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Curso de Estudos Avançados para Graduados

PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB


VOLUME ÚNICO

COMUM

CEAG
IMPRESSO NA GRÁFICA DA EEAR
MINISTÉRIO DA DEFESA
COMANDO DA AERONÁUTICA
ESCOLA DE ESPECIALISTAS DE AERONÁUTICA

CURSO DE ESTUDOS AVANÇADOS PARA GRADUADOS

VOLUME ÚNICO

Apostila da Disciplina Planejamento Institucional e


Governança da FAB do Curso de Estudos Avançados
para Graduados - CEAG

Edições(s):
3a Edição: CAP INF PAULO – 2022

Revisor(es) Pedagógico(s):
TEN PED ÉRICA – 2022

Revisor(es) Estilístico – gramatical: CAP INF PAULO

TEN MRM LÍLIAN – 2023

Revisor(es) de Diagramação:
1S BMA ELEUTÉRIO – 2023

CAP ESP SUP TORRES

GUARATINGUETÁ - SP
2023
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO........................................................................................................................1
ESTRUTURA DA DISCIPLINA.................................................................................................2
CAPÍTULO 1 - ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL.........................6
TÓPICO 1.1 - NÍVEIS, CADEIA DE VALOR E MAPA E ALINHAMENTO
ESTRATÉGICO............................................................................................................................6
TÓPICO 1.2 - OBJETIVOS, PROJETOS E ATIVIDADES NO PLANEJAMENTO
INSTITUCIONAL.......................................................................................................................15
CAPÍTULO 2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL....................................22
TÓPICO 2.1 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL......................................22
TÓPICO 2.2 - PLANO DE ARTICULAÇÃO E EQUIPAMENTO DA AERONÁUTICA 24
CAPÍTULO 3 - PLANSET E PTA............................................................................................29
TÓPICO 3.1 - QUARTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PLANOS SETORIAIS
(PLANSET)..................................................................................................................................29
TÓPICO 3.2 - QUINTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO
ANUAL (PTA)..............................................................................................................................32
CAPÍTULO 4 - AUTORIDADE ADMINISTRATIVA NO COMAER................................36
TÓPICO 4.1 - LIDERANÇA, AUTORIDADE E CONTROLE ADMINISTRATIVOS.....36
TÓPICO 4.2 - ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO.............................................................37
CAPÍTULO 5 - GOVERNANÇA NO COMAER....................................................................40
TÓPICO 5.1 - FUNÇÕES, ESTRUTURA, OBJETIVO, E EXERCÍCIO DA
GOVERNANÇA..........................................................................................................................40
TÓPICO 5.2 - PRINCÍPIOS E FUNÇÕES DA GOVERNANÇA.........................................46
TÓPICO 5.3 - APLICAÇÃO DA GOVERNANÇA................................................................51
CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................57
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................58
EEAR CEAG - PLANEJAMENTO
PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB 1 / 58

APRESENTAÇÃO

Prezado(a) aluno(a), parabéns por sua matrícula no Curso de Estudos Avançados para
Graduados (CEAG). Trata-se de um grande momento em sua carreira.

Possivelmente você já teve contato com parte dos assuntos que serão tratados nesta
apostila. Entretanto, o que se pretende é sistematizar esse conhecimento de forma a capacitá-lo
para exercer as atribuições de um graduado, visto que em sua posição hierárquica, serão exigidos
conhecimentos e habilidades para assessorar superiores e orientar equipes compostas por
militares mais modernos.

Recomenda-se que estude atentamente todo o conteúdo disponibilizado, até mesmo


aquele que já tenha conhecimento. Isso contribuirá para que se aproprie, de forma mais efetiva,
dos assuntos tratados.

É importante destacar que você será o protagonista na construção de sua aprendizagem;


desse modo, é necessário que desenvolva uma rotina de estudo e mantenha-se atento às etapas do
curso.

Segue uma sugestão de roteiro para seus estudos:

1) Registre suas observações iniciais sobre o texto destacando os pontos mais relevantes.

2) Identifique de 3 a 5 palavras-chave e faça breves anotações sobre cada uma delas.

3) Compare o texto a outras leituras que você já tenha realizado sobre assuntos similares
(Quais correlações e associações você pode fazer com relação ao texto? Faça breves
anotações, infográficos ou desenhos.

4) Experimente decompor o texto em tópicos acrescidos de um breve comentário. Após ter


feito essa decomposição, faça um resumo, reconstruindo o texto com suas próprias
palavras a partir dos tópicos.

5) Estabeleça um diálogo sobre o texto utilizando o fórum entre pares no AVA. Você
poderá construir um “mapa mental” sobre o assunto estudado.

6) Faça uso do material complementar disponível na Biblioteca Virtual no AVA.

Votos de sucesso em seus estudos!

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ESTRUTURA DA DISCIPLINA

A disciplina “Planejamento Institucional e Governança da FAB”, pertencente ao Campo


Militar e à área das Ciências Militares, tem como objetivos específicos:

a) Conceituar os níveis de planejamento, cadeia de valor, mapa e alinhamento estratégico


do planejamento institucional do COMAER (Cn);

b) Identificar as características dos objetivos, dos projetos e das atividades no


planejamento do COMAER (Cn);

c) Descrever as fases do planejamento institucional do COMAER (Cp);

d) Apontar as características do plano de articulação e equipamento da aeronáutica (Cn);

e) Explicar a elaboração dos planos setoriais e dos programas de trabalho anual (Cp);

f) Identificar a autoridade administrativa no COMAER (Cn);

g) Relacionar a estratégia e o planejamento institucional no COMAER (Cn);

h) Identificar as características, a estrutura e os objetivos da Governança no COMAER


(Cn);

i) Empregar os princípios e funções da governança (Ap); e

j) Descrever as ferramentas de aplicação da governança (Cp).

Buscando atingir os objetivos específicos, a disciplina contará com uma carga horária de
38 (trinta e oito) tempos para instrução e 4 (quatro) tempos para avaliação, distribuídos em 5
(cinco) unidades didáticas:

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1) Elementos do planejamento institucional.

2) Fases do planejamento institucional.

3) PLANSET E PTA.

4) Autoridade administrativa do COMAER.

5) Governança no COMAER.

A Unidade 1 está estruturada da seguinte forma:

1. ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL

Objetivos específicos da unidade 1:


a) Conceituar os níveis de planejamento, cadeia de valor, mapa e alinhamento estratégico do
planejamento institucional do COMAER (Cn);
b) Identificar as características dos objetivos, dos projetos e das atividades no planejamento do
COMAER (Cn).

SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS


a) Identificar os níveis de planejamento institucional do COMAER
1. NÍVEIS, CADEIA DE (Cn);
VALOR E MAPA E b) Destacar a cadeira de valor (Cn);
ALINHAMENTO
ESTRATÉGICO c) Conceituar Mapa Estratégico (Cn);
d) Identificar as características do alinhamento estratégico do
COMAER (Cn).

2. OBJETIVOS, a) Enumerar os objetivos no planejamento institucional do


PROJETOS E COMAER (Cn);
ATIVIDADES NO b) Conceituar projetos (Cn);
PLANEJAMENTO
INSTITUCIONAL c) Identificar as características das atividades no planejamento (Cn).

A Unidade 2 está assim estruturada:

2. FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL

Objetivos da unidade 2:
a) Descrever as fases do planejamento institucional do COMAER (Cp);
b) Apontar as características do plano de articulação e equipamento da aeronáutica (Cn).

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SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS


a) Identificar as fases do planejamento institucional do COMAER
1. FASES DO (Cn);
PLANEJAMENTO b) Compreender as fases do planejamento institucional do COMAER
a partir de suas diferenças e semelhanças a outros modelos de
planejamento (Cp).

2. PLANO DE a) Conceituar o plano de articulação e equipamento da aeronáutica


ARTICULAÇÃO E (Cn).
EQUIPAMENTO DA
AERONÁUTICA

A Unidade 3 está assim estruturada:

3: PLANSET E PTA

Objetivo da unidade 3:
a) Explicar a elaboração dos planos setoriais e dos programas de trabalho anual (Cp).

SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS


1. QUARTA FASE: a) Identificar as características dos planos setoriais (Cn);
ELABORAÇÃO DOS b) Compreender os planos setoriais comparando suas características
PLANOS SETORIAIS com outros modelos de planos (Cp).
(PLANSET)
2. QUINTA FASE: a) Identificar as características dos programas de trabalho anual (Cn);
ELABORAÇÃO DOS b) Compreender os programas de trabalho anual comparando suas
PROGRAMAS DE características com outros modelos de planos (Cp).
TRABALHO ANUAL
(PTA)

A Unidade 4 está assim estruturada:

UNIDADE 4: AUTORIDADE ADMINISTRATIVA NO COMAER

Objetivos da unidade 4:
a) Identificar a autoridade administrativa no COMAER (Cn);
b) Relacionar a estratégia e o planejamento institucional no COMAER (Cn).

SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS


1. LIDERANÇA, a) Destacar as características da autoridade administrativa no
AUTORIDADE E COMAER (Cn).
CONTROLE
ADMINISTRATIVOS

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2. ESTRATÉGIA E a) Apontar as características da estratégia e planejamento na FAB


PLANEJAMENTO (Cn).

Por fim, a Unidade 5 está assim estruturada:

UNIDADE 5: GOVERNANÇA NO COMAER

OBJETIVOS DA UNIDADE 5:
a) Identificar as características, a estrutura e os objetivos da governança no COMAER (Cn);
b) Empregar os princípios e funções da governança (Ap); e
c) Descrever as ferramentas de aplicação da governança (Cp).

SUBUNIDADE OBJETIVOS OPERACIONALIZADOS


a) Conceituar as funções da governança (Cn);
b) Apontar a estrutura da governança no COMAER(Cn);
1. FUNÇÕES,
ESTRUTURA, c) Identificar o objetivo da governança no COMAER(Cn);
OBJETIVO, E d) Apontar as características do exercício da governança no COMAER
EXERCÍCIO DA (Cn);
GOVERNANÇA
e) Distinguir os princípios e funções da governança de outras funções
administrativas da FAB (Cp);
f) Aplicar os princípios e funções de governança no contexto da OM e
suas implicações no âmbito do COMAER (Ap).

2. PRINCÍPIOS E a) Enunciar os princípios da governança no COMAER (Cn);


FUNÇÕES DA b) Identificar as funções da governança (Cn).
GOVERNANÇA
a) Apontar as ferramentas de aplicação da governança(Cn);
3. APLICAÇÃO DA b) Compreender as consequências da aplicação das ferramentas da
GOVERNANÇA governança da FAB comparando-a com outras práticas administrativas
(Cp).

