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Brazilian Journal of Development 14856

ISSN: 2525-8761

Ozônio no tratamento sanitário e efeito na qualidade fisiológica e


bioquímica de sementes de pimentão

Ozone in health treatment and effect on the physiological and


biochemical quality of pepper seeds

DOI:10.34117/bjdv7n2-216

Recebimento dos originais: 08/01/2021


Aceitação para publicação: 10/02/2021

Vitor Oliveira Rodrigues


Doutor em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras
Instituição: Universidade Federal de Lavras – UFLA
Endereço: Setor de Sementes, Departamento de Agricultura, Universidade Federal de
Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras – MG, Brasil
E-mail: vitor_or@yahoo.com.br

Ariadne Morbeck Santos Oliveira


Doutor em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras
Instituição: Universidade Federal de Lavras – UFLA
Endereço: Setor de Sementes, Departamento de Agricultura, Universidade Federal de
Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras – MG, Brasil
E-mail: ariadneoliveira86@gmail.com

Debora Kelli Rocha


Doutoranda em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras
Instituição: Universidade Federal de Lavras - UFLA
Endereço: Setor de Sementes, Departamento de Agricultura, Universidade Federal de
Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras – MG, Brasil
E-mail: deborarocha.agro@gmail.com

Levi Suzigan Krepischi


Agrônomo pela Universidade Federal de Lavras
Instituição: Universidade Federal de Lavras - UFLA
Endereço: Setor de Sementes, Departamento de Agricultura, Universidade Federal de
Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras – MG, Brasil
E-mail: levi07@hotmail.com

Marcos Vinicios de Carvalho


Mestre em Agronomia/Fitotecnia pela Universidade Federal de Lavras
Instituição: Universidade Federal de Lavras – UFLA
Endereço: Setor de Sementes, Departamento de Agricultura, Universidade Federal de
Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras – MG, Brasil
E-mail: vinicioscarvalho94@hotmail.com

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ISSN: 2525-8761

João Almir Oliveira


Professor do Departamento de Agricultura/Setor de sementes da Universidade Federal
de Lavras
Instituição: Universidade Federal de Lavras - UFLA
Endereço: Setor de Sementes, Departamento de Agricultura, Universidade Federal de
Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras – MG, Brasil
E-mail: jalmir@ufla.br

Raquel Maria de Oliveira Pires


Professora do Departamento de Agricultura/Setor de sementes da Universidade Federal
de Lavras
Instituição: Universidade Federal de Lavras - UFLA
Endereço: Setor de Sementes, Departamento de Agricultura, Universidade Federal de
Lavras, Campus Universitário, 37200-000, Lavras – MG, Brasil
E-mail: raquelmopires@ufla.br

RESUMO
O gás ozônio é uma alternativa no controle de fungos em sementes e torna-se vantajoso
por descartar a necessidade de armazenamento ou eliminação dos recipientes de produtos
químicos. Objetivou-se testar diferentes concentrações e tempos de exposição ao gás
ozônio, no controle de patógenos em sementes de pimentão, bem como seu efeito sobre
a qualidade fisiológica, bioquímica. O delineamento experimental foi inteiramente
casualizado, com quatro repetições, em esquema fatorial 6x2, envolvendo 6 tempos de
exposição (0, 20, 40, 60, 80 e 120 minutos) e 2 concentrações do ozônio (10 e 15 g m-1).
No teste de sanidade adicionou-se um tratamento químico (6x2) + 1 (fungicida Captan®-
Captana). Posteriormente, as sementes foram avaliadas através dos testes de germinação,
primeira contagem da germinação, tetrazólio, condutividade elétrica, índice de velocidade
de emergência, emergência e sanidade. Realizou-se análise bioquímica para álcool
desidrogenase (ADH), malato desidrogenase (MDH), catalase (CAT) e superóxido
dismutase (SOD). O tratamento com ozônio nas concentrações e tempos testados não
interfere na qualidade fisiológica e bioquímica das sementes de pimentão. O gás ozônio
nas concentrações estudadas, a partir de 20 minutos aprimora a qualidade sanitária das
sementes.

