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Brazilian Journal of Development 29481

ISSN: 2525-8761

Aplicação das plantas nativas do Cerrado para o desenvolvimento de


fitocosméticos e preservação do bioma: uma revisão da literatura

Application of Cerrado’s native plants for the development of


phytocosmetics and biome preservation: a literature review
DOI:10.34117/bjdv9n11-013

Recebimento dos originais: 02/10/2023


Aceitação para publicação: 07/11/2023

Grazielle Nunes Santi


Graduanda em Ciências Biológicas
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Endereço: Av. Dom Antônio, 2100, Parque Universitário, Assis - SP, CEP: 19806-900
E-mail: grazielle.santi@unesp.br

Jacqueline Galhardo de Lima Risonho


Graduada em Engenharia Biotecnológica
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Endereço: Rua 15 de novembro, 644, Santana de Parnaíba - SP, CEP: 06501-145
E-mail: jacqueline.galhardo@gmail.com

Julia Amanda Rodrigues Fracasso


Doutoranda em Ciências
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Endereço: Rod. Mal. Rondon, s/n, Jardim Nova Yorque, Araçatuba - SP,
CEP: 16066-840
E-mail: j.fracasso@unesp.br

Luísa Taynara Silvério da Costa


Doutoranda em Ciências
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Endereço: Rod. Mal. Rondon, s/n, Jardim Nova Yorque, Araçatuba - SP,
CEP: 16066-840
E-mail: luisa.silverio@unesp.br

Lucinéia dos Santos


Doutora em Ciências
Instituição: Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”
Endereço: Av. Dom Antônio, 2100, Parque Universitário, Assis - SP, CEP: 19806-900
E-mail: lucineia.santos@unesp.br

RESUMO
A flora do Cerrado é classificada como a savana mais rica do mundo, apresentando
milhares de espécies de plantas vasculares das quais muitas são endêmicas do bioma.
Entretanto, ao longo dos anos, o Cerrado vem sofrendo grande degradação e o
desmatamento de seu ambiente, o que tem impactado negativamente na sua
biodiversidade. Desta forma, é notória a busca por estratégias que visem a valorização
das espécies vegetais do Cerrado e consequentemente a sua preservação. Uma alternativa

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viável faz relação ao uso sustentável dos princípios ativos presentes nas plantas do
Cerrado para o desenvolvimento de formulações fitocosméticas. Nesta direção, por meio
de uma revisão bibliográfica, este artigo teve como objetivo elencar as plantas nativas do
Cerrado que possuem compostos fitoquímicos possíveis de serem utilizados no
desenvolvimento de novos fitocosméticos. Para tanto, um levantamento bibliográfico foi
realizado por meio das principais bases de dados de busca avançada: Google Scholar,
Pubmed, Scielo, Springer e Science Direct, dentro do recorte temporal dos anos de 2012
a 2022, com o uso das seguintes palavras-chave: plantas nativas, Cerrado, cosméticos,
fitocosméticos e conservação. Como resultado, foram selecionados 42 trabalhos
científicos contendo informações sobre a possível aplicação de 18 espécies de plantas
nativas do Cerrado em formulações cosméticas, das quais as espécies encontradas
pertenciam a 13 famílias botânicas diferentes. Em adição, foram descritas as partes das
plantas utilizadas nos diferentes estudos, como caule, raiz, folhas, frutos e até mesmo os
extratos e óleos obtidos das mesmas. As propriedades farmacológicas consideradas foram
as de antissinais, antissépticas, cicatrizantes, fotoprotetoras, clareadoras de manchas e
promotoras de limpeza. Diante dos resultados encontrados, é possível concluir que a
valorização e o uso sustentável das espécies do Cerrado no desenvolvimento de
fitocosméticos constitui-se de uma importante ferramenta para a preservação desse
bioma. Contudo, é evidente a necessidade da realização de novas pesquisas
etnofarmacológicas, uma vez que ainda existem muitas espécies não identificadas e
catalogadas que podem apresentar compostos bioativos de interesse para a Cosmetologia.

Palavras-chave: fitocosméticos, Cerrado, biodiversidade, sustentabilidade.

