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DESENHO ARQUITETÔNICO
SUMÁRIO
REFERÊNCIAS ................................................................................................................... 50
No desenho de projeto, assim como no desenho técnico em geral, os formatos dos papéis
são normatizados segundo a NBR 10.068 (Folha de desenho - Leiaute e Dimensões). Devem ser
utilizados os formatos de papel da série A, conforme NBR 10.068, tendo o formato A0 como máximo
e A4 como mínimo, para evitar problemas de manuseio e arquivamento.
De acordo com a NBR 10.068 (Folha de desenho - Leiaute e Dimensões), o formato básico
para desenhos técnicos é o retângulo de área igual a 1 m² e de lados medindo 841 mm x 1189 mm,
isto é, guardando entre si a mesma relação que existe entre o lado de um quadrado e sua diagonal.
Deste formato básico, designado por A0 (A zero), deriva-se a série "A" pela bipartição ou pela
duplicação sucessiva.
Sendo necessário formato fora dos padrões estabelecidos pela série A, recomenda-se a
escolha dos formatos de tal maneira que a largura ou o comprimento corresponda ao múltiplo ou
submúltiplo ao do formato padrão.
As margens do papel são limitadas pelo contorno externo da folha e quadro. Já o quadro
limita o espaço para o desenho.
As margens superior, inferior e direita, bem devem ter dimensões constantes, enquanto a
margem esquerda deve ser maior que as demais, pois serve para ser perfurada e utilizada no
arquivamento.
A parte inferior direita das folhas de desenho deve ser reservada ao carimbo destinado à
legenda. A posição da legenda ou carimbo deve estar dentro do quadro para desenho de tal forma
que contenha a identificação do desenho (número de registro, título, origem, etc.); deve estar situado
no canto inferior direito, tanto nas folhas posicionadas horizontalmente como verticalmente. A
direção da leitura da legenda deve corresponder à do desenho.
De acordo com a NBR 10.068, a legenda deve ter 178 mm de comprimento, nos formatos
A4, A3 e A2, e 175 mm nos formatos A1 e A0.
Conforme a NBR 10.582 (Apresentação da folha para desenho técnico), a folha para o
desenho deve conter: a) espaço para desenho; b) espaço para texto; e, c) espaço para legenda.
Os desenhos podem ser dispostos na ordem horizontal e vertical.
O formato final do dobramento de cópias de desenhos formatos A0, A1, A2 e A3 deve ser o
formato A4, e as cópias devem ser dobradas de modo a deixar visível a legenda, a fim de facilitar o
manuseio, o arquivamento e a identificação das pranchas do projeto. (NBR 12.142 – Dobramento de
cópias)
Efetua-se o dobramento a partir do lado direito em dobras verticais moduladas em 185 mm.
Estes módulos de dimensão igual a 185mm são determinados de maneira a se somar com as
margens no momento do dobramento e totalizarem uma dimensão de 210mm, igual à medida da
largura do papel de formato A4.
Uma vez efetuado o dobramento no sentido da largura, a folha deve ser dobrada segundo a
altura, em dobras horizontais de 297 mm, igual a dimensão de altura da A4.
Quando as folhas de formatos A0, A1 e A2 tiverem de ser perfuradas, para arquivamento,
deve-se dobrar para trás o canto superior esquerdo, para que a parte superior do papel não seja
perfurada.
Para formatos maiores que o formato A0 e formatos especiais, o dobramento deve ser tal
que ao final esteja no padrão do formato A4, utilizando, sempre que possível, a modulação padrão.
Com isso, tem-se as formas de dobramento dos formatos da serie A:
Dobramento do Formato A0
Dobramento do Formato A1
Dobramento do Formato A2
Dobramento do Formato A3
1.2 ESCALA
Na escala natural, o objeto é representado no seu tamanho real. A escala, portanto é de 1:1.
Na redução, o objeto é reduzido em relação ao seu tamanho real. As escalas mais usuais
para redução são: 1/20, 1/25, 1/50, 1/75, 1/100, 1/125, 1/200, entre outras.
E na ampliação, o desenho do objeto é ampliado em relação ao tamanho real do próprio
objeto. As escalas mais utilizadas para ampliação são: 2/1, 5/1, 10/1, 20/1, 50/1, entre outras.
