Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
COMUM
CEAG
Edições(es):
3a Edição:
TC QOECOM BRIZON – 2022
MAJ INF Walter – 2022
4a Edição:
TC QOECOM BRIZON – 2022
MAJ INF Walter – 2022
Revisor(es) Pedagógico(s):
2T QOCON PED ÉRICA – 2024
Revisor(es) Estilístico – gramatical:
2T QOCON MRM LÍLIAN – 2023
Revisor(es) de Diagramação:
1S QSS BMA ELEUTÉRIO – 2023
3S QESA SAD M. CARVALHO – 2024
GUARATINGUETÁ – SP
2024
DOCUMENTO DE PROPRIEDADE DA EEAR
Todos os Direitos Reservados
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a), parabéns por sua matrícula no Curso de Estudos Avançados para
Graduados (CEAG). Trata-se de um grande momento em sua carreira.
Possivelmente você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta
apostila. Entretanto, o que se pretende é sistematizar esse conhecimento de forma a capacitá-lo
para exercer as atribuições de um graduado, visto que em sua posição hierárquica, serão exigidos
conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por
militares mais modernos.
1) Registre suas observações iniciais sobre o texto destacando os pontos mais relevantes.
3) Compare o texto a outras leituras que você já tenha realizado sobre assuntos similares
(Quais correlações e associações você pode fazer com relação ao texto? Faça breves
anotações, infográficos ou desenhos.
5) Estabeleça um diálogo sobre o texto utilizando o fórum entre pares no AVA. Você
poderá construir um “mapa mental” sobre o assunto estudado.
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
2) Competências e Liderança;
4) Avaliação de desempenho.
A liderança transacional ocorre quando o contato entre o líder e seus liderados existe com
o propósito de efetuar trocas de valor, podendo envolver aspectos econômicos, políticos ou
psicológicos (BASS, 1990).
Nesse estilo de liderança, o líder trabalha com interesses e necessidades primárias dos
seguidores oferecendo recompensas em troca de esforço para alcançar os resultados
organizacionais desejados.
Esse estilo de liderança utiliza dois fatores para exercer a influência: Gestão da Exceção e
Recompensa Contingente.
Gestão da Exceção
negativo, normalmente retirando benefícios ou apresentando restrições para aqueles que não
alcançaram as metas organizacionais (NORTHOUSE, 2007).
Sosik e Jung (2010) destacam que a gestão da exceção pode se manifestar basicamente de
duas maneiras: ativa e passiva. A forma passiva se caracteriza por uma postura de espera, como a
do bombeiro, ou seja, o líder fica na sua sala esperando algo errado acontecer para poder tomar
uma atitude corretiva, a partir de uma punição, por exemplo. Ele se importa com a tarefa, mas
age apenas quando alguém comete um erro.
Recompensa contingente
Um detalhe que merece ser alvo de reflexão está associado a uma condição subjacente à
utilização da gestão da exceção e da recompensa contingente. O primeiro elemento geralmente
se estabelece a partir da ameaça e da punição, gerando um ambiente permeado pelo medo. Esse
A liderança transacional pode ser usada quando for pertinente para corrigir rumos, acertar
arestas e, principalmente, quando os liderados continuarem adotando comportamentos
inadequados, apesar das tentativas de influência por outras vias. O líder pode utilizar tanto a
punição quanto a recompensa para exercer influência, desde que a situação seja adequada a cada
caso.
Deve-se destacar que, quando o tempo para realizar uma tarefa é muito curto, a atitude
transacional apresenta aplicabilidade e gera resultados satisfatórios.
➢ influência idealizada;
➢ motivação inspiracional;
➢ estimulação intelectual; e
➢ consideração individualizada.
Por meio desses elementos, esse modelo espera: (1) elevar os níveis de consciência dos
liderados a respeito do valor e da importância dos objetivos estabelecidos; (2) levar os liderados
a transcender seus próprios interesses para o bem da organização; e (3) mover os liderados para
buscar necessidades cada vez mais amplas (BASS, 1990).
Para que você compreenda melhor esses elementos, esses serão discutidos
com maiores detalhes nos parágrafos a seguir.
Influência Idealizada
Nas palavras de Northouse (2007), a influência idealizada descreve líderes que atuam
como um exemplo de conduta para seus liderados. Nesse sentido Sosik e Jung (2010) destacam
também que o líder deve demonstrar, constantemente, coerência entre o que diz e o que faz.
Ademais, ele deve, sempre que possível, falar sobre os seus valores e crenças a seus liderados,
sinalizando o alinhamento existente entre esses valores e as regras de conduta inerentes à
organização e às suas atividades. A partir dessa postura, é interessante que o líder aponte para os
aspectos morais e éticos de suas decisões, deixando bem claro que o bem comum e os interesses
da instituição estão acima dos interesses pessoais.
Dessa forma, espera-se que o líder personalize um ideal a ser seguido, demonstrando que
os valores cultuados pela organização podem, e devem, ser seguidos, criando também uma
relação de identificação recíproca.
Outra faceta da influência idealizada, segundo Sosik e Jung (2010), é a atitude do líder
que constantemente chama a atenção para a missão da instituição, dando um sentido mais amplo
para o trabalho de cada um e valorizando o processo de cooperação e interdependência, na busca
constante da excelência por meio do trabalho em equipe. Ademais, é importante demonstrar no
seu discurso e nas suas atitudes que acredita que os obstáculos serão superados, retroalimentando
o sentimento de confiança mútua, elemento essencial para qualquer equipe madura. Enfim, o
líder deve ser uma pessoa íntegra, ou seja, as suas atitudes e seus comportamentos devem ser
pautados pela ética, honestidade, honradez e retidão de caráter.
Motivação Inspiracional
Esse elemento representa os líderes que motivam e inspiram seus liderados a se
comprometerem serem responsáveis pela evolução da organização. Nesse ponto, deve-se
ressaltar a importância em estabelecer objetivos desafiadores aos subordinados. Entretanto,
segundo Sosik e Jung (2010), esse discurso precisa ser impregnado de entusiasmo, energia e
otimismo, pois, dessa forma, o líder tem mais condições de inspirar as pessoas e motivá-las a
fazer o que precisa ser feito.
A interação entre esses dois elementos é essencial, tendo em vista que possuem
características complementares. Um dos aspectos mais significativos do resultado da interação
entre esses dois elementos tem relação com a manutenção de uma rede sólida de valores
organizacionais, considerada como um dos caminhos mais eficazes para promover o
compromisso dos liderados.
Um líder deve ter a capacidade de construir a união de sua equipe com a finalidade de atingir
um objetivo.
Estimulação Intelectual
O líder que utiliza o conhecimento dos seus subordinados a favor do processo cria neles
uma sensação de pertencimento, fazendo com que percebam que suas opiniões são ouvidas e
constituem importante parte do fluxo institucional, além de promover um ambiente propício para
que todos se sintam motivados. Ademais, a solução encontrada pelo grupo tende a ser melhor do
que seria se apenas uma pessoa pensasse isoladamente.
Consideração Individualizada
melhoria dos processos na busca incessante pela excelência dos resultados, a partir da
consolidação de um estado motivacional intrínseco dos envolvidos.
Os líderes não devem abdicar da sua responsabilidade, sendo relevante que, dependendo
das circunstâncias, adotem uma postura transacional e/ou transformacional. Nesse ponto, Yukl
(2006) defende que a liderança transformacional, quando comparada com a liderança
transacional, aumenta a motivação e o desempenho dos liderados de maneira mais duradoura.
Migueles e Zanini (2009) defendem que a liderança transformacional promove o alinhamento
das expectativas e dos valores individuais e organizacionais, conferindo personalidade às
relações de trabalho e trazendo maior confiança entre os liderados e o líder. Esses autores
denominam este modelo como “liderança baseada em valores” (MIGUELES; ZANINI, 2009).
Yukl (2006) argumenta que líderes eficientes utilizam uma combinação dos dois
modelos. Portanto, a liderança transacional deve ser utilizada em contextos específicos, sem
excessos, equilibrando sua utilização com elementos da liderança transformacional. A figura 1
demonstra a utilização da liderança transacional em conjunto com a liderança transformacional.
FIGURA 1: USO DAS LIDERANÇAS TRANSACIONAL E TRANSFORMACIONAL
LIDERANÇA TRANSFORMACIONAL
LIDERANÇA
TRANSACIONAL
Recompensa
Contingente Desempenho
Resultados
Acima das
Esperados
Expectativas
GestãodaExceção
Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você saiu inteiro desse nosso
contato com este tema tão apaixonante!
Para finalizar a perspectiva com o foco na díade líder/liderado, é importante que se tenha
consciência do impacto da atuação do líder na cultura organizacional. Para Schein (2009),
liderança e cultura organizacional são dois conceitos inseparáveis, que não podem ser entendidos
isoladamente. Primeiro porque a cultura de uma organização determina os critérios para a
liderança e, segundo, porque é função do líder coordenar o gerenciamento e a evolução da
cultura.
Pode-se relacionar à formação dos valores pela cultura organizacional com a abordagem
de liderança utilizada (MIGUELES; ZANINI, 2009). A adoção de uma abordagem transacional
ou transformacional de liderança tem relação direta com o desenvolvimento de novas percepções
acerca da atividade organizacional, acarretando a formação de novos valores e,
consequentemente, de novas culturas, convergentes ou divergentes aos objetivos
organizacionais.
“Como dar praticabilidade a essa asserção preservando o mito dos distintivos? Como
introduzir o fator renovação basicamente uma atitude coletiva para melhorar e renovar, na
dinâmica funcional de uma organização militar de guerra? Como tornar compatível o
relacionamento de obediência do sistema hierárquico com a necessidade de questionamento
criativo? Como criar entre soldados de todos os níveis uma atração corajosa e permanente pelo
novo, pela proposta nova, pelo audacioso?” (O Caráter dos Soldados- Cel ref João Manoel
Simch Brochado (BIBLIEX, 1999).
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal
avaliar seu grau de assimilação em relação ao conteúdo que
foi visto neste capítulo? Não se preocupe caso não saiba
responder prontamente. A proposta é que você consulte as
suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante
é que você resolva os exercícios a seguir.
1. A liderança transacional ocorre quando o contato entre o líder e seus liderados existe
com o propósito de efetuar ________________, podendo envolver aspectos
________________,________________, e/ou ________________.
5. Descreva a diferença de atitudes entre o líder com o comportamento ativo e outro com
comportamento passivo dentro do processo de gestão da exceção.
Disponível no AVA.
Veja isso!
Para isso, a teoria da escada de COG é uma importante ferramenta para percepção do
funcionamento de uma equipe, pois nela Charrier (1972) define os cinco estágios de
desenvolvimento de equipes e qual o estilo que o líder deve ter em cada um deles. Relacionando-
os com as cinco dimensões de competências (C-H-A-V-E), definidas na apostila de liderança I
do CAS.
FONTE:CHARRIER(1972)
Dito de outra forma, não se deve ignorar problemas de relacionamento e conflitos que
estejam ocorrendo na equipe só porque há um prazo relacional curto. Até mesmo porque, para
que o líder seja diretivo e consiga chamar a atenção da equipe para o foco na missão, ele terá que
ter habilidade de construir relacionamentos capazes de produzir a cooperação.
Para atuar dentro dos estilos de liderança definidos em cada estágio (diretivo, coaching,
suporte e delegar) o militar pode se utilizar dos elementos do modelo de liderança “Full Range”.
Como esse modelo de liderança consiste numa faixa de atuação, o líder pode transitar e agir, de
acordo com o que julgar como necessidade da equipe no momento. Por exemplo: a gestão da
exceção e recompensa contingente, elementos da liderança transacional, apresentam resultados
mais rápidos, podendo ser utilizados nos estágios nos quais o líder precisa ser mais diretivo,
pontual. Já os elementos da liderança transformacional (influência idealizada, motivação
inspiracional, e intelectual e consideração individualizada) necessitam de mais tempo para serem
desenvolvidos, porém são bastante indicados para os estágios 3, 4 e 5 da escada de COG, uma
vez que permitem construir um relacionamento de confiança duradouro, que desenvolvem nos
subordinados competências para atingirem seu pleno potencial.
Para Rouco (citado por SPENCER e SPENCER, 2012 a liderança inspira e entusiasma os
outros por meio de uma visão partilhada, concretizada nos comportamentos. As competências
listadas anteriormente demonstram maneiras de se obter resultados superiores em uma equipe
por meio do estabelecimento de um canal de comunicação aberto, que constrói confiança e
encoraja os subordinados a acreditar e internalizar os valores da organização, praticando-os em
seu dia a dia, numa mesma visão de futuro. Somado a isso, a partilha do poder e um elevado
envolvimento no processo de tomada decisão motivam os integrantes da equipe a participarem,
implicarem-se no processo do cumprimento da missão, produzindo neles influência não só no
nível do comportamento, mas sobretudo no nível de atitudes e percepção.
O militar que exerce a função de liderança em sua equipe, independente de seu nível
hierárquico, deve buscar desenvolver tais competências a fim de produzir um processo de
4. Portanto, pode-se afirmar que a primeira competência que um líder deve ter é a
____________________________, _____________________, para, a partir disso, julgar quais
recursos poderão ser utilizados para efetivar um _____________________ para o cumprimento
da missão.
A partir das teorias apresentadas neste manual, que são frutos da introspecção e das
experiências vividas por vários líderes, construa a sua própria lista de conselhos, viva sob essas
regras e inspire os seus subordinados a encontrarem o seu próprio estilo de liderança, mas não se
esqueça:
EEAR CEAG - LIDERANÇA TRANSACIONAL E TRANSFORMACIONAL 29 / 71
➢ Seja firme: estabeleça um elevado padrão de performance da sua equipe e insista para
que eles alcancem a performance esperada. Não nivele por baixo nem pela média. Reconheça os
que superam as suas expectativas e corrija aqueles que não alcançarem o padrão exigido. A
longo prazo, as pessoas ficarão felizes e orgulhosas do trabalho que elas desenvolveram. É muito
provável que o moral da tropa aumente, o padrão de apresentação pessoal melhore e você
trabalhe com pessoas orgulhosas por fazer parte dessa equipe.
➢ Saia de trás da sua mesa: veja com os seus próprios olhos o que está acontecendo no
seu ambiente de trabalho. Seus subordinados perceberão que você está interessado nos
problemas deles, nas dificuldades em cumprir as tarefas, suas condições de trabalho e o bem-
estar de todos. Muitos dos seus problemas relacionados ao gerenciamento de recursos humanos
diminuirão ao adotar esse hábito.
➢ Procure os problemas: se você acredita que não existem problemas em sua unidade,
provavelmente apenas não está ciente da existência de óbices que não sejam óbvios. O segredo
para conhecer esses obstáculos é fomentar um ambiente que encoraje as pessoas a trazê-los até
você. A maneira como você lida com os problemas dará o tom para o seu efetivo sentir-se seguro
em comunicar outros potenciais contratempos a você. Se um líder tem o hábito de “atirar no
mensageiro”, ele só receberá notícias que o agradem, mas isso não quer dizer que os problemas
não existam.
➢ Não dê algo por certo. Cheque!: não suponha que os problemas foram resolvidos.
Ao invés disso, verifique pessoalmente. Além disso, não suponha que o problema resolvido
continuará resolvido. A probabilidade que os problemas “resolvidos” voltem a acontecer é alta
então monitore e critique o processo. Lembre-se disso: “atitudes e processos iguais, problemas
iguais”.