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CAPÍTULO 1 - ELEMENTOS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL


Olá! Ao longo da leitura você observará algumas estratégias que
utilizamos para facilitar a sua compreensão. Queremos que nosso contato
seja proveitoso, agradável e que essa fase da sua vida seja lembrada pelo
sucesso alcançado por meio de seu esforço e dedicação. Passaremos
algumas horas juntos e a todo momento dialogaremos sobre assuntos com
os quais você convive diariamente. É importante destacar que você será o
“ator” nesta construção da própria aprendizagem. Leia e responda a
todos os questionamentos, respeite os marcadores, pois a metodologia
utilizada na confecção do material busca minimizar dúvidas, produzir
reflexões e desenvolver a sua aprendizagem e as habilidades necessárias.
Compreender, interpretar, analisar e avaliar são pontos importantes para
a sua aprendizagem. Esperamos que nossa convivência contribua ainda
mais para seu aperfeiçoamento e habilidades necessárias para seu sucesso
profissional.

Neste capítulo estudaremos os elementos do planejamento institucional, identificando


seus níveis, a cadeia de valor e o mapa de alinhamento estratégico e outros assuntos conforme
encontram-se descritos na Diretriz do Comando da Aeronáutica n.° 11-1/2019 (DCA 11-1/2019).

TÓPICO 1.1 - NÍVEIS, CADEIA DE VALOR E MAPA E ALINHAMENTO


ESTRATÉGICO

Vídeo1 – Comandante sugere novos processos de


governança para área espacial - Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=bW3BdhJKyBg e
também no AVA;

Texto1 – Sistema de Planejamento Estratégico de Defesa


Veja isso!
(SISPED) - Disponível no AVA.

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NÍVEIS DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL

Iniciaremos nossa conversação respondendo a seguinte pergunta: o que é


importante saber para ter um bom planejamento institucional?

A Diretriz do Comando da Aeronáutica n.° 11-1/2020 (DCA 11-1/2020) esclarece que,


para a implantação de uma metodologia eficaz, é de fundamental importância delimitar o papel a
ser desempenhado pelos diversos atores envolvidos no planejamento da Aeronáutica. Dessa
forma, o planejamento institucional da Aeronáutica, em razão da abrangência e do impacto que
tem sobre o COMAER, pode ser classificado em três níveis: estratégico, operacional e tático
(BRASIL, 2020).

O planejamento no nível estratégico é o processo de formulação da concepção de futuro e


de estratégia para que se cumpra a missão institucional em patamares sempre mais elevados; e
integra os principais objetivos, diretrizes e projetos da organização. Nesse nível, são realizadas
as atividades relacionadas com os estudos, análises e avaliações. O planejamento no nível
estratégico, consolidado pela concepção estratégica e pelo Plano Estratégico Militar da
Aeronáutica (PEMAER), é elaborado pelo EMAER (órgão responsável pelo planejamento do
COMAER), com colaboração dos Órgãos de Direção Setorial e de Assistência Direta e Imediata
ao Comandante da Aeronáutica (ODSA), sendo submetido ao Comandante da Aeronáutica para
aprovação.

O planejamento no nível operacional é aquele no qual as estratégias são desdobradas,


buscando concretizar as ações decorrentes do plano estratégico. Inicia-se com a preparação da
Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN) pelo EMAER, documento que baliza a
confecção dos Planos Setoriais (PLANSET), ainda no nível operacional. É responsabilidade de
cada ODSA a elaboração e a aprovação do respectivo plano setorial.

O planejamento no nível tático é focado no detalhamento e na execução das tarefas


derivadas dos projetos e atividades dos planos setoriais, permitindo a confecção de um Programa
de Trabalho Anual (PTA) que traduza o planejamento na base da estrutura organizacional,
alinhado ao planejamento de médio prazo, como desdobramento das estratégias concebidas no
planejamento estratégico. O PTA é confeccionado por todas as organizações militares do
COMAER, sendo aprovado pelo respectivo comandante, chefe, prefeito, secretário ou diretor.

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O planejamento institucional do COMAER adota os seguintes horizontes temporais:

a) Longo prazo: acima de 10 anos (1ª fase);

b) Médio prazo: acima de 2 até 10 anos (2ª, 3ª e 4ª fase); e

c) Curto prazo: de zero até 2 anos (5ª fase).

Como está se sentindo acerca desse assunto? Vamos seguir mais um


pouco?! Vimos, até agora, que para um bom planejamento institucional é
importante saber qual o papel de cada envolvido dentro dos três níveis
estratégicos. Agora, nos aprofundaremos em alguns conceitos que nos
farão compreender melhor o que é o planejamento institucional.
Primeiramente, vamos ver o conceito de cadeia de valor.

CADEIA DE VALOR

Vídeo 2 – Cadeia de valor – Como fazer cadeia


de valor na prática?

(Disponível no AVA)
Veja isso!

A cadeia de valor é um modelo representativo dos principais processos ou atividades de


uma instituição e sua inter-relação para a entrega de produtos e/ou serviços para clientes ou
usuários. No setor público representa o arranjo dos macroprocessos de uma instituição ou órgão,
com vistas à entrega de valor para os cidadãos e para a sociedade em geral.

Entende-se por macroprocesso o agrupamento de processos necessários para a produção


de uma ação ou desempenho de uma atribuição da instituição, ou ainda como grandes conjuntos
de atividades pelas quais a organização cumpre sua missão.

Por sua vez, processo é um conjunto de atividades inter-relacionadas, que envolve


pessoas, equipamentos, procedimentos e informações e, quando executadas, transformam

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entradas (insumos) em saídas (produtos ou serviços), que atendem a necessidade de um cliente


interno ou externo e que agregam valor e produzem resultado para uma organização.

Sendo assim, pode-se afirmar que a cadeia de valor permite:

a) Habilitar a visão estratégica – permite uma visão ampla da operação e suas interfaces. Ao
evidenciar a forma pela qual a instituição opera e gera valor para a sociedade, permite o
entendimento das questões de alta relevância e possibilita a construção de objetivos
estratégicos;

b) Apoiar a reflexão e definição do posicionamento – maior capacidade de analisar os


problemas, identificar oportunidades e indicar os pontos de mudança/reestruturação;

c) Direcionar esforços para um melhor cumprimento da missão – orientar a organização à


entrega de melhores serviços/produtos; e

d) Aumentar a capacidade de gestão – definição de indicadores e metas de negócio,


possibilitar o diagnóstico de lacunas de competência ou sobreposição destas e apoiar a
gestão de competências, planos de capacitação, gestão de risco, etc.

Em resumo, a cadeia de valor possibilita, numa visão macro, identificar os processos da


Instituição que não operam adequadamente, de modo que os gestores possam empreender ações
para aperfeiçoá-los, minimizando custos e aumentando a eficiência organizacional.

Os macroprocessos do COMAER, que na cadeia de valor da FAB são apresentados em


dois grupos, são categorizados em três tipos:

a) “Macroprocessos finalísticos” referem-se aos processos de trabalho associados às


atividades-fim da instituição ou diretamente envolvidos no atendimento às necessidades
dos seus clientes/usuários (essenciais a existência do órgão), ou seja, são aqueles
processos onde há entrega de produto ao cliente (sociedade). É por meio da qualidade dos
produtos gerados por esses processos que a instituição é percebida externamente;

b) “Macroprocessos de gestão” referem-se aos processos de trabalho relacionados à gestão


da informação, necessários à coordenação entre as atividades de suporte e os processos
finalísticos. Não agregam valor aos clientes externos, mas existem para garantir que a
instituição funcione alinhada com seus objetivos e metas de desempenho, ou seja, são
aqueles processos que a organizam internamente para entregar o seu produto final; e

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c) “Macroprocessos de suporte” referem-se aos processos de trabalho que geralmente


produzem resultados imperceptíveis para os clientes externos, mas são essenciais para a
gestão efetiva da instituição, ou seja, são aqueles processos que suportam a execução dos
macroprocessos finalísticos.

Todo processo está inserido em um processo maior e pode ser decomposto em outros
processos menores. Assim, surgem os conceitos de MACROPROCESSO: “conjunto que engloba
vários processos” e SUBPROCESSO: “decomposição de um processo em seus principais
componentes”. Sendo assim, é possível verificar que o macroprocesso ultrapassa as fronteiras
funcionais e envolve vários segmentos da instituição, enquanto o subprocesso tem atuação
usualmente menos abrangente. A fim de evitar dúvidas, a terminologia “PROCESSO” pode ser
utilizada para qualquer caso.

Dessa maneira, os maiores processos descritos na cadeia de valor (nível 1), também
chamados de macroprocessos, são decompostos em vários processos (nível 2), os quais também
podem ser decompostos em processos de nível 3, e assim por diante.

Considerando a grande diversidade de áreas de negócio desenvolvidas no COMAER, na


construção da cadeia de valor optou-se por apresentar apenas os processos de nível 1 e 2. Foram,
ainda, identificados os Órgãos de Direção-Geral, Setorial e de Assistência Direta e Imediata ao
Comandante da Aeronáutica (ODGSA) protagonistas de cada macroprocesso, deixando o
detalhamento decorrente (níveis 3, 4, …) a cargo de cada um desses órgãos.

É muito importante destacar que a cadeia de valor não representa, e nem deve
representar, o organograma da instituição, mas sim a contribuição de cada organização nas áreas
de negócio em que atua.

Texto 2 – Anexo A – Cadeia de Valor da FAB.


(DCA 11-1/2019, p. 49/100).

(Disponível no AVA)
Veja isso!

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MAPA ESTRATÉGICO

Tudo bem até aqui? Vamos avançar para o próximo conceito?!

Enquanto a cadeia de valor trata dos principais processos e sua relação


com o produto final, veremos a seguir o que é o mapa estratégico e como
ele representa um planejamento.

Vídeo 3 – BSC – Balanced Score Card – em 3


minutos. www.proxismed.com.br

(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?
Veja isso! v=R9Y3R4tuKzc)

O mapa estratégico é a representação gráfica de um planejamento, evidenciando os


desafios que uma instituição terá que superar para atingir sua visão de futuro. Os objetivos e
indicadores relacionados ao mapa estratégico são componentes do Balanced Scorecard (BSC),
metodologia de medição e gestão de desempenho das organizações.

