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03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

INSTRUÇÃO SUPLEMENTAR – IS
IS Nº 145-001
Revisão F

Portaria nº 13.203/SPO, de 21 de novembro de 2023


Aprovação:
(../../../portarias/2023/portaria-13203)

Certificação de organizações de manutenção


Assunto: Origem: SPO
domésticas

Data de Emissão: 23.11.2023

Data de Vigência: 01.12.2023

1. OBJETIVO
1.1 Fornecer procedimentos e orientações àqueles que desejam certificar, junto à ANAC, uma
organização de manutenção de produto aeronáutico localizada em território nacional, para prestar
serviços de manutenção, manutenção preventiva e alterações, de acordo com os requisitos do RBAC
nº 145.
2. REVOGAÇÃO
2.1 Esta IS revoga e substitui a IS nº 145-001 revisão E.
3. FUNDAMENTOS
3.1 A Resolução nº 30, de 21 de maio de 2008, institui em seu art. 14 a Instrução Suplementar – IS,
norma suplementar de caráter geral editada pelo Superintendente da área competente, objetivando
esclarecer, detalhar e orientar a aplicação de requisito previsto em RBAC.
3.2 O administrado que pretenda, para qualquer finalidade, demonstrar o cumprimento de requisito
previsto em RBAC, poderá:
a) adotar os meios e procedimentos previamente especificados em IS; ou
b) apresentar meio ou procedimento alternativo devidamente justificado, exigindo-se, nesse
caso, a análise e concordância expressa do órgão competente da ANAC.
3.3 O meio ou procedimento alternativo mencionado na alínea 3.2(b) desta IS deve garantir nível de
segurança igual ou superior ao estabelecido pelo requisito aplicável ou concretizar o objetivo do
procedimento normalizado em IS.
3.4 A IS não pode criar novos requisitos ou contrariar requisitos estabelecidos em RBAC ou outro ato
normativo.
3.5 O Regulamento Brasileiro da Aviação Civil (RBAC) nº 145 contém os requisitos para a obtenção
de um certificado de organização de manutenção de produto aeronáutico.
4. DEFINIÇÕES

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4.1 Para os efeitos desta IS, são válidas as definições listadas no RBAC nº 01, RBAC nº 43, RBAC
nº 145 e as seguintes definições:
4.1.1 Autoinclusão: é um processo em que a organização de manutenção – OM, previamente
autorizada pela ANAC em suas Especificações Operativas, realiza uma autoavaliação de sua
capacidade frente aos requisitos regulamentares presentes no RBAC nº 145 para executar serviços de
manutenção em determinado artigo sem a necessidade de análise e aprovação prévia por parte da
ANAC.
4.1.2 Certificado de organização de manutenção – COM: documento emitido com base no art. 70
da Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 (Código Brasileiro de Aeronáutica – CBAer) e no
parágrafo 145.53(a) do RBAC nº 145, que concede à OM a prerrogativa legal para prestar serviços de
manutenção, manutenção preventiva e alterações em produtos aeronáuticos.
4.1.3 Declaração de conformidade: lista que vincula todos os requisitos dos RBAC nº 43, RBAC nº
145 e RBAC nº 120 (este, quando aplicável) e disposições das IS aplicáveis, em cada uma de suas
seções, itens e parágrafos, a uma breve descrição de como a OM irá cumpri-los ou a uma referência
específica da Seção/Item do Manual aplicável (Manual da Organização de Manutenção – MOM,
Manual de Controle da Qualidade – MCQ, do Programa de Treinamento – PT, Manual de
Gerenciamento da Segurança Operacional – MGSO), onde consta tal informação. A lista deve ser
assinada pelo(a) gestor(a) responsável da OM. A preparação da declaração de conformidade beneficia
o solicitante por assegurar que todos os requisitos aplicáveis foram apropriadamente tratados durante
e após o processo de certificação (ver Formulário F-143-40). Este documento deve ser mantido
atualizado pela OM.
4.1.4 Especificações Operativas – EO: documento vinculado ao certificado de organização de
manutenção de produto aeronáutico, contendo os tipos e as limitações dos serviços que a organização
de manutenção está autorizada a executar. Uma EO especifica, portanto, os artigos (produtos
aeronáuticos) nos quais o detentor do certificado está autorizado a realizar serviços de manutenção,
manutenção preventiva e alterações, bem como apresenta as limitações desses serviços, conforme
aplicável. Uma EO pode conter, ainda, autorizações adicionais emitidas em favor da OM.
4.1.5 Lista de Capacidade – LC: documento da organização de manutenção que, em adição às
Especificações Operativas, relaciona os artigos em que a OM pode executar manutenção,
manutenção preventiva ou alterações.
4.1.6 Manual da Organização de Manutenção – MOM: manual que descreve os procedimentos de
operação da OM. (Ver IS nº 145-009)
4.1.7 Manual de Controle da Qualidade – MCQ: manual que descreve os procedimentos de
controle da qualidade da OM. (Ver IS nº 145-009)
4.1.8 Programa de Treinamento – PT: programa que descreve os procedimentos de treinamento da
OM. (Ver IS nº 145-010)
4.1.9 Registro primário de manutenção: de acordo com a seção 43.9 do RBAC nº 43, os registros
de manutenção de um produto aeronáutico devem conter a descrição dos serviços executados (ou
referência a dados aceitáveis pela autoridade competente). Desta forma, constituem registros
primários de manutenção aqueles que apresentam a descrição do serviço realizado, como por
exemplo, Cadernetas de célula, motores e hélices, Ordens de Serviços, Fichas de Cumprimento de
Diretriz de Aeronavegabilidade – FCDA, Formulários ANAC F-400-04 e F-100-01.
4.1.10 Registro secundário de manutenção: de acordo com as seções 91.417 do RBAC nº 91,
135.439 do RBAC n°135 e 121.380 do RBAC nº 121, os registros de manutenção de um produto
aeronáutico devem conter a situação corrente das partes com tempo de vida limitado, tempo desde a
última revisão geral de cada item instalado em aeronave sujeito a revisão, identificação da presente
situação de inspeções da aeronave e a situação corrente das Diretrizes de Aeronavegabilidade – DA
aplicáveis e, se a Diretriz de Aeronavegabilidade envolver ações periódicas, o tempo e a data da
próxima ação requerida. Desta forma, constituem registros secundários de manutenção aqueles que
apresentem tais informações, como por exemplo, uma ficha de situação de componentes controlados
instalados em uma aeronave ou uma ficha de situação de cumprimento de Diretrizes de
Aeronavegabilidade.

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4.1.11 Requerente: uma pessoa, ao aplicar um processo de certificação junto à ANAC, é


denominada “requerente”.
4.1.12 Responsável Técnico(a) em uma OM – RT: pessoa com registro no respectivo conselho de
fiscalização da profissão que assume responsabilidade técnica por serviços realizados por uma pessoa
jurídica, conforme previsto pelos Conselhos e, para efeitos do RBAC nº 145, está em conformidade
com os requisitos adicionais estabelecidos no Apêndice A-I do RBAC nº 145.
4.1.13 Revisão geral: serviço realizado em uma aeronave ou uma célula, motor, hélice, acessório,
componente ou parte de uma aeronave, desde que o artigo tenha sido:
a) desmontado, limpo, inspecionado, reparado como necessário e remontado usando métodos,
técnicas e práticas aceitáveis pela ANAC; e
b) testado de acordo com dados técnicos aprovados ou de acordo com dados técnicos aceitáveis
pela ANAC, que tenham sido desenvolvidos e documentados por detentor de certificado de tipo,
certificado suplementar de tipo ou certificado de produto aeronáutico aprovado.
4.2 Lista de abreviaturas (em ordem alfabética):
AAC – Autoridade de Aviação Civil
AMM – Aircraft Maintenance Manual
ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil
APRS – Aprovação Para Retorno ao Serviço
APU – Auxiliary Power Unit
AVI – Aviônicos
CBAer – Código Brasileiro de Aeronáutica
CEL – Célula
CNPJ – Cadastro Nacional da Pessoal Jurídica
COM – Certificado de Organização de Manutenção
CST – Certificado Suplementar de Tipo
CVA – Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade
DA – Diretriz de Aeronavegabilidade
EMM – Engine Maintenance & Overhaul Manual
EO – Especificações Operativas
FCDA – Ficha de Cumprimento de Diretriz de Aeronavegabilidade
FH – Flight Hour
GMP – Grupo Motopropulsor
GR – Gestor(a) Responsável
GSO – Gestor(a) do SGSO
GTOM – Gerência Técnica de Certificação de Organizações de Manutenção
HSI – Hot Section Inspection
IS – Instrução Suplementar
LC – Lista de Capacidade
MOM – Manual da Organização de Manutenção
MCQ – Manual de Controle da Qualidade
MGSO – Manual de Gerenciamento da Segurança Operacional
MMA – Mecânico de Manutenção Aeronáutica
MOM – Manual da Organização de Manutenção
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OM – Organização de Manutenção de Produto Aeronáutico


PAOE – Presente, Adequado, Operacional e Efetivo
PMA – Programa de Manutenção de Aeronave
PMM – Propeller Maintenace Manual
PPSP – Programa de Prevenção do risco associado ao uso indevido de Substâncias Psicoativas
PT – Programa de Treinamento
RBAC – Regulamento Brasileiro da Aviação Civil
RT – Responsável Técnico(a)
SGSO – Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional
SIGRAC – Sistema de Gestão de Relatórios de Aeronavegabilidade Continuada
SPO – Superintendência de Padrões Operacionais
TCDS – Type Certificate Data Sheet
TFAC – Taxa de Fiscalização da Aviação Civil
5. DESENVOLVIMENTO DO ASSUNTO
5.1 Fases de um processo de certificação inicial
5.1.1 O processo de certificação inicial de um requerente à OM consta de 05 (cinco) fases, sendo
elas:
a) FASE 1 – Contato Inicial;
b) FASE 2 – Reunião inicial/abertura do processo;
c) FASE 3 – Análise de documentação;
d) FASE 4 – Demonstrações e auditorias; e
e) FASE 5 – Certificação.
5.2 FASE 1 – Contato Inicial
5.2.1 O requerente deve, inicialmente, fazer um contato com a Superintendência de Padrões
Operacionais – SPO, por meio da Gerência Técnica de Certificação de Organizações de Manutenção
– GTOM. Nesta fase podem ser dirimidas dúvidas e indicadas as referências básicas (regulamentares,
normas técnicas) pertinentes para a abertura do processo de certificação. A pessoa interessada em
explorar serviços de manutenção, manutenção preventiva e alterações, segundo os requisitos do
RBAC nº 145, deve agendar diretamente com a GTOM uma data para a reunião inicial/abertura do
processo. A critério da ANAC, a reunião poderá ser realizada de forma virtual.
5.3 FASE 2 – Reunião Inicial/Abertura do Processo
5.3.1 Reunião inicial
5.3.1.1 A reunião inicial deve ser realizada com a GTOM. Essa reunião somente pode ocorrer com a
presença das demais pessoas que são indicadas pelo requerente. Obrigatoriamente essas pessoas são:
o Gestor(a) Responsável – GR, Responsável Técnico(a) – RT e Gestor(a) do SGSO - GSO. Também
podem comparecer outros profissionais que ocupam altas funções administrativas na empresa
(Presidente, Vice-Presidente, Diretor(a) Técnico(a), etc.).
5.3.1.2 A reunião inicial visa:
a) a apresentação do(a) GR, do(a) RT e do(a) GSO para a ANAC. Tais pessoas devem estar
envolvidas, desde o começo, com o processo de certificação;
b) o fornecimento pela ANAC de todas as orientações e informações necessárias, o que inclui os
regulamentos e as publicações de referência e como obtê-los;
c) o estabelecimento de procedimentos alternativos a serem seguidos, caso haja necessidade de
desvios dos procedimentos estabelecidos nesta IS;
d) a previsão de entrega do documento de solicitação formal de abertura do processo de
certificação, com seus anexos aplicáveis.