➢ Não se iluda, você vai errar: lembre-se, nem você, nem as pessoas ao seu redor são
perfeitos. É da natureza humana cometer erros,portanto, não fique na defensiva quando as coisas
derem errado. Nada é pior do que um indivíduo que nunca faz nada de errado e tem sempre na
ponta da língua um álibi para todo e qualquer problema que tenha ocorrido sob a sua supervisão.
Esse deslocamento da responsabilidade do indivíduo para o meio é muito comum e é tratado
como um mecanismo de defesa dos seres humanos chamado de “deflexão” pela psicologia.
(POLSTER e POLSTER, 1979)
➢ Não procrastinar: não adie as decisões (principalmente as mais críticas) porque você
não está a fim de decidir o que fazer sobre o problema hoje. Não se iluda: amanhã não será mais
fácil decidir. Isso não significa que você deve se precipitar ou debruçar-se sobre o problema de
qualquer jeito com o único objetivo de se livrar dele. Entretanto, assim que você tiver definido a
atitude ou decisão correta a ser tomada, aja de imediato. Não seja você o empecilho na resolução
do problema.
➢ Não tolere a incompetência: tão logo você perceba que as pessoas estão dando sinais
de desinteresse, preguiça ou falta de habilidade para cumprir a tarefa, você deve ter a coragem
moral de fazer o que é certo. Às vezes as correções serão mais sutis, por meio de ações
disciplinares. Às vezes será necessário tomar providências que poderão, inclusive, afetar ou
mesmo interromper a progressão na carreira das pessoas. É seu dever como líder prover
assessoramento honesto à FAB sobre as potencialidades e defeitos dos recursos humanos sob sua
supervisão. Tão importante quanto afastar as pessoas que não conseguem cumprir com as suas
obrigações é reconhecer e encorajar aqueles que se destacam no cumprimento delas. Tenha
certeza que eles farão ainda melhor o trabalho.
➢ Seja honesto: seja honesto ao comunicar um fato e exija que sua equipe faça o
mesmo ao comunicar-se com você. Os seus subordinados espelharão o seu comportamento,
então não tenha receio de falar honestamente. Nada é mais desastroso do que meias-verdades,
distorções e informação “floreada”, feita para agradar quem a ouve, ainda que seja uma notícia
ruim. Deixe que os seus subordinados saibam qual é a sua opinião sobre o problema. Encoraja-os
a irem até você quando quiserem saber a sua opinião sobre algo que esteja ocorrendo na unidade.
Você precisa criar um ambiente de confiança entre os membros da sua equipe. E, finalmente,
seja honesto consigo mesmo. Não mascare os relatórios, nem esconda as informações menos
agradáveis dos seus supervisores. Lembre-se que os seus subordinados observarão o seu
comportamento com os seus superiores hierárquicos para saberem como agir. Se eles perceberem
que o que importa é que as coisas pareçam bem, eles farão de tudo para esconder tudo aquilo que
não for uma boa informação.
➢ Seja Responsável: o bom líder deve estar pronto para assumir a responsabilidade
pelos seus atos, assim como, deve estar preparado para responsabilizar seus subordinados pelas
ações deles. Todos devem ser preparados para lidar com problemas difíceis, encarando-os com
coragem, bem como discernir o certo do errado. Para isso, às vezes, o líder deve corrigir os
desvios de conduta. Sob a perspectiva da liderança, nada pode ser mais danoso para os
subordinados do que a percepção de que o líder faz aplicação seletiva de punições, e que, para
uma mesma falha, o líder toma diferentes atitudes.
➢ Envolva-se: bons líderes envolvem-se nas carreiras dos subordinados que, ao perceber uma
preocupação genuína, passam a empregar um esforço extra como devolutiva. A liderança pode
ser observada no grau de eficiência, produtividade, moral e motivação demonstrada pelos
subordinados. O envolvimento do líder é, portanto, o ingrediente fundamental para maximizar a
performance do trabalhador e, por extensão, o sucesso da missão.
➢ Dê o exemplo: dar o exemplo pode ser, às vezes, a parte mais difícil do exercício da
liderança. Entretanto, para ter sucesso, o líder deve constantemente realizar uma
autoavaliação e trabalhar as suas fraquezas. Líderes eficientes inspiram para o
cumprimento da missão em vez de guiar as pessoas. Eles tomam decisões justas e firmes
que são voltadas para o bom interesse da manutenção da ordem e disciplina, além do
cumprimento exitoso da missão. O papel do líder vai muito além do que ser responsável
pelo cumprimento da missão. Não se espera de um líder eficaz que apenas cumpra a
missão. Dele é esperado que exerça influência sobre o grupo e lidere a sua equipe para o
cumprimento da missão com cada vez menos recursos humanos, materiais e financeiros.
Apesar de ninguém exigir que o líder seja perfeito, um líder não pode exigir o melhor dos
seus subordinados se ele mesmo não tem o desempenho esperado. Por isso, dar o
exemplo é fundamental para que a liderança seja eficiente.
➢ Invista na formação de novos líderes: talvez o último e grande desafio de um líder seja
a formação de novos líderes. Dito de outro modo, ninguém pode considerar-se
verdadeiramente um líder a menos que o produto de sua atuação frente a um grupo seja a
construção do espírito de liderança em seus subordinados. Portanto, invista em seus
seguidores: fomente neles o desejo, as condições e a capacidade de também serem
líderes.
➢ Estou disposto a assumir riscos razoáveis para permitir que meus subordinados
cresçam e tornem-se mais produtivos?
➢ Eu realmente ouço o que está sendo dito ou só espero a minha vez de falar? Eu
consigo deixar de emitir um julgamento até eu conseguir reunir todos os fatos?
➢ Estou disposto a aceitar as falhas dos meus subordinados como sendo minhas e
reconhecer o sucesso deles como sendo deles?
Enfim, esses são os conselhos básicos retirados da sabedoria e vivência de outros, e que
se mostram sólidos ainda hoje. É claro que conselhos dessa natureza ajudam a guiar o líder
menos experiente, mas o sucesso depende muito mais de onde e de como o líder vai aplicar estes
breves conselhos. O melhor momento para começar a praticar esses ensinamentos é agora, no
seu ambiente de trabalho.
A sua área de influência pode ser pequena hoje, mas, acredite, ela vai aumentar conforme
você vai ascendendo na sua carreira na Força Aérea Brasileira. Então, não deixe para aplicar os
conceitos aqui descritos apenas quando ou se for designado para uma função de comando.
Conforme visto no início desse capítulo, a FAB espera que cada um dos seus componentes
desenvolva seu estilo próprio de liderança e que comece a exercer a influência sobre outros para
inspirá-los no cumprimento da sua missão.
2. A Força Aérea Brasileira espera que cada um dos seus componentes desenvolva seu estilo
próprio de ______________________________ e que comece a exercer a
______________________________ sobre______________________________ para
______________________________ no cumprimento da sua missão.
3. Responda as perguntas contidas no tópico II, analise-as e verifique o tipo de liderança que
você está propenso a desenvolver.
4 – AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
O ser humano é o grande diferencial das organizações, pois a forma como ele
desempenha suas funções impacta diretamente no alcance dos resultados organizacionais. Não
basta tecnologia de ponta para o sucesso organizacional, precisa-se de capital humano bem
preparado para utilizá-la. Desse modo, faz-se necessário avaliar sistematicamente e gerenciar o
desempenho humano a fim de contribuir para a melhoria contínua da performance de cada
profissional, o que, consequentemente, impacta no cumprimento da missão organizacional.
Assim, avaliação está atrelada ao ato de mensurar, ou seja, atribuir valor a algo. Já
o desempenho refere-se ao comportamento, conduta e resultados apresentados. Logo, a avaliação
de desempenho:
Você sabia?
Constituir uma base para decidir sobre progressões, promoções, demissões e recisões.
É consenso entre os mais renomados teóricos da área que uma das razões
principais para implementação de um programa de avaliação de desempenho é melhorar a
performance dos colaboradores, bem como, promover o seu desenvolvimento e,
consequentemente, o da empresa. Entretanto, é importante ressaltar, que tais aspirações só
poderão ser atingidas com o engajamento e comprometimento dos avaliadores e avaliados
durante todo o processo.
O acesso a essa informação se dá por meio do feedback, que além de ser uma das
mais importantes ferramentas de gestão de pessoas, é também uma manifestação de respeito pelo
profissional avaliado, que só assim poderá saber onde está falhando e como melhorar. Assim, a
própria intensificação da comunicação entre avaliador e avaliado pode ser apontada como mais
um benefício da avaliação de desempenho.
Sobre feedback:
Etapa 1: Planejamento
Etapa 2: Acompanhamento
As orientações poderão ser dadas por meio das entrevistas de avaliação, que
consistem em um diálogo entre avaliador e avaliado, com vistas ao aprimoramento do
desempenho do graduado e deverá ser realizada ao longo de todo período de avaliação. O
avaliado pode, a qualquer tempo, dentro do PPA, respeitados os preceitos hierárquicos e
disciplinares, dirigir-se ao seu avaliador e perguntar sobre o seu desempenho, mormente sobre os
pontos nos quais deve melhorar.
Etapa 3: Avaliação
d) ser justo nos conceitos, bem como coerente e objetivo nas observações.
Para que a entrevista final cumpra seu propósito, recomenda-se que o avaliador:
Fatores apreciados
Conceito Profissional
Níveis de desempenho
Condicionamento Físico
De acordo com o item 4.7 da NSCA 54-3, neste campo o avaliador considerará a
Apreciação de Suficiência e a Conceituação Global referentes ao 2º TACF, observando as
especificidades daquela legislação.
Conforme preconiza a parte final do subitem 6.4.1 da NSCA 54-3, quando a não
realização do TACF anual for julgada injustificada, o graduado estará sujeito a apuração de
transgressões disciplinares, conforme decisão do Comandante, Chefe ou Diretor da OM em que
serve o militar, hipótese em que o avaliador deverá relatar os efeitos da eventual aplicação de
punição nos fatores Disciplina e Responsabilidade da avaliação de desempenho.
Conceito Moral
● punições disciplinares;
Tais aspectos demeritórios, portanto, devem ser relatados pelo avaliador na ficha
de avaliação do militar (CPG-1), já que eles consistem em atos, fatos e situações concretas que
refletem o real desempenho do graduado no período avaliativo.
Quando for aplicada punição disciplinar ao avaliado e nos casos em que responder
a procedimentos administrativos e/ou processos judiciais, o avaliador deverá relatar os efeitos
decorrentes da punição e desses procedimentos ou processos no desempenho do avaliado dentro
do PPA, por força do que preceituam os arts. 28, 42 e 43 do Estatuto dos Militares e demais
normas aplicáveis.
Por outro lado, os efeitos negativos são aqueles que obstaculizam a ascensão do
graduado com ou sem estabilidade na carreira, o que impede as promoções por merecimento, a
seleção para cursos, concursos e estágios, bem como a prorrogação do tempo de serviço (esta
para os não estabilizados).
Em razão desse efeito híbrido (positivo e negativo), o avaliador deve ter especial
atenção ao processo avaliativo, compreendendo-o na sua essência como algo que impacta
diretamente no desempenho da carreira do graduado. Ademais, deve estar ciente de que o seu
papel é fundamental para o sucesso da avaliação de desempenho.
➢ Dê atenção total à pessoa que está recebendo o feedback. Nada de dividir a sua
atenção com o celular ou algum outro distrator naquele momento;
➢ Não se limite a oferecer feedback uma única vez ao ano, mas de forma
tempestiva, ou seja, imediatamente após o desempenho a ser elogiado ou corrigido.
pontos altos da escala, o erro de leniência afeta o processo de avaliação em seus propósitos, uma
vez que a avaliação de desempenho deixa de ser fator de estímulo para o aprimoramento
profissional dos graduados. Assim, o processo de seleção dos militares de maior mérito para
promoções e funções relevantes é privado de uma de suas principais referências.
A Ficha CPG-8 A CPG-8 é emitida pelo Presidente da CPG e tem como propósito
zelar pela qualidade da avaliação. Destina-se a avaliadores, revisores, coordenadores e
comandantes (exceto aos Oficiais-Generais) que porventura deixem de cumprir as orientações
estabelecidas nas instruções relativas às avaliações de graduados do COMAER (ICA 39-17),
especialmente em caso de:
for objeto de CPG-8 será devolvida à OM do avaliado para as correções necessárias nas
hipóteses elencadas no subitem 12.3.2 da ICA 39-17, por meio de Ficha CPG-6.
Portanto, gerir o desempenho por competências é fazer, por meio das pessoas,
com que a organização cumpra sua missão. Para isso, é imprescindível que o avaliador seja
capaz de dar e receber feedback para o adequado gerenciamento das contribuições humanas aos
resultados organizacionais.
ATENÇÃO...
Os indicadores precisam estar acompanhados de metas!
Ex: Para que um aviador saiba se está na direção correta, precisa saber para onde está indo.
Analogamente, um indicador de desempenho que não tenha meta explícita não permite ao
gestor de desempenho saber se o avaliado está cumprindo o que a Organização Militar
espera dele.
As metas inovadoras dizem respeito aos objetivos que indicam novas iniciativas a
serem implementadas na organização. Já as metas de melhorias referem-se a aperfeiçoamentos
ou reformas nas áreas de resultados ou no funcionamento da organização. Por último, as metas
de continuidade compõem o conjunto de ações ou atividades que já apresentam resultados no
nível desejável de eficácia, devendo apenas ser gerenciadas no sentido de continuidade e da
manutenção dos resultados esperados.
As metas explicitam onde o avaliado deverá chegar e o que precisa alcançar. Elas
devem ser definidas de acordo com o modelo SMART, como pode ser visto na figura a seguir:
Específica: As metas devem ser descritas com o máximo de precisão, sem que
haja ambiguidade, facilitando o entendimento por todos.
Atingível: Metas que não são alcançáveis destroem a motivação das equipes.
Temporal: Com tempo infinito toda meta é alcançável, mas obviamente ninguém
dispõe de tempo infinito. Por isso é fundamental que qualquer meta tenha um prazo para ser
realizada.
Utilizando esses cinco preceitos, pode-se definir metas que sejam, realmente,
efetivas.
Caro Avaliador, diante do que foi estudado neste Capítulo, fica perceptível que a
carreira dos graduados está diretamente relacionada à higidez de sua avaliação de desempenho,
razão pela qual é preciso ter em mente que tal avaliação não se trata de mero preenchimento de
formulários, mas sim da análise de fatos e de situações concretas e reais.
Portanto, esteja atento às suas responsabilidades como avaliador para que o processo
avaliativo cumpra a sua função precípua de aferir o real desempenho do graduado. Dedique-se
no cumprimento de todas as etapas, prazos e, principalmente, não deixe de fazer a interface com
o avaliado. Se um desses itens for negligenciado, todo o processo pode ficar comprometido.
Contamos com o seu empenho e desejamos sucesso no cumprimento da nobre missão de avaliar
e desenvolver pessoas!
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com
sucesso, parabéns! Esperamos que em todos esses momentos que estivemos juntos você tenha
aproveitado e aprendido muito.
Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que
damos, o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!
REFERÊNCIAS
BASS, B. M. Leadership, psychology, and organizational behavior . New York: Harper, 1960.
BASS, B. M. Bass & Stogdill’s handbook of leadership: theory, research and managerial
application . New York: The Free Press, 1990.
BURNS, J. M. Leadership . 1st. ed. New York: Harper & Row, 1978. p. ix, 530 p.
Gen Bgda Luiz Eduardo Rocha Paiva O LÍDER MILITAR: uma visão pessoal.)