O mapa estratégico apresenta os objetivos estratégicos agrupados em eixos estratégicos e


distribuídos verticalmente em perspectivas. Os eixos estratégicos são agrupamentos temáticos
em torno dos quais se organizam os objetivos estratégicos, orientando o planejamento e
representando as linhas prioritárias de desenvolvimento da instituição.

As perspectivas referem-se ao conjunto de temas que agrupam os eixos estratégicos,


orientado o planejamento estratégico da organização.

O mapa estratégico distribui a estratégia corporativa em quatro perspectivas integradas:

a) SOCIEDADE – impactada pelo objetivo de resultado, que sintetiza os objetivos


estratégicos das outras três perspectivas do mapa, traduzindo, com linguagem específica,
a tarefa que compõe a missão da Aeronáutica;

b) OPERACIONALIDADE – impactada pelos objetivos estratégicos que representam ações


com efeitos diretos sobre o poder aeroespacial;

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c) PROCESSOS INTERNOS – impactados pelos objetivos estratégicos que atuam sobre os


processos que necessitam de aperfeiçoamento para que a FAB cumpra de forma mais
eficiente, eficaz e efetiva a sua missão constitucional; e

d) RECURSOS – impactados pelos objetivos estratégicos que buscam a adequação dos


recursos humanos e de infraestrutura da Instituição. São os pilares que suportam os
demais desafios.

Texto 3 – Anexo B – Mapa Estratégico da FAB.


(DCA 11-1/2019, p. 50/100).

(Disponível no AVA)

Vídeo 4 – INDICADORES DE
DESEMPENHO: Balanced Scorecard (BSC)
NA PRÁTICA Aprenda com o Sebrae!
Veja isso!
(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?
v=iY8vfvvvmHU)

ALINHAMENTO ESTRATÉGICO DO COMAER

Já definimos a cadeia de valor e o mapa estratégico. De posse desse


conhecimento, veremos a seguir o que é alinhamento estratégico dentro do
COMAER e assim compreender o Planejamento Institucional da FAB.

O alinhamento estratégico do COMAER permite o encadeamento do processo de


planejamento da instituição desde o nível estratégico até os níveis operacional e tático.

Cada um dos níveis apresenta a mesma lógica de planejamento. Tudo se inicia com a
missão, que define a finalidade da organização, delimitando sua área de responsabilidade. Com
base na missão, são deduzidas as atividades (agrupadas em processos) que deverão ser realizadas
para o cumprimento do desígnio da OM. A partir da missão, cada organização define uma visão,

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que representa seu estado futuro. Para alcançar essa visão são estabelecidos objetivos, que serão
atingidos por meio de projetos e/ou da melhoria de processos.

No nível estratégico, a missão e a visão do COMAER estão definidas na concepção


estratégica, documento conceitual com horizonte temporal de vinte anos, que define a estratégica
institucional de longo prazo.

O PEMAER, documento concebido com escopo temporal de dez anos, decorre da


concepção estratégica e divulga a cadeia de valor, onde estão agrupados todos os principais
processos realizados na Instituição, bem como apresenta o mapa estratégico, contendo os
objetivos estratégicos a serem perseguidos para que o COMAER alcance sua visão de futuro.

O planejamento no nível estratégico se encerra com a definição dos projetos estratégicos,


que são aqueles que contribuem diretamente para o alcance de um objetivo estratégico. Os
demais projetos decorrentes dos objetivos estratégicos ficam a cargo dos ODSA que, no nível
operacional, por meio de objetivos de contribuição, concebem projetos denominados projetos de
contribuição.

No nível operacional, para cumprir sua missão, cada ODSA executa uma fração da cadeia
de valor. Aquelas atividades julgadas prioritárias são denominadas atividades setoriais. Para
alcançar sua visão, os ODSA estabelecem objetivos setoriais, os quais são desdobrados em
projetos setoriais.

Metodologia semelhante ocorre no nível tático com a definição de atividades orgânicas,


objetivos orgânicos e projetos orgânicos.

A execução de qualquer tipo de projeto ou atividade somente ocorre no nível tático, seja
ele representado por uma organização subordinada a um ODSA ou por seu próprio Quartel
General (QG).

Os ODSA que possuem mais de uma área de negócio são auxiliados por Órgãos
Subsetoriais (Diretorias) que atuam no planejamento, coordenação e controle de áreas
específicas, traduzindo as diretrizes setoriais para as OM subordinadas.

Como todos os projetos e atividades decorrem da cadeia de valor e do mapa estratégico,


uma mesma ação poderia surgir simultaneamente em mais de um nível de planejamento. Para
evitar duplicidade de esforços, a classificação das ações em projetos e atividades deve ocorrer
primeiramente no nível estratégico, após no nível operacional e por último no nível tático. Isso

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14 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

quer dizer que não haverá projeto ou atividade orgânica que trate de um assunto já definido em
projeto ou atividade setorial, tampouco haverá projeto setorial que tenha o mesmo objetivo de
um projeto de contribuição.

A Figura 1 apresenta a visão geral do alinhamento estratégico do COMAER, nos três


níveis de planejamento, com suas correlações.

Figura 1: Visão geral do Alinhamento Estratégico do COMAER

FONTE: BRASIL, 2019

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

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EEAR CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB 15 / 58

Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

TÓPICO 1.2 - OBJETIVOS, PROJETOS E ATIVIDADES NO PLANEJAMENTO


INSTITUCIONAL

Você já passou por uma situação que lhe perguntaram algo sobre o
alinhamento estratégico do seu setor?

Além do que já conversamos até o momento, faz-se necessário conhecer os


tipos de objetivos e como eles estão relacionados com o alinhamento
estratégico da Força Aérea.

➢ TIPOS DE OBJETIVOS

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

Objetivos expressam em palavras uma situação futura a ser alcançada, um resultado a ser
obtido, um produto a ser gerado ou um serviço a ser realizado. Logo, o objetivo permite um
direcionamento às ações, um rumo a ser seguido, servindo de guia para a instituição na busca
pelos resultados desejados.

Independente de seu nível, os objetivos devem ser acompanhados da definição de metas,


responsabilidades e prazos, para que seja possível o seu acompanhamento mediante a adoção de
indicadores de desempenho.

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16 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

Estratégia é a arte de preparar e aplicar o poder para conquistar e preservar objetivos,


superando óbices de toda ordem, ou seja, é o “como fazer”. Detalha os caminhos que serão
trilhados pela instituição para cumprir sua missão e alcançar a visão de futuro.

No COMAER, os objetivos estratégicos são aqueles definidos no nível estratégico para


um período de médio prazo, tendo sua origem na visão da Aeronáutica. Desse modo, eles
detalham os rumos que a Força deverá seguir para alcançar os resultados desejados.

Os objetivos estratégicos são definidos pelo EMAER em conjunto com os ODSA.

Ressalta-se que, para cada objetivo estratégico, devem ser criados indicadores simples ou
compostos, que tenham por finalidade quantificar e/ou qualificar o alcance desse objetivo.
Pretende-se, portanto, estabelecer uma rede de indicadores que comunique o avanço da estratégia
organizacional.

OBJETIVOS DE CONTRIBUIÇÃO

No nível setorial, cada ODSA verifica como pode contribuir para atingir os objetivos
estratégicos, deduzindo seus próprios objetivos, denominados objetivos de contribuição.

Assim como ocorre nos objetivos estratégicos, devem ser criados indicadores de
desempenho para mensurar o avanço dos objetivos de contribuição. A partir da definição dos
objetivos de contribuição, derivados dos objetivos estratégicos, cada ODSA estabelece, em sua
área de atuação, os projetos de Contribuição que propiciarão o efeito desejado.

OBJETIVOS SETORIAIS

Além dos objetivos de contribuição, os ODSA podem ter necessidades de aperfeiçoar


algum processo que, embora não tenha um impacto estratégico, colabore para um melhor
desempenho de suas atribuições em nível setorial, contribuindo para o alcance da sua respectiva
visão de futuro. Essas iniciativas são denominadas objetivos setoriais.
Objetivos setoriais podem ser definidos como conjuntos de ações que concorrem para a
melhoria da performance do ODSA na sua área de atuação, a fim de preencher lacunas de
desempenho existentes entre a realidade atual e a realidade desejada.

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De modo similar ao que ocorre nos objetivos de contribuição, a partir da definição dos
objetivos setoriais, cada ODSA estabelece os projetos que propiciarão o efeito desejado,
denominados projetos setoriais.

OBJETIVOS ORGÂNICOS

As OM também podem ter necessidades de aperfeiçoar algum processo que, embora não
tenha um impacto setorial, colabore para um melhor desempenho de suas atribuições
regulamentares, contribuindo para o alcance da sua respectiva visão de futuro. Essas iniciativas
são denominadas objetivos orgânicos.
Objetivos orgânicos têm por finalidade ocupar a lacuna deixada pelos objetivos setoriais
que podem não atender aos anseios de todas as organizações subordinadas a um ODSA.

De modo similar ao que ocorre nos objetivos setoriais, a partir da definição dos objetivos
orgânicos, cada OM estabelece os projetos que propiciarão o efeito desejado, denominados
projetos orgânicos.

E você? Quais são seus objetivos de vida? Quais são seus objetivos a
longo, médio e curto prazo?

Sabendo os tipos de objetivos, veremos agora o que é um projeto e qual a


sua finalidade.

➢ PROJETOS

Projeto é um esforço temporário planejado e empreendido para criar um produto, serviço


ou resultado exclusivo, mediante a realização de um conjunto de tarefas inter-relacionadas ou
interativas, com início e término bem definidos.

Um projeto tem por finalidade alcançar um Objetivo Estratégico, Objetivo de


Contribuição, Objetivo Setorial ou Objetivo Orgânico.

No planejamento e na execução do planos institucionais, observa-se a necessidade de


priorização dos projetos listados, com o intuito de direcionar os recursos disponíveis de modo a
incrementar, tanto quanto possível, as capacidades do poder aeroespacial.

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➢ PRIORIZAÇÃO DE ABERTURA DE PROJETOS

Dentre os métodos utilizados para priorizar projetos, a “matriz de priorização” é aquele


empregado pelas principais instituições, civis e militares, e empresas mundiais, pois permite
ordenar ou selecionar alternativas dentro de um conjunto maior, a partir de critérios definidos,
sempre que ocorrer uma ou mais das opções a seguir:

a) Muitas alternativas, que devem ser selecionadas ou priorizadas;

b) Dúvida ou discordância sobre a importância das alternativas;

c) Restrição dos recursos, limitando o número de alternativas a serem solucionadas; e/ou

d) Dificuldade na identificação das alternativas mais relevantes.

