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APOSTILA DE TEORIA FÍSICA DO

MOVIMENTO
20 SEM/2023
P2
FACULDADES DE ENGENHARIA CIVIL,
MECÂNICA, PETRÓLEO, PRODUÇÃO,
QUÍMICA, ELÉTRICA E COMPUTAÇÃO.

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1

TRABALHO DE UMA FORÇA

I. Trabalho de uma força constante:


𝐖 = ⃗𝑭. ⃗𝒅 = 𝐅. 𝐝. 𝐜𝐨𝐬 𝛂
W trabalho (em joules – J)
F: força (em newtons – N)
d: deslocamento (em metros – m)
𝜶 (letra grega alfa): ângulo entre a força e o
deslocamento

Obs.:
O trabalho mecânico é uma grandeza escalar,
portanto pode ser positivo, negativo ou nulo, quem define é o ângulo entre o sentido da
força aplicada e o sentido do movimento.

II. Trabalho da força Peso:


𝐖 = ± 𝐏. 𝐡 = ± 𝐦. 𝐠. 𝐡
P: força peso (em newtons – N)
m: massa (em kg)
g: aceleração gravitacional (em m/s²)
h: altura (desnível), em metro – m)

Obs.:
a) Na descida o trabalho é positivo.
b) Na subida o trabalho é negativo.
c) O trabalho da força peso não depende da
trajetória.

III. Trabalho da força de atrito:


𝐖 = 𝐅𝐚𝐭 . 𝐝. 𝐜𝐨𝐬𝛂 = 𝛍. 𝐍. 𝐝. 𝐜𝐨𝐬𝟏𝟖𝟎° = −𝛍. 𝐍. 𝐝
Fat: força de atrito (em newtons – N)
: coeficiente de atrito
N: força Normal (em newtons – N)
d: deslocamento (em metros – m)

IV. Trabalho de uma força variável: método gráfico


A área da figura sob o gráfico F x d é numericamente igual ao trabalho realizado pela
força.
W = Área

Obs:

a) 𝐀 𝐫𝐞𝐭â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 = 𝐛. 𝐡

𝐛.𝐡
b) 𝐀 𝐭𝐫𝐢â𝐧𝐠𝐮𝐥𝐨 = 𝟐

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2

(𝐁+𝐛)
c) 𝐀 𝐭𝐫𝐚𝐩é𝐳𝐢𝐨 = ∙𝐡
𝟐

V. Trabalho de uma força variável em uma direção:


𝐱𝐟
𝐖 = ∫ 𝐅𝐱 (𝐱)𝐝𝐱
𝐱𝐢

TEOREMA DA ENERGIA CINÉTICA

A variação da energia cinética de um corpo, num dado intervalo de tempo, é igual à


soma dos trabalhos realizados pelas forças aplicadas nesse corpo:

𝑊 = ∆𝐸𝐶 = 𝐸𝐶𝑓 − 𝐸𝐶𝑖

1 1
𝑊= 𝑚𝑣𝑓2 − 𝑚𝑣𝑖2
2 2

POTÊNCIA MECÂNICA
Potência média: mede a rapidez com que uma força realiza trabalho (W) durante um
intervalo de tempo (t).
∆𝑾
𝐏𝐦 =
∆𝐭
Obs.: também podemos calcular a potência em termos da força (F) que realiza o
trabalho e da velocidade (v) do corpo.
𝐅. 𝐝. 𝐜𝐨𝐬 𝛂
𝐏= ⇒ 𝐏 = 𝐅. 𝐯. 𝐜𝐨𝐬 𝛂
∆𝐭
Para força paralela ao movimento ( = 0°): 𝐏 = 𝐅. 𝐯
Potência instantânea: é a taxa instantânea à qual o trabalho é realizado.
∆𝐖 𝐝𝐖
𝐏 = 𝐥𝐢𝐦 ⇒ 𝐏=
∆𝐭→𝟎 ∆𝐭 𝐝𝐭
𝐭
Desta forma, podemos concluir que: 𝐖 = ∫𝐭 𝐟 𝐏(𝐭)𝐝𝐭
𝐢
Unidade de Potência no SI: [P] = watt (W); sendo 1 W = 1J/s
Na prática, é usual a unidade denominada cavalo-vapor (cv), que corresponde a 735
W.

Também existe uma unidade de potência sugerida por James Watt, o horse-power, que
equivale a 746 W.

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01. Um homem puxa para cima um bloco apoiado no chão de massa 40,0 kg aplicando-
lhe uma força constante que forma um ângulo de 60o em relação a horizontal. A trajetória
do bloco é uma reta e o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,2. Se
em um deslocamento de 8,0 m o trabalho realizado pela força aplicada pelo homem é de
1000,0 J, calcule:
(a) o valor da força aplicada:
(b) o trabalho da força de atrito. RESP.: (a) 250,0 N, (b) -293,6 J

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02. Um homem empurra para baixo um bloco apoiado no chão de massa 20,0 kg
aplicando-lhe uma força constante que forma um ângulo de 30o em relação a horizontal.
A trajetória do bloco é uma reta e o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco
é de 0,3. Se em um deslocamento de 5,0 m o trabalho realizado pela força aplicada pelo
homem é de 950,0 J, calcule:
(a) o valor da força aplicada:
(b) o trabalho da força de atrito. RESP.: (a) 219,4 N, (b) -464,6 J