NORTHOUSE, P. G. Leadership : theory and practice. 4th. ed. Thousand Oaks: SAGE
Publications, 2007.
POLSTER e POLSTER, Miriam e Erving – Gestalt terapia integrada; Tradução de Ricardo Brito
Rocha – Belo Horizonte: Interlivros, 1979.
SOSIK, J. J., & Cameron, J. C. (2010). Character and authentic transformational leadership
behavior: Expanding the ascetic self toward others. Consulting Psychology Journal: Practice
and Research, 62(4), 251–269
SPENCER, Lyle; SPENCER, Signe –Competence at work: Models for superior performance.
New York: John Wiley & Sons, 1993. ISBN 0- 471-54809-X.
YUKL, G. A. Leadership in organizations. 6th. ed. Upper Saddle River, NJ: Pearson/Prentice
Hall, 2006. p. xvi, 542 p.
YUKL, G. A.; FALBE, C. M. Importance of different power sources in downward and lateral
relations. Journal of Applied Psychology , v. 76, p. 416 - 423, 1991.
COMUM
CEAG
IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
VOLUME ÚNICO
Edições(s):
3a Edição: CAP AV PAULO – 2022
Revisor(es) Pedagógico(s):
TEN PED ÉRICA – 2024
Revisor(es) de Diagramação:
1S BMA ELEUTÉRIO – 2024
GUARATINGUETÁ - SP
2024
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................1
ESTRUTURA DA DISCIPLINA.................................................................................................2
CAPÍTULO 1 - ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL..........................3
TÓPICO 1.1 - NÍVEIS, CADEIA DE VALOR E MAPA E ALINHAMENTO
ESTRATÉGICO............................................................................................................................3
TÓPICO 1.2 - OBJETIVOS, PROJETOS E ATIVIDADES NO PLANEJAMENTO
INSTITUCIONAL.......................................................................................................................12
CAPÍTULO 2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL.....................................19
TÓPICO 2.1 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL.......................................19
TÓPICO 2.2 - PLANO DE ARTICULAÇÃO E EQUIPAMENTO DA AERONÁUTICA. 21
CAPÍTULO 3 - PLANSET E PTA.............................................................................................26
TÓPICO 3.1 - QUARTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PLANOS SETORIAIS
(PLANSET)..................................................................................................................................26
TÓPICO 3.2 - QUINTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO
ANUAL (PTA)..............................................................................................................................29
CAPÍTULO 4 - AUTORIDADE ADMINISTRATIVA NO COMAER.................................33
TÓPICO 4.1 - LIDERANÇA, AUTORIDADE E CONTROLE ADMINISTRATIVOS......33
TÓPICO 4.2 - ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO..............................................................34
CAPÍTULO 5 - GOVERNANÇA NO COMAER.....................................................................37
TÓPICO 5.1 - FUNÇÕES, ESTRUTURA, OBJETIVO, E EXERCÍCIO DA
GOVERNANÇA..........................................................................................................................37
TÓPICO 5.2 - PRINCÍPIOS E FUNÇÕES DA GOVERNANÇA..........................................43
TÓPICO 5.3 - APLICAÇÃO DA GOVERNANÇA.................................................................48
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................54
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................55
EEAR CEAG - PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB 1 / 55
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a), parabéns por sua matrícula no Curso de Estudos Avançados para
Graduados (CEAG). Trata-se de um grande momento em sua carreira.
Possivelmente você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta
apostila. Entretanto, o que se pretende é sistematizar esse conhecimento de forma a capacitá-lo
para exercer as atribuições de um graduado, visto que em sua posição hierárquica, serão exigidos
conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por
militares mais modernos.
1) Registre suas observações iniciais sobre o texto destacando os pontos mais relevantes.
3) Compare o texto a outras leituras que você já tenha realizado sobre assuntos similares
(Quais correlações e associações você pode fazer com relação ao texto? Faça breves
anotações, infográficos ou desenhos.
5) Estabeleça um diálogo sobre o texto utilizando o fórum entre pares no AVA. Você
poderá construir um “mapa mental” sobre o assunto estudado.
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
e) Explicar a elaboração dos planos setoriais e dos programas de trabalho anual (Cp);
3) PLANSET E PTA.
5) Governança no COMAER.
CADEIA DE VALOR
(Disponível no AVA)
Veja isso!
a) Habilitar a visão estratégica – permite uma visão ampla da operação e suas interfaces. Ao
evidenciar a forma pela qual a instituição opera e gera valor para a sociedade, permite o
entendimento das questões de alta relevância e possibilita a construção de objetivos
estratégicos;
Todo processo está inserido em um processo maior e pode ser decomposto em outros
processos menores. Assim, surgem os conceitos de MACROPROCESSO: “conjunto que engloba
vários processos” e SUBPROCESSO: “decomposição de um processo em seus principais
componentes”. Sendo assim, é possível verificar que o macroprocesso ultrapassa as fronteiras
funcionais e envolve vários segmentos da instituição, enquanto o subprocesso tem atuação
usualmente menos abrangente. A fim de evitar dúvidas, a terminologia “PROCESSO” pode ser
utilizada para qualquer caso.
Dessa maneira, os maiores processos descritos na cadeia de valor (nível 1), também
chamados de macroprocessos, são decompostos em vários processos (nível 2), os quais também
podem ser decompostos em processos de nível 3, e assim por diante.
É muito importante destacar que a cadeia de valor não representa, e nem deve
representar, o organograma da instituição, mas sim a contribuição de cada organização nas áreas
de negócio em que atua.
(Disponível no AVA)
Veja isso!
MAPA ESTRATÉGICO
(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?
Veja isso! v=R9Y3R4tuKzc)
(Disponível no AVA)
Vídeo 4 – INDICADORES DE
DESEMPENHO: Balanced Scorecard (BSC)
NA PRÁTICA Aprenda com o Sebrae!
Veja isso!
(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?
v=iY8vfvvvmHU)
Cada um dos níveis apresenta a mesma lógica de planejamento. Tudo se inicia com a
missão, que define a finalidade da organização, delimitando sua área de responsabilidade. Com
base na missão, são deduzidas as atividades (agrupadas em processos) que deverão ser realizadas
para o cumprimento do desígnio da OM. A partir da missão, cada organização define uma visão,
que representa seu estado futuro. Para alcançar essa visão são estabelecidos objetivos, que serão
atingidos por meio de projetos e/ou da melhoria de processos.
No nível operacional, para cumprir sua missão, cada ODSA executa uma fração da cadeia
de valor. Aquelas atividades julgadas prioritárias são denominadas atividades setoriais. Para
alcançar sua visão, os ODSA estabelecem objetivos setoriais, os quais são desdobrados em
projetos setoriais.
A execução de qualquer tipo de projeto ou atividade somente ocorre no nível tático, seja
ele representado por uma organização subordinada a um ODSA ou por seu próprio Quartel
General (QG).
Os ODSA que possuem mais de uma área de negócio são auxiliados por Órgãos
Subsetoriais (Diretorias) que atuam no planejamento, coordenação e controle de áreas
específicas, traduzindo as diretrizes setoriais para as OM subordinadas.
quer dizer que não haverá projeto ou atividade orgânica que trate de um assunto já definido em
projeto ou atividade setorial, tampouco haverá projeto setorial que tenha o mesmo objetivo de
um projeto de contribuição.
Você já passou por uma situação que lhe perguntaram algo sobre o
alinhamento estratégico do seu setor?
➢ TIPOS DE OBJETIVOS
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS
Objetivos expressam em palavras uma situação futura a ser alcançada, um resultado a ser
obtido, um produto a ser gerado ou um serviço a ser realizado. Logo, o objetivo permite um
direcionamento às ações, um rumo a ser seguido, servindo de guia para a instituição na busca
pelos resultados desejados.
Ressalta-se que, para cada objetivo estratégico, devem ser criados indicadores simples ou
compostos, que tenham por finalidade quantificar e/ou qualificar o alcance desse objetivo.
Pretende-se, portanto, estabelecer uma rede de indicadores que comunique o avanço da estratégia
organizacional.
OBJETIVOS DE CONTRIBUIÇÃO
No nível setorial, cada ODSA verifica como pode contribuir para atingir os objetivos
estratégicos, deduzindo seus próprios objetivos, denominados objetivos de contribuição.
Assim como ocorre nos objetivos estratégicos, devem ser criados indicadores de
desempenho para mensurar o avanço dos objetivos de contribuição. A partir da definição dos
objetivos de contribuição, derivados dos objetivos estratégicos, cada ODSA estabelece, em sua
área de atuação, os projetos de Contribuição que propiciarão o efeito desejado.
OBJETIVOS SETORIAIS
De modo similar ao que ocorre nos objetivos de contribuição, a partir da definição dos
objetivos setoriais, cada ODSA estabelece os projetos que propiciarão o efeito desejado,
denominados projetos setoriais.
OBJETIVOS ORGÂNICOS
As OM também podem ter necessidades de aperfeiçoar algum processo que, embora não
tenha um impacto setorial, colabore para um melhor desempenho de suas atribuições
regulamentares, contribuindo para o alcance da sua respectiva visão de futuro. Essas iniciativas
são denominadas objetivos orgânicos.
Objetivos orgânicos têm por finalidade ocupar a lacuna deixada pelos objetivos setoriais
que podem não atender aos anseios de todas as organizações subordinadas a um ODSA.
De modo similar ao que ocorre nos objetivos setoriais, a partir da definição dos objetivos
orgânicos, cada OM estabelece os projetos que propiciarão o efeito desejado, denominados
projetos orgânicos.
E você? Quais são seus objetivos de vida? Quais são seus objetivos a
longo, médio e curto prazo?
➢ PROJETOS
➢ ATIVIDADES
Considerando que as atividades compõem a imensa rede de tarefas rotineiras que oferece
a todas as OM do COMAER as condições necessárias para cumprirem suas missões, a qualquer
hora do dia e em qualquer dia do ano, é primordial que o planejamento institucional considere as
nuances que permeiam o cotidiano de suas organizações.
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva as questões a seguir.
Neste tópico a pergunta que nos motiva é: quais são as fases do Planejamento
Institucional da Aeronáutica e como estão divididas dentro dos níveis desse planejamento?
Ao final de cada fase, será concluída a elaboração dos seguintes documentos (Figura 2):
c) Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA): dado utilizado para atualizar a projeção
orçamentária para o ano seguinte; e
Institucional.
Agora que você já tem uma noção geral das fases do Planejamento
Institucional e quais os documentos produzidos nessas fases, veremos um
dos documentos mais importantes dentro desse planejamento.
desempenha o papel de repositório dos principais projetos em curso, bem como daqueles que
contribuirão diretamente para a construção da Força Aérea do futuro.
O PLAER não armazena a totalidade de projetos da FAB, visto que alguns deles, de
impacto local e de menor monta, surgem em decorrência de projetos nele descritos, não sendo
escopo do plano de longo prazo da Força. Os projetos serão inseridos no PLAER por comitê
específico, após análise das demandas recebidas dos ODGSA.
Para ser inserido no PLAER, um projeto deve ter seus principais parâmetros registrados
em formulário apropriado, desenvolvido pelo EMAER. Nele constam sua descrição sumária, a
justificativa para a sua consecução, o alinhamento estratégico e as principais ações que
antecedem o projeto. Também devem ser apontadas, mesmo que de forma preliminar, as suas
datas de início e término e a expectativa de custo.
O PLAER deve ser revisado a cada dois anos, oportunidades nas quais os projetos têm
todos os dados de seus formulários de cadastramento rediscutidos, atualizados e enriquecidos
com detalhes. Porém, nada impede que tais formulários sejam retificados inopinadamente,
sempre que se constate o surgimento de dados mais apurados. Nestes casos, o Plano será
atualizado, conforme citado anteriormente.
1. Você lembra quais são os cinco documentos que são produzidos ao final de cada
fase do Planejamento Institucional da FAB? Em que nível está cada fase? A Cadeia de Valor e o
Mapa Estratégico estão inseridos em qual fase?
2. O PLAER advém de qual documento? Para quais documentos ele serve de base?
Quem confecciona? Qual o seu objetivo?
3. O que é a metodologia “END”? Explique com suas palavras cada projeto dessa
metodologia.
Os Planos Setoriais são os planos quadrienais elaborados pelos ODSA que formalizam a
estratégia setorial. Os PLANSET fundamentam-se na Concepção Estratégica, no PEMAER e na
DIPLAN e definem, dentre outros, os objetivos de contribuição e os objetivos setoriais,
apresentando as metas a serem atingidas pelos próprios órgãos e OM subordinadas, quando
existentes, no período estabelecido.
Com certeza você já deve ter ouvido falar do PLANSET e do PTA. Você
sabe onde eles são elaborados em sua OM? Faça uma visita ao setor
responsável por compilar as informações do PTA e lá veja como são
elaboradas as tarefas do Programa de Trabalho de sua OM.
Vamos em frente!
a) Definir os objetivos que contribuirão para o alcance dos Objetivos Estratégicos e para a
melhoria dos processos da Cadeia de Valor;
recursos são a base financeira que subsidia a conquistas dos propósitos planejados para o
primeiro ano do Plano.
Os Programas de Trabalho Anual são elaborados ao final de cada ano, por todas as
Organizações Militares do COMAER, com vistas ao planejamento organizacional para o ano
seguinte. Para tanto, são observadas as diretrizes e orientações contidas nos Planos Setoriais dos
respectivos ODSA, bem como as atribuições estipuladas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas do
COMAER.
Apesar de serem OM, as organizações que não fazem gestão direta de recursos
orçamentários não elaboram PTA. Este é o caso, por exemplo, das Unidades Aéreas, dos
Esquadrões de Segurança e Defesa, dos Destacamentos, dentre outros.
Conforme o próprio título preconiza, o PTA é um programa anual que enumera todas as
ações a serem realizadas pela OM que o elaborou, relacionadas aos projetos e/ou atividades de
sua responsabilidade, que compõem o rol de encargos da Organização para o ano de vigência do
documento.
1. Explique o que você entendeu do PLANSET. Qual o seu objetivo? Quais as suas
principais finalidades? Qual o seu horizonte de planejamento? O que contém dentro dele?
2. O que você compreendeu sobre o PTA? Explique com suas palavras o que ele
aborda.
Gostou do conteúdo até aqui? As “coisas” fazem mais sentido para você
agora? Isso é bom! Indica que você está crescendo profissionalmente.
Este capítulo trata da Governança no COMAER, suas funções, sua estrutura, seu objetivo
e como se dá o seu exercício e será abordado conforme a DCA 16-1/2017.
(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?v=kGYdT1mJ-0c)
(Disponível no AVA e em
https://portal.tcu.gov.br/governanca/
Veja isso!
governancapublica/governanca-no-setor-publico/)
(Disponível no AVA)
1. Decisão – A função de decisão deve ser fruto de análises e planejamentos. Acontece por
meio de processos organizados para a avaliação da situação atual, levantamento de
possíveis linhas de ação, onde serão destacados os aspectos positivos e negativos de cada
uma dessas linhas, e culmina com o direcionamento da organização. Para que, sobre um
determinado assunto, não haja decisões contraditórias em níveis hierárquicos distintos, é
necessário estabelecer claramente qual é a delegação de competência de cada autoridade
decisora;
c) Deliberar em relação aos assuntos de sua competência legal, ou que sejam delegados pelo
CMTAER.
As APOG e CPOG são órgãos consultivos para assessoria ao Órgão Central e também
são órgãos de centralização e coordenação das ações necessárias para o monitoramento e
controle.