A designação completa de uma escala deve consistir na palavra “ESCALA” (que pode ser
abreviada para “ESC.”), seguida da indicação da relação:
a) ESCALA 1:1, para escala natural;
b) ESCALA X:1, para escala de ampliação (X > 1);
c) ESCALA 1:X, para escala de redução (X > 1).
Segundo a NBR 8196 (Desenho Técnico - Emprego de Escalas), as escalas usadas no
desenho técnico são especificadas conforme a tabela a seguir:
1.3 COTAGEM
desenho à grafite e à tinta (este último aplicado aos desenhos à caneta Nanquim, podendo ser
aplicado ao uso atual que é dados nos softwares CAD). Entretanto, para os casos em que não
estiver claro o uso das cotas, deve-se adotar a NBR 10.126 (Cotagem em Desenho Técnico), que
trata dos mais diversos tipos de cotagem em Desenho Técnico.
Os elementos de cotagem incluem a linha auxiliar, linha de cota, limite da linha de cota e
a cota.
Quanto aos caracteres, a NBR 10.126 define que as cotas devem ser apresentadas no
desenho em caracteres com tamanho suficiente para garantir completa legibilidade, sendo as letras
e algarismos escritas conforme o letreiro técnico. A NBR 6492 complementa definindo que os
caracteres devem ter 3mm de altura, e o espaço entre estes e a linha de cota deve ser de 1,5mm.
Segundo a NBR 6492, quando a dimensão a cotar não permitir a cota na sua espessura, colocar a
cota ao lado, indicando seu local exato com uma linha.
Os parâmetros estabelecidos pela NBR 6492 para o uso de cotas em Desenho Arquitetônico
determinam que as linhas de cotas devam estar sempre fora do desenho, salvo em casos de
impossibilidade.
A disposição da cotagem pode ocorrer, segundo a NBR 10.126, no formado em cadeia, por
elemento de referência, por coordenada ou combinada. No caso do desenho arquitetônico, o tipo de
disposição utilizada é em cadeia, como exemplo a seguir.
Geralmente ocorrem duas linhas de cotagem no desenho arquitetônico, sendo uma primeira
dos elementos menores, e uma segunda com as medidas gerais que são resultantes do somatório
destas primeiras. Ressalta-se que as cotas maiores deverão ser colocadas por fora das menores
evitando o cruzamento de linhas.
Segundo a NBR 10.126, toda cotagem necessária para descrever uma peça ou componente,
clara e completamente, deve ser representada diretamente no desenho, e a cotagem deve ser
localizada na vista ou corte que represente mais claramente o elemento. Seguindo esta linha de
raciocínio, a NBR 6492 define que nos cortes sejam cotadas apenas as medidas referentes às
alturas, já que as demais dimensões do objeto são representadas em planta. Já nas fachadas, não
são utilizadas cotas, pois, as medidas das alturas já devem estar cotadas no corte, entretanto, pode
vir representada na fachada a cota de nível demarcando a diferença de pavimentos.
A NBR 6492 também determina que sejam evitadas a duplicação de cotas.
A cotagem do desenho arquitetônico prioriza o dimensionamento dos elementos construídos
e depende da fase do projeto, do nível de detalhamento, e dos objetivos de cada fase. Em geral, nos
2 DESENHO ARQUITETÔNICO
2.1.2 ANTEPROJETO
Após a aprovação da idéia inicial pelo cliente, os estudos preliminares são desenvolvidos em
nível de desenho técnico e atingem a fase de anteprojeto. As dimensões e áreas de todos os
ambientes são definidas, assim como também é determinado, de uma maneira geral, o sistema
estrutural e de instalações, e demais características construtivas.
Portanto, esta fase consiste na definição do partido arquitetônico e dos elementos
construtivos, considerando os projetos complementares (estrutura, instalações, etc.). Nesta etapa, o
projeto deve receber aprovação final do cliente. (NBR 6492)
Para esta fase são desenvolvidas as plantas baixas de todos os pavimentos, a planta de
situação, locação e coberta, cortes e fachadas, todos com escalas determinadas, e ainda maquetes
e perspectivas.
O objetivo geral desta etapa é passar a idéia inicial do projeto para a linguagem de desenho
técnico e definir o partido arquitetônico.