Palavras-chave: sanidade, qualidade de sementes, O3, Capsicum annuum L.

ABSTRACT
zone gas is an alternative in the control of fungi in seeds and is advantageous in
discarding the need for storage or disposal of chemical containers. The objective was to
test different concentrations and times of exposure to ozone gas, in the control of
pathogens in pepper seeds, as well as its effect on physiological, biochemical quality. The
experimental design was completely randomized, with four replications, in a 6x2 factorial
scheme, involving 6 exposure times (0, 20, 40, 60, 80 and 120 minutes) and 2 ozone
concentrations (10 and 15 g m-1). In the health test, a chemical treatment (6x2) + 1
(fungicide Captan®- Captana) was added. Subsequently, the seeds were evaluated
through germination tests, first germination count, tetrazolium, electrical conductivity,
emergence speed index, emergence and health. Biochemical analysis was performed for
alcohol dehydrogenase (ADH), malate dehydrogenase (MDH), catalase (CAT) and
superoxide dismutase (SOD). The ozone treatment at the tested concentrations and times
does not interfere with the physiological and biochemical quality of pepper seeds. Ozone

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gas at the concentrations studied, after 20 minutes, improves the sanitary quality of the
seeds.

Keywords: sanity, seed quality, O3, Capsicum annuum L

1 INTRODUÇÃO
O pimentão (Capsicum annuum L.), pertencente à família das solanáceas, é uma
cultura de grande importância para o setor agrícola brasileiro. Somente no estado de
Minas Gerais, houve produção de 26 toneladas de frutos no ano de 2017, enquadrando o
pimentão entre as 10 hortaliças mais importantes da agricultura (IBGE, 2018). Dentre os
vários fatores que garantem a população adequada de plantas na lavoura de pimentão, ou
de qualquer outra cultura, está a utilização de sementes de boa qualidade.
Assim, o tratamento de sementes é uma tecnologia que, associada ao
melhoramento genético de plantas e à biotecnologia, permite melhores produtividades
para as culturas e auxilia no controle de patógenos. A presença de patógenos em um
sistema de produção agrícola pode ser responsável por grandes perdas no processo
produtivo e a maioria destes patógenos podem ser transmitidos via sementes.
Os patógenos transmitidos via sementes podem servir de inóculo inicial para o
desenvolvimento progressivo das doenças no campo, infectar áreas isentas, promover
baixa germinação e reduzir vigor das sementes. Podem ainda, provocar morte em pré-
emergência, podridão radicular, tombamento de mudas, manchas necróticas em folhas e
caules, deformações como hipertrofias e subdesenvolvimento, descoloração de tecidos e
infecções latentes (Lazarotto et al., 2012).
O controle de patógenos em sementes é realizado basicamente pelo emprego de
produtos químicos, que geram altos custos e riscos ambientais e toxicológicos. Devido a
preocupações de adotar produtos não nocivos ao ambiente e de reduzir a emissão de
resíduos químicos, os regulamentos e legislações alimentares restringem a liberação de
fumigantes. Desse modo tem-se uma redução da diversidade de fumigantes disponíveis
para o combate de fungos e, ainda, por consequência do uso repetido dos poucos agentes
fumigantes regulamentados, há o aumento da resistência dos organismos alvo a estes
compostos (Pandiselvam et al., 2019).
Neste contexto, a utilização do ozônio torna-se uma alternativa no controle de
fungos em sementes por descartar a necessidade de manipulação, armazenamento ou
eliminação dos recipientes de produtos químicos e, ainda, por seu produto de degradação
ser o oxigênio (O2) (Mendez et al., 2003), fato este que o torna interessante para uso na

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agricultura orgânica, uma vez que existem a redução dos resíduos ao ambiente. Rodrigues
et al. (2019) relataram que o uso do ozônio pode inativar fungos e aumentar a resistência
a algumas doenças típicas de cada cultura, o que consequentemente reduz a necessidade
do uso de agrotóxicos. Nesse sentido, o tratamento de sementes com ozônio pode oferecer
grande potencial para resolver os problemas com a emissão de resíduos químicos (Souza
et al., 2020).
Tendo em vista a carência de informação sobre o uso do ozônio como agente
sanitizante em sementes, objetivou-se testar diferentes concentrações e tempos de
exposição ao gás ozônio, no controle de patógenos em sementes de pimentão, bem como
seu efeito sobre a qualidade fisiológica e bioquímica.