O Chefe do EMAER, como Autoridade Decisora, dentro do seu nível, deverá avaliar se
as informações levantadas pelo Comitê satisfazem as suas necessidades quanto aos Elementos
Essenciais para Decisão e decidirá por uma das alternativas:
b) Definirá o direcionamento a ser dado, quando o assunto for do seu nível decisório; ou
c) Determinará que novos estudos sejam feitos para melhor esclarecimento da questão.
Cada ODSA deverá estabelecer seus comitês internos para que, de forma análoga ao que
aplicado no EMAER, sejam debatidos no âmbito dos ODSA, de forma multidisciplinar, os
assuntos relativos ao seu nível decisório.
Você
Figura
conhecia
3: Relação
algo entre
sobre Governança
governança?eÉGestão.
um assunto fascinante não é
mesmo?!
https://portal.tcu.gov.br/governanca/
governanca-no-tcu/
Veja isso!
➢ PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA
➢ LEGITIMIDADE
Princípio que exige do Agente da Governança, nas suas decisões, garantir mais do que o
fiel cumprimento das leis e regras em vigor. Além disso, deve garantir também que o bem
comum e o interesse nacional sejam alcançados.
➢ RESPONSABILIDADE
Princípio que diz que os Agentes de Governança devem ser responsabilizados pelas
consequências das suas decisões e portanto devem responder por eventuais danos que seus atos
causarem a terceiros, independente de culpa ou dolo.
➢ EFICIÊNCIA
É fazer o que é preciso ser feito com qualidade adequada e ao menor custo possível. Não
se trata da simples redução de custo, mas de buscar a melhor relação entre qualidade do serviço e
qualidade do gasto.
➢ PROBIDADE
➢ TRANSPARÊNCIA
➢ ACCOUNTABILITY
Termo oriundo da língua inglesa que é usado na língua original por não haver uma
palavra em português que lhe defina completamente. Por Accountability entende-se a obrigação
que uma pessoa tem de agir com responsabilidade, prestar contas dos seus atos e assumir
integralmente as consequências das suas ações e omissões. Assim, é esperado que os Agentes da
Governança, ao assumirem obrigações de ordem fiscal, gerencial e programática, tratem os
recursos a sua disposição de forma responsável e prestem contas para as autoridades que lhe
confiam suas obrigações
(Disponível no AVA)
Veja isso!
➢ FUNÇÕES DA GOVERNANÇA
➢ DECISÃO
A função de decisão deve ser fruto de análises e planejamentos. Acontece por meio de
processos organizados para a avaliação da situação atual, levantamento de possíveis linhas de
ação, onde serão destacados os aspectos positivos e negativos de cada uma dessas linhas, e
culmina com o direcionamento da organização.
A decisão propriamente dita é a escolha da linha de ação a ser adotada. Vale ressaltar que
a decisão nem sempre implica em mudança, haja vista que uma linha de ação bastante válida é
manter inalterado o direcionamento que já está em vigor.
Para que, sobre um terminado assunto, não haja decisões contraditórias em níveis
hierárquicos distintos, é necessário estabelecer claramente qual é a delegação de competência de
cada Autoridade Decisora.
Todas as avaliações feitas abaixo do nível da Autoridade Decisora deverão ser feitas a
título de estudos de assessoria. Portanto deve-se buscar levar a essa autoridade um arrazoado, o
mais completo possível, sobre os Elementos Essenciais para a Decisão, aguardando a decisão
final da autoridade competente.
➢ DIRECIONAMENTO
➢ SUPERVISÃO
É a função que provê o suporte e a liderança aos órgãos subordinados para que as
decisões sejam corretamente implementadas.
Vamos lá!
➢ CONTROLE
Portanto, o Controle se inicia com reporte de situação e é efetivado por meio da ativação
de um novo ciclo decisório que definirá a necessidade, ou não, de redirecionamento das ações de
modo a manter o alinhamento da organização.
➢ INTEGRAÇÃO
A função de integração visa levantar, avaliar e alinhar, da forma mais completa possível,
todos os prováveis desdobramentos decorrentes de uma decisão.
➢ FERRAMENTAS DE PRIORIZAÇÃO
➢ FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO
Ferramentas de integração serão utilizadas para que as decisões sejam feitas levando-se
em consideração o maior número, se não a totalidade, das variáveis que possam influenciar os
Projetos e Atividades do COMAER.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com
sucesso. Parabéns! Esperamos que, em todos esses momentos que estivemos juntos, você tenha
aproveitado e aprendido muito.
Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que
damos, o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!
REFERÊNCIAS
COMUM
CEAG
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
VOLUME ÚNICO
Edições(es):
4ª Edição: CAP PED FREDERICO – 2021
5a Edição: CAP PED FREDERICO – 2022
Revisor(es) Pedagógico(s):
TEN PED ÉRICA – 2024
Revisor(es) de Diagramação:
1S BMA ELEUTÉRIO - 2024
GUARATINGUETÁ - SP
2024
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................1
ESTRUTURA DA DISCIPLINA.................................................................................................2
CAPÍTULO 1 - MEIOS PARA A EDUCAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES: ENSINO A
DISTÂNCIA E EDUCAÇÃO CORPORATIVA........................................................................3
TÓPICO 1.1 - CONCEITOS E TIPOS DE EDUCAÇÃO.........................................................3
TÓPICO 1.2 - EDUCAÇÃO CORPORATIVA..........................................................................9
CAPÍTULO 2 - ENSINO A DISTÂNCIA.................................................................................15
TÓPICO 2.1 - EDUCAÇÃO CORPORATIVA E A EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA.............15
CAPÍTULO 3 - INTRODUÇÃO AO TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE
PESSOAL.....................................................................................................................................20
TÓPICO 3.1 - TREINAMENTO................................................................................................20
TÓPICO 3.2 - CICLO DO TREINAMENTO...........................................................................27
CAPÍTULO 4 - ETAPA: LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE TREINAMENTO
.......................................................................................................................................................35
TÓPICO 4.1 - INTRODUÇÃO AO LEVANTAMENTO DE NECESSIDADES DE
TREINAMENTO.........................................................................................................................35
TÓPICO 4.2 - CONCEITOS DE CARGO................................................................................39
CAPÍTULO 5 - ETAPAS: PROGRAMA, EXECUÇÃO e AVALIAÇÃO DOS
RESULTADOS DO TREINAMENTO......................................................................................48
TÓPICO 5.1 - INTRODUÇÃO AO PROGRAMA DE TREINAMENTO............................48
TÓPICO 5.2 - EXECUÇÃO DO TREINAMENTO.................................................................57
TÓPICO 5.3 - AVALIAÇÃO DOS RESULTADOS DO TREINAMENTO..........................59
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................64
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................65
EEAR CEAG - TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DE PESSOAL 1 /66
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a), parabéns por sua matrícula no Curso de Estudos Avançados para
Graduados (CEAG). Trata-se de um grande momento em sua carreira.
Possivelmente você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta
apostila. Entretanto, o que se pretende é sistematizar esse conhecimento de forma a capacitá-lo
para exercer as atribuições de um graduado, visto que em sua posição hierárquica, serão exigidos
conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por
militares mais modernos.
1) Registre suas observações iniciais sobre o texto destacando os pontos mais relevantes.
3) Compare o texto a outras leituras que você já tenha realizado sobre assuntos similares
(Quais correlações e associações você pode fazer com relação ao texto? Faça breves anotações,
infográficos ou desenhos.
5) Estabeleça um diálogo sobre o texto utilizando o fórum entre pares no AVA. Você
poderá construir um “mapa mental” sobre o assunto estudado.
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
3) Etapas do Treinamento
O meio ambiente que vivemos exerce influência sobre nós de maneria direta e indireta.
Além disso, nós ao interagirmos com esse meio exercemos, também, nossa influência sobre ele.
É uma via de mão dupla, ambos, o meio ambiente e nós, se modificam quando interagem. Essa
interação faz com que percebamos a Educação como um resultado da influência que o ambiente
social faz sobre as pessoas no sentido de adequá-las às normas e aos valores sociais praticados
por sua sociedade.
As pessoas também exercem sua influência sobre o meio em que vivem, assim ao se
depararem com tais normas e valores, elas os assimilam de acordo com suas inclinações e
predisposições, o que resulta na mudança de comportamento nos limites de seus próprios
padrões pessoais.
Essa Educação pode ser feita de maneira formal e organizada, ou seja, de maneira
institucionalizada em escola ou igreja, por exemplo, as quais seguem um modelo planejado. Ou a
Educação pode ser desorganizada e sem critérios sistematizados como são os exemplos da
Educação que ocorre nos lares ou ambientes sociais em que as pessoas vivem. Quando a
educação se dá desta forma, esta é considerada informal, pois não segue um plano ou
planejamento preestabelecido.
Diante disso, inferimos que a Educação pode ser entendida como o preparo para a vida,
meio formal e pela vida, meio informal. Podemos falar em tipos de educação: educação social,
religiosa, cultural, política, moral, profissional etc. Dos tipos listados temos que aquele que
melhor se relaciona com um treinamento que visa a consecução de tarefas estabelecidas é a
Educação profissional.
As gerações mais velhas passavam para as mais novas os conhecimentos sobre o uso dos
diversos recursos para a fabricação de equipamentos essenciais para a sobrevivência de sua
sociedade. Os utensílios domésticos, os instrumentos de caça são exemplos de como as
sociedades, por meio do ensinamento dos conhecimentos profissionais entre as gerações,
promoviam sua sobrevivência. Aprendia-se por meio da prática constante, dos acertos e erros,
retomando os saberes culturalmente acumulados pela história de uma sociedade.
Ocorre então uma mudança estrutural, o que antes era ensinado por meio de qualquer
pessoa na sociedade, sem que se importasse com o tempo e as consequências do erro já não era o
modelo de educação a ser buscado. Para a sociedade industrial eram necessárias escolas de artes
e ofícios que garantissem maior efetividade no processo educacional.
As atividades artesanais e manufatureiras, na maioria das vezes, eram destinadas aos que
não tinham perspectivas na sociedade, que ficavam às margens das possibilidades sociais. Isso
fez com que esse ensino fosse visto e entendido como algo feito para as categorias menos
favorecidas ou ainda para as classes mais baixas da sociedade brasileira.
Esse período é marcado também pela constituição de 1937, a qual foi a primeira, dentre
as constituições do Brasil, a abordar especificamente o ensino profissional, técnico e industrial.
Ela esclarece que as escolas pré-vocacionais e profissionais, destinadas às classes menos
favorecidas, constituíam dever do Estado, a quem competia, com a colaboração das indústrias e
dos sindicatos econômicos, criar, na esfera de sua especialidade, escolas de aprendizes,
destinadas aos filhos de seus operários e associados (BRASIL, 1937).
1 Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN Lei n.º 9.394/1996 disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm acesso em: 30 Jan 2021.
Esse avanço legal fez com que a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) ganhasse a
expressão necessária para a promulgação de sua importância no desenvolvimento social.
Até agora abordamos alguns conceitos iniciais sobre o sentido de educação, nos apoiando
no entendimento sobre a interação entre as pessoas e o meio em que vivem. Distinguimos a
Educação Profissional, sua evolução e legalidade no Brasil. A partir da visão sobre o que é
educação profissional, seguiremos falando sobre o Treinamento e Desenvolvimento Profissional
nas Organizações.
• Formação profissional;
• Desenvolvimento profissional;
• Treinamento.
Formação profissional
É a etapa que prepara e forma uma pessoa para a realização das atividades relacionadas a
uma profissão dentro de um determinado mercado. Ela busca a qualificação de uma pessoa para
que ela possa exercer uma futura profissão. É normalmente feita nas escolas ou até mesmo nas
próprias organizações.
Desenvolvimento profissional
Essa etapa visa aperfeiçoar uma pessoa para um crescimento profissional em uma carreira
dentro de uma organização. Além disso busca também tornar a pessoa mais produtiva no
exercício de um cargo. Possui um escopo menor do que a formação profissional e seus objetivos
proporcionam os conhecimentos que ultrapassam aqueles exigidos no cargo, preparando os
profissionais para novos desafios e funções. São ofertadas nas próprias organizações ou em
instituições especializadas em desenvolvimento de pessoal.
Treinamento
Minha resposta é que meu local de trabalho mudou algumas vezes ao longo da minha
vida profissional que só foi na FAB até hoje. Minha Formação Profissional, como a de
muitos aqui foi na EEAR, portanto não faz parte do meu atual contexto.
Meu Desenvolvimento Profissional foi e tem sido na minha atual OM, pois segundo o
conceito da apostila está mais relacionado aos cursos CAS e CEAG que nos habilitam a
exercer atribuições e enfrentar desafios que extrapolam os nossos cargos com muito
mais qualidade.
Quanto a Treinamento já formam vários ao longo de quase 29 anos de graduado, dentre
eles alguns na minha atual OM, sempre relacionado a conhecimentos especializados em
relação a tarefas a serem desempenhadas nos setores onde trabalhei. (HARLEI SO
BET, CEAG 1/2020)
• Volatilidade do conhecimento;
Perceba que não se discute a mudança da atividade-fim das organizações, mas mudanças
em algumas funções de sua estrutura, no caso, a função de T&D.
Essa solução faz com que a preocupação com o treinamento e desenvolvimento deixe de
ser pontual transpondo-a para o cenário pedagógico o qual potencializa a educação corporativa,
aprofundando os aspectos pedagógicos das metodologias didáticas que melhor se aplicam a cada
necessidade da organização.
1 Marisa Eboli 2004 Educação Corporativa no Brasil Mitos e Verdades 3a Ed Editora: Gente São Paulo SP
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva os exercícios a seguir.
2. Escreva com suas próprias palavras o que é Educação corporativa e quais as principais
características desse tipo de educação, poste no fórum e contribua com a aprendizagem
de seus colegas.
A educação a distância possui uma relação muito próxima com a realização da educação
corporativa. A EaD, em particular, cresce tanto no meio acadêmico como no meio corporativo,
tendo intensificado esse crescimento a partir da década de 1990. As corporações com intuito de
atender um maior número de pessoas acabam aderindo a EaD.
A Educação a Distância pode ser entendida como uma forma de educação que ocorre
com uma distância física e temporal entre os alunos e os professores e que usa diversos meios
tais como a correspondência postal ou eletrônica, o telefone, o rádio, a internet, o fax entre
outros.
Diante das possibilidades que a EaD possui, a educação corporativa vem optando cada
vez mais por essa modalidade de educação. Isso implica no uso da internet, na construção de
uma adequada estrutura tecnológica interna ou externa, do conhecimento sobre o funcionamento
da EaD, em um maior controle da aprendizagem e na capacitação adequada para o pessoal
envolvido. Além da questão relacionada a infraestrutura, as organizações devem promover a
inserção dos conceitos de tecnologia, motivando seus funcionários a participarem dessa mudança
de paradigma.
A expansão da EaD vem se tornando uma realidade principalmente pelo maior uso da
internet e das intranets acompanhadas pela evolução da Tecnologia da Informática. As aulas
presenciais nas organizações e algumas universidades estão sendo substituídas pelas aulas
virtuais proporcionadas pela EaD.
A internet permite que qualquer pessoa possa fazer um curso sem sair de sua casa ou
local de trabalho. Por não utilizar os meios físicos em suas aulas, não exigir um tempo integral
ao instrutor, permitir horários flexíveis a EaD consegue minimizar os custos de cursos, MBAs,
treinamentos virtuais fazendo com que a capacitação de funcionários se torne cada vez mais uma
realidade nas organizações. As redes dedicadas para a educação a distância possuem cada vez
mais recursos, serviços e soluções que facilitam a aprendizagem e o intercâmbio de
conhecimentos.