A matriz de priorização de abertura de projetos utilizada no COMAER, detalhada no


Anexo C da DCA 11-1/2019, considera os seguintes aspectos: alinhamento com as capacidades,
alinhamento com o mapa estratégico, vinculação a outros projetos e impacto institucional.

A matriz de priorização de abertura de projetos deve avaliar, periodicamente, a relação de


projetos planejados, a fim de mantê-la constantemente priorizada, atendendo aos critérios
estabelecidos.

Fruto da priorização realizada, o EMAER definirá, efetivamente, quais projetos, no seu


nível decisório, iniciam ou são postergados. A mesma metodologia pode ser seguida pelos
ODSA para os projetos decorrentes de objetivos de contribuição e objetivos setoriais, e pelas
OM para os decorrentes de objetivos orgânicos.

Todos os projetos do COMAER devem ser monitorados por indicadores de resultados


adequados aos seus respectivos perfis. Esses indicadores devem ser estabelecidos por seus
gerentes, aprovados pelos ODSA. Quando se tratar de projeto estratégico, os indicadores serão
validados pelo EMAER.

As informações referentes aos projetos, incluindo os indicadores de acompanhamento,


serão atualizadas constantemente pela equipe de gerência de cada projeto, permitindo uma clara
visualização dos desvios e a oportuna e adequada ação corretiva, por meio dos órgãos de
supervisão (Setores de Planejamento, Orçamento e Gestão dos ODSA e EMAER).

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Percebeu como os conceitos estão interligados? Muitas dúvidas? Vamos


prosseguir?

➢ ATIVIDADES

Enquanto o projeto é um esforço temporário, a atividade, por sua vez, é um conjunto de


tarefas de caráter continuado, executadas de forma coordenada, suportada por recursos humanos,
materiais e financeiros, que visa atender aos processos administrativos, técnicos e operacionais,
garantindo o funcionamento de uma organização para o cumprimento de sua finalidade.

Considerando que as atividades compõem a imensa rede de tarefas rotineiras que oferece
a todas as OM do COMAER as condições necessárias para cumprirem suas missões, a qualquer
hora do dia e em qualquer dia do ano, é primordial que o planejamento institucional considere as
nuances que permeiam o cotidiano de suas organizações.

Dessa forma, é imprescindível priorizar recursos para que as organizações e os principais


sistemas da Aeronáutica mantenham-se sempre em efetivo funcionamento, provendo à Força
Aérea a sustentabilidade necessária ao cumprimento de sua missão.

Normalmente, as atividades não recebem prioridade nos planejamentos, apesar de serem


essenciais para o suporte da operacionalidade da Força Aérea no médio prazo, a exemplo da
manutenção predial, das redes de água/esgoto, da rede elétrica e dos geradores. Dessa forma,
caberá aos gestores, em todos os níveis, verificar as pendências existentes nesses itens de suporte
administrativo e priorizar, tanto quanto possível, o direcionamento de recursos para a execução
dessas atividades de tamanha relevância.

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- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

A partir de suas anotações, reconstrua com suas


palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa

Está na hora de mental ou um infográfico sobre o texto.


resumir!

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Exercícios para aprendizagem do capítulo.

Bem, agora que você já cumpriu uma etapa da missão, que tal avaliar seu
grau de assimilação em relação ao conteúdo que foi visto neste capítulo?
Não se preocupe caso não saiba responder prontamente. A proposta é que
você consulte as suas anotações ou produza um debate com algum
companheiro. Vale consultar o texto dialogado. O importante é que você
resolva as questões a seguir.

1. Descreva com suas palavras os três níveis de Planejamento Institucional. Quem é o


responsável por elaborar os documentos de cada nível?

2. Qual a diferença entre os Macroprocessos de Gestão e de Suporte? Você saberia dar um


exemplo de cada um?

3. Quais são os tipos de objetivos do Planejamento Institucional? Explique com suas


palavras cada um deles.

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CAPÍTULO 2 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL

No primeiro capítulo, falamos sobre os elementos do Planejamento


Institucional, dentre eles os níveis do planejamento institucional, a Cadeia
de Valor, o Mapa Estratégico e o alinhamento estratégico do COMAER.
Daqui para frente, vamos falar sobre as fases do planejamento. Vamos
lá?!

Neste capítulo estudaremos as fases do planejamento institucional, o Plano de


Articulação e Equipamentos da Aeronáutica conforme encontram-se descritos na Diretriz do
Comando da Aeronáutica n° 11-1/2019 (DCA 11-1/2019).

TÓPICO 2.1 - FASES DO PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL

Neste tópico a pergunta que nos motiva é: quais são as fases do Planejamento
Institucional da Aeronáutica e como estão divididas dentro dos níveis desse planejamento?

A legislação atual nos diz que o Planejamento Institucional da Aeronáutica, classificado


em três níveis, ocorre em cinco fases, sendo as duas primeiras no nível estratégico, as duas
seguintes no nível operacional e a quinta fase no nível tático.

As fases permitem identificar o grau de detalhamento que vai sendo aplicado ao


planejamento à medida que ele se afasta do nível conceitual e se aproxima do nível de efetiva
execução das ações.

A Figura 2 apresenta visão geral do encadeamento de documentos da SPGIA, o qual será


detalhado no próximo capítulo deste normativo.

Ao final de cada fase, será concluída a elaboração dos seguintes documentos (Figura 2):

1. Primeira fase: Concepção Estratégica;

2. Segunda fase: Plano Estratégico Militar da Aeronáutica (PEMAER);

3. Terceira fase: Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN);

4. Quarta fase: Planos Setoriais (PLANSET); e

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5. Quinta fase: Programas de Trabalho Anual (PTA).

Figura 2 - Visão Geral de Encadeamento de Documentos da SPGIA

FONTE: O AUTOR (2019)

Além das cinco fases do Planejamento Institucional, a Figura 2 ainda apresenta os


seguintes itens:

a) Documentos do MD: dado utilizado para a confecção da Concepção Estratégica;

b) Plano de Articulação e Equipamento da Aeronáutica (PLAER): essa publicação, pelo


grau de importância que representa para a SPGIA, será comentada, a seguir, em item
específico;

c) Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA): dado utilizado para atualizar a projeção
orçamentária para o ano seguinte; e

d) Plano de Ação da Aeronáutica: documento que congrega as principais informações


orçamentárias que subsidiam a execução do planejamento realizado.

Na Figura 2 também é representado o ciclo de “acompanhamento, controle e


realimentação”, que se relaciona com todas as fases e por meio do qual é realizada a Gestão

Institucional.

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- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

TÓPICO 2.2 - PLANO DE ARTICULAÇÃO E EQUIPAMENTO DA AERONÁUTICA

Agora que você já tem uma noção geral das fases do Planejamento
Institucional e quais os documentos produzidos nessas fases, veremos um
dos documentos mais importantes dentro desse planejamento.

O PLAER decorre diretamente da concepção estratégica e provê dados e informações


para a confecção do PEMAER e da DIPLAN.

O PLAER é um documento controlado, com horizonte temporal de longo prazo,


confeccionado pelo EMAER e que tem por objetivo relacionar os principais investimentos da
Força, em andamento e futuros, relativos ao desenvolvimento ou obtenção de meios, à
distribuição de suas organizações no território nacional e a ajustes na infraestrutura existente,

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tudo visando à melhoria do cumprimento da missão institucional. Sendo assim, este plano
desempenha o papel de repositório dos principais projetos em curso, bem como daqueles que
contribuirão diretamente para a construção da Força Aérea do futuro.

Pelo seu caráter dinâmico, de permanente atualização, o PLAER é divulgado somente no


formato digital, mediante consulta na INTRAER, aspecto que facilita o acesso dos oficiais-
generais da Força Aérea e dos chefes dos setores de Planejamento, Orçamento e Gestão dos
ODSA às informações de planejamento institucional de longo prazo. As atualizações são
comunicadas aos interessados, com a discriminação do conteúdo que foi alterado, haja vista o
rigoroso controle de alterações entre as versões digitais deste plano aprovadas.

O PLAER não armazena a totalidade de projetos da FAB, visto que alguns deles, de
impacto local e de menor monta, surgem em decorrência de projetos nele descritos, não sendo
escopo do plano de longo prazo da Força. Os projetos serão inseridos no PLAER por comitê
específico, após análise das demandas recebidas dos ODGSA.

Para ser inserido no PLAER, um projeto deve ter seus principais parâmetros registrados
em formulário apropriado, desenvolvido pelo EMAER. Nele constam sua descrição sumária, a
justificativa para a sua consecução, o alinhamento estratégico e as principais ações que
antecedem o projeto. Também devem ser apontadas, mesmo que de forma preliminar, as suas
datas de início e término e a expectativa de custo.

Além das informações supracitadas, deve constar no formulário a categoria do projeto de


acordo com a metodologia “END”, acrônimo para Essencial, Necessário ou Desejável. Tal
metodologia também deve ser aplicada na análise das atividades desenvolvidas em todas as OM
do COMAER, com a ressalva de que “atividade” não é o foco do PLAER. Os conceitos adotados
são os seguintes:

a) “Projeto Essencial”: é aquele cuja não implementação resultará na interrupção de um


processo finalístico para o ODSA/OM. Um “projeto essencial” não implementado
transformar-se-á em um projeto emergencial que, via de regra, além do malefício
causado, demandará maior volume de recursos para a sua consecução;

b) “Projeto Necessário”: é aquele cuja não implementação resultará na degradação de um


processo finalístico ou na interrupção ou degradação de um processo de gestão e suporte
para o ODSA/OM. Dentro da sua temporalidade, um “projeto necessário” não
implementado transformar-se-á em um “projeto essencial”; e

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c) “Projeto Desejável”: é aquele cuja não implementação resultará na degradação de um


processo de gestão e suporte para o ODSA/OM, ou mesmo, não trará prejuízo algum,
uma vez que, a despeito de trazer benefícios e agregar competências, não implementá-lo
não degrada o desempenho do ODSA/OM. Dentro da sua temporalidade e dependendo
do seu escopo, um “projeto desejável” não implementado poderá transformar-se em um
“projeto necessário”.

Diferentemente da concepção estratégica e do PEMAER, para o Plano de Articulação e


Equipamento da Aeronáutica não está determinado um limite de vigência. Essa característica
permite que o Plano acolha projetos com início previsto para além dos vinte anos da Concepção
Estratégica, bastando que esteja alinhado com os objetivos já citados.