Em geral, esta planta é desenhada na escala de 1:500, 1:1000 ou 1:2000 e abrangem áreas
relativamente extensas.
O projeto arquitetônico é composto por diversas plantas baixas, sendo uma planta para cada
tipo de pavimento contido na edificação. Ou seja, um projeto pode conter plantas baixas do
pavimento subsolo, térreo, mezanino, pavimento-tipo, entre outros.
A planta baixa é um dos desenhos que apresenta mais informações do projeto, por isto,
geralmente é representada na escala 1:50, 1:75 ou 1:100.
2.2.4 CORTES
Na maioria dos casos, as plantas não são suficientes para mostrar as divisões internas de
um projeto de arquitetura. Para melhor definir os espaços internos são necessários os cortes.
Os cortes são secções geradas por um plano secante vertical que divide a edificação em
duas partes, seja no sentido longitudinal, seja no transversal.
O corte deve ser disposto de forma que o desenho mostre o máximo possível de detalhes
construtivos. Pode haver deslocamentos do plano secante onde necessário, devendo ser
assinalados, de maneira precisa, o seu início e final. (NBR 6492)
O principal objetivo dos cortes é representar as alturas e as divisões horizontais da
edificação. Os cortes devem ser representados preferencialmente na mesma escala em que foram
desenhadas as plantas baixas, escala 1:50, 1:75 ou 1:100.
Vale ressaltar alguns elementos que estão presentes nos cortes que estão apresentados na
figura a seguir. É importante definir a diferença entre o conceito de pé direito e pé esquerdo, sendo o
primeiro a altura determinada pela distância entre o piso e o fundo do forro, ou fundo do início da
cobertura; enquanto o pé esquerdo se refere à altura entre pisos de pavimentos consecutivos.
2.2.6 DETALHES
Os detalhes são representações gráficas de todos os pormenores necessários, em escala
adequada, para um perfeito entendimento do projeto e para possibilitar sua correta execução.
Os detalhes podem ser apresentados no projeto em formato de planta, corte, elevação, ou
até em forma de perspectiva.
2.3.1 PAREDES
No desenho de projetos as paredes são representadas por linhas cheias (ou contínuas)
sendo grossas quando estão cortadas, e finas quando estão em vista, ou seja, quando estão além
do plano de corte. No caso da Planta Baixa, geralmente são representadas por linhas grossas as
paredes altas, e por linhas mais finas, as paredes baixa, como por exemplo, o muro. A apresentação
de paredes baixas em planta pode também vir acompanhada de uma linha de chamada com texto
indicando a altura daquela determinada parede, para facilitar a leitura e compreensão da edificação.
Isto normalmente ocorre na identificação das alturas de parapeitos, corrimãos e platibandas. Vale
ressaltar que esta altura apresentada em planta também é representada em corte, se houver algum
corte que passe por esta parede.
Os tipos mais comuns de portas, quanto ao seu movimento, são: de giro, de correr (ou
corrediça), sanfonada (ou pantográfica), pivotante, basculante ou de enrolar (de rolo).
E os tipos mais comuns de janelas são: pivotante, de correr (ou corrediça), de guilhotina e
basculante. Vale ressaltar que a janela quando está acima do plano de corte que gera a planta baixa
(1,50m) é chamada de JANELA ALTA. No caso da janela alta, as linhas da janela são representadas
em tracejado e as linhas da parede não são interrompidas, isto porque o que ocorre é que o plano
de corte que gera a planta baixa está cortando a parede, mas não está cortando a janela, portanto, a
parede é representada cortada, com linhas cheias grossas, e a janela em tracejado.
largura e altura, nesta ordem. Enquanto as janelas são apresentadas pelas dimensões de largura,
altura e peitoril (altura da parede inferior à janela), conforme apresentado na figura a seguir.
Como a planta baixa é gerada por um corte horizontal a 1,50m de altura do piso, a
representação das rampas e escadas acima da altura de 1,50m é apresentada em projeção,
portanto, utilizando o traço do tipo tracejado, como pode ser visualizado na figura a seguir.
Toda escada, antes de ser desenhada, deve passar por um dimensionamento, para que
possibilite o uso confortável e contínuo por parte do usuário. De acordo com a NBR9050, que trata
da acessibilidade, devemos seguir os seguintes parâmetros antes de dimensionar uma escada:
a) pisos (p): 0,28 m < p < 0,32 m;
b) espelhos (e) 0,16 m < e < 0,18 m;
c) 0,63 m < p + 2e < 0,65 m.
