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O Emprego de Viaturas Blindadas Pelo Batalhão de Infantaria de Força de Paz Na MINUSTAH
O Emprego de Viaturas Blindadas Pelo Batalhão de Infantaria de Força de Paz Na MINUSTAH
Rio de Janeiro
2015
Maj Cav RODRIGO KLUGE VILLANI
Rio de Janeiro
2015
V716e Villani, Rodrigo Kluge.
COMISSÃO AVALIADORA
________________________________________________________
Paulo Rodrigo Santos Campos - Ten Cel Cav - Presidente
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
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Alessandro Paiva de Pinho – Ten Cel Cav - Membro
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
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Jorge Francisco de Souza Junior – Ten Cel Cav - Membro
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército
AGRADECIMENTOS
1 INTRODUÇÃO -------------------------------------------------------------------------- 11
2 A MINUSTAH ---------------------------------------------------------------------------- 16
7 CONCLUSÃO --------------------------------------------------------------------------- 53
REFERÊNCIAS ------------------------------------------------------------------------- 56
11
1 INTRODUÇÃO
2 A MINUSTAH
Figura 03 – O Presidente Lula revistando a tropa que embarcou para o Haiti em 2004
Fonte: PEIXOTO, 2007.
Pel C Mec Pel Fuz Bld Pel Fuz Mec F Paz Pel Fuz Mec F Paz – 13º Ctg
- 01 Gp Cmdo - 01 Gp Cmdo - 05 GC - 04 GC
- 01 G Exp - 03 GC em VBTP - 04 VBTP Urutu - 04 VBTP Urutu
- 01 Sç VBR M113
- 01 GC Bld
- 01 Sç Mrt 81
11 homens / GC 11 homens / GC 06 homens / GC 02 GC – 07 homens
02 GC – 08 homens
- 01 Cmt GC - 01 Cmt GC - 01 Cmt GC - 01 Cmt GO
- 01 Motr - 01 Motr - 01 Motorista - 01 Motorista
- 01 Atrd .50 - 01 Atrd .50 - 01 Atirador MAG - 01 Atirador MAG
- 02 Cb Cmt Esq - 02 Cb Cmt Esq - 03 Cb ou Sd Fuz - 04 ou 05 Cb ou Sd Fuz
- 06 Sd Fuz - 06 Sd Fuz
- Mtr Browing .50 - Mtr Browing .50 - Mtr MAG - Mtr MAG e/ou Para-Fal
QUADRO 1 – Comparação das frações mecanizadas nível pelotão
Fonte: Crescêncio Junior (2013)
Por fim, o destacamento de apoio, que pode ser feito tanto em blindados
quanto em viaturas motorizadas, tem o encargo de prover apoio necessário
caso aconteça algum equipamento de comunicações ou viatura apresente uma
pane. Felizmente, sua atuação é mínima, pois os equipamentos de
comunicações do BRABAT são de excelente qualidade, assim como os
blindados são intensamente manutenidos pela turma de manutenção de
blindados.
O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) realiza
semestralmente o Estágio de Comandantes de Subunidades e Pelotões
(ECOSUPEL) para os oficiais que desempenharão tais funções no Haiti. O
CCOPAB, neste estágio, salienta ainda a importância de se prever uma Força
de Reação, que se desloque à retaguarda de todo o comboio, ou que esteja
pré-posicionada no itinerário da escolta, a fim de garantir a integridade da
missão. Entretanto, durante o 16º Contingente, por exemplo, as missões
desempenhadas pelo BRABAT eram múltiplas, sendo que muitas vezes o
efetivo disponível para realizar uma escolta de comboios não privilegiava o
destacamento de uma Força de Reação. Logo, a responsabilidade de toda a
segurança recaia sob o Pel Fuz Mec com esta missão, sendo cumprida de
forma eficaz em todas as oportunidades.
Figura 16 – Modelo representativo de um dispositivo para ações de CIMIC (no caso está
explícito o dispositivo circular, as vias únicas de entrada e saída e demais viaturas dispostas
para entrega de donativos naparte interna do perímetro)
Fonte: CCOPAB, 2011.
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nas áreas mais violentas, e foram vetores diretos nos embates mais perigosos
com criminosos haitianos. As tropas blindadas eram utilizadas para intervir pelo
fogo, pela ação de choque e proteção blindada durante oportunidades onde
tropas motorizadas e à pé estavam engajadas na capital haitiana com pleno
êxito, ainda que as regras de engajamento fossem aplicadas nos mais altos
patamares da utilização de força letal.
O poder dissuasório dos blindados foi uma das lições aprendidas mais
marcantes durante o 16º contingente da missão. O retorno às ruas teve ainda
outro efeito recorrente, que será abordado a seguir, que é a manutenção dos
blindados.
quanto antes, a fim de que o BRABAT 2 estivesse com seu poder de combate
mecanizado restabelecido.
Uma medida no preparo da tropa, ainda no Brasil, que refletiu
positivamente para as operações e para a logística, foi a escolha de dois
motoristas de blindado para cada Urutu. Um militar ocupava o cargo de
motorista no Quadro Organizacional (QO), enquanto outro cabo e/ou soldado,
com treinamento específico para motorista de blindados, ocupava outro cargo
no grupo de combate, ficando na condição de suplente do motorista, caso este
não pudesse conduzir a viatura ou mesmo estivesse impedido por motivos
alheios.
Semanalmente todas as rodas dos Urutus eram retiradas pela sua
guarnição e seu sistema de freio passava por uma manutenção criteriosa, de
forma que a partir da oitava semana de missão os blindados não ficavam
indisponíveis com tanta rotina. A ONU realiza duas inspeções logísticas por
contingentes – a Operational Readness Inspection (ORI) – e em ambas
oportunidades os veículos blindados do BRABAT 2 estavam totalmente
disponíveis.
Outro problema de manutenção encontrado foi com a trava da torre do
Urutu. As torres dos Urutus no Haiti foram adaptadas à proverem proteção
blindada ao Cmt GC, ainda que sua mobilidade e setor de tiro permanecesse
restrito. Com o peso superior ao de sua concepção, as travas das torres dos
Urutus estavam se quebrando, o que oferecia grande risco ao Cmt GC e
também aos demais integrantes do grupo, caso o militar da torre estivesse
realizando fogos com a torre instável, os demais estariam comprometidos. Com
o apoio da Companhia de Engenharia de Força de Paz (BRAENGCOY) novas
travas foram produzidas, bem como foram estocadas travas sobressalentes no
kit de ferramentas do motorista, para que este rapidamente a substituísse em
caso de necessidade.
Os motoristas observaram ainda que os retrovisores utilizados nos Urutus
do BRABAT 2 eram pequenos e se mostravam ineficazes, situação esta
potencializada pelo campo de visão comprometido pela blindagem do motorista
adaptada. A solução encontrada para tal foi adaptar retrovisores maiores em
ambos os lados do Urutu.
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7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS