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A HISTERIA NA CLÍNICA CONTEMPORÂNEA

Gabriela Quilião Bicca¹, Laura Machado Morais¹.


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Universidade Luterana do Brasil. gab.bicca@rede.ulbra.br.

INTRODUÇÃO: Através da prática do estágio de Processos Clínicos e


Psicoterapêuticos, realizado no Núcleo de Atendimento Psicológico (NAP),
surgiu a necessidade de analisar diferentes conceitualizações da neurose
histérica dentro da teoria psicanalítica. OBJETIVO: Compreender o
funcionamento histérico na contemporaneidade. METODOLOGIA: Este
trabalho se trata de uma revisão narrativa de literatura. RESULTADOS: Apesar
do termo histeria ter sido varrido dos manuais psiquiátricos, os sintomas
histéricos ainda aparecem por completo na clínica. Foi a partir da teoria do
trauma e posteriormente da teoria da fantasia que Freud levantou os principais
achados da neurose histérica, concluindo que o principal mecanismo de defesa
da histeria seria o recalcamento, pois o esforço em tentar evitar os vestígios do
trauma é mais impactante do que o trauma em si. Com a proliferação do uso do
termo borderline o conceito de histeria foi sendo esquecido e a sua
sintomatologia foi sendo inserida em novos quadros diagnósticos, porém cabe
salientar que o diagnóstico psicanalítico se difere do diagnóstico psiquiátrico e
que é importante compreender a origem da histeria para orientar a escuta do
psicanalista.
CONCLUSÃO: Apesar de um recalcamento do conceito de histeria e da sua
suposta substituição por novos transtornos, o reducionismo ou até mesmo o
desmembramento da sua sintomatologia em novos quadros não evitará que o
sofrimento do histérico apareça na clínica por completo, sendo assim, é
importante buscar aporte teórico para compreender melhor o manejo da
histeria na clínica contemporânea.

Palavras-chave: neurose histérica, trauma, diagnóstico psicanalítico

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