelizmente
eu não podia.

Apertei o tecido do meu vestido e jurei que um dia eu iria me vingar dele.

Agora tudo o que eu queria fazer era ir pra casa chorar na cama que era lugar quente, mas nem
mesmo isso eu pude fazer quando vi o carro entrando na garagem da casa dos meus avós.

– Não vamos pra casa? - perguntei.

– Não, estávamos no meio de um jantar quando tive que sair pra ir buscar você. Sua mãe ficou

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com sua tia para entreter os nossos convidados. Saia do carro. - meu pai disse ainda mal-humorado.

A última coisa que eu queria era ver outras pessoas naquele momento, mas não tinha muita
escolha.

Saí do veículo em fui caminhando para o interior da casa que eu já conhecia.

Ao chegar na Sala de Jantar de repente parei de pensar em tudo o que havia me acontecido de
ruim naquela noite quando um belo par de olhos azuis me fitou.

Ele estava sentado na mesa ao lado de minha mãe e era o homem mais bonito que eu já tinha
visto em toda a minha vida. Os olhos eram bem penetrantes e era como se pudessem enxergar minha
alma. O rosto era perfeito, másculo porém com uma pele suave que pensei que adoraria tocá-la.

Era quase como se ele tivesse saído de um filme de Hollywood, chegava a ser até mesmo mais
bonito do que Ian, só que com uma beleza mais de homem do que de garoto.

– Tomas, essa é minha filha Phoebe. - meu pai me apresentou a ele e agora não tinha mais
nenhum traço de fúria em sua voz. - Phoebe, esse é Tomas Carter, um amigo nosso que está aqui
também para fecharmos alguns negócios.

Desde quando meu pai tinha amigos? Isso era algo bem raro de se ver.

Eu lembrava de alguns parceiros de golf mas isso era tudo já que papai nunca foi um homem de
fazer muitas amizades.

Pelo visto ele também tinha amizade com meus avós e tio Elliot, agora estava explicado, eu só
não sabia como alguém tão jovem podia ser um amigo da família.

Educadamente Tomas se levantou e segurou minha mão, senti um arrepio percorrendo meu
corpo quando ele fez isso.

Não estava preparada para o que viria a seguir: Carter levou minha mão aos lábios como
costumava-se fazer antigamente e beijou as costas da minha mão.

Senti uma leve tontura com aquele gesto e minhas faces é claro que ficaram coradas, olhei para
os lados e notei que os outros estavam achando graça, meu pai não parecia chateado com o gesto de
Tomas e compreendi que talvez ele costumasse ser assim com todos os que conhecia.

Só uma coisa me deixou um pouco decepcionada: em sua mão notei que havia uma aliança
indicando que ele era casado, mas repreendi esse pensamento porque afinal de contas eu estava com
Ian e também um homem maduro e bonito como aquele jamais se interessaria por uma garota como eu.

– Encantado, Srta. Grey. - ele disse.

– É um prazer conhecê-lo também, Sr. Carter. - falei com a voz fraca por causa do efeito que
ele causava sobre mim, mas meus pais pensaram que talvez fosse pela situação que eu havia acabado de
passar.

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(Cap. 4) O olhar de Carter


Enquanto todos conversavam animadamente naquela mesa eu não conseguia evitar olhar para
Carter, sentia que poderia me perder naqueles olhos e toda vez que ele olhava de volta pra mim, coisa
que acontecia diversas vezes ou talvez fosse coisa da minha cabeça porque com certeza um homem
como aquele e ainda por cima casado não flertaria com uma pirralha feito eu, ainda mais na frente da
minha família.

A tensão estava crescendo pra mim naquela mesa porque comecei a ficar com medo de que
alguém reparasse que eu estava completamente deslumbrada por Tomas Carter e já podia imaginar meu
pai e Teddy me acusando de ser uma pervertida por pensar nessas coisas, fora que meu estado ainda
não estava dos melhores.

– Com licença, acho que preciso ir ao toilete. - falei dando uma desculpa pra sair daquela mesa
imediatamente.

Assim que cheguei no banheiro olhei para o meu reflexo naquele espelho e fiquei pensando:
"Calma Phoebe, ele não é daqui, se fosse você já teria sido apresentada a ele antes. Isso que está
tendo é alguma espécie de surto ou super atração porque o cara é bonito demais. Talvez muitas
outras mulheres tenham essa mesma reação e depois você tem o Ian. Claro que não vai parar de
ver o Ian só porque o seu pai quer".

Disse pra mim mesma mentalmente, acho que era o meu subconsciente falando comigo de uma
maneira bem direta e racional. Amor a primeira vista podia existir em contos de fada, mas eu duvidava
que acontecesse comigo na vida real. Aproveitei pra retocar a minha maquiagem ali enfrente ao espelho.

Estranhamente ter visto Tomas ao menos fez com que eu perdesse a vontade de chorar depois
do mico que meu pai e meu irmão me fizeram pagar no Baile.

Ao sair dali decidi dar um pulo no jardim, afinal pelo menos isso meu pai não tinha me proibido
de fazer e seria uma boa fuga pra evitar dar mais alguns olhares constrangedores no convidado e alguém
acabar percebendo porque eu sabia que não conseguiria me controlar, era simplesmente impossível pra
mim controlar o impulso de olhar pra ele.

O problema era que pelo menos naquele dia o destino não estava ao meu favor, pois mal pus os
pés no jardim advinha quem eu encontro? Simplesmente ele lá, com o celular na mão conversando com
alguém, provavelmente a esposa e eu invés de dar meia volta fiquei lá parada admirando aquele lindo
perfil pensando em como aquele homem era um pedaço de mau caminho quando ele desligou o celular e
na mesma hora olhou pra mim.

– Uma noite difícil, Srta. Grey? - perguntou enquanto vinha caminhando na minha direção.

– Mais ou menos. - menti sentindo minha voz fraquejar, mal podia acreditar que estava falando
com ele e sozinha no jardim.

– Não me parece que tenha sido "mais ou menos". Se quiser pode falar comigo sobre o
assunto, talvez precise conversar. - ele disse de uma maneira amigável.

Não entendi porque ele estava sendo tão solícito em querer me ajudar, ele não deveria se
importar, afinal nem me conhecia direito.

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Se ele não fosse tão lindo eu confesso que lhe daria uma resposta atravessada, mas acontece
que eu estava completamente atraída por Carter e queria e muito que ele ficasse a maior parte do tempo
possível conversando comigo mesmo sabendo que meus problemas de adolescente provavelmente só
iriam chateá-lo.

– Como sabe? - perguntei curiosamente, mas só estava querendo esticar a conversa.

– Percebi pela maneira como chegou, seus olhos pareciam estar cheios de lágrimas e seus
lábios avermelhados. - de repente ele levou os dedos até minha boca e tocou bem ali sujando as pontas
dos dedos com um pouco do brilho labial que eu tinha acabado de passar.

Nem precisa dizer que aquela atitude foi extremamente erótica e chegou a arrepiar os pelos do
meu braço.

Fiquei sem fala e para minha decepção ele afastou a mão logo em seguida, o que era uma pena
já que o meu corpo simplesmente ansiava pelo toque dele por mínimo que fosse.

– O que aconteceu? - perguntou, parecia mesmo interessado em saber.

Precisei reorganizar os meus pensamentos pra poder contar e decidi omitir a parte do sexo com
Ian porque isso era um pouco mais constrangedor.

– Meu pai é extremamente controlador. Não me deixa ir a lugar nenhum e me trata como
se eu fosse uma criança de 5 anos de idade. Hoje eu menti pra ir ao Baile com Ian, um cara com
quem eu estou ficando, ele é mais velho, é gato e me convidou pra ir com ele. Estava tudo dando
certo mas aí o dedo-duro do meu irmão descobriu e contou pro pai. Minha noite acabou sendo
um fiasco e estou de castigo sendo privada da minha liberdade por sabe-se lá quanto tempo. –
resumi a história toda.

Tomas coçou o queixo e não sei se foi impressão minha, mas pensei ter visto um lampejo de
contrariedade nos olhos dele quando mencionei o Ian.

– Bem, isso não parece muito legal da parte do seu pai, mas posso compreender. - falou.

– Compreender? Você só pode estar louco! Ele não deveria tirar o meu direito de ir e vir só
porque eu sou menor de idade. Não sou mais uma criança. - falei de repente esquecendo um pouco da
estranha atração que sentia por Tomas e cruzando os braços revoltada.

– Não, é claro que não é uma criança. Isso posso ver claramente, Srta. Grey. - respondeu
pensativo e tive a estranha impressão de que ele me avaliava de cima abaixo.

Na mesma hora senti minhas faces ficarem coradas quando fomos interrompidos pela minha
mãe.

– Tomas, você está aí! Conseguiu resolver o problema? - minha mãe perguntou de maneira
amigável.

– Sim, estava apenas tendo uma conversa agradável com a Srta. Grey. - falou de forma galante.

– Ah, que bom. Fico feliz que esteja tudo bem. - disse mamãe.

– Bem, já está um pouco tarde, tenho que ir já que não quero perder o meu vôo. Melhor eu me
despedir logo de Christian. - disse Tomas entrando de novo na casa.

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Senti uma pontada de decepção no peito, ele estava indo mesmo embora. Não era daqui e
provavelmente eu não o veria mais.

Soltei um suspiro, mas creio que ninguém percebeu. Talvez fosse melhor assim.

Notas finais do capítulo


Calma queridos, o Tomas ainda vai voltar rs
Esse foi só o primeiro encontro deles.
Beijinhos

(Cap. 5) De mal a pior


Quinze dias se passaram desde a última vez que eu tinha visto Tomas Carter e embora de vez
enquando a imagem daquelas lindos olhos azuis povoassem a minha mente lá no meu íntimo eu sabia que
não o veria mais, afinal ele nunca havia aparecido antes e morava em outra cidade.

Tinha que me concentrar no que estava perto de mim: Ian, mas mesmo ele fazia muito tempo
que eu não via por causa do meu castigo.

Meu pai levou muito a sério essa história de eu só poder sair de casa acompanhada por Prescot
e eu só podia esperar pelo dia em que finalmente completaria a maioridade e me veria livre deles, mas
por enquanto tinha que encontrar uma maneira de não ferrar pra sempre com a minha pouca vida social
que já era praticamente inexistente.

O dia havia começado normal em casa como sempre, meu pai exigindo que eu comesse algo
antes de ir para a escola, eu me sentindo tentada pelo delicioso e maligno pedaço de bolo de morango
que havia sido feito para o café da manhã e em seguida levantando da mesa o mais rápido possível com
a intenção de chegar mais cedo na escola e ir até o banheiro mais próximo onde poderia colocar toda
aquela gordura pra fora.

Já era capaz de sentir o meu rosto ficando mais redondo só de pensar nas terríveis calorias que
havia ingerido.

Assim que entrei naquele inferno particular para o qual eu era obrigada a ir todas as manhãs,
corri até o banheiro mais próximo e ajoelhei diante daquela privada prendendo meus cabelos em um
rabo de cavalo e enfiando o dedo bem fundo na minha garganta o máximo que pude.

Não foi difícil apesar de bolo não ser exatamente algo fácil de sair e de já ter passado quase
meia hora desde que eu tinha tomado aquele café da manhã. Isso porque eu estava acostumada.

Em tempos estressantes como aqueles as compulsões por comida eram mais frequentes. Por
sorte não havia ninguém mais no banheiro feminino, o que me deixava mais aliviada mas de repente tive
que parar o que estava fazendo ao ouvir o barulho de alguém entrando.

Não podia arriscar ser descoberta vomitando e praguejei mentalmente já que se passasse muito

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tempo não adiantaria nada pôr tudo pra fora. Me encolhi bem perto da privada para esperar que as
pessoas que haviam entrado fossem logo embora já que eu não queria ser vista fedendo a vômito e com
aquela aparência de acabada com os olhos vermelhos cheios de lágrimas como acontecia toda vez que
eu vomitava.

Logo a voz irritante de Pâmela Ashton, a líder de torcida e uma das garotas mais populares e
magras daquela escola começou a tagarelar para sua amiguinha que mais parecia seu capacho sempre
andando atrás dela fazendo tudo o que ela desejava.

– Tory, o que foi aquilo na festa do Joseph ontem? Você ficou com o Ian o tempo todo e até
pareciam um casal de namorados. - disse Pam.

Na mesma hora apurei os ouvidos porque sabia que elas estavam falando do meu Ian, não que
ele fosse totalmente meu já que não estávamos namorando nem nada, mas eu ainda tinha esperanças e
saber que ele tinha ficado com outra pessoas sendo que a poucos dias atrás havia tirado minha
virgindade simplesmente era uma coisa que não fazia bem para a minha auto-estima que já não era das
melhores.

Não era como se eu estivesse apaixonada por ele nem nada, mas eu também desejava ter um
namorado legal e que gostasse de mim. Além disso Tory era muito mais bonita e mais magra do que eu,
isso era um outro ponto que me deixava magoada.

– Pois é, ele me pediu em namoro e é tão fofo! - ela disse com uma voz sonhadora.

De repente senti que não precisaria arranhar minha garganta com meu dedo pra conseguir me
livrar do meu café da manhã, pois aquilo era o suficiente pra me deixar enjoada.

– Pensei que ele estava saindo com aquela garota do jornal da escola, a Grey. Eu vi os dois
juntos no Baile. - Pâmela disse enquanto retocava sua impecável maquiagem.

Eu sabia disso porque agora estava olhando as duas pela fresta da porta e pra minha desilusão,
ambas pareciam perfeitas com cabelos brilhantes e corpos que eram simplesmente tudo o que eu mais
desejava ter na vida.

– Phoebe Grey, aquela garota gorda e sem o menor senso de moda? Ele só estava comendo
ela, claro que alguém como Carter jamais iria querer alguma coisa séria com uma nerd feito ela. - Tory
se referiu a mim com uma cara de nojo que fez com que eu enfiasse as unhas no meu próprio braço pra
conter minha raiva.

– É verdade, nisso eu tenho que concordar. - disse Pâmela e logo em seguida as duas saíram
do banheiro me deixando sozinha novamente.

Olhei para o relógio e percebi que ainda faltavam alguns minutos para as aulas, então saí dali e
fitei meu próprio reflexo no espelho.

Embora eu sentisse raiva daquelas duas pela maneira como haviam falado de mim, sabia que
elas tinham razão e fiquei com raiva de mim mesma.

Precisava me castigar por ser uma criatura tão feia e inútil, então abri minha mochila e retirei um
estilete da bolsa.

O tempo estava frio, então o casaco que eu estava usando com certeza iria esconder.

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Ergui a manga e comecei a fazer um corte ali.

Eu não me orgulhava disso, não era como se eu fosse uma dessas pessoas emo ou qualquer
coisa do tipo, simplesmente era uma maneira que eu tinha de castigar a mim mesma e aliviar a dor que
eu estava sentindo. Ninguém sabia disso.

Quando terminei lavei o rosto e saí daquele banheiro como se nada tivesse acontecido e fui até
minha sala de aula.

Tentei me concentrar nos estudos pra não pensar naquela conversa que tinha tido naquela
manhã ou pensar em Ian, mas na hora da saída tudo veio a tona quando entrei no carro com Prescot ao
volante e através dos vidros fumê vi o carro de Ian parado com os vidros abertos e Tory entrando nele
com aquele sorriso afetado no rosto e cumprimentando-o com um beijo.

Notas finais do capítulo


No próximo capítulo o Tomas aparece rs

(Cap. 6) Quando as coisas vão mal, Carter sempre aparece


Assim que cheguei em casa tudo o que eu conseguia pensar era em ir direto para o meu quarto
me trancar e esquecer que o mundo existia, afinal meu dia tinha sido péssimo, mas assim que pus os pés
na Sala dei de cara com um par de olhos azuis me fitando.

– Srta. Grey, que prazer revê-la novamente. - o sorriso brincalhão de Carter me pegou
desprevenida.

Eu não esperava encontrá-lo ali, juro que pensei que nunca mais o veria, ele parecia uma
miragem parada no meio da sala com ar de despreocupado.