2 MATERIAL E MÉTODOS
O experimento foi conduzido no Laboratório de Análises de Sementes do
Departamento de Agricultura e no Laboratório de Patologia de Sementes do
Departamento de Fitopatologia da Universidade Federal de Lavras, em Lavras-MG. Para
a realização dos testes foi utilizado um lote de sementes de pimentão da cultivar Ikeda. O
tratamento das sementes com o gás ozônio foi realizado na empresa Ozone & Life, em
São José dos Campos-SP. Para o tratamento químico das sementes, com o objetivo de
contrastar com os tratamentos com ozônio, foi usado o fungicida Captan® (ingrediente
ativo Captana), na dose recomendada de 200 g do produto comercial para 100 kg de
sementes.
As sementes de pimentão foram expostas a um ambiente com ozônio, utilizando
duas concentrações, 10 e 15 mg L-1, pelos períodos de 0, 20, 40, 60, 80 e 120 minutos. O
ozônio foi obtido por meio da central geradora de ozônio da empresa Ozone & Life
(Gerador de ozônio – Modelo O&L35.0 rm), que produz o ozônio por descargas elétricas
em atmosfera rica em O2 (ar ou O2 puro) pelo processo corona. As sementes foram
dispostas em uma câmara de fluxo contínuo (Reator), confeccionada com tubo de PVC
adaptado e que apresentam uma válvula em cada extremidade do reator (Rodrigues et al.,
2015).
Para estudo dos efeitos dos diferentes tratamentos foram realizados os seguintes
testes e determinações:
Teste de germinação: utilizou quatro repetições com 50 sementes cada, colocadas
sobre papel mata borrão umedecido com água na quantidade de 2,5 vezes a massa do
papel seco e dentro de caixas “gerbox”. As caixas foram acondicionadas em BOD sob

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temperatura alternada de 20-30 °C. A contagem de plântulas normais foi realizada aos 14
dias após a semeadura (Brasil, 2009a). A primeira contagem de germinação consistiu no
registro da porcentagem de plântulas normais observadas aos sete dias após a semeadura.
Teste de emergência de plântulas: conduzido com quatro repetições de 50
sementes, dispostas em caixas plásticas contendo terra e areia na proporção 2:1. O
substrato foi esterilizado e irrigado com água destilada a 70% da capacidade de campo na
semeadura, e as caixas mantidas em sala de crescimento a 25 °C com luz constante. As
avaliações foram realizadas aos quatro dias (estande inicial) e dez dias (estande final),
avaliando-se o número de plântulas emergidas. Os resultados foram expressos em
porcentagem de plântulas normais. Para o índice de velocidade de emergência (IVE) foi
computado, diariamente, o número de plântulas emersas a partir do início da emergência.
O teste de sanidade foi realizado utilizando -se 200 sementes, distribuídas em
caixas tipo gerbox com 50 sementes por repetição, contendo 2 folhas de papel mata-
borrão esterilizados e umedecidos com ágar-água 1% (10 g de ágar/1.000 mL de água) e
2,4-diclorofenoxiacetato de potássio (2,4-D). As caixas “gerbox com as sementes foram
mantidas em câmara tipo BOD, sob fotoperíodo de 12 h, a uma temperatura de 20ºC, sob
luz branca, por 7 dias. Ao final foi registrada a ocorrência de cada espécie fúngica, em
cada semente, com base em descrições existentes para esse tipo de análise (Brasil, 2009).
Teste de condutividade elétrica: foram pesadas quatro repetições de 25 sementes
de cada tratamento, que foram imersas em 25 mL de água deionizada (condutividade <
2,0 μS cm-1) por 24 horas em temperatura constante de 20 °C. Após o período de
condicionamento, a condutividade elétrica da solução foi medida por meio de leitura em
condutivímetro, sendo os resultados expressos em μS cm-1 g-1 de sementes (Vieira e
Krzyzanowski, 1999).
Teste de tetrazólio: quatro repetições de 1 g de sementes foram acondicionada em
recipientes de coloração preta e pré-umedecidas com 20 mL de água por um período de
2 horas em BOD a 45 °C. Após esse período foi realizado um corte longitudinal em 50
sementes de cada repetição, dividindo-as em duas metades sem separá-las, imersas em 15
mL de solução de tetrazólio a 0,075% e, mantidas em BOD a 45 °C por duas horas. Em
seguida as sementes foram lavadas e avaliadas individualmente com auxílio de lupa
articulada de mesa com iluminação, classificadas em viáveis e inviáveis.
Análise isoenzimática: 2 g de sementes de cada tratamento foram maceradas com
antioxidante polivinilpirrolidona (PVP) em nitrogênio líquido. Foram pesadas
subamostras de 100 mg do material macerado e acrescido de 250 µL do tampão de