Obs. 01: Pisos são os planos horizontais da escada, que usamos para colocar os pés; enquanto que
os Espelhos são os planos verticais, conhecidos popularmente como batentes.
Obs 02.: As dimensões dos pisos e espelhos devem ser constantes em toda a escada;
Outra forma de circulação vertical bastante comum é o elevador. Sua representação consiste
num poço (ou fosso) fechado com portas em cada pavimento de parada do elevador. O poço tem
início abaixo do nível do piso do pavimento térreo, onde se concentra o maquinário de
amortecimento do elevador. E na maioria dos casos, ocorre também a casa de máquinas acima do
último pavimento de parada do elevador, onde se situa o maquinário responsável pelo movimento
do elevador. Usualmente também são representadas as cabines de elevador em planta baixa
(conforme apresentado na figura a seguir), e em alguns casos, também em corte.
Mecanicamente falando, a título de curiosidade, a maioria das cabines das PDV’s possui,
hoje em dia, acionamentos simplificados os quais exigem que o usuário fique com o botão do
pavimento aonde deseja ir pressionado continuamente. Essa tarefa é bem mais complicada que a do
acionamento de um elevador, por exemplo, quando precisamos apenas apertar uma única vez no
botão referente ao andar de destino.
Outros elementos que podem ser representados no projeto arquitetônico são os móveis.
Geralmente o mobiliário é representado no projeto em nível de estudo preliminar, anteprojeto e até
mesmo projeto legal. A importância da representação do mobiliário se justifica como forma de
apresentação mais completa da disposição dos ambientes e dos elementos que os compõem, mas,
também funciona como auxílio à elaboração dos projetos complementares, especialmente dos
projetos de instalações. Por exemplo, se o projeto expõe a representação do fogão, é possível
identificar onde deverá ser instalado o encanamento de gás.
No projeto executivo de arquitetura, o mobiliário é pouco utilizado já que representa objetos
que são colocados depois da construção da obra, portanto, são indiferentes à execução da
edificação.
2.3.5 COBERTURA
As coberturas são representadas no Projeto Arquitetônico na Planta de Cobertura ou
Coberta. A cobertura é a parte superior da construção e serve de proteção contra o sol, chuva, etc.
Em Planta Baixa a cobertura é indicada pela projeção do beiral. Como o telhado está acima
do plano de corte que gera a Planta Baixa (a 1,50m de altura), a cobertura é demarcada pela linha
tracejada que circunda a edificação e representa onde o telhado se projeta. Já em Planta de
Cobertura, também é indicada a projeção dos limites da edificação que se encontram abaixo do
telhado, conforme apresentam as figuras a seguir.
A edificação pode ser coberta por superfícies planas em forma de telhados ou lajes
impermeabilizadas, ou por superfícies curvas em formato de abóbodas, cúpulas, cascas, etc.
Quando a cobertura é composta por telhados, devem ser representadas as águas do telhado
acompanhadas de setas que indicam o seu caimento, e de textos que explicitam o tipo de telha e a
sua inclinação. Esta inclinação pode ser dada em graus, no entanto, geralmente é definida em
porcentagem e se refere à relação entre a altura do telhado e o comprimento do vão, como pode ser
entendido pelas figuras a seguir.
O modelo tradicional que conhecemos de cobertura é aquele que possui o telhado aparente,
ou seja, conseguimos ver as telhas quando olhamos de fora da edificação.
Contudo, existem vários outros tipos de cobertura que podem ser utilizadas nos projetos.
Entre os tipos alternativos mais comuns estão a “laje impermeabilizada” e a “cobertura com
platibanda”.
A laje impermeabilizada é um tipo de cobertura composta apenas por um tipo qualquer de
laje com a aplicação de uma camada impermeabilizante por cima dela. Sua representação em corte
é feita apenas com o desenho das duas linhas que compõem uma laje cortada, além da indicação
em texto de que trata-se de uma laje impermeabilizada.
