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Rio de Janeiro
2015
C2015 ESG
Este trabalho, nos termos de legislação
que resguarda os direitos autorais, é
considerado propriedade da ESCOLA
SUPERIOR DE GUERRA (ESG). É
permitido a transcrição parcial de textos
do trabalho, ou mencioná-los, para
comentários e citações, desde que sem
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Os conceitos expressos neste trabalho
são de responsabilidade do autor e não
expressam qualquer orientação
institucional da ESG
_________________________________
Rogério Matos dos Santos
49 f.: il.
Brazil was the a major producer and exporter of rockets, tanks, aircraft, weapons and
ammunition. Result of planning, supported by the Armed Forces, Brazilian companies
that were part of the Defense Industrial Base (IDB), as AVIBRAS, ENGESA and
EMBRAER, manufactured and sold high value-added products. Such companies
reached their peak of their production in the period between the late 1970s and the
late 1980s. But conjunctural aspects, both internal and external, have contributed to
the dismantling of the IDB in the early 1990s. Since then, Brazil has to buy their MEM
in the international market. In mid-2006, the Brazilian Army initiated the project of
New Armored Family on Wheels (NFBR), called the Guarani Project, aiming to
replace the armored today in use for over 40 years and already obsolete. This project
is in progress and is expected to be effective until 2045. In this paper, the author
present the history of the project and its current situation, analyzing the aspects that
led him to promote the revival of the armored industry in the country. After that, it
analyzes the national and international situation, in order to understand the possible
obstacles to the continuation of the Guarani Project. In conclusion, it correlates the
current time with the lived before dismantling, occurred early 1990s, indicating the
similarities between the past and the present, focusing on pointing out possible paths
to be followed to ensure the project's continuation.
2 METODOLOGIA........................................................................................... 17
5 CONCLUSÃO............................................................................................... 44
REFERÊNCIAS ............................................................................................ 48
ANEXO A – DISTRIBUIÇÃO DOS VBTP-MR ............................................. 50
10
1 INTRODUÇÃO
1
Disponível em http://www.theatlantic.com/international/archive/2012/04/the-end-of-pax-americana-
how-western-decline-became-inevitable/256388/. Acessado em 23 de agosto de 2015.
11
2
SIPRI, World Military Expenditures 2014. Disponível em www.sipri.org. Acessado em 05 de abril de
2015
3
SIPRI, World Military Expenditures 2014. Disponível em www.sipri.org. Acessado em 15 de agosto
de 2015
4
http://www.infodefensa.com/latam/2013/09/19/noticia-peru-incrementara-el-gasto-en-defensa-en-un-
1338- hasta-2018.html. Acessado em 05 de abril de 2015
14
1.1 PROBLEMA
1.2 OBJETIVOS
5
Disponível em http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/05/entenda-medidas-do-ajuste-fiscal.html.
Acessado em 15 de agosto de 2015
15
1.3 HIPÓTESE
1.4 VARIÁVEIS
2 METODOLOGIA
3.1 ORIGEM
3.2 IMPLEMENTAÇÃO
6
FINEP é uma empresa pública brasileira de fomento à ciência, tecnologia e inovação em empresas,
universidades, institutos tecnológicos e outras instituições públicas ou privadas. É vinculada ao
Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação.
22
7
Conforme Contrato nº 3/2009.
8
Entrevista com o Coronel Taylor de Carvalho Neto, atual Supervisor do PEE Guarani concedida em
22 de julho de 2015.
9Participaram da Reunião Gen Farias (COLog), Gen Etchegoyen (EME) e Gen Juarez (DCT)
28
10
Entrevista com o Coronel Taylor de Carvalho Neto, atual Supervisor do PEE Guarani concedida em
22 de julho de 2015.
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4 ANÁLISE DA CONJUNTURA
das fronteiras aos riscos: migração, tráfico de drogas e armas, pirataria, lavagem de
dinheiro, terrorismo, crime organizado, degradação ambiental e a instabilidade
política de seus vizinhos sul-americanos. Duas fronteiras são as mais vulneráveis: o
Cone Sul, na região da tríplice fronteira Brasil-Paraguai-Argentina, e a Amazônia. Na
palestra para o Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia, em maio de 2015, o
titular da Delegacia da Polícia Federal de Foz do Iguaçu disse que não há um
controle sistemático do fluxo de pessoas e mercadorias na fronteira entre o Paraguai
e o Brasil.
Avaliando a segurança humana, o Brasil também possui muitos problemas,
afetando outra dimensão de segurança, a da segurança pública. Dada a ausência do
Estado, problemas de governança, baixo crescimento, perda de controle dos setores
estratégicos (defesa, energia, transportes e telecomunicações), a não atenção
continuada ao setor social, houve um aumento da violência urbana, da miséria e
exclusão. Esta fragmentação afeta a projeção internacional. Sistematicamente, as
FA tem sido empregadas para em operações de GLO, cujo objetivo em síntese é a
garantia da segurança pública.
