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CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE FOZ DO IGUAÇU

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

TRABALHO DE TÓPICOS DE ATUAÇÃO

JENNIFER AKEMI DAL PIZZOL


LUANA LAUER KENER
DEBORA TRIPIANA
MONICA CAROLINA DE OLIVEIRA
MARCIELA TALITA KAEFER
SUELI EVARISTO DOS SANTOS
ALEX JUNIOR DA SILVA
NATALIE NABIL HAMADI

FOZ DO IGUAÇU – PR
2019
SUMÁRIO

1. ANTEPROJETO.....................................................................................................3
1.1. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS.........................................................................3
1.1.1. Documentos típicos...............................................................................3
1.1.2. Documentos eventuais.........................................................................3
1.1.3. Escala........................................................................................................4
1.1.4. Elementos a serem representados....................................................4
1.2. FASES DO PROJETO (ANTEPROJETO)...................................................4
1.2.1. Planta de situação..................................................................................4
1.2.2. Planta de locação...................................................................................5
1.2.3. Plantas.......................................................................................................5
1.2.4. Cortes........................................................................................................6
1.2.5. Fachadas...................................................................................................6
1.3. EXECUÇÃO DAS ETAPAS DO PROJETO DE ARQUITETURA
(ANTEPROJETO).......................................................................................................7
1.3.1. Informações de referência a utilizar:.................................................7
1.3.2. Documentos técnicos a apresentar:.................................................7
2. PROJETO BÁSICO...............................................................................................8
3. PROJETO EXECUTIVO........................................................................................9
3.1. O QUE É UM PROJETO EXECUTIVO?......................................................9
3.1.1. Elementos de um projeto executivo:..............................................10
3.1.2. A importância do projeto executivo................................................10
4. A DIFERENTE ENTRE OS PROJETOS..........................................................10
5. MEMORIAL DESCRITIVO..................................................................................11
5.1. TIPOS DE MEMORIAL DESCRITIVO........................................................13
5.2. MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO..................................................14
6. PLANILHA ORÇAMENTARIA...........................................................................15
7. BDI..........................................................................................................................16
7.1. O QUE É BDI?................................................................................................16
7.2. COMO É FEITO O CÁLCULO DO BDI?....................................................17
7.3. COMO USAR O BDI NO ORÇAMENTO....................................................17
7.4. POR QUE É IMPORTANTE.........................................................................18
8. CRONOGRAMA DE OBRA................................................................................18
9. REFERÊNCIAS....................................................................................................20
1. ANTEPROJETO

Anteprojeto é a etapa intermediária do projeto arquitetônico que


consiste em uma configuração definitiva da construção proposta. É formado por
um conjunto de desenhos que representam o projeto com maior clareza e
personalidade. (PINHAL.,2014)
De acordo com a ABNT NBR 6492 (1994) o Anteprojeto é a definição
do partido arquitetônico e dos elementos construtivos, considerando os projetos
complementares (estrutura, instalações, etc.). Nesta etapa, o projeto deve
receber aprovação final do cliente e dos órgãos oficiais envolvidos e possibilitar
a contratação da obra.

1.1. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

1.1.1. Documentos típicos

Os documentos típicos são os seguintes:


a) situação;
b) plantas, cortes e fachadas;
c) memorial justificativo, abrangendo aspectos construtivos;
d) discriminação técnica;
e) quadro geral de acabamento (facultativo);
f) documentos para aprovação em órgãos públicos;
g) lista preliminar de materiais.

1.1.2. Documentos eventuais

Os documentos são os seguintes:


a) desenvolvimento de elementos de interesse, em casos especiais;
b) maquete;
c) estimativa de custo.
1.1.3. Escala

Igual ou superior a 1/100 na representação da edificação. De acordo


com o porte do programa, podem ser utilizadas escalas menores, com
ampliações setoriais.

1.1.4. Elementos a serem representados

Devem estar bem caracterizados os elementos construtivos, com


indicação de medidas, níveis, áreas, denominação de compartimentos,
topografia e orientação, eixos e coordenadas. A descrição dos materiais
adotados deve atender às necessidades da etapa.