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5.3.1.3 O(a) GR, o(a) RT e o(a) GSO devem estar preparados para discutir, durante a reunião inicial,
todos os aspectos concernentes à certificação da OM e devem estar familiarizados com os RBAC e IS
aplicáveis.
NOTA – O(a) GR, o(a) RT e o(a) GSO devem, já no momento da reunião inicial, apresentar a forma
de vínculo com o requerente.
5.3.1.4 Caso sejam contratadas assessorias para a confecção dos manuais da OM, as pessoas dessas
assessorias podem participar do processo somente como ouvintes. Entretanto, em nenhum momento,
as pessoas dessas assessorias podem participar do processo de certificação. Após a emissão do
Certificado, todos os contatos com a ANAC, solicitações e respostas, envolvendo assuntos constantes
dos RBAC e IS aplicáveis, devem ser feitos diretamente pelo(a) GR ou o(a) RT, de acordo com um
procedimento descrito nos manuais da OM.
5.3.2 Abertura do processo de certificação
5.3.2.1 A abertura do processo de certificação é feita a partir do momento em que é protocolado o
documento de solicitação formal (Formulário F-143-07), acompanhado de todos os documentos,
manuais ou informações requeridas.
NOTA – No endereço eletrônico da ANAC, na página dedicada a assuntos relacionados às
organizações de manutenção, são disponibilizados formulários e modelos aplicáveis às OM
(https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/organizacoes-de-manutencao
(https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/organizacoes-de-manutencao)).
5.3.2.2 O documento de solicitação formal deve conter:
a) Um Manual da Organização de Manutenção (MOM), requerido pela seção 145.207 do RBAC
nº 145 e um Manual de Controle da Qualidade (MCQ), requerido pelo parágrafo 145.211(c) do
RBAC n° 145. Para o desenvolvimento de tais manuais, veja orientações contidas na IS n° 145-
009;
b) Declaração de Conformidade a todos os itens do RBAC nº 43 e RBAC nº 145 (ver Formulário
F-143-40). A Declaração deve contemplar também os itens do RBAC n° 120, para as
organizações às quais o regulamento é aplicável;
c) Descrição das Categorias e Classes em que se enquadram os produtos aeronáuticos para os
quais o requerente pretende executar manutenção, manutenção preventiva e alterações. As
Categorias e Classes constam da seção 145.59 do RBAC nº 145;
d) Descrição do fabricante e modelo de aeronaves, motores, hélices e/ou equipamentos para os
quais o requerente pretende executar manutenção, manutenção preventiva e alterações, bem
como as limitações;
e) Proposta de Lista de Capacidade, se aplicável (ver seção 5.6.3 desta IS);
f) Estrutura organizacional da OM (organograma), que pode constar no MOM;
g) Informações dos profissionais GR e RT requeridos pela seção 145.151 do RBAC nº 145
(Formulários F-143-01 e F-143-03), incluindo as respectivas declarações de responsabilidade
(Formulários F-143-01_2 e F-143-03_2), e informações do(a) GSO (nome e CPF). Os(As)
profissionais devem atender ao estabelecido na seção 145.151, inclusive quanto ao histórico de
conduta ou desempenho, e Apêndices A-I e B-I do RBAC nº 145. A comprovação da coerência
das atribuições profissionais do(a) RT com a atividade desempenhada pode ser feita por uma das
seguintes formas:
- consulta feita pela ANAC junto ao respectivo conselho, baseada no CPF do RT;
- apresentação de cópia atualizada do registro do RT, caso o tenha à mão; ou
- apresentação de declaração escrita e assinada pelo RT, nos termos do art. 3º, parágrafo
único, do Decreto n° 9.094/2017;
NOTA: Com respeito ao histórico de conduta ou desempenho dos profissionais citado neste item,
as referências às sanções administrativas capituladas no art. 299, incisos I, V, VI ou VII, da Lei
nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986 (CBAer), presentes no parágrafo 145.151(a)-V(2)(ii) do
RBAC nº 145, se referem a enquadramentos de infrações como "procedimento ou prática, no
exercício das funções, que revelem falta de idoneidade profissional para o exercício das
prerrogativas dos certificados de habilitação técnica", "fornecimento de dados, informações ou
estatísticas inexatas ou adulteradas", "recusa de exibição de livros, documentos contábeis,

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informações ou estatísticas aos agentes da fiscalização" ou "prática reiterada de infrações


graves", ainda que, em razão da inclusão do §3º do art. 288 do CBAer, promovida pela Lei nº
14.368/2022, atualmente o art. 299 não se aplique às atribuições da ANAC.
h) Relação nominal do pessoal técnico habilitado, incluindo o número do CPF de cada um,
acompanhada das respectivas comprovações de qualificação técnica para o cumprimento das
suas responsabilidades e de vínculo contratual com a OM;
i) Descrição das instalações e recursos da OM, que pode constar no MOM;
j) Listagem assinada pelo(a) RT relacionando os equipamentos e ferramentas, próprios e
contratados, necessários ao desempenho seguro das obrigações e responsabilidades da OM (vide
Formulário F-143-41), acompanhada das declarações de conformidade emitidas conforme a IS
nº 43.13-005, quando aplicáveis em decorrência do uso de ferramentas especiais equivalentes;
k) Declaração assinada pelo RT em formato de listagem, relacionando os documentos técnicos
(como manuais de manutenção, boletins de serviço, e outras publicações) necessários ao
desempenho seguro das operações e responsabilidades da OM;
l) Uma listagem das funções de manutenção a serem subcontratadas de empresas certificadas ou
não (vide Formulário F-143-42), caso aplicável, conforme estabelece a seção 145.217 do RBAC
nº 145;
m) Um programa de treinamento para aprovação da ANAC, requerido pela seção 145.163 do
RBAC nº 145. Para o desenvolvimento deste programa, veja orientações contidas na IS n° 145-
010;
n) Plano de Implementação do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional (vide
Formulário F-146-01_02);
o) Manual de Gerenciamento do SGSO (MGSO);
p) Comprovante de recolhimento da Taxa de Fiscalização da Aviação Civil (TFAC) aplicável; e
NOTA: De acordo com a Resolução ANAC n° 653/2021, o comprovante de recolhimento da
TFAC aplicável poderá ser apresentado pelo requerente a qualquer tempo ao longo do processo,
sem prejuízo à continuidade das atividades previstas nas Fases 3 e 4. No entanto, a
apresentação do comprovante de recolhimento da TFAC aplicável é condição necessária para a
certificação da organização na Fase 5.
q) Outras informações consideradas convenientes pelo requerente, além daquelas requeridas por
esta IS.
5.3.2.3 A solicitação formal deve ser entregue à ANAC, no mínimo, 90 (noventa) dias antes da data
do início pretendido das atividades, embora uma antecedência maior seja recomendada, considerando
que a duração do processo pode variar significativamente conforme a complexidade do escopo de
manutenção pretendido e conforme a capacidade do requerente em demonstrar satisfatoriamente o
cumprimento dos requisitos estabelecidos pela ANAC.
5.4 FASE 3 – Análise de Documentação
5.4.1 Uma vez realizada a solicitação formal de certificação, após a constatação de que todos os
documentos requeridos foram devidamente encaminhados à ANAC, é feita a avaliação abrangente do
seu conteúdo. Depois de efetuar a análise, se for necessário, a ANAC encaminha ao requerente uma
comunicação com as não conformidades encontradas.
5.4.2 O requerente que receber uma comunicação de não conformidades deve apresentar as ações
corretivas necessárias, conforme as orientações constantes da comunicação, dentro do prazo
estabelecido pela ANAC de até 30 (trinta) dias corridos.
5.4.3 O prazo de que trata o parágrafo anterior poderá ser prorrogado mediante manifestação
expressa do requerente, limitado a 90 (noventa) dias corridos a contar da data de comunicação da não
conformidade. Decorrido esse prazo, a menos que de outra forma determinado pela ANAC, tal fato é
considerado razão suficiente para o cancelamento e o arquivamento do processo.
5.4.4 A qualquer tempo, o requerente ou a ANAC poderão solicitar reunião entre as partes para
esclarecimentos técnicos relativos ao processo, caso necessário.
5.5 FASE 4 – Demonstração e Auditorias