O PLAER deve ser revisado a cada dois anos, oportunidades nas quais os projetos têm
todos os dados de seus formulários de cadastramento rediscutidos, atualizados e enriquecidos
com detalhes. Porém, nada impede que tais formulários sejam retificados inopinadamente,
sempre que se constate o surgimento de dados mais apurados. Nestes casos, o Plano será
atualizado, conforme citado anteriormente.

O PLAER, com os documentos congêneres das outras Forças Singulares, é utilizado


como base para a elaboração do Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), que
representa a consolidação das necessidades atuais e futuras das Forças e da Administração
Central do MD, no horizonte de vinte anos, a fim de garantir o cumprimento da missão
primordial das Forças Armadas na defesa da soberania, com a preservação da integridade
territorial, da população, do patrimônio e dos interesses nacionais.

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

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Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

A partir de suas anotações, reconstrua com suas


palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa

Está na hora de mental ou um infográfico sobre o texto.


resumir!

Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.

Avançamos mais um degrau acerca da Doutrina da FAB. Podemos


verificar sua compreensão sobre o conteúdo desse capítulo? Como na
autoavaliação anterior, a proposta é que você consulte as suas anotações,
o fórum de debates ou outro recurso, desde que responda as questões a
seguir.

1. Você lembra quais são os cinco documentos que são produzidos ao final de cada fase do
Planejamento Institucional da FAB? Em que nível está cada fase? A Cadeia de Valor e o
Mapa Estratégico estão inseridos em qual fase?

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2. O PLAER advém de qual documento? Para quais documentos ele serve de base? Quem
confecciona? Qual o seu objetivo?

3. O que é a metodologia “END”? Explique com suas palavras cada projeto dessa
metodologia.

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CAPÍTULO 3 - PLANSET E PTA

Os assuntos abordados neste capítulo são o Plano Setorial (PLANSET) e o Programa de


Trabalho Anual (PTA) abordando a elaboração desses importantes documentos conforme
descrição encontrada na DCA 11-1/2019.

TÓPICO 3.1 - QUARTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PLANOS SETORIAIS


(PLANSET)

A quarta fase contempla o processo de elaboração do planejamento no nível operacional


(ODSA).

Os Planos Setoriais são os planos quadrienais elaborados pelos ODSA que formalizam a
estratégia setorial. Os PLANSET fundamentam-se na Concepção Estratégica, no PEMAER e na
DIPLAN e definem, dentre outros, os objetivos de contribuição e os objetivos setoriais,
apresentando as metas a serem atingidas pelos próprios órgãos e OM subordinadas, quando
existentes, no período estabelecido.

A elaboração de uma estratégia setorial inicia-se com a percepção de que a instituição


necessita operar de forma coesa. A ideia central é fazer o todo maior que a soma das partes.

Com certeza você já deve ter ouvido falar do PLANSET e do PTA. Você
sabe onde eles são elaborados em sua OM? Faça uma visita ao setor
responsável por compilar as informações do PTA e lá veja como são
elaboradas as tarefas do Programa de Trabalho de sua OM.

Vamos em frente!

O Plano Setorial é o arranjo que permite a formalização da estratégia setorial. Suas


principais finalidades são:

a) Definir os objetivos que contribuirão para o alcance dos Objetivos Estratégicos e para a
melhoria dos processos da Cadeia de Valor;

b) Obter integração e sinergias entre as diversas organizações subordinadas;

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c) Otimizar a alocação de recursos no âmbito do ODSA; e

d) Aumentar o esclarecimento estratégico em todos os níveis.

Para que a transição do planejamento do nível estratégico para o operacional ocorra


ordenadamente, é necessário que os Planos Setoriais sejam elaborados de maneira integrada e
articulada à DIPLAN.

Além de atender às demandas descritas na DIPLAN, os Planos Setoriais devem servir de


alicerce para que as OM subordinadas, quando existentes, trabalhem alinhadas com a estratégia
corporativa, a fim de que sejam alcançados os objetivos nos níveis tático, operacional e
estratégico.

Desse modo, o Plano Setorial é o documento base de qualquer ODSA e o cumprimento


dos propósitos ali estabelecidos passa a ser o objetivo máximo a ser perseguido ao longo daquele
período. A realização das ações descritas no PLANSET traduz-se, de certa maneira, na eficiência
organizacional.

Considerando que o Plano Setorial é um planejamento de médio prazo, ele indicará os


propósitos do ODSA para quatro anos. Em cada revisão anual deve ser acrescido mais um ano ao
PLANSET, para que ele sempre reflita quatro anos de planejamento, bem como readequar os
seus objetivos setoriais e propósitos ao novo período considerado.

Em linhas gerais, o Plano Setorial apresenta a seguinte constituição básica: Diretrizes


Superiores, Diretrizes do ODSA, Contribuição Setorial (Objetivos de Contribuição e Objetivos
Setoriais), Projetos e Atividades, Inspeções, Informações Complementares, Composição
Orçamentária e Calendário de Atividades.

Para cada Objetivo de Contribuição ou Objetivo Setorial estabelecido pelo ODSA,


deverão ser apresentados no mínimo uma meta e no mínimo um indicador de desempenho que
permitam a identificação clara do grau de atingimento do respectivo objetivo.

Para finalização do PLANSET, é necessária a informação sobre a distribuição dos


recursos orçamentários para o primeiro ano de vigência do Plano. No nível macro, os valores
estão descritos na DIPLAN, já o detalhamento é definido pelos Agentes Responsáveis por Ação
Orçamentária/PO.

Esses dados financeiros, quando existentes, constarão do PLANSET em um anexo,


apresentando a previsão de recursos alocados ao respectivo ODSA e OM subordinadas. Tais

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recursos são a base financeira que subsidia a conquistas dos propósitos planejados para o
primeiro ano do Plano.

O processo de atualização do Plano Setorial é contínuo, iniciando-se assim que ocorra a


aprovação do planejamento anterior.

Os PLANSET são aprovados pelos respectivos ODSA, cabendo ao EMAER, na função


de ODG, verificar se os planos refletem o alinhamento estabelecido na Concepção Estratégica,
no PEMAER e na DIPLAN, propondo ajustes, quando necessário.

O PLANSET empregará a metodologia de codificação definida no Anexo E, a fim de


possibilitar o alinhamento estratégico dos projetos e atividades aos objetivos do Mapa
Estratégico e aos processos da Cadeia de Valor.

Os “propósitos” mencionados neste tópico remetem aos indicadores de desempenho e às


metas referentes a objetivos de contribuição e objetivos setoriais, bem como aos marcos, aos
itens de controle e às tarefas referentes a projetos de contribuição, a projetos setoriais e a
atividades setoriais.

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

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Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

TÓPICO 3.2 - QUINTA FASE: ELABORAÇÃO DOS PROGRAMAS DE TRABALHO


ANUAL (PTA)

A quinta fase contempla o processo de elaboração do planejamento no nível tático (OM).

O Programa de Trabalho Anual é o documento decorrente do alinhamento estratégico da


Aeronáutica, no qual são apresentados os indicadores de desempenho, as metas, os marcos, os
itens de controle e as tarefas relacionados aos objetivos, aos projetos e às atividades necessários
e afetos ao cumprimento da missão de uma Organização Militar, para os quais ela direciona
todos os seus esforços, no período de um exercício financeiro.

Os Programas de Trabalho Anual são elaborados ao final de cada ano, por todas as
Organizações Militares do COMAER, com vistas ao planejamento organizacional para o ano
seguinte. Para tanto, são observadas as diretrizes e orientações contidas nos Planos Setoriais dos
respectivos ODSA, bem como as atribuições estipuladas pelos Órgãos Centrais dos Sistemas do
COMAER.

Apesar de serem OM, as organizações que não fazem gestão direta de recursos
orçamentários não elaboram PTA. Este é o caso, por exemplo, das Unidades Aéreas, dos
Esquadrões de Segurança e Defesa, dos Destacamentos, dentre outros.

Os órgãos do COMAER situados fora do território nacional são tratados, em relação à


Programa de Trabalho Anual, do seguinte modo:

a) MTAB, CABW e CABE: fazem PTA próprio;

b) Outros órgãos (Aditâncias, Grupos de Acompanhamento e Controle, Escritórios de


Representação no exterior e outros): não fazem PTA, mas as atividades realizadas por

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eles são contempladas no Programa de Trabalho Anual da OM à qual estão vinculados.


Exemplos: Aditâncias (EMAER), GAC-Suécia (COPAC) etc.

Conforme o próprio título preconiza, o PTA é um programa anual que enumera todas as
ações a serem realizadas pela OM que o elaborou, relacionadas aos projetos e/ou atividades de
sua responsabilidade, que compõem o rol de encargos da Organização para o ano de vigência do
documento.

Em linhas gerais, o Programa de Trabalho apresenta a seguinte constituição básica:


Diretrizes, Objetivos Orgânicos, Marcos e Tarefas referentes a Projetos, Itens de Controle e
Tarefas referentes a Atividades, Composição Orçamentária, Aquisições de TI, Calendário
Administrativo e Informações Complementares.

Além de atender às demandas decorrentes dos escalões superiores, os propósitos descritos


no PTA delineiam o caminho que conduz a OM ao cumprimento da sua missão, contribuindo
para o alcance dos objetivos nos níveis operacional e estratégico.

Deste modo, o PTA é o documento base de qualquer OM e o cumprimento dos propósitos


nele estabelecidos passa a ser o objetivo máximo a ser perseguido ao longo daquele ano. A
realização do PTA traduz-se, de certa maneira, na eficiência organizacional.

O atendimento a eventuais urgências ou emergências, ocorridas durante a vigência do


PTA, ocorrerá conforme legislação vigente, de forma que se obtenha uma “prestação de contas”
adequada ao término do exercício (accountability), subsidiando o levantamento de dados que
servirão de base para a elaboração do Relatório de Gestão do COMAER.

O PTA é aprovado pelo Comandante, Chefe, Diretor, Secretário ou Prefeito da OM à qual


se refere, devendo ser publicado em Boletim do Comando da Aeronáutica (BCA), por intermédio
da cadeia de comando. Os ODSA verificam se os PTA das OM subordinadas, quando existentes,
respeitam as orientações contidas nos respectivos PLANSET.

O PTA empregará uma metodologia de codificação (anexo E da DCA 11-1/2019), a fim


de possibilitar o alinhamento estratégico dos projetos e atividades aos objetivos do Mapa
Estratégico e aos processos da Cadeia de Valor.