1.2. FASES DO PROJETO (ANTEPROJETO)

1.2.1. Planta de situação

A planta de situação deve conter:


a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma;
b) curvas de nível existentes e projetadas, além de eventual sistema de
coordenadas referenciais;
c) indicação do norte;
d) vias de acesso ao conjunto, arruamento e logradouros adjacentes com os
respectivos equipamentos urbanos;
e) indicação das áreas a serem edificadas;
f) denominação dos diversos edifícios ou blocos;
g) construções existentes, demolições ou remoções futuras, áreas non
aedificandi;
h) escalas;
i) notas gerais, desenhos de referência e carimbo.
1.2.2. Planta de locação

A planta de locação deve conter:


a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta
Norma;
b) sistema de coordenadas referenciais do terreno, curvas de nível
existentes e projetadas;
c) indicação do norte;
d) indicação das vias de acesso, vias internas, estacionamentos, áreas
cobertas, platôs e taludes;
e) perímetro do terreno, marcos topográficos, cotas gerais e níveis
principais;
f) indicação dos limites externos das edificações: recuos e afastamentos;
g) eixos do projeto;
h) amarração dos eixos do projeto a um ponto de referência;
i) denominação das edificações;
j) escalas;
k) notas gerais, desenhos de referência e carimbo.

1.2.3. Plantas

As plantas, em geral, devem conter:


a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma;
b) indicação do norte;
c) eixos do projeto;
d) sistema estrutural;
e) indicação das cotas entre os eixos, cotas parciais e totais;
f) caracterização dos elementos do projeto: - fechamentos externos e
internos; - circulações verticais e horizontais; - cobertura/telhado e captação
de águas pluviais; - acessos e demais elementos significativos;
g) marcação de projeção de elementos significativos acima ou abaixo do plano
de corte;
h) indicação dos níveis de piso acabado;
i) denominação dos diversos compartimentos e respectivas áreas úteis;
j) marcação de cortes e fachadas;
k) escalas;
l) notas gerais, desenhos de referência e carimbo.

1.2.4. Cortes

Os cortes devem conter:


a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma;
b) eixos do projeto;
c) sistema estrutural;
d) indicação das cotas verticais;
e) indicação de cotas de nível em osso e acabado dos diversos pisos;
f) caracterização dos elementos do projeto:
- fechamentos externos e internos;
- circulações verticais e horizontais;
- áreas de instalações técnicas e de serviços;
- cobertura/telhado e captação de águas pluviais;
- forros e demais elementos significativos;
g) denominação dos diversos compartimentos seccionados;
h) escalas;
i) notas gerais, desenhos de referência e carimbo;
j) marcação dos cortes transversais nos cortes longitudinais e vice-versa,
podendo ainda ser indicadas as alturas das seções horizontais (planta da
edificação).

1.2.5. Fachadas

As fachadas devem conter:


a) simbologias de representação gráfica conforme as prescritas nesta Norma;
b) eixos do projeto;
c) indicação de cotas de nível acabado;
d) escalas;
e) notas gerais, desenhos de referência e carimbo;
f) marcação dos cortes longitudinais ou transversais.
1.3. EXECUÇÃO DAS ETAPAS DO ANTEPROJETO

1.3.1. Informações de referência a utilizar:

a) estudo preliminar de arquitetura (EP-ARQ);


b) estudos preliminares produzidos por outras atividades técnicas (se
necessário);
c) levantamento topográfico e cadastral (LV-TOP);
d) soldagens de simples reconhecimento do solo (LV-SDG);
e) outras informações.

Informações técnicas a produzir: informações técnicas relativas à edificação


(ambientes interiores e exteriores), a todos os elementos da edificação e a
seus componentes construtivos considerados relevantes.