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03. Um homem puxa para cima um bloco apoiado no chão de massa 10,0 kg aplicando-
lhe uma força constante que forma um ângulo de 45o em relação a horizontal. A trajetória
do bloco é uma reta e o coeficiente de atrito entre a pista horizontal e o bloco é de 0,25.
Se em um deslocamento de 20,0 m o trabalho realizado pela força aplicada pelo homem
é de 600,0 J, calcule:
(a) o valor da força aplicada:
(b) o trabalho da força de atrito. RESP.: (a) 42,4 N, (b) -350,0 J

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04. Uma partícula de massa m = 2,0 kg tem movimento descrito pela seguinte equação
horária:
⃗ (𝑆𝐼)
𝑟 = 𝑡 3 𝑖 + 2𝑡 2 𝑗 + 3𝑡𝑘
Determinar:
(a) a força resultante que atua na partícula;
(b) a potência da resultante;
(c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 2,0 s.
RESP.: (𝑎) 𝐹 = 12𝑡𝑖 + 8𝑗 (𝑆𝐼) (b) P = 36t3+32t (SI) (c) W =208,0 J

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05. Uma partícula de massa m = 4,0 kg tem movimento descrito pela seguinte equação
horária:
𝑟 = 2𝑡 3 𝑖 + 3𝑡𝑗 + 5𝑘 ⃗ (𝑆𝐼)
Determinar:
(a) a força resultante que atua na partícula;
(b) a potência da resultante;
(c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 3,0 s.
RESP.: (𝑎) 𝐹 = 48𝑡𝑖 (𝑆𝐼) (b) P = 288t3 (SI) (c) W = 5,8.103 J

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06. Uma partícula de massa m = 5,0 kg tem movimento descrito pela seguinte equação
horária:
𝑟 = 4𝑡 2 𝑖 + 𝑡𝑗 + 2𝑘⃗ (𝑆𝐼)
Determinar:
(a) a força resultante que atua na partícula;
(b) a potência da resultante;
(c) o trabalho resultante entre os instantes 0 e 1,0s.
RESP.: (𝑎) 𝐹 = 40𝑖 𝑁 (b) P = 320t (SI) (c) W = 160,0 J

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07. A potência da resultante numa partícula de massa m = 2,0 kg varia com o tempo
segundo a lei:
P(t) = 6t2 - 4t + 2 (SI)
Sabendo que a velocidade inicial da partícula é de 2,0 m/s(para t = 0) e paralela à força,
determine:
(a) a velocidade da partícula em t = 2,0 s;
(b) a potência média entre 0 e 2,0 s;
(c) a intensidade da força que atua na partícula em t = 2,0 s.
RESP.: (a) V= 4,0 m/s (b) P = 6,0 W (c) F = 4,5 N

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08. A potência da resultante numa partícula de massa m = 4,0 kg varia com o tempo
segundo a lei:
P(t) = 3t2 - 2t + 2 (SI)
Sabendo que a velocidade inicial da partícula é de 1,0m/s(para t=0) e paralela à força,
determine:
a) a velocidade da partícula em t = 4,0 s;
b) a potência média entre 0 e 4,0 s;
c) a intensidade da força que atua na partícula em t = 4,0 s.
RESP.: (a) V= 5,4 m/s (b) P= 14,0 W (c) F= 7,8 N

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09. Um corpo é empurrado sobre uma superfície horizontal por uma força F que atua
paralelamente à superfície, e sua intensidade aumenta conforme a relação F = 4.x (SI) .
Que trabalho terá realizado essa força, quando o corpo tiver se deslocado da posição de
2,0 m até a posição de 4,0 m?
RESP.: W= 24,0 J

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10. Um corpo é empurrado sobre uma superfície horizontal por uma força F que atua
paralelamente à superfície, e sua intensidade aumenta conforme a relação F = 6x2 + 3
(SI). Que trabalho terá realizado essa força, quando o corpo tiver se deslocado da posição
de 1,0 m até a posição de 3,0 m?
RESP.: W= 58,0 J

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11. Um corpo de massa m = 4,0 kg move-se num plano horizontal sem atrito, sob ação de
uma força F paralela a este plano cuja intensidade varia com a posição do corpo segundo
mostra o gráfico abaixo. Na origem dos eixos, o corpo tem velocidade nula. Determinar:
(a) o trabalho da força entre 0 e 8 m;
(b) a posição em que a velocidade do corpo é máxima;
(c) a potência da força na posição x = 2 m.
RESP.: (a) W= 70,0 J
(b) x = 6m (c) P = 90,0 W

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12. Um corpo de massa m = 2,0 kg move-se num plano horizontal sem atrito, sob ação de
uma força F paralela a este plano cuja intensidade varia com a posição do corpo segundo
mostra o gráfico abaixo. Na origem dos eixos, o corpo tem velocidade nula. Determinar:
(a) o trabalho da força entre 0 e 12 m;
(b) a posição em que a velocidade do corpo é máxima;
(c) a potência da força na posição x = 3m.
RESP.: (a) W= 225,0 J
(b) x= 9 m (c) P= 570,0 W

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13. Um corpo de massa m = 10,0 kg encontra-se em repouso sobre plano horizontal na


posição x = 0. Entre o corpo e o plano existe atrito de coeficiente μ = 0,2. Sobre o corpo
atua uma força paralela a Ox cuja intensidade varia com a posição do corpo conforme
mostra o gráfico abaixo. Sendo g = 10,0 m/s2, determine:
(a) o trabalho de F entre 0 e 5m;
(b) o trabalho do atrito no mesmo deslocamento do item anterior;
(c) a potência da força resultante em x = 3m;
(d) o trabalho resultante entre 0 e 5m;
(e) a posição em que a velocidade é máxima.
RESP.: (a) WF= 320,0 J
(b) Wfat= -100,0 J
(c) PFR= 360,0 W
(d) WFR= 220,0 J
(e) x= 4,5 m