A cobertura com platibanda contém telhas maiores
LAJE IMPERMEABILIZADA
PLATIBANDA
TETO JARDIM
CALHAS
RUFOS´
Caixa D’água
A caixa d’água também é indicada em Planta Baixa em projeção, sendo representados,
através de linha tracejada, os limites internos da caixa d’água e em linhas diagonais também
tracejadas acompanhadas de um texto que explicita que a projeção remete-se à caixa d’água.
Atualmente, o mercado da construção civil utiliza predominantemente dois tipos de caixas
d’água: a de alvenaria, onde a água fica armazenada entre paredes da própria edificação, e na parte
interna dessas paredes é feito um serviço de impermeabilização.
A caixa d’água de alvenaria vem caindo em desuso atualmente em razão dos problemas
constantes que ocorrem com infiltrações na casa. A infiltração ocorre quando o serviço de
impermeabilização não foi realizado corretamente, ou quando não há manutenção na camada
impermeabilizante. O que ainda faz com que a mesma ainda seja utilizada é a liberdade de formato
que ela proporciona, uma vez que o projetista pode dar o formato que ele quiser à caixa d’água,
diferente das que são de fibra, que obedecem a dimensões de fábrica pré-determinadas e não
flexíveis a modificações.
O segundo tipo de caixa d’água é aquela fabricada em fibra de vidro. Inicialmente foi
bastante utilizada em casas populares, devido ao seu baixo custo e facilidade de montagem.. Com o
passar do tempo, seu uso passou a ser incorporado em todo o tipo de edificação, seja ela prédios
de apartamentos ou edifícios de uso comercial.
Para calcular quanto deve ter o volume da caixa d’água de uma edificação, é preciso estimar
quanto de água será consumido diariamente pelas pessoas que a ocuparão no futuro. O mesmo
cálculo vale para a caixa d’água em Fibra de Vidro e Alvenaria. Em edificações residenciais, que é o
nosso exemplo mais recorrente, a estimativa de consumo de água ocorre em função do número de
pessoas que ocupa cada dormitório/quarto da unidade residencial. Além disso, deve-se contar com
uma reserva de dois dias, para o caso de falta de água da rede pública de abastecimento. Para
residências pequenas, é comum estabelecer um consumo diário por pessoa de 150 litros. Quando
estamos falando de edifício de apartamentos, esse número sobe para 200 litros por pessoa.
Por exemplo, se uma casa possui 06 moradores, o seu consumo dar-se-á pelo cálculo a
seguir:
RESIDÊNCIA: 6 (pessoas) x 150 (litros/pess.) x 2 (dias) = 1.800 litros (1,8m³)
APARTAMENTO: 6 (pessoas) x 200 (litros/pess.) x 2 (dias) = 2.400 litros (2,4m³)
Indicação do Norte
As representações de projeto do tipo PLANTA (Planta Baixa, Planta de Cobertura, Planta de
Situação, Planta de Locação) devem vir acompanhadas da indicação do Norte. O Norte é
representado através de uma seta, geralmente estilizada, que aponta para o Norte. A representação
também pode vir no formato de rosa-dos-ventos, sendo apresentados também os demais pontos
cardeais. O Norte a ser representado pode ser o chamado Norte Verdadeiro, ou para o Norte
Magnético (NM), ou ainda pode vir a representação do Norte Verdadeiro e do chamado Norte do
Projeto (NP), que seria a indicação da posição relativa entre os desenhos constituintes do projeto,
neste caso, a seta do Norte do Projeto se posiciona conforme a posição da edificação, como
apresentado na figura a seguir.
Indicação de cortes
Os cortes são demarcados em Planta por símbolos denominados de chaves de corte. O
formato mais convencional da chave de corte é apresentado por uma circunferência e uma seta
preenchida, onde na circunferência são inseridas as indicações do número do desenho, no caso o
corte, e o número da prancha onde se encontra aquele corte, conforme apresentado na figura a
seguir. A direção da seta sempre indica a direção de visão utilizada para gerar aquele corte. E
quando o desenho do corte for apresentado na mesma prancha da planta, o local designado para
identificar o número da prancha deve ficar vazio.
A indicação do corte pode ser apresentada apenas pela chave de corte colocada no limite
do desenho da Planta, ou ainda pode vir com a chave de corte nas extremidades do desenho e uma
linha do tipo traço-ponto unindo as duas chaves de corte e, portanto, passando por toda a planta.