– Hã... oi! - foi tudo o que eu consegui dizer, sei que parecia uma idiota mas não consegui
pensar em uma forma melhor de cumprimentá-lo porque a simples presença dele me deixava sem fala.

Era incrível o efeito que Tomas exercia sobre mim e de repente eu já nem me lembrava mais
das ofensas de Tory ou de ter visto Ian com ela.

O mais engraçado foi que comecei a perceber que toda vez que as coisas iam de mal a pior,
Tomas Carter aparecia. É, talvez eu devesse ter mais dias ruins, pois se fosse pra ele aparecer sempre
que meu mundo estivesse desmoronando então até que valia a pena. Minhas faces ficaram mais
vermelhas ainda quando percebi o que eu tinha acabado de pensar.

"Foco Phoebe, você não deveria pensar essas coisas, além dele ser casado é mais velho e
amigo dos seus pais". Me repreendi mentalmente, acho que o meu lado mais sensato estava falando
mais alto.

– Phoebe, que bom que chegou, preciso que faça um favor pra mim. - Teddy disse e só então

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percebi que ele também estava na sala.

Olhei ao nosso redor e éramos só nós três ali, meus pais não estavam na sala, o que já era
esperado já que eles costumavam estar trabalhando naquele horário.

Pensei em recusar prontamente qualquer favor que Teddy viesse a me pedir sem nem saber do
que se tratava já que eu ainda estava bastante chateada com ele por ele ser o culpado do meu castigo,
mas tratar meu irmão com grosseria na frente de um convidado ainda mais sendo Tomas não me
pareceu muito educado, então decidi ouvir o que ele tinha a dizer.

– O que? - perguntei.

– Será que você poderia acompanhar o Sr. Carter até o Escala e mostrar a ele o apartamento?
Fiquei de fazer isso mas surgiu um imprevisto com Hanna. - disse Teddy.

Hanna era a nova namoradinha dele e confesso que eu não ia nenhum pouco com a cara dela já
que era mais uma Tory da vida. Foi aí que percebi que Teddy parecia nervoso e havia algo de muito
estranho no comportamento dele já que ele não costumava deixar de fazer suas tarefas largando tudo
pro alto pra ir atrás das namoradinhas. Na verdade meu irmão sempre foi muito responsável com
trabalho e com as tarefas que papai dava pra ele fazer.

Com certeza alguma coisa séria tinha acontecido, ou isso ou ele estava mesmo muito
apaixonado por essa garota, o que era raro já que Teddy não era do tipo que se apaixonava fácil.

Não me arrependi de ter escutado o pedido de favor, afinal isso significava passar um pouco
mais de tempo com Tomas e só de poder olhá-lo e ficar perto dele por algumas horas já valia a pena,
mas tinha um pequeno probleminha é claro, Prescot justamente naquele dia tinha marcado de levar o
filho ao médico depois de me deixar em casa.

– Não vai dar, Prescot já saiu e não tem ninguém pra me acompanhar, ou você esqueceu do
meu castigo? - disse com tom de amargura.

Esperava que meu irmão fosse esquecer da idéia, mas pelo visto ele estava mesmo
desesperado.

– Sem problemas, aqui as chaves do meu Saab. Ninguém precisa saber que você deu uma
escapada do castigo. - ele disse jogando as chaves pra mim.

Por um segundo me perguntei mentalmente se eu não estava tendo algum tipo de alucinação, já
que aquilo parecia demais até pra mim.

Meu irmão me emprestando um dos carros dele, aos quais ele tratava melhor até do que as
próprias pessoas com quem convivia já que eles eram os tesouros dele e ainda por cima podendo sair
de casa desacompanhada de seguranças ou de gente da família? Era bom demais pra ser real.

Antes que eu pudesse abrir a boca pra protestar, Teddy já estava pedindo licensa e saindo dali.

– Espero não ser nenhum incômodo pra senhorita me fazer esse pequeno favor. - disse Carter

– Não é incômodo nenhum. - falei debilmente enquanto me virei pra ir até a garagem onde vi
finalmente o reluzente Saab do meu irmão enquanto ele saía dali dentro de seu Mercedes.

Sempre achei injusto que Teddy pudesse ter dois carros enquanto papai não me deixava ter
nenhum porque não queria que eu dirigisse sem sua supervisão pelo menos enquanto ainda fosse
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considerada nova de mais pra isso. Eu suspeitava de que esse nova demais duraria até que eu tivesse
uns trinta anos se conhecia bem o Sr. Christian Grey.

Entrei no carro e Carter sentou-se ao meu lado no banco do carona colocando o cinto de
segurança. Tentei não olhar pra ele pra não me desconcentrar e acabar causando um acidente.

Eu sabia onde ficava o Escala embora nunca estivesse lá.

Achei estranho que papai e mamãe tivessem mandado Teddy mostrar aquele apartamento pra
Carter, tudo o que eu sabia era que meus pais tinham morado lá por um tempo e de vez enquando iam
pra lá, quando queriam ficar a sós é claro embora o pensamento sobre o que eles faziam lá era algo
definitivamente constrangedor.

– Então meus pais querem que você conheça o Escala? - perguntei puxando um assunto, mais
por curiosidade já que não me passava pela cabeça que pudessem vender aquela propriedade que tinha
um valor sentimental para meus pais ao menos que eles estivessem precisando de um dinheiro extra, mas
evidente que não era o caso já que eu saberia se minha família estivesse com problemas financeiros e
dinheiro era algo que não faltava lá em casa, éramos uma das famílias mais ricas de Seattle e talvez até
mesmo do país.

– Sim, estou alugando por um tempo já que vou ficar na cidade pra cuidar de mais alguns
negócios. Seu pai foi generoso em me deixar alugar o apartamento por um preço até bem simbólico. -
ele disse.

Não sei porque, mas a novidade de que Carter ficaria mais tempo na cidade me deixou
particularmente feliz.

(Cap. 7) Conhecendo o Escala


Quando cheguei no Escala percebi que não tinha as chaves e minha vontade foi de bater em
mim mesma por ser tão estúpida. Logo pensei que com a pressa que Teddy estava ele devia ter
esquecido de me entregá-las e eu é claro nem pensei em levá-las.

– Droga! Nada feito, esqueci as chaves. - falei imaginando que Carter ficaria frustrado.

Invés disso ele deu um sorrisinho zombeteiro e estendeu um molho de chaves bem na minha
frente.

– Não, seu pai já havia enviado elas pra mim. - disse espertamente.

Achei estranha aquela atitude, afinal por que meu pai entregaria as chaves previamente antes de
mostrar o apartamento para Carter? Não seria mais fácil deixá-las com Teddy?

Dei de ombros, por um lado até que aquilo era bom já que assim eu conseguiria cumprir a
minha tarefa.

– Bem, nesse caso então é só entrarmos. - falei enquanto caminhava na direção do elevador
sentindo a estranha sensação de que Carter me observava dos pés a cabeça.
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Lamentei estar tão mal vestida naquele dia, queria estar mais apresentável para Carter, mas
afastei aquele pensamento da minha cabeça enquanto apertei o botão do elevador.

Não demorou muito para que ele chegasse e logo senti a tensão de me ver a sós com ele dentro
daquele cubículo minúsculo. Meu coração batia mais acelerado e tentei evitar seu olhar fitando meu
próprio reflexo no espelho fingindo dar uma rápida ajeitada apesar de saber que não adiantaria muita
coisa.

Entramos no apartamento e o lugar até que estava bem cuidado, não havia teias de aranha,
mofo e essas coisas de lugares fechados a muito tempo.

Era estranho mostrar um apartamento onde eu nunca havia estado, mas tentei me concentrar no
meu papel e fazer um bom trabalho sem me abalar com o fato de que estava completamente sozinha
com um estranho.

Me admiro Teddy não ter pensado que estava me deixando a sós entre quatro paredes com um
homem do jeito que ele era super protetor. E se Tomas Carter fosse um maníaco sexual e resolvesse me
agarrar ali?

Na mesma hora uma cena dele de repente trancando a porta atrás de nós e me empurrando
contra aquele sofá prendendo minhas mãos no alto da minha cabeça enquanto rasgava minhas roupas
acariciando um dos meus seios e levando os lábios até minha boca mordendo-a e forçando passagem
com a língua pra dentro dela começou perturbar minha mente e mordi meu próprio lábio e me dei conta
de que eu adoraria ser agarrada por Carter ali naquela sala de estar.

– Distraída, Srta. Grey? - a voz dele me tirou de meus pensamentos e percebi que ele agora
estava parado bem perto de mim só que encostado na parede com os braços cruzados enquanto me
encarava.

– Não, só estava pensando. - menti descaradamente, Carter descruzou os braços e se


aproximou de mim, ele agora estava perto demais, tanto quanto no dia em que nos conhecemos quando
ele tocou meus lábios com as pontas dos dedos.

Por um momento desejei que ele me tocasse de novo em qualquer lugar, mas ele não o fez, pra
minha decepção.

– Você se distrai facilmente pelo visto. Será que posso saber em que estava pensando? -
perguntou.

Mais uma vez senti minhas faces esquentando, claro que eu não podia dizer no que realmente
estava pensando, ele acharia que eu era alguma espécie de pervertida.

– Estava pensando em por onde começar a mostrar o apartamento. - para minha sorte, pensei
em uma desculpa rapidamente e me pareceu convincente o suficiente.

– Você nunca esteve aqui, não é mesmo? - Carter perguntou, decididamente ele era bem mais
observador do que pensei, mas fiquei na dúvida sobre qual sinal eu havia demonstrado de que nunca
havia estado lá.

– Bem, não. - falei.

– Deve ser meio estranho mostrar um lugar onde nunca esteve. Mas veja, pelo menos temos
algum incomum. Também nunca estive aqui então talvez devessemos explorar o apartamento juntos.

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Tomas estendeu o braço para mim e finalmente pude tocá-lo, o perfume dele também era muito
bom, percebi que adorava o cheiro de Tomas Carter assim como tudo o que havia nele.

Começamos a caminhar pelo Escala e percebi que o lugar embora não fosse tão grande como
minha casa era bem sofisticado ao gosto de meu pai. Quando terminamos de olhar os quartos havia
apenas um que estava trancado a chave e era evidente que Carter podia abri-la, já que estava com
todas as chaves da casa no chaveiro que papai havia lhe dado.

– Agora só falta esse aqui. - disse.

– Acho que esse é um quarto de velharias que seu pai me falou, não há nada aí pra vermos.
Que tal tomar um café comigo na cozinha? Sua mãe disse que havia deixado algumas provisões,
podemos ver o que tem de bom. - Tomas desconversou.

Pensei em abrir a boca pra perguntar se ele não estava curioso também pra ver o que tinha ali,
mas desisti me limitando a concordar balançando a cabeça enquanto o acompanhei até a cozinha.

Sentei em um banco apoiando os cotovelos na bancada, eu sabia que estava me demorando ali,
mas não liguei.

Carter abriu o armário e foi procurando pelo pó de café.

– Como gosta do café? - perguntou.

– Bem forte e sem açúcar. - respondi e percebi que ele estava com dificuldade pra encaixar
uma das peças da cafeteira.

Aquela tarefa parecia ser tão ridiculamente fácil que me deu nervoso ver sua dificuldade e me
aproximei para ajudá-lo, mas quando meus dedos tocaram nos seus e senti um lado do meu corpo
encostando no dele, o efeito que ele causava sobre mim me distraiu e acabei derrubando água no meu
casaco levando praticamente um banho.

– Que droga! - praguejei e me vi obrigada a tirar o casaco. Pelo menos eu não estava sentindo
frio, na verdade estava até bem quente dentro daquele apartamento.

De repente senti a mão de Carter agarrando meu braço e foi aí que me dei conta de que os
cortes que eu havia feito de manhã agora estavam á mostra.

(Cap. 8) Um acordo com Carter


– O que é isso? - perguntou de repente com uma voz de quem estava bravo.

Era como se ele tivesse mudado de uma hora pra outra.

Retirei o braço da mão dele em um movimento brusco tapando o corte devido ao susto e
pensei rapidamente em uma desculpa.

– Foi apenas um acidente. - falei


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– Um acidente feito com um estilete? Não minha para mim, Srta. Grey. - insistiu.

– Já disse que foi um acidente com o estilete, me cortei sem querer, acontece. - falei
gaguejando um pouco, tive a certeza de que agora a cor havia abandonado meu rosto totalmente.

De repente Carter se afastou pegando o celular que havia deixado em cima do balcão.

– Talvez você possa explicar esse acidente para o Sr. Christian Grey. Tenho certeza de que ele
vai entender perfeitamente como aconteceu. - ele disse em um tom de voz irônico.

Por alguns segundos senti vontade de matá-lo, nunca pensei que aquele homem pudesse me
despertar tantos sentimentos, como além de desejo também raiva e medo.

– Não, por favor! Não conte ao meu pai. - me vi implorando enquanto ia até ele disposta a
arrancar o telefone de sua mão, não que isso fosse funcionar.

– Sente-se, Srta. Grey, podemos conversar sobre o assunto. - Carter disse enquanto colocava
o celular no bolso de sua calça.

Alguma coisa no tom de voz de comando dele me fez sentar no banco do balcão da cozinha.

– Por favor, não conte para meus pais, eles não entenderiam, pensariam que estou louca ou
algo do tipo. Prometo que não farei mais, eu estava triste e foi a única forma que encontrei para aliviar o
que estava sentindo. - de repente percebi que estava me abrindo com aquele estranho, mas claro que eu
não confiava nele totalmente.

– Ah não, tenha certeza de que você não fará isso novamente, caso contrário haverão
consequências. - ele disse com um tom de voz assustadoramente calmo.

– Consequências? Então vai me dedurar para os meus pais? - falei com desânimo, eu já deveria
imaginar que ele faria isso, pois era o que qualquer um faria.

Pelo menos qualquer um que fosse amigo dos meus pais ou tivesse a idade de Tomas.

– Por enquanto não, pois não acho que adiantaria alguma coisa e também não gosto de dedos-
duros e sei que a Srta. também não gosta, mas claro que haverão condições para guardar o seu
segredo. - disse calmamente enquanto parava encostado na parede com os braços cruzados de um jeito
que o deixava incrivelmente sexy com aquele ar de despreocupado.

– Que condições? - perguntei com curiosidade.

– Prometer que não fará novamente não basta, a partir de hoje cuidarei para que não volte a
fazê-lo. Manterei contato com você e toda vez que sentir vontade de fazer isso de novo deve me contar
o motivo. - ele disse.

– Mas por que esse interesse? Não entendo, você não é meu pai nem nada meu. É só por
causa da amizade de vocês? - perguntei.

– Se fosse só pela nossa amizade seria mais fácil dizer ao Sr. e Sra. Grey que sua filha se corta,
não acha? - foi mais uma afirmação do que uma pergunta.

– Então qual o motivo? - eu queria saber.

Talvez no fundo quisesse ouvir que ele havia gostado de mim e que se importava comigo, tinha
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quase certeza de que ele diria aquilo e prendi a respiração ao imaginar que alguém como ele se
importasse a esse ponto com alguém como eu, mas claro que não seria da mesma maneira como eu
queria, provavelmente me via apenas como uma adolescente problemática ou como uma filha, mas a
verdade era que não haviam tantos anos assim de diferença de idade entre nós para que ele fosse meu
pai, talvez uns dez ou doze anos.

– Porque eu quero que seja assim. - a resposta não era nada do que eu tinha imaginado.

Antes que eu pudesse fazer qualquer objeção, não que eu estivesse em condições de fazer, meu
celular vibrando e quando olhei na tela vi que era uma mensagem de texto de minha mãe.

"Phoebe, onde você está?

Venha pra casa o mais rápido possível, as coisas aqui estão tensas

Beijos Mamãe",

Pelo jeito meus pais já haviam descoberto que eu tinha saído do castigo, mas pelo menos agora
eu podia colocar a culpa em Teddy.

– Tenho que ir, descobriram que saí do castigo. - falei, até que era uma desculpa plausível pra
sair logo dali.