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14. Um corpo de massa m = 4,0 kg encontra-se em repouso sobre plano horizontal na


posição x = 0. Entre o corpo e o plano existe atrito de coeficiente μ = 0,25. Sobre o corpo
atua uma força paralela a Ox cuja intensidade varia com a posição do corpo conforme
mostra o gráfico abaixo. Sendo g = 10,0 m/s2, determine:
(a) o trabalho de F entre 0 e 8m;
(b) o trabalho do atrito no mesmo deslocamento do item anterior;
(c) a potência resultante em x = 6 m;
(d) o trabalho resultante entre 0 e 8 m;
(e) a posição em que a velocidade é máxima.
RESP.: (a) WF= 280,0 J
(b) Wfat= -80,0 J
(c) PFR= 285,0 W
(d) WFR= 200,0 J
(e) x= 7,5 m

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15. Uma partícula de massa 4,0 kg encontra-se inicialmente com velocidade de 2,0 m/s
sobre um plano horizontal na posição x = 0 . Entre a partícula e o plano existe atrito de
coeficiente de 0,25. Atuando sobre a partícula existe uma força paralela ao eixo Ox que
varia com a posição do corpo conforme mostra o gráfico. Sendo g = 10,0 m/s2.
Pede-se:
(a) o trabalho da força F entre
0 e 8 m;
(b) o trabalho da força de atrito entre
0 e 8 m;
(c) o trabalho da força resultante entre
0 e 8 m;
(d) a potência da força resultante
quando x = 3 m.
(e) a posição e o valor da velocidade máxima.
RESP.: (a) 300,0 J (b) – 80,0 J (c) 220,0 J (d) 400,0 W (e) 7,2 m e 10,8 m/s

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16. Uma partícula de massa 8,0 kg encontra-se inicialmente com velocidade de 4,0 m/s
sobre um plano horizontal na posição x = 0 . Entre a partícula e o plano existe atrito de
coeficiente de 0,25. Atuando sobre a partícula existe uma força paralela ao eixo Ox que
varia com a posição do corpo conforme mostra o gráfico. Sendo g = 10,0 m/s2.
Pede-se:
(a) o trabalho da força F entre
0 e 10 m;
(b) o trabalho da força de atrito entre
0 e 10 m;
(c) o trabalho da força resultante entre
0 e 10 m;
(d) a potência da força resultante
quando x = 4 m;
(e) a velocidade máxima atingida.
RESP.: (a) 500,0 J (b) -200,0 J
(c) 300,0 J (d) 348,0 W (e) 9,8 m/s

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17. Um corpo de massa m = 2,0 kg, move-se num plano horizontal, sem atrito, sob a ação
de uma força F, paralela a este plano, que varia com a abscissa x de acordo com o gráfico
abaixo. O corpo parte da origem com velocidade 2,0 m/s. Pede-se:
(a) o trabalho da força F entre as posições x = 0 m e x = 8 m;
(b) a posição em que a velocidade é máxima e o valor dessa velocidade;
(c) a posição em que o móvel tem velocidade nula;
(d) a potência da força F na posição x = 3 m.
RESP: (a) 100,0 J (b) 10,9 m/s (c) 18,4 m (d) 258,0 W

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18. Um corpo de massa 2,0 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal


perfeitamente liso, na posição x = 0. Atuando sobre o corpo existe uma força paralela ao
eixo Ox que varia com a posição conforme mostra o gráfico abaixo. Sendo g =10,0 m/s2.
Determine:
(a) o trabalho da força F entre 0 e 6 m;
(b) a velocidade máxima atingida pela partícula;
(c) a potência da força quando x = 3 m;
(d) a posição em que ela para novamente.
RESP.: (a) WF = 150,0 J
(b) 𝑣𝑚á𝑥 = 12,6 m/s
(c) P = 440,0 W
(c) x= 13,5 m

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19. Um corpo de massa 4,0 kg encontra-se em repouso sobre um plano horizontal


perfeitamente liso, na posição x = 0. Atuando sobre o corpo existe uma força paralela ao
eixo Ox que varia com a posição conforme mostra o gráfico abaixo. Sendo g =10,0 m/s2.
Determine:
(a) o trabalho da força F entre 0 e 8 m;
(b) a velocidade máxima atingida pela partícula;
(c) a potência da força quando x = 4 m;
(d) a posição em que ela para novamente.
RESP.: (a) WF = 320,0 J
(b) 𝑣𝑚á𝑥 = 12,8 m/s
(c) P = 660,0 W
(d) x = 24,0 m

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SISTEMAS CONSERVATIVOS E DISSIPATIVOS DE ENERGIA.

ENERGIA MECÂNICA

Energia é a capacidade de executar um trabalho.


Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada
nos sistemas físicos.
Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são:
• Energia Cinética

• Energia Potencial Gravitacional


• Energia Potencial Elástica

1. Energia Cinética

É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do


sistema que põe o corpo em movimento. É dada por:

𝐦. 𝐯 𝟐
𝐄𝐜 =
𝟐

m: massa do corpo (em kg)


v: velocidade do corpo (em m/s)
Ec: energia cinética (em joule – J)

Teorema da Energia Cinética (TEC)


“O trabalho total realizado por todas as forças atuantes em um corpo extenso, internas e
externas, mede a variação de sua energia cinética. ”

𝛕𝐑𝐞𝐬𝐮𝐥𝐭𝐚𝐧𝐭𝐞 = ∆𝐄𝐜 = 𝐄𝐜𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 − 𝐄𝐜𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥


Ec: energia cinética (em joules – J), é a energia associada ao movimento.
𝐦. 𝐯 𝟐
𝐄𝐜 =
𝟐
m: massa (em kg)
v: velocidade (em m/s)
2. Energia Potencial

Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a
capacidade de ser transformada em energia cinética. Conforme o corpo perde energia
potencial ganha energia cinética e vice-versa.