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Os “propósitos” mencionados neste tópico remetem aos indicadores de desempenho e às


metas referentes a objetivos de contribuição, setoriais e orgânicos, bem como aos marcos, aos
itens de controle e às tarefas referentes a projetos estratégicos, de contribuição, setoriais e
orgânicos e a atividades setoriais e orgânicas.

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

A partir de suas anotações, reconstrua com suas


palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa

Está na hora de mental ou um infográfico sobre o texto.


resumir!

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Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.

Vejo que você está progredindo. Parabéns! Entretanto, precisamos avaliar


a qualidade de seu estudo. Não “pule” esta etapa, ela é essencial para seu
aprendizado.

1. Explique o que você entendeu do PLANSET. Qual o seu objetivo? Quais as suas
principais finalidades? Qual o seu horizonte de planejamento? O que contém dentro dele?

2. O que você compreendeu sobre o PTA? Explique com suas palavras o que ele aborda.

3. Diferencie o PLANSET e o PTA quanto ao Nível de Planejamento Institucional.

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36 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

CAPÍTULO 4 - AUTORIDADE ADMINISTRATIVA NO COMAER

Gostou do conteúdo até aqui? As “coisas” fazem mais sentido para você
agora? Isso é bom! Indica que você está crescendo profissionalmente.

Neste capítulo aprenderemos sobre a liderança administrativa no COMAER,


direcionando os estudos para a autoridade e o controle administrativo de acordo com o
Regulamento de Administração da Aeronáutica RCA12-1 (RADA).

TÓPICO 4.1 - LIDERANÇA, AUTORIDADE E CONTROLE ADMINISTRATIVOS

Conforme o Regulamento de Administração da Aeronáutica – RCA12-1 (RADA) o


Comandante da Aeronáutica (CMTAER) é a mais alta autoridade administrativa do COMAER e
é o principal responsável pelo cumprimento deste Regulamento.

A Administração no COMAER tem como finalidade o planejamento, a organização, a


direção e o controle inerentes ao emprego de recursos de toda ordem, com o propósito de
permitir o cumprimento da destinação constitucional do COMAER e a realização de suas
atribuições subsidiárias definidas em lei.

A definição e o atendimento das necessidades da Administração no COMAER decorrem


de três processos de gestão distintos: o operacional, o técnico e o econômico-financeiro.

1. O processo operacional é determinado pela autoridade competente, em função da missão


definida ou do programa de trabalho atribuído a cumprir, e tem por objetivo a estimativa
das necessidades de toda ordem, a disponibilização de recursos humanos capacitados e
integrados à realidade da FAB, a identificação dos bens e materiais a adquirir e dos
serviços a executar, bem como a avaliação da oportunidade e/ou da conveniência para a
utilização dos bens e materiais e a realização dos serviços.

2. O processo técnico é determinado pelos órgãos e agentes especializados e compreende


desde a especificação dos bens e serviços mais adequados até a orientação dos usuários
quanto ao seu emprego.

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3. O processo econômico-financeiro refere-se ao planejamento, à gestão e ao controle dos


recursos creditício financeiros necessários às despesas de custeio ou de investimentos e
dos dispêndios e à verificação, em todos os níveis, de sua correta aplicação em condições
mais favoráveis de economicidade e de eficácia.

O EMAER é o Órgão encarregado de estudar, planejar, orientar, coordenar e controlar, no


mais alto nível, as atividades da Força, integrando e harmonizando a ação dos demais órgãos, e
em conformidade com as decisões e diretrizes do CMTAER.

Ao Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica incumbe, entre


outros aspectos, determinar a realização de visitas administrativas, técnicas e operacionais;
inspeções de procedimentos relativos ao cumprimento das normas de Administração Financeira,
de Contabilidade, de Licitações, de Contratos e de Convênios, de Comércio Exterior e das
atividades nas áreas de moradia funcional, de provisões e material de intendência, de pagamento
de pessoal, de subsistência, de logística de campanha, entre outros, nas UG do COMAER; e,
prestar assessoria técnico-especializada às entidades vinculadas.

O Centro de Controle Interno da Aeronáutica (CENCIAR) tem por finalidade planejar,


dirigir, coordenar e executar as atividades de controle interno, no âmbito do Comando da
Aeronáutica.

Os Órgãos de Direção Geral, Setorial e Assessoria (ODGSA) são responsáveis para


planejar, organizar, dirigir e controlar as atividades setoriais inerentes às suas atribuições e em
conformidade com as decisões e diretrizes do Comandante da Aeronáutica.

Aos ODGSA incumbe, ainda, determinar a realização de inspeções para avaliar o


desempenho dos elos dos Sistemas que a ele estiverem subordinados.

TÓPICO 4.2 - ESTRATÉGIA E PLANEJAMENTO

Compete ao respectivo ODSA aprovar e publicar os Planos Setoriais (PLANSET) e suas


atualizações, cabendo ao EMAER verificar se essas publicações refletem o alinhamento
institucional com a Concepção Estratégica, o PEMAER e a DIPLAN.

Compete às demais Organizações Militares do COMAER elaborar e aprovar seu PTA,


encaminhando-o para publicação em BCA, via cadeia de comando.

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38 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

Os PLANSET conterão objetivos setoriais alinhados aos objetivos estratégicos ou


pertinentes a seu contexto setorial. Todos os objetivos terão metas e indicadores com a finalidade
de aferirem o alcance dos objetivos propostos. De modo análogo, os PTA conterão as metas
recebidas dos escalões superiores e, eventualmente, metas próprias. Todas as metas terão
indicadores visando aferir o seu alcance.

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

A partir de suas anotações, reconstrua com suas


palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa

Está na hora de mental ou um infográfico sobre o texto.


resumir!

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Exercícios para Aprendizagem do Capítulo.

Preparado para fazer mais alguns exercícios de aprendizagem? Aproveito


para relembrar que a “decoreba” não é um método eficaz de estudo,
portanto, verifique sua compreensão sobre o conteúdo.

Não deixe de realizar os exercícios de aprendizagem sobre este capítulo,


tudo bem?

1. Como você explicaria os três processos de gestão que determinam a definição e o


atendimento das necessidades da Administração no COMAER para um subordinado?

2. Como o EMAER e os ODGSA se diferenciam nas atividades da Administração da Força


Aérea?

3. Compare o PLANSET e o PTA quanto à aprovação, publicação, metas e indicadores.

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40 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

CAPÍTULO 5 - GOVERNANÇA NO COMAER

Este capítulo trata da Governança no COMAER, suas funções, sua estrutura, seu objetivo
e como se dá o seu exercício e será abordado conforme a DCA 16-1/2017.

TÓPICO 5.1 - FUNÇÕES, ESTRUTURA, OBJETIVO, E EXERCÍCIO DA


GOVERNANÇA

Vídeo 5 – Governança Pública – O que é?

(Disponível no AVA e em
https://www.youtube.com/watch?v=kGYdT1mJ-0c)

Texto 4 – Coletânea de manuais sobre Governança


(Tribunal de Contas da União – TCU)

(Disponível no AVA e em
https://portal.tcu.gov.br/governanca/governancapubli
ca/ https://portal.tcu.gov.br/governanca/entendendo-
a-governanca/alinhamento-conceitual/
Veja isso!
https://portal.tcu.gov.br/governanca/
governancapublica/governanca-no-setor-publico/)

Vídeo 6 – Coletânea de vídeos sobre Governança e


Gestão Estratégica

(Disponível no AVA)

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Texto 5 – Diretrizes sobre Governança no


COMAER

(Disponível no AVA e em www.cendoc.intraer


BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER.
DCA 16-2. Gestão de Riscos no Comando da
Aeronáutica. Brasília, 2017.)
Veja isso!
(Disponível no AVA e em www.cendoc.intraer
BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER.
DCA 16-3. Plano de Integridade da Força Aérea
Brasileira. Brasília, 2018.)

E como estão os estudos até aqui? São muitos conceitos e muita


informação, não é mesmo? Mas você percebe como ampliamos nossa visão
sobre as atividades administrativas e aquelas voltadas à gestão? Então
vamos em frente!

Conforme o Regulamento de Administração da Aeronáutica (RADA) as autoridades do


COMAER exercem a governança por meio das funções de Decisão, Direcionamento,
Supervisão, Controle e Integração:

1. Decisão – A função de decisão deve ser fruto de análises e planejamentos. Acontece por
meio de processos organizados para a avaliação da situação atual, levantamento de
possíveis linhas de ação, onde serão destacados os aspectos positivos e negativos de cada
uma dessas linhas, e culmina com o direcionamento da organização. Para que, sobre um
determinado assunto, não haja decisões contraditórias em níveis hierárquicos distintos, é
necessário estabelecer claramente qual é a delegação de competência de cada autoridade
decisora;

2. Direcionamento – É a comunicação clara, aos órgãos executores, da decisão tomada pela


autoridade decisora. Essa comunicação deve seguir com as orientações gerais e intenções

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42 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

relativas à linha de ação adotada. No COMAER, o direcionamento é fruto do


planejamento institucional e ocorre geralmente por meio da publicação de Diretrizes e
Planos, tais como: a Diretriz de Planejamento Institucional (DIPLAN), Planos Setoriais
(PLANSET) e planos para implantação de materiais e sistemas, entre outros. Já os
redirecionamentos são as ordens subsequentes que visam detalhar melhor ou alterar
certos aspectos das ordens em vigor;

3. Supervisão – É efetivada por meio do acompanhamento das ações decorrentes do


direcionamento, o que ocorre por meio do monitoramento de indicadores e por meio de
inspeções “in loco” ao mesmo tempo em que é aberto o canal de comunicação inverso, o
qual possibilita aos órgãos executores a solução de dúvidas e exposição de restrições e
demais óbices que dificultam ou impossibilitam o cumprimento das ordens recebidas;

4. Controle – É a função que possibilita às autoridades da governança redirecionar os órgãos


executores, mediante a verificação da eficácia das ações a serem adotadas e da
verificação de mudanças na conjuntura encontrada no momento da execução; e

5. Integração – Considerando que os assuntos de governança são essencialmente


complexos, tem-se que uma decisão relativa a uma área do COMAER pode ter
implicações diretas ou indiretas em diversas outras áreas. A função de integração visa
levantar, avaliar e alinhar, da forma mais completa possível, todos os prováveis
desdobramentos decorrentes de uma decisão.

➢ ESTRUTURA DA GOVERNANÇA NO COMAER

De acordo com a Diretriz do Comando da Aeronáutica DCA16-1 (Governança no


COMAER), o CMTAER, mais alta Autoridade Decisora do Comando da Aeronáutica, será
assessorado pelos ODGSA por meio da estrutura de Governança capitaneada pelo EMAER e
composta por órgãos ligados aos demais ODSA.