ABSTRACT
The Cerrado flora is classified as the richest savannah in the world, featuring thousands
of species of vascular plants, many of which are endemic to the biome. However, over
the years, the Cerrado has suffered great degradation and deforestation of its environment,
which has negatively impacted its biodiversity. In this way, the search for strategies aimed
at valuing Cerrado plant species and consequently their preservation is notable. A viable
alternative relates to the sustainable use of active ingredients present in Cerrado plants
for the development of phytocosmetic formulations. In this direction, through a
bibliographical review, this article aimed to list the plants native to the Cerrado that have
phytochemical compounds that can be used in the development of new phytocosmetics.
To this end, a bibliographical survey was carried out using the main advanced search
databases: Google Scholar, Pubmed, Scielo, Springer and Science Direct, within the time
frame of the years 2012 to 2022, using the following keywords: native plants, Cerrado,
cosmetics, phytocosmetics and conservation. As a result, 42 scientific works were
selected containing information on the possible application of 18 species of plants native
to the Cerrado in cosmetic formulations, of which the species found belonged to 13
different botanical families. In addition, the parts of the plants used in the different studies
were described, such as stem, root, leaves, fruits and even the extracts and oils obtained
from them. The pharmacological properties considered were anti-aging, antiseptic,
healing, photoprotective, stain lightening and cleaning promoting properties. Given the
results found, it is possible to conclude that the valorization and sustainable use of
Cerrado species in the development of phytocosmetics constitutes an important tool for
the preservation of this biome. However, the need to carry out new ethnopharmacological
research is evident, since there are still many unidentified and cataloged species that may
present bioactive compounds of interest to Cosmetology.

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Keywords: phytocosmetics, Cerrado, biodiversity, sustainability.

1 INTRODUÇÃO
A utilização de espécies vegetais tem uma história milenar, sendo estas
incorporadas em diversas áreas, como na medicina, na alimentação e mais recentemente
na cosmética (MAGALHÃES et al., 2021). Esses usos se justificam em razão dos
diferentes metabólitos secundários que estão presentes nas plantas e que apresentam
inúmeras propriedades, tais como: antioxidantes, anti-inflamatórias, anticancerígenas,
entre outras (ALLEGRA, 2019; PARRON et al., 2022; PIMENTEL et al., 2022).
O Brasil é detentor da maior biodiversidade do mundo, com uma imensa flora
medicinal nativa. Porém, pouquíssimo se sabe a respeito das propriedades farmacológicas
e toxicológicas de suas plantas. Neste contexto, o Cerrado, segundo maior bioma
brasileiro, é considerado a savana mais rica do mundo, abriga muitas espécies de plantas
cujas propriedades terapêuticas são desconhecidas cientificamente. No entanto, a
exploração excessiva do Cerrado pela agricultura e pecuária e a constante degradação
ambiental ameaçam a sustentabilidade desse bioma e a preservação de suas espécies
vegetais (ARRUDA et al., 2022). Diante desse panorama, a utilização de princípios ativos
das plantas do Cerrado pela indústria cosmética se apresenta como uma importante
ferramenta para promover a preservação de suas espécies vegetais (CAIXÊTA, 2014;
CORRADI, 2012; PANONTIN, 2021; PANONTIN, 2022).
No mercado global, o uso sustentável e a valorização da biodiversidade brasileira
por meio da produção de fitocosméticos se destaca por sua importante contribuição para
a conservação do meio ambiente (GOMES; LOBO, 2020). Por essa razão, visando a
preservação do Cerrado, este estudo teve por objetivo analisar, por meio da literatura
científica, as pesquisas realizadas nos últimos dez anos, que comprovaram a presença de
metabólitos secundários nas plantas nativas desse bioma e que podem ser empregados no
desenvolvimento de novos fitocosméticos.

2 METODOLOGIA
A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão retrospectiva da literatura,
utilizando fontes primárias e secundárias de bases de dados científicos, como Google
Scholar, Pubmed, Scielo, Springer e Science Direct, no período de 2012 a 2022. As
palavras-chave utilizadas foram: plantas nativas, Cerrado, cosméticos, fitocosméticos e

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conservação. A seleção das publicações foi baseada na validação das espécies como
nativas do Cerrado e na verificação da inclusão dos municípios pertencentes ao bioma.
Além disso, foi investigada a situação de ameaça de extinção das espécies e preservação.
Em seguida, foram identificadas as espécies nativas do Cerrado e as famílias botânicas.
Por fim, as espécies vegetais de interesse para o desenvolvimento de fitocosméticos foram
agrupadas de acordo com as propriedades descritas na literatura: fotoprotetora,
cicatrizante, antienvelhecimento, clareadora de pele e antisséptica, bem como, foram
identificados os metabólitos secundários presentes nas espécies vegetais que justificam o
seu uso.