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2.1 Energia Potencial Gravitacional

É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza. É obtido quando
consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de
referência (solo, chão de uma sala, ...).

𝐄𝐩 = 𝐦. 𝐠. 𝐡

m: massa (em kg)


g: aceleração gravitacional (em m/s²)
h: altura/desnível (em metro)
Ep: energia potencial gravitacional (em joule – J)

Obs.: Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e
como a altura diminui, perde Energia Potencial Gravitacional.

2.2 Energia Potencial Elástica

Podemos entendê-la como a energia associada ou "armazenada" na propriedade elástica


dos materiais. A propriedade elástica ou elasticidade de um corpo está associada ao fato
dele ser capaz de se deformar sob a ação de uma força e retornar à forma original quando
a força cessa a sua atuação.

Corresponde ao trabalho que a força elástica realiza para reconstituir a mola ao seu
comprimento original, transformando a energia potencial elástica em energia cinética.

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Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo
da área do seu gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser: Fel = k.x

base.altura
Como a área de um triângulo é dada por: A = 2

Então:

deformação. força x. k. x
τFel = Eel = =
2 2

𝐤. 𝐱 𝟐
𝐄𝐞𝐥 =
𝟐

K: constante elástica da mola (em N/m)


x: deformação da mola (em metro – m)
Eel: energia potencial elástica (em joule – J)

SISTEMAS CONSERVATIVOS

A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.

𝐄𝐌 = 𝐄𝐜 + 𝐄𝐩 + 𝐄𝐞𝐥

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Forças conservativas: são aquelas que realizam trabalhos independentemente do


caminho escolhido entre dois pontos distintos e ele aparece como energia cinética ou
energia potencial. Exemplo: força peso.
Forças dissipativas: são as forças que atuam no sistema, transformando energia
mecânica em outras formas de energia, também são denominadas de forças não
conservativas. Exemplo: a força de atrito pode transformar energia cinética em
energia sonora (som) e energia térmica (calor).
Princípio da Conservação da Energia Mecânica:
“Para um sistema conservativo, isto é, um sistema isolado, que não troca energia com o
ambiente, e onde não agem forças dissipativas, a energia cinética e a energia potencial
variam, mas a energia mecânica permanece constante”.
𝐄𝐌𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥 = 𝐄𝐌𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥
𝐄𝐜𝐢 + 𝐄𝐩𝐢 + 𝐄𝐞𝐥𝐢 = 𝐄𝐜𝐟 + 𝐄𝐩𝐟 + 𝐄𝐞𝐥𝐟

SISTEMA NÃO CONSERVATIVOS

Num sistema de forças não conservativo, há variação da energia mecânica total.


Quando um sistema apresenta forças dissipativas, como a força de resistência do ar, a
força de atrito, a força viscosa de líquidos, ocorre a diminuição da energia mecânica,
com a transformação, principalmente, em energia térmica.

O trabalho das forças não-conservativas é igual à variação da energia mecânica sofrida


por um corpo.

𝛕𝐟𝐨𝐫ç𝐚𝐬𝐝𝐢𝐬𝐬𝐢𝐩𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚𝐬 = 𝐄𝐌𝐟𝐢𝐧𝐚𝐥 − 𝐄𝐌𝐢𝐧𝐢𝐜𝐢𝐚𝐥

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01. Uma pequena esfera de massa 30,0 g está sobre uma mola comprimida 4,0 cm. Solta-
se a mola e deseja-se que a esfera descreva a trajetória ABCD. Considere g = 10,0 m/s2 e
calcule a constante elástica mínima da mola, tal que a partícula consiga descrever a
referida trajetória.
Resp.: k = 168,8 N/m

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02. Uma pequena esfera de massa 10,0 g está sobre uma mola comprimida 5,0 cm. Solta-
se a mola e deseja-se que a esfera descreva a trajetória ABCD. Considere g = 10,0 m/s2 e
calcule a constante elástica mínima da mola, tal que a partícula consiga descrever a
referida trajetória.
Resp.: k= 53,8N/m

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03. Uma esfera de massa m = 2,0 kg abandonada no ponto A, descreve a trajetória


indicada e para no ponto C após comprimir a mola em 0,5 m. Sendo a constante elástica
da mola k = 200,0 N/m e a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2, determinar:
(a) a altura do ponto A em relação ao ponto B;
(b) a reação exercida sobre a esfera no ponto B sabendo
que o raio de curvatura desse ponto é 20,0 m.
Resp.: (a) hA = 2,25 m; (b) NB = 24,5 N.