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5.5.1 A fase 4 tem início após ter sido concluído que os documentos entregues estão conformes com a
regulamentação vigente, e necessariamente, após os manuais terem sido considerados satisfatórios
por atender aos requisitos aplicáveis dos RBAC. Entretanto, os manuais somente são aceitos ao final
do processo, após ter sido verificada a adequabilidade destes à realidade do requerente, por ocasião
da auditoria técnica.
5.5.2 Durante a fase 4 é realizada auditoria para certificação inicial. O objetivo é verificar se o
requerente está preparado para prestar seus serviços de manutenção, manutenção preventiva e
alterações de acordo com os seus manuais, seguindo o estabelecido pelos RBAC. É verificado se
todas as pessoas do requerente, envolvidas nas atividades de manutenção, manutenção preventiva ou
alterações possuem conhecimento aplicável dos manuais do requerente, e se os procedimentos são
seguidos. Durante a auditoria, a empresa deverá estar apta a demonstrar conformidade por meio de
execução simulada, por amostragem, dos serviços pretendidos, comprovando, tanto quanto possível,
a aderência aos procedimentos previstos nos seus manuais, aos dados técnicos aprovados ou
aceitáveis pela ANAC e aos respectivos requisitos legais.
5.5.3 Quando solicitado, o requerente deve informar a data a partir da qual estará apto a receber a
auditoria de certificação inicial, devendo disponibilizar para a ANAC, nesta ocasião, os
equipamentos, ferramentas, pessoal qualificado, dados técnicos, instalações e demais recursos
requeridos conforme o escopo de manutenção a ser certificado.
5.5.4 Após a auditoria, se necessário, a ANAC informará as não conformidades identificadas em
relação aos requisitos dos RBAC aplicáveis e em relação aos procedimentos dos manuais, visando
possibilitar ao requerente providenciar as ações corretivas necessárias.
5.5.5 A demonstração de correção das não conformidades indicadas poderá exigir do requerente a
apresentação de evidências complementares (por exemplo: registros, declarações, alteração de
manuais, fotos, vídeos etc.). A critério da ANAC, pode ser necessária a realização de uma nova
auditoria.
5.6 FASE 5 – Certificação
5.6.1 Emissão do Certificado
5.6.1.1 Caso a OM ainda não tenha enviado nas fases anteriores o comprovante de recolhimento da
TFAC aplicável, deverá fazê-lo na Fase 5, sendo condição necessária para a emissão do Certificado
da Organização de Manutenção – COM.
5.6.1.2 Uma vez considerada satisfatória a auditoria de certificação inicial (incluindo as soluções
corretivas decorrentes das não conformidades encontradas), é emitido, em formato eletrônico, o
COM.
5.6.1.3 O Certificado contém o endereço, local da auditoria de certificação inicial, conforme o item
5.5.2 desta IS.
5.6.1.4 A prerrogativa de executar serviços de manutenção em outra localidade é concedida em
caráter excepcional e temporário, de acordo com o requerido pelo parágrafo 145.203(a) do RBAC nº
145 e seguindo os procedimentos descritos nos manuais da OM.
5.6.1.5 A prerrogativa de executar serviços de manutenção em outra localidade de forma recorrente é
concedida de acordo com o requerido pelo parágrafo 145.203(b) do RBAC nº 145 e seguindo os
procedimentos descritos nos manuais da OM.
5.6.1.6 Quando se tratar de OM que possua várias bases de manutenção, ou caso seja necessário
estabelecer uma base permanente em outro local, o requerente deve solicitar a certificação de cada
base seguindo os requisitos aplicáveis do RBAC nº 145, e de acordo com esta IS.
5.6.2 Emissão das Especificações Operativas
5.6.2.1 Juntamente com o Certificado da OM, é emitido, em formato eletrônico, o documento
Especificações Operativas.
5.6.2.2 Devem ser apresentados nas Especificações Operativas as aeronaves, motores, e hélices
discriminando os seus fabricantes, modelos e limitações. Para uma certificação na Categoria Serviços
Especializados, as Especificações Operativas da organização de manutenção devem conter as

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especificações usadas para executar o serviço especializado conforme previsto na seção 145.61-I do
RBAC n° 145. Outras autorizações emitidas pela ANAC em favor da OM também poderão constar
nas Especificações Operativas.
5.6.2.3 A partir da entrega do Certificado, a OM passa a ser responsável pelo correto e contínuo
cumprimento das autorizações, limitações, e instruções específicas contidas nas Especificações
Operativas.
5.6.3 Lista de Capacidade
5.6.3.1 O objetivo da Lista de Capacidade é discriminar os artigos para os quais a OM está certificada
a fornecer manutenção, manutenção preventiva e alterações. A LC é um documento emitido e
mantido pela OM, submetido à aprovação da ANAC, a menos que a OM possua autorização em sua
EO para execução de autoinclusão.
NOTA: Para a obtenção de autorização para a realização de autoinclusão em LC, a OM deve
observar as instruções e os procedimentos apresentados no APÊNDICE B desta IS.
5.6.3.2 Podem constar da LC artigos contidos nas categorias Rádio, Instrumento e Acessório.
5.6.3.3 A LC deve ser mantida atualizada e deve possuir controle de revisões que permita identificar a
data em que cada artigo foi inserido ou excluído da lista.
5.6.3.4 A LC deverá ser apresentada em formato eletrônico, conforme modelo disponibilizado no
endereço eletrônico da ANAC, na página dedicada a assuntos relacionados às organizações de
manutenção: https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/organizacoes-de-
manutencao/formularios-padronizados (https://www.gov.br/anac/pt-
br/assuntos/regulados/organizacoes-de-manutencao/formularios-padronizados).
5.7 Prerrogativas do detentor de um Certificado
5.7.1 Prerrogativas Gerais
5.7.1.1 Uma OM certificada segundo o RBAC nº 145 pode:
a) manter, modificar e alterar uma aeronave, motor, hélice, rotor, instrumento, equipamento de
rádio navegação/comunicação, acessórios ou partes dos mesmos;
NOTA – Uma OM tem a prerrogativa de executar todos os serviços listados em suas
Especificações Operativas, de acordo com as respectivas limitações previstas, e com os
procedimentos estabelecidos em seus manuais. A OM poderá subcontratar funções de
manutenção, conforme aceito pela ANAC, devendo para esse fim estabelecer procedimentos
específicos em seus manuais.
b) aprovar para retorno ao serviço qualquer artigo para o qual foi certificada após este ter sido
submetido a manutenção, manutenção preventiva ou alteração;
c) no caso de uma OM certificada na Categoria Célula, executar a inspeção anual (conforme
prevista no RBAC nº 91 e RBAC n° 43), realizar verificação de aeronavegabilidade e emitir o
Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) ou executar inspeção progressiva e
aprovar o retorno ao serviço dos modelos de aeronave para os quais foi certificada; e
d) manter ou alterar, em outra localidade, em caráter excepcional e temporário, ou recorrente
qualquer artigo para o qual tenha sido certificada desde que o trabalho seja executado da mesma
maneira que seria executado na sede da OM e que todo pessoal necessário, equipamento,
materiais e informações técnicas sejam colocadas à disposição no local onde o trabalho será
realizado e que os manuais da OM estabeleçam os procedimentos detalhados e aceitos.
5.7.2 Categoria Célula
5.7.2.1 Cada OM certificada na Categoria Célula possui a prerrogativa de executar as tarefas
previstas no Programa de Manutenção recomendado pelo detentor do projeto de tipo da aeronave, ou
outro aprovado pela ANAC, listadas em suas Especificações Operativas e dentro das limitações
previstas nestas, podendo incluir manutenção preventiva, inspeções, revisão geral da célula,
manutenção em rotores (principal e de cauda) e ações corretivas como reparos, alterações, conforme
aplicável. Adicionalmente, pode incluir tarefas do grupo motopropulsor (motor e/ou hélice, conforme
aplicável) e/ou de componente, desde que a tarefa possa ser executada no artigo enquanto instalado

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na aeronave. Em todo caso, a tarefa deve ser executada conforme as Instruções de


Aeronavegabilidade Continuada aplicáveis e a aprovação para retorno ao serviço é emitida para a
aeronave, e não para o artigo específico.
5.7.2.2 Requisitos a serem demonstrados pela OM certificada na Categoria Célula:
a) possuir ou ter acesso ao Manual de Manutenção da Aeronave (Aircraft Maintenance Manual –
AMM), e possuir ou ter acesso aos Manuais de Manutenção do Motor, Hélice e/ou componente
(conforme aplicável), sempre que as instruções de aeronavegabilidade para a execução das
tarefas de manutenção do Grupo Motopropulsor, Hélice e/ou componente não estiverem
descritas no Manual de Manutenção da Aeronave (Aircraft Maintenance Manual - AMM). Os
referidos manuais devem estar atualizados de acordo com o último índice emitido pelos
fabricantes. A OM deve possuir autorização para atualização, ou, se requerido, contrato com os
respectivos fabricantes ou com entidade autorizada pelos fabricantes (ver IS n° 145.109-001);
b) possuir ou ter acesso aos equipamentos de apoio ao solo, ferramentas comuns, ferramentas
especiais e ferramentas de teste e medição calibradas, aplicáveis, conforme estabelecido pelos
fabricantes; e
c) possuir pessoal adequado, com vínculo contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC
e habilitação em célula (CEL) treinado e qualificado na aeronave relacionada. Adicionalmente e
conforme aplicável, possuir pessoal com habilitação em grupo motopropulsor (GMP) e /ou
aviônico (AVI), treinado e qualificado na aeronave relacionada e no grupo motopropulsor -
motor e/ou hélice, ou componente.
5.7.3 Categoria Motor
5.7.3.1 Cada OM certificada na Categoria Motor possui a prerrogativa de executar as tarefas previstas
no Programa de Manutenção recomendado pelo detentor do projeto de tipo do motor, ou previstas em
outro programa aprovado pela ANAC, listadas em suas Especificações Operativas e dentro das
limitações previstas nestas, podendo incluir manutenção preventiva, manutenção com o motor
instalado na aeronave (inclui a remoção e instalação da hélice, mas, exclui-se revisão geral –
Overhaul de hélice), até o nível de revisão geral de motores.
5.7.3.2 Requisitos a serem demonstrados pela OM certificada na Categoria Motor:
a) possuir ou ter acesso ao Manual de Manutenção da Aeronave (Aircraft Maintenance Manual –
AMM), ata referente ao motor, e/ou possuir ou ter acesso ao Manual de Manutenção do Motor
(Engine Maintenance & Overhaul Manual – EMM), conforme limitações previstas em suas
Especificações Operativas. Para remoção/instalação de motor em aeronave, deve possuir ou ter
acesso aos manuais aplicáveis ao serviço pretendido. Os manuais devem estar atualizados de
acordo com o último índice emitido pelos fabricantes (ver IS n° 145.109-001);
b) possuir ou ter acesso aos equipamentos de apoio ao solo, ferramentas comuns, ferramentas
especiais e ferramentas de teste e medição calibradas, aplicáveis, conforme estabelecido pelo
detentor do projeto de tipo do motor. Para a remoção/instalação de motor em aeronave, a OM
deve possuir ou ter acesso às ferramentas adequadas, conforme aplicável ao serviço pretendido;
c) possuir pessoal adequado, com vínculo contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC
e habilitação em GMP, treinado e qualificado no(s) motor(es) relacionado(s). Para a
remoção/instalação de motor em aeronave, a OM deve possuir pessoal detentor de licença de
MMA emitida pela ANAC e habilitação em CEL e com qualificação na aeronave; e
d) para a remoção/instalação de motor em aeronave, possuir instalações adequadas, conforme
aplicável ao serviço pretendido.
5.7.4 Categoria Hélice
5.7.4.1 Cada OM certificada na Categoria Hélice possui a prerrogativa de executar as tarefas
previstas no Programa de Manutenção recomendado pelo detentor do projeto de tipo da hélice, ou
previstas em outro programa aprovado pela ANAC, listadas em suas Especificações Operativas e
dentro das limitações previstas nesta, podendo incluir manutenção preventiva, manutenção com a
hélice instalada na aeronave e revisão geral da hélice.
5.7.4.2 Requisitos a serem demonstrados pela OM certificada na Categoria Hélice:

