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Olá a todos. Nós somos o grupo 20 e vimos apresentar o nosso projeto.

Sabemos que vocês já estão mais do que acostumados como este trabalho funciona
então vamos passar essa explicação para a frente.

O nosso projeto começou com uma questão muito simples “Como podemos
tornar o lugar onde estudamos numa escola ambientalmente sustentável”. Esta
pergunta foi muito ampla sem dúvidas, mas nós gostámos disso. As primeiras duas
semanas de projeto foram basicamente discussões para perceber tudo o que nós
conseguíamos e não conseguíamos cobrir. Chegamos à conclusão de que basicamente
qualquer mudança que nós fizéssemos teria um impacto para o ambiente, seja esse
positivo ou negativo.

A apresentação de inglês que fizemos foi na verdade o ponto de viragem para


toda a nossa indecisão. Como decidimos fazer uma apresentação logo no primeiro dia
disponível tivemos de pensar no assunto muito mais do que normalmente faríamos.
Foi também nesta apresentação a que nós chegamos à principal mudança que nós
gostávamos que começasse a ser feita cá na escola, a introdução de compostores. Este
foi o nosso ponto de partida e a partir daí, enquanto desenvolvíamos o trabalho,
escolhemos outras duas mudanças que queríamos.

Apesar de todo o drama que foi chegar ao “o que apresentar”, “o como” esteve
decidido praticamente desde o início. Durante o tempo de roteiros todos nós tivemos
de realizar um trabalho muito interessante, a construção da maquete. Na verdade,
quem hoje vai à secretaria pode ver os trabalhos deste ano. Ora grande parte do nosso
grupo é feito por alunos novos e nós achamos que seria divertido que eles também
fizessem algo parecido com os produtos finais do ano passado. Além do mais, nós
também queremos as nossas maquetes na secretaria, mas isso é só um extra.

Escolher apresentar o nosso trabalho através de uma maquete também


proporcionou uma vantagem inesperada. É verdade que nós fomos forçados a
escolher apenas algumas mudanças que poderiam ser realizadas na escola, mas com
uma representação à escala do colégio muitas outras mentes se podem juntar e mais
facilmente perceber que outra parte da escola mudar ou melhorar. Acreditem, vocês
não querem tentar planear nenhuma mudança num edifício através de plantas, a
maquete facilita imenso. Nós acreditamos que isto pode ajudar outros a verem a nossa
segunda casa, como um lugar sobre o qual podem ter influência, sobre o qual
podemos agir. Basta olhar para todos os outros projetos realizados nestes meses e
vamos perceber que é sim possível mudar.

Mas nós não começamos logo com a construção da maquete, longe disso. É
verdade que nós já tínhamos uma ideia do que o que queríamos fazer, mas não
podíamos fazer nada até ao início desta semana. Por essa razão todo o semestre
dedicado ao projeto acabou por ser utilizado em decisões sobre o que mudar, ou
ideias que acabaram por nunca passar de ideias. Por exemplo pensamos em convidar
uma pessoa da Junta de freguesia de Lisboa, já que foi do projeto do compostor
comunitário do Parque das Nações que nos fez pensar em introduzi-los em primeiro
lugar. Isso acabou por não ser escolhido por duas razões, primeiro achamos que os
benefícios não superavam todas as dificuldades que convidar alguém para falar numa
data ainda por determinar envolviam. Além disso percebemos que este projeto é
nosso, e que apesar de termos retirado inspiração deles, alguém da junta de freguesia
não conseguiria falar sobre ele. Agora que o projeto acabou, sabemos que essa foi sem
dúvida a melhor escolha já que nem imagino o que seria adicionar mais complicações à
já complicada semana que tivemos. Todo este processo de brainstorm foi muito
ajudado também pelas nossas professoras Xana Trindade e Adelaide Amaro por tanto
um grande obrigado para ambas

Foi também por volta desta altura que começamos a desenhar a maquete mais
detalhadamente. O primeiro problema que enfrentamos foi como conseguir as
plantas. Apesar das grandes ajudas do nosso diretor de ciclo Marco Coutinho não foi
fácil arranjar os mapas de todas as partes do colégio. Chegou a haver uma altura onde
um de nós ia diariamente falar com ele para tentar arranjar todos os pdf’s. Bem o que
importa é que no final o professor Marco não morreu de tanto ser chateado e nós
conseguimos tudo o que precisávamos-mos.