O EMAER, Órgão Central de Governança do COMAER, tem a responsabilidade de:

a) Reunir as informações provenientes de todas as áreas de interesse e assessorar o


CMTAER nos assuntos que envolvem a coordenação da Força Aérea como um todo;

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b) Efetivar as Diretrizes do CMTAER por meio da integração e direcionamento das ações a


serem tomadas pelos ODSA; e

c) Deliberar em relação aos assuntos de sua competência legal, ou que sejam delegados pelo
CMTAER.

As APOG e CPOG são órgãos consultivos para assessoria ao Órgão Central e também
são órgãos de centralização e coordenação das ações necessárias para o monitoramento e
controle.

No que for correspondente ao nível decisório ou de assessoramento do EMAER, assuntos


que envolvam a criação, mudança, suspensão temporária ou cancelamentos de atividades ou
projetos e, portanto, exijam a aplicação de recursos humanos, materiais e/ou financeiros e que
dizem respeito à Força como um todo, serão tratados por um Comitê de Governança e Projetos,
presidido pelo Vice-Chefe do EMAER e secretariado pelo Chefe da Sétima Subchefia.

O Comitê de Governança e Projetos do EMAER tem a incumbência de reunir os assuntos


de relevância, levantar as possibilidades, riscos e implicações decorrentes, auxiliado pelas APOG
e CPOG dos ODSA, quando necessário, e apresentar um arrazoado do que foi levantado para a
apreciação do Chefe do EMAER.

Quando julgado necessário, em prol da Função de Integração da Governança, os assuntos


poderão ser levados ao Conselho de Vice-Chefes do COMAER (CONVICE).

O Chefe do EMAER, como Autoridade Decisora, dentro do seu nível, deverá avaliar se
as informações levantadas pelo Comitê satisfazem as suas necessidades quanto aos Elementos
Essenciais para Decisão e decidirá por uma das alternativas:

a) Emitirá o seu assessoramento ao CMTAER, quando o assunto for de nível decisório


superior;

b) Definirá o direcionamento a ser dado, quando o assunto for do seu nível decisório; ou

c) Determinará que novos estudos sejam feitos para melhor esclarecimento da questão.

Cada ODSA deverá estabelecer seus comitês internos para que, de forma análoga ao que
aplicado no EMAER, sejam debatidos no âmbito dos ODSA, de forma multidisciplinar, os
assuntos relativos ao seu nível decisório.

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44 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

➢ OBJETIVO DA GOVERNANÇA NO COMAER

Conforme a DCA16-1, a Governança no COMAER visa garantir que as atividades


rotineiras de todas as OM sejam realizadas de forma eficiente, em alinhamento com as diretrizes
de mais alto nível da Força, e também visa garantir que os projetos e demais ações decorrentes
do Planejamento Estratégico sejam implementadas com eficiência e eficácia.

A boa Governança depende, portanto, de um planejamento minucioso de forma que os


Projetos e Atividades do COMAER sejam programados conforme uma prioridade lógica.
Prioridade essa que será estabelecida após serem levantados todos os possíveis impactos
decorrentes da adoção de uma ou outra linha de ação, respeitando-se as necessidades dos
diversos setores da FAB e acatando as previsões orçamentárias para os exercícios futuros.

➢ EXERCÍCIO DA GOVERNANÇA NO COMAER

A governança no COMAER é o conjunto de processos, políticas e regulamentos que


ditam como os recursos serão distribuídos e as OM serão dirigidas e controladas de modo a bem
executarem as atividades e projetos sob a sua responsabilidade.

No COMAER, a Governança é exercida pelos Comandantes, Chefes, Diretores e demais


autoridades correlatas. Esses são os agentes da governança que são responsáveis por guiar os
órgãos sob a sua responsabilidade, o que deve ser feito em alinhamento com as determinações
superiores.

Além dos agentes da governança, os assessores desses agentes e os órgãos executores


também possuem responsabilidades em relação ao bom andamento da instituição. Ou seja,
partindo das Autoridades Decisoras, passando pelos seus assessores e chegando aos executores,
de uma forma ou de outra, todos os órgãos do COMAER estão envolvidos com a governança.

A Figura 3 exibe a relação entre governança e gestão.

Você conhecia algo sobre governança? É um assunto fascinante não é


mesmo?!

Acredito que você deve imaginar a importância de uma boa governança


para qualquer instituição. Por isso vamos seguir estudando e
aprofundando nossas discussões, vamos lá!

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Figura 3: Relação entre Governança e Gestão.

FONTE: TCU, 2014

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

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Site 1 –

https://portal.tcu.gov.br/governanca/
governanca-no-tcu/
Veja isso!

TÓPICO 5.2 - PRINCÍPIOS E FUNÇÕES DA GOVERNANÇA

➢ PRINCÍPIOS DA GOVERNANÇA

Os Princípios da Governança são os pilares que balizam todas as atividades relacionadas


às decisões para o direcionamento das OM do COMAER. São pilares que se aplicam não só aos
decisores, mas também aos assessores, que devem assessorar com propriedade e, portanto, não
devem omitir fatos e devem se abster de preferências pessoais e tendenciosas ao assessorar, e aos
executores, que devem executar as ordens e reportar os seus indicadores com retidão e
transparência.

➢ LEGITIMIDADE

Princípio que exige do Agente da Governança, nas suas decisões, garantir mais do que o
fiel cumprimento das leis e regras em vigor. Além disso, deve garantir também que o bem
comum e o interesse nacional sejam alcançados.

➢ RESPONSABILIDADE

Princípio que diz que os Agentes de Governança devem ser responsabilizados pelas
consequências das suas decisões e portanto devem responder por eventuais danos que seus atos
causarem a terceiros, independente de culpa ou dolo.

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EEAR CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB 47 / 58

➢ EFICIÊNCIA

É fazer o que é preciso ser feito com qualidade adequada e ao menor custo possível. Não
se trata da simples redução de custo, mas de buscar a melhor relação entre qualidade do serviço e
qualidade do gasto.

➢ PROBIDADE

É obrigação do Agente da Governança de demonstrar ser digno de confiança. Trata-se do


dever de demonstrar observância às regras e aos procedimentos ao utilizar, arrecadar, gerenciar e
administrar bens e valores públicos.

➢ TRANSPARÊNCIA

Princípio que estabelece o dever do Agente da Governança de disponibilizar o acesso a


todas as informações relativas a sua tomada de decisão. A transparência é essencial na
Governança porque, ao se expor as análises e os motivos que levaram a uma ou outra decisão,
solidifica-se essa decisão e evita-se que outras instâncias tomem caminho diverso do que foi
decidido, atrasando a implementação das ações a serem tomadas.

➢ ACCOUNTABILITY

Termo oriundo da língua inglesa que é usado na língua original por não haver uma
palavra em português que lhe defina completamente. Por Accountability entende-se a obrigação
que uma pessoa tem de agir com responsabilidade, prestar contas dos seus atos e assumir
integralmente as consequências das suas ações e omissões. Assim, é esperado que os Agentes da
Governança, ao assumirem obrigações de ordem fiscal, gerencial e programática, tratem os
recursos a sua disposição de forma responsável e prestem contas para as autoridades que lhe
confiam suas obrigações

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48 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

Texto 6 – Concepção Estratégica da FAB

(Disponível no AVA)

Veja isso!

➢ FUNÇÕES DA GOVERNANÇA

As autoridades do COMAER exercem a Governança por meio das funções de Decisão,


Direcionamento, Supervisão, Controle e Integração:

➢ DECISÃO

Função exercida em diversos níveis da estrutura hierárquica do COMAER, de acordo


com a competência atribuída a cada Autoridade Decisora.

A função de decisão deve ser fruto de análises e planejamentos. Acontece por meio de
processos organizados para a avaliação da situação atual, levantamento de possíveis linhas de
ação, onde serão destacados os aspectos positivos e negativos de cada uma dessas linhas, e
culmina com o direcionamento da organização.

A decisão propriamente dita é a escolha da linha de ação a ser adotada. Vale ressaltar que
a decisão nem sempre implica em mudança, haja vista que uma linha de ação bastante válida é
manter inalterado o direcionamento que já está em vigor.

Para que, sobre um terminado assunto, não haja decisões contraditórias em níveis
hierárquicos distintos, é necessário estabelecer claramente qual é a delegação de competência de
cada Autoridade Decisora.

Todas as avaliações feitas abaixo do nível da Autoridade Decisora deverão ser feitas a
título de estudos de assessoria. Portanto deve-se buscar levar a essa autoridade um arrazoado, o
mais completo possível, sobre os Elementos Essenciais para a Decisão, aguardando a decisão
final da autoridade competente.

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EEAR CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB 49 / 58

➢ DIRECIONAMENTO

É a comunicação clara, aos órgãos executores, da decisão tomada pela Autoridade


Decisora. Essa comunicação deve seguir com as orientações gerais e intenções relativas à Linha
de Ação adotada.

O Direcionamento, no seu sentido amplo, também envolve o redirecionamento que nada


mais é do que a comunicação, aos órgãos executores, da decisão tomada para ajustar algum
aspecto da decisão inicial.

No COMAER, o direcionamento é fruto do planejamento institucional e ocorre


geralmente por meio da publicação de Diretrizes e Planos, tais como o Plano de Direção Geral
(PDG), Planos Setoriais (PLANSET) e planos para implantação de materiais e sistemas, dentre
outros. Já os redirecionamentos são as ordens subsequentes que visam detalhar melhor ou alterar
certos aspectos das ordens em vigor.

➢ SUPERVISÃO

É a função que provê o suporte e a liderança aos órgãos subordinados para que as
decisões sejam corretamente implementadas.

A supervisão é efetivada por meio do acompanhamento das ações decorrentes do


direcionamento, o que ocorre por meio do monitoramento de indicadores e por meio de
inspeções in loco ao mesmo tempo em que é aberto o canal de comunicação inverso, o qual
possibilita aos órgão executores a solução de dúvidas e exposição de restrições e demais óbices
que dificultam ou impossibilitam o cumprimento das ordens recebidas.

Estamos caminhando para o último assunto a ser discutido em nossa


disciplina. Até o momento nossa parceria foi muito proveitosa, pois tenho
a certeza de que sanou dúvidas e progrediu em conhecimentos.

Vamos lá!

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50 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

➢ CONTROLE

É a função que possibilita às autoridades da Governança redirecionar os órgãos


executores, mediante a verificação da eficácia das ações a sendo adotadas e da verificação de
mudanças na conjuntura encontrada no momento da execução.