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a) possuir ou ter acesso ao Manual de Manutenção da Aeronave (Aircraft Maintenance Manual –


AMM), capítulo referente à hélice, aplicável à aeronave em questão, e/ou possuir ou ter acesso
ao Manual de Manutenção da Hélice (Propeller Maintenace Manual – PMM), os quais devem
estar atualizados de acordo com o último índice emitido pelos fabricantes (ver IS n°º145.109-
001);
b) possuir ou ter acesso aos equipamentos de apoio ao solo, ferramentas comuns, ferramentas
especiais e ferramentas de teste e medição calibradas, aplicáveis, conforme estabelecido pelos
fabricantes; e
c) possuir pessoal adequado, com vínculo contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC
e habilitação em GMP, treinado e qualificado na(s) hélice(s) relacionada(s).
5.7.5 Categoria Rádio
5.7.5.1 Cada OM certificada na Categoria Rádio possui a prerrogativa de executar as tarefas de
manutenção/revisão geral estabelecidas pelo fabricante de equipamentos de comunicação, de
navegação e de radar, com base no Manual de Revisão Geral (Component Maintenance & Overhaul
Manual) do respectivo fabricante. Tais tarefas são referentes aos programas de manutenção dos
equipamentos listados em sua EO, e dentro das limitações previstas nesta.
5.7.5.2 Pode, inclusive, instalar e remover artigos da Categoria Rádio em aeronave e realizar os testes
de funcionamento necessários, desde que atendidas as condições previstas no item 5.7.5.3.
NOTA – A instalação de artigos da Categoria Rádio pode incluir a instalação de itens como antenas,
suportes e outros elementos que fazem parte do sistema completo a ser inserido na aeronave.
5.7.5.3 Requisitos a serem demonstrados pela OM certificada na Categoria Rádio:
a) possuir ou ter acesso ao Manual de Revisão Geral (Component Maintenance & Overhaul
Manual) desses equipamentos o qual deve estar atualizado de acordo com o último índice
emitido pelo fabricante desses equipamentos e possuir assinatura ou autorização de uso por parte
do proprietário da documentação técnica, conforme previsto na IS n° 145.109-001. Para a
instalação e remoção de artigos da Categoria Rádio em aeronave, deve possuir ou ter acesso aos
manuais atualizados necessários que podem incluir Diagrama Elétrico e Manual de Manutenção
da aeronave, instruções de instalação previstas na documentação do Certificado Suplementar de
Tipo (CST), entre outros, conforme necessário para a execução da atividade;
b) possuir ou ter acesso aos equipamentos, bancadas de testes e medição calibradas, ferramentas
comuns e ferramentas especiais, aplicáveis, conforme estabelecidas pelos fabricantes. Para
instalações e remoções de artigos da Categoria Rádio em aeronaves, possuir ou ter acesso às
ferramentas necessárias para a execução dessa atividade;
c) para manutenções internas nos artigos da Categoria Rádio, possuir pessoal adequado, com
vínculo contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC e habilitação em AVI, treinado e
qualificado (com curso no equipamento que pretende manter). Para instalações e remoções de
artigos da Categoria Rádio em aeronaves, possuir pessoal, com vínculo contratual, com licença
de MMA emitida pela ANAC e habilitação em AVI ou CEL, com qualificação no modelo de
artigo a ser instalado ou removido, e estar adequadamente qualificado para realizar a instalação
ou remoção na aeronave; e
NOTA – A OM deve contemplar em seu Programa de Treinamento (PT) provisões de
capacitação suficientes para os mecânicos de forma a garantir que na execução de instalações e
remoções haja adequada aderência ao que preveem as instruções do fabricante ou do detentor
do Certificado Suplementar de Tipo (CST).
d) para instalações e remoções de artigos da Categoria Rádio em aeronaves, possuir instalações
físicas adequadas, conforme aplicável ao serviço pretendido.
5.7.6 Categoria Instrumento
5.7.6.1 Cada OM certificada na Categoria Instrumento possui a prerrogativa de executar as tarefas de
manutenção/revisão geral estabelecidas pelo fabricante de instrumentos mecânicos, elétricos,
giroscópicos e eletrônicos. Tais tarefas são referentes aos manuais de manutenção/revisão geral
(Component Maintenance & Overhaul Manual) dos instrumentos listados em sua EO, e dentro das
limitações previstas nesta.

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5.7.6.2 Pode, inclusive, instalar e remover artigos da Categoria Instrumento em aeronave e realizar os
testes de funcionamento necessários, desde que atendidas as condições previstas no item 5.7.6.3.
NOTA – A instalação de artigos da Categoria Instrumento pode incluir a instalação de itens como
tomada de pressão estática e dinâmica, smart probe, sensor de temperatura, unidades de controle de
piloto automático e outros elementos que fazem parte do sistema completo a ser inserido na
aeronave.
5.7.6.3 Requisitos a serem demonstrados pela OM certificada na Categoria Instrumento:
a) possuir ou ter acesso ao Manual de Revisão Geral (Component Maintenance & Overhaul
Manual) desses instrumentos o qual deve estar atualizado de acordo com o último índice emitido
pelo fabricante desses instrumentos e possuir assinatura ou autorização de uso por parte do
proprietário da documentação técnica, conforme previsto na IS nº 145.109-001. Para a instalação
e remoção de artigos da Categoria Instrumento em aeronave, possuir ou ter acesso aos manuais
atualizados necessários que podem incluir Diagrama Elétrico e Manual de Manutenção da
aeronave, instruções de instalação previstas na documentação do Certificado Suplementar de
Tipo (CST), entre outros, conforme necessário para a execução da atividade;
b) possuir ou ter acesso aos equipamentos, bancadas de testes e medição calibradas, ferramentas
comuns e ferramentas especiais, aplicáveis, conforme estabelecidas nos manuais aplicáveis. Para
instalações e remoções de artigos da Categoria Instrumento em aeronaves, possuir ou ter acesso
às ferramentas necessárias para a execução dessa atividade;
c) para manutenções internas nos artigos da Categoria Instrumento, possuir pessoal adequado,
com vínculo contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC e habilitação em AVI,
treinado e qualificado (com curso no instrumento que pretende manter). Para instalações e
remoções de artigos da Categoria Instrumento em aeronaves, possuir pessoal, com vínculo
contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC e habilitação em AVI ou CEL, com
qualificação no modelo de artigo a ser instalado ou removido, e estar adequadamente qualificado
para realizar a instalação ou remoção na aeronave; e
NOTA – A OM deve contemplar em seu Programa de Treinamento (PT) provisões de
capacitação suficientes para os mecânicos de forma a garantir que na execução de instalações e
remoções haja adequada aderência ao que preveem as instruções do fabricante ou do detentor
do Certificado Suplementar de Tipo (CST).
d) para instalações e remoções de artigos da Categoria Instrumento em aeronaves, possuir
instalações físicas adequadas, conforme aplicável ao serviço pretendido.
5.7.7 Categoria Acessório
5.7.7.1 Cada OM certificada na Categoria Acessório possui a prerrogativa de executar as tarefas de
manutenção estabelecidas pelo fabricante de acessórios mecânicos, elétricos e eletrônicos, com base
no Manual de Revisão Geral (Component Maintenance & Overhaul Manual) do respectivo
fabricante. Tais tarefas são referentes aos programas de manutenção dos acessórios listados em sua
EO, e dentro das limitações previstas nesta.
NOTA – Exceto se de outra forma estabelecido pela ANAC, serviços de manutenção em Unidade
Auxiliar de Potência (APU) serão enquadrados na Categoria Acessórios, Classe 1 (acessórios
mecânicos). Entretanto, para a concessão da prerrogativa de autoinclusão de APU que opere como
fonte de propulsão, é necessário que a OM atenda os critérios estabelecidos no APÊNDICE B desta
IS referentes à categoria Motor.
5.7.7.2 Requisitos a serem demonstrados pela OM certificada na Categoria Acessório:
a) possuir ou ter acesso ao Manual de Revisão Geral (Component Maintenance & Overhaul
Manual) desses acessórios o qual deve estar atualizado de acordo com o último índice emitido
pelo fabricante desses acessórios e possuir assinatura ou autorização de uso por parte do
proprietário da documentação técnica, conforme previsto na IS n° 145.109-001;
b) possuir ou ter acesso aos equipamentos, bancadas de testes e medição calibradas, ferramentas
comuns e ferramentas especiais, aplicáveis, conforme estabelecidas pelos fabricantes; e
c) possuir pessoal adequado, com vínculo contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC

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e habilitação em GMP, CEL e/ou AVI (conforme aplicável), treinado e qualificado (com curso no
acessório que pretende manter, no grupo célula, grupo motopropulsor e/ou aviônico, conforme
aplicável).
5.7.8 Categoria Serviços Especializados
5.7.8.1 Cada OM certificada na Categoria Serviços Especializados possui a prerrogativa de executar
a função de manutenção requerida, com base no Manual de Manutenção ou de Revisão Geral do
respectivo fabricante, ou em um processo desenvolvido pela OM (processo proprietário). Os Serviços
Especializados são listados em sua EO, podendo ser executados dentro das limitações previstas nesta.
5.7.8.2 Requisitos a serem demonstrados pela OM certificada na Categoria Serviços Especializados:
a) possuir ou ter acesso às normas técnicas (especificações) do serviço especializado que
pretende executar, ao Manual de Revisão Geral do artigo que contém as instruções do serviço
especializado que pretende executar, os quais devem estar atualizados de acordo com o último
índice emitido pelo fabricante desse artigo ou provedor de norma, e possuir contrato de
atualização com o respectivo fabricante, provedor de norma, ou com entidade autorizada pelo
fabricante, conforme previsto na IS nº 145.109-001;
b) possuir pessoal adequado, com vínculo contratual, treinado e qualificado (com curso no
serviço especializado que pretende executar, e na extensão requerida), de acordo com a norma
técnica aplicável;
c) possuir pessoal adequado, com vínculo contratual, com licença de MMA emitida pela ANAC,
treinado e qualificado (com curso no serviço especializado que pretende executar, habilitação em
CEL, GMP e/ou AVI, conforme aplicável) para APRS; e
d) possuir os equipamentos, bancadas de testes e medição calibradas, ferramentas comuns e
ferramentas especiais, aplicáveis, conforme estabelecido pelos fabricantes.
5.7.8.3 Os serviços de manutenção, manutenção preventiva e alterações em que é aplicável uma
certificação em serviços especializados são, dentre outros: ensaios não destrutivos, serviços de
soldagem, pintura, pesagem de aeronaves, trabalhos em revestimentos de tela, serviços especializados
em pás de rotores, análises de vibração e balanceamento dinâmico, análises de performance, serviços
de tapeçaria e interiores, inspeções e testes do sistema anemométrico, inspeção boroscópica, lavagem
de compressores de motores à turbina, banhos galvânicos, shotpeening, limpeza por jateamento
abrasivo, inspeção por ataque ácido, inspeções/ensaios de vasos de pressão, quando tais serviços não
puderem ser incluídos nas demais categorias e classes, por determinação da ANAC, ou pela
necessidade de se prestar serviços em artigos não listados nas EO ou na LC.
5.8 Validade do Certificado
5.8.1 Um Certificado é válido até que seja solicitado o seu cancelamento pelo seu detentor e este seja
aceito pela ANAC, ou até que seja suspenso ou cassado pela ANAC.
5.9 Vigilância Continuada da OM
5.9.1 Conforme preconiza a seção 145.223 do RBAC nº 145, a organização de manutenção
certificada deve permitir inspeções da ANAC a qualquer tempo para que seja verificado o
cumprimento com os RBAC, o que pode ocorrer, dentre outras formas possíveis, por meio de
solicitação de documentos, auditorias remotas e presenciais.
5.9.2 A ANAC pode estabelecer limitações adicionais ou mesmo a suspensão do certificado caso, a
qualquer tempo, seja constatado que a OM não apresenta condições de manter essa certificação.
5.10 Processos de Emenda ao Certificado
5.10.1 No contexto desta seção, um certificado se refere ao conjunto de documentos que compõem as
especificações da organização: Certificado da Organização de Manutenção (COM) juntamente com
as Especificações Operativas (EO) e/ou Lista de Capacidade (LC) a ele associadas.
5.10.2 Cada pedido de alteração do COM deve ser endereçado à ANAC utilizando o formulário F-
143-09, conforme aplicável, nas seguintes situações:
a) alteração de endereço da OM;
b) alteração da razão ou denominação social da OM; e
c) alteração do CNPJ.

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5.10.3 Cada pedido de certificação inicial de base secundária deve ser endereçado à ANAC utilizando
o formulário F-143-07.
5.10.4 Exceto se a organização possuir autorização em sua EO para realizar autoinclusão, cada
solicitação de inclusão de novos artigos ou serviços na EO ou na LC de uma OM deve ser endereçada
à ANAC utilizando o formulário F-143-05.
NOTA - Para a obtenção de autorização para a realização de autoinclusão em EO ou em LC, a OM
deve observar as instruções e os procedimentos apresentados no APÊNDICE B desta IS.
5.10.5 A inclusão de um novo artigo ou serviço na EO ou na LC pode implicar na emissão pela
ANAC de um novo COM, caso esse artigo ou serviço se enquadre em uma Categoria e/ou Classe
para a qual a OM ainda não esteja certificada.
5.10.6 Cada OM deve apresentar apenas as informações necessárias ao respectivo processo de
emenda ao certificado, como por exemplo: alterações nas instalações da organização (se necessárias),
lista de ferramentas e equipamentos especiais, qualificação de pessoal, conforme aplicável, e revisão
dos manuais aplicáveis. Em todos os casos, a emenda pretendida deve ser precedida de uma
autoavaliação realizada pela OM.
5.10.7 Exceto se a OM possuir autorização para autoinclusão, ao solicitar à ANAC uma emenda ao
certificado, devem ser observadas todas as fases aplicáveis desta IS, sendo opcionais a Fase 1 e a
reunião inicial da Fase 2.
5.10.8 Conforme estabelecido na seção 145.57 do RBAC nº 145, a diminuição da capacidade da OM
deve ser comunicada à ANAC em até 5 (cinco) dias úteis após ocorrer a diminuição de capacidade.
5.10.9 Conforme estabelecido na seção 145.57 do RBAC nº 145, as solicitações de emenda ao
certificado devem ser enviadas no mínimo 30 (trinta) dias antes da data proposta para efetivação,
embora uma antecedência maior seja recomendada, considerando que a duração do processo pode
variar significativamente conforme a complexidade do escopo de manutenção pretendido e conforme
a capacidade do requerente em demonstrar satisfatoriamente o cumprimento dos requisitos
estabelecidos pela ANAC.
5.11 Encerramento compulsório de processo
5.11.1 Um processo de certificação ou de emenda ao certificado poderá ser encerrado e arquivado
compulsoriamente nos seguintes casos:
a) quando não houver manifestação do requerente no prazo estabelecido pela ANAC, exceto se
por motivo de força maior ou caso fortuito; ou
b) quando, em qualquer de suas fases, o processo for rejeitado pela 3ª (terceira) vez, devido a
uma não conformidade relacionada ao cumprimento de uma mesma exigência (de natureza
regulamentar, legal ou normativa).
6. APÊNDICES
6.1 Apêndice A – Controle de Alterações
6.2 Apêndice B – Procedimentos para Autoinclusão de Artigos em Lista de Capacidade ou em
Especificações Operativas
6.3 Apêndice C – Sistema de monitoramento com auditoria interna independente
7. DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS E FINAIS
7.1 As Organizações de Manutenção que possuam autorização nas Especificações Operativas para a
execução de autoinclusão em Lista de Capacidade até a entrada em vigor da revisão “F” desta IS
permanecem autorizadas. Tais OMs deverão, dentro de um prazo de 6 (seis) meses contados a partir
da data de entrada em vigor desta IS, estar aderentes aos critérios aplicáveis presentes no item B.2.1
do Apêndice B da IS para que permaneçam autorizadas.
7.2 Após a entrada em vigor desta Instrução Suplementar, novas solicitações de autorização para
execução de autoinclusão deverão seguir as diretrizes e instruções presentes nesta IS.
7.3 Esta IS entra em vigor em 1° de dezembro de 2023, exceto quanto aos itens B.4.3 e B.4.4 do
Apêndice B e ao Apêndice C, que entrarão em vigor em 2 de dezembro de 2024.
7.4 Os casos omissos serão dirimidos pela ANAC.
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APÊNDICE A – CONTROLE DE ALTERAÇÕES

Seção 2 Seção atualizada.

Seção 3 O texto da seção “Fundamentos” foi atualizado.

ALTERAÇÕES REALIZADAS NA REVISÃO F

ITEM
ALTERAÇÃO REALIZADA
ALTERADO

Incluído item estabelecendo como válidas as definições presentes


4.1 nos RBAC n° 01, 43 e 145, além das definições da IS. As
definições foram renumeradas como subitens do item 4.1.

4.1.1 Incluída definição de Autoinclusão.

Antigo 4.2. Atualizada a definição de Declaração de Conformidade


quanto aos regulamentos que devem ser endereçados,
4.1.3
nomenclatura de documentos e atualização do número do
formulário citado.

Antigo 4.3. Atualizada a definição de Especificações Operativas,


4.1.4
indicando que pode conter autorizações adicionais.

Antigo 4.16 b), a definição de revisão geral foi revisada quanto à


4.1.13 b) nomenclatura correta do certificado de produto aeronáutico
aprovado.

4.2 Incluído item 4.2 com lista atualizada de siglas e abreviaturas.

4.4, 4.8, 4.9 e Excluídas as definições de Gestor Responsável, Manutenção de


4.10 base, Manutenção de linha e Produto aeronáutico.

Atualizadas a superintendência, a gerência responsável pelo


5.2.1
processo de certificação de OM e o formato da reunião inicial.

5.3.1.1, Atualizada a gerência da ANAC que participa da reunião inicial.


5.3.1.2, 5.3.1.3 Incluído o GSO como necessário na reunião.

Removida a necessidade de envio de comprovante de pagamento


5.3.2.1 de TFAC nos documentos de certificação. Incluída nota com
informação sobre o site onde estão disponíveis os formulários.

Os documentos requeridos na solicitação formal de certificação


5.3.2.2 a) a q)
foram atualizados.

https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is/is/is-145-001 14/26
03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

Seção 2 Seção atualizada.

Seção 3 O texto da seção “Fundamentos” foi atualizado.

Item revisado com considerações adicionais sobre a duração do


5.3.2.3
processo de certificação.

5.4.1 Item revisado com melhoria de redação.

Itens revisados quanto ao prazo para correção de não


5.4.2, 5.4.3 e conformidades, procedimentos para comprovação de correções das
5.4.4 não conformidades e possibilidade de marcação de reunião para
esclarecimentos.

5.5.1 Item revisado com melhoria de redação.

Item revisado prevendo que a OM informe à ANAC a data para


5.5.3 receber auditoria de certificação na qual deve disponibilizar os
recursos previstos para inspeção.

Itens revisados com melhoria de redação. Removida a necessidade


5.5.4 e 5.5.5 de envio do comprovante de pagamento de TFAC em caso de nova
auditoria.

Item passa a prever a necessidade do envio do comprovante de


5.6.1.1 pagamento da TFAC, se não tiver sido enviado nas fases
anteriores.

Antigo 5.6.1.1. Item revisado para indicar que o COM será emitido
5.6.1.2
em formato eletrônico. Excluída menção ao formulário F-900-71.

5.6.1.4, 5.6.1.5 Antigos 5.6.1.3, 5.6.1.4 e 5.6.1.5. Implementadas correções


e 5.6.1.6 editoriais.

Item simplificado, indicando que a EO é emitida em formato


5.6.2.1 eletrônico. Excluída menção ao Apêndice A, ao modelo de EO
(formulário F-900-72) e às unidades regionais.

Item revisado para estabelecer claramente que as EO devem conter


5.6.2.2 as especificações usadas para executar o serviço especializado. As
EO poderão indicar outras autorizações emitidas para a OM.

5.6.2.3 e O item 5.6.2.3 foi excluído. O item 5.6.2.4 foi renumerado para
5.6.2.4 5.6.2.3 e efetuada correção editorial.

Item revisado com melhoria de redação e correção de


5.6.3.1
terminologia.

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Seção 2 Seção atualizada.

Seção 3 O texto da seção “Fundamentos” foi atualizado.

Item passa a referenciar as categorias de certificação previstas no


5.6.3.2
RBAC nº 145.

Item revisado prevendo que a LC deve possuir controle de revisões


5.6.3.3 que permita identificar a data em que cada artigo foi inserido ou
excluído da lista.

O texto do item 5.6.3.4 foi integrado ao item 5.6.3.3. O formato da


5.6.3.4 e LC e as informações que nela devem constar foram revisados. O
5.6.3.5 item passou a indicar um modelo de LC disponibilizado no
endereço eletrônico da ANAC.

Item excluído. Um modelo aceitável de LC passou a ser


5.6.3.6
disponibilizado no endereço eletrônico da ANAC.