• redução da infraestrutura,
• compartilhamento de conhecimento,
• flexibilidade de horários,
A EaD conta com diversos recursos e um dos mais importantes é o Ambiente Virtual de
Aprendizagem (AVA). Ele dá suporte às atividades mediadas por tecnologias além de
proporcionar um ambiente voltado à aprendizagem.
O AVA permite a integração de diversas tecnologias tais como vídeos, podcasts, HTML,
planilhas eletrônicas entre outras. Ele integra linguagens e informações, organizando todos esses
recursos de modo a garantir um ambiente interativo entre pessoas e objetos de aprendizagem
virtuais. O AVA também promove a socialização de produções buscando atingir objetivos
educacionais dos mais diversos níveis.
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva os exercícios a seguir.
1. “Ela possui o objetivo de preparar uma pessoa para o exercício de uma profissão”.
Tomando como referência o que foi estudado, essa característica diz respeito a:
a) Treinamento.
b) Desenvolvimento Profissional.
c) Formação Profissional.
2. A educação pode ser entendida de diversos modos, um deles é que ela é resultado
da influência que o ambiente social faz sobre as pessoas. Essa influência pode ser melhor
compreendida como:
(Disponível no AVA)
A palavra treinamento tem muitos significados. O treinamento pode ser visto como sendo
um meio para capacitar a mão de obra dentro dos cargos já ocupados. Além disso, o treinamento
pode ser entendido como um processo sistematizado que promove o desenvolvimento de
habilidades, atitudes e capacidades que resultem numa melhor adequação entre as exigências do
cargo e as características dos funcionários.
Treinamento pode ser também um método para se desenvolver nos funcionários novos e
antigos, habilidades essenciais para o desempenho de um trabalho. O treinamento ajuda as
pessoas a ganharem efetividade em seus trabalhos, pois melhora suas atitudes, possibilita
minimizar a incidência de erros, promove maior produtividade entre outros aspectos positivos.
Por meio dele se aprende fazendo, reavalia-se procedimentos e se mudam comportamentos.
O treinamento pode ser visto também como uma experiência de aprendizagem que busca
a mudança permanente dos funcionários, de tal forma que seu desempenho no trabalho melhore.
Além disso, o treinamento pode possuir a finalidade de ajudar a consecução dos objetivos
da organização, oportunizando aos profissionais de todos os níveis a obtenção de conhecimentos,
a realização de práticas e a observação de condutas requeridas pelos objetivos organizacionais.
Existem aqueles sinais mais fáceis de se identificar. Esses são normalmente relacionados
diretamente à produtividade, isto é, a diminuição na produtividade indica a necessidade de um
treinamento. Esses sinais podem incluir a qualidade inferior da produção, mais acidentes, taxas
mais elevadas de rejeições e diminuição no quantitativo de produção.
Além disso, um avanço tecnológico pode impor aos funcionários uma necessidade de
treinamento assim como uma mudança na rotina dos processos de trabalho. Qualquer um desses
sinais podem sugerir que as habilidades dos trabalhadores precisam ser ajustadas.
Diante do que foi visto, temos que os principais objetivos do treinamento são:
• Mudar a atitude das pessoas para criar um clima mais satisfatório entre funcionários,
aumentar-lhes a motivação.
Podemos pensar o treinamento como sendo uma responsabilidade de linha (ou execução)
e função de staff (ou assessoria). Desse modo, as atividades de treinamento partem de uma
política que reconhece o treino como responsabilidade de cada gestor que deve receber a
assistência especializada a fim de enfrentar essa responsabilidade.
Para realizar essa política, cada gestor pode providenciar treinadores e divisões de treinos
especializados. Assim, desse ponto de vista da administração, o treinamento constitui-se em uma
responsabilidade administrativa, uma responsabilidade da gerência.
Cabe ressaltar que no conceito de treinamento está implícito a atuação da gerência seja na
demonstração de um procedimento novo, fase por fase, seja na explicação de uma atividade ou
em seu acompanhar e comunicar. Segue um comentário para esclarecer um pouco mais:
Como estão seus estudos? Você está com ânimo para iniciarmos um novo tópico? Vamos
seguir em frente!
Do que vimos até agora, um treinamento visa preparar as pessoas para o desempenho de
determinadas funções mediante um processo contínuo de atualização dos procedimentos
pertinentes ao cargo ocupado, sendo considerado item indispensável para as organizações que
desejam a qualidade total (Tachizawa et al, 20041).
1 Tachizawa, T.; Ferreira, V.; Fortuna, A. Gestão com pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de
negócios. 3. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2004.
desempenhada pelo funcionário; quando usa o termo “desenvolvimento”, está preocupada com a
carreira do funcionário.
O treinamento sozinho não garante a relação positiva e permanente do que foi estudado e
sua prática laboral. Existe uma relação direta entre um trabalho psicossocial recebido pelos
funcionários e o impacto do treinamento no trabalho. Isso faz com que seja fundamental a
adoção de estratégias pós-treinamento que avaliem, no local de trabalho, o impacto do
treinamento das habilidades aprendidas e também verifique as características do ambiente que
possam comprometer o treinamento, a aprendizagem e a aquisição de novos conhecimentos,
habilidades e atitudes.
1 MAYO, Andrew. O valor humano da empresa. São Paulo: Prentice Hall, 2003
trabalho, muitas vezes, por falta de apoio operacional ou mesmo administrativo e gerencial.
Assim, o setor público ao priorizar as ações de Treinamento com todas as suas especificidades,
promove o bem público a todos os cidadãos e a partir de efetivas ações de Treinamento e
Desenvolvimento seus funcionários poderão executar melhor as suas atividades.
Podemos verificar que o treinamento é um meio usado pelas organizações que desejam
manter seus funcionários preparados para as demandas ambientais e também é um aliado para a
motivação, pois os funcionários ao perceberem o interesse da organização em desenvolver suas
habilidades eles se veem como parte fundamental para o sucesso da organização e essa sensação
de pertencimento possibilita uma melhoria do clima organizacional. O treinamento, como visto,
pode ser entendido como um investimento organizacional destinado a minimizar a diferença
entre o atual desempenho da equipe de trabalho e os objetivos institucionais propostos.
Em grande parte das organizações não há políticas bem definidas para o treinamento e
progressão na carreira e geralmente estão relacionadas com a permanência no cargo e tempo de
serviço. Por isso, a política de treinamento deve acompanhar todo os trabalhos relacionados às
ações de T&D. Também é importante sensibilizar os profissionais diante dos benefícios do
desenvolvimento de novas habilidades para a realização de suas tarefas além de garantir suporte
organizacional visando oferecer oportunidades para se utilizar o que foi aprendido.
Existem várias maneiras de se escolher quais habilidades devem ser focalizadas quando
se planeja um treinamento. Uma dessas maneiras é avaliar o processo de produção dentro de uma
organização, buscando temas como produtividade, produtos rejeitados, problemas de
Você já se perguntou quais habilidades você possui que precisam de treinamento? Tente
fazer uma lista delas apontando aquelas que você considera prioritárias.
• a definição dos tipos de desenvolvimentos que podem ser aplicados aos funcionários,
Além de tudo o que vimos até aqui, vale considerar que o Treinamento é um ato
intencional de fornecer os meios para possibilitar a aprendizagem e esta, é um fenômeno que
surge como resultado dos esforços individuais.
RETROAÇÃO
Foram muitos os conceitos vistos até aqui, não foi mesmo? Está
compreendendo-os? Você conseguiu perceber a relação dos assuntos
estudados?
Essas quatro etapas formam um processo cíclico, cuja sequência é mostrada na Figura 2.
FIGURA 2: PROCESSO DE TREINAMENTO
Retroação
Resultados insatisfatórios
Uma relação entre as funções de assessoria e a responsabilidade de linha pode ser vista na
Figura 3.
MODELO
- Levantamento de
necessidades;
Execessivamente - Nenhuma responsabilidade
- Programação;
centralizado de linha
- Execução;
- Avaliação de resultados
- Levantamento de
necessidades;
Centralizado - Programação;
- Execução
- Avaliação de resultados.
- Levantamento de
- Execução;
Equilibrado necessidades;
- Avaliação de resultados
- Programação.
- Programação;
- Levantamento de
Descentralizado necessidades.
- Execução;
- Avaliação de resultados
- Levantamento de
necessidades;
Excessivamente - Nenhuma função de
- Programação;
descentralizado staff
- Execução;
- Avaliação de resultados
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva os exercícios a seguir.
a) O Treinamento é um meio usado pelas organizações que desejam manter seu quadro
de funcionários preparado para as demandas ambientais e também um aliado para a
motivação.
b) O Treinamento é utilizado como fonte de captação de recursos orçamentários pelas
organizações, devido a suas potencialidades extrínsecas.
c) O Treinamento é um meio usado pelas organizações para autopromoção, elas lançam
mão do marketing interno a fim de aumentar sua credibilidade junto aos seus
funcionários.
GABARITO
2) A 3) A
(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?
Veja isso! v=sO7vyp7qsAo)
Objetivos Organizacionais e
Análise Organizacional Sistema Organizacional
Filosofia de Treinamento
A análise dos recursos humanos pode ser realizada por meio da verificação dos seguintes
dados:
• Índices de absenteísmo;
Ressalta-se que tais dados, continuamente analisados, permitem avaliar as lacunas atuais
e as futuras dentro de prazos determinados, devido a mudanças relacionadas a questões
trabalhistas, econômicas e dos planos da própria organização. O sistema de treinamento, ou seja,
os recursos humanos como um todo, deve ser constantemente revisto e atualizado para que se
tenha a real dimensão das lacunas atuais e futuras para o estabelecimento de um adequado
treinamento.
A análise é feita ao nível do cargo, baseando-se nos requisitos exigidos por ele. Além da
organização e dos recursos humanos, o levantamento de necessidade do treinamento deve
também analisar os cargos para os quais as pessoas devem ser treinadas. A análise dos cargos
serve, entre outras coisas, para definir os tipos de habilidades, conhecimentos e atitudes
necessárias para o desempenho de cada cargo.
Organizacional teria o objetivo de definir, por exemplo, se o treinamento terá ênfase nesse fator
ou não. No entanto, analisar a Força de Trabalho no nível dos Recursos Humanos teria o
objetivo, por exemplo, de descobrir o número de funcionários que necessitam de treinamento
para o seu adequado dimensionamento.
Podemos imaginar também uma análise dos Recursos Humanos que verifique a descrição
dos cargos para definir qualitativamente o treinamento, isto é, o quanto precisaria aprofundar ou
aumentar a carga de treinamento diante de certas exigências para os cargos. Seguida de uma
Análise das Operações e Tarefas que compõem esses cargos para listar as habilidades,
conhecimentos e atitudes necessárias para compor o treinamento.
Com isso compreende-se que um mesmo fator pode ser analisado em mais de um nível,
porém com finalidades diferentes. Então a análise da força de trabalho pode ocorrer tanto na
Análise Organizacional quanto na Análise dos Recursos Humanos tendo cada nível o seu
objetivo.
O cargo no setor público adquire conotações mais específicas. Os cargos públicos podem
ser vistos como:
1 MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de direito administrativo. São Paulo: Malheiros, 2005.
Isso torna possível estabelecer uma relação do mais amplo (cargo) para o mais restrito
(tarefa) como mostra a Figura 4.
Muitas vezes um mesmo cargo é ocupado por funcionários diferentes que possuem
tarefas diferentes, isso variará de organização para organização. A flexibilidade da distribuição
das funções e tarefas dependerá dos desenhos dos cargos adotados pela organização.
• Modo de como cada tarefa deverá ser desempenhada para atender aos padrões de
desempenho; e
Avaliação do desempenho
Observação
Questionários
Solicitação de gerentes
Reuniões interdepartamentais
Exame de trabalhadores
Modificação do trabalho
Introdução de modificações totais ou parciais nas rotinas de trabalho que torna necessário
o treinamento dos funcionários nos novos métodos e processos de trabalho.
Entrevista de saída
Relatórios
Além de tudo o que vimos até agora, existem também alguns indicadores de necessidades
de treinamento. Existem dois tipos de indicadores: indicadores a priori que apontam eventos que
demandarão futuras necessidades de treinamento; e indicadores a posteriori que mostram
problemas decorrentes de necessidades de treinamento já existentes.
Indicadores a priori
Indicadores a posteriori
• Baixa produtividade;
• Comunicações defeituosas;
• Falta de cooperação;
Perceba que um mesmo processo pode ter indicadores a priori e a posteriori como é o
caso das faltas. Uma Organização pode ter, por exemplo, um número elevado de faltas no último
ano e, no entanto, as faltas estarem diminuindo expressivamente no ano corrente. Isso mostra que
o levantamento de necessidades deve ser bem realizado para que tudo seja considerado a fim de
se obter o máximo de informações.
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva os exercícios a seguir.
a) 3 – 2 – 1
b) 1 – 2 – 3
c) 2 – 3 – 1
3. Elabore uma relação dos cargos, funções e tarefas do seu setor indicando a necessidade
de treinamento para cada um deles. Poste no Fórum seu exercício.
GABARITO
2) C
Feito o diagnóstico do treinamento, segue-se a etapa de seleção dos meios para mitigar as
necessidades percebidas. Uma vez efetuado o levantamento das necessidades, passa-se então
para a elaboração de um programa de treinamento.
Assunto ou conteúdo do
Em que treinar
treinamento
Época do treinamento e
Quando treinar
horário
Volume, duração ou
Quanto treinar
intensidade
Objetivo ou resultados
Para que treinar
esperados
PLANEJAMENTO DO TREINAMENTO
• Número de pessoas;
• Disponibilidade de tempo;
Técnicas de
Treinamento
Demonstrações Técnica de
No cargo Vestibular Simulação Aprendizagem Outros
exemplos classe
Estudo de Instrução
Conferência Leitura Dramatização
caso programada
• Técnica para o Treinamento orientado para o processo: São as técnicas que enfatizam a
interação entre os treinados promovendo mudança de atitude, mais do que a construção
de um conhecimento. São desenhadas para desenvolver consciência de si e dos outros
além de desenvolver habilidades interpessoais. Voltam-se para mudança de percepção
como meio para mudar atitudes e desenvolver relações humanas, como é o caso da
liderança. Usam também o roleplaying (jogo de interpretar personagens), o treinamento
da sensitividade, treinamento de grupos entre outras.
simulações e jogos, técnicas on the job (no local de trabalho), treinamento de iniciação,
instrução no cargo, treinamento de orientação, rotação de cargos entre outras.
• Apresentação ao chefe;
Além do que vimos até agora, as técnicas de treinamento também podem ser classificadas
conforme o local de realização do mesmo. Pode ser classificado como treinamento no local de
trabalho (on the job) e treinamento fora do local de trabalho, vejamos:
Pode ser feito por outros profissionais ou especialistas de staff. Não necessita de
infraestrutura ou equipamentos especiais e constitui a forma mais comum de realizar
treinamentos aos funcionários. É bastante prático, pois o funcionário aprende enquanto trabalha.
O Quadro 1 apresenta algumas modalidades do treinamento no local de trabalho:
QUADRO 1
Treinamento no local de
Descrição
trabalho
Um período aproximadamente de dois a cinco anos,
Aprendizagem/ Coaching durante o qual o funcionário está sob orientação de um
tutor para aprender uma habilidade específica.
Consiste em preparar os funcionários de modo
Treinamentos nas funções/
sistematizado informando-lhes sobre o trabalho,
Programa de integração de
apresentando as instruções, fazendo com que eles testem o
novos trabalhadores
trabalho a fim de demonstrar o que compreenderam.