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04. Uma esfera de massa m = 4,0 kg é abandonada, sem velocidade inicial, no ponto A,
descreve a trajetória indicada e para no ponto C após comprimir a mola em 0,6 m. Sendo
a constante elástica da mola k = 400,0 N/m e a aceleração da gravidade g = 10,0 m/s2,
determinar:
(a) a altura do ponto A em relação ao ponto B;
(b) a reação exercida sobre a esfera no ponto B sabendo
que o raio de curvatura desse ponto é 10,0 m.
Resp.: (a) hA = 2,8 m (b) NB = 62,5 N

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05. Uma partícula é posta a deslizar sobre uma superfície polida de maneira a descrever
a curva ABCD num plano vertical. O trecho BCD é um arco de circunferência de centro
O e de raio 20,0 cm. Admitindo que o móvel seja abandonado no ponto A do repouso,
calcular:
(a) a velocidade da partícula no ponto B;
(b) a intensidade da força de reação da superfície quando a partícula passar pelo ponto B
situado a 80 cm abaixo de A, sendo 60° o ângulo formado pelos segmentos OB e OC.
Admitir que a massa da partícula seja 5,0 g e g = 10,0 m/s2.
Resp.: (a) 𝑣𝐵 = 4,0 m/s
(b) 𝑁𝐵 = 0,425 N

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06. Uma partícula é posta a deslizar sobre uma superfície polida de maneira a descrever
a curva ABCD num plano vertical. O trecho BCD é um arco de circunferência de centro
O e de raio 40,0 cm. Admitindo que o móvel seja abandonado no ponto A do repouso,
calcular:
(a) a velocidade da partícula no ponto B;
(b) a intensidade da força de reação da superfície quando a partícula passar pelo ponto B
situado a 100 cm abaixo de A, sendo 60° o ângulo formado pelos segmentos OB e OC.
Admitir que a massa da partícula seja 4,0 g e g = 10,0 m/s2.
Resp.: (a) 𝑣𝐵 = 4.5 m/s
(b) 𝑁𝐵 = 0,222 N

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07. Na figura abaixo, encontra-se representada uma pista com um trilho sobre o qual pode
deslizar, sem atrito, uma pequena bola. Calcular:
(a) a velocidade mínima no ponto mais alto da trajetória circular;
(b) qual deve a altura h para que a bola, abandonada do repouso no ponto A, descreva a
circunferência de centro O e raio 20,0 cm?
Resp.: (a) 𝑣𝑚𝑖𝑛 = 1,4 m/s
(b) h = 0,5 m.

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08. Na figura abaixo, encontra-se representada uma pista com um trilho sobre o qual
pode deslizar, sem atrito, uma pequena bola. Calcular:
(a) a velocidade mínima no ponto mais alto da trajetória circular;
(b) qual deve a altura h para que a bola, abandonada do repouso no ponto A, descreva a
circunferência de centro O e raio 10,0 cm?
Resp.: (a) 𝑣𝑚𝑖𝑛 = 1,0m/s
(b) h = 0,25m

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09. Uma bola homogênea e de raio desprezível desliza desde o topo de um domo
hemisférico de raio 10,00 m. Desprezando atrito, calcule;
(a) a altura no momento em que a bola perde o contato com a superfície;
(b) o ângulo em relação à vertical na situação anterior;
(c) a velocidade com que isso acontece.
Resp.: (a) 6,67 m
(b) 48,20
(c) 8,17 m/s

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10. Uma bola homogênea e de raio desprezível desliza desde o topo de um domo
hemisférico de raio 20,00 m. Desprezando atrito, calcule;
(a) a altura no momento em que a bola perde o contato com a superfície;
(b) o ângulo em relação à vertical na situação anterior;
(c) a velocidade com que isso acontece.
Resp.: (a) 13,33 m
(c) 11,54 m/s

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11. A partícula da figura de massa 2,0 kg é abandonada do ponto A sendo desviado por
uma canaleta B para o plano horizontal de modo a provocar a compressão da mola de
constante elástica 18.103 N/m, inicialmente sem deformação. Sabendo-se que g = 10 m/s2,
que o coeficiente de atrito dinâmico entre a partícula e a superfície do plano horizontal é
0,5, que AB = 10,0 cm e BC = 10,0 cm, determinar a máxima compressão na mola.
Resp.: x = 1,1 cm.

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12. A partícula da figura de massa 4,0 kg é abandonada do ponto A sendo desviado por
uma canaleta B para o plano horizontal de modo a provocar a compressão da mola de
constante elástica 2.103 N/m, inicialmente sem deformação. Sabendo-se que g = 10 m/s2,
que o coeficiente de atrito dinâmico entre a partícula e a superfície do plano horizontal é
0,5, que AB = 40,0 cm e BC = 40,0 cm, determinar a máxima compressão na mola.
Resp.: x= 8,9cm

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13. Um corpo de massa m = 1,0 kg está com a velocidade de 2,0 m/s na posição A da
figura. Ao atingir a mola de constante elástica 4.103 N/m provoca a deformação máxima
de 5.10-2 m. Calcular:
(a) o trabalho da força de atrito;
(b) a altura máxima atingida ao voltar, sabendo-se que o trabalho de atrito do ponto de
retorno até a altura h é –1,0 J.
Adotar g = 10,0 m/s2.
Resp.: a) Wfat = - 2,0 J; b) h = 40,0 cm.