1.3.2. Documentos técnicos a apresentar:

a) desenhos:
• planta geral de implantação;
• planta de terraplenagem;
• cortes de terraplenagem;
• plantas dos pavimentos;
• plantas das coberturas;
• cortes (longitudinais e transversais);
• elevações (fachadas);
• detalhes (de elementos da edificação e de seus componentes construtivos);

b) texto:
• memorial descritivo da edificação;
• memorial descritivo dos elementos da edificação, dos componentes
construtivos e dos materiais de construção.
Imagem 01: Anteprojeto

FONTE: http://fernandabrandao.com.br/etapas-de-trabalho/

2. PROJETO BÁSICO

2.1. O QUE É PROJETO BÁSICO?

Projeto Básico é o conjunto de desenhos, memoriais descritivos,


especificações técnicas, orçamento, cronograma e demais elementos técnicos
necessários e suficientes à precisa caracterização da obra a ser executado,
atendendo às Normas Técnicas e à legislação vigente, elaborado com base em
estudos anteriores que assegurem a viabilidade e o adequado tratamento
ambiental do empreendimento.
Deve estabelecer com precisão, através de seus elementos
constitutivos, todas as características, dimensões, especificações, e as
quantidades de serviços e de materiais, custos e tempo necessários para
execução da obra, de forma a evitar alterações e adequações durante a
elaboração do projeto executivo e realização das obras.
Todos os elementos que compõem o Projeto Básico devem ser
elaborados por profissional legalmente habilitado, sendo indispensável o
registro da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica, identificação do
autor e sua assinatura em cada uma das peças gráficas e documentos
produzidos.
Todo Projeto Básico deve apresentar conteúdos suficientes e precisos,
tais como os descritos nos itens abaixo, representados em elementos técnicos
de acordo com a natureza, porte e complexidade da obra de engenharia.
 Desenho;
 Memorial Descritivo;
 Especificação Técnica;
 Orçamento
o Planilha de Custos e Serviços;
o Composição de Custo Unitário de Serviço;
 Cronograma Físico-Financeiro.

As pranchas de desenho e demais peças deverão possuir identificação


contendo:
• Denominação e local da obra;
• Nome da entidade executora;
• Tipo de projeto;
• Data;
• Nome do responsável técnico, número de registro no CREA e sua
assinatura.

3. PROJETO EXECUTIVO

3.1. O QUE É UM PROJETO EXECUTIVO?

De acordo com a NBR 13.531/95, executar o detalhamento de todos os


elementos do empreendimento, de modo a gerar um conjunto de informações
suficientes para a perfeita caracterização da obra/serviços a serem executadas,
bem como a avaliação dos custos, métodos construtivos, e prazos e execução.
Executar o detalhamento de todos os elementos do empreendimento e
incorporar os detalhes necessários de produção dependendo do sistema
construtivo. O resultado deve ser um conjunto de informações técnicas claras e
objetivas sobre todos os elementos, sistemas e componentes do
empreendimento. Resumidamente é o conjunto de desenhos que será
encaminhado ao canteiro de obras.

3.1.1. Elementos de um projeto executivo:

 Plantas Baixas;
 Elevações;
 Cortes;
 Detalhamentos;
 Especificações de execução;
 Tabelas de Áreas;
 E mais.

3.1.2. A importância do projeto executivo

É o produto final de todo o processo criativo,exige mais do que


conhecer as técnicas de desenho. É preciso também buscar os diferentes
materiais, os processos construtivos e as exigências legais de cada município.

4. A DIFERENTE ENTRE OS PROJETOS

Anteprojeto é o instrumento que permite a um possível interessado,


conhecendo os parâmetros ali definidos, bem como a forma que deverão ser
elaborados os projetos decorrentes, decidir por realizar uma proposta à
Administração.
Projeto básico relaciona o quê (insumos, quantitativos, etc.) será
utilizado no empreendimento.Como deve ser a operacionalização e utilização
dos itens de obra, serviços e equipamentos.
Projeto executivo, por sua vez, define como deverão as obras serem
realizadas. Nível de detalhamento é maior Importante destacar que o Projeto
Executivo não é um novo projeto, mas sim um melhoramento do Projeto
Básico.

Imagem 02: Diferenças entre projetos.