FONTE: CHIAVENATO (1996)
QUADRO 2
Treinamento fora do local de
Descrição
trabalho
Palestras para comunicar habilidade interpessoais, técnicas
Palestras
ou resolução de problemas específicos.
Uso de mídias para apresentar habilidades especializadas e
Multimídia
fornecer informações especializadas.
Treinamento por meio da execução do trabalho simulado.
Exercícios de simulação Isso pode incluir análise de caso, exercícios vivenciais,
dramatização ou tomada de decisão em grupo.
Simulação do ambiente de trabalho por meio de um
Treinamento baseado em
programa de computador. Bastante utilizada em funções
computador
ligadas a aeronáutica.
Treinamento em equipamento igual ao utilizado no local
Portal de treinamento
de trabalho, mas feito em uma estação de trabalho remoto.
Condensação de material de treinamento em sequência
Instrução programada organizada e lógica. Pode incluir métodos de computador,
vídeos interativos ou simulações de realidade virtual.
FONTE: CHIAVENATO (1996)
• O treinamento deve ser feito com todo o pessoal da organização, em todos os níveis e
funções;
• Deve-se promover uma seleção dos alunos em função da forma, dos objetivos e
conteúdo do treinamento, para que se tenha um grupo homogêneo.
A última etapa do processo de treinamento é a avaliação da sua eficiência por meio dos
resultados obtidos. Nesta etapa deve considerar três aspectos:
Diante do que vimos, o treinamento parece ser uma resposta lógica diante de um cenário
dinâmico que impõe novos critérios para a efetividade e crescimento de uma organização.
Por outro lado, as organizações estão cada vez mais preocupadas com o retorno do
investimento de suas iniciativas. Com isso, as medidas de retorno do investimento estão fazendo
parte, cada vez mais, do processo de avaliação do treinamento. Abre-se uma oportunidade para
indicar, por meio de valores, os custos e os benefícios decorrentes do treinamento, consolidando
assim a importância do treinamento e desenvolvimento do pessoal.
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva os exercícios a seguir.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado Aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com sucesso,
Parabéns! Esperamos que em todos esses momentos que estivemos juntos você tenha
aproveitado e aprendido muito.
Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que
damos, o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!
REFERÊNCIAS
GIL, Antônio Carlos. Gestão de pessoas: enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas,
2001.
HINRICHS, John R., High Talent Personnel: Managing a Criticnl Resource, New York,
American Management Association, 1966,
PROCTOR, J., THORNTON, W. Training: handbook for line managers. New York :
American
Management Association, 1961.
COMUM
CEAG
IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
Edição:
4ª Edição: CAP FOT TENÓRIO - 2021
2S BEV MURIA - 2021
5ª Edição: CAP FOT TENÓRIO - 2022
2S BEV MURIA – 2022
Revisor(es) Pedagógico(s):
TEN PED ÉRICA - 2024
Revisor(es) de Diagramação:
1S BMA ELEUTÉRIO - 2024
GUARATINGUETÁ - SP
2024
EEAR CEAG - GESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES 5 /42
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO..........................................................................................................................7
ESTRUTURA DA DISCIPLINA....................................................................................................8
CAPÍTULO 1 - CONFLITOS.........................................................................................................9
TÓPICO 1.1 - INTRODUÇÃO AOS CONFLITOS.......................................................................9
TÓPICO 1.1.1 - CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES..............................................................10
TÓPICO 1.1.2 - DIFERENTES NÍVEIS DE CONFLITO...........................................................11
TÓPICO 1.1.3 - FORMAS HISTÓRICAS DE PERCEPÇÃO DOS CONFLITOS.....................12
TÓPICO 1.1.4 - O PAPEL DO GERENTE NOS CONFLITOS...................................................13
TÓPICO 1.2 - SINTOMAS, CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DOS CONFLITOS....................16
TÓPICO 1.2.1 - SINTOMAS DE CONFLITO.............................................................................16
TÓPICO 1.2.2 - CAUSAS DE CONFLITO..................................................................................17
TÓPICO 1.2.3 - CONSEQUÊNCIAS DO CONFLITO................................................................21
CAPÍTULO 2 - COMO LIDAR COM OS CONFLITOS.............................................................25
TÓPICO 2.1 - ABORDAGENS INICIAIS E FORMAS DE LIDAR COM CONFLITOS..........25
TÓPICO 2.1.1 - POSICIONAMENTO DIANTE DE CONFLITOS............................................29
TÓPICO 2.1.2 - NEGOCIAÇÃO: A MELHOR ALTERNATIVA GENÉRICA.........................30
TÓPICO 2.1.3 - CONFLITOS NO CONTEXTO DA FAB..........................................................31
TÓPICO 2.2 - TÉCNICAS DE REDUÇÃO E ESTÍMULO DE CONFLITOS...........................31
TÓPICO 2.2.1 - TÉCNICAS DE REDUÇÃO DE CONFLITOS.................................................31
TÓPICO 2.2.2 - TÉCNICAS DE ESTÍMULOS DE CONFLITOS..............................................32
CAPÍTULO 3 - A PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS NOS CONFLITOS...............................34
TÓPICO 3.1 - TERCEIROS NOS CONFLITOS..........................................................................34
TÓPICO 3.1.1 - PAPÉIS DE TERCEIROS NOS CONFLITOS..................................................34
TÓPICO 3.1.2 - COMPORTAMENTOS SUGERIDOS NA PARTICIPAÇÃO DE TERCEIROS
NOS CONFLITOS........................................................................................................................35
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................................40
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................41
EEAR CEAG - GESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES 6 /42
EEAR CEAG - GESTÃO DE CONFLITOS NAS ORGANIZAÇÕES 7 /42
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) aluno(a), parabéns por sua matrícula no Curso de Estudos Avançados para
Graduados (CEAG). Trata-se de um grande momento em sua carreira.
Possivelmente você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta
apostila. Entretanto, o que se pretende é sistematizar esse conhecimento de forma a capacitá-lo
para exercer as atribuições de um graduado, visto que em sua posição hierárquica, serão exigidos
conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por
militares mais modernos.
Recomenda-se que estude atentamente todo o conteúdo disponibilizado, até mesmo
aquele que já tenha conhecimento. Isso contribuirá para que se aproprie, de forma mais efetiva,
dos assuntos tratados.
É importante destacar que você será o protagonista na construção de sua aprendizagem;
desse modo, é necessário que desenvolva uma rotina de estudo e mantenha-se atento às etapas do
curso.
Segue uma sugestão de roteiro para seus estudos:
1) Registre suas observações iniciais sobre o texto destacando os pontos mais
relevantes.
2) Identifique de 3 a 5 palavras-chave e faça breves anotações sobre cada uma delas.
3) Compare o texto a outras leituras que você já tenha realizado sobre assuntos
similares (Quais correlações e associações você pode fazer com relação ao texto? Faça breves
anotações, infográficos ou desenhos.
4) Experimente decompor o texto em tópicos acrescidos de um breve comentário.
Após ter feito essa decomposição, faça um resumo, reconstruindo o texto com suas próprias
palavras a partir dos tópicos.
5) Estabeleça um diálogo sobre o texto utilizando o fórum entre pares no AVA. Você
poderá construir um “mapa mental” sobre o assunto estudado.
6) Faça uso do material complementar disponível na Biblioteca Virtual no AVA.
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
1) Análise do Conflito
CAPÍTULO 1 - CONFLITOS
Olá! Ao longo da leitura, você observará algumas estratégias que
utilizamos para facilitar a sua compreensão. Queremos que nosso contato
seja proveitoso, agradável e que essa fase da sua vida seja lembrada pelo
sucesso alcançado por meio de seu esforço e dedicação. Passaremos
algumas horas juntos e, a todo momento, dialogaremos sobre assuntos
com os quais você convive diariamente. É importante destacar que você
será o “ator” nesta construção da própria aprendizagem. Leia e responda
todos os questionamentos, respeite os marcadores, pois a metodologia
utilizada na confecção do material busca minimizar dúvidas, produzir
reflexões e desenvolver a sua aprendizagem e as habilidades necessárias.
Compreender, interpretar, analisar e avaliar são pontos importantes para
a sua aprendizagem. Esperamos que nossa convivência contribua ainda
mais para seu aperfeiçoamento e habilidades necessárias para seu sucesso
profissional.
https://www.youtube.com/watch?
v=mAbeslgBMVM
Veja isso!
Os conflitos têm origem nas diferenças e fazem parte da natureza humana. Podemos
afirmar que os conflitos são inevitáveis em qualquer organização. Os desejos e interesses de um
grupo ou de uma pessoa muitas vezes divergem dos interesses e desejos de outros grupos ou
outras pessoas (LACOMBE, 2017).
Quando um grupo ou pessoa percebem que outro grupo ou pessoa se opõem aos seus
interesses, o conflito está criado. Já que o conflito encontra-se no mundo e não podemos evitá-lo,
podemos utilizá-lo. Em vez de condená-lo, deveríamos fazer com que trabalhasse a nosso favor
(LACOMBE, 2017).
Apesar de, muitas vezes, as situações de conflito estarem relacionadas a confrontos, não
devemos temê-las. Podemos afirmar que tais situações nem sempre são prejudiciais e, quando o
conflito é gerido de forma correta, este pode se tornar a força propulsora de mudanças positivas
na empresa. Porém, devemos reconhecer que há uma maneira destrutiva e outra construtiva de
lidar com tais situações.
Na área de gestão de pessoas, não há contexto que não seja impactado por essas
diferenças. Contudo, se temos o intuito de trabalhar com pessoas de forma com que estas
contribuam para o aumento da eficácia organizacional, essas diferenças devem ser devidamente
conduzidas e resolvidas, caso promovam o surgimento de conflitos.
Dessa forma, os conflitos poderão surgir quando as pessoas se virem diante de situações
em que precisam lutar por poder ou posição, defender direitos não respeitados ou ainda não
conquistados e desempenhar suas funções sem que tenham as condições ou os recursos
necessários para tanto.
Em síntese:
Nos contextos em que os conflitos são motivos para maiores reflexões a respeito de
algum assunto, ou alguma tarefa, eles poderão até mesmo ser estimulados, visto ser uma forma
de evolução do funcionamento organizacional. Nesses casos, os conflitos são conhecidos como
“funcionais” ou “construtivos”.
d) Intergrupal: entre membros de dois ou mais grupos, ou seja, com pessoas defendendo
interesses de seus grupos (diferentemente do que seria se tivéssemos pessoas defendendo
interesses pessoais, caso em que ocorreria um conflito interpessoal);
Por outro lado, dependendo do elemento motivador do conflito, podemos ter os conflitos
classificados como (ROBBINS, 2002a):
A primeira delas, a Escola Tradicional, teve sua maior prevalência durante as décadas de
1930 e 1940. Segundo essa escola, conflitos são prejudiciais (disfuncionais), estão sempre
associados a perdas de produtividade e quebra do nível ideal de racionalização organizacional e,
por isso, devem ser em todos os casos evitados. Além disso, a simples ocorrência de conflitos
denotaria inabilidade dos administradores, problemas de comunicação e quebra de confiança
entre as pessoas. Em suma, conflito seria um problema a ser eliminado do seio da organização.
Com a evolução das visões a respeito desse assunto, a partir do início da década de 1940
ganharam espaço as ideias da Escola de Relações Humanas, segundo a qual os conflitos estarão
presentes em uma organização como reflexo natural dos relacionamentos existentes. Os que
defendiam esse posicionamento partiram do pressuposto de que conflitos não podem ser
evitados. Mais ainda, consideravam que os conflitos podem, sim, ter efeitos positivos sobre a
produtividade e o desempenho das pessoas e dos grupos, desde que adequadamente tratados.
Assim, pela Escola de Relações Humanas, os conflitos não poderiam ser considerados como algo
necessariamente nocivo à organização.
Por fim, representando mais uma evolução na forma de se verem os conflitos nas
organizações, surgiu a Escola Interacionista. Por essa abordagem, extrapolando a ideia proposta
pela Escola das Relações Humanas de que os conflitos podem ser positivos, assumiu-se que estes
são, na verdade, necessários às organizações. A justificativa repousa sobre a visão de que
ambientes em que não existem conflitos são por demais estáveis. A estabilidade produzida
nesses ambientes, de acordo com essa visão, torna-se um fator de desaceleração e apatia,
enfraquecendo a capacidade de mudança e inovação, a qual deve ser um dos pontos mais
valorizados em uma organização. Com base nisso, a Escola Interacionista defende que se
mantenha um “nível ideal de conflito”, o que seria necessário para que as pessoas se
mantivessem em um constante estado de alerta e insatisfação com o “status quo”. Por essa ótica,
o resultado (efeito) dos conflitos estaria relacionado não ao conflito propriamente dito, mas à
forma pela qual cada conflito é tratado.
Essa escola cria uma relação clara entre o desempenho organizacional e o nível percebido
de conflitos, ou seja, se esse nível estiver aquém ou além do que seria o ideal, o resultado
corporativo poderá ser comprometido, devendo-se trabalhar continuamente para que isso não
ocorra.
Por outro lado, essa autoridade também lhes permite, em alguns casos, proceder, quando
necessário, com o remanejamento de recursos e com a reformulação de tarefas, soluções
comumente encontradas em alguns cenários conflituosos. Finalmente, gerentes, em decorrência
de sua posição, apresentam capacidade para influenciar comportamentos, o que deve ser visto
como uma poderosa ferramenta na administração de conflitos de qualquer natureza.
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva as questões a seguir.
O que é Conflito?
Você já se deparou com situações que “sentiu no ar” que algo estava em
conflito? Isso já ocorreu em seu local de trabalho? Vejamos juntos alguns
sintomas que podem indicar algum tipo de conflito!
Essa é a forma que o médico tem de delimitar o universo dos possíveis problemas
(enfermidades) que podem estar lhe acometendo. É importante notar que o mapeamento dos
sintomas, por vezes, não leva diretamente à identificação da enfermidade, nem tampouco à
determinação das causas. Por exemplo, se você chega ao consultório médico e diz sentir
constantes dores de cabeça, essa informação é importante para orientar as próximas perguntas,
mas é sabido que essa dor de cabeça poderá estar associada a uma grande variedade de doenças,
as quais, por sua vez, poderão estar associadas a diferentes causas.
Assim, o sintoma (a dor de cabeça que você sentiu) serve principalmente para indicar que
“alguma coisa precisa ser examinada”, ou seja, alguma coisa está fora do funcionamento usual.
Vale ressaltar que, quando ocorrem conflitos nas organizações, os sintomas serão
percebidos de forma subjetiva, ou seja, cada parte envolvida (além dos terceiros que compõem o
cenário como um todo) vai sentir e perceber o sintoma com maior ou menor intensidade, como
sendo de maior ou menor impacto (importância), e assim por diante.
a) Problemas de comunicação;
c) Problemas interpessoais;
quanto à obtenção de resultados por cada uma dessas partes, o que poderá dar origem a situações
de conflito.
e) Insatisfação com o papel organizacional: pode vir de diversas fontes. Todas elas,
quando chegam a causar a insatisfação, tendem a gerar conflito. Quando o papel das unidades ou
o status externo não atendem às necessidades dos membros, estes podem ressentir-se, e isso
desencadeia um conflito.
Lacombe (2017) é outro autor que, também, apresenta um estudo sobre as causas dos
conflitos. Para ele, as principais causas são:
a) Personalidades incompatíveis;
d) Comunicações inadequadas;
e) Complexidade organizacional;
Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você saiu inteiro desse nosso
primeiro voo sobre este tema tão interessante!