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14. Um corpo de massa m = 0,5 kg está com a velocidade de 4,0 m/s na posição A da
figura. Ao atingir a mola de constante elástica 2.103 N/m provoca a deformação máxima
de 4.10-2m. Calcular:
(a) o trabalho da força de atrito;
(b) a altura máxima atingida ao voltar, sabendo-se que o trabalho de atrito do ponto de
retorno até a altura h é –0,2 J.
Adotar g = 10,0 m/s2.
Resp.: (a) Wfat = -4,9 J
(b) h = 28,0 cm

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15. Um bloco de massa igual a 2,0 kg encontra-se encostado em uma mola (1) situada no
ponto A. A constante da mola é igual a K1 = 100,0 N/m e está comprimida de 0,3 m. No
trecho AB não há atrito. No plano horizontal BC existe atrito, cujo coeficiente é igual a
µ = 0,3. O trecho BC é igual a 2,0 m. Determine:
(a) a velocidade do bloco no ponto B;
(b) a deformação máxima da mola (2), cuja constante elástica é k 2 = 50,0 N/m.
RESP.: (a) 11,2 m/s; (b) 2,1 m

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16. Um bloco de massa igual a 4,0 kg encontra-se encostado em uma mola (1) situada no
ponto A. A constante da mola é igual a K1 = 200,0 N/m e está comprimida de 0,2 m. No
trecho AB não há atrito. No plano horizontal BC existe atrito, cujo coeficiente é igual a
µ = 0,2. O trecho BC é igual a 1,0 m. Determine:
(a) a velocidade do bloco no ponto B;
(b) a deformação máxima da mola (2), cuja constante elástica é k 2 = 500,0 N/m.
RESP.: (a) 12,7 m/s; (b) 1,1 m

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Exercícios complementares

01. Um carrinho parte do repouso do topo de uma montanha russa de 8,0 m de altura, com
atrito desprezível. Chegando ao ponto A, na base da montanha, ele é freado pelo terreno
AB coberto de areia parando em 1,8 s. Qual é o coeficiente de atrito cinético entre o
carrinho e a areia?
RESP.: 0,7

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02. Um pêndulo simples encontra-se em repouso (Fig. 1). Em seguida, é afastado da


vertical de um ângulo de 600 (Fig. 2) e solto em repouso. Para que ângulo com a vertical
sua velocidade será a metade da velocidade máxima atingida pelo pêndulo? RESP.: 51.30

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03. Uma balança de mola é calibrada de tal forma que o prato desce de 1,0 cm quando
uma massa de 500,0 g está em equilíbrio sobre ele. Uma bola de 1,0 kg de massa fresca
de pão, guardada numa prateleira 1,0 m acima do prato da balança, escorrega da prateleira
e cai sobre ele. Não levando em conta as massas do prato e da mola, de quanto desce o
prato da balança? RESP.: 21,0 cm

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04. Na figura a seguir, está representado um sistema formado por duas barras homogêneas
de mesma massa m, presas por uma mola de constante elástica k e de massa desprezível
e encontra-se em equilíbrio sobre uma mesa horizontal.
(a) De que distância a mola está comprimida na posição de equilíbrio?
(b) Comprime-se a barra superior, abaixando-a de uma distância adicional x a partir da
posição de equilíbrio. De que distância ela subirá acima da posição de equilíbrio, supondo
que a barra inferior permaneça em contato com a mesa?
(c) Qual é o valor mínimo de x no item anterior para que a barra inferior salte da mesa?
𝑚.𝑔
RESP.: (a) 𝑘
(b) x
2.𝑚.𝑔
(c) 𝑘

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Movimento Oscilatório

Entre os movimentos encontrados na natureza, um dos mais importantes é o movimento


oscilatório. Neste caso, um corpo oscila periodicamente em torno de uma posição de
equilíbrio. Vamos estudar, a seguir, um corpo preso à um fio e à uma mola.

1.0 Pendulo Simples

O pêndulo simples é um tipo de oscilador que para certas condições pode ser considerado
um oscilador harmônico simples. Um pendulo simples é definido como uma partícula de
massa m presa, num ponto O, por um fio de comprimento L e massa desprezível.

Para determinar o tipo de oscilação, precisamos escrever a função do movimento da


partícula. A partícula move-se num arco de círculo com raio 𝐿 = 𝑂𝐵. As forças que agem
sobre a partícula são o peso mg e a tração no fio. A componente tangencial da força
resultante é,
𝐹 = −𝑚𝑔𝑠𝑖𝑛𝜃
Onde o sinal negativo aparece porque ela tem sentido oposto ao deslocamento CB. Dessa
forma,
𝐹 = 𝑚𝑎 = −𝑚𝑔𝑠𝑖𝑛𝜃
Ou ainda.
𝑑2𝜃
𝑚𝐿 2 = −𝑚𝑔𝑠𝑖𝑛𝜃
𝑑𝑡

onde
𝑑2𝜃
𝑎=𝐿
𝑑𝑡 2
Ou ainda,
𝑑2 𝜃
+ 𝜔2 𝜃 = 0
𝑑𝑡 2

que é uma equação diferencial de segunda ordem não-linear, com


𝑔
𝜔=√
𝐿

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A solução da equação diferencial nos fornece a função do movimento, dada por

𝜃 = 𝜃0 cos (𝜔𝑡 + 𝜑)

E o período e a frequência, como nós já vimos em Física Aplicada, são dados por

2𝜋 1
𝑇= 𝑒 𝑓=
𝜔 𝑇

Logo, o período do pêndulo é

𝐿
𝑇 = 2𝜋√
𝑔

Nessas condições, o período do pêndulo simples:


(i) não depende da massa oscilante;
(ii) não depende da amplitude, desde que 𝜃 < 100 ;
(iii) depende apenas da aceleração gravitacional e do comprimento do fio.