Fonte: https://togawaengenharia.com.br/blog/anteprojeto-projeto-basico-projeto-executivo-e-as-built/

5. MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo é um documento público e obrigatório pela Lei


4.591/64e deve ser elaborado antes que a construção à qual se refere seja
lançada, exige registro em cartório e fica disponível para consultas futuras. Na
elaboração do memorial descritivo, o projeto deve estar descrito de forma
detalhada e aprofundada e abordar todos os setores do projeto.
A ABNT NBR 15575/2013estipula quais níveis de conforto, segurança
e resistência cada um dos sistemas que constituem um imóvel deve
proporcionar. Essa norma estabelece parâmetros, objetivos e quantitativos,
para a elaboração do memorial descritivo.
Ao elaborar um memorial descritivo de um empreendimento na
construção civil, é importante que o profissional atente para os seguintes
tópicos:
 Objeto do projeto imobiliário;
 As especificações do empreendimento;
 A escritura na qual a obra será executada;
 O nome do proprietário;
 A localização (o endereço) de onde o projeto ficará alocado;
 Zona de uso, com detalhamento a respeito da área total a serconstruída;
 A negativa de débito emitida pela prefeitura, bem como a aprovação
para início da obra;
 Os nomes e respectivos CREA e CAU dos profissionais responsáveis
pela obra;
 As instalações e devidas proteções para a execução do projeto;
 Tópicos relativos à movimentação de terra, drenagem,
impermeabilização, fundação, estrutura e especificações técnicas do
empreendimento;
 Serviços preliminares;
 Os tipos de cobertura e de alvenaria utilizados;
 Descritivo dos vidros, pisos, forros, esquadrias e revestimentos
considerados para o projeto;
 Apontamentos a respeito das instalações elétricas e hidráulicas;
 Materiais usados para compor os metais, louças e pinturas do
empreendimento;
 Realizações de limpeza e verificação final da obra;
 Cuidados com relação à ocorrência de incêndios;
 Baixas decorrentes do projeto;
 Considerações finais.
O memorial descritivo é a garantia de que o projeto existe
juridicamente.Este documento facilita a comunicação entre o profissional e
consumidor e exerce um papel fundamental para avaliar questões importantes
na entrega do imóvel. Como por exemplo:
 O cumprimento de normas técnicas do projeto;
 Detalhes de padrões de qualidade;
 Especificações dos materiais utilizados na obra;
 Especificações dos equipamentos utilizados na obra;
 Marca e qualidade dos acabamentos utilizados na obra
Caso ocorram alterações no memorial descritivo original durante a
obra,o profissional deve manter o memorial atualizado, informando previamente
à prefeitura e proceder, com as referidas alterações no documento.
O memorial descritivo é essencial na confecção do orçamento da obra,
pois dele sairão as orientações para a confecção de um orçamento realista. O
memorial também é importante na confecção do cronograma físico-financeiro
da obra.

5.1. TIPOS DE MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo pode ser feito para diferentes modelos de


construções. Com isso, dependendo da construção, o modelo de memorial a
ser utilizado sofre alterações. Os principais modelos existentes são:
 Memorial descritivo residencial: documento onde são detalhadas
informações envolvendo obras para uso residencial.
 Memorial descritivo comercial: nele são detalhadas informações de
obras destinadas ao uso comercial.
 Memorial descritivo para execução de piscina: documento onde são
detalhadas informações envolvendo colocação ou obras de piscinas.
 Memorial descritivo de desmembramento: utilizado para detalhar as
informações referentes ao desmembramento de um lote de terreno ou
área.
 Memorial descritivo de unificação: detalha informações envolvendo a
unificação de dois ou mais lotes de terreno.
 Memorial descritivo de residência para demolição: documento onde
são detalhadas informações envolvendo os procedimentos adotados
para a demolição de imóveis destinados à demolição.
 Memorial descritivo de tanque séptico e fossa: documento detalhado
usualmente por meio de desenhos, e normalmente é solicitado quando
não há disponibilidade de uso da rede de esgoto pública.
5.2. MODELO DE MEMORIAL DESCRITIVO

MEMORIAL DESCRITIVO

OBRA: Construção de uma Residência (MODELO)