O Controle começa com a avaliação do desempenho, essencialmente feita por meio da


interpretação de indicadores em relação a metas previamente estabelecidas.

Portanto, o Controle se inicia com reporte de situação e é efetivado por meio da ativação
de um novo ciclo decisório que definirá a necessidade, ou não, de redirecionamento das ações de
modo a manter o alinhamento da organização.

➢ INTEGRAÇÃO

Considerando que os assuntos de governança são essencialmente complexos, temos que


uma decisão relativa a uma área do COMAER pode ter implicações diretas ou indiretas em
diversas outras áreas.

A função de integração visa levantar, avaliar e alinhar, da forma mais completa possível,
todos os prováveis desdobramentos decorrentes de uma decisão.

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

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Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

TÓPICO 5.3 - APLICAÇÃO DA GOVERNANÇA

As funções da governança, sejam elas Decisão, Direcionamento, Supervisão, Controle e


Integração, serão exercidas por meio de ferramentas de aplicação. Essas ferramentas, via de
regra, serão constituídas de metodologias que auxiliarão os Decisores, Assessores e Executores a
organizarem os fatos e montarem o cenário mais próximo ao ideal para o exercício das funções
da Governança.

➢ FERRAMENTAS DE PROJEÇÃO E PROGRAMAÇÃO ORÇAMENTÁRIA

Serão estabelecidas metodologias, por meio de publicações dedicadas, para a projeção


dos orçamentos futuros e programação dos gastos vindouros. Essa projeção e programação visam
viabilizar os projetos futuros (plurianuais ou não) e a sustentação de novos equipamentos e
atividades a serem incorporados pela instituição.

➢ FERRAMENTAS DE PRIORIZAÇÃO

Serão estabelecidas em publicações específicas as ferramentas de apoio a decisão que


servirão para priorizar os projetos e atividades a serem conduzidos pelo COMAER. Essas
ferramentas deverão ser construídas com base em conhecimento científico e auxiliarão as
Autoridades Decisoras na escolha do direcionamento a ser seguido.

As ferramentas de priorização são essenciais porque entende-se que, apesar de serem


válidas, nem todas as propostas de projetos e atividades podem ser contemplados, haja vista que

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52 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

os recursos à disposição do COMAER são finitos. Assim, as ferramentas de priorização deverão


ser empregadas para escalonar todas as propostas em ordem de importância considerando os
riscos e benefícios esperados por conta da sua adoção.

➢ FERRAMENTAS DE GERENCIAMENTO DE RISCOS

As ferramentas de gerenciamento de riscos serão estabelecidas em publicações


específicas. Essas publicações estabelecerão a metodologia a ser empregada para se antever e
então se precaver em relação a possíveis desdobramentos não intencionais de uma decisão.

As ferramentas de gerenciamento de risco são importantes nos planejamentos e decisões


relacionadas a Projetos e Atividades uma vez que, dada a incerteza inerente da conjuntura futura,
o Decisor pode se prevenir para evitar problemas ou aproveitar oportunidades.

➢ FERRAMENTAS DE MONITORAMENTO E CONTROLE

As ferramentas de monitoramento e controle servirão para estruturar o modo como os


projetos e atividades do COMAER terão seu desempenho avaliado. Essa avaliação de
desempenho também dará subsídios para os redirecionamentos e reorientações que forem
necessários. Para tanto, serão estabelecidas em publicações específicas as metodologias
necessárias para:

a) Estabelecer regras relativas a Indicadores de Gestão;

b) Estabelecer regras relativas à definição de Níveis de Monitoramento de Atividades e


Projetos; e

c) Estabelecer a Organização e Funcionamento das Atividades de Inspeção da Governança.

➢ FERRAMENTAS DE INTEGRAÇÃO

Ferramentas de integração serão utilizadas para que as decisões sejam feitas levando-se
em consideração o maior número, se não a totalidade, das variáveis que possam influenciar os
Projetos e Atividades do COMAER.

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Serão considerados como ferramentas de integração o estabelecimento de Comitês de


Governança, os quais deverão ser implementados para assessorar todas as Autoridades Decisoras
e terão como atribuição a avaliação multidisciplinar das matérias de interesse da Autoridade a
que estiver subordinado. Assim, espera-se que, a título de assessoria, haja uma avaliação integral
dessas matérias antes da decisão final da Autoridade Competente.

Além dos Comitês de Governança, também será considerado como ferramenta de


integração, o estabelecimento de uma ligação direta entre o EMAER, Órgão Central para o
Estabelecimento da Governança na FAB, e as Assessorias de Planejamento, Orçamento e Gestão
(APOG) e os Centros de Planejamento, Orçamento e Gestão (CPOG) dos ODSA. Essa ligação
visa estabelecer um canal ágil e transparente para o trâmite das informações relevantes para o
direcionamento do COMAER.

Portanto, é responsabilidade das APOG e CPOG a centralização das informações


relativas à atividades e projetos desenvolvidos pelos ODSA de modo que sirvam de “Ponto
Focal” para a obtenção de informações e alinhamento das ordens.

A implementação da Governança constitui uma atividade contínua, que deve ser


incorporada como prática regular da Instituição. Entendê-la como parte do macroprocesso de
execução do planejamento feito com base na “Sistemática de Planejamento Institucional” é
requisito básico para se obter êxito nessa atividade. As revisões e as avaliações periódicas farão
da governança uma atividade aberta e flexível, capaz de direcionar, com eficácia, os esforços do
Comando da Aeronáutica.

Site 2 – 10 Passos para a boa gestão de risco -


Disponível no AVA

Site 3 – Disponível no AVA

https://portal.tcu.gov.br/lumis/portal/file/
fileDownload.jsp?
Veja isso!
fileId=8A8182A24F0A728E014F0B364AAE1
A7E

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54 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

- Procure no conteúdo estudado as palavras-


chave que melhor representam o que foi
estudado até aqui.

- Faça uma lista dessas palavras-chave seguida


de um breve comentário.
Vamos fazer
algumas - A partir da leitura delas, tente reconstruir o
anotações!
que foi visto.

Parabéns por ter avançado até aqui! Está na


hora de fazer uma pausa.

Lembre-se de que o descanso e a reflexão fazem


Agora, que tal parte do estudo.
uma pausa?

A partir de suas anotações, reconstrua com suas


palavras todo o estudo em um ou dois
parágrafos, ou se referir, elabore um mapa

Está na hora de mental ou um infográfico sobre o texto.


resumir!

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EEAR CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB 55 / 58

Exercícios para aprendizagem do capítulo.

Estamos caminhando para o fim de nossos estudos. Não deixe de realizar


os exercícios de aprendizagem sobre esse capítulo também, vale a pena
todo o esforço para aprendermos mais!

1. Como o EMAER se relaciona com o CMTAER e o Comitê de Governança e Projetos


dentro da estrutura de Governança?

2. Quais são os princípios da Governança? Explique cada um.

3. Defina com suas palavras as Ferramentas de Integração na FAB.

Para “fechar com chave de ouro”, ponha em prática o marcador seguinte.

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56 / 58 CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB EEAR

- Quais suas observações iniciais acerca do texto?


Identifique algumas palavras-chave e faça breves
anotações sobre elas. Faça uma breve descrição do
texto. Quais correlações e associações você pode
fazer em relação a ele? Compare-o a outras leituras
que você já tenha realizado. Faça breves anotações,
infográficos ou desenhos.

- Experimente decompor o texto em tópicos. Anote


cada tópico acrescido de um breve comentário.
Após isso, faça um resumo, reconstruindo o texto
com suas próprias palavras a partir dos tópicos.
Roteirize o Avalie todas as suas anotações de forma reflexiva.
seu estudo! Há algo que você possa melhorar?

- Tente explicar seu resumo para alguém, prepare


uma aula com 3 a 5 slides, ou faça um “mapa
mental” sobre o assunto estudado.

Faça uma “busca” na Internet por algum texto,


infográfico ou vídeo que esteja relacionado com o
assunto e que possa ser acrescentado ao seu material
de estudo.

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EEAR CEAG - PLANEJAMENTO INSTITUCIONAL E GOVERNANÇA DA FAB 57 / 58

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Prezado(a) aluno(a), chegamos ao fim de mais uma etapa concluída e vencida com
sucesso. Parabéns! Esperamos que, em todos esses momentos que estivemos juntos, você tenha
aproveitado e aprendido muito.

Durante nosso estudo realizamos leituras, aprendemos conceitos, verificamos novos


procedimentos. Fizemos anotações, resumos, exercícios, elaboramos roteiros de estudo e
dialogamos bastante, não foi mesmo?!

Nessa disciplina estudamos os elementos do planejamento institucional, identificando


seus níveis, a cadeia de valor e o mapa de alinhamento estratégico entre outros assuntos. Vimos
as fases do planejamento institucional e um pouco sobre o Plano de Articulação e Equipamentos
da Aeronáutica. Refletimos sobre o Plano Setorial e o Programa de Trabalho Anual abordando a
elaboração desses importantes documentos. Discutimos também sobre a liderança administrativa
no COMAER, direcionando os estudos para a autoridade e o controle administrativo. Além
disso, vimos um pouco sobre a Governança no COMAER, suas funções, sua estrutura, seu
objetivo e como se dá o seu exercício.

Encerramos ciclos, fechamos portas, terminamos capítulos, não importa o nome que
damos, o que importa é a sua aprendizagem e o seu crescimento profissional!

Com as saudações da Equipe do Berço dos Especialistas, sucesso em sua Missão!

DIVISÃO DE ENSINO DE PÓS-FORMAÇÃO - DEPF


REFERÊNCIAS

BRASIL. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 11-1 Sistemática de Planejamento e


Gestão Institucional da Aeronáutica. Volume 1 – Planejamento. Brasília, 2020.

______. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 11-45 Concepção Estratégica – Força


Aérea 100. Brasília, 2018.

______. Comando da Aeronáutica. EMAER. DCA 16-1 Governança no COMAER. Brasília,


2017.

______. Comando da Aeronáutica. EMAER. PCA 11-47. Plano Estratégico Militar da


Aeronáutica 2018- 2027. Brasília, 2018.

______. Comando da Aeronáutica. SEFA. RCA 12-1. Regulamento de Administração da


Aeronáutica (RADA). Brasília, 2020.

TCU - Tribunal de Contas da União. Governança pública: Referencial básico de governança


aplicável a órgãos e entidades da administração pública e ações indutoras de melhoria.
Brasília, 2014.

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