– Espere, Srta. Grey, antes de ir quero ter certeza de que cumprirá sua parte no trato. Aqui,
pegue o meu cartão. Já sabe, vou manter o contato com você. - disse e segurei o cartão todo preto com
o nome "Navegações Escarlate - Tomas Carter" impresso, fazia sentido já que ele era o dono de uma
grande Companhia de Navegação pelo que pude compreender.

Guardei o cartão no bolso da minha calça e fui caminhando para a porta, Carter me ultrapassou
e foi logo se colocando na minha frente e abrindo a porta pra mim em um gesto que indicava
cavalheirismo, mas quando eu ia me atrever a passar ele bloqueou minha entrada com o próprio corpo e
mais uma vez lá estava aquele estranho clima entre nós como se a distância pudesse se tornar menor
ainda e nossos lábios se encontrassem em um beijo que não seria nada mal.

– Não vai me deixar passar? - perguntei enquanto amaldiçoava a mim mesma por quebrar
aquele clima.

– Claro. Nos veremos em breve, Srta. Grey. - ele respondeu afastando-se e passei o mais
rápido possível pela porta e por sorte o elevador estava parado naquele andar.

Entrei e uma vez que estava sozinha ali foi que soltei a respiração que até então eu não percebia
estar prendendo desde o momento em que Carter havia parado naquela porta na passagem.

Foi difícil me concentrar no trânsito enquanto dirigia de volta para casa por mais que dirigir
fosse uma coisa que eu gostasse de fazer, cheguei a duvidar de que ele fosse mesmo manter o contato e
não conseguia tirar aquele homem da minha cabeça.

Assim que pus os pés em casa escutei o som dos gritos do meu pai e fiquei parada sentindo
meu sangue gelar de medo já que Christian Grey não costumava perder o controle e berrar daquele
jeito.

– Como você se atreveu a fazer uma coisa tão irresponsável como essa e ainda esconder de
mim e da sua mãe? - o tom de voz de meu pai era de quem estava realmente bravo.

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Eu já estava abrindo a boca pra protestar achando que Carter não tinha cumprido com sua
palavra e dado com a língua nos dentes quando ouvi a voz de meu irmão falando antes de mim.

– Sei que foi uma idiotisse, mas errar é humano e não imaginávamos que acabaria nisso. - disse
Teddy e quando o vi não pude negar o sentimento de alívio e satisfação que tomou conta do meu peito
ao descobrir que era com ele que papai estava gritando dessa vez e não comigo e pelo visto, o perfeito
Theodore Raymond Grey havia cometido um erro.

Notas finais do capítulo


Quero agradecer a leitora Danny Grey por ter deixado uma recomendação super fofa nessa fic!
Obrigada linda, adorei!

(Cap. 9) As coisas finalmente melhoram


– Vocês não acharam que daria nisso? Como se não fosse previsível que levar sua namorada a
uma clínica qualquer para fazer um bendito aborto sem que seus pais ou os dela soubessem não
acabaria mal? Faz idéia de que Hanna poderia ter morrido? A mãe dela está histérica no telefone! E por
que diabos não usou um preservativo? - meu pai gritava dentro de casa.

Levei as mãos á boca chocada com as fofocas

Meu irmãozinho super responsável não apenas tinha engravidado alguém como mandado a
namorada fazer um aborto e pelo visto um com péssimos resultados.

– Eu sei pai, mas agora não adianta gritar comigo desse jeito, não posso desfazer o que já está
feito. - disse Teddy.

Definitivamente ele não tinha noção do perigo, até mesmo eu que não tinha nada haver com
aquela história cheguei a me encolher em um canto da sala quando vi os olhos cinzas de papai tão
parecidos com os meus próprios olhos que eram da mesma cor, enxendo-se de fúria de uma maneira
que assustaria qualquer um.

Cheguei a ter pena de Teddy pela primeira vez na minha vida, mas como já era esperado,
mamãe tentou desviar a atenção de papai por mais que eu imaginasse o quanto ela estava desgostosa
com aquela história já que sabia sua opinião a respeito de abortos, principalmente o de um neto dela.

– Phoebe, querida! Que bom que chegou, estávamos preocupados. - ela disse vindo na minha
direção.

– Está tudo bem, mãe. Vim assim que recebi sua mensagem. - falei. - Estou um pouco cansada,
vou pro meu quarto estudar um pouco.

Depois de ter dado uma desculpa muito bem esfarrapada joguei a chave do carro na direção de
Teddy devolvendo-a pra ele e comecei a subir as escadas antes que alguém me desse algum sermão,
mas depois percebi que seria mesmo difícil alguém fazer isso já que pela primeira vez o alvo era Teddy.

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Assim que estava mais uma vez no meu santuário particular que eu vulgarmente chamo de
quarto, tranquei a porta e me sentei enfrente ao computador, primeiro fui ver minha página de
relacionamentos e percebi que alguém havia me adcionado como amiga. Assim que olhei a foto quase
caí pra trás ao notar que era Carter.

Ele estava lindo na foto perfil usando um uniforme de tênis e fitando a câmera com olhar
despreocupado enquanto o sol iluminava os cabelos castanhos claros que ele tinha que ficavam quase
dourados por causa da luz. Não esperava que ele fosse me adcionar, mas o aceitei e logo que tive
acesso ao seu álbum senti uma pontada estranha no peito e um ciúmes inexplicável quando vi as fotos
dele com sua esposa.

Viollet Carter era uma mulher muito bonita, o que me decepcionou já que no fundo eu esperava
que fosse alguém sem graça e séria com um perfil daquelas donas de casa, mas não, ela era loira
platinada e tinha olhos azuis em um tom ainda mais claro do que os olhos de Tomas. A boca era rosada
e carnuda, bem sensual e a pele ostentava um bronzeado perfeito que a fazia parecer uma boneca
Barbie.

Bem diferente de mim, com meus cabelos acobreados em um tom mais escuro do que os de
meu pai e de meu irmão e pele bem clara que herdei de minha mãe impossível de ser bronzeada já que
nas vezes em que tentei fiquei vermelha e ardida o suficiente pra não tentar essa façanha de novo.

Não consegui controlar o impulso de me torturar olhando para aquelas fotos e poderia ficar
fazendo isso a noite toda se a janela de conversação de Susan não tivesse aberto:

_____________________________________________________

Susan: Oi amiga, e aí? Como foi a aula hoje?

Phoebe: Bem, mas por que você faltou?

Susan: Acordei com uma dor de garganta daquelas, mas já estou melhor. Alguma novidade?

_____________________________________________________

Quando Susan fez essa pergunta me senti tentada a contar sobre Carter e o fato que eu estava
começando a perceber de que eu estava apaixonada por ele, mas haviam coisas que eu senti que era
melhor não contar a Susan por enquanto, por mais que ela fosse minha confidente e soubesse de quase
todos os meus segredos.

Decidi contar a ela sobre o meu irmão, Susan era uma das poucas pessoas com quem eu vivia
me queixando sobre injustiça que era o tratamento que ele recebia com toda a liberdade e confiança do
mundo enquanto eu era constantemente controlada.

_____________________________________________________

Phoebe: Sim, tenho uma fofoca bem quente pra te contar. Teddy engravidou a namorada e
parece que ela fez um aborto que deu errado. Papai está furioso com ele, pela primeira vez na vida o vi
levando o maior esporro.

_____________________________________________________

De repente Susan ficou offline, o que foi estranho mas imaginei que talvez a internet dela tivesse
caído já que as condições financeiras da família dela não eram tão boas quanto as da minha e sua banda

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larga era mais inferior.

Decidi esperar que ela voltasse enquanto assisti alguns filmes online, mas naquele dia ela não
voltou e eu estava com preguiça de pegar o telefone e ligar pra ela de novo.

Na manhã seguinte quando acordei como sempre estava desanimada pra ir para a escola, a
única coisa de bom que tinha lá era Susan e mesmo assim nem todas as aulas fazíamos juntas, torci para
que ela tivesse melhorado da dor de garganta.

Levantei e me arrastei com toda a preguiça do mundo para ir até o banheiro, mas antes que eu
pudesse me vestir ouvi o barulho de alguém batendo na porta do meu quarto

Coloquei um roupão de banho no corpo e abri a porta dando de cara com meu pai

– Phoebe? Posso entrar um minuto? - perguntou.

Na mesma hora senti meu sangue gelando já que para meu pai querer conversar sobre algo
provavelmente não era algo de bom, mas engoli em seco tentando disfarçar para não me entregar antes.

– Claro. - falei e caminhei até minha enorme cama queen só pra mim coberta com uma colcha
rosa e enfeitada com almofadas na cor roxa e sentei tentando evitar os olhos de meu pai fitando o mural
que havia no meu quarto com fotos de alguns bons momentos que eu havia tido, em sua maioria de
passeios com Susan.

Meu pai se sentou ao meu lado.

– Filha, o motivo pra eu vir aqui é que sua mãe andou conversando comigo de novo e me fez
ver que não tenho te dado nenhum crédito. Em outras palavras, sei que tenho sido um pai controlador,
isso é de minha natureza, mas embora faça isso por ter uma necessidade de protegê-la já que pra mim
você vai ser sempre a minha garotinha, entendo que está crescendo e serei obrigado a te dar um pouco
mais de espaço e confiança. - meu pai passou a mão nos cabelos e pela primeira vez na vida achei o Sr.
Christian Grey desconcertado.

Não pude deixar de sorrir, a cena era até engraçada.

– Fico feliz que consiga entender isso, pai. - falei.

– Bem, quero agradecer por ter levado Tomas ao Escala ontem enquanto seu irmão não pôde.
Podia ter aproveitado a oportunidade de sair do castigo, mas não o fez e Tomas disse que fez um bom
trabalho. Como disse, está na hora de te dar um voto de confiança. - ele disse e retirou do bolso a
chave de um carro colocando-a nas minhas mãos. - Por enquanto você fica com o Saab de seu irmão,
depois vou levá-la para escolher seu próprio carro assim que eu voltar de viagem.

Meu queixo quase caiu, não esperava por aquela reação.

Teddy ficaria furioso, mas algo me disse que ficar sem um de seus carros era parte do castigo
dele e depois eu poderia escolher meu próprio carro. Fiquei tão feliz que não pude me conter, abracei
meu pai e dei um beijo em seu rosto.

– Puxa pai, obrigada! - agradeci.

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(Cap. 10) Um encontro Marcado


Cheguei na escola e fui logo me encontrando com Susan, ela ficou pasma ao me ver saindo do
Saab sozinha.

Prescot não foi comigo servindo de babá pela primeira vez em anos e eu estava feliz com a
nova liberdade e confiança que estava recebendo do meu pai.

– Nossa Phoebe, é isso mesmo que estou vendo? Você ganhou um carro novo e não está
acompanhada de nenhum segurança hoje? - Susan perguntou enquanto me fitava com seus belos olhos
cor de canela que faziam um belo contraste no sol com sua pele morena e cabelos castanhos como
resultado de herança indígena que ela tinha.

– Pois é, meu pai finalmente resolveu me dar um voto de confiança, não é demais? Mas não
entendi o que aconteceu que você ficou offline tão cedo! Sua net caiu de novo? - perguntei.

– É, foi isso. - disse Susan mas alguma coisa no jeito como ela falou isso não me soou muito
convincente.

– Bem, não importa, o que vale é que eu me dei bem graças a burrada do Teddy, papai me
deixou ficar com o carro dele como parte do castigo até poder me levar pra escolher um novo e já até
sei o que vou escolher. Provavelmente um Audi já que ele não me deixaria escolher nada que não for
seguro, mas vou querer um com uma pintura rosa metálica igual aquele que vimos outro dia. - comecei a
contar meus planos pra minha amiga já sonhando com meu carro rosa.

Só que Susan não parecia tão animada como de costume, justamente ela que sempre se
empolgou com tudo o que eu fazia principalmente relacionado a compras já que ela sempre desfrutava
um pouco das minhas coisas. Ano passado nas férias quando viajamos e papai deixou que eu a levasse
depois de conversar com os pais dela para convencê-los de que Susan estaria segura conosco e nada
de mal lhe aconteceria, o que foi difícil mas conseguimos, vimos um carro rosa e eu disse pra ela que um
dia teria um carro rosa, então ficamos imaginando cenas de nós duas chegando de carro nos lugares
sozinhas curtindo nossa liberdade e independência atraindo olhares de caras bem gatos e indo a várias
festas e boates juntas pra se divertir.

Naquele dia Susan não parecia mais tão animada com a idéia, estava calada e eu tive a certeza
de que havia algo errado com ela.

– O que foi Suzy? Parece desanimada hoje. - falei.

– É que isso me parece errado. Quer dizer, você não deveria ficar contente com a desgraça de
Teddy. Já imaginou como ele deve estar se sentindo com essa coisa toda? Não é legal ficar feliz porque
seu próprio irmão cometeu um erro, Phoebe. - ela disse.

Na mesma hora todo meu bom humor foi embora.

Me senti traída pela minha melhor amiga estar defendendo meu irmão daquele jeito e da
maneira como ela falava era como se eu fosse um monstro por ficar feliz ao vê-lo se dando mal pela
primeira vez na vida.

– Qual é! Não acredito que você vai defender o Teddy, logo você que é minha melhor amiga e

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sabe da maneira como meus pais são com ele e de tudo o que ele faz pra me infernizar e me dedurar! O
que há de errado com você? - falei.

– Nada, olha, deixa isso pra lá. - Susan disse.

O sinal tocou avisando que tínhamos que ir para a sala de aula e com isso nosso assunto
morreu, mas eu ainda estava chateada com Susan pela maneira como ela havia me julgado.

Nos falamos pouco durante o resto do dia e na hora do intervalo aproveitei pra entrar na
internet pelo meu tablet e assim que entrei notei uma janela de conversação na minha página.

____________________________________________________________

Tomas: Srta. Grey, que surpresa encontrá-la online em seu horário de aula.

Phoebe: Estou no meu intervalo, mas isso não importa. E aí, tudo bem?

Tomas: Bem melhor agora, Srta. Grey. É sempre um prazer falar com você, mas e quanto a
Senhorita, está melhor? Vejo que não me ligou, vou encarar isso como um sinal de que não voltou a
fazer aquilo de novo.

__________________________________________________________

A primeira fase me pareceu uma cantada barata, definitivamente não fazia muito o estilo de
Carter, foi engraçado vê-lo dizendo algo assim, mas claro que não podia ser uma cantada, eu estava
imaginando coisas já que Tomas jamais se interessaria por alguém como eu.

__________________________________________________________

Phoebe: Eu não voltei a fazer aquilo de novo, está bem. Não tenho motivos pra isso agora, na
verdade estou até bem feliz hoje.

Tomas: Será que eu poderia saber o motivo dessa felicidade?

Phoebe: Saí do castigo, meu irmãozinho fez merda e meu pai ainda me deixou ficar com o
carro dele. Pela primeira vez na vida curtindo minha liberdade.

Tomas: É um bom motivo para ficar feliz, Srta. Grey. Além do mais isso significa que meu
trabalho ficará mais fácil agora que está livre da vigilância de seus pais.

Phoebe: O que quer dizer com isso?

Tomas: Já está se esquecendo de nosso acordo? Eu tomarei conta de você, Phoebe Grey,
farei isso bem de perto, o que significa que nos encontraremos novamente, mas invés de fazer uma visita
a você, creio que será bem mais divertido se você vier até mim. Ao menos teremos mais privacidade
para falar sobre certas coisas.

________________________________________________________

Meu coração estava a mil por hora, Tomas estava dizendo que queria me encontrar a sós.

Eu não sabia o que ele pretendia com isso, mas era muito estranho ele querer se encontrar
comigo daquele jeito se não tinha segundas intenções comigo, mas embora eu achasse que não era nada
normal o comportamento de Carter, eu queria desesperadamente vê-lo novamente como se ele fosse

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um ímã que me atraía diretamente pra ele.

O sinal tocou avisando sobre o fim do intervalo.

____________________________________________________

Phoebe: Com certeza. Tenho que ir agora, o intervalo acabou.

Tomas: Sexta depois da aula está bom pra você?

Phoebe: O quê?

Tomas: Você sabe, tem o endereço do meu apartamento, Srta. Grey.

Phoebe: Está bem.