3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A pesquisa bibliográfica, por meio dos critérios acima estabelecidos, permitiram
a identificação de 18 publicações referentes a estudos realizados com plantas nativas do
Cerrado, das quais as espécies descritas foram obtidas em 16 municípios, sendo 15
pertencentes aos Estados em que o bioma majoritário é o Cerrado, a saber: Goiás, Mato
Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo, Maranhão e Distrito Federal; e apenas
uma delas localizada no Estado do Ceará, em uma zona de transição entre o Cerrado e a
Caatinga.
De todas as espécies identificadas, nenhuma encontra-se ameaçada de extinção ou
é considerada rara (BRASIL, 2022). No entanto, duas espécies fazem parte de uma
biodiversidade negligenciada em relação a preservação ambiental, por serem menos
conhecidas, sendo elas: Eugenia dysenterica e Campomanesia adamantium, nesse
sentido a importância do conhecimento de suas propriedades farmacológicas são de
interesse para o desenvolvimento de novas pesquisas (DURIGAN et al., 2018).
O Cerrado é uma das regiões de maior biodiversidade do mundo, e estima-se que
nele existam mais de 7.000 espécies de plantas vasculares, das quais grande parte (44%)
é endêmica (KLINK, MACHADO, 2005). Esse dado mostra o quanto as plantas
medicinais do Cerrado precisam ser estudadas cientificamente, pois nesta revisão foram
encontradas somente 17 espécies de plantas, pertencentes a 13 famílias botânicas
(MEDEIROS, 2011; RIBEIRO et al., 2022) (Quadro 1).

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Quadro 1 – Espécie e família botânica de plantas nativas do Cerrado encontradas em 18 publicações.


Espécie
Família Botânica
Nome Científico Nome popular
Eugenia dysenteri Cagaiteira Myrtaceae
Caryocar brasiliense Pequi Caryocaraceae
Annona crassiflora Araticum Annonaceae
Hancornia speciosa Mangabeira Apocynaceae
Curatela american Cajueiro-bravo Dilleniaceae
Luehea paniculata açoita-cavalo Malvaceae
Byrsonima pachyphylla Murici vermelho Malpighiaceae
Lafoensia pacari Pacari Lythraceae
Campomanesi a xanthocarpa gabiroba-da- folha grande Myrtaceae
Campomanesia adamantium gabiroba Myrtaceae
Mauritia flexuosa Buriti Arecaceae
Hymenaea stigonocarpa Jatobá Fabaceae
Pouteria torta Guapeva Sapotaceae
Mama-cadela
Brosimum gaudichaudii Moraceae
Schinus terebinthifol Aroeira vermelha Anacardiaceae
Stryphnoderon adstringens Barbatimão Fabaceae
Hancornia speciosa Mangabeira Apocynaceae
Fonte: dos autores, 2023.

O Quadro 2 apresenta as espécies vegetais nativas do Cerrado, bem como as partes


utilizadas, que são de interesse para o desenvolvimento de fitocosméticos de acordo com
as propriedades descritas na literatura, tais como: fotoprotetora, cicatrizante,
antienvelhecimento, clareadora de pele e antisséptica. Também, foram identificados os
compostos secundários presentes nas espécies vegetais que justificam o seu uso.

Quadro 2 – Resumo contendo as principais informações das 18 espécies de plantas nativas do Cerrado.
Parte utilizada Compostos
Propriedade Espécie Referências
da planta Bioativos
Extrato das folhas de
Ácido elágico Quercetina Moreira (2013)
cagaiteira Folha
Ácido gálico Moreira et al. (2017)
(Eugenia dysenteri
Caryocar brasiliense Folha FlavonoidesTerpenoides Amaral et al. (2014)
Annona
Folha Fenóis Totais Costa (2017)
Antissinais crassiflora
Chaves et al. (2020)
Fenóis Totais
Hancorniaspeciosa Caule Panontin (2021)
Flavonoides
Panontin (2022)
Extrato das folhas de pequi
Antissépticas Folha Amaral et al (2014)
(Caryocar brasiliense) FlavonoidesTerpenoides
Pereira; Bartolo (2016)
Extrato da polpa do pequi Ácido linolênico Bertolino et al. (2019)
Cicatrizantes Polpa
(Caryocar brasiliense) Ácido linoleico Diniz (2015)
Nascimento et al. (2015)
Compostos fenólicos
Extrato dos resíduos da
Ácido clorogênico
polpa de pequi (Caryocar Polpa Pegorin et al. (2022)
Ácido p- cumérico
brasiliense)
Ácido cumaroilquínico
Óleo do fruto de pequi
Fotoprotetoras Fruto Compostos Fenólicos
(Caryocarbrasiliense) Pegorin et al. (2020)