Vale ressaltar que o corte também pode fazer um desvio. Neste caso, onde houver mudança de
direção do corte, esta deve ser indicada com linha do tipo traço-ponto grossa, destacando a
mudança de direção que irá gerar o desenho do corte.
A marcação da linha de corte deve ser suficientemente forte e clara para evitar dúvidas e
mostrar imediatamente onde ele se encontra.
Indicação de detalhes
A indicação de detalhes ocorre quando se quer demarcar um elemento que será
posteriormente será esmiuçado em um desenho nomeado de DETALHE, que quase sempre se
apresenta numa escala maior do que aquela onde o elemento foi representado originalmente. A
indicação de um detalhe é feita se destacando e delimitando o determinado elemento que será
detalhado, e apresentando uma circunferência onde se insere o número do desenho, no caso o
Detalhe, seguido do número da prancha onde está apresentado este desenho, conforme
apresentado nas figuras a seguir.
Cotas de nível
As cotas de nível apresentam os níveis de piso da edificação. Elas são representadas em
Planta Baixa e em Corte, e também podem vir externos às Fachadas indicando os níveis de piso dos
pavimentos.
Em Planta Baixa e em Corte, a cota de nível deve vir independente para cada ambiente. O
símbolo utilizado para cota de nível em Planta Baixa é a circunferência dividida em quadrantes e
preenchida em dois destes quadrantes diagonais um ao outro, seguido de uma linha e uma
numeração que corresponde à cota de nível do piso. E no Corte, o símbolo utilizado é a seta dividida
em duas partes, sendo uma destas preenchida, além da linha horizontal onde se insere a cota de
nível. A seta se direciona e toca o piso representado. No caso de anteprojeto e projeto legal, as
cotas de nível indicam apenas o nível acabado do piso. Já no caso do projeto em nível de execução,
são indicadas duas cotas: nível acabado (N.A.), que fica indicado acima da linha de cota; e nível de
osso (N.O.), que fica indicado abaixo da linha de cota. Também nos cortes e nas fachadas, a cota de
nível pode ser apresentada externamente ao desenho da edificação, no formato de seta ou
circunferência, indicando o nível acabado do piso de cada pavimento, sendo indicado o pavimento
logo abaixo da linha de cota, conforme apresentado na figura a seguir.
3.4 CORTES
3.5 FACHADAS
Após ter desenhado tudo, para finalizar as pranchas, basta apenas escurecer as margens e
fazer o carimbo. Devem ser feitas, nas margens, as marcas onde o papel deverá ser dobrado.
No carimbo devem-se indicar as seguintes informações:
Identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto;
Autoria do desenho e do projeto;
Identificação do cliente;
Nome do projeto ou do empreendimento;
Endereço do projeto;
Título do desenho (Assunto da prancha);
Indicação seqüencial do projeto (números das pranchas);
Escalas;
Data.
Vale ressaltar que quando o projeto é composto por várias pranchas, elas são numeradas na
seguinte ordem:
1- Situação;
2- Locação e Coberta;
3- Planta Baixa;
4- Cortes;
5- Fachadas.
Finalizando o carimbo, as margens e marcas, basta apenas dobrar as pranchas em tamanho
A4 e entregar o projeto.
REFERÊNCIAS
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8403 – Aplicação de linhas em desenhos
– Tipos de linhas - Larguras das linhas. 1984.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10068 – Folha de Desenho – Leiaute e
dimensões. 1987.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10126 – Cotagem em desenho técnico.
1987.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10582 – Apresentação da folha para
desenho técnico. 1988.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 6492 – Representação de projetos de
arquitetura. 1994.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8402 – Execução de caracter para escrita
em desenho técnico. 1994.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8196 – Desenho técnico - Emprego de
escalas. 1999.
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13142 – Desenho técnico - Dobramento
de cópia. 1999.
MONTENEGRO, Gildo A. Desenho Arquitetônico. São Paulo: Edgard Blücher, 2001.
MONTENEGRO, Gildo A. Ventilação e Cobertas. Estudo teórico, histórico e descontraído. São
Paulo: Edgard Blücher, 1984.
NEUFERT, Ernst. A arte de projetar em arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili, 1974.
PRONK, Emile. Dimensionamento em Arquitetura. João Pessoa: Ed. Universitária – UFPB, 1987.
ACESSIBILIDADE