Tomas: Estarei aguardando, agora vá para a sua aula. Até sexta.

____________________________________________________

Antes que eu pudesse responder, Tomas ficou offline e eu frustradamente guardei meu tablet na
bolsa e caminhei para a sala de aula enquanto pensava na desculpa que daria para sexta passar a tarde
fora no apartamento de Tomas Carter e sozinha com ele.

Notas finais do capítulo


Aproveitando pra agradecer a leitora Mara Dantas Araujo por ter deixado uma recomendação
lindíssima na fic!
Obrigada!

(Cap. 11) O Misterioso quarto


A Sexta-feira finalmente chegou e acordei com o barulho do celular despertando embora mal tivesse
conseguido dormir naquela noite pensando no meu encontro com Tomas Carter.

Já havia prevenido meus pais que ficaria até tarde na escola naquele dia pra fazer um trabalho extra de
Literatura e pela primeira vez na vida não fui questionada sobre algo que eu fazia.

Meu pai estava cumprindo sua promessa de me dar um voto de confiança e encomendou o meu tão
sonhado carro cor-de-rosa que sempre desejei, ele iria chegar dali a três dias, o que me deixava de
excelente humor.

Me olhei no espelho e fiz uma careta pensando no quanto minha aparência parecia péssima para um
encontro com Tom, procurei uma roupa que me deixasse elegante e bonita como Tory, mas claro que
com meu rosto e corpo sem graça seria bem difícil. Optei por uma blusa preta e uma calça jeans
apertadinha que me deixava sexy porém casual.

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Fiz uma maquiagem leve no rosto ressaltando meus olhos já que Susan vivia dizendo o quanto os achava
bonitos e eu queria mesmo mostrar meus pontos fortes naquela dia.

Ao descer para o café da manhã em família, ter visto a cara de meu irmão ainda cabisbaixo chegou a me
causar um pouco de pena dele, embora ele tivesse merecido já que foi por pura sorte que Hanna não
havia ficado com sequelas por causa do episódio do aborto, mas as sequelas que Teddy havia deixado
na confiança dos meus pais com certeza durariam um longo tempo.

Apesar do nervosismo consegui me controlar comendo pouco no café da manhã já que não queria
vomitar naquele dia pra não chegar cheirando a vômito mais tarde no apartamento de Tomas.

Logo que cheguei na escola, Susan notou que havia algo de diferente em mim:

– Nossa Phoebe! Você está linda hoje, gostei da maquiagem, combinou com seus olhos. - ela elogiou.

Sim, estávamos voltando a fazer as pazes, mas eu evitava mencionar a infelicidade de Teddy já que não
queria ser repreendida por minha melhor amiga pelo simples fato de que estava sendo beneficiada pela
tragédia dele.

– Obrigada, resolvi seguir seus conselhos sobre a sombra hoje. - disse animadamente enquanto me
sentava na carteira ao lado dela.

– Percebi, mas você nunca se maqueia desse jeito pra vir pra escola. Bem que podia fazer isso mais
vezes. - aconselhou.

Me perguntei mentalmente quem em sã consciência viria sempre muito arrumada para a escola ao
menos que fizesse parte das líderes de torcida e grupinho dos populares, afinal quem era Susan pra dizer
isso quando ela própria não usava mais do que seu brilho labial para encarar nossa tediosa vida de
colegial.

– É, talvez. - respondi.

– Mas e aí, Phoebe, que tal hoje irmos ver aquele filme novo que está passando? Quase esqueci que
hoje é sexta e esse tédio está me matando. - Suzy disse.

Uma coisa que costumávamos fazer juntas nos finais de semana era irmos ao cinema ou fazermos outros
passeios de pré-adolescente já que festas badaladas e boates estavam proibidas para nós por nossos
pais controladores. Eu costumava ficar feliz com nossos passeios inocentes, mas naquele dia teria que
deixar minha melhor amiga na mão.

– Ah, hoje não vai dar, já tenho um compromisso. - falei em um tom de voz baixa para que ninguém
mais ouvisse.

Susan percebeu que se tratava de um segredo e arqueou uma das sobrancelhas.

– Que segredo? Não me diga que vai sair com alguém? É do time de futebol? - perguntou excitada.

A verdade era que de nós duas, eu era a que conseguia dar mais escapadas, ainda me lembro de como
ela ficou animada quando soube que eu estava saindo com Ian.

– Na verdade não, ele é mais velho, você não o conhece e por isso mesmo é segredo. - contei.

– Nossa Phoebe, mas como foi que você o conheceu? Como ele é? - Susan queria saber tudo sobre ele
e eu acabei contando emitindo apenas a história dos cortes.
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Outra vez éramos as melhores amigas e super íntimas de sempre.

No final da aula entrei no Saab que provisoriamente era meu e fui dirigindo enquanto me despedia
daquele carro já que em breve o meu querido rosa metálico chegaria, mas uma coisa estava me
preocupando: Será que Tomas realmente se lembrava de que havia marcado um encontro comigo? Ele
não havia dado nenhum sinal de vida no dia anterior confirmando.

Estacionei o carro enfrente ao Escala e quando interfonei o porteiro disse que o Sr. Carter havia saído,
foi como um balde de água fria jogado diretamente em mim.

"O que você pensou, Phoebe? Um homem como Carter com certeza tinha coisas mais
importantes pra fazer, claro que ele não iria se lembrar de um encontro com uma garota sem
graça feito você". Minha mente era cruel comigo mesma e eu já estava voltando para o carro
arrependida de ter recusado o passeio inocente com Susan quando o porteiro me chamou novamente.

– Espera, você é a Srta. Grey, não é? O Sr. Carter deixou um recado pra você. - disse o homem como
que se lembrando de algo que quase esquecera.

– Sim, sou eu. - respondi.

– Ele disse que precisou sair pra resolver um problema mas que a Srta. pode ir subindo para esperá-lo
no apartamento. Aqui estão as chaves. - ele estendeu o chaveiro na minha direção e estranhamente
Carter havia colocado um pequeno par de algemas de brinquedo como como enfeite ali.

Arqueei uma das sobrancelhas com curiosidade, agradeci ao porteiro e subi no elevador me sentindo
um pouco oprimida pela realidade de que ficaria sozinha naquele apartamento que embora não fosse
dele, tecnicamente ele estava morando lá então era como se fosse.

Me perguntei se ele demoraria muito pra chegar logo que abri a porta e me sentei em seu sofá pensando
que tudo ali parecia um pouco arrumado demais para o apartamento de um homem sozinho. Olhei
novamente para o molho de chaves e ao ver a que abria aquele quarto especial que não pude visitar da
última vez e decidi que já que eu teria que ficar ali sozinha, por que não aproveitar e dar uma espionada?

Provavelmente não haveria nada de interessante ali, talvez fosse um daqueles quartos pra guardar coisas
velhas, mas mesmo assim levantei e fui até lá.

Ao abrir a porta levei um susto com o que vi e levei as mãos á boca pra reprimir um grito de espanto já
que era a última coisa que pensei que fosse encontrar ali.

Na verdade eu nunca havia imaginado um lugar assim antes. As paredes eram pintadas de vermelho e
havia uma cama bem grande ali no meio, até aí tudo bem, nada de impressionante mas foram as outras
coisas que definitivamente me deixaram assustada e perplexa.

Nas paredes vermelhas haviam chicotes e açoites pendurados, tinha prateleiras com cordas e alguns
objetos estranhos que pareciam instrumentos para algum tipo de tortura, assim como uma espécie de
cruz feita para amarrar alguém de pé. Tinha também uma espécie de armário e mesmo sabendo que a
atitude sensata e correta para se fazer era sair dali, trancar aquela porta e fingir que não sabia de nada e
que nunca tinha visto nada daquilo, mas resolvi fazer o oposto porque a curiosidade falou mais alto.

Fui até o armário e ao abrir senti minhas faces corando ao notar que haviam vibradores, objetos
estranhos, grampos e outras coisas que eu não sabia bem pra que eram. Segurei um deles com as mãos
tentando entender do que se tratava, mas logo em seguida deixei cair ao levar um susto quando ouvi o
som da voz de Tomas:
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– O que está fazendo aqui, Srta. Grey? - ele perguntou e pelo tom parecia estar muito bravo.

(Cap. 12) Primeiro Castigo


– Nada, eu apenas me senti curiosa pra saber o que tinha aqui. - falei sem saber direito porque de
repente estava me sentindo tão assustada, larguei os grampos que estavam na minha mão e eles caíram
no chão.

– Oh Srta. Grey, acabou de cometer um grande erro por desobedecer, não deveria ter entrado aqui,
por isso agora será castigada. - ele falou enquanto me fitava, tive a certeza de que estava vendo
maldade nos olhos dele e um arrepio passou pelo meu corpo.

O mais estranho era que assim tão malvado ele se tornava completamente sexy, seus olhos azuis eram
misteriosos e foi exatamente a sensação que ás vezes eu tinha quando assistia um filme e me sentia mais
atraída pelo vilão do que pelo mocinho. Tomas Carter era o meu vilão que estava ali para me castigar
embora eu não soubesse o que ele queria dizer com aquilo.

– Como assim castigada? - perguntei

– Você logo irá descobrir, agora pegue os grampos que deixou cair no chão e me devolva. - ordenou.

Humildemente me abaixei para pegar aqueles objetos que eu não sabia bem para que serviam direito,
mas Tomas pressionou sua mão contra meu ombro forçando-me a ajoelhar ali no chão. Fiquei com a
cabeça baixa sentindo o coração palpitando.

– Você fica linda assim, ajoelhada. É uma bela visão É disso que você precisa no final das contas, Srta.
Grey. Um pouco de disciplina e será um prazer lhe dar isso. - ele falou enquanto suas mãos faziam uma
carícia em meus cabelos como se eu fosse uma espécie de bichinho de estimação.

Trinquei os dentes e engoli em seco, não gostava do jeito como ele falava comigo mas a forma como ele
me acariciava impediu que eu protestasse porque afinal de contas ainda era um toque de Tomas Carter,
algo que eu ansiava como alguém que caminha no deserto anseia por água.

– Me entregue os grampos e peça perdão por ter me desobedecido como uma boa menina, Phoebe. -
Carter disse.

Notei que dessa vez ele usou meu nome invés do formal "Srta. Grey" embora eu gostasse dessa forma
de tratamento também. Sem coragem de encará-lo e ainda confusa com o que estava acontecendo,
ergui as mãos e entreguei os grampos, quando ele pegou seus dedos tocaram os meus por um breve
momento, prendi a respiração e fiz o que ele mandou.

– Perdão, não vai mais voltar a acontecer. - falei.

– Muito bem, imagino que esteja curiosa pra saber o que é esse objeto, não é mesmo? Acho que
podemos usá-lo como parte de sua punição, quero que se levante agora e vá para o centro do quarto,
bem ali ao lado daquela cama. - em sua voz havia uma calma assustadora.

O pior de tudo foi que obedeci sem ao menos exitar, na hora não pensei que o mais sensato seria sair
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correndo e fugir logo dali como qualquer outra garota da minha idade faria, acho que porque no fundo
eu queria continuar perto de Tomas Carter e ver o que ele faria comigo, foi quando percebi que apesar
de tudo eu não estava com medo.

Tomas se aproximou de mim novamente e colocou os grampos em uma mesinha ao lado da cama.
Depois se aproximou de mim acariciando meu rosto, fechei os olhos ao sentir sua mão deslizando pelo
meu pescoço, aquilo era o suficiente pra provocar uma onda de excitação pelo meu corpo, meus
mamilos se enrijeceram por debaixo da blusa e engoli em seco.

Foi quando compreendi qual seria o meu castigo: algum tipo de abuso sexual e tortura naquela sala
intrigante. Será que Tomas seria capaz disso? Mas o pior era que eu queria isso: ser abusada por
Tomas Carter. Será que pode-se culpar o abusador quando sua vítima deseja isso?

Ele desabotoou minha blusa e senti seus dedos tocando a renda do meu sutiã, ainda me sentia
envergonhada demais para encará-lo, então fiquei parada imóvel enquanto sentia suas mãos acariciando
meus seios por cima do tecido, com certeza ele sabia o quanto eu estava excitada pela maneiro com que
meus mamilos se projetavam pra fora tão duros.

Senti uma pontada de decepção quando ele se afastou e tornei a abrir os olhos.

– Tire o restante da roupa e deite-se naquela cama. - ordenou.

Uma ordem completamente absurda, nunca me imaginei tirando a roupa daquele jeito na frente de um
homem, não que eu fosse inocente, já tinha visto filmes com striptease, mas sempre pensei que teria
vergonha se tivesse que me despir assim na frente de um cara completamente vestido me observando.

A única coisa mais absurda do que aquela ordem foi o fato de que obedeci, terminando de tirar minha
blusa e depois a saia que estava usando, por último foi o sutiã, mas deixei os braços cruzados na frente
do corpo enquanto deitei naquela cama. Não tirei a calcinha, mas Carter não fez nenhuma objeção
quanto a isso, me senti aliviada por ele não ter reclamado.

Ouvi seus passos indo em direção ao mesmo armário e em seguida ele pegou alguma coisa na gaveta
que só pude ver quando ele se aproximou da cama novamente, foi aí que vi que se tratavam de algemas.
Delicadamente ele pegou minhas duas mãos segurando-as no alto da minha cabeça e me algemou contra
a cabeceira da cama.

Fiquei me perguntando mentalmente se aquilo era mesmo real ou se era algum fruto da minha
imaginação. O que será que Tomas iria fazer comigo? Será que ele era louco? As algemas estavam
apertadas mas não o suficiente pra me machucar, naquele momento senti um pouco de medo pois
estava presa a cama. E se de fato ele fosse algum psicopata e planejasse me torturar e depois me
matar? Teria sido um erro eu obedecê-lo? Senti uma onda de pânico crescendo, mas rapidamente
parou, pois fui distraída pelo toque dele na minha barriga em uma carícia sensual subindo para meus
seios.

Cuidadosamente segurou um deles com a mão e levou os lábios ali beijando-o para depois prendê-lo
com um dos grampos, repetiu o mesmo procedimento com o outro. A sensação era estranha, um pouco
dolorida e aqueles estranhos metais presos por uma corrente exerciam pressão nos meus mamilos.

Agora eu sabia perfeitamente para o que eles serviam e as carícias de Tomas me deixaram mais calma,
não saber o que aconteceria comigo só tornava tudo mais excitante e me sentia mais entregue as
sensações. Ele se levantou de novo e pegou um instrumento com tiras que estava na parede, eu também
não sabia o que era.

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– Vou começar o seu castigo agora, Srta. Grey. Como é a primeira vez que me desobedece será algo
bem leve, já deve ter percebido que desejo seu corpo a bastante tempo, não sabe? - disse de uma
maneira fria e bem calma.

– Não. - respondi com sinceridade, nunca imaginei que alguém como Carter pudesse realmente desejar
uma garota como eu, mas estava feliz que fosse assim.

– Oh, Phoebe querida, você subestima seu próprio poder de atração. Desde a primeira vez que a vi
tenho vontade de fodê-la completamente, de todas as maneiras possíveis e hoje você tornou meu desejo
realidade ao entrar nesse quarto, pois é exatamente o que eu vou fazer. Mas primeiro terei que castigá-
la por me atiçar dessa maneira e por ter entrado aqui sem permissão. Vou bater em você com esse
açoite, seis vezes e quero que conte junto comigo quando eu o fizer, como castigo. Depois vou fodê-la
como aquele moleque da sua escola jamais seria capaz. - falou e em seguida me virou de bruços.

A posição era incômoda por causa das algemas em torno dos meus pulsos me prendendo contra a
cabeceira.

Sem a menor cerimônia, Carter passou a mão pelas minhas nádegas acariciando ali com ousadia.

– Conte comigo, Um! - disse e senti um golpe de açoite contra minha pele macia.

Aquilo me causou um ardor, não chegava a ser uma dor insuportável mas eu sabia que minha bunda
ficaria vermelha por causa disso.

– Um. - falei em voz alta contando com ele, já tinha entendido que aquilo era um jogo e que eu deveria
participar também.