5.7.1 e Feitas correções editoriais, substituída a menção à inspeção de


subitens 100h por inspeção anual e substituída a menção à IAM por CVA.

Texto do item simplificado. Removidas referências aos conceitos


de manutenção de linha, manutenção on-wing e de base.
Adicionada prerrogativa sobre execução de tarefa em componente
5.7.2 e
enquanto instalado na aeronave, quando houver APRS para a
subitens
aeronave. Acrescentada a possibilidade de a OM necessitar em seu
quadro de MMA com habilitação AVI (conforme aplicável).
Removidos os itens 5.7.2.4 e 5.7.2.5.

Itens revisados com simplificações ao texto. Removida a menção à


5.7.3 e manutenção de linha (on-wing). A Nota 1 do item 5.7.3.1 foi
subitens removida para simplificar a classificação de APU que passa a estar
enquadrada, em todos os casos, sob a Categoria Acessórios.

5.7.4 e Itens revisados com simplificações ao texto. Removida menção à


subitens manutenção de linha (on-wing).

5.7.5, 5.7.6 e
Feitas correções editoriais.
seus subitens

A Nota do item 5.7.7.1 foi revisada para constar que as APUs serão
enquadradas na Categoria Acessórios Classe 1, e foi inserida
5.7.7 e
orientação sobre autoinclusão. Incluído curso em grupo
subitens
motopropulsor (conforme aplicável) no item 5.7.7.2 c). Feitas
correções editoriais.

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Seção 2 Seção atualizada.

Seção 3 O texto da seção “Fundamentos” foi atualizado.

No item 5.7.8.3 foi inserida instrução sobre classificação de


5.7.8 e
serviços sob a categoria Serviços Especializados. Feitas correções
subitens
editoriais.

O item sobre Especificações Operativas foi excluído. Passa a


constar no item 5.8 instrução sobre a Validade do Certificado
5.8 (antigo item 5.9), que foi revisado para instruir que a solicitação de
cancelamento do COM feita pela OM é condicionada à aceitação
pela ANAC.

Antigo 5.10. Item atualizado para remover menção à unidade


regional responsável pela certificação inicial e supervisão. Incluída
informação de que a OM deve permitir que a ANAC, a qualquer
5.9
tempo, verifique o cumprimento com os RBAC pertinentes.
Inserida instrução sobre limitações adicionais que poderão ser
impostas.

Antigo 5.11 e subitens. As hipóteses de emenda ao Certificado


5.10 e subitens foram unificadas. O item relativo à inclusão de categoria ou classe
no COM foi unido com a seção de alteração de EO ou LC.

Antigo 5.12. As orientações sobre o encerramento compulsório de


5.11 processo de certificação ou de emenda a certificado foram
revisadas.

Seção 6 Atualizada a lista de Apêndices da IS.

Seção 7 Seção atualizada com as disposições transitórias e finais.

Foi excluído o Apêndice A – “Elaborando uma Especificação


Apêndice A Operativa”. Foi substituído pelo Apêndice A – “Controle de
Alterações".

Foi excluído o Apêndice B – “Lista de reduções”. Foi substituído


Apêndice B pelo Apêndice B – “Procedimentos para Autoinclusão de Artigos
em Lista de Capacidade ou em Especificações Operativas".

Foi excluído o Apêndice C – “Tabela de correspondência de


Apêndice C TFAC”. Foi substituído pelo Apêndice C – “Sistema de
Monitoramento com Auditoria Interna Independente”.

Foi excluído o Apêndice D – “Controle de Alterações”. O controle


Apêndice D
de alterações passa a estar no Apêndice A.

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03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

APÊNDICE B – PROCEDIMENTOS PARA AUTOINCLUSÃO DE ARTIGOS EM LISTA DE


CAPACIDADE OU EM ESPECIFICAÇÕES OPERATIVAS
B.1 ELEGIBILIDADE
B.1.1 A autoinclusão é um processo em que a OM, previamente autorizada pela ANAC em suas
Especificações Operativas, realiza uma autoavaliação de sua capacidade frente aos requisitos
regulamentares presentes no RBAC n° 145 para executar manutenção em determinado artigo
pertencente às categorias Célula, Motor, Hélice, Rádio, Instrumento ou Acessório sem a necessidade
de análise e aprovação prévia por parte da ANAC.
B.1.2 Na autoinclusão ocorre uma maior alocação de responsabilidades na OM, o que requer, em
contrapartida, que ela atinja maior maturidade organizacional, com um melhor controle sobre os seus
processos, e com implementação de procedimentos robustos de autoavaliação.
B.1.3 A prerrogativa de autoinclusão é uma autorização de caráter precário concedida pela ANAC
que é baseada na confiança da Agência no sistema de qualidade da organização, podendo ser
revogada a qualquer tempo.
B.1.4 A autoavaliação, que se constitui em um processo crítico para a autoinclusão, deve se basear
em evidências documentadas pela OM de que ela possui a capacidade de manutenção pretendida e,
portanto, de que ela cumpre com os requisitos regulamentares do RBAC nº 145.
B.1.5 O(A) Responsável Técnico(a) (RT) é o(a) responsável final da OM pela adequada execução dos
processos de autoavaliação perante a ANAC, conforme categoria e classe às quais esteja
vinculado(a).
B.1.6 Uma autorização para realização de autoinclusão pode ser concedida à OM que deseje incluir
artigos em suas Especificações Operativas – no caso de modelos de aeronave, motor ou hélice – ou
em sua Lista de Capacidade – no caso de artigos pertencentes às categorias Rádio, Instrumento ou
Acessório.
B.1.7 Em ambos os casos, a autorização para a realização de autoinclusão deve constar nas
Especificações Operativas da OM.
B.1.8 Para que uma OM obtenha uma autorização para autoinclusão, ela deve cumprir os critérios
estabelecidos neste Apêndice.
B.1.9 Uma OM é elegível a obter autorização para realização de autoinclusão se, concomitantemente,
cumprir com os seguintes critérios:
i. possuir o COM emitido conforme o RBAC º 145 há pelo menos 3 (três) anos para autoinclusão
em LC ou em EO limitada ao Nível 1, ou há pelo menos 5 (cinco) anos para autoinclusão em EO
nos Níveis 2 e 3;
NOTA: O cômputo do tempo de certificação da organização não considerará o período em que
o certificado da OM estiver suspenso, seja por solicitação da empresa ou por medidas
administrativas adotadas pela ANAC.
ii. Possuir em seus manuais procedimentos de autoavaliação aceitáveis pela ANAC abordando,
dentre outros aspectos, formas de execução, registro e interação com a ANAC. As instruções
sobre o desenvolvimento de tais procedimentos estão descritas na IS n° 145-009;
iii. possuir histórico de envio no prazo dos relatórios periódicos previstos na seção 145.221-I do
RBAC n° 145, por meio do Sistema de Gestão de Relatórios de Aeronavegabilidade Continuada
– SIGRAC, ou sistema eletrônico que venha a substituí-lo, nos 6 (seis) meses precedentes à
solicitação; e
iv. tiver obtido resultado satisfatório em pelo menos 03 (três) processos de inclusão em EO ou
LC, após avaliação da ANAC, com base no procedimento de autoavaliação descrito em seus
manuais.
NOTA 1: Entende-se por “satisfatório” um processo de autoavaliação que, após a análise pela
ANAC, tenha sido considerado livre de não conformidade relacionada à execução incorreta ou
insuficiente dos procedimentos de autoavaliação, incluindo o preenchimento do formulário de
autoavaliação.
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03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

NOTA 2: O processo de inclusão utilizando o procedimento de autoavaliação pode ocorrer