Assim, veremos neste tópico que há casos em que o gestor (ou o líder, ou o gerente)
poderá optar por incentivar o conflito, estimulando a autocrítica, a criatividade e a propensão
para aceitação das mudanças na organização.
Esses autores falam ainda que, quando criam arestas nos relacionamentos interpessoais,
os conflitos se mostram capazes de interferir nos processos de comunicação, bloqueando as
trocas e abrindo espaço para surgimento das barreiras à comunicação eficaz.
Rocha, Rocha e Duran (2009) ressaltam ainda que os conflitos podem obstruir a visão das
pessoas, e até da organização como um todo, diminuindo a capacidade para a identificação de
novas alternativas. Isso se dá quando provocam posturas “defensivas e enraizadas”, construindo
um quadro de inflexibilidade e resistência a ideias diferentes daquelas inicialmente defendidas.
Altos níveis de conflito podem ocasionar prejuízos à saúde física e mental dos
envolvidos, em razão do estresse excessivo gerado pelas circunstâncias em que estes estão
inseridos.
a) Melhora nos níveis de coesão dos grupos: isso ocorre em casos de conflitos
intergrupais, os quais fazem com que os membros de um grupo se sintam como uma “família
ameaçada” e por isso se unam para defender os interesses coletivos do grupo a que pertencem.
4. Faça uma relação dos efeitos negativos e positivos que os conflitos podem trazer
para uma instituição, estabelecendo uma relação destes com as possíveis causas já estudadas até
aqui. Após isso, faça uma comparação com possíveis situações cotidianas.
https://pt.coursera.org/lecture/gestao-de-marca-
crise-imagem/video-1-o-que-voce-faria-aC9nF
Veja isso!
Você sabe como lidar com conflitos? Baseando-se no que vimos até agora,
você indicaria uma maneira para resolver um conflito no local de
trabalho? Não entre em conflito antes de saber como lidar com ele, não é
mesmo? Então vamos em frente!
De acordo com Lacombe (2017), existem três maneiras de lidar com o conflito:
dominação, conciliação e integração.
A dominação como forma de lidar com o conflito consiste na vitória de um lado sobre o
outro: eu ganho e você perde. A dominação busca derrotar o oponente eliminando sua ideia. Esta
caracteriza-se na forma mais fácil de lidar com o conflito, contudo, com frequência, é
malsucedida. Um perdedor em uma batalha é um inimigo na próxima (LACOMBE, 2017).
Por último tem-se a integração. Esta trata-se da descoberta de uma solução para o conflito
em que todos encontram algum espaço. Nesse caso, as partes envolvidas trabalham ativamente
para encontrar uma solução de modo que ninguém tenha que sacrificar coisa alguma.
Diferentemente da conciliação, que lida como o que já existe, não havendo criação, a integração
cria algo novo, envolvendo uma solução criativa, ou a eliminação de barreiras psicológicas.
O conflito pode ser pessoal ou funcional. Será pessoal se for causado por interesses
pessoais geralmente em função de valores ou desejos diferentes. O conflito funcional é, em geral,
provocado pela competição por recursos limitados ou atribuições maldefinidas, gerando
superposições de responsabilidades ou demandas incompatíveis com as possibilidades da pessoa.
- Gerar um acordo;
O conflito pode ser altamente negativo para a organização, mas, se for adequadamente
conduzido, pode ser fonte de soluções criativas e de oportunidades para se encontrarem novos
caminhos e para se compreenderem melhor os oponentes, dissipando dúvidas e desacordos.
Segundo Tim Ursiny (2012), as pessoas tendem a evitar conflitos por terem medo de
alguns dos seguintes motivos: sofrer rejeição, a perda de uma relação, sentir raiva, ser visto
como egoísta, dizer algo errado, ferir alguém, obter algo a que não tenha direito.
É posição comum assumir que não existe uma forma que possa ser genericamente vista
como melhor ou pior para tratamento de conflitos. É necessário, portanto, diagnosticar cada
Em termos gerais, o que se pode fazer é encontrar pontos de convergência entre os grupos
ou pessoas envolvidas e estimular o redirecionamento das posturas, evitando-se, assim, possíveis
consequências negativas dos conflitos ocasionadas por seu caráter competitivo.
A assertividade está relacionada ao grau de importância dado por parte ao interesse que
está sendo “defendido”. Já a disposição para colaborar está relacionada ao interesse demonstrado
pelo envolvido em atender às necessidades da outra parte.
Os estudos de Rocha, Rocha e Duran (2009) mostram que o cruzamento dessas duas
variáveis dá origem a cinco posturas a serem assumidas diante de um conflito:
a) Evitar: caso em que uma pessoa se mostra não assertiva e não colaborativa, ou seja, o
objeto do conflito não tem grande importância e ela também não está preocupada em atender as
expectativas da outra parte envolvida.
Já foi dito anteriormente que há situações em que a melhor alternativa será tentar reduzir
o nível de conflito, mas também há casos em que os possíveis resultados benéficos conduziriam
à direção do estímulo do conflito.
E aí? Tudo bem quanto a esse tópico? Agora você já sabe um pouco como
solucionar conflitos? Podemos seguir adiante? “Topa” conhecer outras
técnicas de redução de conflitos?
2. Suavização: uma outra atitude com relação às situações de conflito é trabalhar com as
partes envolvidas para que vejam com maior destaque o que elas têm em comum, em vez de
ficarem mantendo suas atenções sobre o que se mostra como diferença.
E esse caminho abre maiores espaços para a gestão participativa, pela qual as pessoas
tomam parte nos processos decisórios que afetam não apenas indivíduos, mas grupos, setores e a
organização como um todo. Trata-se, portanto, de uma habilidade de extrema importância no
contexto corporativo, visto que por ela torna-se possível orientar as forças de forma sinérgica
para objetivos comuns e obterem-se comportamentos consoantes e não opostos.
A vida de uma pessoa ou de um grupo é uma constante batalha com conflitos, muitos dos
quais são tratados de uma maneira dita como saudável, enquanto que outros conflitos atrapalham
a vida das pessoas ou de um grupo durante muito tempo, pois é um processo de oposição e
confronto que ocorre entre indivíduos ou grupos nas organizações, ou seja, quando as partes
envolvidas exercem poder na busca de metas ou objetivos valorizados. Nesse sentido, é
importante destacar que o conflito a ser estimulado deve ser construtivo ou funcional, pois a
resolução desse conflito conduz a melhorias, sendo uma forma de contribuição positiva para a
mudança e inovação (FERREIRA, et.al. 2010).
https://www.revistamilitar.pt/artigo/354
Esse “elemento externo” poderá ser um dos membros do grupo (um colega da equipe ou
do setor), um profissional tecnicamente capacitado para agir na intermediação de conflitos, ou,
ainda, alguém investido formalmente de autoridade que o capacite a tomar decisões (agindo
como árbitro, como veremos adiante).
Em geral, quando terceiros são utilizados nesse sentido, estes são pessoas neutras em
relação às partes e ao objeto do conflito. A participação de terceiros nessas situações pode se dar
por meio do desempenho de três papéis. Estes dependem da autonomia e do tipo de participação
do terceiro na solução do conflito.
Para Rocha, Rocha e Duran (2009), esses papéis desempenhados por terceiros na
resolução de conflitos são:
1. Conciliador: conta com a confiança de ambas as partes e age muitas vezes de maneira
informal, monitorando o processo, facilitando o relacionamento entre os envolvidos, encorajando
e dando suporte emocional.
3. Árbitro: esse papel é exercido por pessoas com autonomia para tomarem decisões com
relação ao tema em questão. Agem colhendo informações a respeito dos interesses e dos
contextos e, ao final de suas análises, emitem julgamento a respeito do que considerar “certo ou
errado”, “melhor ou pior”. Como já dissemos, esses posicionamentos dificilmente resolvem os
conflitos, deixando-os apenas oficialmente decididos, mas abrindo margem para sentimentos
velados de perda ou prejuízo por parte daqueles que não tiverem sido beneficiados pelos
posicionamentos assumidos.
Como requisito para uma atuação eficaz de terceiros na resolução de conflitos, cita-se a
necessidade de evidente imparcialidade e não-envolvimento por parte desses terceiros, ou seja,
eles não podem ser vistos como aliados de qualquer uma das partes.
6. Faça um resumo dos posicionamentos que uma pessoa pode ter para solução de
conflitos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) Aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com
sucesso. Parabéns! Esperamos que, em todos esses momentos em que estivemos juntos, você
tenha aproveitado e aprendido muito.
Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos. Não importa o nome que
damos, o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!
REFERÊNCIAS
BROCHADO, João Manoel Simch. Eia, avante! A energia dos agrupamentos humanos.
Editora: Biblioteca do Exército, 2008.
IKEDA, Ana Akemi; CAMPOMAR, Marcos Cortez; OLIVEIRA, Tânia Modesto Veludo.
Conflito Organizacional: um estudo com executivos de marketing. Disponível em:
http://www.anpad.org.br/admin/pdf/enanpad2004-cor-0066.pdf.
NORTHOUSE, P. G. Leadership: theory and practice. 4th. ed. Thousand Oaks: SAGE
Publications, 2007. p. xx, 395 p.
PAIVA, Luiz Eduardo Rocha. O líder militar: uma visão pessoal. Rio de Janeiro, 2008.
Disponível em http://ebrevistas.eb.mil.br . Acesso em 09/03/2020.
ROCHA E.; ROCHA K.; DURAN C. Gestão de Pessoas para concursos, v. 2. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2009.
URSINY, Tim. Você Não Pode Evitar Todos Os Conflitos. Editora: Paperback, 2012.
COMUM
CEAG
IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA
VOLUME ÚNICO
Edições(es):
3a Edição: TEN BIB ANA ELIZA – 2021
TEN MQM ABBATE
Revisor(es) Pedagógico(s):
TEN PED ÉRICA - 2024
Revisor(es) de Diagramação:
1S BMA ELEUTÉRIO – 2024
GUARATINGUETÁ - SP
2024
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................1
ESTRUTURA DA DISCIPLINA.................................................................................................2
CAPÍTULO 1 - DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO...........................................3
TÓPICO 1.1 - RELAÇÃO ENTRE DADOS, INFORMAÇÃO E CONHECIMENTO.........3
CAPÍTULO 2 - GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL..........................11
TÓPICO 2.1 - O SETOR PÚBLICO E A GESTÃO DO CONHECIMENTO......................11
TÓPICO 2.2 - ESPIRAL DO CONHECIMENTO...................................................................15
TÓPICO 2.3 - MODELOS E GESTÃO DE CONHECIMENTO...........................................17
TÓPICO 2.4 - GESTÃO DE PESSOAS ALINHADAS À CRIAÇÃO DO
CONHECIMENTO.....................................................................................................................26
TÓPICO 2.5 - GESTÃO DO CONHECIMENTO E AS “CINCO DISCIPLINAS”.............30
TÓPICO 2.6 - FALSAS DICOTOMIAS...................................................................................34
CAPÍTULO 3 - COMPETÊNCIAS NA GESTÃO DO CONHECIMENTO.........................39
TÓPICO 3.1 - O QUE SÃO COMPETÊNCIAS?.....................................................................39
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................49
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................50
EEAR CEAG - INTRODUÇÃO À GESTÃO DO CONHECIMENTO ORGANIZACIONAL 1 / 50
APRESENTAÇÃO
Prezado(a) Aluno(a), parabéns por sua matrícula neste Curso de Estudos Avançados para
Graduados. Trata-se de um grande momento em sua carreira.
Possivelmente, você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta
apostila, entretanto, o que se pretende é sistematizar este conhecimento de forma a capacitá-lo
para exercer as atribuições de um graduado em sua posição hierárquica, em que serão exigidos
conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por
militares mais modernos.
Abordaremos no primeiro capítulo os conceitos de dado, informação e conhecimento,
além disso será apresentada uma relação entre sociedade da informação e do conhecimento e a
situação do setor público na sociedade do conhecimento.
No segundo capítulo faremos um panorama sobre a gestão do conhecimento
organizacional, abordando diversos aspectos.
Para concluir faremos a relação entre competências e gestão do conhecimento, ampliando
nosso aprendizado a respeito desse tema tão interessante.
ESTRUTURA DA DISCIPLINA
Dessa forma conclui-se que o dado é transformado em informação, que por sua vez, após
interpretação, transforma-se em conhecimento, como está representado na Figura 1.
Com base nesses conceitos, entende-se que a gestão do conhecimento é um processo que
envolve gerar, coletar, assimilar e aproveitar o conhecimento, conduzindo à consolidação de uma
empresa mais inteligente e competitiva. A gestão do conhecimento pode ser compreendida como
a capacidade da organização de gerar valor por meio de seus bens intangíveis e assim ter sua
competitividade aumentada. Esse enfoque valoriza o compartilhamento e é fundamental para a
informação ser assimilada como conhecimento.
processos produtivos, nas relações de trabalho, no meio acadêmico, na cultura e no modo como a
administração pública é vista pela população em geral.
da informação pelo indivíduo como processo. Nesse caso, portanto, a informação funcionará
como agente mediador da produção do conhecimento.
Para que o conjunto das informações e do conhecimento seja o mais efetivo possível, é
importante a preocupação, cada vez maior, com a sistematização e implantação da gestão do
conhecimento da organização (que ela possui) e na organização (processos desde a implantação
até a manutenção).
No passado o modelo burocrático cumpriu seu papel, mas com o passar do tempo tornou-
se obsoleto por seu caráter excessivamente formalista e rígido, hierarquizado e pouco
comprometido com resultados. A administração pública deve se conscientizar da importância de
aderir a um novo desafio: orientar suas ações estratégicas de forma a potencializar o
conhecimento organizacional, essa atitude deve ser tomada fundamentada nos valores da nova
economia na qual se reconhece o conhecimento como o recurso de maior valor estratégico.
De modo geral, esse tema tem sido pouco discutido dentro das organizações públicas,
com exceção de algumas experiências pioneiras que vêm sendo realizadas. Além disso, são raras
as pesquisas científicas na área, tornando-se necessário um trabalho específico à administração
pública. São necessárias mudanças em relação à postura dos profissionais do serviço público,
esses devem estar comprometidos com a administração do órgão no qual atuam e com a busca de
melhores resultados em seu trabalho, sendo necessário, para isso, um contínuo aperfeiçoamento.
A organização pública sofre crises de eficácia e de legitimidade que estão ligadas à sua
incapacidade de atender às demandas dos cidadãos. Para ser inserido na sociedade do
conhecimento, os procedimentos adotados para o planejamento no setor público devem dar
maior ênfase ao aprendizado organizacional e ao aperfeiçoamento das capacidades de
gerenciamento governamental. A eficácia e a eficiência no setor público devem ser traduzidas
como melhorias no atendimento à população. Os modelos gerenciais do setor público devem ser
repensados, inserindo a temática da agregação de valor aos serviços ofertados aos cidadãos.
Nesse sentido, o perfil do profissional capaz de assumir as responsabilidades das mudanças no
Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto nesse capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva as questões a seguir.
Tudo bem até aqui? Tenho certeza de que você saiu inteiro desse nosso
primeiro voo sobre este tema tão apaixonante!
PANORAMA
Para minimizar essa perda, algumas tentativas isoladas foram realizadas. Porém, os
resultados obtidos apontam que tais tentativas não foram suficientes, limitando-se apenas ao
investimento em TI, assim conclui-se que a implantação de Gestão do Conhecimento no espaço
público necessita ser realizada de forma mais concreta e consistente para que seja duradoura.