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Extrato das cascas de


Fenóis Nunes et al.
cajueiro-bravo Casca
Flavonoides (2018)
(Curatela american)
Extrato das folhas de açoita- Fenóis Nunes et al.
Folhas
cavalo (Luehea paniculata) Flavonoides (2018)
Extrato das folhas de murici-
Compostos fenólicos
vermelho Folhas Rodrigues (2020)
totais
(Byrsonima pachyphylla)
Extrato das folhas de pacari
Compostos fenólicos
(Lafoensia Folhas Caixêta (2014)
Flavonoides
pacari)
Extrato das folhas de
gabiroba-da- folha grande
(Campomanesia Compostos fenólicos Catelan
Folhas
xanthocarpa) e de gabiroba Flavonoides et al. (2019)
(Campomanesia
adamantium)
Oliveira
Óleo do fruto de buriti
Fruto Flavonoides et al. (2016)
(Mauritia flexuosa)
Parente et al. (2022)
Extrato das cascas do fruto
Flavonoides Panontin
do jatobá Casca do fruto
Taninos et al. (2020)
(Hymenaea stigonocarpa)
Extrato das folhas de Ácido elágico
Moreira (2013) Moreira
cagaiteira (Eugenia Folhas Quercetina
et al. (2017)
dysenterica) Ácido gálico
Extrato das folhas de Ácido gálico
guapeva Folhas Derivados de catequinas Souza et al.(2012)
(Pouteria torta) Flavonoides
Extrato das folhas de mama-
Compostos fenólicos
cadela Folhas Corradi (2012)
Clareadoras de Umbeliferona
(Brosimum gaudichaudii)
manchas na pele
Extrato das cascas de
Flavonoides
troncos e folhas de aroeira- Cascas de tronco
Taninos Corradi (2012)
vermelha (Schinus e folhas
Compostos fenólicos
terebinthifol)
Extratos das cascas de
troncos e folhas de Cascas de tronco Flavonoides
Corradi (2012)
barbatimão (Stryphnoder e folhas Taninos
on adstringens)
Extrato das folhas de
Agentes de Chaves et al. (2020)
mangabeira Folhas Saponinas
limpeza Panontin (2021)
(Hancornia speciosa)
Fonte: dos autores, 2023.

As plantas nativas do Cerrado analisadas neste estudo e que podem ser utilizadas
como matérias-primas para o desenvolvimento de cosméticos com propriedade
antienvelhecimento foram: Eugenia dysenterica, Caryocar brasiliens, Annona
crassiflora e Hancornia speciosa. Sabe-se que o envelhecimento da pele humana é
afetado por várias vias de sinalização biológica, fatores ambientais e regulações
epigenéticas. Assim, a demanda por cosméticos que apresentem vários ativos tem
aumentado no mercado (YEH et al., 2021).

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Por exemplo, atualmente os cosméticos elaborados para o tratamento do