PROPRIETÁRIO: Nome do Proprietário (MODELO)
LOCAL: Rua “E” Lote 04 Quadra 02

1) Fundações: Será executado um baldrame 20x30 com ferragens de


5/16”com concreto FCK 200 MPA Brita 1 e 2
2) Impermeabilização: O baldrame será confeccionado sobre uma camada
de brita e um plástico e posterior pintura com Neutrol;
3) Estrutura: Concreto Armado;
4) Alvenaria: Tijolos de oito furos espessura de 14 cm
5) Laje: Laje pré-moldada de concreto;
6) Cobertura: Telhas de barro.
7) Instalações Hidráulicas: O prédio está sendo servido com água fria, as
águas servidas e esgotos sanitários serão coletados para a rede pública e as
águas pluviais para a via pública independentes;
8) Instalações Elétricas: Terá entrada de luz e força. A distribuição estará
de acordo com os circuitos;
9) Revestimento: Todas as paredes, forros e beirais receberão chapisco e
reboco e gesso nas paredes, sendo feitos B.I até o teto, nas áreas úmidas;
10) Pisos: Serão todos de Cerâmicas Esmaltadas; com fita anti-derrapante
na entrada, onde teremos uma pequena inclinação para acesso ao deficiente
físico.
11) Pintura: As paredes, os forros e os beirais serão pintados de Látex e os
caixilhos de Esmalte;
12) Vidros: Serão temperados e do tipo incolor.

Cidade, ___ de ________________ de 20____.

Nome do Proprietário Nome do Profissional


CREA ou CAU
6. PLANILHA ORÇAMENTARIA

Conforme Samir Estefan (2015) as planilhas devem incluir colunas dos


materiais exigidos, com todas as especificações, descrições e quantidades.
Obtendo-se essas especificações no projeto executivo da edificação estudada.
A planilha deve ser separada por abas, com o objetivo da melhoria da
organização. Cada aba deve concordar com cada etapa da obra nasequência
correta (fundação, estrutura, vedação, instalação elétrica, hidráulica,
revestimento etc.). Cabe ao gestor e executor da planilha separar ou por tempo
(trimestre, semestre etc.) ou cômodo (andares, banheiros etc.).
Com o auxílio que a planilha orçamentaria pode ser feito:
 Reunir todos os gastos previstos
 Estabelecer etapas, sub-etapas e tarefas a serem realizadas.
 Das uma visão geral sobre os custos.
 Compreender a distribuição de valores investidos.
A planilha orçamentaria é de extrema importância para a visualização da
viabilização da execução do projeto, evitando a paralização por falta de verba
resultando em um atraso no cronograma da obra, diz Samir Estefan (2015).
Caso ocorra de não haver uma planilha de orçamentos, fica inviável
realizar um planejamento assertivo. Processo de compras é um dos mais
importantes dentro do empreendimento, caso não seja planejado com
antecedência, fica refém de mecanismo de logística e outros procedimentos,
com o atraso acaba-se pagando mais caros nos materiais, diz Noventati
(2017).
Na imagem 03 apresenta um exemplo de como é elaborada uma
planilha de orçamento, descritos em todas as colunas o que é necessário para
um resultado positivo e organizado a sua planilha final.
Imagem 03: Planilha de orçamento

7. BDI

7.1. O QUE É BDI?

O termo BDI vem do inglês Budget Difference Income, que no Brasil foi
traduzido como Benefícios e Despesas Indiretas. No cálculo do preço final, o
BDI é um componente adicional aos custos diretos.
Para chegar ao BDI é preciso apurar uma série de elementos atrelados
ao preço da construção. Por isso é fundamental ter uma boa gestão de obras, o
que assegura que não haja distorção de valores ou informações.
Os elementos necessários no cálculo do BDI são:
 Administração Central (AC) — despesas com a estrutura administrativa
da empresa, como aluguel, recursos humanos, serviços de
telecomunicações etc;
 Custo Financeiro (CF) — é uma estimativa do quanto o capital investido
na obra renderia caso estivesse aplicado no mercado financeiro (uma
das referências usadas nesse caso é o rendimento do CDB);
 Seguros (S) — é o percentual (cerca de 0,6%) sobre o total da obra, que
deve ser reservado como seguro básico;
 Garantias (G) — é a taxa de caução, seguro garantia, fiança bancária ou
títulos da dívida pública;
 Margem de Incerteza (MI) — representa custos com imprevistos não
cobertos por seguros;
 Tributos Municipais (TM) — taxa relativa ao Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza (ISSQN) e outros tributos municipais;
 Tributos Estaduais (TE) — compreende o percentual dos tributos
estaduais, como o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS), quando houver;
 Tributos Federais (TF) — entram as contribuições para os Programas de
Integração Social (PIS) e para o Financiamento da Seguridade
Social (Cofins), por exemplo;
 Margem Bruta de Contribuição (MBC) — é a lucratividade prevista para
o projeto.