Segurança interna e externa são interdependentes, reforçando-se e/ou
anulando-se mutuamente.
O Brasil está entre os cinco maiores países possuidores de riquezas naturais
ou construídas do planeta. Para garantir a sua preservação e proteção, há que se
desenvolver conveniente e adequadamente a sua capacidade de defesa. A extração
de petróleo da plataforma continental proporcionou a autosuficiência do Brasil. É da
“Amazônia Azul” que provém cerca de 89% do petróleo nacional, mais de 1,5 milhão
de barris/dia, gerando recursos de mais de US$ 3 bilhões mensais. Além de possuir
outras riquezas minerais e marinhas, nossa costa cobre cerca de 8 mil km de
extensão.
A maioria das reservas indígenas estão localizadas exatamente sobre ricos
depósitos minerais, principalmente na Amazônia Brasileira; sendo que, muitas delas
fazem fronteira com países vizinhos. O Brasil possui inúmeras riquezas naturais,
entre outras cerca de 98% das reservas de Nióbio conhecidas, a sexta maior reserva
do mundo de urânio, um dos maiores lençóis freáticos de água potável do mundo, o
Aquífero Guarani, etc.
Fazemos parte do grupo dos países com grande potencial de
desenvolvimento, os chamados BRICS. Deste grupo, é o Brasil que tem a maior
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reserva florestal e de água doce do planeta e o único que não possui tecnologia
nuclear para sua defesa. Diante de tamanho patrimônio a ser defendido, será que o
Estado Brasileiro pode prescindir de uma Indústria Nacional de Defesa vigorosa e de
suas Forças Armadas bem equipadas e adestradas?
Desde a Proclamação da República até a criação do Ministério da Defesa
(MD) em 1999, a Política de Defesa não estava centralizada em um único Órgão.
Além dos Ministérios da Marinha, Exército e da Aeronáutica, havia também a Casa
Militar e o Estado Maior das Forças Armadas (EMFA). Todos tinham atribuições
diretas ou indiretas com a política de defesa nacional.
Uma das primeiras tentativas do Estado Brasileiro em legislar sobre a
Política de Defesa, de forma centralizada, foi a criação da Câmara de Relações
Exteriores e de Defesa Nacional (CREDEN) no Conselho de Governo em maio de
1996. A CREDEN reuniu os Ministérios das Relações Exteriores, de Justiça, da
Marinha, da Aeronáutica, o Estado Maior das Forças Armadas, a Casa Civil, a Casa
Militar e a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). A recém criada Câmara
divulgou, em setembro do mesmo ano, a PDN que buscou instituir um consenso
sobre o planejamento da Defesa, bem como centralizar a administração da Defesa
no Brasil.
Na década de 1990, o gerenciamentodo assunto defesa ainda estava
pulverizado em diferentes órgãos do Estado. Por isso, legislar sobre o assunto era
extremamente difícil. O Poder Executivo viu a necessidade de uma reforma, a qual
se pautou nas ideias de aperfeiçoamento do sistema de defesa nacional, formalizar
uma política de defesa sustentável e integrar as três Forças Armadas, racionalizando
as suas atividades. Além desses, também compuseram os objetivos desta reforma,
uma maior articulação entre civis e militares e, também, entre as Forças Armadas e
o Itamaraty.
Diante de tal quadro, o MD foi instituído em 10 de junho de 1999, ainda no
governo de Fernando Henrique Cardoso, por meio da Lei Complementar n° 97, de
09 de junho de 1999, com a finalidade de estabelecer políticas ligadas à defesa e à
segurança do país.
O PDN de 1996 ficou muito aquém das expectativas de especialistas e
estudiosos do tema. Estes esperavam algumas definições e limitações mais claras –
particularmente em relação aos conceitos de “Defesa” e “Segurança” e ao emprego
das FA – nem cumpriu os objetivos norteadores da revisão da Defesa do Brasil,
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gerando discussões que perduraram até o primeiro mandato de Luiz Inácio Lula da
Silva como Presidente do Brasil.
Ao longo de 2004, o MD promoveu rodadas de interessantes e intensos
debates sobre segurança e Defesa, no Centro General Ernani Ayrosa, em Itaipava-
RJ. A tentativa do Ministro da Defesa, José Viegas Filho, era levar o tema para a
agenda pública. Apesar do esforço, o assunto defesa permaneceu afastado da
agenda pública e tal fato dificultava a reflexão sobre missão e emprego das Forças
Armadas, além decontribuir para a falta de cultura da Defesa na sociedade.