envelhecimento da pele contêm moléculas ativas que estimulam a regeneração celular e
a produção de células precursoras como: colágeno, fibroblastos, queratinócitos e outras
células presentes na constituição da pele (AMARAL et al., 2014; COSTA, 2017;
MOREIRA, 2013). Nesse contexto, as plantas medicinais por possuirem várias moléculas
ativas, os metabólitos secundários, também podem agregar muito valor às formulações
cosméticas antienvelhecimento.
Deste modo, o extrato das folhas de cagaiteira (Eugenia dysenterica) nos testes in
vitro apresentaram ausência de citotoxicidade e capacidade de inibir a elastase e
colagenase (enzimas cutâneas). Estas atividades foram atribuídas a presença de ácido
elágico, quercetina e ácido gálico (MOREIRA, 2013; MOREIRA et al., 2017). O extrato
das folhas de pequi (Caryocar brasiliense), apresentou potente atividade antimicrobiana
in vitro contra todas as cepas bacterianas sendo elas: Escherichia coli, Pseudomonas
aeruginosa e Staphylococcus aureus testadas. Além disso, exibe propriedades
antioxidantes quando comparado com um padrão de vitamina E (AMARAL et al., 2014).
O extrato de folhas de araticum (Annona crassiflora) foi analisado quanto à
presença de compostos fenólicos, predominantemente taninos condensados, utilizando o
método de vanilina/ácido sulfúrico. O extrato da folha, a 10 mg/mL, apresentou um
conteúdo de 1222 mg/g (mg de proantocianidinas/g de extrato seco) e atividade
antioxidante pelo método DPPH na mesma concentração de 90,42%, revelando resultados
consideráveis (COSTA, 2017).
O extrato do caule de mangabeira (Hancornia speciosa) indicaram ter baixa
citotoxicidade in vitro, em complemento, revelaram uma atividade antioxidante do caule,
o valor de IC50 determinado foi de 28,63 ug/mL, isto devido a presença de fenóis e
flavonoides totais. Posteriormente, foi confeccionada uma formulação cosmética de
sérum enriquecido com o caule, onde os resultados obtidos para Fator de Proteção Solar
(FPS) foram 1,24 para o controle e 1,25 para o sérum (PANONTIN, 2021)
Quanto ao uso de plantas nativas do Cerrado em um fitocosmético para a higiene
pessoal da pele, Amaral (2014) relatou, por meio de testes in vitro, que o extrato das folhas
de pequi (Caryocar brasiliense) quando inseridos na formulação de um sabão líquido e de
uma loção para as mãos conseguiram inibir os microrganismos Escherichia coli,
Pseudomonas aeruginosa e Staphylococcus aureus. Essas atividades foram atribuídas a
presença de flavonoides e terpenoides presentes no extrato. O autor também descreve em
seu trabalho que os cosméticos com propriedades antissépticas para promoverem a real

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limpeza da pele precisam ter efetividade no combate aos microrganismos (AMARAL et


al., 2014).
O óleo de pequi é conhecido por seu potencial antioxidante e anti-inflamatório
devido à presença de ácidos graxos especiais. Rico em ácido oleico e palmítico, esse óleo
tem demonstrado propriedades que ajudam a combater processos inflamatórios e proteger
as células contra o estresse oxidativo. Sua aplicação na indústria cosmética tem sido
estudada devido aos benefícios para a saúde e beleza da pele (DINIZ, 2015).
Nesse sentido, o uso do óleo obtido do fruto do pequi para o tratamento do pequi
foi relatado em 4 artigos científicos. De acordo com Nascimento et al. (2017) o óleo da
polpa do pequi foi utilizado na cicatrização da pele de ratos incisionados e suturados,
onde foi notado que o óleo influenciou na cicatrização da pele, conferindo maior
resistência mecânica ao tecido lesionado devido ao aumento da produção de colágeno
tipo I, diminuindo o tempo de reparo cicatricial.
Diniz (2015) em sua pesquisa apresentou dados que a aplicação do óleo de pequi
associado em formulações em processos de estresse oxidativo associado a inflamação. O
seu efeito anti-inflamatório foi comprovado, isto pela metodologia de avaliação in vivo
intitulada edema de pata, a partir da 2 hora de indução do edema, observou-se a diferença
de redução do edema significativamente. Por tanto, foi constatado que o óleo pode ser
potencializado quando este é inserido em uma formulação em forma de microemulsão.
Em complemento, Bertolino (2019), o uso do óleo da polpa do pequi no processo
de cicatrização de feridas está associado ao alto teor de ácidos graxos insaturados que o
compõem e que atuam acelerando os eventos celulares, fisiopatológicos e bioquímicos.
Em complemento o autor informa que os ácidos graxos insaturados agem como
mediadores pró-inflamatórios, estimulando a síntese de fatores de crescimento, além de
favorecer a neovascularização do tecido lesionado e a fibroplasia. Os ácidos graxos de
maior importância no processo de cicatrização seriam o ácido linolênico e o linoleico.
O ácido linoleico seria essencial na regulação da síntese de colagenase, pela
quimiotaxia de macrófagos, em adição, auxiliaria no debridamento autolítico da ferida,
induzindo a granulação e aumentando o processo de cicatrização. O ácido linolênico
promoveria a quimiotaxia, ampliando o processo de granulação tecidual ajudando a
cicatrização da ferida e aumentando a angiogênese. Esse ácido também apresentaria a
função de imunógeno local, protegendo a lesão de possíveis danos causados por agentes
infeciosos como S. aureus, agentes químicos e enzimáticos (BERTOLINO et al., 2019).
A capacidade de fotoproteção dos extratos vegetais, está associada a existência de