7.2. COMO É FEITO O CÁLCULO DO BDI?

Todos os elementos apresentados acima são incluídos na fórmula usada


para chegar ao BDI, que resultará em um percentual a ser utilizado na
composição de preço. Confira a estrutura do cálculo:

BDI=
[( ( ( 1+ AC +CF+ S+ MI )
1−M −TE−TF−MBC−G ) ) ]
−1 ∗100

7.3. COMO USAR O BDI NO ORÇAMENTO

O BDI é a ferramenta ideal para fechar o preço final dos serviços


considerando a realidade econômica do momento e os diferenciais da obra.
Para aplicá-lo no orçamento, utilize a fórmula abaixo:

Preço de venda=Custo direto∗ ( 1+100BDI )


7.4. POR QUE É IMPORTANTE

Todo empreendimento de Engenharia apresenta custo direto de


produção e custo indireto. Acrescendo ao custo direto o percentual relativo ao
custo indireto que incide sobre o projeto, somado ao lucro, impostos e
despesas indiretas, extrai-se o preço de venda do serviço.
Esse preço de venda nunca se repete, variando em função do
planejamento do empreendimento, da sua localização, das características
administrativas diferenciadas das empresas ou órgãos contratantes e
contratados, do edital, do tamanho do serviço, da época de execução do
projeto, enfim, de inúmeras variáveis que nunca se repetem identicamente.
Os conceitos e cálculos do BDI na Construção Civil são, portanto,
dinâmicos. Cada orçamentista encontra um preço de serviço diferente dos
demais, daí a importância de definir uma estratégia para calcular o BDI e
chegar a um preço de venda sustentável, ou seja, um preço que esteja dentro
de uma faixa que cubra os custos, dê lucro para a empresa e seja socialmente
justo para a população.

8. CRONOGRAMA DE OBRA

O cronograma de obra é um documento com o planejamento de todas


as etapas da obra; ações e tempo estimado para cada etapa da construção.
Tem como objetivo organizar as etapas de um projeto em categorias,
determinando prazos para cada uma, evitando assim grandes atrasos.
Primeiro deve ser feito uma lista com as atividades que serão
desenvolvidas, em seguida sequencias as atividades, estimar um tempo para
que cada uma seja executada, e em seguida desenvolver o cronograma.
Fazer uma análise listando todas as atividades que serão executadas no
decorrer da obra é fundamental para a organização e planejamento do
empreendimento.
As vantagens de se fazer um cronograma são: Atender os prazos,
controlar os recursos financeiros, programar as compras, contratação de mão
de obra, prevenir conflitos entre as atividades, gerenciar riscos e imprevistos de
natureza externa.
Uma planilha com cada etapa da obra deve ser criada, com as
atividades, o material necessário e os prazos para a conclusão dos trabalhos.
Entre os principais itens que costumam entrar no cronograma de obra podemos
citar:
 SERVIÇOS PRELIMINARES: Locação de maquinas para limpeza e
regularização do terreno, marcação dos recuos e limites sobre o
canteiro...
 FUNDAÇÃO: Cada projeto tem sua fundação e seu custo deve estar
incluso no cronograma, assim como a data para a execução e término.
 ESTRUTURA: O custo da estrutura será de acordo com o sistema
utilizado, que poderá ser: moldada in loco ou pré-fabricadas.
 ALVENARIA: Os custos com a alvenaria variam de acordo com o seu
tipo, podem ser autoportantes ou estruturais, de tijolos ou blocos de
concreto.
 REVESTIMENTOS: Os revestimentos deverão ter os custos
especificados e o tempo determinado para sua colocação.
 PINTURA: Escolha de materiais e seus custos devem ser especificados,
assim como cores e qual tipo de pintura será feito em cada região.
 ESQUADRIAS: Quais as esquadrias serão colocadas, custos e material.
 INSTALAÇÕES: Separar as instalações: elétricas, hidráulicas,
telefônica, entre outas, com os prazos e custos.
 COBERTURA: Especificar o tipo de cobertura que será feito: laje,
telhado, estrutura metálica, entre outras, itens necessários para a
realização da execução da etapa.