Exercícios

01. Qual período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de 2,5 m?
Considere g =10,0 m/s². Resp.: 𝑇 = 3,14 𝑠 e 𝑓 = 0,32 𝐻𝑧

02. Qual período e a frequência de um pêndulo simples, que tem comprimento de 3,6 m?
Considere g =10,0 m/s² Resp.: 𝑇 = 3,77 𝑠 e 𝑓 = 0,27 𝐻𝑧

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03. Um pêndulo simples oscila em um local onde a aceleração da gravidade é 10,0 m/s²,
com um período de oscilação igual a /2 segundo. Determine o comprimento deste
pêndulo. Resp.: 𝐿 = 0,62 𝑚

04. Um pêndulo simples oscila em um local onde a aceleração da gravidade é 10,0 m/s²,
com um período de oscilação igual a /5 segundo. Determine o comprimento deste
pêndulo. Resp.: 𝐿 = 0,10 𝑚

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05. Um astronauta pôs para oscilar um pêndulo simples na Lua, a fim de medir o campo
gravitacional de nosso satélite, e registrou um período de 2,45 s. Se na Terra o mesmo
pêndulo possui período de 1,00 s, qual é a relação entre a aceleração da gravidade da Lua
e a da Terra?
𝑔 1
Resp.: 𝑔𝐿 = 6
𝑇

06. Um marciano pôs para oscilar um pêndulo simples em Marte, a fim de medir o campo
gravitacional do planeta, e registrou um período de 6,28 s. Se na Terra o mesmo pêndulo
possui período de 3,82 s, qual é a relação entre a aceleração da gravidade de Marte e a da
𝑔 1
Terra? Resp.: 𝑔𝑀 = 2,7
𝑇

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Exercícios Complementares

01. O pêndulo de um relógio tem período de 2,00 s em um local onde a aceleração da


gravidade é 9,80 m/s2. Se o comprimento for aumentado de 1 mm, quanto atrasará o
relógio em 24 h? Resp.: 43,2 s

02. O período de um pêndulo é de 3,00 s. Qual será o período se o comprimento for:


(a) aumentado de 60%; Resp.: (a) 𝑇 = 3,80 𝑠 e (b) 𝑇 = 1,90 𝑠
(b) diminuído de 60%. Considere 𝑔 = 9,80 𝑚/𝑠 2

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03. Um fio de comprimento L, ligado a um ponto fixo, tem em uma extremidade uma
massa m que gira em torno da vertical com velocidade angular constante 𝝎. Achar o
ângulo que a corda faz com a vertical. Este dispositivo é chamado de pêndulo cônico.
𝑔
Resp.: 𝜃 = 𝑎𝑟𝑐𝑐𝑜𝑠 𝜔2𝐿

04. Um corpo de massa m é amarrado na extremidade de um fio de comprimento 2,00 m,


conforme a figura Ia. Desloca-se o corpo até a posição B e, em seguida, é abandonado
(figura Ib). Pergunta-se:
(a) em que ponto o corpo será mais rápido?; Resp.: (b) 𝑣 = 4,1 𝑚/𝑠
(b) qual é a velocidade nesse ponto?

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2.0 Sistema massa-mola


Um sistema que obedece a lei de Hooke e vibra de maneira única e simples é chamado
de movimento harmônico simples. Considere o sistema massa-mola abaixo.

Na posição (i) o sistema encontra-se em repouso. Seja 𝐹𝑒𝑥𝑡 uma força externa, horizontal
e para direita aplicada sobre o corpo de massa m. Nesse caso, a mola sofre uma
deformação x surgindo na mola a força elástica 𝐹𝑒𝑙 (ii). Quando a força externa deixar
de existir, o corpo oscilará entre A(amplitude-deformacão máxima na mola) e – A e, a
única força sobre o corpo será a força elástica que é dada por

𝐹𝑒𝑙 = −𝑘𝑥

Onde k é a constante da mola. O sinal negativo indica que a força é contrária à


deformação.
Aplicando a 2a lei de Newton no sistema,

𝐹𝑅 = 𝐹𝑒𝑙
𝑑2 𝑥
𝑚 2 = −𝑘𝑥
𝑑𝑡

Ou ainda,
𝑑2𝑥
𝑚 2 + 𝜔2 𝑥 = 0
𝑑𝑡

𝑘
com 𝜔 = √𝑚 chamada de frequência angular ou pulsação do sistema.
A solução geral da equação diferencial de 2a ordem acima, tem como solução geral:

𝑥(𝑡) = 𝑎. cos (𝜔𝑡 + 𝜑0 ) + 𝑏. sin (𝜔𝑡 + 𝜑0 )

onde a e b são constantes. E pelas condições iniciais, é fácil notar que a = A e b = 0.

Nesse caso, a solução fica

𝑥(𝑡) = 𝐴. cos (𝜔𝑡 + 𝜑0 )

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que é a função do corpo preso na extremidade da mola, cujo comportamento gráfico é

Podemos observar que esse sistema é periódico. O período é dado por

2𝜋 𝑚
𝑇= = 2𝜋√
𝜔 𝑘

Como é um sistema conservativo, a energia mecânica é constante.

𝑚. 𝑣 2 𝑘. 𝑥 2
𝐸𝑀 = 𝐸𝑐 + 𝐸𝑃 = +
2 2

Nas extremidades, a energia mecânica é


𝑘. 𝐴2
𝐸𝑀=
2

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Exercícios

01. Um corpo de massa 2,0 kg está preso na extremidade livre de uma mola helicoidal,
segundo uma direção horizontal. Para uma elongação de 10,0 cm é necessária uma força
de intensidade 20,0 N. Calcule: Resp.: (a) 𝑇 = 0,63 𝑠 (b) 𝜔 = 10,0 𝑟𝑎𝑑/𝑠
(a) o período de oscilação;
(b) a pulsação do movimento

02. Um corpo de massa 100,0 g está preso na extremidade livre de uma mola helicoidal,
segundo uma direção horizontal. Para uma elongação de 4,0 cm é necessária uma força
de intensidade 3,0 N. Calcule: Resp.: (a) 𝑇 = 0,23 𝑠 (b) 𝜔 = 27,4 𝑟𝑎𝑑/𝑠
(a) o período de oscilação;
(b) a pulsação do movimento.