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metabólitos secundários que possuem atividade antioxidante, como os compostos


fenólicos, especialmente os flavonoides (CAIXÊTA, 2014; CATELAN et al., 2019).
Neste estudo, foi observado que os extratos vegetais e os óleos de plantas nativas do
Cerrado também podem ser utilizados para produzir protetores solares, uma vez que
apresentam fator de proteção solar contra os raios UVA, UVB e UVC (NUNES et al.,
2018; PEGORIN et al., 2020; RODRIGUES, 2020).
Um extrato a ser citado é o extrato do resíduo da polpa de pequi. Este quando
inserido em uma formulação em forma de creme demonstrou nos testes in vitro um FPS
de 26,50, sendo este resultado maior do que o apresentado pelo protetor solar sintético.
Também, neste mesmo estudo foi quantificada no extrato a presença de ácido clorogênico,
ácido p-cumárico e ácido cumaroilquínico e a formulação contendo o extrato não
apresentou citotoxicidade in vitro (PEGORIN et al., 2022).
No entanto, além do extrato do resíduo do pequi, o óleo obtido deste mesmo fruto
também foi utilizado em uma formulação cosmética em forma de creme, e os testes in
vitro revelaram que a formulação não apresentou citotoxicidade in vitro, elevada
atividade antioxidante e um FPS de 11,40 quando comparado a um fotoprotetor padrão,
provavelmente decorrente da presença de compostos fenólicos (PEGORIN et al., 2020).
Outros extratos com características semelhantes de fotoproteção são os das cascas
de cajueiro-bravo (Curatella americana) e das folhas de açoita-cavalo (Luehea
paniculata), que demonstraram em testes in vitro o FPS de 14,74 e 16,16, respectivamente,
e elevadas quantidades de compostos fenólicos que são os principais responsáveis pela
elevada performance in vitro da atividade fotoprotetora deste extrato em questão
(NUNES et al., 2018).
Ademais, há estudos mostrando que os extratos e óleo de plantas nativas do
Cerrado não promoveram significativa atividade FPS, porém conseguiram potencializar
os filtros químicos. Nesta direção, o extrato das folhas de murici-vermelho (Byrsonima
pachyphylla) quando associado a um filtro orgânico, em uma emulsão, apresentou nos
testes in vitro um FPS de 37,93 e altas concentrações de compostos fenólicos
(RODRIGUES, 2020).
O extrato das folhas de pacari (Lafoensia pacari) quando associado ao filtro
químico Eusolex, em uma formulação em forma de gel-creme, promoveu nos testes in
vitro um aumento do FPS, ou seja, de 5,37 para a gel-creme com Eusolex o FPS foi para
7,3 (CAIXÊTA, 2014).
Os extratos de gabiroba-da-folha-grande(Campomanesia xanthocarpa) e gabiroba

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(Campomanesia adamantium) quando utilizados em conjunto com octil metoxinamato