Porém, observa-se que resolver a falta de fluxo de informações e conhecimentos nas
organizações públicas, investindo apenas em Tecnologia de Informação, é reduzir o problema a
um dos seus fatores. Para uma melhor compreensão do contexto, é necessário ter uma visão mais
ampla, abrangendo as peculiaridades e características desse tipo de organização.
Em razão dessas diferenças, conclui-se que não é possível administrar um órgão público
como quem administra uma empresa. Em contrapartida, certamente existem muitas semelhanças
entre as duas atividades. A partir dessa visão, essa dicotomia, público e privado, abre horizontes
para a aplicabilidade na esfera pública de conceitos até então considerados somente pelas
organizações privadas.
A burocracia, ao evitar sinistros e dissabores, evita também muitas coisas boas, como por
exemplo, eficiência, rapidez de decisão, criatividade, autonomia, entre outras. A administração
pública burocrática dificulta o compartilhamento do conhecimento entre funcionários e
departamentos, enquanto a administração menos burocrática ,proposta pela reforma gerencial,
parte do pressuposto de que o administrador público e o funcionário público têm competência
para se autogerir.
Porém, na administração burocrática, por ter uma estrutura tão rígida, o conhecimento
tende a ficar concentrado em uma ou poucas pessoas que se consideram especialistas e o utilizam
como forma de poder. Uma nova administração pública traz o controle de volta às mãos daqueles
que se encontram na ponta mais baixa da estrutura, pois é lá que se tem a apropriação dos
processos. As decisões são empurradas para os escalões inferiores, horizontalizando os processos
e dando maior autonomia aos seus servidores.
Para se tornar uma empresa que gera conhecimento, a organização deve realizar a espiral
do conhecimento que se dá por meio dos modos de conversão do conhecimento: socialização,
externalização, combinação e internalização. Isso pode ser observado na Figura 2.
Quando são internalizadas nas bases do conhecimento tácito dos indivíduos sob a forma
de modelos mentais ou know-how técnico compartilhado, as experiências através da socialização,
(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?
v=a6nF8mYDta0)
Veja isso!
Educação Corporativa
Os portais corporativos cada vez mais vêm sendo apontados como uma solução adequada
para facilitar o fluxo de informações e conhecimentos, gerando nas organizações um interesse
crescente sobre o tema. A diferenciação entre portais comuns e portais do conhecimento é que os
primeiros ainda estão atrelados a fatores como segurança, velocidade e facilidade de navegação,
enquanto os portais do conhecimento não se limitam a esses aspectos: eles provêm acesso às
Esses portais integram uma gama de aplicações e ferramentas, nos quais é possível
integrar e equilibrar o fluxo estruturado de informação e conhecimento (explícito e tácito) no
interior das organizações.
Esses são apenas alguns dos recursos disponíveis nos portais do conhecimento, porém,
servem de exemplo de como essa prática permeia os modos de conversão do conhecimento.
Além disso, os portais corporativos são uma prática organizacional que acelera a espiral do
conhecimento e seus atributos contribuem para a socialização, externalização e combinação do
conhecimento.
Memória Organizacional
É importante fazer um relato resumido, com redação impessoal, com os critérios dos fatos
relatados e os critérios de aprovação e acesso para os diferentes níveis e setores da empresa.
Essas recomendações anteriores estão mais preocupadas com a otimização da externalização
(redação) e internalização (facilidade de leitura do que foi redigido). Um outro facilitador
importante para o trabalho com o formato explícito é a preocupação com as formas de melhor
agrupar ou organizar esses conhecimentos (combinação).
Mapa de Conhecimento
tem um pedacinho do mapa na cabeça, sabe qual é o seu próprio conhecimento e aonde ir para
obter respostas para as suas perguntas. Criar um mapa organizacional é uma questão de se
combinar esses minimapas individuais, incentivando a interação entre o interessado por ele e a
pessoa que o possui.
Você deve estar reconhecendo várias dessas técnicas, não é mesmo?! Isso
mostra que todo conhecimento é relevante e fazer gestão dele se torna
ainda mais importante, não concorda?! Vamos conferir mais práticas para
a criação de conhecimento.
Benchmarking
A observação de práticas também é destacada por Nonaka e Takeuchi (1997), como uma
importante fase do processo de criação do conhecimento. Essa proximidade teórica entre ambas
as teorias revela um ponto em comum: buscar na prática a experiência e o know-how que não
estão disponíveis de maneira explícita.
Comunidades de Prática
Essas comunidades vão além das estruturas formais da organização, bem como diferem
de grupos ou equipes de trabalho. Os membros de uma comunidade podem fazer parte de um
mesmo departamento ou ser de áreas diversas ou de diferentes instituições. A participação de
cada membro pode variar de intensidade, indo desde pessoas que participam de vez em quando
para saber o que está acontecendo, até líderes.
enquanto as pessoas estão compartilhando o que não é dito, ou seja, o conhecimento tácito,
ocorre a socialização do conhecimento.
Além da prática, são necessários mais dois elementos para que exista uma comunidade de
prática: o domínio do conhecimento que fornece aos membros um senso de identidade e a
comunidade, ou seja, o contexto no qual as pessoas participam das atividades conjuntas.
Sistemas de Informação
A gestão do conhecimento e a tecnologia estão atreladas, mas a tecnologia não pode ser
trabalhada sozinha, pois não gera conhecimento, por isso é proposto uma “ecologia da
informação”, enfatizando-se o ambiente da informação em sua totalidade, considerando-se a
cultura, os valores, as pessoas, o comportamento, os processos de trabalho, bem como a
tecnologia.
A principal vantagem competitiva das organizações está nas pessoas. Isso obriga as
organizações a se conectarem com novas práticas de gestão de pessoas, sem as quais é difícil
imaginar que conseguirão estar preparadas para enfrentar os desafios impostos pela competição
do mercado.
A Gestão do Conhecimento está aliada a Gestão de Pessoas e essa relação gera ambiente
e condições propícias para o desenvolvimento continuado, para a criatividade, para a inovação e
aprendizado organizacional.
No que se refere à Gestão de Talentos, é necessário propor uma política por meio da qual
a alocação das pessoas aos times seja adequada às atividades a serem executadas e alcançadas.
Quanto ao desenvolvimento de pessoas, tem a finalidade de definir diretrizes e orientações para
aplicação de programas de educação e treinamento para o desenvolvimento de seus empregados.
Todas essas políticas estão baseadas em uma nova visão dos profissionais nos tempos
atuais. As qualificações ideais para os profissionais, segundo Nonaka e Takeuchi (1997, p.178),
precisam:
➢ ter uma forte noção de comprometimento para recriar o mundo segundo sua
própria perspectiva;
➢ ter uma ampla variedade de experiências, tanto dentro quanto fora da empresa,
➢ ser abertos para conduzir discussões francas e debates com outras pessoas.
Essas considerações revelam uma associação direta entre gestão de pessoas e criação de
novos conhecimentos. Se, por um lado, as organizações necessitam contar com profissionais com
o perfil descrito anteriormente, por outro lado, para que as organizações tornem-se atrativas para
essa mão de obra qualificada, é necessário possuir políticas de RH que as atraiam. Nesse sentido,
essa interdependência explícita entre essas duas dimensões revela a importância para as
organizações em adotar novas diretrizes de RH, facilitando a passagem de uma abordagem
clássica de gestão de pessoas para uma nova, alinhada aos tempos atuais.
A intenção
A autonomia
forma autônoma, essa amplia a chance de introdução de novas oportunidades. Além disso,
também amplia no compartilhamento de conhecimento.
A redundância
A variedade de requisitos
O ambiente impõe desafios à organização que deve condizer com uma variedade de
requisitos à altura da complexidade apresentada. As diferentes situações podem ser enfrentadas
com melhor desempenho se os membros da organização puderem contar com uma variedade de
requisitos, que podem ser aprimorados por meio da combinação de informações de forma rápida
e flexível e do acesso às informações em todos os níveis da organização. Para maximizar a
variedade, todos na organização devem ter a garantia do acesso mais rápido a mais ampla gama
de informações necessárias, percorrendo o menor número possível de etapas.
Criar conhecimento é algo que “soa” estranho não acha? Mas sem dúvida
você concorda que para atividades que exigem muito de nós uma condição
adequada para realizá-la é fundamental. Espero que você esteja em
condições para seguir seus estudos, vamos em frente!
A mente humana tem por hábito funcionar por meio de dualidades, de comparações, de
dicotomias. Nonaka e Takeuchi (1997), autores da teoria sobre a criação do conhecimento na
organização e na geração de inovação, depararam-se, durante seu percurso, com alguns indícios
dessas ideias contrárias. De acordo com os autores, se essas ideias não forem explicitadas
tendem a dar ideias fragmentadas de sua teoria. Essa fragmentação pode resultar na priorização
de uma vertente e na exclusão da outra, culminando na limitação da criação do Conhecimento
Organizacional.
Por outro lado, a interação entre as duas vertentes dessas ideias, aparentemente opostas e
excludentes entre si, pode resultar na complementação de seus aspectos mais interessantes. A
interação dinâmica e simultânea entre dois lados opostos dessas ideias cria uma solução nova e
diferente. Em razão disso, os autores chamaram tais ideias de falsas dicotomias.
Individual/organizacional
Uma organização atua como ampliadora do conhecimento quando, por exemplo, cria
espaços favoráveis à troca de experiências, admite erros, favorece intercâmbios entre seus
colaboradores, reconhece e valoriza seus talentos, dissemina a cultura da visão compartilhada,
sistematiza e organiza o conhecimento adquirido, reconhece no conflito um início do “caos
criativo”, valoriza a gerência intermediária, investe em capacitação, propicia elementos para a
visão sistêmica, utiliza a tecnologia como uma ferramenta de apoio, possibilita acessos às
informações em todos os níveis, entre outras atitudes.
Top-Down/Bottom-up
Já no modelo Bottom-up (de baixo para cima), o conhecimento não é criado e controlado
pelo topo da pirâmide, mas em grande parte por sua base, isto é, pelos funcionários da linha de
frente que trabalham como agentes independentes e isolados. Portanto, nesse modelo, destacam-
se a forte autonomia dos funcionários e a pouca interação entre eles. Como consequência, há
pouco diálogo direto com outros membros da organização, tanto verticalmente quanto
horizontalmente, implicando na criação do conhecimento individual e não em nível de grupo.
Tanto o modelo Top-down quanto o Bottom-up não são favoráveis para o processo de
criação do conhecimento. O modelo Top-down é ideal para tratar do conhecimento explícito
(controla a criação do conhecimento a partir do topo), mas negligência totalmente o
conhecimento tácito do pessoal do nível operacional. Ele permite apenas a conversão na
combinação (explícito em explícito) e na internalização (explícito em tácito). Já o modelo
Bottom-up facilita a criação do conhecimento tácito por permitir grande autonomia dos
funcionários, mas dificulta a disseminação e o compartilhamento desse conhecimento para todas
as esferas da organização. Ele possibilita a conversão focada na socialização (tácito em tácito) e
externalização (tácito em explícito).
Assim, os autores sugerem o modelo middle-up-down (do meio para cima e para baixo).
Esse modelo gerencial se mostra mais adequado do que os outros dois, uma vez que coloca o
gerente de nível médio no centro do processo de gerenciar o conhecimento. Dessa forma, esses
gerentes possuem uma forte participação, atuando como líderes de uma equipe ou força-tarefa e
proporcionando a criação do conhecimento por meio de um processo em espiral de conversão
envolvendo a alta gerência e os funcionários do nível operacional.
Burocracia/Força-tarefa
A fim de que o modelo gerencial middle-up-down seja eficaz, faz-se necessária uma
estrutura organizacional que o sustente de modo que haja, constantemente, a criação de novos
conhecimentos.
Nonaka e Takeuchi (1997) evidenciam a existência de dois tipos básicos de estrutura
organizacional, sendo elas, a burocracia e a força-tarefa.
A estrutura burocrática é altamente formalizada, especializada, centralizada e depende de
uma padronização do trabalho e rotinas. Essa estrutura é indicada para trabalhos repetitivos e
racionais, com condições estáveis e previsíveis. Já a estrutura força-tarefa é flexível, adaptável,
dinâmica e participativa. Essa estrutura se constitui especialmente em reunir temporariamente
um conjunto de indivíduos para se alcançar um determinado objetivo. Nessa estrutura, em
consequência de sua natureza temporária, os conhecimentos gerados após a conclusão de cada
projeto não são facilmente transferidos para toda a organização. Essa limitação faz com que essa
estrutura não seja adequada à exploração e transferência do conhecimento de forma contínua.
Assim, para Nonaka e Takeuchi (1997), deve-se ressaltar os aspectos positivos de ambas as
estruturas organizacionais, de maneira que elas possam se complementar.
Para isso, ambas as estruturas podem ser combinadas a fim de possibilitar o fornecimento
de uma base eficaz para a criação do conhecimento. A estrutura resultante dessa combinação é
chamada de “hipertexto”, conceito advindo da informática que define a possibilidade de um
leitor navegar entre vários níveis de conteúdos (textos, vídeos etc.) simultaneamente, e acessá-los
segundo sua necessidade. Portanto, cada nível torna-se disponível para ser utilizado conforme
um determinado contexto. Nele, uma estrutura formal funciona com uma estrutura não-
hierárquica e auto-organizada. O contexto é que definirá a forma de estrutura mais conveniente
em um dado momento.
3. Defina as 5 disciplinas.
Em meio à diversidade de definições, podemos constatar dois aspectos, que são comuns
na maioria dos casos:
Dessa forma, as competências agregam valor econômico e valor social aos indivíduos e
às organizações, na medida em que contribuem para a consecução de objetivos organizacionais
e expressam o reconhecimento social sobre a capacidade de determinada pessoa.
sua vez, deriva de conjuntos de dados. Como já explicado no capítulo 1, dados são séries de fatos
ou eventos isolados; informações são dados que, percebidos pelo indivíduo, têm significado e
relevância; e conhecimentos são conjuntos de informações reconhecidas e integradas pelo
indivíduo dentro de um esquema preexistente, causando impacto sobre seu julgamento ou
comportamento.
A habilidade, por sua vez, está relacionada ao saber como fazer algo ou à capacidade de
fazer uso produtivo do conhecimento, ou seja, de instaurar conhecimentos e utilizá-los em uma
ação. Uma definição operacional comum sobre habilidade é a de que o indivíduo pode buscar em
suas experiências anteriores conhecimentos, sejam eles de fatos ou princípios, e técnicas
apropriadas, para examinar e solucionar um problema qualquer. As habilidades podem ser
classificadas como intelectuais, quando abrangerem essencialmente processos mentais de
organização e reorganização de informações.
FIGURA 3 COMPETÊNCIAS
Como você faria sua proposta para uma gestão do conhecimento no seu
setor de trabalho?
Vamos em frente!
Dimensões
➢ Técnicas de negociação.
➢ Flexibilidade;
➢ Autoconfiança;
Atitudes
➢ Respeito às opiniões diversas;
➢ Postura institucional.
FONTE: PANTOJA, 2015
Assim percebe-se que compreender o que são competências é um primeiro passo que nos
leva a noção de gestão por competências alinhada com a gestão do conhecimento.
3. Busque em seu setor de trabalho exemplos de competências necessárias para a realização das
tarefas de rotina. Liste-as aqui descrevendo a importância de as desenvolver.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Prezado(a) Aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com
sucesso, Parabéns! Esperamos que em todos esses momentos que estivemos juntos você tenha
aproveitado e aprendido muito.
Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que
damos, o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!
REFERÊNCIAS