– Dois. - falou enquanto desferiu outro golpe no mesmo lugar, esse doeu mais do que o primeiro.

– Dois! - contei.

Senti que doeria mais se ele aplicasse o terceiro ali, mas invés disso ele acariciou de novo minha pele e
depois subiu mais um pouco a mão.

– Três. - para meu alívio aplicou o golpe em outro local da pele.

– Três. - contei, o mais engraçado era que eu estava gostando da sensação.

– Quatro. - o golpe foi numa força um pouco maior do que a dos primeiros.

– Quatro! - respondi, agora faltavam apenas dois e Carter me torturou com a expectativa acariciando
minha pele que com certeza já estava avermelhada por um longo tempo.

– Cinco. - o quinto golpe desceu no mesmo lugar onde havia sido os dois primeiros.

– Cinco. - contei acompanhando-o.

– Seis. - falou enquanto o seis veio um pouco mais em cima e bem mais forte do que os anteriores.

– Seis. - falei, havia sido mais dolorido, mas pelo menos foi o último.

Quando terminou, Tomas me virou novamente e tomou meus lábios nos seus, beijando-me de maneira
violenta, com um puxão rasgou minha calcinha e tive a certeza de que dessa vez eu ficaria com alguma
marca do corpo. Ele levou uma das mãos a própria calça liberando seu membro, não cheguei a vê-lo

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porque logo depois ele já abria minhas pernas e o colocava dentro de mim, entrou devagar com um
pouco de dificuldade apesar de eu estar completamente úmida porque eu ainda era apertada.

A sensação foi muito melhor do que a minha primeira vez com Ian, Carter me preenchia completamente
e era como se meu corpo inteiro o desejasse, eu o queria ainda mais fundo dentro de mim se é que era
possível. Ao sentir minha necessidade seus quadris praticamente se chocavam contra meu corpo
enquanto com uma das mãos ele puxava meus cabelos pra trás começando um vai e vem rápido.

Ele era selvagem no sexo e eu gostava disso, senti meu primeiro orgasmo vindo e a sensação era
deliciosa, eu estava completamente entregue. Tomas então retirou os grampos de meus mamilos bem
naquele momento provocando uma sensação que só intensificou tudo aquilo que eu estava sentindo,
senti meu corpo mole, mas ainda não havia parado quando ele ergueu minhas pernas livres no alto e
começou a me penetrar com mais intensidade.

Seu ritmo era forte e perfeito, quase como se ele me agredisse por dentro mas uma agressão que eu
estava gostando, depois retirou-se de dentro de mim e derramou seu líquido no lençol da cama, acho
que porque havia se esquecido do preservativo e teve medo de que eu engravidasse.

Notas finais do capítulo


Queridos, desculpem pela demora de novo, é que eu estava sem idéias pra esse capítulo.

Espero que não tenha ficado tão ruim, mas pelo menos agora começou o BDSM rsrsrs

Se tiverem gostado, não esqueçam de comentar ou deixar uma recomendação, já que elas são ótimos
incentivos pra continuar a escrever.

Beijos

(Cap. 13) Regras de Carter


Alguns minutos depois, ele me desamarrou completamente.

– Como está se sentindo, Phoebe? - seu tom de voz agora havia se tornado mais carinhoso, eu queria
dizer que me sentia confusa que era a verdade, mas optei por uma resposta menos complexa.

– Bem. - falei sentando-me na cama enquanto massageava meus próprios pulsos.

Algumas partes do meu corpo estavam doloridas e com marcas avermelhadas, Carter levantou-se indo
até uma mesinha, percebi que ele havia tirado dali uma espécie de óleo pra massagem e em seguida
segurou minhas mãos em seu colo e começou a massagear meus pulsos, a sensação era boa e o cheiro
do óleo era delicioso.

– O que está fazendo? - perguntei.

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– O que eu disse que faria, cuidando de você. É o meu dever como seu Dominador, já que pelo menos
hoje foi minha escrava e submissa, logo está sob minha responsabilidade. - explicou, mas eu ainda não
estava entendendo nada.

Achei melhor não fazer perguntas apesar de sentir um arrepio passando pelo meu corpo quando ele
disse as palavras "Dominador" , "escrava" e "submissa".

– Vire-se de costas. - ordenou e eu obedeci, logo senti as mãos besuntadas de óleo acariciando minhas
nádegas e depois minhas costas de um jeito delicioso, eu estava gostando de tudo aquilo embora ainda
fosse difícil assimilar o fato de que em um momento ele havia me torturado de uma maneira
extremamente prazerosa como castigo e agora estava cuidando de mim daquela jeito.

Como uma cobra que morde e depois assopra, mas apesar de achar que minha cabeça estava prestes a
fundir, eu estava gostando daquilo. Talvez Carter estivesse cuidando de minhas feridas apenas por medo
de que meus pais descobrissem aquilo, fiquei imaginando o que o meu pai faria se soubesse o que ele
havia me feito.

Provavelmente cortaria suas bolas fora, mas eu não me atreveria a contar de jeito nenhum, mesmo se
Tomas tivesse me esfolado viva.

A massagem estava tão boa que senti que poderia muito bem pegar no sono ali, mas depois de um
tempo Carter levantou-se.

– Bem, Srta. Grey, creio que isso foi o suficiente, pode vestir suas roupas agora ou se quiser tomar um
banho antes, pode usar o do quarto de hóspedes, fique a vontade, estarei esperando-a na sala para
conversarmos sobre algumas regras e condições que teremos que cumprir, sobre a nossa relação. -
falou.

Aquilo soou extremamente sério pra mim, especialmente a palavra "relação", não era algo que nem
mesmo Ian havia dito durante nosso curto relacionamento que levou a perda da minha virgindade. Eu
tinha consicência de que o que havia acontecido entre Tomas e eu era muito mais loucura do que sexo
casual como primeira vez em um banco de um carro só pra não ser mais uma das únicas virgens do
Ensino Médio, mas ainda assim havia sido incrivelmente bom.

Optei por não tomar o banho embora soubesse que era o mais higiênico a se fazer depois de uma
rodada de sexo, isso porque ainda queria ficar com o cheiro do delicioso óleo de massagem e de Carter
na minha pele por mais algum tempo. Invés disso coloquei minhas roupas, arrumei um pouco meus
cabelos bagunçados por causa do sexo e em seguida fui até a sala onde Carter já me esperava com um
copo de whiskey na mão.

– Servida, Srta, Grey? - perguntou.

Me senti tentada a aceitar, as então lembrei-me da quantidade absurda de calorias que havia naquele
copo e uma das minhas principais regras era não comer nem beber nada que fosse muito calórico sem
ser na frente dos meus pais. No Baile com Ian havia sido uma excessão já que era a noite em que eu
perderia minha virgindade e eu precisava de algo para criar coragem.

– Não obrigado, não tenho idade o suficiente pra isso ainda e tenho que dirigir de volta pra casa. - disse
usando essa desculpa apesar dela me fazer parecer infantil diante de Carter.

– Hum, boa menina. É assim que gosto, Srta. Grey, pelo visto é boa em seguir regras, não teremos
muitos problemas. - ele falou enquanto apoiava o copo na mesinha de centro sentando-se no sofá. -
Sente-se.
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Obedeci sentando-me de frente pra ele sem conseguir deixar de me sentir hipnotizada por aqueles olhos
tão azuis que faziam meu coração bater mais acelerado.

– Que tipo de regras? - perguntei.

– Bem a primeira regra já disse, não deve se cortar como fez naquele dia, deve falar comigo toda vez
que sentir vontade de fazer algo assim. A segunda regra é que não deve me desobedecer de novo e a
terceira é que até a segunda ordem, seu corpo me pertence e por isso não tem permissão para se tocar
ou ser tocada por outros, até que eu diga que está liberada. Vou discipliná-la, Srta. Grey. Compreende
isso? - ele disse.

– Mais ou menos. - disse com sinceridade, ele parecia poderoso e imponente quando falava assim.

– Você pode pesquisar a respeito se desejar, não creio que seja tão ingênua quanto faz parecer. - falou
dando mais uma golada no whiskey enquanto eu o observava. - A propósito, tem mais uma coisa, isso
que aconteceu hoje é algo que não suporto, coito interrompido. Precisamos de um novo método pra
essas questões práticas, seria bom se tomasse uma pílula.

Me senti envergonhada, nunca antes havia discutido sobre esse tipo de coisa com alguém antes, mas
então lembrei de uma coisa: ele não fazia idéia do quanto era desnecessário o uso de métodos
contraceptivos agora pra mim.

Mês passado eu não havia menstruado, não era a primeira vez que isso acontecia, mas eu já sabia bem
o motivo: Mia, não minha tia, mas a chará dela: Bulimia.

No forum da internet que eu frequentava falando sobre esse assunto apelidávamos a Bulimia como
"Mia" e a Anorexia como "Ana", mas pra mim era dificil usar esses nomes já que Ana era o apelido de
minha mãe "Anastásia" e Mia o nome de minha tia.

Não, eu não via como uma doença, mas sempre soube que haviam consequências, era comum depois
de um tempo que as garotas parassem de menstruar e vi acontecendo com várias das meninas da
internet, Susan era a única pessoa que sabia sobre isso, mas era contra e depois de um tempo disse que
tinha parado por medo de que ela acabasse deixando escapar para meus pais. Não que eu não
confiasse nela, ela guardava praticamente todos os meus segredos, mas esse em especial sabia que ela
seria capaz de dizer caso achasse que minha vida estava em risco.

Eu não me importava de ficar estéril por causa da bulimia, pois desde que eu ficasse magra nada mais
importava naquele mundo, mas não podia dizer isso a Carter, então menti:

– Sim, posso providenciar isso. - falei.

– Ótimo, por enquanto é só isso, o número do meu celular está na agenda do seu. Se precisar de algo
quero que me ligue imediatamente. E a propósito, nem preciso dizer que não deve contar a ninguém
sobre isso. - Carter disse enquanto me entregava meu próprio celular.

Claro que eu não contaria, não era tão idiota assim, assenti com a cabeça me perguntando quando ele
teria pego meu celular sem que eu tivesse visto, mas claro que eu estava com a cabeça distraída o
suficiente pra não notar. Já estava tarde e eu tinha que voltar pra casa, na verdade eu estava doida pra
sair dali pra poder pensar no que havia acontecido, então guardei o celular no bolso e saí dali.

Notas finais do capítulo


Saindo mais um, mas estou um pouco triste porque ninguém me recomendou.
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Sabem de uma coisa? Se alguém deixasse uma recomendação eu postaria mais rápido.

(Cap. 14) Um Belo Dueto


Acordei ouvindo o barulho de alguém batendo na porta do meu quarto, tinha demorado a pegar no
sono na noite anterior pensando em tudo o que havia acontecido.

Ás vezes parava me perguntando se tinha sido real meu encontro com Carter na tarde anterior ou se eu
tinha ficado louca e imaginado tudo aquilo.

Sempre tive a impressão de que poderia enlouquecer dia após dia, tinha muito medo de que isso
acontecesse e agora estava começando a achar que aquilo realmente estava acontecendo.

Levantei da cama e fui até a porta abri-la, me deparei com minha mãe e ela estava arrumada e
increvelmente linda com um vestido floral e os cabelos presos em um coque deixando alguns cachos
caídos sobre o rosto em contraste com seus belos olhos azuis. Eu me perguntava como uma mulher tão
bonita podia ter tido uma filha tão feia como eu.

Com certeza não foi por causa do meu pai, já que ele também daria um bom caldo se não fosse meu
pai. Não sei como a mistura dessas duas pessoas lindas resultou em uma criatura tão sem graça quanto
eu, mas talvez eu pudesse fazer algumas cirurgias plásticas depois que me formasse.

– Bom dia Phoebe, você me assustou, a essa hora ainda dormindo, pensei em pedir a seu pai pra
arrombar a porta, já estava preocupada. - minha mãe falou séria.

Aquilo não era bom porque significava que ela andava preocupada comigo e eu odiava quando isso
acontecia porque significava que ela estava prestando mais atenção em mim.

– Que exagero, mãe! Estou ótima, só um pouco cansada, tenho estudado muito da ultimamente. - falei
abrindo a porta para que ela entrasse.

– Sei disso, mas talvez esse seja o problema, você está tão magrinha querida, ontem não jantou com
agente e hoje sequer desceu para o café da manhã. - ela disse enquanto se sentava na cama.

Magrinha eu? Francamente, será que ela estava cega em não ver a baleia que eu ainda era embora
estivesse bem mais magra do que antes?

– Mãe, ninguém é magra o bastante e ontem, como eu disse, comi na rua. - respondi.

Tinha sido a desculpa que dei pra escapar do jantar, mais do que nunca eu queria ficar magra agora que
tinha um relacionamento tão estranho, doentio e secreto com Tomas Carter.

Tudo aquilo ainda era loucura demais pra minha cabeça, mas de uma coisa eu estava certa: Se Carter ia
ver mais vezes o meu corpo eu queria garantir que meus ossos estivessem aparecendo.

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– Phoebe, estou falando sério! Você precisa se alimentar melhor, filha. Não quero que fique doente. -
insistiu.

Soltei um suspiro, não adiantava argumentar que eu não ligava se fosse ficar doente desde que
emagrecesse. "Morro mas morro magra", esse era o meu lema.

– Mãe, está exagerando, tá parecendo o meu pai com essa mania de querer empaturrar agente de
comida. Já disse que comi na rua ontem. Não vou morrer porque passei um dia sem tomar café da
manhã. - falei.

Ela levantou desanimada, mas meu argumento a convenceu, no fundo ela sabia que papai era exagerado
e era ela quem o alertava quando ele passava demais dos limites com agente. Na maioria das vezes ela
conseguia fazê-lo ceder com o tempo, paciência e persistência mas com algumas coisas ele ainda era
muito cabeça dura.

– Está certo, mas prometa que vai se cuidar, sim? Hoje temos visita para o almoço, se arrume e desça,
estaremos lá embaixo - ela falou levantando e indo na direção da porta.

Assenti com a cabeça aliviada por ela estar saindo do meu quarto, mas ela parou na porta.

– Ah, Phoebe, quero que saiba que se tiver qualquer problema e quiser conversar pode falar comigo,
seja o que for. Sou sua mãe mas também sua amiga. - ela disse.

Quase me senti culpada por querer que ela saísse logo dali, logo em seguida ela se foi fechando a porta
atrás de si e eu me joguei na cama.

Fiquei olhando para o teto por alguns minutos, depois criei coragem pra ir me arrumar, escolhi um
vestido soltinho para que meus pais não percebessem que eu estava emagrecendo e surtassem, coloquei
um casaco por cima e desci.

Eu não sabia quem eram as visitas, mas fosse quem fosse não havia chegado ainda, comecei a roer
minhas unhas até que ficassem no sabugo porque assim era mais fácil pra depois poder miar.

Queria entrar na internet, mas o que eu queria fazer não podia ser em casa porque eu não confiava
plenamente que meu pai não monitorasse nossos computadores, por isso não entrava no forum sobre
"ana" e "mia" quando estava em casa, geralmente fazia isso no computador da escola ou pelo meu
tablet. Mas naquela manhã eu não queria saber sobre isso e sim sobre Dominação e Submissão, já havia
ouvido piadas sobre sadomasoquismo na sala de aula em comentários entre os garotos, mas precisava
saber mais a fundo sobre isso agora que estava sendo levada a praticar.

Eu sabia que era perigoso, mas afinal o que eu tinha a perder?

O problema era que teria que esperar até estar em terreno seguro pra acessar as informações que eu
precisava, por enquanto não havia nada pra fazer e eu precisava controlar minha ansiedade antes que
tivesse mais uma compulsão por comida, especialmente em um almoço como aquele.

Olhei para o piano e sorri um pouco de canto, fazia um tempo que eu não tocava e boas lembranças
vieram na minha mente de quando eu era criança e ainda me dava bem com meu pai.

Foi ele quem me ensinou a tocar minha primeira música naquele belíssimo piano de calda, eu costumava
me sentar em seu colo enquanto ele me mostrava o som que cada nota musical fazia e depois como eles
formavam as mais belas melodias.