em uma formulação aumentaram o FPS para 19,63 (CATELAN et al., 2019). O óleo
extraído do fruto de buriti (Mauritia flexuosa), apresentou nos testes in vitro um FPS de
4,9, porém quando associado a uma formulação que já possuíaum filtro solar químico o óleo
contribuiu para o aumento do FPS de 18,54 para 20,95. Sendo esse efeito atribuído a
presença de flavonoides (OLIVEIRA et al., 2016; PARENTE et al., 2022).
Vale destacar que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) através
da RDC Nº 30 de 2012 reconhece como fotoprotetores os extratos e os óleos de plantas
que possuem um fator de proteção solar (FPS) superior a 6. Sob esse aspecto, novas
formulações cosméticas com extratos naturais e óleos são fundamentais para promover a
sustentabilidade e preservação do bioma local.
Quanto a capacidade de clarear manchas de pele, estudos realizados nos últimos
anos evidenciaram que devido a presença de inúmeros compostos fitoquímicos em sua
composição os extratos das plantas nativas do Cerrado podem ser utilizados em
cosméticos que atuam para essa finalidade. Desta forma, o extrato da casca do fruto do
jatobá (Hymenaea stigonocarpa) apresentou uma atividade clareadora semelhante ao ácido
kójico, provavelmente devido a presença de flavonoides e taninos em sua composição
(PANONTIN et al., 2020).
O extrato das folhas de cagaiteira (Eugenia dysenterica) não gerou in vitro
citotoxicidade em queratinócitos e fibroblastos. Além disso, apresentou uma atividade
superior ao ácido kójico provavelmente devido a presença de ácido elágico, quercetina e
ácido gálico em sua composição (MOREIRA, 2013; MOREIRA et al., 2017). Também,
outros extratos apresentaram a capacidade de reduzir manchas de pele, tais como o obtido
das folhas de guapeva (Pouteria torta) (SOUZA et al.,2012), o extrato das folhas de
mama-cadela (Brosimum gaudichaudii), o extrato da casca de troncos e das folhas de
aroeira vermelha (Schinus terebinthifolius) e o extrato das folhas do barbatimão
(Stryphnodendron adstringens) (CORRADI, 2012).
Além das propriedades anteriormente citadas, há a possibilidade de aplicação dos
extratos e óleos das plantas nativas do Cerrado em formulações voltadas a higiene pessoal
com foco em cuidados capilares e em produtos hidratantes para a pele, em razão da ação
de compostos como saponinas e ácidos graxos, respectivamente (CALLEGARI, 2015;
PANONTIN, 2021).
Assim, o extrato da folha de mangabeira quando adicionado a uma formulação
em forma de xampu para cuidado capilar apresentou um desempenho considerável com

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relação a estabilidade e capacidade de limpeza, isso porque possuem saponinas como


compostos bioativos que contribuem para a remoção de sujeiras (CHAVES et al., 2020;
PANONTIN, 2021). O óleo de coco babaçu (Attalea speciosa), por possuir uma
composição química diversa contendo taninos, flavonoides, catequinas, esteroides,
triterpenos e saponinas demonstrou nos testes in vitro que pode ser utilizado em
formulações em forma de cremes hidrantes faciais ou corporais, pois atua como
umectante e promove propriedades físico-químicas relevantes em testes de qualidade
(OLIVEIRA et al., 2016; SANTOS, 2022). Já, o óleo da polpa e da amêndoa de macaúba
(Acrocomia aculeata) por apresentar estabilidade e possuir em sua composição ácidos
graxos, considerados como emolientes naturais, podem ser utilizados em formulações
de cremes ou loções para a pele (CALLEGARI, 2015; OLIVEIRA et al., 2016).
Por fim, considerando que nos últimos anos, houve um desenvolvimento
significativo da indústria de cosméticos, a receita no mercado de Cosméticos Naturais
equivale a US$ 12,93 bilhões em 2023, em complemento, o mercado também deverá
crescer anualmente em 6,85% até 2028. A crescente conscientização do consumidor em
relação aos benefícios de longo prazo dos ingredientes naturais para a saúde também está
aumentando conforme o mercado (NADEESHANI et al., 2022). Por tanto, espera-se que
essa revisão possa gerar o interesse pelo conhecimento e pelo uso sustentável das plantas
nativas do Cerrado, e consequentemente a preservação de importantes espécies vegetais.

4 CONCLUSÃO
O número reduzido de espécies nativas do Cerrado que foram investigadas nos
últimos 10 anos para uso na cosmetologia revela que o conhecimento científico a respeito
das plantas desse importante bioma é restrito. Entretanto, as poucas pesquisas realizadas
evidenciam que as plantas nativas do Cerrado possuem importantes metabólitos
secundários com potencial de aplicação em fitocosméticos. Dessa forma, visando a
valorização das espécies do Cerrado, por meio do seu uso sustentável, novos
investimentos em pesquisa devem ser realizados visando a descoberta de plantas com
potenciais atividades biológicas ainda desconhecidas e catalogadas no Cerrado, bem
como, evitar a extinção de espécies.

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