O poema descreve o autor se sentindo preso em silêncios e solidão, sem inspiração ou vontade de criar. Ele se vê como um rio que se transformou em remanso parado, incapaz de fluir. O autor expressa o desejo de quebrar seus silêncios e voltar a criar poesia, mas se sente sem forças para isso.
O poema descreve o autor se sentindo preso em silêncios e solidão, sem inspiração ou vontade de criar. Ele se vê como um rio que se transformou em remanso parado, incapaz de fluir. O autor expressa o desejo de quebrar seus silêncios e voltar a criar poesia, mas se sente sem forças para isso.
O poema descreve o autor se sentindo preso em silêncios e solidão, sem inspiração ou vontade de criar. Ele se vê como um rio que se transformou em remanso parado, incapaz de fluir. O autor expressa o desejo de quebrar seus silêncios e voltar a criar poesia, mas se sente sem forças para isso.
O porquê dos meus silêncios... Têm coisas que a gente sente E que simplesmente não conta. O coração acinzenta... Os olhos nublam agostos... As penas ganham seu posto Com cismas de solidão E enclausuram o coração Com o cadeado do desgosto.
Nenhum sorriso a me romper auroras
A iluminar meu rosto de fechado cenho Sou apenas eu... em meus silêncios largos E quando muito um trago pra compartir quietudes E todas as inquietudes que me tecem ponchos de pesadas lãs, Que não me aquecem a carne, que não me aquentam o corpo E que não me animam a alma...
As vezes me perco assim:
Outonal… Sem folha ou fruto, nem flores pra oferecer... Seco... preso em um tronco onde os grilhões me apertam os pulsos Como a esperar pela alforria, rezando que me chegue a paz de uma palavra afiada... Afinal só ela, em suas sílabas claras, é capaz de me fazer cessar o sofrimento...
A palidez da folha em branco não me ajuda em nada!
Escravizei-me ao silêncio de um labirinto de sombras,
Pautado pelas grades das mesmas linhas... entre capas de cadernos... Enfraqueci a tinta que me construiu Ao mesmo passo em que a depressão me corroeu o cerno... De inspiração alucinada que um dia fui, de um querer-poema que me partejou...
À lembrança vaga que me visitou … até o ocaso de um triste esquecimento...
Na verdade ninguém soube o porquê dos meus silêncios... Minguei exangue de inspiração e sonho Inacabado. Perdido... Num esperar eterno, Que não achou a rima, Que entortou a métrica E que se esmaeceu no tempo.
… E eu queria tanto acordar recuerdos
Que adormeceram junto a mim um dia Acender poesias em sonetos prontos Costurando o pranto de quem me escreveu... Devolver a voz a quem me prometeu O sentimento puro que eu ainda guardo Pois sendo metade ainda sou inteiro E acendo um braseiro só por ser soprado!
Na verdade ninguém soube
O porquê dos meus silêncios... Eu... que seria rio... acabei remanso Onde as águas quietas, sempre mais profundas, Giram redemoinhos como a esperar correntes de libertação... Eu... que de coração… perdi o batimento E o ritmo vital de oxigenar o sangue E de empurrar pra vida o que o papel acolhe...
Mas ninguém escolhe um destino destes...
E se eu tivesse forças não o escolheria... Afinal eu nasci verso: Sementado no coração de quem me planta Meu corpo a vaza de sentimentos e de lamentações Era pra eu ser amor e traduzir paixões Eu não nasci assim pra morrer calado... Quando eu silencio... se apagam estrelas E morrem tantas luas sem nunca ter vivido... Só a escuridão da noite se agiganta Quando eu silencio por qualquer motivo...