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Naquela época me sentia orgulhosa de mim mesma por estar aprendendo a tocar, até descobrir que eu
não era talentosa como Teddy, até nisso ele era melhor do que eu. Minha mãe, meus avós e até meus
tios sempre pediam pra ele tocar nos jantares que tinha aqui em casa.

Depois disso desisti e perdi o gosto por tocar piano já que não importava o quanto eu me esforçasse,
ele sempre seria melhor do que eu.

Decidi deixar as lembranças ruins pra trás, não havia ninguém na sala naquele momento, então decidi
matar as saudades do piano e sentei ali estalando os dedos pra começar a tocar uma de minhas músicas
favoritas da época da infância. Me empolguei e logo me vi envolvida pelo som da melodia ignorando
tudo o que acontecia no mundo a minha volta sem sequer perceber que estava sorrindo, por isso nem
percebi quando alguém sentou ao meu lado no piano.

Rapidamente interrompi a música e me virei assustada pra me deparar com a última pessoa que
esperava ver na minha frente.

– Carter? - disse seu nome incrédula me perguntando se não seria uma miragem.

Será que eu andava vendo coisas que não existiam ou começava a criar um mundo próprio na minha
mente pra escapar da minha tediosa realidade como a "Babydoll" do filme "Sucker Punch"?

– Por que a surpresa, Srta. Grey? Sua mãe não a avisou sobre o convite que me fez para almoçar com
vocês hoje? - perguntou erguendo uma de suas belas sobrancelhas.

Tentei me recompor

– Não, quer dizer, ela disse que teríamos visita para o almoço mas não disse que era você. - respondi.

De repente quase dei um pulo ao senti-lo colocando a mão na minha coxa sem a menor cerimônia, ao
mesmo tempo em que me sentia extremamente excitada não só pelo contato, mas com a idéia de o que
ele estava fazendo era proibido e alguém poderia entrar naquela sala a qualquer momento e ver.

Com certeza Christian e Teddy Grey não achariam nada normal que Carter estivesse alisando minha
coxa tão intimamente daquela maneira.

– Não está feliz em me ver, Phoebe? - perguntou com a boca bem próxima do meu ouvido fazendo meu
coração bater acelerado dentro do meu peito.

– Não é isso, claro que estou. - no segundo seguinte que falei me arrependi de ter afirmado tão
rapidamente o quanto eu estava feliz em vê-lo.

– Então demonstre, toque para mim, Srta. Grey. - ele disse com aquele tom de voz de comando
extremamente sexy e deu uma pequena mordida na minha orelha.

– Não toco tão bem assim, não como Teddy. Não é tão divertido assim me ver martelando o piano. -
falei, estava com vergonha de tocar para ele.

– Pois pra mim pareceu suficientemente agradável, não estou interessado em ouvir o marmanjo de seu
irmão tocando. A visão de você sentada aí é muito mais excitante. - Carter disse.

Prendi a respiração e comecei a tocar, mas estava nervosa e comecei a errar as notas, sentindo-me
frustrada por estar fazendo feio para Carter. Minha expressão me traiu e ao perceber ele retirou a mão
da minha perna.

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– Relaxe, Phoebe, não precisa ficar tão tímida, está errando por estar na minha presença, não é? Sei
que sabe tocar, não estava errando antes de perceber que eu estava aqui. Comecemos de novo, toque
comigo. - falou em um tom de voz mais frio enquanto ele mesmo começou a tocar nas teclas.

Prestei atenção em seus dedos habilidosos, ele estava olhando para mim indicando que eu deveria
acompanhá-lo, não estava certa de querer macular aquela perfeição de melodia que Carter tocava, mas
não queria desagradá-lo e desobecê-lo, então comecei a tocar junto com ele, relaxando.

Estranhamente deu certo, porque a música estava ficando boa, tanto que ao final dela ouvimos o som de
aplausos.

– Muito bem! Quem diria que vocês fariam um belo dueto. - disse meu pai divertido enquanto se
aproximava de mim dando-me um beijo na testa, orgulhoso.

Me perguntei se ele ficaria tão satisfeito com o dueto se soubesse que alguns momentos antes Carter
estava com a mão na minha coxa.

Notas finais do capítulo


Queridos, conforme o prometido, aqui está mais um capítulo recém saído do forno e com rapidez
graças ás maravilhosas recomendações que recebi ^^

Adorei! Quero agradecer ás leitoras:

Alessandra, Evy Maciel, Kizinha, Mary Jane Santos, Sucessopop, Denire e AliceNetto.

Meninas, Carter disse que está dando beijinhos grátis pra todas vocês que recomendaram!
Ele disse também que dará para todas as leitoras do sexo feminino que deixarem recomendações!
Então garantam já os seus rsrsrsrs

Já para os leitores hominhos ele disse que não pode dar porque ele é super hetero embora não tenha
nada contra quem não seja, mas quem quiser tem beijinhos da Phoebe!

É isso meus amores!

Beijinhos

(Cap. 15) Almoço Especial


Sentei justamente entre meu irmão e Carter quando o almoço estava sendo servido e senti uma tensão
no ar só pelo fato de estar ao lado dele durante aquele almoço com a minha família.

O cardápio era frutos do Mar e uma lagosta tinha sido preparada, eu adorava esse tipo de comida e o
cheiro simplesmente fazia meu estômago revirar porque sim, eu estava com fome e só o fato de estar

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sentada ali era uma tortura. Tentei prender um pouco a respiração, precisava me controlar porque não
queria ter uma compulsão.

Então imaginei a "Ana" do meu lado, não a Ana minha mãe, mas a "Ana" personificação da anorexia.
Sempre a imaginei com os cabelos loiros na altura das costas e magra feito uma modelo. Ela me acaricia
os cabelos de forma que me transmite conforto e força pra resistir e sussurra nos meus ouvidos:

"Força Phoebe, é só um monte de comida, você é mais forte do que isso. Precisa renunciar se
quiser ficar magra como eu".

E eu quero muito ser como ela, então pego apenas um pedaço pequeno da lagosta com um pouco de
arroz, só uma colher por causa dos meus pais.

De repente a "Ana" desaparece e percebo que meu pai está olhando para o meu prato com
reprovação.

– Só vai comer isso, Phoebe? Está muito magra, coloque mais no prato. - ele diz de maneira autoritária
e eu o fuzilo com os olhos.

Sim, eu quero muito colocar mais no prato, como eu gostaria de comer pelo menos a quantidade que
uma pessoa normal come sem ter que virar uma porca gorda por causa disso. Por que eu não posso ser
como Pam, Tory ou até mesmo Hannah? E aí eu percebo o quanto me odeio.

– Estou de dieta, pai. Não quero abusar. - me defendo.

O problema é que o mundo inteiro está contra mim.

– Dieta pra que? Já está magra demais, Srta. Ossos Aparecendo. Coma como uma pessoa normal, seu
pai tem toda razão. - Carter diz e ruborizo.

" Você não se importou com meus ossos aparecendo quando me comeu naquela Sala de
Torturas". Pensei, mas jamais diria aquilo em voz alta na frente da minha família.

Meu pai olha para Carter com aprovação e me sinto ainda mais indignada por ele permitir que Tom se
meta com assuntos da nossa família dessa maneira, já estava abrindo a boca me preparando pra fazer
uma cena quando senti a mão de Carter acariciando a minha coxa por debaixo daquela mesa.

Como assim na cara dos meus pais? A mão dele está indo para o meio das minhas coxas tocando minha
calcinha, abro a boca pra dizer alguma coisa, mas não consigo dizer nada, coloco um pouco mais no
meu prato pra disfarçar porque não tenho força pra fazer uma cena enquanto Tomas Carter pressiona
seus dedos contra o meu clitóris deixando-me loucamente excitada.

Ele retira a mão e a leva até a taça de vinho que acabou de ser servida, mas agora até mesmo minha
fome foi embora.

Tento não me concentrar nele e tudo o que resta é a maldita comida que está no meu prato, mas não há
motivos para pânico porque "Mia", não a minha Tia Mia, mas a personificação da Bulimia me espera no
banheiro. Diferente da "Ana" ela tem cabelos pretos quase roxos, é magra mas não tanto quanto "Ana",
nem por isso deixa de ser bonita.

Quando eu estiver naquele banheiro com o dedo enfiado lá no fundo da minha garganta enquanto meus
olhos ardem cheios de lágrimas, vermelhos eu sei que ela vai colocar a minha cabeça no seu colo, me
parabenizar por eu ser tão forte e me consolar dizendo que vai ficar tudo bem porque eu sou forte e vou

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ser linda.

Meus pais, Carter e Teddy conversam sobre assuntos banais, observo-os interagindo e percebo que
eles gostam mesmo de Carter e confiam nele. Também não tem como não gostar de Tom, é como se
ele tivesse luz própria e estou orbitando perigosamente envolta dele.

Existem apenas duas coisas que podem me afastar para sempre de Carter por mais que isso vá contra
todos os meus desejos: a primeira é o meu transtorno alimentar. Não deixarei ele se meter entre "Ana",
"Mia" e eu porque nossa relação é o que existe de mais importante pra mim. A segunda é Viollet, a
esposa dele.

Nunca a vi pessoalmente, mas sei que ela não é muito inteligente para deixá-lo sozinho em Seattle sendo
um marido tão bonito e é claro, safado.

Termino meu almoço e a sobremesa já está sendo servida, mas tenho uma boa desculpa pra recusar.

– Não, obrigado, eu prometi passar na casa de Susan hoje pra levá-la no cinema. Dia das garotas. -
digo já levantando da mesa, mas dessa vez é minha mãe que faz uma objeção.

– Susan não vai se importar se você se atrasar alguns minutos, pela hora com certeza ela também está
almoçando com os pais. Fique, querida, seu pai tem uma surpresa pra você lá fora, mas só vai te
entregar depois que comer a sobremesa. - ela diz piscando o olho pra mim de maneira cúmplice.

Não sei que surpresa é essa, não estou interessada em saber porque tudo o que eu quero é sair daquela
sala de jantar, mas se eu sair vai ser muito pior, principalmente porque temos um convidado, me sento
de novo e me vejo obrigada a comer uma fatia de torta de morango, uma das minhas favoritas.

Eu poderia chorar por estar colocando tantas calorias pra dentro de mim depois de todo esse esforço
que fiz pra me manter magra.

Percebo que odeio minha família, mal vejo a hora de ser maior de idade e me livrar de todos eles
embora não duvide que meu pai iria até o fim do mundo me caçar só pra me fazer mais infeliz. Quando
aquele almoço finalmente termina eu os sigo para o lado de fora enquanto cravo as unhas
disfarçadamente no meu próprio braço pra conter toda a minha raiva.

No minuto seguinte assim que chego na garagem a raiva vai embora e me sinto arrependida de tudo o
que pensei sobre meu pai e minha família quando dou de cara com meu tão sonhado carro rosa
metálico.

– NÃO ACREDITO! É O MEU CARRO! - estou quase chorando de emoção agora ao mesmo tempo
em que meu peito está assolado de culpa.

Corro até meu pai e dou um abraço nele de livre e espontânea vontade porque ele se lembrou de todos
os detalhes, o carro é exatamente do jeito que eu queria como sempre sonhei.

Ele estende a chave pra mim e vejo que está em um chaveiro das "Meninas Super Poderosas", era um
dos meus desenhos favoritos na infância e não sei como o Sr. Christian Grey ainda lembra disso se faz
tanto tempo. Provavelmente aquele chaveiro significa que na mente dele ainda sou a mesma menininha
que gostava de desenhos animados e lhe pedia aquelas bonequinhas.

– É todo seu, pra minha menina super poderosa, mas só quero pedir uma coisa, Phoebe. Tenha cuidado
quando dirigir, sim? Respeite os limites de velocidade, não se esqueça de usar os faróis, setas e respeite
também os semáforos. - meu pai começou dando um pequeno sermão sobre regras de trânsito.

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– Eu sei pai, já me disseram tudo isso quando tirei a carteira de motorista. - falei, mas não de maneira
agressiva porque não podia fazer isso quando ele estava sendo tão legal.

– Que bom, estou só relembrando. - ele disse dando um sorriso.

– Susan vai ficar louca quando vir, hoje mesmo vou levá-la pra passear no meu carro novo. - comecei a
tagarelar enquanto abria a porta do carro, o estofado era bege claro muito bonito e confortável, o carro
todo tinha cheiro de novinho.

– Srta. Grey, será que se importaria de me dar uma carona já que está de saída? - Carter me
surpreendeu com o pedido.

– Uma carona? Mas não veio de carro? - perguntei confusa, meus instintos diziam que ele tinha
segundas intenções ao pedir aquela carona.

– Sim, mas exagerei um pouco no vinho e prefiro não arriscar. Sei que estou incomodando já que vocês
jovens devem achar um pouco tediosa a companhia de gente velha como eu, mas prometo recompensá-
la de alguma forma mais tarde. Não vou tomar muito do seu tempo. - insistiu.

Alguma coisa me dizia que ele havia exagerado no vinho de propósito, como se planejasse aquilo.

– Tudo bem, entra aí. - disse tentando parecer desinteressada e dando de ombros pra que meus pais
não percebessem nada e funcionou, porque meus pais nem desconfiavam do que estava rolando entre
agente.

É, Sr. Christian Grey não era tão esperto quanto pensava.

Notas finais do capítulo


Queridos,

Quero agradecer as leitoras alineS20, Lívia Grey e Jane pelas recomendações super fofas!

Carter está mandando beijinhos pra vocês!

E para as leitoras que querem que o próximo capítulo saia mais rápido, só uma dica: Recomendações
aumentam a motivação pra postar mais rápido rs

Só que também quero deixar um aviso pra vocês:

Eu sei que tá todo mundo querendo ver logo o momento em que o Christian descobre sobre o
relacionamento do Carter com a Phoebe, mas isso ainda vai demorar pra acontecer e não tô querendo
apressar as coisas nessa fic porque tem muita coisa ainda.

Ela está praticamente no começo pra vocês terem uma idéia, ok? Por isso paciência meus amores!

Próximo capítulo mais cenas quentes!

Beijinhos

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(Cap. 16) Estreando o carro novo


Assim que Carter entrou eu pus o pé no acelerador, imaginei que ele fosse querer que eu o deixasse em
seu apartamento, mas decidi perguntar só pra ter certeza.

– Devo deixá-lo em casa?

– Não, Srta. Grey, vire á direita, vou mostrar onde deve parar o carro. - falou com autoridade, eu podia
sentir aqueles olhos azuis me fitando, engoli em seco e fui obedecendo.

O lugar para onde ele estava me levando parecia ser afastado de tudo e absurdamente deserto.

– Pra onde exatamente estamos indo? - perguntei.

– Cale-se Srta. Grey, não lhe dei permissão para me questionar. Agora pare o carro. - ele falou e
rapidamente entendi que se tratava daquele jogo perigoso de novo, bem como havia começado naquela
Sala de Tortura especial que havia no Escala.

Eu tinha várias perguntas em mente, mas naquele momento não estava autorizada a perguntar,
simplesmente permaneci quieta aguardando a próxima instrução.

– Muito bem, tire o cinto de segurança e vire-se de frente pra mim. Está usando calcinha, Srta. Grey? -
perguntou.

– Sim. - respondi, é claro que eu estava usando, por que não estaria?

– Retire-a , quero que encoste suas costas na porta do carro e abra as pernas para que eu possa ver
bem. - aquele pedido fez com que minhas faces ficassem coradas.

Exitei, mas ele insistiu

– Vai me desobedecer? Haverão consequências se o fizer. Disse pra tirar a calcinha e abrir as pernas,
Phoebe. - falou em um tom de voz sério, por mais que aquilo fizesse com que eu me sentisse
envergonhada, era extremamente excitante.

Me arrependi por estar usando uma calcinha simples de algodão, gostaria de ter escolhido uma peça
mais apropriada, mas decididamente eu não tinha como prever a visita de Tomas e tampouco poderia
imaginar que acabaria em mais um pouco de sexo sadomasoquista delicioso com ele como forma de
estrear meu carro novo.

Levei as mãos a minha peça íntima e a deslizei pelas minhas pernas.