O desenho da maquete também não foi fácil, primeiro começamos a desenhar


no shapr3D, a aplicação que alguns de vocês já conhecem. Mas este revelou uma
fraqueza fatal (efeito dramático). Era demasiado lento. O desenho acabou para passar
a ser feito noutra aplicação, fusion360. Se calhar já repararam, mas os desenhos que
nós estávamos a fazer naquela altura foram feitos em computador e isso foi porque
decidimos fazer os blocos da escola com uma impressora 3D. Era sem dúvida a melhor
escolha que nós tínhamos e sinceramente voltaríamos a fazê-la, mas utilizar impressão
acabou por se tornar a origem do grande problema deste projeto.

Antes de chegarmos aí, também achamos importante falar sobre como nos
organizámos em relação ao trabalho de projeto e a todos os outros trabalhos das
disciplinas. 4 de nós os 5 têm todas as disciplinas presentes na perspetiva ambiental
então a grande quantidade de tarefas acabou por se tornar numa fonte de stresse.
Apesar disso todos nós nos conseguimos realizar tudo sem problemas. Se houve um
que foi mais problemático foi o teste de religião que tínhamos que fazer na semana de
projeto, mas mesmo esse acabou por ser feito.

Falando agora da influência que os conteúdos das diferentes disciplinas


trouxeram na busca de uma resposta sinceramente foi pouco. Não porque os
conteúdos em si não estavam relacionados com a questão, mas sim porque o nosso
grupo acabou por ter um caminho muito específico que decidimos tornar. Claro que
alguma inspiração foi retirada por todos os trabalhos ma não utilizamos diretamente
nenhum dos conteúdos em questão. Se há alguma coisa que gostávamos de corrigir
para o próximo projeto no segundo semestre é sem dúvida isso.

Por fim temos a maquete, a fusão das nossas soluções, o nosso produto final e
o conjunto de grande parte das horas da nossa última semana. E foi no exato início
desta semana que surgiu o grande problema. O plano de construção era simples e
prático. Tínhamos planeado começar a imprimir as coisas 2 ou 3 semanas antes da
semana do projeto, já que cada peça demora cerca de 4 horas para ser impressa. Foi
um banho de água fria quando nos avisaram em que semana íamos ter de trabalhar
neste projeto. Nós estávamos à espera de ser a última semana do mês, para finalizar o
semestre, mas ali estávamos nós, com meia semana de preparação e quase nada
impresso. Essa foi na verdade a razão para termos pedido para fazer a apresentação
mais tarde. Este erro de preparação foi provavelmente o que mais stresse nos deu em
todo o trabalho, mas o que estava feito estava feito e nós continuamos a montar as
coisas de acordo com o que tínhamos pensado.

O primeiro dia foi o pior, eramos sem abrigo à procura de um lugar para iniciar
o trabalho. Sabíamos que não íamos conseguir trabalhar numa maquete de dois
metros na sala. Disseram que podíamos utilizar a sala de artes no piso 0, mas isso
acabou por ser impossível já que, bem, há aulas lá. E foi na manhã de segunda-feira,
dia 9 de Janeiro de 2023, que após duas horas de não ter lugar onde ficar, nos
deixaram começar a montar as coisas na última sala de estudo da biblioteca. E a este
milagre temos a agradecer à Rita, mais uma vez ao professor Marco, à professora Sofia
Jorge e também à dona Rosário e à dona Elsa já que sem todos eles seria impossível
realizar o trabalho.