anteriormente à solicitação de autorização para a autoinclusão. Contudo, o processo deve se
basear em procedimento de autoavaliação aceitável pela ANAC.
B.1.10 Além dos critérios de elegibilidade apresentados acima, a ANAC poderá considerar, para fins
de concessão da autorização, o histórico de atuação da OM nos 5 (cinco) anos precedentes à
solicitação, o que incluirá a avaliação do desempenho da organização em atividades de vigilância e
processos, bem como a avaliação de medidas aplicadas, sancionatórias ou de natureza cautelar, tais
como suspensões (totais ou parciais) do certificado ou de autorizações concedidas à OM.
B.1.11 A ANAC se reserva o direito de não autorizar ou de revogar uma autorização para
autoinclusão caso sejam verificadas deficiências no sistema de controle de qualidade da OM. Vide
seção B.5 deste Apêndice para mais detalhes.
B.1.12 Critérios específicos são apresentados a seguir para a obtenção de autorização para
autoinclusão em Lista de Capacidade ou nas Especificações Operativas.
B.2 AUTORIZAÇÃO PARA AUTOINCLUSÃO NA LISTA DE CAPACIDADE
B.2.1 Para que uma OM obtenha autorização da ANAC para a autoinclusão de artigos pertencentes às
categorias Rádio, Instrumento ou Acessório em sua Lista de Capacidade, ela deve atender aos
critérios de elegibilidade (vide item B.1.9). No caso de OMs que pretendam obter autorização para
autoinclusão de APU que opere como fonte de propulsão, a organização deverá cumprir,
adicionalmente, com os critérios apresentados no Nível 3 de autoinclusão (vide item B.4.4.I).
B.2.2 A autoinclusão é limitada às categorias e classes de Rádio, Instrumento e Acessório que a OM
já possua em seu COM, até o maior nível de complexidade já certificado na LC da organização. De
outra forma, as inclusões devem ser realizadas conforme previsto na seção 5.10 desta IS, com
avaliação e aprovação prévia da ANAC.
B.2.3 A solicitação de autorização para execução de autoinclusão em LC deve ser enviada para a
ANAC conforme orientações do Formulário F-143-43.
B.2.4 A critério da ANAC, poderão ser realizadas atividades para a verificação das informações
pertinentes à solicitação.
B.2.5 Um processo para obtenção de aprovação contendo a prerrogativa de autoinclusão é concluído
com o registro, pela ANAC, dessa autorização nas Especificações Operativas da OM. Uma vez
incluída a autorização para execução de autoinclusão em sua EO, a organização poderá fazer uso da
prerrogativa.
B.3 AUTORIZAÇÃO PARA AUTOINCLUSÃO NAS ESPECIFICAÇÕES OPERATIVAS
B.3.1 Uma autorização para autoinclusão nas Especificações Operativas poderá ser concedida a uma
OM para expansão de sua capacidade de manutenção no que se refere a serviços em artigos que se
enquadrem nas categorias Célula, Motor e/ou Hélice. De forma geral, não é autorizada autoinclusão
de Serviços Especializados nas EO, considerando que há características particulares para cada serviço
enquadrado nessa categoria.
B.3.2 A autoinclusão é limitada a artigos pertencentes às categorias e classes de Célula, Motor e/ou
Hélice que a OM já possua em seu COM. Inclusões de novas categorias e/ou classes no certificado da
OM devem ser feitas com processos enviados para avaliação e aprovação prévia da ANAC.
NOTA: Por exemplo, uma OM que possua em seu COM apenas a categoria Célula Classe 3 e
pretenda incluir em EO um modelo de aeronave que se enquadre na categoria Célula Classe 4,
deverá seguir o processo descrito na seção 5.10 desta IS, não podendo utilizar a prerrogativa de
autoinclusão nesse caso.
B.3.3 A autorização para autoinclusão em EO é concedida pela ANAC em 3 (três) níveis distintos
para as categorias de Célula e Motor, e em 2 (dois) níveis distintos para a categoria Hélice.
B.3.4 Para qualquer dos níveis, a OM deve atender aos critérios de elegibilidade (vide seção B.1.9)
bem como aos critérios específicos de cada nível, estabelecidos conforme detalhamento apresentado
na seção B.4 deste Apêndice, conforme o nível pretendido pela OM.
B.3.5 Uma solicitação de autorização para execução de autoinclusão em EO deve ser enviada para a
ANAC conforme orientações do Formulário F-143-44.
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B.3.6 A critério da ANAC, poderão ser realizadas atividades para a verificação das informações
pertinentes à solicitação, incluindo a autoavaliação do SGSO.
B.3.7 Um processo para obtenção de aprovação contendo a prerrogativa de autoinclusão é concluído
com o registro, pela ANAC, dessa autorização nas Especificações Operativas da OM, incluindo o
detalhamento do nível de autoinclusão autorizado. Uma vez incluída a autorização para execução de
autoinclusão em sua EO, a organização poderá fazer uso da prerrogativa.
B.4 NÍVEIS DE AUTOINCLUSÃO EM EO – CATEGORIAS CÉLULA, MOTOR E HÉLICE
B.4.1 A autoinclusão em EO de modelos de aeronaves, motores e hélices, bem como de serviços de
manutenção em tais artigos, é permitida dentro da mesma categoria e classe que a OM já possua em
seu COM. Ela poderá ser realizada a partir de níveis conforme definições, restrições e critérios
apresentados a seguir.
B.4.2 AUTOINCLUSÃO NÍVEL 1: O Nível 1 de autoinclusão permite que a OM realize serviços
em modelos de aeronave e motor considerando artigos e/ou serviços de menor complexidade e,
ainda, limitado pelo tipo de operação em que o artigo é utilizado. A Tabela B.4.1 apresenta, em
detalhes, as características e restrições do Nível 1.
B.4.2.I Para a obtenção de autorização de autoinclusão em Nível 1, a OM deve atender aos critérios
de elegibilidade apresentados na seção B.1.9.
B.4.2.II Uma vez incluída a autorização para execução de autoinclusão em Nível 1 nas
Especificações Operativas da organização, o uso dessa prerrogativa requer que a OM realize uma
autoavaliação demonstrando possuir os recursos requeridos, e retenha os registros correspondentes,
antes da execução de cada serviço.
B.4.2.III Nesse caso, a OM pode executar o serviço objeto da autoinclusão, devendo informá-lo no
relatório mensal requerido pela seção 145.221-I do RBAC nº 145, sem que seja necessário protocolar
na ANAC a autoavaliação correspondente.
B.4.2.IV Exceto se determinado de outra forma pela ANAC, não haverá a emissão de nova EO em
decorrência de autoinclusão de modelos ou serviços pela OM conforme as prerrogativas do Nível 1.
B.4.3 AUTOINCLUSÃO NÍVEL 2: o Nível 2 de autoinclusão permite que a OM autoinclua modelos
de aeronave, motor e hélice, considerando artigos e/ou serviços em uma gama maior de
possibilidades em comparação com o Nível 1. A Tabela B.4.2 apresenta, em detalhes, as
características e restrições do Nível 2.
B.4.3.I Para a obtenção de autorização de autoinclusão em Nível 2, além de atendidos os critérios de
elegibilidade (vide seção B.1.9), a OM deve possuir SGSO implantado e tendo atingido o estágio
“Operacional” da escala PAOE (Presente, Adequado, Operacional, Efetivo), evidenciado a partir de
autoavaliação conduzida pela OM conforme método aceitável pela ANAC.
NOTA - É considerado um método aceitável pela ANAC o uso do formulário F-146-01_2 para
autovaliação do SGSO da OM. O formulário está disponível na página de Formulários
Padronizados:
https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/organizacoes-de-manutencao/formularios-
padronizados (https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/organizacoes-de-
manutencao/formularios-padronizados)
B.4.3.II Após a inclusão de autorização em suas EO, a organização deverá executar seus
procedimentos de autoavaliação antes de autoincluir um determinado modelo, devendo protocolar na
ANAC os documentos que deram suporte à conclusão de que a OM possui capacidade para realizar
manutenção no modelo objeto da inclusão. Após o protocolo, a OM estará autorizada a realizar a
manutenção no modelo de artigo pretendido. A ANAC conduzirá os trâmites administrativos com
vistas a atualizar a EO com o novo modelo incluído.
B.4.4 AUTOINCLUSÃO NÍVEL 3: o Nível 3 de autoinclusão permite que a OM autoinclua modelos
de aeronave, motor e hélice, considerando artigos e/ou serviços em um maior nível de complexidade
em comparação com os níveis anteriores. A Tabela B.4.3 apresenta, em detalhes, as características e
restrições do Nível 3.

https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is/is/is-145-001 20/26
03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

B.4.4.I Para a obtenção de autorização de autoinclusão em Nível 3, além de atendidos os critérios de


elegibilidade (vide seção B.1.9), a OM deve atender, concomitantemente, aos critérios abaixo
especificados:
i. possuir SGSO implantado e tendo atingido o estágio “Efetivo” da escala PAOE (Presente,
Adequado, Operacional, Efetivo), a partir de autoavaliação conduzida pela OM conforme
método aceitável pela ANAC; e
NOTA: É considerado um método aceitável pela ANAC o uso do formulário F-146-01_2 para
autovaliação do SGSO da OM. O formulário está disponível na página de Formulários
Padronizados:
https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/organizacoes-de-manutencao/formularios-
padronizados (https://www.gov.br/anac/pt-br/assuntos/regulados/organizacoes-de-
manutencao/formularios-padronizados)
ii. possuir um sistema de monitoramento implementado com auditoria interna independente. Um
meio aceitável para a implementação do sistema consta do APÊNDICE C desta IS.
B.4.4.II Após a inclusão de autorização em suas EO, a organização deverá executar seus
procedimentos de autoavaliação antes de autoincluir um determinado modelo, devendo protocolar na
ANAC os documentos que deram suporte à conclusão de que a OM possui capacidade para realizar
manutenção no modelo objeto da inclusão. Após o protocolo, a OM estará autorizada a realizar a
manutenção no modelo de artigo pretendido. A ANAC conduzirá os trâmites administrativos com
vistas a atualizar a EO com o novo modelo incluído.
B.4.5 As características para a Autoinclusão nos Níveis 1, 2 e 3 em EO estão sumarizadas nas Tabelas
B.4.1, B.4.2 e B.4.3, respectivamente, apresentadas a seguir.
Tabela B.4.1: Características da Autoinclusão Nível 1 em Célula e Motor.

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03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

* NOTA: Caso a aeronave seja isenta de certificação de tipo conforme previsto no parágrafo
21.29(d)-I do RBAC nº 21, deve ser avaliada a categoria de certificação da aeronave conforme
consta no Type Certificate Data Sheet (TCDS) emitido pela autoridade primária do seu Estado de
Projeto.

Tabela B.4.2: Características da Autoinclusão Nível 2 em Célula, Motor e Hélice.

* NOTA 1: Caso a aeronave seja isenta de certificação de tipo conforme previsto no parágrafo
21.29(d)-I do RBAC n° 21, deve ser avaliada a categoria de certificação da aeronave conforme
consta no Type Certificate Data Sheet (TCDS) emitido pela autoridade primária do seu Estado de
Projeto.
** NOTA 2: Essa informação se refere à certificação de tipo do avião no qual a hélice será
instalada, estando disponível na Especificação de Avião (EA) ou no Type Certificate Data Sheet
(TCDS) do modelo do avião em questão. A categoria Transporte inclui aviões certificados segundo
regulamentos como: RBHA 25, RBAC n° 25, FAA 14 CFR part 25, EASA CS 25 ou equivalentes.

Tabela B.4.3: Características da Autoinclusão Nível 3 em Célula, Motor e Hélice.

https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is/is/is-145-001 22/26
03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

* NOTA: Essa informação refere-se à certificação de tipo do avião no qual a hélice será instalada,
estando disponível na Especificação de Avião (EA) ou no Type Certificate Data Sheet (TCDS) do
modelo do avião em questão. A categoria Transporte inclui aviões certificados segundo
regulamentos como: RBHA 25, RBAC n° 25, FAA 14 CFR part 25, EASA CS 25 ou equivalentes.

B.5 MEDIDAS ADMINISTRATIVAS PREVISTAS PELA ANAC


B.5.1 A qualquer momento, caso a ANAC constate que a OM perdeu a capacidade técnica de
executar os procedimentos de autoavaliação e autoinclusão, ou se for constatado que a organização
deixou de cumprir com qualquer dos critérios a ela aplicáveis – sejam critérios de elegibilidade ou
aqueles referentes aos níveis específicos –, a agência poderá suspender ou cancelar a autorização da
organização. Deficiências identificadas no sistema de controle de qualidade da OM ou no processo de
monitoramento com auditoria interna independente, quando aplicável, também poderão motivar a
suspensão ou o cancelamento da autorização, ou mesmo a sua não concessão pela agência.
NOTA - A autorização para autoinclusão ficará automaticamente suspensa caso a Organização de
Manutenção esteja sem um(a) Responsável Técnico(a) a ela vinculado(a), conforme a categoria do
artigo pelo qual o(a) profissional é responsável. A autorização será automaticamente reestabelecida
após o cadastro de novo(a) RT na Agência, exceto se determinado de outra forma pela ANAC.
B.5.2 Nas circunstâncias em que a ANAC constatar que a OM intencionalmente conduziu
autoavaliações inadequadas e forneceu informações inexatas ou adulteradas, resultado de um
processo deliberadamente negligente, objetivando receber indevidamente a autorização para executar
autoinclusão, o pleito será indeferido.
B.5.3 Nas circunstâncias em que a ANAC constatar que a OM intencionalmente conduziu
autoavaliações inadequadas e autoincluiu artigos sem possuir efetivamente capacidade técnica de
manutenção, resultado de um processo deliberadamente negligente, a autorização para executar

https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is/is/is-145-001 23/26
03/12/2023, 10:43 IS 145-001F — Agência Nacional de Aviação Civil ANAC

autoinclusão será cancelada pela Agência e removida da EO, bem como todos os artigos
autoincluídos pela OM em sua EO ou LC que tenham sido afetados.
NOTA: Exceto se de outra forma demonstrado pela OM e aceito pela ANAC, os artigos impactados
serão considerados não-aeronavegáveis.
B.5.4 Nos casos enquadrados sob os itens B.5.2 e B.5.3 desta seção, a organização ficará impedida de
receber autorização para autoinclusão por um período de 5 (cinco) anos contados a partir da data do
ato de indeferimento ou de cancelamento da autorização, conforme aplicável, duplicando esse
período em caso de reincidência.
B.5.5 Sem prejuízo às ações previstas nesta seção, a Organização de Manutenção estará sujeita às
demais sanções administrativas previstas no Código Brasileiro de Aeronáutica (CBAer), Lei n°
7.565, de 19 de dezembro de 1986, e em linha com o estabelecido na Resolução n° 472, de 06 de
junho de 2018.
B.5.6 Como consequência das sanções administrativas, a ANAC poderá efetuar o descadastramento
do(a) Responsável Técnico(a) da OM, conforme previsto no parágrafo 145.151(a)-V(1) do RBAC n°
145.