– Muito boa, garota. Dê pra mim. - estendeu a mão e eu a entreguei, abri as pernas como ele pediu
levantando um pouco o vestido que estava usando e ele olhou para aquela parte do meu corpo entre
minhas pernas sem nenhuma reserva enquanto cheirava minha calcinha.

– Essa visão é maravilhosa, Srta. Grey. Estava louco por isso desde o momento em que a vi sentada
naquele piano. Acho que podemos melhorá-la ainda mais, abaixe o decote, deixe-me ver seus seios
também. - ele disse.
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Pra quem já estava exposta daquela maneira, mais um pouco não seria tão diferente então fiz como ele
mandou e tive a impressão de que aquilo era mais erótico do que se eu estivesse completamente nua
diante de Carter. Ele passou a língua pelos próprios lábios, lambendo-os enquanto fitava meu corpo e
pude notar que meus mamilos já se enrijeciam denunciando o tesão que eu estava sentindo por estar
daquela maneira.

– Isso está ótimo, coloque suas mãos pra trás, vou tocá-la como fizemos com aquele piano. - o tom de
voz era absurdamente sensual, ele retirou um lenço do bolso do paletó e prendeu meus pulsos atrás de
mim no lugar de apoiar o braço que havia na porta do meu carro.

A posição era incômoda, mas não me importei, havia ainda o perigo de estarmos no acostamento de
uma estrada e aparecer alguém, por mais que o lugar fosse deserto. O interessante era que a idéia de
estar correndo o risco de ser pega me excitava ainda mais, tanto quanto quando ele me tocou na mesa
de jantar enquanto almoçávamos com a minha família.

Teria ele advinhado que o perigo era algo que me excitava? Como aquele homem podia saber meus
desejos mais obscuros e profundos? Sexo e adrenalina formavam uma mistura perfeita e tive a certeza
de que toda vez que eu dirigisse aquele carro me lembraria daquele dia. Seria de propósito que ele
estava fazendo aquilo? Para que eu jamais esquecesse dele quando estivesse dirigindo? Definitivamente
ele era muito mais esperto e vaidoso do que eu imaginava.

Os dedos foram na direção de meus seios primeiro e ele apertou meus mamilos beliscando-os de leve,
lembrando a sensação de ter prendedores de mamilos neles. Tive uma ligeira impressão de que Carter
lamentava o fato de não tê-los trazido consigo.

– Diga-me, Srta. Grey, alguma vez já foi fodida dentro de um carro? - Tomas perguntou.

– Sim, na minha primeira vez. - respondi de propósito, parte de mim queria provocar ciúmes em Carter
e o mais interessante é que consegui, pois seus olhos brilharam com alguma coisa que parecia raiva.

– A primeira vez de uma jovem dentro de um carro? Isso não me parece nada cavalheiro. Quem fez
isso e quando? - perguntou.

– Ian Sanders, na noite em que nos conhecemos depois do Baile. - falei para provocá-lo.

– Ah, o moleque idiota? Não gosto nada disso, sou o único que pode tratá-la como uma vadia, Srta.
Grey, justamente para que ninguém mais a trate dessa forma. - Tomas disse enquanto descia as mãos
agora para minhas partes íntimas tocando-as com os dedos. - Estou sendo bem claro?

Uma onda de prazer passou pelo meu corpo assim que senti os dedos de Carter me penetrando, ele
com certeza percebeu o quanto eu já estava molhada e pronta para ele.

– Sim senhor. - falei enquanto revirava os olhos sentindo os movimentos de vai e vem que ele fazia
dentro de mim colocando um segundo dedo em meu interior.

– Sou o único que pode fodê-la de todas as maneiras possíveis e imagináveis e é isso mesmo que vou
fazer. Ensinarei coisas que nenhum outro te ensinou, para que saiba como é ter prazer de verdade. Vê o
que me leva a fazer com você, Srta. Grey? A culpa é toda sua, pois me deixa louco. - ele disse.

Não fazia a menor idéia de como podia deixar um homem daqueles louco? Ouvir aquilo fazia bem para
o meu ego, mas ao mesmo tempo eu me perguntava se Tomas Carter na verdade não era louco.

– Vou fodê-la nesse carro agora, pois quero que se lembre de mim toda vez que estiver dirigindo, nesse

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mesmo banco. Vou fazer isso agora mesmo, você quer, Srta. Grey? Quer que eu mostre como se fode
de verdade dentro de um carro cor de rosa? - ele me perguntou enquanto movimentava aqueles dedos
em meu interior, eles estavam muito bons, mas não eram o suficiente porque eu queria Tomas Carter
dentro de mim naquele carro.

– Sim, eu quero. - falei.

Definitivamente eu tinha sérios problemas por estar gostando daquilo.

– Seu desejo é uma ordem. - Carter respondeu retirando os dedos e levando-os aos lábios, depois
abriu a própria calça desabotoando-a e exibindo seu membro já duro e ereto pra mim.

Por sorte o carro era espaçoso, ele ajoelhou-se na beirada do banco onde eu estava sentada me
erguendo pelos quadris e encaixando-me em seu membro fazendo-o entrar dentro de mim, vi alguns
carros passando em alta velocidade pela estrada através do vidro, mas não me importei, logo ele
segurava meu queixo forçando-me a fitar aqueles olhos azuis e eu me perdi neles novamente.

A outra mão ele passou por minha cintura e levei um susto quando ele abriu minhas nádegas com os
dedos penetrando um deles ali.

– Vou fodê-la aqui também, aqui aquele moleque nunca esteve, não? - perguntou.

– Não. - respondi.

– Ótimo, foi fodê-la aqui, mas não hoje. Você será minha de todas as formas, Phoebe. - ele disse
enquanto empurrava os quadris contra os meus indo ainda mais fundo em meu interior.

Aumentava o ritmo até se tornar mais firme e forte, minhas costas batiam contra o vidro do carro e logo
me vi tendo um orgasmo com Carter dentro de mim.

Mais uma vez ele não gozou, provavelmente viera desprevenido e não trouxera uma camisinha, ele se
retirou de dentro de mim e sentou novamente no banco do carona.

– Você gozou rápido e deliciosamente pra mim, hoje eu deixei porque é uma foda rápida, mas na
próxima vez não a deixarei gozar tão rápido assim. Agora é a minha vez. Quero gozar em sua boca,
Srta. Grey. - disse enquanto desamarrava meus braços que já latejavam.

Inclinei-me em sua direção para prová-lo, mas antes ele me puxou pelos cabelos fazendo com que eu
beijasse primeiro sua boca, depois fez com que eu abocanhasse sem membro onde senti meu próprio
gosto misturado ao dele e chupei com vontade, querendo agradá-lo assim como sentir o gosto dele.

Ouvia seus gemidos de prazer que me incentivavam até que o líquido quente me invadiu a garganta,
engoli tudo e só então ele finalmente tirou as mãos de meus cabelos e sentei novamente relaxada no
banco.

O olhar de Carter mudou quando pousou sobre meus pulsos, com um movimento brusco ele os agarrou
com as mãos.

– O que é isso? Essa não, Phoebe eu acabei te machucando! Não era pra ter feito isso, por que não me
avisou que prendi forte demais? - ele parecia preocupado de repente.

Estranhei seu comportamento, será que Carter era bipolar?

– Está tudo bem, sei como esconder de meus pais, é sério! - falei.
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Não era pra isso ter acontecido, estou fora de mim! Droga! Saia daí, eu dirijo. - falou em um tom
autoritário, não entendi a mudança no comportamento e tampouco gostei da idéia de abrir mão do
volante de meu carro, mas pensando bem eu ainda não estava em condições de dirigir, ajeitei meu
vestido e saí do carro trocando de lugar com ele.

Observei quando ele estacionou enfrente a uma farmácia e logo em seguida voltou com um remédio
bom para hematomas e ferimentos desse tipo, passou-os envolta dos meus pulsos massageando-os e
em seguida me fitou com um olhar mais brando.

– Desculpa mesmo, Phoebe, acho que passei dos limites. Não deixarei mais marcas em seu corpo em
lugares onde se pode ver pelo menos. - insistiu.

Eu gostava desse lado dele preocupado, mas no fundo sabia que ele tinha era medo de que meus pais
acabassem desconfiando de algo caso vissem marcas em meus pulsos.

– Já disse que está tudo bem, tenho algumas pulseiras que posso usar para cobrir. - falei.

– Você é uma boa menina, Phoebe. Deve ter algumas perguntas que quer fazer pra mim, não é mesmo?
Tenho deixado-a confusa. - Tomas balbuciou.

Não entendi de repente porque ele havia ficado tão mudado de um segundo para outro. Em um
momento ele queria me foder como se eu fosse uma prostituta e fazer de mim sua escrava sexual, no
outro parecia todo desconcertado e preocupado tratando-me como se eu fosse quebrar.

– Algumas. - falei.

Meu celular tocou e nós dois direcionamos os olhos para o visor, era Susan. Eu estava demorando
demais pra chegar na casa dela. Atendi.

– Phoebe? Você já saiu de casa? - ela perguntou.

– Sim, já estou indo, é que precisei dar uma carona pra um amigo dos meus pais. - disse. - Estarei
chegando logo, vou me atrasar só mais alguns minutos.

Ela disse que estava tudo bem e depois desligou.

– Sua amiga deve estar preocupada, olha, vamos fazer assim, quero que me mande um e-mail
perguntando tudo o que deseja saber, não precisa ter vergonha de nada. Estarei esperando. Agora é
melhor você ir. - ele disse abrindo a porta e saindo carro me deixando sozinha e tive a impressão de que
minha cabeça poderia fundir.

Notas finais do capítulo


É, esse capítulo não ficou muito bom, acho que acabei fazendo uma coisa muito perva e deixei vocês
tão confusos quanto a Phoebe kkk mas faz parte. Prometo tentar caprichar mais nas próximas cenas
quentes.

Peço desculpas também por não ter respondido a todos os comentários, mas estou meio sem tempo.
Assim que puder volto a responder a todos com muito carinho já que adoro os comentários de vocês!

Quero agradecer a leitora Ana Biebs pela recomendação linda que ela deixou! Carter está mandando
beijinhos pra você!

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Muito obrigada mesmo, adorei!

E aproveitar também pra esclarecer uma coisa.


Tô chateada porque algumas leitoras ficam reclamando que eu demoro a postar, dizendo que estão
quase desistindo de ler a fic porque eu demoro.

Só que escrever não é tão simples quanto parece, requer duas coisas chamadas inspiração e tempo,
coisas que não brotam em árvore.

Como todo mundo, também tenho meus problemas pessoais e obrigações. Além disso essa não é a
única fic que eu escrevo e preciso distribuir o tempo que tenho pra postar entre meus outros trabalhos,
sem negligenciar minha vida pessoal, afinal tenho que trabalhar também.

Ultimamente tenho postado mais rápido, não tenho mais ficado meses sem postar porque sei como é
chato, mas essa é a realidade de muitas fics que acompanho e nem demoro tanto assim como outros
autores. Acompanho fics que demoram muito mais pra serem atualizadas.

Se digo que posto mais rápido se alguém recomendar, não é que eu vá deixar de postar caso não
recomende, acontece que quando recomendam dá mais ânimo porque sinto que estão gostando da fic
e aí faço um esforço maior pra que os capítulos cheguem mais rápido. Uma outra leitora fez uma
observação de que não é justo com quem já recomendou ter que ficar esperando os outros
recomendarem pra ler o cap e cheguei a conclusão de que ela está certa, realmente não é justo, por
isso vou me esforçar pra postar mais rápido independente de recomendarem ou não.

Mas tenham em mente também que não posso prometer um capítulo atrás do outro. Eu tô escrevendo
aos pouquinhos, a fic é longa e nem sempre dá mesmo pra postar. Prefiro demorar e fazer uma coisa
com calma e qualidade do que com pressa pra terminar logo a fic e ficar uma merda (desculpem falar
assim).

Ás vezes até tô com tempo e dá aqueles surtos de inspiração que eu saio postando direto, mas não é
sempre que acontece e não depende só de mim. Sou um ser humano com altos e baixos como todo
mundo.

Como eu digo, eu posto o mais rápido que eu puder, mas escrevo por prazer e pressão só tira o
ânimo. Sem contar que não posso descuidar das minhas obrigações pra ficar aqui no pc escrevendo o
dia inteiro.

Se alguns acharem que é penoso demais esperar e quiserem desistir da fic, desculpe ser grossa e
franca, mas não posso fazer nada, é a escolha de cada um. O que eu não posso fazer é deixar de
estudar, trabalhar e abandonar minhas outras fics pra poder postar todos os dias. Também não vou
forçar quando não estiver com inspiração pra sair um capítulo que fique uma bosta pra poder postar
com pressa.

Já aqueles que acharem que vale a pena esperar pra ler e que compreendem que eu vou postar sempre
que puder, o mais rápido possível sem descuidar da minha vida fora do nyah e segundo minha
inspiração permitir, saibam que ficarei muito feliz em tê-los como leitores e agradeço a compreensão.

É isso e vou postar o mais rápido que puder independente de receber recomendações ou não, mas
claro que ficarei muito feliz se acharem que eu mereço e resolverem deixar.

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Beijos

(Cap. 17) Perguntas e Respostas


Assim que Carter saiu fui dirigindo para a casa de Susan com mil coisas pra pensar em minha mente.

Estacionei na porta de entrada e abri minha bolsa, por sorte não tinha esquecido dos meus comprimidos
de laxante, acabei não tendo tempo pra "miar" com toda essa história de ganhar um carro novo e dar
uma carona para Tomas.

Se eu tomasse um agora, provavelmente só de madrugada faria efeito, por um lado seria chato o fato de
que eu não dormiria minhas 8 horas de sono da beleza, mas pelo outro não podia deixar que toda
aquela comida ficasse em meu organismo. Carter havia se referido a mim como "Srta. Ossos
Aparecendo", mas mal sabia ele que pra mim isso era um elogio, o melhor que ele poderia me dar.

Ajeitei meu cabelo e o meu vestido pra parecer apresentável pra Susan e logo que cheguei na casa dela
fui recebida por minha melhor amiga com os olhinhos brilhando assim que viu meu carro novo.

– Nossa Phoebe, é lindo o seu carro novo! Que sorte você tem! - ela disse.

É, meu bebê fazia mesmo sucesso, muita gente o havia olhado na rua, uma coisa que eu gostava era de
chamar a atenção.

– Hoje vamos dar uma volta nele, mas primeiro queria te pedir um favor. - falei já me lembrando do
pedido de Carter antes de sair do carro me deixando sozinha com meus pensamentos.

– O que? - ela me pareceu curiosa.

– Me deixaria usar seu computador pra mandar um e-mail? É que não posso mandar lá de casa porque
meu pai monitora os computadores - expliquei.

– Claro, fique a vontade, mas a net aqui é lenta. - Susan explicou.

Eu conhecia bem seu computador assim como todo seu quarto por causa das vezes em que havia
dormido na casa dela.

Assim que cheguei me sentei naquela máquina praticamente pré-histórica, tinha que me lembrar de dar
um notebook de presente pra minha amiga em seu próximo aniversário, claro que ela ficaria sem graça
de aceitar, mas eu podia dar um jeito de convencê-la. Rapidamente acessei meu e-mail e comecei a
digitar todas as perguntas que tinha para Tomas.

_________________________________________________________________________________

De: Phoebe Grey < phoebelicious@sweet.com>

Para: Tomas Carter < tomascarter@escarlate.com>

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Assunto: Perguntas

Sr. Carter,

Cumprindo sua ordem de mandar as perguntas que tenho em mente, vou enumerá-las na ordem que me
vierem na mente enquanto estiver escrevendo esse e-mail.

1- Pelo que entendi, toda vez que eu o desobedecer serei punida apanhando e abusada sexualmente?
Até quando terei que obedecê-lo? O que vai fazer comigo quando se cansar disso?

2- Por que eu?

3- Vai contar meu segredo se eu o desobedecer?

4- Sei que você é casado, onde está sua esposa? Ela sabe sobre suas preferências?