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extração (Tris HCl 0,2 M pH 8,0 + 0,1% de β-mercaptoetanol). O material foi mantido
em geladeira (4 °C) por 12 h e em seguida centrifugado a 14.000 rpm por 30 minutos a 4
°C. A eletroforese em géis de poliacrilamida foi desenvolvida em sistema descontínuo
(4,5% gel de concentração e 7,5% gel de separação). O sistema tampão gel/eletrodo
utilizado foi o Tris-glicina pH 8,9. Para proceder a corrida eletroforética, foram aplicados
nas canaletas dos géis 50 µL do sobrenadante de cada amostra e a corrida realizada a 4
°C por quatro horas a uma voltagem constante de 150 V. Ao término da corrida, os géis
foram revelados para as enzimas álcool desidrogenase (ADH), malato desidrogenase
(MDH), catalase (CAT) e superóxido dismutase (SOD) conforme protocolos contidos em
Alfenas (2006).
Os resultados referentes aos testes de germinação, primeira contagem, estande
final e índice de velocidade de emergência, condutividade elétrica e tetrazólio, foram
analisados segundo delineamento experimental inteiramente casualizado com quatro
repetições em esquema fatorial 6x2. No teste de sanidade o esquema fatorial contou com
um tratamento adicional, (6x2) + 1. As médias foram comparadas pelo teste de Scott
Knott ao nível de 5% de probabilidade e quando possível utilizou-se regressão. Para
contrastar os tratamentos que utilizaram ozônio com o tratamento químico (controle) foi
aplicado o teste Dunnett à 5% de probabilidade.

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Ao analisar a interação entre os dois fatores, tempo e concentração de O3, observa-
se que apenas nos resultados do teste de primeira contagem da germinação houve efeito
significativo. É possível observar, uma interação significativa entre a concentração de
ozônio e o tempo de exposição (Tabela 1). Violleau et al. (2008) trataram milho com 20
g. m-3 de O3 e observaram que as sementes ozonizadas apresentaram rápida germinação,
concluindo que o tratamento com ozônio por curtos períodos de exposição contribui para
melhorias com a germinação.

Tabela 1 - Porcentagens (%) de plântulas normais na primeira contagem da germinação obtidas de sementes
de pimentão (Capsicum annuum L.) nos diferentes tempos (minutos) de exposição e concentrações (mg L-
1) de ozônio
Tempos de exposição
Concentrações de ozônio
0 20 40 60 80 120
10 56a 20b 13b 3a 3a 3a
15 56a 38a 25a 4a 1a 0a
CV (%) 38,49
Médias seguidas da mesma letra, na coluna, não diferem estatisticamente pelo teste de Scott-Knott (1974),
a 5% de probabilidade.