APÊNDICE C – SISTEMA DE MONITORAMENTO COM AUDITORIA INTERNA


INDEPENDENTE
C.1 INTRODUÇÃO
C.1.1 Um sistema da qualidade é utilizado para assegurar aderência a determinado processo em uma
organização, com o objetivo final de garantir que requisitos pré-estabelecidos sejam atendidos.
C.1.2 O RBAC nº 145 requer que uma organização de manutenção desenvolva e mantenha um
sistema de controle da qualidade, que assegure a aeronavegabilidade dos artigos nos quais a
organização, ou qualquer dos seus subcontratados, executa manutenção, manutenção preventiva ou
alteração. O sistema de controle da qualidade possui foco na inspeção de cada artigo no qual um
serviço de manutenção foi realizado.
C.1.3 O conceito de monitoramento presente neste Apêndice, por sua vez, possui foco nos processos
da organização. O seu objetivo é possibilitar que a organização garanta que pode entregar um artigo
seguro após a realização dos serviços contratados e em conformidade com os requisitos
regulamentares, provendo mecanismos para a correção e melhoria dos processos. O monitoramento
proposto neste Apêndice pode ser entendido como um sistema simplificado de garantia da qualidade.
C.1.4 É esperado que o sistema de monitoramento com auditorias internas seja integrado ao SGSO de
uma OM, tanto como uma possível fonte de informações de segurança, quanto como um mecanismo
de melhoria contínua da organização.
C.1.5 Os procedimentos e formulários necessários para a operacionalização do sistema de
monitoramento devem estar contidos ou serem referenciados nos manuais da OM.
NOTA - Para a realização das auditorias internas independentes, a OM pode desenvolver
formulários próprios ou utilizar como apoio as listas de verificação utilizadas pela ANAC nas
auditorias de vigilância continuada, disponíveis no sítio eletrônico da Agência, na página dedicada
às organizações de manutenção certificadas pelo RBAC nº 145.
C.1.6 Um sistema de monitoramento possui dois componentes: a auditoria interna independente e a
gestão dos resultados e das ações propostas.
NOTA – Este Apêndice aplica-se no contexto desta IS e das demais normas da ANAC que possam
referenciá-lo. Algumas Autoridades de Aviação Civil (AAC) com as quais a ANAC possui acordos
internacionais relativos a certificação de Organizações de Manutenção podem exigir o
desenvolvimento de um sistema de monitoramento com auditorias internas independentes, contudo,
estabelecendo requisitos ou critérios mais exigentes do que aqueles aqui apresentados. Em tais
casos, a OM deve atender aos requisitos específicos estabelecidos nos acordos em questão.
C.2 AUDITORIA INTERNA INDEPENDENTE

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C.2.1 A auditoria interna independente é um processo objetivo de verificações de amostragem de


rotina que cobre todos os aspectos da capacidade da organização para realizar as manutenções de
acordo com os padrões exigidos, de forma a garantir que os artigos sejam aprovados em condição
aeronavegável.
C.2.2 A auditoria interna independente deve garantir que todos os aspectos de conformidade com o
RBAC n° 145 sejam verificados em periodicidade definida pela OM. O intervalo de tempo para
avaliação de todos os requisitos do RBAC n° 145 não deve ser superior a 24 meses. As auditorias
devem abranger os processos que compõem o sistema de controle de qualidade da OM e devem
incluir a amostragem de artigos em e após manutenção, podendo ser realizada como um exercício
único completo ou subdividido ao longo do período estabelecido, de acordo com um cronograma.
C.2.3 A auditoria independente deve abranger a verificação de artigos contidos em todas as classes de
todas as categorias especificadas no COM da organização, conforme a seção 145.59 do RBAC n°
145, dentro da periodicidade estabelecida conforme o item C.2.2, devendo abranger múltiplos artigos
de uma mesma classe quando houver diferenças significativas em sistemas e procedimentos
utilizados na manutenção desses artigos.
C.2.4 A verificação de um artigo requer a observação direta de uma amostra e envolve testemunhar
qualquer teste relevante e inspecionar visualmente o produto e a documentação associada, devendo o
auditor observar as principais etapas dos processos envolvidos na manutenção, desde a entrada do
artigo na organização até a aprovação para retorno ao serviço. A verificação da amostra não precisa
envolver a repetição de desmontagens ou testes, a menos que se identifique não conformidade que
indique essa necessidade.
C.2.5 Durante a auditoria independente, não é necessário que cada procedimento seja verificado em
relação a artigos de classes distintas quando puder ser demonstrado que o procedimento específico é
comum a mais de uma classe de artigos.
C.2.6 Quando não conformidades forem identificadas na auditoria em um procedimento que se aplica
a mais de uma classe de artigo, o procedimento deve ser verificado novamente em relação a outras
classes até que se conclua sobre a abrangência da não conformidade, podendo ser de caráter pontual
ou sistêmico, para que se providencie o tratamento adequado.
C.2.7 As auditorias independentes devem incluir verificações aleatórias, realizadas por amostragem,
enquanto a manutenção estiver sendo realizada. Isso pode significar a realização de algumas
auditorias durante a noite em organizações que possuam turno de trabalho noturno, auditorias em
fornecedores de serviços de manutenção subcontratada, e auditorias em outras localidades nas quais a
organização exerça as prerrogativas previstas na seção 145.203 do RBAC nº 145.
C.2.8 Quando a organização possuir bases secundárias o sistema de monitoramento deve se estender
às respectivas bases, dentro do mesmo intervalo estabelecido em C.2.2.
C.2.9 A organização deve contemplar, no escopo da amostragem, a realização de auditorias internas
em modelos de artigos que tenham sido objeto de um processo de autoinclusão nas Especificações
Operativas ou na Lista de Capacidade da OM.
C.2.10 É esperado que a auditoria interna considere a amostragem de artigos que estejam
relacionados a áreas em que o SGSO tenha identificado perda de desempenho de segurança ou
relacionados a perigos tratados pelo processo de controle de riscos do SGSO da OM, como forma de
avaliação da eficácia das medidas mitigadoras, conforme aplicável.
C.2.11 Uma OM pode possuir um grupo de pessoas dedicado ou parcialmente dedicado às auditorias
independentes, incluindo a realização de auditorias, elaboração de relatórios de resultados e
acompanhamento para verificar se as não conformidades foram ou estão sendo corrigidas, ou pode
optar por contratar a auditoria independente em outra organização que possua pessoal com
conhecimento técnico apropriado e experiência satisfatória comprovada em auditorias.
C.2.12 A independência da auditoria deve ser estabelecida assegurando que sejam sempre realizadas
por pessoal não responsável pela função, procedimento ou artigos que estão sendo verificados.
C.2.13 Cada vez que uma auditoria for realizada, um relatório deve ser elaborado descrevendo o que
foi verificado e as constatações resultantes em relação aos requisitos, procedimentos e artigos
aplicáveis.

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C.2.14 A OM deve manter um cronograma atualizado com o planejamento das auditorias internas
independentes, que poderá ser solicitado e acompanhado pela ANAC a qualquer tempo.

C.3 GESTÃO DOS RESULTADOS E DAS AÇÕES PROPOSTAS


C.3.1 Os resultados da auditoria interna independente devem ser informados a uma pessoa ou a um
grupo de pessoas em funções de gestão na OM, incluindo o(a) Gestor(a) Responsável e o(a)
Responsável Técnico(a), para assegurar a alocação dos recursos necessários e a execução das ações
requeridas em tempo hábil.
C.3.2 A gestão dos resultados e das ações propostas é atribuição da OM, responsável primária por
manter os seus processos e atividades aderentes aos requisitos regulamentares aplicáveis, e não pode
ser delegada a pessoas externas à organização.
C.3.3 A gestão dos resultados permite que todas as não conformidades ou aspectos relevantes
identificados nas auditorias independentes sejam devidamente investigados quanto a causas e
impactos, e tratados conforme apropriado.
C.3.4 A investigação dos resultados da auditoria deve buscar definir a natureza das não
conformidades, e se há impacto em termos de segurança operacional. Assim, é relevante que a OM
determine se os achados se referem a perigos cujos riscos associados devem ser tratados e mitigados
conforme previstos nos processos do SGSO da OM, ou se trata de não cumprimentos a requisitos de
natureza administrativa (o que configura um problema de compliance).
C.3.5 Em todo caso, as tratativas para a correção das não conformidades ou tratamento dos perigos
encontrados devem estar alinhados com os procedimentos estabelecidos no SGSO para o
gerenciamento de risco da OM. A sinergia entre os processos de auditoria interna (como fonte de
informações e controle de riscos) e o SGSO reforça a necessidade de integração entre os sistemas.
C.3.6 Os prazos para a execução das ações apropriadas, seja a correção de não conformidades ou a
implementação de ações mitigatórias para os riscos identificados, devem ser acordados com os
departamentos responsáveis pela condução das ações.
C.3.7 A OM deve estabelecer rotinas de acompanhamento e reporte do andamento das ações
propostas junto ao Gestor(a) Responsável e ao Responsável Técnico(a).
C.3.8 Todos os registros relativos a uma auditoria interna independente, incluindo os registros e
evidências de correções e ações mitigatórias, devem ser retidos pela OM por pelo menos 5 (cinco)
anos contados a partir da data em que a auditoria foi encerrada, ou seja, quando todas as não
conformidades foram consideradas corrigidas e o plano de ações corretivas foi concluído.

https://www.anac.gov.br/assuntos/legislacao/legislacao-1/iac-e-is/is/is-145-001 26/26

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