Quando finalmente começamos a trabalhar, os dias voaram, o resto de segunda


e toda a terça foi passada em três atividades divididas pelo grupo, desenhar na
madeira para que esta seja cortada, cortar a madeira com o serrote ou com a serra
elétrica e montar a base da maquete. O processo foi tão longo que grande parte do
nosso diário de bordo diz “Terminar a base da maquete”

Claro que foram feitas mais coisas durante os dias e a partir de quarta
começaram a ser feitas as decorações, bem como pintar um bocadinho. Apesar de
tudo isso foi quinta-feira que as coisas começaram a acelerar. A base foi terminada e
grande parte da estrutura começou a ser pintada. Também foi oficialmente a primeira
saída da maquete para o mundo real, já que nós precisamos de pintar a spray e não
podíamos fazer isso na sala de estudo. Foi já nos últimos dias que começamos a sentir
cada vez mais o tempo a passar e com cada pequeno problema que surgia e pequena
solução que encontrávamos que víamos o quão difícil foi o processo que começámos.

Foi só sexta-feira e nesta semana que começamos a implementar a mudanças


na maquete, explicá-las em si era simples já que tínhamos praticamente tudo
planeado, mas fazê-las não foi. Passando a explicar, a nossa primeira mudança foi a
implementação de um sistema de recolha de água da chuva. Água é um recurso útil e
escasso e grande parte do desperdício de água que acontece na escola é feito ou por
consumo humano ou em atividades como puxar o autoclismo, rega ou limpeza. Com
acesso a água da chuva, apesar de não ser própria para consumo, podemos eliminar
uma grande parcelo dos gastos de água, diminuindo desperdício possível e garantindo
mais água disponível para consumo. O sistema funcionaria através de uma barreira, de
um material resistente e impermeável como por exemplo vidro plastificado, na forma
de um V invertido. Água da chuva ia cair e deslizar pela barreira até cair em uns canos
abertos nas laterais dos edifícios essa chuva seria depois transportada até
reservatórios de água dentro ou fora dos edifícios onde seria armazenada até ser útil.
Para representar isto utilizamos celofane para representar a barreira, palhinhas
pintadas para representar os canos e copos pintados para representar os reservatórios
no topo do bloco da piscina e do pavilhão.

A segunda mudança que nós queríamos implementar, não é bem uma


mudança, e sim uma melhoria de algo já existente aqui no colégio. Estamos a falar de
uma horta. Ter uma localização dentro do colégio onde podem ser plantados vegetais
comestíveis ou para vender é uma maneira de juntar o útil ao bom na medida de que
contribui para o ambiente também. Esta mudança faz par com a reutilização da água
da chuva já que não seria necessário utilizar nenhuma água extra para a rega dos
produtos a plantar. Na maquete representamos a horte através de pequenos desenhos
bem como alguns pedacinhos de terra e pedaços de esponja pintados. Para além disso
está localizada no mesmo lugar da nossa terceira e última sugestão.

Como já dissemos a nossa última sugestão é compostores. Esta ideia está


obviamente relacionada com a proposta da horta, mas é também muito vantajosa
individualmente. Basta pensar na quantidade de comida desperdiçada todos os dias no
refeitório que já é possível perceber todas as vantagens que um composto na escola
ou alguma parceria com uma empresa que trate da compostagem de elementos
orgânico faria. Na maquete foi representada através de uma pequena caixa pintada
com alguns pedaços de terra no interior para dar mais realismo.

Todas estas mudanças são explicaadss em mais detalhe e com informações


sobre a probabilidade, custo, vantagens e desvantagens da instalação de cada uma,
junto da maquete, por tanto se estão curiosos para saber mais sobre elas podem
sempre ir espreitar. Agora que terminámos este projeto é importante realçar que o
nosso objetivo não é mostrar as nossas ideias e apenas as nossas. A criação da
maquete é uma forma de facilitar a criação de uma comunidade que vá pouco a pouco
mudar a nossa escola para o melhor. Essa é a verdadeira essência do nosso Produto
Final.

OBRIGADO

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