Com essas informações todas concluídas fica mais fácil gerenciar a


obra, e quanto mais detalhado o cronograma com a descrição de materiais que
serão utilizados melhor será para a organização da obra. Ficando assim mais
fácil visualizar os resultados e gerenciar as etapas que necessitam maior apoio
para serem concluídas.
9. REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR13.531/95.


BLOG VIVA DECORA PRO. Disponível em:
<https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura/projeto-executivo-de-
arquitetura/>Acesso em: 17 de outubro 2019.

VASCO, Ralph. BDI: o que é e como calcular. 2018. Disponível em:


<http://www.stant.com.br/bdi-o-que-e-e-como-calcular/>. Acesso em: 18 de
outubro de 2019.

THOMÉ, Brenda. BDI na construção civil: o que é e como usar. 2016.


Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/bdi-na-construcao-civil-o-que-
e-como-usar/>. Acesso em: 8 de outubro de 2019.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) - NBR 6492:


Representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro, 1994.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) - NBR 13532:


Elaboração de projetos de edificações - Arquitetura, 1995.

PINHAL. O QUE É ANTEPROJETO?. Terminologias Arquitetônicas. 2014.


Disponível em: <http://www.colegiodearquitetos.com.br/dicionario/2014/05/o-
que-e-anteprojeto/>. Acesso em: 17 de outubro de 2019.

LIMA, Tomás. Memorial Descritivo: O que é e quais tipos existem. Sienge


Platform, 2017. Disponível em: <https://www.sienge.com.br/blog/memorial-
descritivo-o-que-e/>. Acesso em: 17 de outubro de 2019.

LIMA, Tomás. Importância do Memorial Descritivo - O que a NBR 15575 fala


dele. Sienge Platform, 2017. Disponível em:
<https://www.sienge.com.br/blog/memorial-descritivo-nrb-15575/>. Acesso em:
17 de outubro de 2019.
NOVENTATI.Como usar uma planilha de orçamento de obra com eficiência.
90TI, 2017. <https://www.noventa.com.br/blog/orcamento/como-usar-uma-
planilha-de-orcamento-de-obra/>Acesso em 17 de outubro de 2019.

ESTEFAN, Samir.Descubra como montar uma planilha orçamentária na


construção civil. Destino negocio, 2015
<https://destinonegocio.com/br/financas/descubra-como-montar-uma-planilha-
orcamentaria-na-construcao-civil/> Acesso em 17 de outubro de 2019.

TOGAWA, Victor. Anteprojeto, Projeto Básico, Projeto Executivo. 2017


<https://togawaengenharia.com.br/blog/anteprojeto-projeto-basico-projeto-
executivo-e-as-built/ > Acesso em 17 de outubro de 2019.

BRASIL. Instituto Brasileiro de Auditoria de Obras Públicas. Orientação Técnica


OT – IBR 001/2006. Disponível em
<http://www.ibraop.org.br/media/orientacao_tecnica.pdf>. Acesso em 17 out.
2019.

GIULIANO. Cronograma de Obras: Como Prepará-lo de Forma Profissional em


4 Passos. 2015 <http://engenheironocanteiro.com.br/cronograma-de-obras/ >
Acesso em 17 de outubro de 2019.

GIL, Roberto. Cronograma de Obra: Saiba como montar o seu. Artia blog.
2016. <https://artia.com/blog/cronograma-de-obra/ > Acesso em 17 de outubro
de 2019.

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