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03. Uma mola sofre um alongamento de 15,0 cm a partir de seu estado de equilíbrio,
quando se aplica uma força de 6,0 N. Nesta situação, liga-se à extremidade livre da mola
um corpo de massa 2,0 kg. Abandona-se o conjunto e o corpo começa a oscilar, efetuando
um MHS. Desprezando as forças dissipativas, determine:
(a) a constante elástica da mola; Resp.: (a) 𝑘 = 40,0 𝑁/𝑚
(b) a pulsação do movimento; (b) 𝜔 = 4,5 𝑟𝑎𝑑/𝑠
(c) o período do movimento; (c) 𝑇 = 1,4 𝑠
(d) a amplitude do movimento (d) 𝐴 = 0,15 𝑚

04. Uma mola sofre um alongamento de 25,0 cm a partir de seu estado de equilíbrio,
quando se aplica uma força de 40,0 N. Nesta situação, liga-se à extremidade livre da mola
um corpo de massa 2,0 kg. Abandona-se o conjunto e o corpo começa a oscilar, efetuando
um MHS. Desprezando as forças dissipativas, determine:
(a) a constante elástica da mola; Resp.: (a) 𝑘 = 160,0 𝑁/𝑚
(b) a pulsação do movimento; (b) 𝜔 = 8,9 𝑟𝑎𝑑/𝑠
(c) o período do movimento; (c) 𝑇 = 0,71 𝑠
(d) a amplitude do movimento (d) 𝐴 = 0,25 𝑚

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05. Um corpo de massa 0,3 kg oscila em torno da posição de equilíbrio O, animado de


movimento harmônico simples, na ausência de forças dissipativas. A mola tem constante
elástica 90,0 N/m e a energia mecânica total do sistema é de 0,3 J.
(a) Qual a amplitude de oscilação do movimento? Resp.:(a) 𝐴 = 8,2 𝑐𝑚
(b) Qual a pulsação do movimento; (b) 𝜔 = 17,3 𝑟𝑎𝑑/𝑠
(c) Qual o período do movimento? (c) 𝑇 = 0,4 𝑠

06. Um corpo de massa 100,0 g oscila em torno da posição de equilíbrio O, animado de


movimento harmônico simples, na ausência de forças dissipativas. A mola tem constante
elástica 40,0 N/m e a energia mecânica total do sistema é de 0,8 J.
(a) Qual a amplitude de oscilação do movimento? Resp.:(a) 𝐴 = 20,0 𝑐𝑚
(b) Qual a pulsação do movimento; (b) 𝜔 = 20,0 𝑟𝑎𝑑/𝑠
(c) Qual o período do movimento? (c) 𝑇 = 0,3 𝑠

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07. O período de oscilação de um sistema massa-mola é de πs. Se a massa do corpo


oscilante é de 1,0 kg, qual será a constante elástica da mola? Resp.: 𝑘 = 4,0 𝑁/𝑚

08. O período de oscilação de um sistema massa-mola é de 2π s. Se a massa do corpo


oscilante é de 1,0 kg, qual será a constante elástica da mola? Resp.: 𝑘 = 1,0 𝑁/𝑚

09. O período de oscilação de um sistema massa-mola é de 4π s. Se a massa do corpo


oscilante é de 1,0 kg, qual será a constante elástica da mola? Resp.: 𝑘 = 0,25 𝑁/𝑚

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Exercícios complementares

01. A partir da função


𝑥(𝑡) = 𝐴. cos (𝜔𝑡 + 𝜑0 )

do movimento do corpo preso a uma mola, obter:


(a) a função horária da velocidade; Resp.:(a) 𝑣(𝑡) = −𝜔𝐴. sin (𝜔𝑡 + 𝜑0 )
(b) a função horária da aceleração; (b) 𝑎(𝑡) = −𝜔2 𝐴. cos (𝜔𝑡 + 𝜑0 )
(c) o gráfico da posição(x), da velocidade(v) e da aceleração(a) em função do tempo.

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02. Um corpo de massa 200 g, preso a uma mola de constante elástica 𝑘 = 0,8𝜋 2 𝑁/𝑚,
está em repouso sobre uma mesa horizontal sem atrito. O corpo é deslocado 3,0 cm da
posição de equilíbrio e, a partir do instante que é abandonado, efetua um movimento
harmônico simples. Determine a velocidade máxima que o corpo adquire.
Resp.: 𝑣 = 6,0𝜋 𝑐𝑚/𝑠

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03. Um corpo de 50,0 g, preso à extremidade de uma mola ideal (𝑘 = 3,2𝜋 2 𝑁/𝑚)
comprimida de 30,0 cm, é abandonado do repouso da posição A da figura. A partir desse
instante, o corpo inicia um movimento harmônico simples. Despreze os atritos e adote o
eixo x com origem no ponto de equilíbrio do corpo (ponto O) e sentido para a direita.
Nestas condições, obtenha as funções da posição, da velocidade e da aceleração do corpo.
Resp.: 𝑥(𝑡) = 0,3 cos(8𝜋𝑡 + 𝜋) (𝑆. 𝐼. )
𝑣(𝑡) = −2,4𝜋 sin(8𝜋𝑡 + 𝜋) (𝑆. 𝐼. )
𝑎(𝑡) = −19,2𝜋 2 cos(8𝜋𝑡 + 𝜋) (𝑆. 𝐼. )

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