5- Não foi você quem construiu aquela Sala de Torturas no Escala, não haveria tempo pra isso e mesmo
que fosse, a sala estava trancada no dia em que o levei para o apartamento, o que significa que meus
pais sabem sobre aquele lugar. O que exatamente significa isso?

Por hora serão apenas essas perguntas.

Beijos

Phoebe

___________________________________________________________________________

Havia mais uma pergunta que eu queria fazer, mas jamais me atreveria a tanto " Você ama sua
esposa?", apertei o botão "enviar" e fiquei sentada um pouco enfrente ao computador balançando a
cadeira de um lado para o outro pensando nesse assunto. Desde que Carter aparecera em minha vida
que eu não conseguia pensar em outra coisa que não fosse nele, não perdia uma única oportunidade de
estar perto dele e sabia que isso significava que havia alguma coisa muito errada comigo.

Susan sentou-se na cama logo atrás de mim enquanto mexia em um de seus ursinhos de pelúcia.

– O que foi Phoebe? Está no mundo da lua? - perguntou.

– Sim. Susan, me responde uma coisa, como agente sabe se está apaixonada por alguém? - questionei
virando de frente pra ela.

Agora era minha melhor amiga que estava pensativa.

– Acho que é quando agente não consegue deixar de olhar pra essa pessoa, mesmo estando na frente
de muitas outras ao mesmo tempo em que sentimentos o rosto corar quando ficamos perto. É quando
essa pessoa se torna a mais linda aos nossos olhos e ás vezes sonhamos com ele todas as noites,
desejando que ele segure nossa mão ou que seus lábios se aproximem dos nossos. - ela disse
sonhadora.

Foi aí que finalmente notei o quanto eu era egoísta e auto-centrada, sempre tão preocupada com meus
próprios sentimentos que nem percebi que minha melhor amiga estava apaixonada por alguém.

– Nossa, mas isso quer dizer que você gosta de alguém! Quem é, Susan? Por que você nunca me
contou? - perguntei.

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De repente notei que o rosto dela tinha ficado vermelho.

– É que, não faz diferença. A pessoa que eu gosto nunca vai olhar pra mim como mulher e mesmo que
olhasse, não adiantaria porque ele é comprometido e a namorada dele é tão bonita, popular e legal!
Bem diferente de mim. - ela disse.

Levantei do computador e sentei na cama ao lado dela abraçando-a.

– Eu duvido que ela seja tão bonita e legal quanto você! Pode até ser que seja mais popular, mas você é
linda e é a garota mais legal que conheço. Já a parte sobre ele ser comprometido eu entendo, mas isso
não significa que você não tenha uma chance. Quer saber de uma coisa? A pessoa de quem estou
gostando também é. - falei e percebi que pela primeira vez admiti que gostava de Tomas Carter.

– Verdade? Bom, parece que até isso temos em comum né amiga? - rimos juntas.

Chequei mais uma vez o e-mail antes de sair de casa, Carter já havia respondido durante esse pouco
tempo em que conversei com Susan.

_____________________________________________________________

De: Tomas Carter < tomascarter@escarlate.com>

Para: Phoebe Grey < phoebelicious@sweet.com>

Assunto: Perguntas

Srta. Grey.

Vou responder as perguntas na ordem em que elas foram enviadas.

Esperava mais, mas por hora tentarei ser o mais claro possível.

1- Abuso sexual não seria a palavra mais adequada. Talvez eu tenha me empolgado e não tenha deixado
claro que não é forçada a fazer nada que não queira. Terá que me obedecer enquanto essa relação for
prazerosa para ambos, sei que foi pra você, não adianta negar, pois seu corpo disse isso, assim como
sua boca quando disse que queria mais quando estávamos naquele carro. No dia em que me cansar
disso, então será livre, o mesmo vale pra você. É livre pra terminar com tudo no dia que não quiser
mais. Mas sinceramente, desejo que esse dia demore a chegar, você não?

2- Por que não você? Me deixou louco desde a primeira vez em que a vi, com seus olhos vermelhos,
seu jeito atrevido. Há alguma coisa em você que me atrai. Sei que tem um enorme potencial e precisa de
alguém que cuide de você. Além disso, tenho tesão em você, Srta. Grey. Tem noção dos riscos que
corro pra estar com você? Só esse e-mail é um deles, mas vale a pena.

3- De maneiro nenhuma, Srta. Grey. Acho melhor deixar essa parte mais clara. Não contarei nada do
que sei sobre você para seus pais, pois caso contrário eu estaria chantageando-a, isso não seria nada
cavalheiresco de minha parte. Já disse que não é obrigada a fazer nada que não queira, perdão se passei
essa impressão. Não é obrigada a fazer sexo comigo em troca de meu silêncio, não vou dizer nada se
não quiser. Pode confiar em mim, Phoebe. Peço desculpas se a deixei confusa ou caso tenha se sentido
obrigada a fazer algo.

4- Viollet é uma mulher que gosta de viajar, creio que nesse momento ela deva estar fazendo compras
em Miami com suas amigas, sim, ela sabe de minhas preferências e as abomina, jamais aceitaria fazer
umas das coisas boas que fazemos naquela Sala de Jogos. Com ela infelizmente tenho que me contentar
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com o chato sexo baunilha.

5- Bem, Srta. Grey. Existem coisas sobre seus pais que você não sabe. Eles são bem mais divertidos do
que parecem, só posso dizer que aquela Sala, que você chama de "Sala de Tortura" e eu de "Sala de
Jogos", foi construída pelo Sr. Christian Grey, mas falarei mais a respeito disso pessoalmente.

Beijos em sua boca

e chicotadas nesse seu belo traseiro branco.

Tomas Certer

___________________________________________________________________________________

Fechei o e-mail antes que Susan começasse a reclamar da minha demora, haveria tempo pra responder
depois, talvez no computador da escola ou até mesmo no tablet que eu havia esquecido de trazer.

Levantei e fomos juntas para o Shopping, estava com vontade de ver um filme novo de terror que
passava no cinema, fui direto para a fila dos ingressos enquanto Susan foi para a fila da pipoca, disse a
ela que eu não queria, pra mim já bastava o fato de que havia comido mais do que pretendia naquele
almoço. Logo na minha frente notei dois gêmeos idênticos que eu teria considerado extremamente gatos
antes de conhecer Tomas Carter. Os dois tinham a pele bronzeada ao estilo surfista com cabelos loiros
compridos e olhos verdes em contraste.

Assim que Susan voltou com a pipoca, percebi que eles estavam olhando em nossa direção, mas desviei
os olhos, certamente haviam se interessado por Susan, ela não se vestia de maneira sensual como as
líderes de torcida, era até bem reservada com as roupas por causa de seus pais, mas era bonita. Baixei
os olhos e disfarcei mexendo no celular até que eles compraram seus ingressos e saíram da fila.

Caminhamos até a sala de cinema, olhei nossos lugares nas poltronas e foi então que levei um baita susto
ao perceber que fomos parar justamente ao lado deles.

Tentei ignorar esse fato e sentei na poltrona que ficava mais afastada, mas então um deles começou a
puxar assunto com Susan.

– Essa pipoca está boa? Será que eu poderia provar? - disse um dos gêmeos.

– Claro. - Susan respondeu, o que estranhei já que ela costumava ser tímida.

– E aí, vocês gostam de filmes de terror? É difícil encontrar garotas que curtem esses filmes, né
Andrew? - o outro irmão começou a puxar assunto, mas esse estava olhando diretamente pra mim,
diferente de Andrew que havia surrupiado um pouco da pipoca de Susan.

– Filmes de terror são os meus favoritos. - respondi com sinceridade.

– Legal, eu também adoro, já assistiu "Atividade Paranormal"? É do mesmo diretor. - ele perguntou,
então começamos a conversar sobre o filme até que o trailler começou a passar na tela, mas toda hora
Susan sorria para Andrew com quem dividia a pipoca, mas quando o filme começou, ficamos em
silêncio exceto por alguns comentários em algumas cenas e naquelas que davam mais medo, percebi que
Susan agarrava no braço de Andrew e ele não parecia se incomodar com aquilo.

Definitivamente estava rolando um clima entre minha melhor amiga e o garoto gêmeo, no final do filme
recebemos um convite.

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– Hey garotas, depois desse filme deu uma fome, que tal passarmos na lanchonete nova ali no segundo
piso? - Andrew convidou e percebi que Susan estava com muita vontade de aceitar, tinha certeza de
que eles iriam ficar.

– Claro, ótima idéia, estou doida pra provar aquele milkshake. - ela disse e minha vontade foi de matá-
la porque ela sequer se deu ao trabalho de me consultar.

Mas eu tinha que ser paciente, afinal minha amiga solteirona parecia estar interessada em Andrew. Me
senti um pouco traída já que aquela era pra ser uma tarde de amigas, mas fazia tempos que ela não
ficava com ninguém, então dei um desconto.

Assim que saímos do cinema ela foi andando na frente com Andrew e no segundo seguinte, não saberia
dizer exatamente como começou, mas eles estavam se beijando pelo corredor do Shopping enquanto o
outro gêmeo um pouco sem graça tentava puxar assunto comigo.

– E aí, qual é o seu nome? - perguntou.

– Phoebe, e o seu? - uma típica conversa de duas pessoas constrangidas, provavelmente ele estava tão
sem graça por seu irmão estar dando um beijo de desentupidor de pia na minha amiga quanto eu.

– Aaron, prazer conhecê-la. A propósito, Phoebe é um nome muito bonito. - ele elogiou.

– Obrigado, Aaron também é. - respondi.

Notas finais do capítulo


Dessa vez foi rápido, né? rs
Estava doida pra escrever esse capítulo, agora temos personagens novos e que serão importantes para
o desenrolar da fic.

Assim que eu puder posto o próximo.


Beijos

(Cap. 18) Aaron


Devo confessar que o garoto até era legal, chegamos na lanchonete e nessa hora pedi licensa
avisando que precisava ir ao toilette. Tudo o que eu queria fazer era retocar um pouco a minha
maquiagem e passar alguns segundos a sós enquanto eles faziam os pedidos.

Não foi possível porque cinco minutos depois Susan entrou no banheiro feminino parando logo
ao meu lado fitando-me pelo espelho.

– E aí, o que achou do Aaron? - perguntou.


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– Parece ser legal, tem um bom gosto pra filmes. - disse como quem não queria nada enquanto
ajeitava meu próprio cabelo.

– Só isso? Não achou ele bonito? - Susan insistiu.

Eu já sabia onde ela queria chegar: saber se eu estava interessada em Aaron tanto quanto ela
parecia interessada em Andrew.

– Sim, é bonito. - não podia mentir, afinal o garoto era lindo, mas falei sem entusiasmo porque
eu não estava com a mínima vontade de ficar com ele. A única pessoa em quem eu estava interessada
era o complicado Tomas Carter, eu sabia que teria problemas por causa disso.

– Ah, pára, ele não é apenas bonito, é lindo, tanto quanto Andrew, afinal os dois são idênticos.
Não venha me dizer que ele não é o seu tipo, pois sei que você adora caras como eles. - Susan lembrou
e ela tinha razão.

– É, eu sei, mas também sei que não sou muito o tipo deles. - arrumei uma desculpa, caras
como Andrew e Aaron costumavam gostar de garotas como Tory.

– Nada haver, Aaron está caidinho por você! - ela disse.

– Duvido, por que acha isso? - perguntei imaginando que minha amiga estava equivocada.

Tudo bem que ele havia me tratado bem, a conversa havia sido agradável, mas ele não tinha se
jogado pra cima de mim da mesma forma que o irmão dele havia feito com Susan.

– Porque ele me contou. Na verdade eles pediram pra eu vir até aqui falar com você. Aaron
não é como Andrew, é mais tímido do que o irmão e ficou com medo de você dizer não. Ele estará te
esperando do lado de fora da lanchonete caso sua resposta seja sim. - Susan foi bem direta.

Eu a olhei incrédula, era difícil de imaginar que um garoto como Aaron pudesse ser tímido com
essas coisas. Na verdade aquilo era até bem fofo, só que eu não estava mesmo interessada mesmo.
Como é que diz o ditado? “Só chove na nossa horta quando estamos comprometidas”. Pelo visto era
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mesmo verdade, nas inúmeras vezes em que eu havia ido ao cinema com Susan, nunca havíamos nos
deparado com dois caras interessantes e gatos, mas justamente agora que eu não estava querendo isso
foi que apareceram esses dois gêmeos que eram tudo o que pedíamos a tempos atrás.

– Ah Susan, é que eu não estou interessada em ficar com ele, lembra que eu falei que gosto de
outra pessoa? - falei.

– E daí? Ele é seu namorado por acaso? Pelo que sei, se não está namorando então não tem
essa de exclusividade. E depois você mesma disse que o cara é comprometido, então você tem o direito
de sair com outras pessoas. Além disso eu gostaria muito de continuar ficando com o Andrew, mas ele
vai embora com o irmão se você não ficar com o Aaron pra não deixá-lo sem graça depois de tomar o
toco. Por favor Phoebe! Faz um esforço, eles são legais e são só alguns beijinhos. Nem é um grande
sacrifício o que estou pedindo. Beijar um cara gato como ele e aposto que beija bem. - minha amiga
praticamente estava implorando.

Susan nunca havia me pedido nada daquela maneira e em uma coisa ela tinha razão: Não era
traição, pois Tomas e eu não tínhamos uma relação sólida além de Dominador e Submissa pelo que eu
havia entendido. Mesmo que fosse diferente, ele ainda era casado e pelo que eu havia visto nas fotos,
estava bem com a esposa.

Ele não precisava saber, nunca saberia, era um dia só e eu estava fazendo aquilo mais por
Susan do que por mim mesma. Talvez eu até mesmo pudesse aproveitar o momento já que era raro
acontecer.

Depois provavelmente Aaron sequer se lembraria meu nome e eu teria feito o dia de minha
amiga valer a pena.

– Está bem, Susan. O que eu não faço por você? - falei e saí daquele banheiro.

Caminhei até a porta da lanchonete onde Aaron estava e ele abriu logo um sorriso branco
brilhante e perfeito, puxou-me pelo braço com delicadeza, bem diferente dos modos rudes de Carter e
em seguida aproximou os lábios dos meus enquanto afastava uma mecha de meu cabelo do rosto.

Um beijo calmo mas que não era tão bom quanto o de Carter, correspondi mecanicamente e
me senti uma verdadeira vadia por estar beijando outro cara depois do que eu havia feito horas mais
cedo naquele mesmo dia com Tomas dentro do carro.

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Pra quem antes não pegava ninguém até que eu estava em uma fase boa. Susan tinha razão, eu
precisava aproveitar o momento já que não sabia quanto tempo iria durar.

Voltamos para a lanchonete e ficamos mais um pouco, como um passeio de dois casais. Susan
estava muito animada, até mais do que eu, mas eu estava sabendo disfarçar bem. Pedi um milkshake,
mas não o bebi, tinha a desculpa perfeita de estar beijando Aaron pra evitar a comida e ninguém
percebeu que eu havia conseguido ficar sem comer.

Quando deu a hora de irmos embora os meninos ainda nos acompanharam até o carro, liguei o
som e então durante o caminho de volta para a casa de Susan onde eu deveria deixá-la, conversamos
sobre os garotos.

Nunca a havia visto tão animada, pelo visto ela tinha mesmo gostado de Andrew, isso era bom
se o cara que ela gostasse fosse mesmo tão inacessível.

Quando a deixei na casa dela precisei resistir ao impulso de ligar o computador para falar com
Carter, ele teria que esperar até segunda-feira quando eu estivesse na escola já que os pais da minha
amiga estranhariam se eu entrasse só pra usar o computador e saísse de novo como quem não quer
nada e eu não estava com vontade de dormir na casa dela naquela noite, mesmo porque não queria
abusar da minha própria sorte em casa já que eu não havia avisado aos meus pais.

Notas finais do capítulo


Mais um capítulo!

E aí, gostaram dos novos personagens? Como será que o Sr. Carter reagirá quando descobrir sobre
Aaron?

Todas as histórias são de responsabilidade de seus respectivos autores. Não nos


responsabilizamos pelo material postado.
História arquivada em http://www.fanfiction.com.br/historia/295381/50_Tons_De_Escarlate/

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