Assim, em 30 de junho de 2005, pelo Decreto nº 5.484, foi aprovada a nova
PDN, o documento de mais alto nível do planejamento de defesa, tendo por
finalidade estabelecer objetivos e diretrizes para o preparo e o emprego da
capacitação nacional, com envolvimento dos setores militar e civil, em todas as
esferas do Poder Nacional.
O afastamento da sociedade do assunto defesa começou a reverter sua
tendência durante a gestão de Nelson Jobim à frente do MD. Fruto de seu trabalho,
o presidente Lula aprovou a Estratégia Nacional de Defesa em 18 de dezembro de
2008. A END aproximou o assunto da sociedade e o trouxe para a agenda pública.
A Câmara aprovou em 12 de setembro de 2013, o Projeto de Decreto
Legislativo 818/13, o qual contém os textos atualizados da PND e da END. Aprovou
também a primeira edição do Livro Branco de Defesa Nacional. Os documentos
foram encaminhados ao Congresso pelo Executivo ainda em 2012, atendendo ao
que estabelece a Lei Complementar 97/99, segundo a qual os três documentos
devem ser enviados ao Legislativo a cada quatro anos, com suas respectivas
atualizações. O texto já havia sido aprovado pelo Senado e foi promulgado.
A PND fixa os objetivos da Defesa Nacional e orienta o Estado sobre o que
fazer para alcançá-los. A END, por sua vez, estabelece como fazer o que foi definido
pela Política. Os documentos pavimentam o caminho para a construção da Defesa
que o Brasil almeja. Uma Defesa moderna, fundada em princípios democráticos,
capaz de atender às necessidades de uma nação repleta de riquezas e inserida num
mundo turbulento e imprevisível como o atual.
A reedição da PND e da END procurou conscientizar a sociedade brasileira
sobre a importância do tema para o País. A Defesa não deve ser assunto apenas
dos militares ou do governo; deve ser uma preocupação de toda a sociedade.
35
11
Disponível em http://www.vermelho.org.br/noticia/262719-1 Acessado em 24 de julho de 2015.
36
12
Disponível em http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-esta-de-volta-ao-mercado-de-
armas. Acessado em 13/07/13
13
Disponível em http://www.bcb.gov.br/?FOCUSRELMERC. Acessado em 07 de julho de /2015
38
14
Disponível em http://www.defesanet.com.br/bid/noticia/19226/Cortes-no-Orcamento-ameacam-a-
linha-de-blindados-da-Iveco-e-atividade-militar-da-Embraer/ Acessado em 24 de julho 2015
40
Porém ainda não há garantias de que tais medidas serão suficientes para
assegurar o prosseguimento do Projeto NFBR. A conjuntura é muito dinâmica e
novas ameaças podem surgir. O fraco desempenho econômico do país e os
cenários para 2016 e 2017 são ameaças em potencial.
15
Disponível em http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2013/08/28/blindados-uma-
autossuficiencia-abortada . Acessado em 26 de julho de 2015
16
Disponível em http://economia.estadao.com.br/noticias/geral, brasil-esta-de-volta-ao-mercado-de-
armas,20020905p37101. Acessado em 26 de julho de 2015
42
17
Disponível em http://funag.gov.br/loja/download/978-
Obras_do_Barao_do_Rio_Branco_IX_discursos.pdf. Acessado em 25 de julho de 2015.
44
5 CONCLUSÃO
e difícil além de requerer firme liderança estratégica com visão de antecipação aos
fatos. A situação exige que as FA mostrem o seu indispensável e intransferível papel
na defesa nacional. Faz-se necessário, também, convencer personalidades
influentes do processo decisório e opinião pública que a defesa nacional necessita
de atualização permanente do aparelhamento das Forças Armadas, com ênfase no
apoio à ciência e tecnologia para o desenvolvimento da indústria nacional de defesa.
Visa-se, com isso, à redução da dependência tecnológica e à superação das
restrições unilaterais de acesso a tecnologias sensíveis.
48
REFERÊNCIAS
______. O Projeto Guarani. Revista Verde Oliva, Brasília, DF, n. 227, abr. 2015.
Especial.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 Ed. São Paulo: Atlas,
2002. 175 p. ISBN: 85-224-3169-8.
OM Guarnição Quantidade
CIBld Santa Maria - RS 04
33º BI Mec Cascavel - PR 32
34º BI Mec Foz do Iguaçu - PR 13
30º BI Mec Apucarana - PR 13
16º Esq C Mec Francisco Beltrão - PR 04
11º R C Mec Ponta Porã - MS 12
17º R C Mec Amambaí - MS 12
57º BI Mtz Rio de Janeiro - RJ 13
1º BI Mtz Rio de Janeiro - RJ 13
2º BI Mtz Rio de Janeiro - RJ 13
36º BI Mtz Uberlândia - MG 32
3º Esq C Mec Brasília - DF 04
10º R C Mec Bela Vista - MS 12
41º Bi Mtz Jataí - GO 11