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Na Tabela 2 estão apresentados os resultados das porcentagens de plântulas


normais obtidas aos sete dias no teste de germinação. De acordo com esses dados, nota-
se que não houve diferença significativa, no fator concentração, nas sementes expostas
ao ozônio por um período maior de tempo, 60, 80 e 120 minutos. No entanto, nos tempos
de 20 e 40 minutos e concentração de 10 mg L-1 pode ser observado uma menor contagem
de plântulas normais se comparado à concentração de 15 mg L-1, nos respectivos tempos.
Sudhakar et al. (2011) relataram que a aplicação de baixas doses de O3 em sementes de
tomate (Lycopersicon esculentum) aumentou a porcentagem de germinação e
proporcionou o desenvolvimento de raízes.

Tabela 2 – Incidência (%) de Alternaria sp., Penicillium sp., Aspergillus sp., Fusarium sp. e Colletotrichum
sp. em sementes de pimentão (Capsicum annuum L.) submetidas
a diferentes tempos e concentrações de ozônio e fungicida químico

Concentrações de ozônio Tempos de exposição (minutos)


(mg L-1) 0 20 40 60 80 120
Alternaria sp.
10 23g 5 1 1 0 1
15 23g 0 1 0 1 0
fungicida 0
Penicillium sp.
10 24g 2 3 3 1 1
15 24g 2 0 2 1 1
fungicida 0
Aspergillus sp.
10 37g 3 0 4 0 3
15 37g 2 0 0 1 0
fungicida 0
Fusarium sp.
10 27g 3 3 2 2 1
15 27g 1 0 1 0 1
fungicida 0
Colletotrichum sp.
10 8g 0 0 0 0 0
15 8g 0 0 0 0 0
fungicida 0

Médias diferem do controle, no nível de 5% de probabilidade, pelo teste de Dunnett.

No trabalho de Savi et al. (2014), a aplicação de ozônio por até 2 horas não
influenciou a capacidade de germinação de sementes de trigo e, após aplicarem por 3
horas, houve redução dessa capacidade em 12%. Conforme Zhu (2018), a redução na
capacidade de germinação pode ser relacionada à atividade reduzida de enzimas
relacionadas e à ruptura da estrutura celular das sementes, devido à oxidação.
De acordo com a Figura 1A, pode-se notar uma diminuição significativa nos
valores obtidos de contagem final da germinação com o aumento no tempo de exposição

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das sementes ao gás O3, isso pode ser observado nas duas concentrações utilizadas. Os
melhores resultados foram encontrados no tratamento testemunha. Normov et al. (2019)
estudando o efeito do ozônio sob a qualidade fisiológica de sementes de milho
observaram que com o aumento da concentração de ozônio, a germinação começa a
diminuir e as plântulas apresentam as pontas pretas (queimadas). Isso sugere que as
propriedades oxidativas do ozônio começaram a degradar a estrutura das células e
parcialmente destruí-las em altas concentrações.

Figura 1 - Porcentagem de germinação (A) e condutividade elétrica (B) de sementes de pimentão


(Capsicum annuum L.) em função dos tempos de ozonização em duas concentrações

Na Figura 1B nota-se que houve um progressivo aumento da condutividade


elétrica com o aumento do tempo de exposição, independente da concentração utilizada.
Isso demonstra que o ozônio afetou a integridade das membranas das sementes. O teste
de condutividade se baseia na hipótese de que, com o processo de deterioração corre um
aumento da lixiviação dos constituintes celulares das sementes quando embebidas em
água, devido à perda da integridade dos sistemas de membranas celulares (Vieira e
Krzyzanowski, 1999).
Resultados de condutividade elétrica semelhantes foram observados em sementes
de arroz tratadas com ozônio, onde foi descrito que o aumento no período de exposição,
proporcionou aumento na condutividade elétrica, e que a partir de 56,31 horas, os valores
permaneceram constates (Santos et al., 2016). Silva et al. (2011) também observaram
aumento dos valores de condutividade elétrica em grãos de trigo ozonizados, na
concentração de 2,14 mg L-1, nos períodos de exposição de 20, 40 e 60 horas.
No teste de tetrazólio não houve diferença significativa na porcentagem de
sementes viáveis entre as duas concentrações, tampouco dentro dos tempos testados.

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Observa-se os resultados encontrados para viabilidade a partir do teste de tetrazólio, a


ozonização das sementes não interfere nessa característica. Rodrigues et al. (2015)
estudando o efeito do ozônio em sementes de girassol, observaram que os lotes utilizados
não diferiram dentro dos períodos de ozonização utilizados (0, 20, 60, 120 minutos).
Pelos resultados do teste de sanidade para o fungo Alternaria sp. apresentados na
Tabela 2, nota-se que todos os tratamentos, exceto a testemunha (tempo zero) foram
suficientes para que a porcentagem de incidência do fungo não diferisse quando
contrastados com o tratamento químico.
Na Tabela 2 e Figura 2A pode-se observar uma diminuição considerável da
incidência do fungo Alternaria sp. nos tratamentos que receberam ozônio, mesmo na
menor concentração e tempo utilizados. O gás ozônio apresenta alta eficácia em
concentrações baixas e necessita pouco tempo de exposição sobre o elemento a ser
desinfectado (Kim; Yousef; Dave, 1999).

Figura 2 - Incidência (%) dos fungos Alternaria sp. (A), Penicillium sp. (B), Aspergillus sp. (C), Fusarium
sp.(D) e Colletotrichum sp. (E) em sementes de pimentão (Capsicum annuum L.) em função das
concentrações e tempos de ozonização

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Na Tabela 2 e Figura 2B, pode-se observar redução de 91,66% na incidência de


Penicillium sp. quando as sementes foram expostas por 20 minutos às concentrações de
10 e 15 mg L-1. Todos os tratamentos em que as sementes tiveram contato com o gás O3
não diferiram estatisticamente do controle químico.
Rodrigues (2015) relatou redução significativa na incidência de Penicillium sp.
em sementes de girassol tratadas com O3. Neste trabalho foi constatada redução de 46,0%
na incidência de Penicillium sp. em sementes de girassol, quando estas foram expostas ao
ozônio na concentração de 1741 ppm (1 ppm de ozônio = 2,140 mg -l), por um período
de 120 minutos.
Foi verificado também que a incidência do fungo Aspergillus sp. apresentou
redução significativa (Tabela 2 e Figura 2C) a partir do tempo de exposição de 20 minutos
nas duas concentrações (10 e 15 mg L-1), quando comparada à testemunha (tempo zero).
Os valores obtidos nos tratamentos com ozônio independente do tempo e da concentração
diferiram da testemunha sem tratamento onde houve 37% de sementes contaminadas pelo
Aspergillus e não diferiram do tratamento químico.
Alencar et al., (2012) observaram reduções semelhantes e significativas, de até
100%, na incidência de Aspergillus sp. em sementes tratadas com O3. Alencar et al.
(2012) atribuíram ao alto poder oxidativo do gás ozônio a significativa redução na
contagem de fungos totais e de Aspergillus lavuse e Aspergillus parasiticus em sementes
de amendoim.
Segundo Sousa et al. (2011) o Aspergillus sp. além de ser um fungo de
armazenamento, é responsável pela podridão de semente no solo, se essas estiverem em
solo com baixa disponibilidade hídrica.
De acordo com os resultados da Tabela 2 e Figura 2D, referentes aos fungos do
gênero Fusarium sp., observa-se um comportamento semelhante aos demais fungos, ou
seja, houve alto índice de contaminação por este gênero (27%) nas sementes sem nenhum
tipo de tratamento, enquanto que aquelas que foram tratadas com ozônio, independente
da concentração e do tempo, tiveram a mesma eficácia de controle do tratamento químico.
É possível observar uma diminuição de 88,88% na incidência de Fusarium sp. nos
tratamentos com os tempos de 20 e 40 minutos na concentração de 10 mg L-1, chegando
a 100% (40 e 80 minutos na concentração de 15 mg L-1).
Em concordância com os resultados do presente trabalho, Marique et al. (2012)
utilizando o ozônio para tratar sementes de Triticum aestivum L. contaminadas com

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Fusarium sp. e Alternaria sp., constataram controle eficiente dos fungos, principalmente
Fusarium sp.
Savi et al. (2014), em trabalho com Triticum aestivum L., observaram que o uso
do gás ozônio foi eficaz no controle do fungo Fusarium graminearum, principalmente
após 120 minutos de exposição, com concentração de 60 mmol mol-1, sem causar
alterações físicas e bioquímicas nos grãos.
Na Tabela 2 e Figura 2E, observa-se redução de 100% na incidência do fungo
Colletotrichum sp. em todos os tratamentos, quando comparados à testemunha (tempo
zero de exposição ao ozônio). Nota-se ainda pelos resultados que os tratamentos com
ozônio não diferenciaram do tratamento químico (controle).
De acordo com Henning (2005), a presença de Colletotrichum sp., bem como
Phomopsis sp., Fusarium sp., e Aspergillus sp., afetam negativamente a qualidade
fisiológica das sementes, a qualidade da lavoura e dos ambientes de armazenamento.
Resultados semelhantes no controle do fungo Colletotrichum sp. também foram
constatados por Alencar et al. (2013) ao tratar bananas cv. Nanicão com ozônio em água.
No presente trabalho pode ser detectada a presença dos patógenos Penicillium sp.,
Fusarium sp., Alternaria sp., Aspergillus sp. e Colletetrichum sp., como apresentado
anteriormente. O tratamento químico eliminou totalmente os fungos detectados e, o
tratamento com ozônio mesmo na menor concentração (10 mg L-1) e no menor tempo de
exposição (20 minutos), mostrou-se tão eficiente quanto o tratamento químico.
Em trabalho realizado com grãos de arroz, Santos et al. (2016), concluíram que a
ozonização na concentração de 10,13 mg L-1 com tempo de exposição de 60 horas foi
capaz de reduzir em aproximadamente 100% o índice de ocorrência de Aspergillus sp. e
Penicillium sp. Antony-Babu e Singleton (2009) verificaram ainda que a inibição dos
fungos tratados com gás ozônio se destacou mesmo em organismos que foram expostos
a níveis bastante baixos (0,2 mol mol-1) de O3 por curto período de tempo (10 minutos),
sendo capaz de degradar tanto o micélio quanto os esporos dos fungos estudados.
Para a atividade enzimática da malato desidrogenase (MDH), catalase (CAT) e
superóxido dismutase (SOD) (Figura 3) não houve diferença entre os tratamentos
testados, podendo inferir-se que tanto o ozônio quanto o fungicida comercial (Captan®)
não afetaram a qualidade bioquímica das sementes. Resultado esse, semelhante ao
encontrado para os testes de germinação, índice de velocidade de emergência, emergência
e tetrazólio, que averiguaram a qualidade fisiológica das sementes.

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Brazilian Journal of Development 14867
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Figura 3- Perfis enzimáticos de superóxido dismutase (SOD), catalase (CAT), malato desidrogenase
(MDH) e álcool desidrogenase (ADH) extraídas de sementes de pimentão (Capsicum annuum L.),
tratadas com gás ozônio em duas concentrações e diferentes tempos de exposição e com fungicida químico
(Q)

Para a enzima desidrogenase (ADH) observa-se que os tratamentos com o ozônio


e o fungicida comercial apresentaram maior atividade da enzima quando comparados com
a testemunha, isso significa que os tratamentos a qual as sementes foram submetidas
favoreceram a anaerobiose, ativando assim a enzima álcool desidrogenase. Veiga et al.
(2010) relatam que esta enzima é de grande importância, uma vez que, converte o
acetaldeído em etanol, que é um composto menos tóxico e assim reduz a velocidade dos
processos de deterioração das sementes. Portanto, quanto maior a atividade da ADH
menor será os efeitos deletérios do acetaldeído nas sementes (Carvalho et al., 2014).

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4 CONCLUSÕES
O tratamento com ozônio nas concentrações e tempos testados não interfere na
qualidade fisiológica e bioquímica das sementes de pimentão.
O gás ozônio nas concentrações 10 e 15 mg L-1 a partir de 20 minutos de exposição
foi eficiente no controle dos fungos Alternaria sp., Penicillium sp., Aspergillus sp.,
Fusarium sp. e Colletotrichum sp. em sementes de pimentão.

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